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  • Um remédio prático para aliviar o estresse
    A Sentinela — 2001 | 15 de dezembro
    • Trabalhar sob o jugo

      9, 10. Na antiguidade, de que o jugo era símbolo, e por que Jesus convidou pessoas a tomarem sobre si o jugo dele?

      9 Notou que, nas palavras citadas de Mateus 11:28, 29, Jesus disse: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim”? Lá naquele tempo, o homem comum talvez achasse que estava trabalhando sob um jugo. Desde a antiguidade, o jugo tem sido símbolo de escravidão ou servidão. (Gênesis 27:40; Levítico 26:13; Deuteronômio 28:48) Muitos dos diaristas a quem Jesus se dirigiu trabalhavam literalmente com um jugo sobre os ombros, carregando fardos pesados. Dependendo do formato do jugo, podia ser menos desconfortável para o pescoço e os ombros, ou podia esfolá-los. Jesus, como carpinteiro, talvez fabricasse jugos, e ele deve ter sabido fabricar um que era “benévolo”. Pode ter revestido os pontos de contato com couro ou pano, para tornar o jugo o mais confortável possível.

      10 Quando Jesus disse: “Tomai sobre vós o meu jugo”, ele pode ter-se comparado a alguém que fornecia jugos bem feitos, que seriam ‘benévolos’ para o pescoço e os ombros do trabalhador. De modo que Jesus acrescentou: “Minha carga é leve.” Isto significava que a barra do jugo não era incômoda para usar, nem o trabalho era escravizante. É verdade que Jesus, por convidar seus ouvintes a aceitar seu jugo, não estava oferecendo alívio imediato de todas as condições opressivas então existentes. Mesmo assim, o ponto de vista diferente que apresentou podia dar-lhes considerável ânimo. Eles ficariam também aliviados por ajustarem seu modo de vida e a maneira de fazerem as coisas. Mais importante, terem uma esperança clara e sólida os ajudaria a achar a vida menos estressante.

      Você pode ficar reanimado

      11. Por que Jesus não estava apenas sugerindo uma troca de jugos?

      11 Queira notar que Jesus não estava dizendo que as pessoas trocariam um jugo por outro. Roma ainda controlaria o país, assim como os governos atuais estão no controle onde quer que os cristãos vivam. A tributação romana, no primeiro século, não ia cessar. Os problemas de saúde e de economia ainda continuariam. A imperfeição e o pecado ainda afetariam as pessoas. Mesmo assim, elas podiam ficar reanimadas por adotarem o ensino de Jesus, assim como nós podemos ficar.

      12, 13. O que destacou Jesus como dando reanimação, e como reagiram alguns?

      12 Uma aplicação importante da ilustração de Jesus a respeito do jugo tem a ver com a obra de fazer discípulos. Não há dúvida de que a atividade principal de Jesus era a de ensinar outros, dando ênfase ao Reino de Deus. (Mateus 4:23) Portanto, quando ele disse: “Tomai sobre vós o meu jugo”, isto certamente envolvia seguir o seu exemplo nesta atividade. O registro evangélico mostra que Jesus motivou homens sinceros a mudarem de atividade, uma grande preocupação na vida de muitos. Lembre-se de como convocou Pedro, André, Tiago e João: “Vinde após mim, e eu farei que vos torneis pescadores de homens.” (Marcos 1:16-20) Demonstrou àqueles pescadores como seria gratificante se, sob sua orientação e ajuda, eles fizessem o mesmo trabalho que ele fazia e que ocupava o primeiro lugar na sua vida.

      13 Alguns dos seus ouvintes judeus entenderam o que ele queria dizer e agiram concordemente. Imagine a cena à beira do lago, que lemos em Lucas 5:1-11. Quatro pescadores haviam trabalhado a noite inteira sem pescar nada. De repente, suas redes se encheram! Isto não aconteceu por acaso; era o resultado da intervenção de Jesus. Quando olharam para a margem, viram uma multidão de pessoas vivamente interessadas nos ensinos de Jesus. Isto ajudou a explicar o que Jesus disse àqueles quatro: ‘Doravante apanhareis vivos a homens.’ Qual foi a reação deles? “Trouxeram . . . os barcos de volta à terra, abandonaram tudo e o seguiram.”

      14. (a) Como podemos hoje em dia ficar reanimados? (b) Que boas novas reanimadoras foram proclamadas por Jesus?

      14 Basicamente, você pode reagir de modo similar. A obra de ensinar a verdade bíblica às pessoas ainda continua. Cerca de seis milhões de Testemunhas de Jeová no mundo todo aceitaram o convite de Jesus, de ‘tomar sobre si o jugo dele’; tornaram-se “pescadores de homens”. (Mateus 4:19) Alguns fazem disso sua ocupação por tempo integral; outros fazem o que podem parte do tempo. Todos acham isso reanimador, de modo que sua vida fica menos estressante. Envolve fazer o que gostam, falar a outros sobre as boas novas — “as boas novas do reino”. (Mateus 4:23) Sempre dá prazer falar de boas novas, mas especialmente destas boas novas. A Bíblia contém a matéria primária de que precisamos para convencer muitos de que eles podem levar uma vida menos estressante. — 2 Timóteo 3:16, 17.

      15. Como pode você beneficiar-se dos ensinos de Jesus a respeito de como viver?

      15 Até certo ponto, mesmo os que apenas começaram a aprender algo sobre o Reino de Deus tiraram proveito dos ensinos de Jesus sobre como viver. Muitos podem verazmente dizer que os ensinos de Jesus os reanimaram e lhes ajudaram a mudar de modo de vida. Você pode verificar isso por si mesmo por examinar alguns princípios a respeito de como viver apresentados nos relatos sobre a vida e o ministério de Jesus, especialmente nos Evangelhos escritos por Mateus, Marcos e Lucas.

      Um modo de ficar reanimado

      16, 17. (a) Onde poderá você encontrar alguns dos ensinos básicos de Jesus? (b) O que é preciso fazer para ficar reanimado por meio da aplicação dos ensinos de Jesus?

      16 Na primavera de 31 EC, Jesus fez um discurso que até hoje é famoso no mundo inteiro. Costuma ser chamado de Sermão do Monte. Está registrado nos capítulos 5 a 7 de Mateus, e no capítulo 6 de Lucas, e resume muitos dos seus ensinos. Em outras partes dos Evangelhos poderá encontrar outros ensinos de Jesus. Grande parte das coisas que ele disse se explicam por si mesmas, embora pô-las em prática pode ser desafiador. Por que não lê esses capítulos com cuidado e reflexão? Deixe que o poder das idéias dele influencie seu modo de pensar e sua atitude.

      17 É óbvio que os ensinos de Jesus podem ser organizados de modos diferentes. Agrupemos os ensinos básicos de modo a ter um para cada dia do mês, com o objetivo de pô-los em operação na nossa vida. Como? Bem, não passe por eles depressa demais. Lembre-se do governante rico que perguntou a Jesus Cristo: “Por fazer o que hei de herdar a vida eterna?” Quando Jesus recapitulou os requisitos vitais da Lei de Deus, o homem respondeu que já os cumpria. Mesmo assim, deu-se conta de que precisava fazer mais. Jesus o exortou a fazer mais esforço em aplicar os princípios piedosos de modo prático, para ser um discípulo ativo. Pelo visto, o homem não estava disposto a fazer tanto. (Lucas 18:18-23) Por conseguinte, quem hoje quer aprender os ensinos de Jesus precisa lembrar-se de que há uma diferença entre concordar com eles e aplicá-los ativamente, reduzindo assim o estresse.

      18. Ilustre como poderá usar o quadro acompanhante de modo proveitoso.

      18 Para começar a examinar e a aplicar os ensinos de Jesus, note o ponto 1 no quadro acompanhante. Refere-se a Mateus 5:3-9. Francamente, qualquer um de nós poderia gastar bastante tempo meditando nos conselhos maravilhosos apresentados nesses versículos. No entanto, examinando-os como um todo, o que conclui você a respeito de atitude? Se realmente quiser superar os efeitos de excessivo estresse na sua vida, o que poderá ajudá-lo? Como poderá sair-se melhor por intensificar sua atenção a assuntos espirituais, permitindo que ocupem mais os seus pensamentos? Existe uma preocupação na vida a que você deve dar menos importância, a fim de dar mais atenção a questões espirituais? Se fizer isso, terá mais felicidade agora.

      19. O que poderá fazer para obter mais perspicácia e entendimento?

      19 Agora, dê um passo mais adiante. Por que não conversar sobre estes versículos com outro servo de Deus, talvez com seu cônjuge, um parente achegado ou um amigo? (Provérbios 18:24; 20:5) Lembre-se de que o governante rico perguntou a alguém — Jesus — sobre o assunto relacionado. A resposta poderia ter aumentado sua perspectiva de felicidade e de vida duradoura. O companheiro de adoração com quem você considerar esses versículos não será como Jesus; mesmo assim, a conversa sobre os ensinos de Jesus beneficiará a ambos. Procure fazer isso logo.

      20, 21. Que programa poderá seguir para aprender os ensinos de Jesus, e como poderá avaliar seu progresso?

      20 Veja de novo o quadro acompanhante, “Ensinos que o ajudarão”. Estes ensinos estão agrupados para que você tenha pelo menos um deles por dia a considerar. Primeiro, poderá ler o que Jesus disse nos versículos citados. Depois, reflita nas palavras dele. Pense em como poderá aplicá-las na sua vida. Se achar que já está fazendo isso, pense em que mais poderá fazer para viver segundo este ensino divino. Procure aplicá-lo durante aquele dia. Se notar dificuldades para entendê-lo ou para ver como poderá aplicá-lo, use mais um dia para isso. No entanto, lembre-se de que não precisa dominá-lo antes de seguir avante. No dia seguinte, poderá considerar outro ensino. No fim de uma semana, poderá reexaminar quão bem-sucedido você foi em adotar quatro ou cinco ensinos de Jesus. Na segunda semana, acrescente mais, dia após dia. Se achar que deixou de aplicar algum ensino, não fique desanimado. Isto acontecerá com cada cristão. (2 Crônicas 6:36; Salmo 130:3; Eclesiastes 7:20; Tiago 3:8) Prossiga na terceira e na quarta semana.

      21 Depois de mais ou menos um mês, talvez tenha abrangido todos os 31 pontos. De qualquer modo, como se sentirá em resultado disso? Não se sentirá um pouco mais feliz, talvez mais descontraído? Mesmo que faça apenas pouco progresso, é provável que sentirá menos estresse, ou pelo menos lidará melhor com ele, e terá um método para prosseguir. Não se esqueça de que há muitos outros pontos excelentes nos ensinos de Jesus que não constam na lista. Por que não procura alguns deles e tenta pô-los em prática? — Filipenses 3:16.

      22. Qual pode ser o resultado de se seguir os ensinos de Jesus, mas que aspecto adicional merece ser estudado?

      22 Poderá ver que o jugo de Jesus, embora tenha peso, é deveras benévolo. A carga dos seus ensinos e do discipulado é leve. O apóstolo João, querido amigo de Jesus, depois de 60 anos de experiência pessoal, concordou com isso: “O amor de Deus significa o seguinte: que observemos os seus mandamentos; contudo, os seus mandamentos não são pesados.” (1 João 5:3) Você pode ter a mesma confiança. Quanto mais tempo aplicar os ensinos de Jesus, tanto mais constatará que aquilo que torna a vida de muitos estressante demais hoje em dia, não será tão aflitivo para você. Descobrirá que obteve considerável alívio. (Salmo 34:8) No entanto, há ainda outro aspecto do jugo benévolo de Jesus que você precisa considerar. Jesus mencionou também que ele é “de temperamento brando e humilde de coração”. Como se enquadra isso na questão de aprender de Jesus e o imitar? Consideraremos isso no artigo seguinte. — Mateus 11:29.

  • “Aprendei de mim”
    A Sentinela — 2001 | 15 de dezembro
    • “Aprendei de mim”

      “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, pois sou de temperamento brando e humilde de coração, e achareis revigoramento para as vossas almas.” — MATEUS 11:29.

      1. Por que aprendermos de Jesus pode ser agradável e enriquecedor?

      JESUS CRISTO sempre pensava, ensinava e agia de forma apropriada. Seu tempo na Terra foi curto, mas teve uma carreira recompensadora e gratificante, e continuou a sentir-se feliz. Fez discípulos e lhes ensinou como adorar a Deus, amar a humanidade e vencer o mundo. (João 16:33) Encheu-lhes o coração de esperança e “lançou luz sobre a vida e a incorrupção por intermédio das boas novas”. (2 Timóteo 1:10) Se você se considera um dos discípulos dele, o que acha que significa ser discípulo dele? Por considerarmos o que Jesus disse a respeito de discípulos, podemos aprender como enriquecer nossa vida. Isto envolve aceitar o ponto de vista dele e aplicar princípios básicos. — Mateus 10:24, 25; Lucas 14:26, 27; João 8:31, 32; 13:35; 15:8.

      2, 3. (a) O que significa ser discípulo de Jesus? (b) Por que é importante que nos perguntemos: ‘Discípulo de quem me tornei?’

      2 Nas Escrituras Gregas Cristãs, a palavra traduzida “discípulo” refere-se basicamente a alguém que fixa a mente em algo, ou alguém que aprende. Uma palavra relacionada ocorre no nosso texto temático, Mateus 11:29: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, pois sou de temperamento brando e humilde de coração, e achareis revigoramento para as vossas almas.” Deveras, o discípulo é um aprendiz. Os Evangelhos costumam aplicar a palavra “discípulo” aos seguidores achegados de Jesus, que viajavam com ele enquanto pregava e foram instruídos por ele. Algumas pessoas talvez tenham simplesmente aceitado os ensinos de Jesus, mesmo secretamente. (Lucas 6:17; João 19:38) Os escritores dos Evangelhos também mencionaram “os discípulos de João [Batista] e os discípulos dos fariseus”. (Marcos 2:18) Visto que Jesus acautelou seus seguidores a “que se vigiassem . . . do ensino dos fariseus”, podemos perguntar-nos: ‘Discípulo de quem me tornei?’ — Mateus 16:12.

      3 Se formos discípulos de Jesus e se tivermos aprendido dele, então outros deviam sentir-se espiritualmente reanimados na nossa presença. Deviam perceber que nos tornamos pessoas de temperamento mais brando e de coração mais humilde. Se no nosso emprego tivermos responsabilidades de gerenciamento, se formos pais ou se tivermos obrigações de pastoreio na congregação cristã, será que os que estão aos nossos cuidados acham que os tratamos assim como Jesus tratou aqueles que estavam aos seus cuidados?

      Como Jesus tratava as pessoas

      4, 5. (a) Por que não é difícil saber como Jesus tratava os que tinham problemas? (b) O que se deu com Jesus enquanto jantava na casa de um fariseu?

      4 Temos de saber como Jesus tratava as pessoas, especialmente as que tinham problemas graves. Isso não deve ser difícil de saber; a Bíblia contém muitos relatórios sobre os encontros de Jesus com as pessoas, algumas delas passando por aflições. Notemos também como os líderes religiosos, especialmente os fariseus, tratavam os que tinham problemas similares. O contraste será esclarecedor.

      5 No ano 31 EC, enquanto Jesus estava numa viagem de pregação na Galiléia, ‘certo fariseu pediu a Jesus que jantasse com ele’. Jesus não hesitou em aceitar o convite. “Concordemente, entrou na casa do fariseu e recostou-se à mesa. E eis que uma mulher, conhecida na cidade como pecadora, soube que ele estava recostado numa refeição na casa do fariseu e trouxe um vaso de alabastro com óleo perfumado, e, postando-se atrás, aos pés dele, chorava e principiava a molhar os pés dele com as suas lágrimas, e enxugava-os com os cabelos da sua cabeça. Beijava também ternamente os pés dele e untava-os com o óleo perfumado.” — Lucas 7:36-38.

      6. Por que podia a mulher “pecadora” estar na casa do fariseu?

      6 Pode imaginar isso? Certa obra de referência afirma: “A mulher (v. 37) aproveitou-se dos costumes sociais que permitiam que pessoas necessitadas visitassem um banquete assim para receber algumas das sobras.” Isto talvez explique como alguém podia entrar sem ser convidado. Pode ter havido outros que esperavam recolher algo no fim da refeição. Todavia, o comportamento desta mulher foi incomum. Não ficou só observando de lado, esperando o fim da refeição. Ela tinha má reputação, sendo “pecadora” de alguma fama, de modo que Jesus sabia ‘dos pecados dela, embora fossem muitos’. — Lucas 7:47.

      7, 8. (a) Como teríamos, talvez, reagido em circunstâncias tais como as mencionadas em Lucas 7:36-38? (b) Como reagiu Simão?

      7 Imagine que você vivesse lá naquele tempo e estivesse no lugar de Jesus. Como teria reagido? Teria-se sentido constrangido quando esta mulher se chegasse a você? Como o afetaria tal situação? (Lucas 7:45) Teria ficado chocado, horrorizado?

      8 Se você tivesse estado entre os convidados, teria tido uma opinião pelo menos similar à de Simão, o fariseu? “À vista disso, o fariseu que o convidara [Jesus] dizia no seu íntimo: ‘Este homem, se fosse profeta, saberia quem e que espécie de mulher é que o toca, que ela é pecadora.’” (Lucas 7:39) Jesus, em contraste, era um homem de profunda compaixão. Compreendeu a aflição da mulher e percebeu a angústia dela. Não somos informados sobre como ela caiu numa vida de pecado. Se ela era mesmo prostituta, os homens da cidade, judeus dedicados, pelo visto não a tinham ajudado.

      9. Como reagiu Jesus, e com que possível resultado?

      9 Jesus, porém, queria ajudá-la. Disse-lhe: “Teus pecados estão perdoados.” Depois acrescentou: “Tua fé te salvou; vai em paz.” (Lucas 7:48-50) O relato termina com isso. Alguém talvez objete dizendo que Jesus não fez muita coisa por ela. Basicamente, despediu-a com a sua bênção. Acha provável que ela tenha voltado ao seu lastimável modo de vida? Embora não possamos afirmar o que ela fez, note o que Lucas diz a seguir. Ele conta que Jesus viajava “de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e declarando as boas novas do reino”. Lucas relatou também que “certas mulheres” acompanhavam Jesus e seus discípulos, e ‘lhes ministravam dos bens delas’. Não se pode excluir a possibilidade de que esta mulher arrependida e apreciativa estava então entre elas, empreendendo um modo piedoso de vida com a consciência limpa, um renovado senso de objetivo e com um amor muito mais profundo a Deus. — Lucas 8:1-3.

      A diferença entre Jesus e os fariseus

      10. Por que é proveitoso considerar o relato sobre Jesus e a mulher na casa de Simão?

      10 O que podemos aprender deste relato vívido? Emociona-nos, não é verdade? Imagine estar na casa de Simão. Como se sentiria? Reagiria assim como Jesus, ou se sentiria um pouco como o anfitrião fariseu dele? Jesus era o Filho de Deus, de modo que não podemos sentir e agir exatamente como ele. Por outro lado, não queremos logo pensar que somos como Simão, o fariseu. Poucos se orgulhariam de serem farisaicos.

      11. Por que não queremos ser considerados fariseus?

      11 À base do estudo da evidência bíblica e secular, podemos chegar à conclusão de que os fariseus se tinham em alta estima como guardiães do bem público e do bem-estar nacional. Não os satisfazia que a Lei de Deus fosse fundamentalmente clara e de fácil compreensão. Sempre que lhes parecia que a Lei não era específica, procuravam preencher as aparentes falhas com aplicações específicas, para eliminar qualquer necessidade da consciência. Esses líderes religiosos procuravam inventar um preceito para governar a conduta em todas as situações, mesmo que triviais.a

      12. Que conceito tinham os fariseus a respeito de si mesmos?

      12 O historiador judeu Josefo, do primeiro século, torna óbvio que os fariseus se consideravam bondosos, gentis, justos e plenamente habilitados para a sua tarefa. Sem dúvida, alguns deles chegavam perto disso. Você talvez pense em Nicodemos. (João 3:1, 2; 7:50, 51) Com o tempo, alguns deles adotaram o modo cristão de viver. (Atos 15:5) O apóstolo cristão Paulo escreveu a respeito de certos judeus, tais como os fariseus:

      “Têm zelo de Deus, mas não segundo o conhecimento exato.” (Romanos 10:2) No entanto, os Evangelhos os apresentam da forma como o povo os encaravam — orgulhosos, arrogantes, auto-justos, críticos, condenadores e degradadores.

      O conceito de Jesus

      13. O que disse Jesus a respeito dos fariseus?

      13 Jesus censurava os escribas e os fariseus como sendo hipócritas. “Amarram cargas pesadas e as põem nos ombros dos homens, mas eles mesmos não estão dispostos nem a movê-las com o dedo.” Deveras, a carga era pesada, e o jugo imposto às pessoas era duro. Jesus passou a chamar os escribas e os fariseus de “tolos”. O tolo é uma ameaça para a comunidade. Jesus também chamou os escribas e os fariseus de “guias cegos” e afirmou que eles haviam ‘desconsiderado os assuntos mais importantes da Lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fidelidade’. Quem gostaria de ser considerado por Jesus como fariseu? — Mateus 23:1-4, 16, 17, 23.

      14, 15. (a) O modo de Jesus tratar Mateus Levi revela o que sobre os modos de agir dos fariseus? (b) Que lições importantes podemos aprender deste relato?

      14 Quase todos os leitores dos relatos evangélicos podem reconhecer a natureza crítica da maioria dos fariseus. Depois de Jesus convidar Mateus Levi, o cobrador de impostos, para se tornar discípulo, Levi fez para ele uma grande festa de recepção. O relato diz: “Em vista disso, os fariseus e seus escribas começaram a murmurar aos discípulos dele, dizendo: ‘Por que é que comeis e bebeis com os cobradores de impostos e os pecadores?’ Em resposta, Jesus disse-lhes: ‘ . . . Eu não vim chamar os que são justos, mas sim pecadores ao arrependimento.’” — Lucas 5:27-32.

      15 O próprio Levi entendeu então algo que Jesus disse naquela ocasião: “Ide, pois, e aprendei o que significa: ‘Misericórdia quero, e não sacrifício.’” (Mateus 9:13) Embora os fariseus afirmassem crer nos escritos dos profetas hebreus, eles não aceitavam esta declaração tirada de Oséias 6:6. Se haviam de errar, certificavam-se de que o fariam do lado da obediência à tradição. Cada um de nós poderia perguntar-se: ‘Será que eu tenho a reputação de me apegar fanaticamente a certas regras, tais como as que refletem opiniões pessoais ou modos comuns de encarar um assunto? Ou acham outros que sou primariamente misericordioso e bondoso?’

      16. Qual era a maneira farisaica de agir, e como podemos evitar ser como os fariseus?

      16 Criticar, criticar, criticar. Esta era a maneira farisaica de agir. Os fariseus procuravam qualquer falha — real ou imaginária. Mantinham as pessoas na defensiva e chamavam atenção às falhas delas. Os fariseus se orgulhavam de pagar o dízimo das menores plantas, tais como a hortelã, o endro e o cominho. Exibiam sua piedade pela vestimenta que usavam e procuravam dirigir a nação. Certamente, se as nossas ações hão de estar em harmonia com o exemplo de Jesus, temos de evitar a tendência de sempre procurar e destacar as falhas de outros.

      Como Jesus resolvia problemas?

      17-19. (a) Explique como Jesus lidou com uma situação que poderia ter tido sérias conseqüências. (b) O que tornou aquela situação aflitiva e desagradável? (c) Se você tivesse estado lá quando a mulher se aproximou de Jesus, como teria reagido?

      17 O modo de Jesus resolver problemas era bem diferente daquele dos fariseus. Considere como Jesus resolveu uma situação que poderia ter sido muito séria. Envolvia uma mulher que por 12 anos padecia dum fluxo de sangue. Pode ler o relato em Lucas 8:42-48.

      18 O relato de Marcos diz que a mulher estava “amedrontada e trêmula”. (Marcos 5:33) Por quê? Sem dúvida porque sabia que havia violado a Lei de Deus. Segundo Levítico 15:25-28, uma mulher com um fluxo de sangue fora do comum era impura por todo o tempo que isso durasse, e mais uma semana. Tudo em que ela tocasse e toda pessoa que entrasse em contato com ela ficava aviltada. Para chegar a Jesus, esta mulher tinha de dar um jeito de passar pelo meio da multidão. Ao examinarmos o relato hoje, 2.000 anos depois, nosso coração se compadece da aflição dela.

      19 Se você estivesse lá naquela ocasião, como teria encarado a situação? O que teria dito? Note como Jesus tratou aquela mulher de modo bondoso, amoroso e atencioso, nem mesmo aludindo a qualquer problema que ela pode ter causado. — Marcos 5:34.

      20. Se Levítico 15:25-28 fosse um requisito atual, com que desafio nos confrontaríamos?

      20 Podemos aprender algo deste acontecimento? Suponhamos que você seja ancião numa congregação, que Levítico 15:25-28 ainda seja um requisito cristão e que uma mulher cristã tivesse violado esta lei, sentindo-se desnorteada e abandonada. Como você reagiria? Será que a humilharia publicamente com um conselho crítico? “Ora”, você diz, “eu nunca faria isso! Seguindo o exemplo de Jesus, faria todo esforço para ser bondoso, amoroso, solícito e atencioso”. Muito bem! Mas o desafio é fazer isso, imitando o modelo de Jesus.

      21. O que Jesus ensinava às pessoas a respeito da Lei?

      21 Essencialmente, as pessoas se sentiam revigoradas, animadas e encorajadas por Jesus. Onde a Lei de Deus era específica, o que ela dizia vigorava. Se a aplicação fosse mais generalizada, a consciência delas entraria em ação e poderiam mostrar seu amor a Deus pelas decisões que tomavam. A Lei dava-lhes margem para viver e agir. (Marcos 2:27, 28) Deus amava os do seu povo, esforçava-se constantemente a favor deles e estava disposto a ser misericordioso quando falhavam. Jesus também era assim. — João 14:9.

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