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Misericórdia — que papel desempenha na sua vida?A Sentinela — 1971 | 1.° de dezembro
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para estas viúvas, quer ela contribuísse apenas com tempo, energia e talento, não é revelado pelo relato. Hoje, alguns de nós talvez tenham poucos dos bens materiais, mas podem contribuir tempo, energia e talento em atos de misericórdia para com outros.
E se os nossos meios o permitem, podemos misericordiosamente ajudar os dignos em sentido financeiro. O pacto da Lei exortava especificamente a tal misericórdia, advertindo contra o ‘endurecimento do coração e se fechar a mão para com os irmãos pobres’. (Deu. 15:7-10; compare isso com Provérbios 19:17.) As congregações no primeiro século mantiveram listas das viúvas às quais se dava ajuda material. O mérito delas, para estarem nesta lista exigia que estas mulheres tivessem uma reputação de obras de misericórdia, de terem hospedado estranhos, socorrido os em tribulação e feito outras boas obras similares. (1 Tim. 5:9, 10) Devemos temer o futuro ou hesitar em usar nossos fundos para ajudar os necessitados, pensando que nos mesmos talvez fiquemos necessitados? O apóstolo Paulo assegurou aos seus irmãos em Corinto que Deus abençoa sua ‘dádiva animada’, suprindo-os do necessário. — 2 Cor. 9:6-14.
Quão significativa, satisfatória e cheia é a vida dos misericordiosos! Feliz é se estiver entre eles, pois Deus o tornará então alvo de sua misericórdia, agora e nos dias futuros.
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Perguntas dos LeitoresA Sentinela — 1971 | 1.° de dezembro
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Perguntas dos Leitores
● Qual é o “mandamento antigo” e o “novo mandamento” mencionados em 1 João 2:7, 8? — E. U. A.
Os versículos em questão rezam: “Amados, escrevo-vos, não um novo mandamento, mas um mandamento antigo, que tendes tido desde o princípio. Este mandamento antigo é a palavra que ouvistes. Novamente, escrevo-vos um novo mandamento, um fato que e veraz no seu caso e no vosso, porque a escuridão esta passando e a verdadeira luz já está brilhando.” — 1 João 2:7, 8.
Referia-se o apóstolo João à lei mosaica ao dizer “mandamento antigo”? Dificilmente, pois estava escrevendo a cristãos que não estavam sob a Lei. (Rom 6:14) Antes, visto que o tema da carta de João é o amor, parece que ele se referiu à declaração de Jesus: “Eu vos dou um novo mandamento, que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.” (João 13:34) Quando João escreveu a sua primeira carta (c. 98 E. C.), já haviam passado mais de sessenta anos desde que Jesus, no início do cristianismo, dera este mandamento de amar. Por isso, João podia chamá-lo apropriadamente de “mandamento antigo”.
Qual é então o “novo mandamento” que João menciona no versículo oito? Parece ser o mesmo que ele acabava de chamar de “mandamento antigo”. Não podemos imaginar que João desse aos seguidores de Cristo um realmente “novo” mandamento, diferente do que Jesus ensinara. Mas em que sentido podia João chamá-lo de “novo”?
Ele podia chamá-lo de novo assim como Jesus o fizera. Envolvia estar disposto a entregar sua alma pelos irmãos, algo que a lei mosaica não exigia. (João 15:12) Além disso, era novo no sentido de que se tinha de fazer uma aplicação nova dele, e com nova urgência, em vista das condições e situações mudadas. Perto do fim do primeiro século E. C., em vista do falecimento dos apóstolos e de já estar operando nas congregações ‘o mistério daquilo que era contra a lei’, os cristãos aos quais João escreveu podiam ver as mudanças e reconhecer a nova aplicação necessária do amor. (2 Tes. 2:6-8) Entretanto, João pôde escrever-lhes que o “novo mandamento” era ‘veraz tanto no caso de Cristo como no deles’, porque o estavam cumprindo na sua vida, assim como Jesus o cumprira. Nos versículos circundantes, João mostrou que o cristão que não ama seu irmão está em escuridão. Por isso parece que, em vista do crescente amor entre muitos dos seguidores de Cristo, João podia escrever que “a escuridão está passando e a verdadeira luz já está brilhando”.
Em vista da dificuldade apresentada por 1 João 2:7, 8, diversos tradutores modernos da Bíblia traduziram livremente os versículos, em harmonia com a explicação precedente. Por exemplo, A Nova Bíblia Inglesa diz: “Prezados Amigos, eu não vos dou nenhuma nova ordem. É uma ordem antiga, que
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