Perguntas Respondidas

● É correto para o cristão participar em coisas tais como loteria, sorteios e outras formas de jogo de azar?

Ao considerarmos este assunto, devemos ter presente que é a Bíblia que estabelece as normas para os cristãos e o caminho para a retidão. A pessoa que deseja obter a aprovação de Jeová e de Jesus Cristo, e ganhar a recompensa da vida, deve ter um proceder na vida que se harmonize com os princípios elevados da Palavra de Deus.

A Palavra de Deus aconselha a diligência, a poupança, o trabalho árduo o trabalho de toda a alma e o trabalho honesto como modo de vida. A Bíblia condena a extorsão, a ganância, a desonestidade, a invocação da sorte e outras práticas semelhantes. (1 Cor. 5:10, 11; 6:9, 10; Efé. 5:3-5; Isa. 65:11) É bem claro que não se harmoniza com os princípios e as leis de Deus alguém participar na loteria ou em jogo de azar pois, além de envolver a invocação da “sorte”, também está envolvida a extorsão, visto que muitos pagam, mas poucos ganham. Também, é uma forma de prazer sensual, que conduz a pessoa aos desejos errôneos. Naturalmente a jogatina não fica limitada às loterias. Há também jogos de baralho, jogos de futebol, “jogo do bicho”, corrida de cavalos e as brigas de galo, em que se fazem apostas; e visto que está envolvido dinheiro, a extorsão é o resultado.

Significa isso que todos os jogos que envolvem o elemento de “chance” são incorretos? De modo nenhum. Se não houver “paradas” ou apostas não se trata de jogatina, pois então não haverá extorsão. Entretanto, se houver qualquer invocação da “sorte”, para vencer, mesmo que não haja dinheiro envolvido, está errado, pois significaria apartar-se de Jeová e voltar-se para deuses falsos — Isa. 65:11.

Agora, nem toda a espécie de “sorteio”, ou ganho de prêmios ou presentes, envolve extorsão ou violação de outros princípios da Palavra de Deus. Por exemplo, há muitos prêmios dados por comerciantes para atrair os fregueses e muitos oferecem prêmios no fim do ano calendar. Se este for simplesmente o modo de o comerciante fazer uma seleção imparcial dos fregueses a quem dará presentes, como forma de publicidade, e se é que está dentro da lei, é um assunto para a pessoa decidir. O cristão terá de fazer algumas perguntas a si mesmo para analisar o assunto. Paga ele diretamente pelos bilhetes ou cartões, ou são dados de graça a todos os fregueses, a título de propaganda? Estaria ele ganhando o que os outros pagaram pelos bilhetes ou cartões, ou é o custo desse prêmio ou presente absorvido pelo comerciante, através de suas operações comerciais? Há um tal de ‘número de sorte”? Invocam eles o “deus da Boa Sorte” para ganhar? Está envolvida a competição? Se assim for então, isto não é para os cristãos. À base desta análise e usando a Bíblia o cristão poderá fazer uma decisão correta. Podemos acrescentar ainda o seguinte: Se a firma comercial ou outro estabelecimento decide dar presente sem que se vendam bilhetes ou esteja envolvido o uso da “boa sorte”, então o cristão pode tentar ganhar tal presente e aceitá-lo, se ganhar, se ele, de boa consciência, quiser fazer isso. (Consulte o artigo “É o Jogo Correto Para os Cristãos?” na “Despertai!” de 8/8/64; o artigo “O Engodo da Loteria”, na “Sentinela” de 15/12/67, e a página 230 da “Sentinela” de 15/4/71.)