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  • Uma administração para cumprir o propósito de Deus
    A Sentinela — 2006 | 15 de fevereiro
    • Uma administração para cumprir o propósito de Deus

      “[Deus] opera todas as coisas segundo o modo aconselhado por sua vontade.” — EFÉSIOS 1:11.

      1. Por que todas as congregações das Testemunhas de Jeová se reunirão em 12 de abril de 2006?

      NA NOITE de quarta-feira, 12 de abril de 2006, cerca de 16 milhões de pessoas se reunirão para celebrar a Refeição Noturna do Senhor. Em todos os locais de reunião haverá uma mesa com pão não-fermentado, que representa o corpo de Cristo, e vinho tinto, que simboliza seu sangue derramado. Perto do fim de uma palestra sobre o significado da Comemoração da morte de Cristo, esses emblemas — primeiro o pão, depois o vinho — serão passados entre todos os presentes. Em relativamente poucas congregações das Testemunhas de Jeová alguém comerá do pão e beberá do vinho. Em muitos casos, porém, nenhuma pessoa presente fará isso. Por que apenas poucos cristãos, aqueles que têm esperança de viver no céu, participam dos emblemas, ao passo que a maioria, que tem a esperança de viver para sempre na Terra, não o faz?

      2, 3. (a) Que atividade criativa Jeová realizou em harmonia com o seu propósito? (b) Com que propósito Jeová criou a Terra e a humanidade?

      2 Jeová é um Deus de propósitos. Para realizá-los, ele “opera todas as coisas segundo o modo aconselhado por sua vontade”. (Efésios 1:11) Primeiro, ele criou seu Filho unigênito. (João 1:1, 14; Revelação [Apocalipse] 3:14) Depois, por meio desse Filho, Jeová criou uma família de filhos espirituais e, por fim, o Universo físico, incluindo a Terra e o homem. — Jó 38:4, 7; Salmo 103:19-21; João 1:2, 3; Colossenses 1:15, 16.

      3 Jeová não criou a Terra para ser um “campo de provas” para aumentar sua família de filhos espirituais no céu, como ensinam muitas religiões da cristandade. Ele a criou com um objetivo específico, ou seja, “para ser habitada”. (Isaías 45:18) Deus criou a Terra para o homem e o homem para a Terra. (Salmo 115:16) O globo inteiro devia se tornar um paraíso, habitado por humanos justos, que o cultivassem e zelassem por ele. Jamais se apresentou ao primeiro casal humano a perspectiva de, por fim, ir para o céu. — Gênesis 1:26-28; 2:7, 8, 15.

      O propósito de Jeová é desafiado

      4. Como a maneira de Jeová exercer a soberania foi questionada bem no início da história da humanidade?

      4 Um filho espiritual de Deus rebelou-se e decidiu frustrar o propósito de Jeová, abusando da dádiva divina da liberdade de escolha. Ele perturbou a paz dos que amorosamente se sujeitam à soberania de Jeová. Satanás induziu o primeiro casal a querer ser independente de Deus. (Gênesis 3:1-6) Ele não contestou o poder de Jeová, mas questionou Sua maneira de exercer a soberania e, por conseguinte, Seu direito de governar. Assim, bem no início da história da humanidade, surgiu aqui na Terra a questão fundamental da soberania de Jeová.

      5. Que questão secundária foi levantada, envolvendo a quem?

      5 Uma questão diretamente ligada a essa questão primária da soberania universal foi levantada por Satanás nos dias de Jó. Satanás questionou a motivação das criaturas de Jeová para se submeterem e servirem a Ele. Insinuou que elas fazem isso por razões egoístas e que, se fossem submetidas a uma prova, se voltariam contra Deus. (Jó 1:7-11; 2:4, 5) Embora tivesse sido levantado em relação a um servo humano de Jeová, esse desafio envolvia também os filhos espirituais de Deus, até mesmo o Filho unigênito de Jeová.

      6. Como Jeová mostrou-se fiel ao seu propósito e ao seu nome?

      6 Fiel ao seu propósito e ao significado de seu nome, Jeová tornou-se Profeta e Salvador.a Ele disse a Satanás: “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre o teu descendente e o seu descendente. Ele te machucará a cabeça e tu lhe machucarás o calcanhar.” (Gênesis 3:15) Por meio do Descendente de sua “mulher”, a parte celestial de Sua organização, Jeová responderia ao desafio de Satanás e daria aos descendentes de Adão a esperança de livramento e vida. — Romanos 5:21; Gálatas 4:26, 31.

      “O segredo sagrado de sua vontade”

      7. Que propósito Jeová revelou por meio do apóstolo Paulo?

      7 Em sua carta aos cristãos em Éfeso, o apóstolo Paulo dá uma bela explicação sobre como Jeová administra as coisas para cumprir seu propósito. Ele escreveu: “[Deus nos fez] saber o segredo sagrado de sua vontade. É segundo o seu beneplácito, que ele se propôs em si mesmo, para uma administração no pleno limite dos tempos designados, a saber, ajuntar novamente todas as coisas no Cristo, as coisas nos céus e as coisas na terra.” (Efésios 1:9, 10) O glorioso propósito de Jeová é fazer com que venha a existir um Universo unido, habitado por criaturas que amorosamente se submetem à Sua soberania. (Revelação 4:11) Desse modo, o nome de Deus será santificado, Satanás será exposto como mentiroso e a vontade divina será feita “como no céu, assim também na terra”. — Mateus 6:10.

      8. Qual é o sentido da palavra traduzida “administração”?

      8 O “beneplácito”, ou propósito, de Jeová, seria cumprido por meio de uma “administração”. Paulo usou uma palavra cujo sentido literal é “gerência doméstica”. Não se refere a um governo, como o Reino messiânico, mas a uma maneira de gerenciar coisas, ou assuntos.b O modo maravilhoso de Jeová administrar as coisas para realizar seu propósito envolveria um “segredo sagrado” que seria revelado progressivamente ao longo dos séculos. — Efésios 1:10; 3:9, notas.

      9. Como Jeová revelou progressivamente o segredo sagrado de sua vontade?

      9 Por meio de uma série de pactos, Jeová aos poucos revelou como seu propósito em relação ao Descendente prometido no Éden seria realizado. A sua promessa feita a Abraão, em forma de pacto, revelou que o prometido Descendente viria à Terra na linhagem de Abraão e seria o meio pelo qual “todas as nações da terra” abençoariam a si mesmas. Esse pacto também deu a entender que haveria outros associados com a parte principal do descendente. (Gênesis 22:17, 18) O pacto da Lei feito com o Israel carnal revelou o propósito de Jeová de ter “um reino de sacerdotes”. (Êxodo 19:5, 6) O pacto feito com Davi mostrou que o Descendente seria o Cabeça do Reino por tempo indefinido. (2 Samuel 7:12, 13; Salmo 89:3, 4) Depois que o pacto da Lei conduziu os judeus ao Messias, Jeová revelou aspectos adicionais do cumprimento de seu propósito. (Gálatas 3:19, 24) Os humanos que seriam associados da parte principal do descendente formariam o predito “reino de sacerdotes” e seriam introduzidos num “novo pacto” como um novo “Israel”, um Israel espiritual. — Jeremias 31:31-34; Hebreus 8:7-9.c

      10, 11. (a) Como Jeová revelou a identidade do prometido Descendente? (b) Por que o Filho unigênito de Deus veio à Terra?

      10 Para cumprir o propósito divino, veio o tempo de o predito Descendente aparecer na Terra. Jeová enviou o anjo Gabriel para informar Maria que ela teria um filho a quem devia chamar de Jesus. O anjo disse: “Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e Jeová Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e ele reinará sobre a casa de Jacó para sempre, e não haverá fim do seu reino.” (Lucas 1:32, 33) Assim, a identidade do prometido Descendente ficou clara. — Gálatas 3:16; 4:4.

      11 O Filho unigênito de Deus viria à Terra e seria provado até o limite. A resposta perfeita ao desafio de Satanás estaria nas mãos de Jesus. Permaneceria fiel ao Pai? Isso tinha a ver com o segredo sagrado. Mais tarde, o apóstolo Paulo explicou o papel de Jesus: “O segredo sagrado desta devoção piedosa é admitidamente grande: ‘Ele foi manifestado em carne, foi declarado justo em espírito, apareceu a anjos, foi pregado entre nações, foi crido no mundo, foi recebido acima em glória.’” (1 Timóteo 3:16) De fato, por meio de sua inabalável integridade até a morte, Jesus forneceu a resposta definitiva ao desafio de Satanás. Mas havia outros detalhes do segredo sagrado a ser desvendados.

      “O segredo sagrado do reino de Deus”

      12, 13. (a) Cite um dos aspectos do “segredo sagrado do reino de Deus”. (b) O que era preciso para que um número limitado de humanos pudesse ir para o céu?

      12 Numa de suas jornadas de pregação na Galiléia, Jesus indicou que o segredo sagrado se relacionava fortemente com o seu governo do Reino messiânico. Ele disse aos discípulos: “A vós é concedido entender os segredos sagrados do reino dos céus [“reino de Deus”, Marcos 4:11].” (Mateus 13:11) Um dos aspectos desse segredo sagrado era a escolha, por parte de Jeová, de um “pequeno rebanho” de 144.000 humanos para serem associados de seu Filho como parte do descendente e reinarem com ele no céu. — Lucas 12:32; Revelação 14:1, 4.

      13 Visto que os humanos foram criados para viver na Terra, era preciso “uma nova criação”, por parte de Jeová, a fim de que alguns humanos pudessem ir para o céu. (2 Coríntios 5:17) Falando como um dos escolhidos para ter essa excepcional esperança celestial, o apóstolo Pedro escreveu: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, pois, segundo a sua grande misericórdia, ele nos deu um novo nascimento para uma esperança viva por intermédio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, e imaculada, e imarcescível. Ela está reservada nos céus para vós.” — 1 Pedro 1:3, 4.

      14. (a) De que modo os não-judeus ficaram envolvidos no “segredo sagrado do reino de Deus”? (b) Por que conseguimos entender essas “coisas profundas de Deus”?

      14 Outra parte do segredo sagrado com relação ao futuro governo do Reino foi a vontade de Deus de incluir não-judeus entre o pequeno número de humanos que seriam chamados para reinar com Cristo no céu. Paulo explicou essa faceta da “administração”, ou modo de gerenciar o cumprimento do propósito de Deus, dizendo: “Em outras gerações, este segredo não foi dado a conhecer aos filhos dos homens assim como agora tem sido revelado aos seus santos apóstolos e profetas, por espírito, a saber, que os das nações haviam de ser co-herdeiros e membros associados do corpo, e co-participantes conosco da promessa, em união com Cristo Jesus, por intermédio das boas novas.” (Efésios 3:5, 6) O entendimento dessa parte do segredo sagrado foi revelado aos “santos apóstolos”. Assim também hoje, sem a ajuda do espírito santo não entenderíamos essas “coisas profundas de Deus”. — 1 Coríntios 2:10; 4:1; Colossenses 1:26, 27.

      15, 16. Por que Jeová escolheu dentre a humanidade os governantes associados de Cristo?

      15 Informa-se que os “cento e quarenta e quatro mil”, vistos em pé na presença do “Cordeiro” no celestial monte Sião, são “comprados da terra”, ou “dentre a humanidade como primícias para Deus e para o Cordeiro”, Jesus Cristo. (Revelação 14:1-4) Jeová escolheu o primeiro de seus filhos celestiais para se tornar a parte principal do descendente prometido no Éden, mas por que escolheu os associados de Cristo dentre a humanidade? O apóstolo Paulo explica que esse número limitado ‘foi chamado segundo o propósito’ de Jeová, ou “segundo o beneplácito de sua vontade”. — Romanos 8:17, 28-30; Efésios 1:5, 11; 2 Timóteo 1:9.

      16 O propósito de Jeová é santificar seu grande e santo nome e vindicar sua soberania universal. Por meio de sua incomparavelmente sábia “administração”, ou modo de gerenciar coisas, Jeová enviou seu Filho primogênito à Terra, onde foi provado até o limite. Além do mais, Jeová determinou que o governo do Reino messiânico de seu Filho incluísse humanos que também defenderam a soberania divina até a morte. — Efésios 1:8-12; Revelação 2:10, 11.

      17. Por que podemos nos alegrar de que Cristo e seus governantes associados já viveram como humanos?

      17 Jeová mostrou seu grande amor aos descendentes de Adão por fazer seu Filho vir à Terra e por escolher dentre a humanidade os que seriam co-herdeiros do Filho no governo do Reino. De que modo isso beneficiaria outros que também foram fiéis a Jeová, de Abel em diante? Nascidos como escravos do pecado e da morte, os humanos imperfeitos teriam de ser curados espiritual e fisicamente e levados à perfeição, em harmonia com o propósito original de Jeová para a humanidade. (Romanos 5:12) Para os que esperam ganhar a vida eterna na Terra é muito consolador saber que seu Rei lhes mostrará amor e bondosa compreensão, assim como mostrou aos seus discípulos durante seu ministério terrestre. (Mateus 11:28, 29; Hebreus 2:17, 18; 4:15; 7:25, 26) Também é reanimador para eles saber que os reis-sacerdotes associados de Cristo no céu foram homens e mulheres de fé que, assim como nós, lutaram com fraquezas pessoais e enfrentaram os desafios da vida. — Romanos 7:21-25.

      O propósito infalível de Jeová

      18, 19. Por que as palavras de Paulo em Efésios 1:8-11 ficaram mais claras para nós, e o que será considerado no próximo artigo?

      18 Agora entendemos melhor as palavras de Paulo em Efésios 1:8-11, dirigidas aos cristãos ungidos. Ele disse que Jeová os fizera “saber o segredo sagrado de sua vontade”, que foram “designados herdeiros” com Cristo e “predeterminados segundo o propósito daquele que opera todas as coisas segundo o modo aconselhado por sua vontade”. Vemos que isso se ajusta à maravilhosa maneira de Jeová ‘administrar’ as coisas para a realização de seu propósito. Também nos ajuda a entender por que apenas poucos cristãos que assistem à Refeição Noturna do Senhor participam dos emblemas.

      19 No próximo artigo, veremos o que a Comemoração da morte de Cristo significa para os cristãos que têm esperança celestial. Veremos também por que os milhões de pessoas com esperança de vida eterna na Terra devem ter profundo interesse no significado da Comemoração.

      [Nota(s) de rodapé]

      a O sentido literal do nome divino é “Ele Causa que Venha a Ser”. Jeová pode tornar-se o que for preciso para cumprir seu propósito. — Êxodo 3:14, nota.

      b As palavras de Paulo mostram que a “administração” funcionava nos seus dias, ao passo que as Escrituras indicam que o Reino messiânico só foi estabelecido em 1914.

      c Para um estudo detalhado desses pactos relacionados com o propósito de Deus, veja A Sentinela de 1.º de fevereiro de 1989, páginas 10-15.

  • O ajuntamento das coisas no céu e das coisas na Terra
    A Sentinela — 2006 | 15 de fevereiro
    • O ajuntamento das coisas no céu e das coisas na Terra

      “É segundo o seu beneplácito . . . ajuntar novamente todas as coisas no Cristo, as coisas nos céus e as coisas na terra.” — EFÉSIOS 1:9, 10.

      1. Qual é o “beneplácito”, ou propósito, de Jeová para o céu e a Terra?

      PAZ UNIVERSAL! Esse é o glorioso propósito de Jeová, “o Deus de paz”. (Hebreus 13:20) Ele inspirou o apóstolo Paulo a escrever que seu “beneplácito” é “ajuntar novamente todas as coisas no Cristo, as coisas nos céus e as coisas na terra”. (Efésios 1:9, 10) Qual é o sentido do verbo traduzido “ajuntar novamente” nesse versículo? O erudito bíblico John B. Lightfoot observa: “A expressão denota a inteira harmonia do Universo, que não abrigará mais elementos estranhos e discordantes, mas no qual todas as partes encontrarão seu núcleo e vínculo de união em Cristo. Desaparecerão o pecado e a morte, a tristeza e o fracasso.”

      “As coisas nos céus”

      2. O que são “as coisas nos céus” que precisam ser ajuntadas?

      2 O apóstolo Pedro resumiu a maravilhosa esperança dos cristãos verdadeiros ao escrever: “Há novos céus e uma nova terra que aguardamos segundo a sua promessa, e nestes há de morar a justiça.” (2 Pedro 3:13) Os “novos céus” prometidos aqui se referem à nova autoridade governamental, o Reino messiânico. “As coisas nos céus”, mencionadas por Paulo na sua carta aos efésios, seriam ajuntadas “no Cristo”. Isso se refere ao número limitado de humanos escolhidos para governar com Cristo nos céus. (1 Pedro 1:3, 4) Esses 144.000 cristãos ungidos são “comprados da terra”, “dentre a humanidade”, para serem co-herdeiros de Cristo no seu Reino celestial. — Revelação (Apocalipse) 5:9, 10; 14:3, 4; 2 Coríntios 1:21; Efésios 1:11; 3:6.

      3. Por que se pode dizer que os ungidos estão ‘assentados nos lugares celestiais’ mesmo quando ainda estão na Terra?

      3 Os cristãos ungidos são gerados, ou nascidos de novo, por meio do espírito santo, para se tornarem filhos espirituais de Jeová. (João 1:12, 13; 3:5-7) Sendo adotados por Jeová como “filhos”, eles se tornam irmãos de Jesus. (Romanos 8:15; Efésios 1:5) Como tais, mesmo quando ainda estão na Terra, diz-se que foram ‘levantados e assentados junto nos lugares celestiais em união com Cristo Jesus’. (Efésios 1:3; 2:6) Eles ocupam essa enaltecida posição espiritual porque ‘foram selados com o prometido espírito santo, que é penhor antecipado de sua herança’, reservada para eles nos céus. (Efésios 1:13, 14; Colossenses 1:5) Esses são, portanto, “as coisas nos céus”, cujo número total predeterminado por Jeová tinha de ser ajuntado.

      Começa o ajuntamento

      4. Quando e como começou o ajuntamento das “coisas nos céus”?

      4 Em harmonia com a “administração” (ou maneira de gerenciar coisas) de Jeová, o ajuntamento das “coisas nos céus” começaria “no pleno limite dos tempos designados”. (Efésios 1:10) Esse tempo chegou no Pentecostes de 33 EC. Naquele dia, foi derramado espírito santo sobre os apóstolos e um grupo de discípulos, homens e mulheres. (Atos 1:13-15; 2:1-4) Isso provou que o novo pacto havia entrado em vigor, marcando o nascimento da congregação cristã e da nova nação do Israel espiritual, “o Israel de Deus”. — Gálatas 6:16; Hebreus 9:15; 12:23, 24.

      5. Por que Jeová criou uma nova “nação” para substituir o Israel carnal?

      5 O pacto da Lei, feito com o Israel carnal, não produziu “um reino de sacerdotes e uma nação santa” que serviria para sempre no céu. (Êxodo 19:5, 6) Jesus disse aos líderes religiosos judaicos: “O reino de Deus vos será tirado e será dado a uma nação que produza os seus frutos.” (Mateus 21:43) Essa nação, o Israel espiritual, compõe-se de cristãos ungidos introduzidos no novo pacto. Para esses, o apóstolo Pedro escreveu: “Vós sois ‘raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo para propriedade especial, para que divulgueis as excelências’ daquele que vos chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz. Porque vós, outrora, não éreis povo, mas agora sois povo de Deus.” (1 Pedro 2:9, 10) O Israel carnal não era mais o povo pactuado de Deus. (Hebreus 8:7-13) Como Jesus havia predito, o privilégio de participar no Reino messiânico foi tirado deles e dado aos 144.000 membros do Israel espiritual. — Revelação 7:4-8.

      Introduzidos no pacto do Reino

      6, 7. Que pacto especial Jesus fez com seus irmãos ungidos pelo espírito, e o que isso significa para eles?

      6 Na noite em que Jesus instituiu a Comemoração de sua morte, ele disse aos apóstolos fiéis: “Vós sois os que ficastes comigo nas minhas provações; e eu faço convosco um pacto, assim como meu Pai fez comigo um pacto, para um reino, a fim de que comais e bebais à minha mesa, no meu reino, e vos senteis em tronos para julgar as doze tribos de Israel.” (Lucas 22:28-30) Jesus referiu-se aqui a um pacto especial que fez com seus 144.000 irmãos gerados pelo espírito, que permaneceriam ‘fiéis até a morte’ e se tornariam ‘vencedores’. — Revelação 2:10; 3:21.

      7 Os que compõem esse grupo limitado renunciam a toda esperança de vida eterna na Terra como humanos de carne e sangue. Eles reinarão com Cristo no céu, sentando-se em tronos para julgar a humanidade. (Revelação 20:4, 6) Vejamos agora outros textos bíblicos que se aplicam apenas a esses ungidos e que mostram por que as “outras ovelhas” não tomam dos emblemas na Comemoração. — João 10:16.

      8. O que os ungidos indicam ao comerem do pão? (Veja quadro na página 23.)

      8 Os ungidos passam por sofrimentos assim como Jesus passou, e dispõem-se a sofrer uma morte semelhante à dele. Como membro desse grupo, Paulo declarou que estava preparado para qualquer sacrifício, de modo que pudesse ‘ganhar a Cristo a fim de conhecer a ele e o poder de sua ressurreição e a participação nos seus sofrimentos’. De fato, Paulo se dispunha a submeter-se “a uma morte semelhante à [de Jesus]”. (Filipenses 3:8, 10) Muitos cristãos ungidos têm suportado em seus corpos carnais “o tratamento mortífero dado a Jesus”. — 2 Coríntios 4:10.

      9. Que corpo é simbolizado pelo pão usado na Comemoração?

      9 Ao instituir a Refeição Noturna do Senhor, Jesus disse: “Isso significa meu corpo.” (Marcos 14:22) Ele se referia a seu corpo literal, que logo seria espancado e sangraria. O pão sem fermento era um símbolo apropriado desse corpo. Por quê? Porque na Bíblia, o fermento pode denotar pecado ou perversidade. (Mateus 16:4, 11, 12; 1 Coríntios 5:6-8) Jesus era perfeito, e seu corpo humano era sem pecado. Ele ofereceria esse corpo perfeito como sacrifício propiciatório. (Hebreus 7:26; 1 João 2:2) Esse seu gesto beneficiaria todos os cristãos fiéis, quer tivessem a esperança de viver no céu, quer de vida eterna numa Terra paradísica. — João 6:51.

      10. Em que sentido os que bebem do vinho na Comemoração ‘participam no sangue do Cristo’?

      10 A respeito do vinho que os cristãos ungidos tomam na Comemoração, Paulo escreveu: “O copo de bênção que abençoamos, não é uma participação no sangue do Cristo?” (1 Coríntios 10:16) Em que sentido os que tomam do vinho ‘participam no sangue do Cristo?’ Eles certamente não participam em prover o sacrifício de resgate, pois eles mesmos precisam de redenção. Por meio de sua fé no poder redentor do sangue de Cristo, seus pecados são perdoados e eles são declarados justos para a vida no céu. (Romanos 5:8, 9; Tito 3:4-7) É por meio do sangue derramado de Cristo que seus 144.000 co-herdeiros são ‘santificados’, ou colocados à parte, purificados do pecado para serem “santos”. (Hebreus 10:29; Daniel 7:18, 27; Efésios 2:19) De fato, foi com seu sangue derramado que Cristo ‘comprou pessoas para Deus, dentre toda tribo, língua, povo e nação, e fez delas um reino e sacerdotes para o nosso Deus, e esses hão de reinar sobre a Terra’. — Revelação 5:9, 10.

      11. O que os ungidos indicam por beber do vinho na Comemoração?

      11 Ao instituir a Comemoração de sua morte, Jesus estendeu o copo de vinho aos seus apóstolos fiéis e disse: “Bebei dele, todos vós; pois isto significa meu ‘sangue do pacto’, que há de ser derramado em benefício de muitos, para o perdão de pecados.” (Mateus 26:27, 28) Assim como o sangue de touros e de cabritos validou o pacto da Lei feito entre Deus e a nação de Israel, o sangue de Jesus validaria o novo pacto que Jeová faria com o Israel espiritual a partir do Pentecostes de 33 EC. (Êxodo 24:5-8; Lucas 22:20; Hebreus 9:14, 15) Por beberem do vinho que simboliza o “sangue do pacto”, os ungidos indicam que foram introduzidos no novo pacto e recebem seus benefícios.

      12. Em que sentido os ungidos são batizados na morte de Cristo?

      12 Algo mais é trazido à atenção dos ungidos. Jesus disse aos seus discípulos fiéis: “Bebereis o copo que eu estou bebendo e sereis batizados com o batismo com que eu estou sendo batizado.” (Marcos 10:38, 39) Mais tarde, o apóstolo Paulo falou de cristãos serem ‘batizados na morte’ de Cristo. (Romanos 6:3) Os ungidos levam uma vida de sacrifício. A sua morte é sacrificial no sentido de que renunciam a toda esperança de vida eterna na Terra. O batismo desses cristãos ungidos na morte de Cristo se completa quando, depois de morrerem fiéis, são ressuscitados como criaturas espirituais para ‘reinar junto’ com Cristo no céu. — 2 Timóteo 2:10-12; Romanos 6:5; 1 Coríntios 15:42-44, 50.

      Tomar dos emblemas

      13. Por que os que têm esperança de vida eterna na Terra não tomam dos emblemas na Comemoração, mas por que assistem a ela?

      13 Visto que tomar do pão e do vinho na Comemoração envolve tudo isso, obviamente seria impróprio que aqueles que têm esperança de vida eterna na Terra tomassem desses emblemas. Os que têm esperança terrestre discernem que não são membros ungidos do corpo de Cristo e que não estão no novo pacto que Jeová fez com os que governarão com Jesus Cristo. Visto que “o copo” representa o novo pacto, apenas quem está no novo pacto toma dos emblemas. Os que esperam ganhar a vida eterna em perfeição humana na Terra, sob o governo do Reino, não são batizados na morte de Jesus nem chamados para governar com ele no céu. Tomarem dos emblemas implicaria em algo que não é verdade no caso deles. Assim, eles não tomam, embora certamente assistam à Comemoração como observadores respeitosos. São gratos por tudo o que Jeová tem feito por eles por meio de seu Filho, incluindo a concessão do perdão à base do sangue derramado de Cristo.

      14. Como os ungidos são fortalecidos espiritualmente por tomarem do pão e do vinho?

      14 A selagem final do relativamente pequeno número de cristãos chamados para reinar com Cristo no céu está praticamente completa. Até o fim de sua vida de sacrifício na Terra, os ungidos são fortalecidos espiritualmente por tomarem dos emblemas na Comemoração. Eles sentem um vínculo de união com seus irmãos e irmãs como membros do corpo de Cristo. Tomarem dos simbólicos pão e vinho os faz lembrar de sua responsabilidade de permanecerem fiéis até a morte. — 2 Pedro 1:10, 11.

      O ajuntamento das “coisas na terra”

      15. Quem tem se juntado em apoio aos cristãos ungidos?

      15 Desde meados dos anos 30, um número crescente de “outras ovelhas”, que não são do “pequeno rebanho” e cuja esperança é viver para sempre na Terra, tem se juntado em apoio aos ungidos. (João 10:16; Lucas 12:32; Zacarias 8:23) Eles se tornam companheiros leais dos irmãos de Cristo, prestando ajuda valiosa na pregação das “boas novas do reino” em testemunho a todas as nações. (Mateus 24:14; 25:40) Ao fazerem isso, preparam-se para ser reconhecidos por Cristo como suas “ovelhas”, que ficarão “à sua direita” de favor quando ele vier para julgar as nações. (Mateus 25:33-36, 46) Por meio da fé no sangue de Cristo, comporão a “grande multidão” que sobreviverá à “grande tribulação”. — Revelação 7:9-14.

      16. Quem serão incluídos nas “coisas na terra”, e como terão a oportunidade de se tornar “filhos de Deus”?

      16 A selagem final dos 144.000 abrirá o caminho para a soltura dos “ventos” de destruição contra o perverso sistema de Satanás na Terra. (Revelação 7:1-4) Durante o Reinado Milenar de Cristo e seus associados reis-sacerdotes, um grande número indeterminado de ressuscitados se juntará à grande multidão. (Revelação 20:12, 13) Esses terão a oportunidade de se tornar súditos terrestres permanentes do Rei messiânico, Jesus Cristo. No fim do Reinado Milenar, todas essas “coisas na terra” serão submetidas a uma prova final. Os que se mostrarem fiéis serão adotados como “filhos [terrestres] de Deus”. — Efésios 1:10; Romanos 8:21; Revelação 20:7, 8.

      17. Como será cumprido o propósito de Jeová?

      17 Assim, por meio de sua infinitamente sábia “administração”, ou maneira de gerenciar, Jeová terá cumprido seu propósito de “ajuntar novamente todas as coisas no Cristo, as coisas nos céus e as coisas na terra”. Todas as criaturas inteligentes no céu e na Terra terão sido ajuntadas num clima de paz universal, submetendo-se alegremente à justa soberania do Grande Cumpridor de Propósitos, Jeová.

      18. De que modo tanto os ungidos como seus companheiros se beneficiarão de assistir à Comemoração?

      18 A reunião de 12 de abril de 2006 certamente fortalecerá a fé do pequeno número de ungidos e de seus milhões de companheiros das outras ovelhas. Eles vão celebrar a Comemoração da morte de Cristo, como Jesus ordenou: “Persisti em fazer isso em memória de mim.” (Lucas 22:19) Todos os que comparecerem deverão reavaliar o que Jeová tem feito por eles por meio de seu Filho amado, Jesus Cristo.

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