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JudasAjuda ao Entendimento da Bíblia
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do qual Judas se desviou para ir para o seu próprio lugar”. — Atos 1:15, 16, 20-26.
4. Um dos quatro meios-irmãos de Jesus. (Mat. 13:55; Mar. 6:3) “[Um] escravo de Jesus Cristo, mas irmão de Tiago.” É assim que o escritor da carta inspirada que leva seu nome se apresenta. Pelo que parece, não era a mesma pessoa que “Judas, filho de Tiago”, um dos onze apóstolos fiéis de Jesus Cristo. (Luc. 6:16) Ele fala de si mesmo como “escravo”, e não como “apóstolo”, de Jesus Cristo; ele também se refere aos apóstolos usando os pronomes na terceira pessoa. — Judas 1, 17, 18.
Embora as Escrituras Gregas Cristãs falem de outros Judas, este escritor bíblico se distingue dos demais por mencionar o nome de seu irmão. (Veja JUDAS N.° 1 ao N.° 3, e N.° 5.) Disto se pode inferir que Tiago, irmão dele, era bem-conhecido entre os cristãos. Apenas uma pessoa com tal nome parece ter gozado de notável destaque. O apóstolo Paulo se referiu a este Tiago como sendo uma das “colunas” da congregação de Jerusalém, e como sendo “o irmão do Senhor”. (Gál. 1:19; 2:9; veja também Atos 12:17; 15:13-21.) Assim sendo, este Judas era, evidentemente, meio-irmão de Cristo Jesus. (Mat. 13:55; Mar. 6:3) Todavia, humildemente, ele não procura capitalizar este parentesco carnal com o Filho de Deus, mas chama a si mesmo de “escravo de Jesus Cristo”.
Quase nada se sabe sobre a vida deste Judas. Bem cedo no ministério de Cristo Jesus, Judas talvez estivesse entre os que diziam: “Ele perdeu o juízo.” (Mar. 3:21) De qualquer modo, Judas e seus outros irmãos não exerciam então fé em Cristo Jesus. — João 7:5.
No entanto, depois da sua ressurreição, Jesus apareceu a seu meio-irmão Tiago. (1 Cor. 15:7) Sem dúvida isto teve muito que ver com o convencer, não apenas a Tiago, mas também a Judas e a seus outros irmãos, de que Jesus era deveras o Messias. Portanto, mesmo antes de Pentecostes de 33 EC, eles persistiam em oração, junto com os onze apóstolos fiéis e outros, num sobrado de Jerusalém. Parece que estavam também entre as cerca de 120 pessoas reunidas por ocasião em que Matias foi escolhido, por sorte, para substituir o infiel Judas Iscariotes. (Atos 1:14-26) Se este foi o caso, indicaria que eles receberam o espírito santo no dia de Pentecostes. — Atos 2:1-4.
5. Judas, também chamado Barsabás, foi um dos dois discípulos enviados pelo Corpo Governante em Jerusalém para acompanhar Paulo e Barnabé quando entregavam a carta sobre a circuncisão (49 EC). Tanto Judas como seu companheiro, Silas, eram considerados “homens de liderança entre os irmãos”. (Atos 15:22) A carta fora dirigida “aos irmãos em Antioquia, e Síria, e Cilícia”. Judas e Silas foram mencionados como estando apenas em Antioquia, e não existe nenhum registro de que tivessem ido mais além. Deviam confirmar, pela palavra oral, a mensagem da carta. Judas era um ‘profeta’, e, como orador visitante, ele proferiu muitos discursos aos irmãos em Antioquia, encorajando-os e fortalecendo-os. — Atos 15:22, 23, 27, 30-32.
Atos 15:33 indica que Judas e Silas voltaram para Jerusalém, depois de “passarem . . . algum tempo” com os cristãos em Antioquia. Certos manuscritos (tais como o Códice Ephraemi, o Códice Bezae) contêm o V. 34, que reza: “Mas Silas decidiu ficar lá.” (BJ, nota) No entanto, este versículo é omitido nos manuscritos fidedignos mais antigos. (Sinaítico, Alexandrino, Ms. Vaticano N.° 1209) Provavelmente se tratava duma nota marginal que visava explicar o V. 40, mas que, com o tempo, foi inserida no texto principal.
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Judas, A Carta DeAjuda ao Entendimento da Bíblia
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JUDAS, A CARTA DE
Uma carta inspirada das Escrituras Gregas Cristãs, escrita pelo irmão de Tiago, Judas, que, assim sendo, evidentemente também era meio-irmão de Jesus Cristo. (Veja Judas N.° 4.) Dirigida “aos chamados que são amados em relação com Deus, o Pai, e preservados para Jesus Cristo”, esta carta geral evidentemente deveria circular entre todos os cristãos. — Judas 1.
Na época em que Judas escreveu sua carta surgira uma situação ameaçadora. Homens imorais e animalescos tinham penetrado furtivamente entre os cristãos, e estavam ‘transformando a benignidade imerecida de Deus em desculpa para a conduta desenfreada’. Por este motivo, Judas não escreveu, conforme tencionara originalmente, sobre a salvação que tinham em comum os cristãos chamados para o reino celeste de Deus. Antes, guiado pelo espírito de Deus, proveu exortações que ajudariam os co-crentes a enfrentar com êxito as influências corruptoras geradas dentro da congregação. Judas os admoestou a ‘travar uma luta árdua pela fé’ por resistirem às pessoas imorais, mantendo a adoração pura e a conduta excelente, e por ‘orarem com espírito santo’. (Judas 3, 4, 19-23) Baseando-se em exemplos tais como os anjos que pecaram, os habitantes de Sodoma e de Gomorra, Caim, Balaão e Corá, provou vigorosamente Judas que o julgamento de Jeová será executado sobre as pessoas ímpias, tão certamente como o foi sobre os anjos infiéis e os homens iníquos dos tempos antigos. Também expôs a baixeza daqueles que tentavam macular os cristãos. — Judas 5-16, 19.
INFORMAÇÕES ÍMPARES
Embora breve, a carta de Judas contém informações que não são encontradas em nenhuma outra parte da Bíblia. Apenas ela menciona a disputa do arcanjo Miguel com o Diabo, acerca do corpo de Moisés, e a profecia proferida por Enoque, séculos antes. (Judas 9, 14, 15) Não se sabe se Judas obteve tais informações por meio de revelação direta ou por um meio fidedigno de
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