-
É o “novo testamento” anti-semítico?Despertai! — 1993 | 8 de agosto
-
-
Então, quem queria que Jesus fosse morto? O “Novo Testamento” menciona que Jesus era malquisto pelos principais sacerdotes, e por muitos dos fariseus e dos saduceus, por expor a hipocrisia deles. (Mateus 21:33-46; 23:1-36)a O sumo sacerdote Caifás era um dos principais opositores de Jesus. Sem dúvida, sofrera pessoalmente uma perda econômica quando Jesus expulsou do templo os cambistas. (Marcos 11:15-18) Além disso, Caifás temia que a popularidade de Jesus entre as multidões de judeus por fim levasse à intervenção romana e à sua perda de poder. (João 11:45-53) De modo que foram os principais sacerdotes e outros líderes religiosos que tramaram a morte de Jesus e o entregaram a um tribunal romano para ser executado. (Mateus 27:1, 2; Marcos 15:1; Lucas 22:66-23:1) Quão irônico é que a popularidade de Jesus entre as massas de judeus levasse à sua morte!
Em vista da popularidade de Jesus, como podia uma multidão de judeus clamar pela sua morte? Visto que a maioria dos apoiadores de Jesus eram galileus, é possível que a multidão que o queria ver morto era principalmente de naturais da Judéia. Os galileus tendiam a ser por natureza cordiais, humildes e francos, ao passo que os naturais da Judéia tendiam a ser altivos, ricos e muito instruídos, especialmente em Jerusalém. É significativo que Mateus revela que a multidão foi instigada pelos “principais sacerdotes e anciãos”. (Mateus 27:20) Que mentira teriam dito à multidão para incitá-la deste modo? Teria sido a mentira que anteriormente haviam apresentado no julgamento de Jesus e que foi repetida durante a execução de Jesus, a saber, de que Jesus disse que destruiria o templo? — Marcos 14:57, 58; 15:29.b
-
-
É o “novo testamento” anti-semítico?Despertai! — 1993 | 8 de agosto
-
-
a Josef ben Mattatias (Flávio Josefo), historiador judeu do primeiro século, registra que, por volta daquela era, os sumos sacerdotes de Israel eram nomeados e depostos pelos agentes de Roma tanto quanto uma vez por ano. No meio deste clima, o sumo sacerdócio degenerou em um cargo mercenário que atraía os piores elementos da sociedade. O Talmude da Babilônia documenta os excessos morais de alguns desses sumos sacerdotes. (Pesaḥim 57a) Este Talmude menciona também a tendência dos fariseus para a hipocrisia. (Soṭah 22b)
-