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  • g88 8/9 pp. 19-21
  • Devo denunciar meu amigo?

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  • Devo denunciar meu amigo?
  • Despertai! — 1988
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  • Deve Romper Tal Silêncio?
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Despertai! — 1988
g88 8/9 pp. 19-21

Os Jovens Perguntam . . .

Devo denunciar meu amigo?

“EU NÃO podia crer que ele estava fazendo aquilo”, relembra Luís. Luís estava andando de bicicleta na rua, junto com seu primo, quando, para sua surpresa, viu Cristiano, o seu melhor amigo, com um grupo de jovens.

Cristiano fumava um cigarro.

Luís ficou abalado, visto que isto se chocava com as professas crenças cristãs de Cristiano — para não mencionar a vontade dos pais dele. (2 Coríntios 7:1) Cristiano astutamente deixou cair seu cigarro e o apagou com o pé, mas Luís não se deixou enganar. Ele ficou então sabendo que o fumo era apenas o começo dos problemas de Cristiano, devido às más companhias. Luís se deu conta de que seu amigo precisava de ajuda, e sabia que não tinha condições de dá-la. Ao mesmo tempo, ficou relutante em contar o problema a outra pessoa. Luís explica: “Ele era meu amigo, e eu não queria ser um delator.”

Talvez já se tenha encontrado numa situação similar — ficando subitamente cônscio de que um amigo está-se metendo em drogas, provando o sexo, tapeando, ou roubando. Afirma uma revista popular para jovens: “Delatar. Soprar o apito. Ser um mexeriqueiro. Alguns adolescentes se preocupam de que é isso que estariam fazendo caso falassem abertamente para o bem dum colega.”

O Código de Silêncio

Um falso senso de lealdade parece ser a razão primária pela qual os jovens se restringem de denunciar o erro cometido por um amigo. Encarando a disciplina como algo danoso, negativo e prejudicial, eles imaginam que estão fazendo um favor ao amigo por encobrir os problemas dele. As indústrias da TV e do cinema cultivaram esta noção por enfeitarem de glamour a idéia de que apenas os traidores e os “alcagüetes da polícia” denunciam seus colegas. Assim sendo, muitas vezes predomina entre os jovens um tácito código de silêncio. Como se expressa um jovem chamado Carlos: “A coisa a fazer é encobrir seus camaradas. Quando se trata de denunciar outros, a gente simplesmente não faz isso!”

Romper esse código de silêncio expõe a pessoa à ridicularização dos colegas e à possível perda de amizade. Um artigo na revista ’Teen, por exemplo, conta que uma jovem, chamada Débora, ficou sabendo que sua amiga Carmem era ladra de lojas. No esforço de ajudá-la, Débora decidiu contar aos pais de Carmem. Carmem parou de falar com Débora. Mais do que isso, as amigas de Débora igualmente passaram a evitá-la e a zombar dela por ser delatora. “Foi uma experiência muito embaraçosa, e, na verdade, doeu muito”, afirma Débora.

Deve Romper Tal Silêncio?

Similarmente, Luís arriscou-se a sofrer e ficar embaraçado, e decidiu agir. Afirma Luís: “Minha consciência estava me consumindo, porque eu sabia que tinha de contar isso a alguém!” Isto nos faz lembrar de um acontecimento registrado em Gênesis 37:2: “José, aos dezessete anos de idade, estava zelando as ovelhas com os seus irmãos. . . José trouxe então um relato mau sobre eles a seu pai.” Provavelmente, este relato não dizia respeito a algo insignificante, visto que a palavra hebraica original traduzida “mau” também pode significar “perverso” [ou “maligno”]. Talvez os irmãos de José estivessem, de algum modo, pondo em perigo os interesses econômicos da família. De qualquer modo, José sabia que, se permanecesse calado, poria em perigo o bem-estar espiritual de seus irmãos.

Desconsiderar os atos errados ou um modo de pensar antibíblico tem sido comparado a tentar desconsiderar a dor dum dente cariado. Sorria e suporte toda a dor que puder, mas a cárie não vai desaparecer. Deveras, você apenas vai permitir que a cárie se amplie. Similarmente, o pecado é uma força degeneradora e corruptora. Se não for impedida, a corrupção invariavelmente gera mais corrupção. (Gálatas 6:8) Em outras palavras, a menos que um amigo errante obtenha ajuda — talvez na forma de firme disciplina bíblica — ele ou ela poderá afundar ainda mais na iniqüidade. Eclesiastes 8:11.

Desta forma, encobrir o erro dum amigo pouco proveito traz a ele, e pode causar-lhe irreparável dano. Não é de admirar, então, que José se tenha sentido impelido a relatar o erro de seus irmãos! Que dizer dos cristãos hodiernos? A Bíblia exorta: “Irmãos, mesmo que um homem dê um passo em falso antes de se aperceber disso, vós, os que tendes qualificações espirituais, tentai reajustar tal homem num espírito de brandura.” (Gálatas 6:1) Compreensivelmente, talvez ache que não possui as habilitações espirituais para reajustar um amigo errante. Mas, não faria sentido certificar-se de que o assunto seja comunicado a alguém que está habilitado a ajudar? Ora, deixar de fazer isso poderia até mesmo torná-lo ‘partícipe dos pecados dele’! (1 Timóteo 5:22; compare com Levítico 5:1.) Isto poderia pôr em dúvida sua própria lealdade a Deus e a Suas normas justas. − Salmo 18:25.

Como Falar com Seu Amigo

Assim, é imperativo que fale com seu amigo, e exponha a falta dele. (Compare com Mateus 18:15.) Isto exigirá coragem e destemor de sua parte. Não fique surpreso, porém, se encontrar certa resistência, visto que é a tendência humana desculpar-se. Seja firme, apresentando evidência convincente a respeito do pecado dele, dizendo especificamente o que você sabe, e como é que veio a saber disso. (Compare com João 16:8.) Não prometa que ‘não contará isso a ninguém’, pois tal promessa seria inválida aos olhos de Deus, que condena que se encubra o erro. — Provérbios 28:13.

Provérbios 18:13 avisa, contudo: “Quando alguém replica a um assunto antes de ouvi-lo, [isto] é tolice da sua parte.” Talvez tenha havido algum mal-entendido. Por outro lado, seu amigo talvez se sinta aliviado de poder esclarecer seu problema, e de ter alguém com quem conversar e ser seu confidente. Assim, seja um bom ouvinte. (Tiago 1:19) Não breque o livre fluxo dos sentimentos dele por usar expressões de ajuizamento, tais como: “Você não deveria ter. . .” ou: “Se fosse eu, eu teria. . .” Estas coisas somente acentuam o senso de culpa e de desamparo do seu amigo. Semelhantemente, expressões de choque parecidas a: “Como pôde fazer isso?”, somente agravam uma situação já ruim.

Relembre o relato da Bíblia sobre os três “confortadores” de Jó, que pouco fizeram, senão condenar Jó. Depois de submeter-se às acusações humilhantes deles, Jó disse: “O conforto que você me dá é apenas tormento. Vai continuar falando eternamente?. . . Se você estivesse em meu lugar e eu no seu. . . Eu o fortaleceria com conselhos e continuaria falando para confortá-lo.” (Jó 16:1-5, Today’s English Version) Assim, tente mostrar empatia e sentir o mesmo que seu amigo está sentindo. (1 Pedro 3:8) Isto pode temperar aquilo que diz, e como o diz.

Mas, ao passo que talvez faça o máximo possível para encorajar seu amigo, não raro a situação exige mais ajuda do que esteja em condições de dar. Insista, então, para que seu amigo revele o erro aos pais dele, ou a outros adultos responsáveis. E se seu amigo se recusar a fazer isso? Informe-o de que, se ele não esclarecer o assunto num prazo razoável, então você, como verdadeiro amigo dele, será obrigado a falar com outra pessoa para o bem dele.

Ser um “Verdadeiro Companheiro”

Provérbios 17:17 nos lembra que “o verdadeiro companheiro está amando todo o tempo e é um irmão nascido para quando há aflição”. Na verdade, de início seu amigo talvez não compreenda a razão de você agir assim, e pode não apreciar isso. Talvez fique aborrecido e ponha fim, precipitadamente, à amizade entre vocês. Mas, não entre em pânico. Conceda tempo ao seu amigo para sondar seus próprios sentimentos e vir a discernir que você realmente estava interessado no bem-estar e no bem duradouros dele.

Agora, retornemos aos casos de Luís e Débora. Luís afirma: “Sei que fiz o que é certo por contar aquilo a outra pessoa. Minha consciência se sentiu muito mais aliviada porque Cristiano estava recebendo a ajuda de que precisava. Mais tarde, ele veio e me disse que não estava zangado comigo por ter feito o que eu fiz, e isso também me deixou tranqüilo.” Na verdade, nem todos os amigos reagem de modo favorável. Relembra Débora: “Eu simplesmente sabia que não podia deixar que Carmem continuasse, e talvez até mesmo fosse acabar numa prisão, tendo uma ficha criminal juvenil.” Por fim, as amigas de Carmem pararam com seus comentários depreciativos. Débora diz: “Fiz novas amizades. Sobrevivi e aprendi muito com tudo isso.”

Se seu conhecido continuar a ficar ressentido por causa de suas medidas corajosas, é óbvio que ele ou ela nunca mostrou verdadeira amizade, já desde o início. Entre os verdadeiros cristãos, contudo, há aqueles que admirarão seus elevados princípios, e algumas dessas pessoas, em resultado disso, talvez até mesmo procurem granjear sua amizade. No mínimo, você terá a satisfação de saber que provou sua lealdade a Deus e demonstrou ser um verdadeiro amigo.

[Destaque na página 19]

Se seu amigo não se dispuser a obter ajuda, talvez seja necessário agir em benefício dele.

[Foto na página 21]

Que fazer se ficar sabendo que um amigo poderá meter-se em sérias dificuldades?

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