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Por que a África não consegue alimentar a si mesma?Despertai! — 1987 | 8 de março
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produção de alimentos, e milhões de pessoas passam fome.
Recentemente, a Comissão Independente Sobre Questões Humanitárias Internacionais, cujos 25 membros incluem representantes de cinco países africanos, fez a seguinte declaração forte: “Os conflitos armados e a violência, em certas partes da África, adicionam desnecessário derramamento de sangue e tumulto a uma situação já trágica. . . . A prioridade é dada às armas de destruição, quando as pessoas precisam mesmo é de enxadas e de sementes para produzir alimentos, de água pura para beber, e de programas de saúde preventivos simples, de baixo custo.”
A África não é a única culpada desta situação. Em seu livro A Year in the Death of Africa, Peter Gill se refere à parte que os governos de fora desempenham na “militarização da África”, e pergunta: “De onde são os fabricantes de armas que se beneficiam com as corridas armamentistas africanas?” Nações do Leste e do Oeste promovem as guerras na África e se beneficiam financeiramente delas.
Precisa-se — De um Programa Sobre-humano de Ajuda
A pergunta: “Por que a África não consegue alimentar a si mesma?” é controversial, e a resposta é complexa. A seca, a explosão populacional, as políticas de ajuda, a ganância, o estado de abandono em que se acham os lavradores, a devastação do solo, e a guerra acham-se todos entre as causas citadas pelas autoridades. Destas, apenas a seca pode ser considerada natural; as demais são provocadas pelo homem.
Na realidade, a seca na África tem servido para sublinhar as limitações e o egoísmo dos humanos. A incapacidade do homem de administrar os assuntos da Terra de forma independente de seu Criador, Jeová Deus, torna-se bem clara aos olhos de todos. Como disse um profeta antigo: “Bem sei, ó Jeová, que não é do homem terreno o seu caminho. Não é do homem que anda o dirigir o seu passo.” — Jeremias 10:23.
Este fato indisputável acha-se registrado na Bíblia. A Bíblia também predisse a atual “escassez de víveres”, acompanhada pela guerra e pela forma errada com que o homem administra a Terra. Felizmente, tudo isto aponta para a proximidade de um programa sobre-humano de ajuda que terá êxito em pôr fim à fome, não só na África, mas em toda a Terra. — Lucas 21:10, 11, 28-31; Revelação 6:3-8; 11:18; 21:1-5.
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Esperança para as vítimas da fomeDespertai! — 1987 | 8 de março
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Esperança para as vítimas da fome
“A MAIORIA das grandes fomes que grassaram desde a I Guerra Mundial foram provocadas, em parte, pela guerra e pela revolução”, declaram os Drs. Brown e Anderson no livro Historical Catastrophes: Famines (Catástrofes Históricas: Fomes).
Este fato traz-nos à mente uma antiga visão profética popularmente chamada de os Quatro Cavaleiros do Apocalipse. Tomando por base este tema, um jornal africano anunciou: “Os Quatro Cavaleiros estão galopando no infeliz país da Etiópia.” Poucos, contudo, discernem a maravilhosa esperança que esta visão contém.
Causas da Morte Prematura
O terceiro cavaleiro do Apocalipse representa a fome. Ele cavalga com “uma balança na mão”, e uma voz brada: “O salário dum dia por um pão.” (Revelação 6:6, Weymouth, em inglês) À frente dele galopa um cavaleiro que representa a guerra — a guerra tão ampla e prolongada que diz-se que ele ‘tira a paz da terra’. Estes cavaleiros mostram a íntima conexão entre a fome e a guerra. — Revelação 6:3-6.
Quanto a esta conexão, o livro Historical Catastrophes: Famines comenta: “Não raro, a produção de alimentos é reduzida, devido à escassez de mão-de-obra . . . A luta talvez provoque a destruição de safras valiosas. Talvez sejam destruídas árvores, e outras plantas, que levam anos para ser substituídas. É possível que haja uma interrupção dos transportes e do comércio, de modo que uma região passe fome, enquanto outra região vizinha tenha excedentes de alimentos.” Esta foi a experiência trágica de milhões durante a I e a II Guerras Mundiais, bem como no intervalo entre tais guerras, e prossegue atingindo milhões de pessoas, hoje em dia.
Os dois cavaleiros descritos acima são acompanhados de outro, chamado “Morte”. Ele representa as mortes prematuras que abateram milhões de pessoas desde o ano crítico de 1914. As guerras e a “escassez de víveres” encimam a lista das causas preditas. (Revelação 6:7, 8) As guerras ceifaram mais de 100.000.000 de vítimas desde 1914, e a “escassez de víveres” ainda mais. “Mais pessoas morreram de fome nos últimos cinco anos, do que as que foram mortas em todas as guerras, revoluções e assassínios nos últimos 150 anos”, declara o livro The Hunger Primer (O Acionador da Fome).
Esperança Para os Mortos
Seguindo de perto o cavaleiro chamado “Morte” acha-se algo que instila esperança. É o “Hades”. Pelo visto, então, muitas vítimas da morte prematura acham-se no Hades. O que se quer dizer com a palavra “Hades”? Trata-se duma transliteração do vocábulo grego haí·des, empregado na Bíblia, e corresponde à transliteração do hebraico “Seol”. (Compare o Salmo 16:10 com Atos 2:31.) Refere-se, não a um lugar literal, mas a uma condição de repouso inconsciente. (Eclesiastes 9:5, 10; João 11:11-13) Trata-se da sepultura comum da humanidade da qual existe esperança de ressurreição.
Esta garantia foi posteriormente registrada no livro de Revelação: “E eu vi os mortos, os grandes e os pequenos, em pé diante do trono . . . E o mar entregou os mortos nele, e a morte e o Hades entregaram os mortos neles, e foram julgados individualmente segundo as suas ações.” (Revelação 20:12, 13) Assim, maravilhoso
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