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  • As raízes da linguagem ultrajante
  • Despertai! — 1996
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Despertai! — 1996
g96 22/10 pp. 5-7

As raízes da linguagem ultrajante

“É da abundância do coração que a boca fala.” — MATEUS 12:34.

UNS dois milênios atrás, Jesus Cristo disse o acima. De fato, as palavras muitas vezes refletem as motivações e os sentimentos mais profundos da pessoa. Elas podem ser louváveis. (Provérbios 16:23) Mas podem também ser traiçoeiras. — Mateus 15:19.

Certa mulher disse a respeito de seu marido: “Ele parece irritar-se sem nenhum motivo, e conviver com ele é como andar num campo minado: nunca se sabe o que vai provocar uma explosão.” Richard conta algo parecido com relação a sua esposa. “Lídia está sempre pronta para brigar”, diz ele. “Ela não se limita a falar; ela libera toda a sua beligerância, apontando o dedo para mim como se eu fosse uma criança.”

Naturalmente, discussões podem ocorrer até mesmo nos melhores casamentos, e todos os cônjuges dizem coisas que depois lamentam. (Tiago 3:2) Mas, a linguagem ultrajante no casamento vai além; envolve linguagem degradante e crítica, que visa dominar, ou controlar, o cônjuge. Às vezes, a linguagem cruel é disfarçada por um verniz de brandura. Por exemplo, o salmista Davi descreveu o homem de fala macia, mas perverso no íntimo: “Mais macias do que a manteiga são as palavras de sua boca, mas o seu coração está disposto à peleja. Suas palavras são mais suaves do que o óleo, mas são espadas desembainhadas.” (Salmo 55:21; Provérbios 26:24, 25) Abertamente maldosa, ou camuflada, a linguagem cruel pode destruir o casamento.

Como começa

O que leva a pessoa a usar linguagem ultrajante? Em geral, esse tipo de linguagem tem suas origens no que a pessoa vê e escuta. Em muitos países, o sarcasmo, o insulto e as humilhações são considerados aceitáveis e até humorísticos.a Em especial os maridos podem ser influenciados pela mídia, que muitas vezes retrata o “verdadeiro” homem como dominador e agressivo.

Similarmente, muitos que usam linguagem afrontosa foram criados em lares em que palavras iradas, ressentimentos e escárnios eram comuns por parte do pai ou da mãe. Assim, desde cedo receberam a mensagem de que se trata de um comportamento normal.

A criança criada num ambiente assim talvez aprenda mais do que apenas um padrão de linguagem; pode também assimilar um conceito distorcido sobre si mesma e sobre os outros. Por exemplo, se for usada uma linguagem dura contra uma criança, ela poderá crescer sentindo-se imprestável, até mesmo provocada a ser irascível. E se a criança simplesmente ouve o pai agredir verbalmente a mãe? Mesmo se for bem pequena, ela pode assimilar o desprezo do pai pelas mulheres. O menino pode aprender, pela conduta do pai, que o homem precisa subjugar as mulheres e o modo de conseguir isso é por amedrontá-las ou magoá-las.

Um cônjuge irritadiço talvez produza uma criança irritadiça, que, por sua vez, ao crescer talvez se torne um “amo de furor” que comete “muita transgressão”. (Provérbios 29:22, nota, NM com Referências) Assim, o legado da linguagem injuriosa pode passar de uma geração para outra. Com boa razão, Paulo aconselhou os pais: “Não estejais exasperando os vossos filhos.” (Colossenses 3:21) Significativamente, segundo o Theological Lexicon of the New Testament, a palavra grega traduzida ‘exasperar’ pode também significar “preparar e incitar ao combate”.

Naturalmente, a influência parental não justifica agredir os outros, em palavras ou de qualquer outra forma; mas ajuda a explicar por que a tendência para a linguagem afrontosa pode entranhar-se profundamente. Um homem talvez não agrida fisicamente a esposa, mas, será que a agride com palavras e mau gênio? Um auto-exame talvez lhe revele que assimilou do pai o desprezo pelas mulheres.

Obviamente, os princípios acima aplicam-se também a mulheres. Se a mãe insulta o marido, a filha talvez venha a tratar assim o seu marido, quando se casar. Diz um provérbio bíblico: “É melhor morar numa terra deserta do que com a mulher rixosa e irritadiça.” (Provérbios 21:19, Almeida, Trinitariana [1994]) Não obstante, em especial o homem precisa ter cuidado nisso. Por quê?

O poder de opressores

O marido geralmente tem mais poder do que a esposa, no casamento. Quase sempre é fisicamente mais forte, tornando ainda mais apavorante uma ameaça de agressão física.b E, em muitos casos, o homem tem uma profissão mais rendosa, mais facilidade de ser independente e maiores vantagens financeiras. Por isso, a mulher vítima de espancamento verbal provavelmente se sente encurralada e sozinha. Talvez concorde com a declaração do sábio Rei Salomão: “Eu mesmo retornei, a fim de ver todos os atos de opressão que se praticam debaixo do sol, e eis as lágrimas dos oprimidos, mas eles não tinham consolador; e do lado dos seus opressores havia poder, de modo que não tinham consolador.” — Eclesiastes 4:1.

A esposa talvez fique confusa se o marido oscilar entre extremos: cortês num momento, crítico no seguinte. (Note Tiago 3:10.) Ademais, se o marido for um bom provedor material, a esposa alvo da linguagem afrontosa talvez se sinta culpada de pensar que há algo de errado no seu casamento. Talvez chegue a culpar a si mesma pela conduta do marido. “Exatamente como a esposa que é espancada fisicamente”, admite certa mulher, “eu sempre achava que a causa do problema era eu”. Outra esposa diz: “Fui levada a crer que se eu simplesmente me esforçasse mais para entendê-lo e fosse ‘paciente’ com ele, encontraria a paz.” Infelizmente, os maus-tratos muitas vezes continuam.

É realmente trágico que muitos maridos abusam de seu poder para dominar a mulher que talvez juraram amar e tratar com ternura. (Gênesis 3:16) Mas, como lidar com essa situação? “Eu não quero largá-lo”, diz certa esposa, “só quero que ele pare de me agredir”. Depois de nove anos de casado, certo marido admite: “Sei que mantenho uma relação verbal agressiva, e que o agressor sou eu. Definitivamente prefiro mudar, não largar a esposa.”

Existe ajuda para aqueles cujo casamento sofre os efeitos da linguagem ultrajante, como o próximo artigo mostrará.

[Nota(s) de rodapé]

a Evidentemente, era assim também no primeiro século. The New International Dictionary of New Testament Theology diz que “para os gregos era uma das artes da vida saber insultar outros ou suportar insultos contra si mesmo”.

b A agressão verbal pode ser um degrau para a violência doméstica. (Note Êxodo 21:18.) Certa conselheira de mulheres agredidas disse: “Toda mulher que procura proteção judicial contra os espancamentos, facadas ou estrangulamentos que põem em risco a sua vida tem, além disso, um longo e doloroso histórico de abusos não-físicos.”

[Destaque na página 6]

Tragicamente, muitos maridos abusam de seu poder para dominar a mulher que talvez juraram amar e tratar com ternura

[Foto na página 7]

A maneira de o pai e a mãe se tratarem influi na criança

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