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Anda com deus?A Sentinela — 1957 | 1.° de julho
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e perdendo-se em seus próprios caminhos, o profeta escreveu: “Ai da que é rebelde e contaminada, da cidade opressora! Ella não obedeceu á voz, não aceitou a correção, não confiou em Jehovah, não se aproximou do seu Deus. Os seus príncipes no meio dela são leões rugidores, os seus juízes lobos da tarde; nada deixam até o dia seguinte.” — Sof. 3:1-3.
Um relato chocante, mas era naquela nação, sem pudor, que se acharia pessoas mansas e dóceis que ‘invocariam o nome de Jeová, a fim de o servirem de um só acordo’, e o mesmo se dá no mundo de hoje, onde se acha homens de humildade, mansos e dóceis, no meio dum mundo que se rebelou. — Sof. 3:9.
É uma de tais pessoas? Está disposto a seguir o caminho de Deus, aceitando Suas instruções e conformando-se a elas? Dezenas de milhares, sim, centenas de milhares de pessoas saem hoje do sistema orgulhoso e impúdico, e, semelhantes a Enoc e Noé, andam com Deus em mansidão e humildade. Não somente isso, mas o convidam a juntar-se a elas neste rumo que leva às maiores benções e felicidade, e que o guiará ao caminho da vida eterna. Aceitará este convite?
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A cerimônia do casamento e os requisitosA Sentinela — 1957 | 1.° de julho
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A cerimônia do casamento e os requisitos
1. Que costumes havia entre os israelitas quanto ao casamento?
OS LIVROS da Bíblia, escritos expressamente aos cristãos, e para eles, não mencionam nenhuma forma de cerimônia de casamento para eles. Mostram, sim, que, depois de terem sido feitos arranjos para o matrimônio, pelos pais e por meio dum intermediário ou agente matrimonial, havia um período de noivado de cerca de um ano, no caso de moças virgens. Depois, na noite do casamento, o noivo ia à casa da noiva e a levava para seu novo lar. Havia uma procissão em direção ao lar, encabeçada pelo casal no meio dum grupo alegre de celebrantes. De modo que o casamento se tornou do conhecimento geral e ficou registrado no conhecimento público, e, ao trazer ele a noiva para casa, havia uma festa de casamento, na qual participavam todos os convidados, arranjada pelos pais do noivo. Felizes eram os convidados ao jantar do casamento. A noiva, não deixava seu amado noivo esperar pela sua aparição. Ela esperava por ele, vestida de modo mais bonito, pronta para ser-lhe dada pelo pai ou pelo tutor dela. — Mat. 1:24; 22:1-11; 25:1-10; João 2:1-11; 3:29;Mar. 2:19; Isa. 61:10; 62:5; Apo. 19:7, 8; 21:2, 9-11.
2. Que fatos concernentes aos casamentos tornam-se aparentes do registro bíblico?
2 Deve ser lembrado que os primeiros cristãos eram judeus, ou israelitas, assim como o próprio Jesus. Era razoável, então, que estes cristãos judeus trouxessem consigo os costumes e arranjos matrimoniais do seu anterior sistema social judaico para o novo sistema cristão. Mas uma coisa não se deve deixar de notar, que, desde os dias de Abraão em diante, nenhum sacerdote, levita ou outro funcionário religioso estava presente para celebrar qualquer cerimônia de casamento. No entanto, o casamento, era válido e era reconhecido por Jeová Deus. Era também registrado nos arquivos da cidade ou da vila, e também os nascimentos resultantes do enlace eram registrados ali. Os dois registros genealógicos de Jesus foram sem dúvida copiados dos arquivos, de Belém, por Mateus e Lucas. Isso faz surgir a pergunta: Quem pode solenizar os matrimônios cristãos válidos? Será que o casamento civil, ou não religioso, é tão válido como o religioso, ou é o matrimônio um sacramento que é apenas válido quando realizado de modo religioso?
3. Que diz a Bíblia sôbre a maneira em que se realizou o casamento de Isaac?
3 Não, o casamento não é um sacramento que exige a presença e os ofícios dum clérigo religioso ou dum ministro cristão. Como profeta de Deus, Abraão era seu sacerdote aceito para uma grande casa, mas não há registro de que tivesse estado presente quando seu servo mais antigo trouxe Rebeca, da Mesopotâmia, para Isaac, no Negeb da Palestina. Isaac estava andando sozinho, meditando, e o servo lhe trouxe Rebeca e relatou a Isaac como foi que a obteve para ele. “Isaac trouxe a Rebecca para a tenda de Sarah, sua mãe, e tomou-a e ela lhe foi por mulher” Mas, tomá-la ele assim por esposa teve testemunhas públicas, a saber, o agente matrimonial de Abraão e “os homens que estavam com ele”, e a “ama” e as outras “moças” de Rebeca. (Gên. 24:2, 54, 59-61, 66, 67) Isaac não tirou uma licença de casamento, assim como também não é necessário tirá-la em alguns países de hoje. O pai de Isaac, Abraão, o dirigente da organização teocrática, tinha-o autorizado, e Jeová Deus, a quem se recorria em busca de orientação, dirigira todos os passos na realização do casamento. De modo que a licença de casamento não era necessária no seu caso. Mas, tomá-la êle por esposa, foi testemunhado por mais de quatro pessoas, e foi registrado nos arquivos da casa teocrática de Abraão, e, naturalmente, acha-se hoje registrado na Bíblia. Não foi realizada uma cerimônia religiosa, embora em tudo isso se buscasse e reconhecesse a vontade de Deus.
4. (a) O que não esboçou a lei quanto aos casamentos? (b) O casamento era que espécie de acontecimento e como se enfatizou sua natureza obrigatória?
4 Não há relato duma cerimônia religiosa no caso do filho de Isaac, Jacó, quando êle se casou com Léià e Raquel. (Gen. 29:18-30) Nem vemos que Jeová Deus, em todas as centenas de leis que êle deu ao seu povo escolhido de Israel, lhes ordenasse ou esboçasse uma cerimônia religiosa de casamento. O direito e o dever de solenizar os matrimônios não foi designado à família sacerdotal de Aarão, nem aos servos levitas do templo. O matrimônio, desde a ocasião do noivado até o enlace da noiva e do noivo na casa do pai a êle, era todo um arranjo particular da família, sem qualquer participação sacerdotal ou levita (fora da própria tribo de Levi). Era anunciado a toda a comunidade, era testemunhado devidamente e depois registrado no registro local; o que era a razão por que José tinha de ir com sua companheira belemita, Maria, à cidade natal dêles e ser registrado, nos dias do imperador romano César Augusto. — Luc. 2:1-6.
5. Nas bodas de Caná, que parte, apenas, desempenhou Jesus, e o que não fez ele quanto ao casamento entre seus seguidores?
5 Quando Jesus fêz seu primeiro milagre, em Caná, na província dá Galiléia, êle estava numa festa de casamento. Mas, não fôra convidado para ali, a fim de oficiar como ministro, pois não era da família sacerdotal de Aarão, nem da tribo de Levi, e não era reconhecido como ministro religioso. Fôra convidado, junto com sua mãe e seus discípulos, apenas como convidado, pois a cidade achava-se próxima do local onde antes trabalhara como carpinteiro. De modo que êle não santificou o matrimônio enquanto estava ali, mas proveu o melhor dos vinhos para o proveito adicional de todos os presentes. (João 2:1-11) Em todos os seus mandamentos aos seus doze apóstolos e aos evangelistas, nunca lhes disse, nem os comissionou, que solenizassem o matrimônio de alguém, mas, deixou a questão do matrimônio assim como era costume entre o povo de Jeová. Nunca fêz que o matrimônio se tornasse um sacramento, dentro dos poderes exclusivos e sob a sanção unicamente dos apóstolos ou dos ministros cristãos.
6. Qual é a atitude da Bíblia com respeito aos casamentos civis, exigidos por lei?
6 Então, é o casamento religioso estritamente necessário? Não. É o casamento civil autorizado pelo Livro de Deus, a
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