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  • Um casamento pode ser salvo após infidelidade?

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  • Um casamento pode ser salvo após infidelidade?
  • Despertai! — 1997
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  • Uma casa demolida
  • Dá para salvá-lo?
  • Limpar os “escombros”
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Despertai! — 1997
g97 8/4 pp. 23-25

O Conceito da Bíblia

Um casamento pode ser salvo após infidelidade?

“EU VOS DIGO QUE TODO AQUELE QUE SE DIVORCIAR DE SUA ESPOSA, EXCETO EM RAZÃO DE FORNICAÇÃO, E SE CASAR COM OUTRA, COMETE ADULTÉRIO.” — MATEUS 19:9.

AO DIZER isso, Jesus Cristo concedia ao cristão o direito de se divorciar dum cônjuge infiel.a Mas e se o cônjuge inocente preferir preservar o casamento e o casal resolver reconstruir seu relacionamento? Que desafios aguardam o casal, e como enfrentá-los? Vejamos como a Bíblia ajuda a responder a essas perguntas.

Uma casa demolida

Primeiro é preciso entender a extensão do dano causado pela infidelidade. Conforme Jesus Cristo explicou, o Originador do casamento tencionou que marido e esposa ‘não fossem mais dois, mas uma só carne’. Acrescentou: “Portanto, o que Deus pôs sob o mesmo jugo, não o separe o homem.” De fato, o casamento foi projetado para unir humanos permanentemente. Quando o voto marital é rompido pelo adultério, o resultado é doloroso. — Mateus 19:6; Gálatas 6:7.

Prova disso é a aflição pela qual o cônjuge inocente passa. O efeito do adultério pode ser comparado ao de um furacão que destrói casas. A Dra. Shirley P. Glass observa: “Muitos pacientes com os quais trabalhei me disseram que teria sido mais fácil para eles suportarem a morte do cônjuge.” É verdade que alguns que perderam seu cônjuge na morte talvez discordem disso. Porém, é óbvio que o adultério causa uma dor terrível. Alguns nunca se recuperam totalmente da traição.

Em vista dessa angústia, pode-se perguntar: “O adultério tem de terminar com um casamento?” Não necessariamente. A declaração de Jesus sobre o adultério mostra que o cônjuge fiel tem a opção de se divorciar, mas não é obrigado a fazer isso. Alguns casais decidem reconstruir e fortalecer o que foi demolido, fazendo as mudanças necessárias, embora nada desculpe o adultério.

Naturalmente, é melhor fazer as mudanças necessárias no relacionamento marital quando os dois são fiéis um ao outro. Contudo, mesmo quando houve infidelidade, talvez o cônjuge inocente prefira preservar o casamento. O cônjuge inocente deve pesar bem as conseqüências antes de tomar uma decisão, em vez de ficar fazendo castelos no ar. Ela provavelmente levará em conta as necessidades dos filhos, bem como suas próprias necessidades espirituais, emocionais, físicas e financeiras.b É também sábio analisar se dá para salvar o casamento.

Dá para salvá-lo?

Antes de tentar reconstruir uma casa danificada por um furacão, o construtor tem de determinar se ela tem condições de ser restaurada. Da mesma maneira, antes de se envolver na reconstrução do relacionamento abalado pela infidelidade, o casal, e especialmente o cônjuge fiel, tem de avaliar de forma realista o potencial para restauração da intimidade e da confiança no casamento.

Um fator a ser levado em conta é: o cônjuge culpado mostra arrependimento sincero ou, em vez disso, ainda comete adultério “no coração”? (Mateus 5:27, 28) Embora prometa mudar, hesita ele em terminar imediatamente seu relacionamento imoral? (Êxodo 20:14; Levítico 20:10; Deuteronômio 5:18) Será que ele ainda olha com interesse para outras mulheres? Será que ele culpa a esposa pelo adultério? Se esse for o caso, é pouco provável que os esforços para restabelecer a confiança no casamento tenham êxito. Por outro lado, se ele termina com o caso amoroso, aceita a responsabilidade pela transgressão e mostra que está totalmente empenhado em reconstruir o casamento, a esposa talvez veja uma base para esperança de que a confiança genuína possa ser restabelecida um dia. — Mateus 5:29.

Também, será que o cônjuge fiel consegue perdoar? Isso não quer dizer que não possa expressar sua mágoa profunda sobre o que aconteceu ou que tenha de fingir que nada mudou. Significa que se esforçará para, depois de um certo tempo, não permanecer profundamente ressentido. Perdoar assim leva tempo, mas pode ajudar a estabelecer uma base sólida sobre a qual reconstruir o casamento.

Limpar os “escombros”

Depois de o cônjuge fiel decidir salvar o casamento, que passos o casal deve dar a seguir? Assim como é preciso remover os escombros ao redor de uma casa bastante danificada por um furacão, deve-se remover os “escombros” do casamento. Até certo ponto, os cônjuges podem fazer isso expressando seus sentimentos um para o outro. Diz Provérbios 15:22: “Há frustração de planos quando não há palestra confidencial.” A palavra hebraica traduzida “palestra confidencial” tem a ver com intimidade e é traduzida “grupo íntimo” no Salmo 89:7. Não deve haver, portanto, apenas diálogo superficial, mas comunicação franca e sincera na qual ambos os cônjuges revelam seus sentimentos mais profundos. — Provérbios 13:10.

Por exemplo, em alguns casos o cônjuge fiel talvez queira fazer algumas perguntas ao infiel. Como o caso começou? Quanto tempo durou? Quem mais sabe do assunto? É verdade que será doloroso para o casal conversar sobre isso, porém, o cônjuge fiel talvez ache necessário saber desses detalhes a fim de recuperar a confiança. Se esse for o caso, é melhor que o cônjuge infiel responda de forma honesta e com consideração. Deve explicar o assunto de forma amorosa e bondosa, tendo em mente que o objetivo é curar, não ferir. (Provérbios 12:18; Efésios 4:25, 26) Ambos terão de usar de discrição e autodomínio, e escutar com empatia ao expressarem seus sentimentos sobre o que aconteceu.c — Provérbios 18:13; 1 Coríntios 9:25; 2 Pedro 1:6.

Quem é Testemunha de Jeová talvez queira pedir ajuda aos anciãos da congregação. É claro que, no caso dos cristãos, pecados graves como o adultério devem ser imediatamente confessados aos anciãos, que estão preocupados com o bem-estar espiritual do casal e da congregação. Pode ser que, ao falar com os anciãos, o adúltero tenha mostrado arrependimento genuíno e que se lhe tenha permitido assim permanecer na congregação. Nesse caso, os anciãos podem continuar a ajudar o casal. — Tiago 5:14, 15.

Reconstrução

Depois que o casal conseguiu, na medida do possível, voltar ao seu estado emocional normal, tem condições de reconstruir aspectos vitais do casamento. Ainda é preciso comunicação sincera. Devem-se fazer mudanças apropriadas ao se detectar fraquezas.

O cônjuge culpado é quem principalmente precisa fazer mudanças. Porém, o cônjuge fiel deve fazer sua parte em fortalecer os pontos fracos do casamento. Isso não quer dizer que o adultério foi culpa sua ou que este pode ser desculpado. Não há desculpa válida para se cometer um pecado desses. (Note Gênesis 3:12; 1 João 5:3.) Significa apenas que pode ter havido problemas no casamento que precisavam ser resolvidos. Reconstruir o casamento é um trabalho de equipe. É preciso fortalecer valores e alvos mútuos? Negligenciaram-se as atividades espirituais? Esse processo de descobrir fraquezas significativas e fazer as mudanças necessárias é essencial para se reconstruir um casamento muito danificado.

Manutenção

Até mesmo uma casa bem construída precisa de manutenção regular. Portanto, é muito importante manter o relacionamento que foi reconstruído. O casal não deve permitir que, com o passar do tempo, sua determinação de se apegar às suas novas resoluções se desgaste. Em vez de ficarem desanimados caso passem por pequenos retrocessos, como voltar a ter hábitos ruins de comunicação, devem tomar medidas imediatas para consertar a situação e seguir em frente. — Provérbios 24:16; Gálatas 6:9.

Acima de tudo, o marido e a esposa devem dar prioridade à rotina espiritual, nunca permitindo que ela, ou seu casamento, fiquem em segundo plano em relação a outras atividades. O Salmo 127:1 diz: “A menos que o próprio Jeová construa a casa, é fútil que seus construtores trabalhem arduamente nela.” Além disso, Jesus advertiu: “Todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem tolo, que construiu a sua casa sobre a areia. E caiu a chuva, e vieram as inundações, e sopraram os ventos e bateram contra aquela casa, e ela se desmoronou, e foi grande a sua queda.” — Mateus 7:24-27.

Deveras, se os princípios bíblicos forem ignorados por serem difíceis de aplicar, o casamento permanecerá vulnerável ao próximo teste tempestuoso de fidelidade. Contudo, se marido e esposa se apegarem às normas bíblicas em todos os assuntos, seu casamento terá bênçãos divinas. Terão também o incentivo mais poderoso para manter a fidelidade marital: o desejo de agradar o Originador do casamento, Jeová Deus. — Mateus 22:36-40; Eclesiastes 4:12.

[Nota(s) de rodapé]

a Há razões válidas pelas quais alguém talvez decida divorciar-se do cônjuge adúltero. Para uma consideração detalhada desse assunto, veja “O Conceito da Bíblia: Adultério: perdoar ou não perdoar?” na Despertai! de 8 de agosto de 1995.

b Referimo-nos ao cônjuge infiel como homem. Uma pesquisa estima que o índice de homens infiéis é duas vezes maior do que o de mulheres. Todavia, os princípios mencionados se aplicam igualmente quando o cônjuge inocente é o homem cristão.

c Para obter informações sobre como escutar, veja a Despertai! de 22 de janeiro de 1994, páginas 6-9, e de 8 de dezembro de 1994, páginas 10-13.

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