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  • Quantos céus há?
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1957
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1957
w57 1/11 pp. 265-268

Quantos céus há?

Nas teorias do universo, sustentadas pelos “povos antigos, havia uma pluralidade de céus, variando desde três até sete, o mais elevado ultrapassando os inferiores em glória.” Que diz a Bíblia?

SEGUNDO o deão da Faculdade St.John, de Cambridge, Inglaterra, o que a Bíblia tem a dizer sobre o céu e o inferno não deve ser tomado muito a sério. Afinal, diz ele, suas expressões representam apenas “as opiniões correntes nas diversas datas do seu proferimento”. No mesmo teor, o Dicionário Bíblico de Harper nos diz que “a crença na pluralidade dos céus era comum no mundo antigo (cf. 2 Cor. 12:2). Isso encontrou apoio nas especulações de Aristóteles e dos pitagóricos”.

Como cristãos, não podemos admitir que aquilo que a Bíblia diz sobre os céus reflita apenas as noções correntes na ocasião, ou que se baseie em especulações humanas. Nem culparemos a Bíblia porque alguns a têm mal entendido e mal interpretado. Antes, temos de aceitar a sua pretensão de ser inspirada e a declaração de Jesus, de que a Palavra de Deus é a verdade. Portanto, recorremos a ela com confiança para obter informação fidedigna sobre os céus.

Embora os líderes religiosos judeus, conhecidos por rabinos, sustentassem que havia sete céus distintos, e embora o céu do Alcorão tenha uns cem degraus, a Bíblia usa o têrmo “céus” em cerca de dez sentidos diferentes. Fala de céus justos e de injustos, de céus visíveis e de invisíveis, de céus literais e de espirituais, e de céus passados, presentes e futuros. O que têm todos êstes em comum, para que sejam chamados de “céus”? Todos êles são exaltados, elevados ou alterosos em comparação com outras coisas ou pessoas. Isto está em harmonia com a palavra hebraica skamáyim, que, segundo alguns estudiosos, foi tirada duma radical que significa “ser alteroso”. Assim também o termo grego ouranós; significando literalmente “o céu”, parece derivar-se duma radical que significa “elevado”.

OS CÉUS LITERAIS

As Escrituras chamam repetidas vêzes o céu ou a atmosfera em que as aves voam de “céus”. Assim, por ocasião da criação, Deus disse: “Voem criaturas volantes sobre a terra, no seio da expansão dos céus.” E o Registro divino declara que, por ocasião do Dilúvio, Deus eliminou toda coisa existente, desde o homem “até a criatura volante dos céus”. Êstes são os céus para os quais Elias ascendeu, ao ser separado de Eliseu, conforme lemos: “um carro de guerra de fogo e cavalos de fogo, e eles passaram a fazer uma separação entre ambos, e Elias passou a ascender num vendaval para os céus”. Êstes não podiam ter sido os céus onde Deus está, porque muitos séculos depois Jesus disse que “nenhum homem ascendeu ao céu, senão aquele que desceu do céu, o Filho do homem”. E Paulo declarou que todos os homens fiéis da antiguidade, que haviam morrido, “não obtiveram o cumprimento da promessa”, sendo esta dada a uma classe celestial. — Gên. 1:20; 7:23; 2 Reis 2:11; João 3:13; Heb. 11:39, NM.

O termo céus é também usado nas Escrituras para referir-se aos corpos celestes, ao universo das estrelas, a tudo o que pode ser visto pelos telescópios mais poderosos. Assim lemos que “no princípio criou Deus os céus e a terra”. Também, que Deus prometeu a Abraão: “Grandíssimamente multiplicarei a tua semente como as estrelas dos céus.” Estas nebulosas, as galáxias estreladas, testificam eloqüentemente a majestade do grande Criador, e por isso o salmista exclamou bem: “Os céus manifestam a glória de Deus.” — Gên. 1:1; 22:17; Sal. 19:1, Al.

OS CÉUS JUSTOS E INVISÍVEIS

As Escrituras falam também da criação invisível de Deus, da sua hoste de criaturas espirituais, bem como da habitação delas, como “céus”. Incidentalmente, não parece haver distinção entre a forma singular ou a plural de “céu(s)”. Alguns especulam se êstes céus são meramente uma condição ou estado mental, ou se têm certa localização, mas as Escrituras indicam claramente que devemos atribuir uma localização específica aos céus espirituais. Assim lemos a respeito dum mensageiro angélico, enviado por Jeová a Daniel, que, em caminho, foi atacado de tocaia por um príncipe demoníaco, por vinte e um dias, até que Miguel, o príncipe, socorreu êste mensageiro para que pudesse ir falar com Daniel, na terra. Lemos, igualmente, que Jeová realizou certa vez uma reunião e perguntou a Satanás onde tinha estado, e que Satanás respondeu que tinha estado na terra. Portanto, devemos associar um local com os céus em que as criaturas espirituais habitam.

Êstes céus são a “casa” a que Jesus se referiu quando disse: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. . . .Vou preparar-vos lugar.” Nesta casa celestial encontram-se o Filho de Jeová Deus, o glorioso ressuscitado Jesus Cristo, que é agora a expressa imagem de seu Pai, os serafins, os querubins e outras criaturas angélicas, mensageiros espirituais, bem como os seguidores das pisadas de Cristo que foram fiéis até a morte e aos quais Deus se agradou de dar a coroa da vida, tendo-se êles revestido de incorrução e de imortalidade na “primeira ressurreição”. Daniel obteve uma vista dêstes céus numa visão em que viu milhares de milhares ministrando a Jeová e dezenas de milhares vêzes dezenas de milhares estando de pé perante êle. Êstes são também os céus aos quais se disse que se regozijassem, no tempo em que Satanás foi expulso do meio dêles e lançado por terra, conforme registrado em Apocalipse, capítulo doze. — João 14:2; Dan. 7:10.

Quanto ao aspecto dêstes céus, que são de interesse especial para os seguidores das pisadas de Cristo, parece que seria impossível ao homem descrevê-los. A Bíblia não o diz e seria tolo tecer especulações. Visto que se nos diz que “a carne e o sangue não podem herdar o reino dos céus”, segue-se que os céus não podem ser feitos de ouro e de pedras preciosas literais. Antes, tais expressões, encontradas, por exemplo, em Apocalipse 21 e em Ezequiel 28, devem ser consideradas como figuras de retórica. Tais figuras de retórica ajudam-nos, porém, a apreciar que êsses céus são belos, que, de fato, são soberanamente gloriosos. — 1 Cor. 15:50.

Então, assim como os céus estrelados estão muito acima dos céus atmosféricos da terra, assim os céus do trono de Deus estão muito acima dos céus onde habitam seus filhos espirituais. Sem dúvida, o trono de Deus está exaltado muito acima de todas as suas criaturas. Assim, Jesus disse que certos “anjos no céu têm sempre acesso a meu Pai, que está no céu”, dando a entender que nem todos os anjos têm sempre acesso à presença de Jeová Deus. É a respeito dêstes céus específicos que lemos: “Assim diz Jehovah: O céu é o meu trono.” Quando Cristo deixou seus discípulos, quarenta dias depois da sua ressurreição, êle entrou “no próprio céu, para aparecer perante a pessoa de Deus, a favor de nós”. — Mat 18:10, NM; Isa. 66:1; Heb. 9:24, NM.

“CÉUS” COMO PARTE DUM “MUNDO”

As Escrituras falam também dos “céus” como parte exaltada ou alterosa dum “mundo”. O têrmo “mundo” ocorre na Versão Rei Jaime, inglêsa, cêrca de 275 vezes, e dentre estas, traduz mais de 170 vêzes a palavra grega kosmos. Aristóteles, o destacado filósofo grego, definiu kosmos do seguinte modo: “Um sistema composto do céu e da terra, e das criaturas contidas nêles; senão, o arranjo ordeiro e belo do mundo é chamado de kosmos. As seguintes palavras de Jeová estão em harmonia com êste entendimento do têrmo “mundo”: “Eu visitarei sobre o mundo a sua maldade,. . . farei estremecer os céus, e a terra se moverá do seu lugar.” — Isa. 13:11, 13.

As Escrituras falam de quatro de tais céus como as partes exaltadas de quatro mundos distintos. Os primeiros dêstes eram os céus justos que vieram à existência por ocasião da criação de Adão e Eva, quando Deus designou um querubim cobridor como seu guardião: “Estiveste no Éden, jardim de Deus;. . . Tu eras o querubim ungido que cobre.” Este querubim cobridor constituía os céus invisíveis, e Adão e Eva eram a terra visível daquele primeiro mundo, que era um mundo justo. — Eze. 28:13, 14.

Aqueles céus justos, porém, foram de pouca duração. Vieram ao fim com a rebelião do querubim cobridor, tomando-se êle assim Satanás, o Diabo. Naquela ocasião, também a terra justa veio ao fim com a desobediência de Adão e Eva. Aquêle mundo corrompeu-se e iniciou-se um mundo iníquo, o próprio Satanás constituindo os céus iníquos. Aquêles céus, porém, aumentaram em número quando muitos filhos espirituais de Deus foram induzidos a abandonar sua habitação celestial e seu serviço, e a vir à terra para gozarem dos prazeres do sexo como maridos de mulheres humanas. Êstes “céus” iníquos fizeram que a “terra” daquele tempo se tornasse tão corruta, que Jeová teve de acabar com isso pelo Dilúvio: “O mundo daquele tempo sofreu destruição, ao ser inundado com água.” — 2 Ped. 3:6, NM.

Embora o Dilúvio destruísse tôdas as criaturas de carne e sangue, a “terra” daquele tempo, não destruiu as pessoas celestiais, Satanás e os outros filhos iníquos de Deus, mas apenas desorganizou sua atividade ou organização. Algum tempo depois do dilúvio, estas forças celestiais venceram os homens, e o mundo pós-diluviano tornou-se iníquo, tendo céus e terra iníquos. Êste mundo iníquo tem continuado até o tempo presente, e é também chamado de o “presente sistema iníquo de coisas”. Seus céus iníquos são os adversários contra os quais os cristãos têm de lutar: “Porque temos uma luta, não contra sangue e carne, mas contra os governos, contra as autoridades, contra os dominadores do mundo destas trevas, contra as forças espirituais iníquas nos lugares celestiais. — Gál. 1:4; Efé. 6:12, NM.

Êste mundo, com seus céus iníquos e seus iníquos poderes governantes visíveis na terra, junto com seus apoiadores, virá ao fim no Armagedon: “Mas, pela mesma palavra, os céus e a terra que agora existem se guardam para o fogo e estão sendo reservados para o dia do juízo e da destruição dos homens ímpios.” — 2 Ped. 3:7 , NM.

O fim destes céus e terra iníquos será seguido pelo prometido novo mundo de justiça: “Mas, há novos céus e uma nova terra que aguardamos segundo a sua promessa, e nestes habitará a justiça.” Êstes novos céus serão constituídos de Cristo e da sua noiva, “a cidade santa, a Nova Jerusalém”. João teve uma visão destes: “E eu vi, e eis o Cordeiro de pé sobre o monte Sião, e com êle cento e quarenta e quatro mil. . . . que foram comprados da terra.” Estes, como a Semente espiritual de Abraão, reinarão durante mil anos sobre a humanidade, abençoando-a e restaurando-a à perfeição como uma “nova terra”. — 2 Ped. 3:13; Apo. 14: l, 3; 20:5, 6, NM.

MINISTROS COMO “CÉUS”

Há ainda dois usos do termo “céus” mencionados nas Escrituras, a localização dos ministros de Deus e a dos ministros de Satanás. Assim é que Paulo escreve a respeito dos cristãos que têm esperança celestial: “E nos levantou juntos e nos assentou juntos nos lugares celestiais em união com Cristo Jesus.” Destes ministros de Deus, nascidos do espírito e feitos membros do corpo de Cristo, pode-se dizer corretamente quê ocupam uma posição exaltada ou celestial. — Efé. 2:6, NM.

De modo similar, os porta-vozes das religiões de Satanás, o Diabo, seus ministros, estão como nos seus céus, visto que ocupam uma posição exaltada e apresentam-se como os luminares do mundo. Nestes incluem-se as apóstatas “estrelas errantes”. (Judas 13) Tais ministros de Satanás são o equivalente espiritual ou religioso das estrelas mencionadas por Jesus em Apocalipse 1:20; 2:1; 3:1.

Quanto ao “terceiro céu” mencionado em 2 Coríntios 12:2 e citado no Dicionário Bíblico de Harper, e até o qual Paulo, o apóstolo, foi arrebatado: Este não se refere a uma pluralidade de céus, mas antes a um elevado grau de êxtase experimentado por Paulo. De modo similar, para dar ênfase ou intensidade, ‘transtornar’ é mencionado uma terceira vez em Ezequiel 21:27. Jesus disse a Pedro três vêzes que apascentasse suas ovelhas, conforme se nota em João 21:15-17, e em Apocalipse 4:8 menciona-se três vêzes “santo”, para dar ênfase.

Assim vemos que nas Escrituras se usa o têrmo “céus” tanto para a atmosfera como para os céus estrelados. É usado também para designar a própria presença de Jeová, bem como a localização das miríades das suas criaturas espirituais. Além disso, “céus” denota também a parte invisível, altaneira, dum mundo ou “sistema de coisas”. E, finalmente, “céus” aplica-se também àqueles ministros de Cristo na terra, que têm esperança celestial, e aos ministros de Satanás, que ocupam posições elevadas e que professam ser os luminares do mundo.

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