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  • Começa um novo sacerdócio
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1966
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  • CABEÇA DO NOVO SACERDÓCIO
  • JESUS NÃO É SUMO PONTÍFICE
  • ASSOCIADOS NO NOVO SACERDÓCIO
  • SOBRE QUEM É EDIFICADA A CONGREGAÇÃO?
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1966
w66 15/7 pp. 438-443

Começa um novo sacerdócio

1. (a) Que figuras diferentes vêm às mentes das pessoas, quando é mencionada a palavra “sacerdote”? (b) Que pergunta surge quanto à menção da Bíblia sobre um novo sacerdócio?

QUANDO a palavra “sacerdote” lhe capta a atenção, o que vem aos seus olhos mentais? Vê um homem com as vestes de seu cargo, administrando os sacramentos? Vê os descendentes de Aarão servindo nos tempos antigos no templo de Jeová em Jerusalém? Ou será que visualiza, talvez, um sacerdote budista ou hindu cumprir seus deveres no templo de sua religião? Será que qualquer um ou todos estes homens são sacerdotes do verdadeiro Deus? Ademais, a Bíblia fala dum novo sacerdócio. Poderia ser, como pretendem algumas religiões da cristandade, que o sacerdócio judaico de Aarão e seus descendentes era o velho sacerdócio e foi desbancado pelo sacerdócio das várias fés da cristandade, por exemplo, o sacerdócio da Igreja Católica Romana, com seu cabeça, o papa, que é conhecido como o Sumo Pontífice?

CABEÇA DO NOVO SACERDÓCIO

2. (a) Quem é o Sumo Sacerdote de Jeová Deus, e como foi que obteve seu cargo? (b) De que modo é novo o seu sacerdócio?

2 Em primeiro lugar, deve-se dizer que Jesus Cristo é o Principal Sacerdote do Deus Altíssimo. Seu sacerdócio substituiu o sacerdócio aarônico, mas ele não obteve seu sacerdócio por descender deles, nem era seu sacerdócio uma extensão ou continuação do sacerdócio aarônico. Era novo. Dissera por inspiração o Rei Davi: “A declaração de Jeová ao meu Senhor é: ‘Senta-te à minha mão direita até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés.’ Jeová jurou (e ele não se lastimará): ‘Tu és sacerdote por tempo indefinido de acordo com a maneira de Melquisedeque!” (Sal. 110:1, 4) Jesus nasceu da tribo de Judá e da linhagem de Davi; assim, não possuía descendente da tribo de Levi como os sumos sacerdotes Anás e Caifás, que entravam no Santíssimo do templo na terra por que eram homens de carne, sangue e ossos.

3. (a) Que fato quanto ao sacerdócio de Jesus prova que ele não reassumiu sua humanidade ou seu corpo humano por ocasião de sua ressurreição? (b) Qual é a posição de Jesus quanto ao sacerdócio agora?

3 Depois de 16 de nisã de 33 E. C., Jesus, ressuscitado em espírito, não era mais homem de carne e sangue; foi galardoado pelo Pai por causa de sua fidelidade com um organismo espiritual e imortal. Depois de sua ressurreição, fez vários aparecimentos a seus discípulos por materializar milagrosamente um corpo, mas, no fim de quarenta dias, ascendeu para o Pai no céu, e ali, na presença de Jeová, o Deus Onipotente, apresentou o valor de seu sacrifício como “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. (João 1:29; 4:23, 24; Atos 1:1-11) Isto prova que ele não reassumiu sua humanidade sacrificada. (Heb. 9:23-26) Portanto, provou-se verdadeira a declaração que fez na terra e que chocou a alguns dos que o seguiram por certo tempo: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e, de fato, o pão que eu hei de dar é a minha carne a favor da vida do mundo.” (João 6:51) Por tal razão, Jesus não podia ter seu corpo terrestre ou carnal no céu, pois ele o deixou para sempre em sacrifício a favor da humanidade pecadora e moribunda. Agora no céu, foi empossado como o Grande Sumo Sacerdote, de acordo com a maneira de Melquisedeque, para sempre. — Heb. 7:17, 26-28.

JESUS NÃO É SUMO PONTÍFICE

4. (a) Eram Anás e Caifás ou João Batista possuidores do cargo de Sumo Pontífice, ou do quê? (b) (nota marginal) O que diz The Encyclopedia Britannica a respeito da autoridade conferida ao Sumo Pontífice? (c) (nota marginal) Quem ocupava o cargo durante os tempos romanos, e quem o ocupa agora?

4 Nem os sumos sacerdotes Anás e Caifás eram pontífices, nem o era João Batista, o filho do sacerdote Zacarias. Cada um deles era um cohén (hebraico), ou um hiereús (grego), ou um sacérdos (Bíblia Vulgata Latina). (Luc. 1:5; 3:2) Não, nos tempos de Jesus, Tibério César era Sumo Pontífice da religião babilônica pagã que Roma praticava.a

5. (a) Como sabemos que Jesus não era Sumo Pontífice? (b) Como é que os sacerdotes judeus agiram contrário a seu cargo ao clamarem: “Não temos rei senão César”?

5 Jesus certamente que não era Sumo Pontífice. Jeová, em seu juramento que mostrou que Jesus não seria sacerdote levítico ou aarônico, não disse que ele seria sacerdote semelhante ao Sumo Pontífice pagão de Roma. Davi, que escreveu sua profecia antes de morrer, em 1037 A. E. C., disse tais palavras cerca de 300 anos antes de Roma ser fundada e muito antes de seu rei, Numa Pompílio, estabelecer o colégio de Pontífices. Em realidade, foram os sacerdotes judeus que agiram contrário ao seu próprio cargo de cohén (sacerdote) quando clamaram, “Não temos rei senão César”, aceitando o imperador romano, Tibério, que era Sumo Pontífice da religião pagã; e ainda pior rejeitaram o verdadeiro Rei e Sumo Sacerdote de Jeová. No dia de Pentecostes de 33 E. C., o apóstolo Pedro aplicou a profecia de Davi ao ressuscitado Jesus e afirmou: “Realmente, Davi não ascendeu aos céus, mas ele mesmo diz [Salmo 110]: ‘Jeová disse a meu Senhor: “Senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos como escabelo para os teus pés.’ Portanto, que toda a casa de Israel saiba com certeza que Deus o fez tanto Senhor como Cristo, a este Jesus, a quem pendurastes numa estaca.” — Atos 2:34-36; João 19:15.

6. (a) Que serviço sacerdotal realizou Jesus quando ascendeu para o Pai? (b) Que poder recebeu Jesus naquele tempo, e como é que ele se compara neste respeito com o sacerdócio judaico e o Sumo Pontífice?

6 Ao ascender ao céu, Jesus apareceu perante Jeová Deus no arranjo que Deus estabelecera nos céus para a expiação dos pecados da humanidade. (Heb. 8:1, 2) Ali, apresentou o valor de seu sangue a favor da vida do mundo da humanidade. Por conseguinte, Deus lhe deu, qual Resgatador da humanidade, pleno controle sobre a vida da humanidade e também sobre o Seol (ou Hades), que é a sepultura comum onde jazem os bilhões de mortos da humanidade. Seol é a palavra hebraica e hades é a palavra grega que em muitos lugares na Versão Soares e na Versão Almeida da Bíblia são traduzidas pela palavra em português inferno. Será que os que estão no Seol ou Hades sairão de lá em algum tempo? Que sacerdócio tem os meios de libertá-los? Por certo não o sacerdócio judaico da linhagem de Aarão, que não teve nenhum sacrifício suficientemente valioso para redimir a humanidade. (Sal. 49:7-9) E, com mais certeza ainda, não o pagão Sumo Pontífice de Roma, nem seus sucessores, os papas de Roma, com seu sacerdócio, mas somente Jesus Cristo na Sião celeste, o grande sacerdote “de acordo com a maneira de Melquisedeque”, não segundo o Sumo Pontífice romano.

ASSOCIADOS NO NOVO SACERDÓCIO

7. (a) Quem, junto com Jesus, comporia o novo sacerdócio? (b) Era Pedro a cabeça deste sacerdócio? Dêem prova.

7 Deus prometera a Jesus, como recompensa adicional pela sua fidelidade, uma noiva, composta de certo número de seus seguidores que constituiriam sua congregação. Estes deveriam seguir de perto as pisadas dele e seriam subsacerdotes que serviriam junto com ele como o grande Sumo Sacerdote — verdadeiramente um NOVO sacerdócio. Os doze apóstolos vinham logo depois de Jesus na estrutura congregacional da qual Jesus era a cabeça. Pedro se achando entre eles e sendo um dos subsacerdotes. Pedro, sendo seguidor de Jesus Cristo, por certo não era a cabeça da congregação. Pedro não era Sumo Pontífice, mas sacerdote cristão que servia sob o grande sumo sacerdote melquisedequiano, Jesus Cristo. Trinta anos depois de o apóstolo Pedro morrer, o ressuscitado Jesus disse ao apóstolo João, na ilha penal de Patmos: “Eu sou o Primeiro e o Último, e o vivente; e fiquei morto, mas eis que vivo para todo o sempre, e tenho as chaves da morte e do Hades [inferni, Vulgata latina; inferno, So; Al].” (Rev. 1:17, 18) Jesus falara desta mesma autoridade quando era homem na terra. Disse:

8. Quando na terra, como foi que Jesus falou da autoridade que lhe seria dada sobre a morte e o Hades?

8 “Assim como o Pai tem vida em si mesmo, assim também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo. E deu-lhe autoridade para julgar, porque é Filho do homem. Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a sua voz e sairão, os que fizeram boas coisas, para uma ressurreição de vida, os que praticaram coisas ruins, para uma ressurreição de julgamento.” “Quem se alimenta de minha carne e bebe meu sangue tem vida eterna, e eu o hei de ressuscitar no último dia.” — João 5:26-29; 6:54.

9. Como seria verdade que as portas do Hades não sobrepujariam a congregação cristã?

9 Visto que Jesus deveria receber as “chaves da morte e do Hades [Rev. 1:18]”, podia dizer com autoridade ao apóstolo Pedro, que, muito embora Pedro e os demais da congregação de crentes fossem para a morte e para o Hades ou Seol ao morrerem de morte sacrificial semelhante à do seu Mestre, todavia, as portas do Hades não poderiam manter-se fechadas sobre a congregação por todo o tempo. Por que não? Porque Jesus, depois de ser ressuscitado e ascender para o Pai, onde apresentou o mérito de sua vida em sacrifício pela humanidade, poderia fazer aquilo que nenhum Sumo Pontífice jamais poderia fazer, isto é, usar suas “chaves da morte e do Hades” para abrir as portas e deixar sair a sua congregação, por meio da ressurreição dos mortos. Na ocasião em que Jesus disse isto, acabava de perguntar-lhes quem criam que ele era. Mateus 16:16-19 registra para nós a conversação que se seguiu:

SOBRE QUEM É EDIFICADA A CONGREGAÇÃO?

10. O que disse Jesus quanto à fundação da congregação, e que promessa deu a Pedro?

10 “Em resposta, Simão Pedro disse: ‘Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivente: Jesus lhe disse, em resposta: ‘Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque isso não te foi revelado por carne e sangue, mas por meu Pai, que está nos céus. Também, eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta rocha construirei a minha congregação, e os portões do Hades não a vencerão. Eu te darei as chaves [de quê? Do Hades? Não, mas] do reino dos céus, e tudo o que amarrares na terra, será a coisa amarrada nos céus, e tudo o que soltares na terra, será a coisa solta nos céus.’” — Vejam-se também Marcos 8:27-30 e Lucas 9:18-21.

11. (Junto com a matéria interlinear) Neste ponto de nosso estudo, que consideração especial das palavras de Jesus em Mateus 16:18 é apropriada?

11 As palavras acima de Mateus 16:18 formam um texto altamente controversial. Por isso, abaixo imprimimos o texto grego original. Daí, em baixo, imprimimos a transliteração do grego para o inglês. Em baixo disso, a seguir imprimimos a tradução em português da tradução em inglês, palavra por palavra, do grego, conforme dada no livro intitulado “O Novo Testamento Interlinear Greco-Inglês — o texto grego de Nestle com nova Tradução Literal em Inglês feita pelo Rev. A. Marshall D. Litt”, conforme impresso em 1960 por Samuel Bagster and Sons Limited, Londres, Inglaterra.

Κἀγὼ δέ σοι λέγω ὅτι σὺ εἰ

Kago de soi lego oti su ei

“E eu também a ti digo [,] — Tu és

Πέτρος καὶ ἐπὶ ταύτῃ τῇ πέτρᾳ οἰκοδομήσω

Petros kai epi tautei tei petrai oikodomeso

Pedro, e sobre esta rocha eu edificarei

μου τὴν ἐκκλησίαν, καὶ πύλαι

mou ten ekklesian kai pulai

de mim a igreja, e [as] portas

ᾅδου οὐ κατισχύσουσιν αὐτῆς.

haldou ou katiskhusousin autes.

do hades não prevalecerão contra ela.”

12. (Junto com nota marginal) (a) No texto grego, que diferença vemos entre “Pedro” e “rocha”? (b) Como é que concorda com isso a versão Aramaica (Siríaca) (c) Como é que o apóstolo Paulo nos ajuda a identificar a “rocha” aqui mencionada?

12 Não é difícil ver que há diferença entre Pedro (Pétros) e rocha (pétrai). A diferença é que no texto grego Pétros é do gênero masculino, ao passo que pétrai é feminino. A mesma diferença também se vê na versão Vulgata latina. Até a versão Aramaica (Siríaca) mostra a diferença no gênero por meio duma partícula que acompanha cada uma destas duas palavras, Pedro e rocha.b Note que Jesus não disse a Pedro: ‘Tu és Pedro e sobre Ti edificarei a minha igreja.’ Do texto grego acima torna-se evidente que Jesus não dizia que Pedro era a pétra (“rocha”) e que sobre Pedro (Pétros) ele construía sua igreja ou congregação. Jesus dizia que construiria sua igreja ou congregação sobre si próprio como o Alicerce. Até mesmo o apóstolo Paulo identifica a Jesus Cristo com a Rocha, em 1 Coríntios 10:14, que reza: “Todos beberam a mesma bebida espiritual. Porque costumavam beber da rocha [pétra] espiritual que os seguia, e essa rocha [pétra] significava o Cristo.”

13. (a) Que profecias teria Jesus em mente quando falava a seus discípulos a respeito da rocha? (b) Como é que Paulo mostra que Pedro não é a rocha sobre a qual a congregação é edificada?

13 Jesus por certo levou em consideração as profecias em Isaías 8:14 e 28:16 (Al), com as quais estava bem familiarizado. Estas profecias declaram: “ele vos será santuário; mas servirá de pedra de tropeço e de rocha de escândalo, às duas casas de Israel; de laço e rede aos moradores de Jerusalém.” “Portanto, assim diz o Senhor [Jeová]: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada: aquele que crer não se apresse.” Era Pedro, então, quem seria esta “rocha de escândalo, às duas casas de Israel”? Será Pedro aquele em quem os cristãos depositam sua fé para a salvação? Seguramente não! mas é Jesus Cristo. Paulo torna isso claro, além de qualquer dúvida, em sua aplicação das profecias a Cristo, em Romanos 9:32, 33 e 10:4: “Tropeçaram sobre a ‘pedra para tropeço’; conforme está escrito: ‘Eis que eu ponho em Sião uma pedra para tropeço e uma rocha [pétra] de ofensa, mas quem basear nela a sua fé não ficará desapontado.’ Porque Cristo é o fim da Lei, para que todo aquele que exercer fé possa ter justiça.”

TEMOS DE RECONHECER O NOVO SACERDÓCIO

14. (a) Qual era o entendimento do próprio Pedro quanto ao alicerce da congregação? (b) Por que devíamos ser muito cuidadosos de entender as palavras de Jesus em Mateus 16:18?

14 Será que Pedro pensou que Jesus queria dizer que a igreja seria edificada sobre o próprio Pedro? Será que Pedro pensou que ele era um sacerdote maior que seu Mestre, o grande Sumo Sacerdote melquisedequiano de Deus, de quem Pedro era apenas subsacerdote? Escutemos as suas próprias palavras sobre o assunto: “O Senhor é benigno. Chegando-vos a ele, como a uma pedra vivente, rejeitada, é verdade, pelos homens, mas escolhida e preciosa para Deus, vós mesmos também, como pedras viventes, estais sendo edificados como casa espiritual, tendo por objetivo um sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus, por intermédio de Jesus Cristo. Pois isso está contido na Escritura: ‘Eis que ponho em Sião uma pedra, escolhida, uma pedra angular de alicerce, preciosa; e ninguém que nela exercer fé de modo algum ficará desapontado.’ É para vós, portanto, que ele é precioso, porque vós sois crentes; mas, para os que não crêem, ‘a mesma pedra que os construtores rejeitaram tem-se tornado a principal do ângulo’, e ‘uma pedra para tropeço e uma rocha [pétra] de ofensa’. Estes tropeçam porque são desobedientes à palavra.” (1 Ped. 2:3-8) É absurdo pensar que Pedro era o alicerce sobre o qual a igreja foi edificada, e devemos ser mui cautelosos de não nos tornarmos desobedientes à palavra, por não aceitarmos estas palavras de Pedro, pois talvez tropecemos para a nossa destruição.

15. (a) O que constituirá o completo nôvo sacerdócio? (b) Que coisas melhores são realizadas por ele?

15 Portanto, como argumenta tão eficazmente o apóstolo Paulo: “Pois, mudando-se o sacerdócio, necessariamente há também mudança da lei.” (Heb. 7:12) Jesus era a cabeça dum novo sacerdócio, e seus seguidores, compostos dos apóstolos e de outros a quem selecionou durante os últimos mil e novecentos anos e que somarão, todos juntos, 144.000, sob a sua única cabeça, Cristo Jesus, são novo sacerdócio que serve em relação com o novo pacto. Por meio da bondade imerecida de Deus, ele trouxe um novo sistema de coisas, substituindo o anterior sistema de coisas judaico com seu sacerdócio imperfeito e seus sacrifícios animais. O novo sistema de coisas, baseado no próprio sacrifício de Cristo, opera sob o novo pacto. Este sacrifício torna possível o perdão de pecados da humanidade.

16. (a) Por que não há necessidade de sacrifícios repetidos, tais como o de animais ou da missa? (b) Onde se localiza Jesus como Sumo Sacerdote melquisedequiano? (c) O que tem em reserva para a humanidade e quando é que o nôvo sacerdócio administrará os benefícios do sacrifício de Jesus à humanidade?

16 Não há, portanto, nenhuma necessidade de sacrifícios repetidos tais como o sacerdócio levítico da linhagem de Aarão costumava oferecer no templo, nem um sacrifício repetido da missa, como é feito pelo sacerdócio da cristandade, mas o sacrifício único de Cristo Jesus já foi oferecido e agora não é questão de sacrifício repetido. Antes, sua obra sacrificial já está feita e Cristo Jesus está empossado na Sião celeste, sendo lançado ali como pedra provada, pedra preciosa de esquina de seguro alicerce, em cumprimento da profecia de Isaías 28:16. Foi rejeitado há dezenove séculos pela Sião terrestre, mas é na Sião espiritual, a Sião celeste, que agora reside, e tem pleno suprimento do pão da vida para a humanidade, como resultado de seu sacrifício, que está pronto a administrar. Como Paulo diz em Hebreus 9:28: “Assim também foi oferecido o Cristo uma vez para sempre, para levar os pecados de muitos; e, na segunda vez que ele aparecer, será à parte do pecado e para os que seriamente o procuram para a sua salvação.” Em 1918, começou a ressuscitar sua congregação fiel para que estivesse junto com ele. Alguns ainda estão na terra, com perspectivas de se unirem a ele no futuro próximo. Durante o reinado milenar de Cristo, sua congregação de subsacerdotes servirá junto com ele nos céus quais reis e sacerdotes e terá o glorioso privilégio de administrar os benefícios do sacrifício de Cristo à humanidade fiel na terra. Portanto, não é a nenhum pontífice ou nem mesmo a um Sumo Pontífice, mas ao Sumo Sacerdote melquisedequiano, Jesus Cristo, na Sião celeste, que todas as pessoas com fé têm de vir. — Rev. 20:6.

[Nota(s) de rodapé]

a O Sumo Pontífice Júlio César aumentou o número dos pontífices do colégio para dezesseis. Diz The Encyclopcedia Britannica, décima primeira edição, volume 22, página 66b, sob PONTIFICE: “O nome se deriva claramente de pons [ponte] e facere [fazer], mas, se isto deve ser considerado como indicando qualquer relação especial com a ponte sagrada sobre o Tibre (Pons Sublicius), ou qual deve ter sido o significado original, não pode ser agora determinado. O colégio existia sob a monarquia [de Roma], quando seus membros eram provavelmente três em número; pode-se considerá-los seguramente como sendo conselheiros legais do rex [rei] em todas as questões de religião. Sob a república [de Roma] alcançaram a proeminência sob um pontifex maximus [maior construtor de pontes], que assumiu os deveres do rei como o principal administrador da lei religiosa . . . Todos tinham cargo vitalício. A imensa autoridade do colégio se centralizava no sumo pontífice, os outros pontífices formando seu consilium ou grupo conselheiro. Suas funções eram parcialmente sacrificiais ou ritualísticas, mas estas eram as menos importantes; o verdadeiro poder residia na administração da jus divinum [direito divino], . . . É óbvio que um sacerdócio com tais funções, e com cargo vitalício, deve ter sido grande poder no estado, e, durante os três primeiros séculos da república, é possível que o sumo pontífice fosse de fato o membro mais poderoso. . . . Júlio César o reteve durante os últimos vinte anos de sua vida, e Augusto o assumiu depois da morte de Lépido em 12 A. C., depois do que tornou-se inseparável do cargo do imperador reinante. Com a decadência do império [romano], o titulo mui naturalmente ficou para os papas, cujas funções, como administradores da lei religiosa, se pareciam muito às do antigo sacerdócio romano; dai o uso moderno de ‘pontífice’ e ‘pontifícia’.”

b O texto Siríaco mostra kipha tanto para “Pedro” como para “rocha”, mas “Pedro” acha-se precedido pelo pronome verbal masculino (hu) para mostrar que kipha, significando “Pedro” é masculino, ao passo que “rocha” é precedida pelo adjetivo demonstrativo feminino (háde). Assim, este segundo kipha, significando “rocha”, é feminino. Assim, a Versão Siríaca concorda com o texto grego original; e portanto o argumento que, por motivo de que, na Versão Aramaica (Siríaca), a mesma palavra kipha é aplicada tanto a Pedro como à rocha, significam a mesma pessoa, é provado falso. — Light on the Four Gospels from the Sinai Palimpsest, do Dr. Agnes Smith Leveis, páginas 54, 55, da Edição de 1913.

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