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Perguntas dos leitoresA Sentinela — 1957 | 1.° de maio
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O propósito de Deus, ao criar o homem não foi, naturalmente, fazê-lo sonhar, mas tinha por objetivo a multiplicação da raça por meio de relações sexuais. Visto que Deus foi quem dotou o homem com esta capacidade, Êle tem o direito de circunscrever o seu uso bem como a sabedoria de indicar o que é melhor. Segundo a sua Palavra, tais relações sexuais podem ser mantidas apenas com uma só pessoa do sexo oposto, o cônjuge com quem a pessoa se casou blblicamente. Tôdas as relações sexuais entre pessoas solteiras estão condenadas como for- nicação e as relações sexuais entre pessoas casadas que não são cônjuges, como adultério. Para o cristão dedicado, a penalidade para qualquer dêstes é a desassociaçâo da congregação ou pelo menos um período de prova, se houver sincero arrependimento.
Mas, o que se pode dizer da pessoa não casada que por uma razão ou outra não pode achar alívio agradável desta tensão no honroso leito marital? (Heb. 13:4) Entre os muitos que se acham nesta situação estão os jovens demais para se casarem ou os financeiramente impossibilitados de se casarem, os abandonados, os divorciados em bases não bíblicas, as viúvas e os viúvos, as mulheres cujos cônjuges estão em alto mar, e os que estão em hospitais ou em hospícios. Como se pode solucionar o problema de todos ôstes? Pela masturbação? Por acariciarem os seus próprios órgãos sexuais ou deixarem a mente fixar-se nos prazeres do sexo, a fim de obterem alívio pelo chamado “orgasmo”? Não no que se refere aos cristãos!
É verdade que os hodiernos médicos e psicólogos estão pràticamente acordes em que o abuso contra o próprio corpo, quando praticado em moderação, causa pouco ou nenhum dano físico. Mas nós, como cristãos, não nos preocupamos principalmente com o aspecto físico, mas antes com o aspecto moral e espiritual. O abuso contra si próprio, a menos que seja reconhecido como algo impuro e que deve ser combatido, pode fàcilmente levar a práticas tais como a fornicaçâo, o adultério, a sodomia e o lesbianismo ou safismo, além de se privar o cônjuge dos seus direitos maritais. — Tia. 1:14, 15.
Não devemos, portanto, ficar surpresos de ver que a Palavra de Deus condene a masturbação e que os princípios bíblicos a proíbam, embora não seja especificamente mencionada por nome em qualquer parte da Bíblia. Notem-se as muitas referências : Certamente está incluído na “impureza” mencionada em 2 Coríntios 12:21 e Gálatas 5:19; na “impureza, apetite sexual”, mencionados em Colossenses 3:5 (NM); nos “desejos pertinentes à juventude”, dos quais Timóteo devia fugir segundo conselho de Paulo, bem como no “cobiçoso apetite sexual, tal como também têm as nações que não conhecem a Deus”. (2 Tim. 2:22;1 Tes. 4:5, NM) A masturbação está também incluída nas referências de Pedro à “conduta desenfreada, concupiscências”, à “corrução que está no mundo por meio da concupiscência” e os “desejos da carne”. (1 Ped. 4:3; 2 Ped. 1:4; 2:18, NM) O discípulo Tiago nos avisa contra a masturbação com o têrmo “prazer sensual”, assim como o apóstolo João, que fala do “desejo da carne”, que é parte dêste velho mundo iníquo, que em breve perecerá por causa da sua iniqüidade. As palavras de Paulo: “Tendo ficado além de qualquer senso moral, entregaram-se à conduta desenfreada, para cometerem com avidez tôda espécie de imundície”, certamente incluem o abuso contra o próprio corpo, pois se trata duma impureza que é cobiçosa. — Tia. 4:1; 1 João 2:16; Efé. 4:19, NM.
Notem-se também as palavras de Jesus em Mateus 5:27, 28 (NM) : “Ouvistes que se disse: ‘Não deves cometer adultério.’ Mas eu vos digo que todo aquêle que continuar a olhar para uma mulher, ao ponto de sentir paixão por ela, já cometeu adultério com ela, no seu coração.” Visto que a masturbação está invariàvelmente associada com tal espécie de pensamentos, quão fortes são as palavras de Jesus que a condenam! E note-se aqui a alta norma de moralidade estabelecida pelo Filho de Deus. Que tolice é, então, olhar para homens que estão sob a influência do “deus dêste sistema de coisas”, Satanás, o Diabo, para nos instruir sôbre as nossas normas de moralidade! — 2 Cor. 4:4, NM.
Portanto, embora a masturbação ou o abuso contra o próprio corpo não seja algo pelo qual a pessoa possa ser desassociada da congregação cristã, sendo que a sua natureza secreta o limita à relação particular da pessoa a Jeová, o cristão fará não obstante empenho para acabar com tal prática. A luta contra ela começa na mente. Temos de tomar uma atitude definida contra ela. Temos de decidir na mente que isso desagrada a Jeová porque é impuro aos seus olhos, e que, embora possa dar-nos prazer físico, interfere definitivamente com a nossa devoção exclusiva a Jeová. Lembre-se de que não só precisamos amar a justiça, mas temos de odiar também a iniqüidade, e a iniqüidade inclui tudo o que é impuro. Será também de ajuda para nos desacostumarmos desta prática se a considerarmos como sinal de fraqueza, infantilismo e falta de madureza, e como um mau hábito que escraviza. — Êxo. 20:5; Lev. 19:2; Sal. 45:7.
Para nos ajudar a vencer êste vício, temos de fazer um esfôrço decidido de ‘conservar as mentes fixas nas coisas de cima’, nas coisas espiritualmente edificantes e fortificantes. Em tempos de prova,
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Mantendo a integridadeA Sentinela — 1957 | 1.° de novembro
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da antiguidade a comparecerem perante êle três vezes em cada ano, no lugar que ele escolheu, em adição às suas reuniões semanais. Na maioria dos casos, toda a família ia para adorar. Qual era a finalidade dessas assembléias? Deuteronômio 31:12 (NM) explica: “Convoca o povo, os homens, e as mulheres, e os pequeninos, e o teu residente temporário que está dentro das tuas portas, a fim de que ouçam e a fim de que aprendam, visto que têm de temer a Jeová, vosso Deus, e tomar cuidado de executar tôdas as palavras desta lei.” Tôdas as assembléias, quer locais, quer nacionais ou internacionais, são para as testemunhas de Jeová — homens, mulheres e crianças, e para todos os recém-interessados de boa vontade. Estamos ali juntos para ouvir, para aprender, para temer e para obedecer a tôdas as palavras de Jeová. Paulo aconselhou: “Consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e a obras corretas, não deixando de nos congregar, como é costume de alguns, mas animando-nos uns aos outros, e tanto mais quanto vêdes aproximar-se o dia.” — Heb. 10:24, 25, NM.
11 Jeová proveu também o privilégio da oração para ajudar-nos a manter a integridade. Todo servo fiel de Deus tem orado e não deixa de orar. A vitória sobre nosso adversário, o Diabo, não seria possível sem a oração. Mas, a fim de ser ouvida, a oração tem de ser oferecida em sinceridade a Jeová, em nome de Jesus. A oração deve ser para que o nome de Jeová seja santificado, para que seu reino venha e para que se faça a sua vontade na terra, assim como no céu. Estas coisas principais na oração foram destacadas por Jesus. (Mat. 6:9-13) Qual é o governante terrestre ao qual se possa chegar imediatamente com questões que podem parecer-lhe de somenos importância? Nem mesmo um só. “Os olhos de Jehovah estão fixos nos justos, e os seus ouvidos atentos ao clamor deles.” (Sal. 34:15) Cheguemo-nos, portanto, a Deus com louvor e ações de graças, derramando-lhe nossos corações a favor de outros — incluindo em primeiro lugar a Êle mesmo, a Seu Rei entronizado e o Seu povo dedicado, bem como a nós próprios individualmente. Tiago escreveu: “A súplica do justo, quando feita com fervor, tem muita força.” (Tia. 5:16, NM, margem) Podemos pedir o espírito santo de Jeová, sabedoria e entendimento, perdão, livramento e as coisas materiais necessárias. Paulo escreveu: “Não fiqueis ansiosos por coisa alguma, mas; em tudo, deixai que vossas petições se tornem conhecidas a Deus pela oração e pela súplica, junto com agradecimento.” (Fil. 4:6, NM) “Melhor é o pobre que anda na sua integridade, do que aquêle que é torto nos seus caminhos, embora seja rico.”—Pro.19:1,TA;
12. Que parte desempenha o espírito de Jeová ao nós mantermos a integridade?
12 Para nos manter aprovados perante si mesmo, Deus nos deu seu espírito. Não é “um espírito de covardia, mas de poder, e de amor, e de sanidade mental”. (2 Tim. 1:7, NM) Não há sanidade mental neste velho sistema de coisas. Êste acha-se inteiramente fora do rumo, faltando-lhe amor e integridade como qualidades que o Juiz de toda a terra mede agora. (Isa. 28:16, 17) No velho mundo, a questão é muitas vêzes a quem se conhece e não o que se é; e acontece com freqüência que a ética comercial ou profissional substitui a simples honestidade. No entanto, Jeová, por meio da sua Palavra, tem-se revelado como a personificação do verdadeiro amor; êle nos tem mostrado que o amor, não o egoísmo, é o princípio que governa a sua organização. Portanto, se tivermos o amor de Deus, amaremos os nossos irmãos; pois, como poderíamos amar a Deus, a quem não vemos, se não amarmos nossos irmãos que vemos? O amor nos liga a Deus e à sua organização num laço inquebrantável, fazendo que sirvamos outros por estarmos interessados no seu bem-estar eterno. João escreveu a respeito disso: “Pois este é o amor de Deus, que guardemos
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