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A cristandade e o judaísmo enfrentam agora a desolaçãoEstá Próxima a Salvação do Homem da Aflição Mundial!
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Capítulo 12
A cristandade e o judaísmo enfrentam agora a desolação
1. O que foi o ano de 1975 no calendário religioso da Igreja Católica Romana, e quantas vezes realizam-se tais celebrações?
1975 de nossa Era Comum — ano marcado no calendário religioso da Igreja Católica Romana para a celebração dum Ano Santo, que realmente começou na Véspera do Natal em 24 de dezembro do ano de 1974. Neste século vinte, já houve três de tais celebrações de Anos Santos, em 1925, em 1933, em comemoração do milésimo nongentésimo aniversário da morte de Jesus Cristo em 33 E. C., e em 1950. Sobre este assunto disse em parte a Nova Enciclopédia Católica, Volume 7, páginas 108, 109, em inglês:
Um ano durante o qual se concede aos fiéis solene indulgência plenária, sob certas condições, e se dão faculdades especiais aos confessores. Os Anos Santos são comuns quando ocorrem em intervalos regulares (nos tempos modernos, em cada 25 anos) e extraordinários quando são proclamados por algum motivo muito especial, p. ex., em 1933, para celebrar o aniversário da Redenção. Celebraram-se vinte e cinco Anos Santos gerais entre 1300 e 1950. . . .
O primeiro Ano Santo, em 1300, começou na véspera de 24-25 de dezembro . . . O Papa Bonifácio VIII emitiu uma bula . . . que determinou que cada 100 anos se celebrasse um jubileu universal. . . . Em 1342, Clemente VI decretou um jubileu cada 50 anos; . . . Em 1389, Urbano VI reduziu o tempo para 33 anos . . . e proclamou o terceiro Ano Santo para 1390. . . . O quarto jubileu foi o ano centenário de 1400, e o quinto foi realizado em 1425 . . . Finalmente, em 1470, Paulo II reduziu o tempo para 25 anos, de modo que o próximo Ano Santo foi em 1475, e este costume permanece até os nossos dias. . . .
2. O que mostram as estatísticas atuais quanto ao tamanho da cristandade?
2 A Igreja Católica Romana entrou no Ano Santo de 1975 com uma população católica romana calculada em 551.949.000, tornando-a hoje a maior organização religiosa na terra. A próxima organização religiosa quanto ao tamanho, a dos hindus, tem 515.580.500 membros. Se acrescentarmos à população católica romana os 91.580.700 membros calculados do grupo ortodoxo oriental e os 324.263.750 membros relatados das denominações protestantes, obtemos o rol de membros da cristandade de pelo menos 967.793.450 — uma formidável organização religiosa que comumente pareceria impossível de ser derrubada ou eliminada da terra. (Veja The World Almanac de 1975, página 322.)
3, 4. Em que ilustração foi predito por Jesus o crescimento numérico da cristandade?
3 Medida pelo tamanho da cristandade no seu começo, no quarto século de nossa Era Comum, sua alegada população indica hoje deveras um enorme aumento. Dá a impressão de que Aquele de quem a cristandade deriva seu nome tem abençoado a cristandade. As estatísticas sobre o crescimento dela para quase um bilhão de membros dá a impressão de que a cristandade tem florescido com a opulência dum paraíso espiritual. Alguns talvez pensem que ela está em caminho para seu antigo objetivo, o da conversão mundial. Que ela aumentou para as atuais proporções numéricas não deve surpreender, porque foi predito pelo próprio Jesus Cristo. No meio duma série de ilustrações proféticas ou parábolas, ele apresentou quadros tirados da vida cotidiana para predizer o crescimento da cristandade. Por exemplo, ele disse:
4 “O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e plantou no seu campo; o qual, de fato, é a menor de todas as sementes, mas, quando desenvolvida, é a maior das hortaliças e se torna uma árvore, de modo que as aves do céu vêm e acham pousada entre os seus ramos.” — Mateus 13:31, 32; Marcos 4:30-32.
5. (a) A que se referia Jesus ao mencionar aqui o “reino dos céus”? (b) Por que não deve isto parecer estranho, em vista da parábola precedente?
5 Nesta parábola, Jesus Cristo mencionou o “reino dos céus”, mas pensando na sua contrafação. Isto não é estranho, pois, na parábola que precede a esta, ele ilustrou como se produziriam em grande número cristãos de imitação. Ele, igual ao semeador da semente excelente de trigo no campo, semeava a figurativa “semente excelente”, os “filhos do reino”. No entanto, assim como na parábola veio de noite o inimigo, quando os homens dormiam, e semeou no mesmo campo semente de joio, ou lólio, assim mais tarde, quando professos cristãos batizados não se mantiveram despertos e vigilantes contra a invasão do erro e de fingidos, Satanás, o Diabo, semearia cristãos de imitação entre os verdadeiros “filhos do reino”. Isto exigiria uma separação entre os verdadeiros e os falsos, no tempo designado de Deus, na “terminação do sistema de coisas”, em que nos encontramos hoje. — Mateus 13:24-30, 36-43; veja os Mt 13 versículos 47-50.
6. Em vez de predizer a conversão do mundo, o que predisse Jesus a respeito do número dos “filhos do reino”?
6 O Senhor Jesus Cristo não esperava, nem predizia, a conversão mundial ao verdadeiro cristianismo. Não predizia que todo o mundo da humanidade certo dia se tornaria mesmo “filhos do reino”. Ele disse aos prospectivos “filhos do reino”: “Vosso Pai sabe que necessitais destas coisas. Não obstante, buscai continuamente o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas. Não temas pequeno rebanho, porque aprouve a vosso Pai dar-vos o reino.” (Lucas 12:30-32) Cerca de sessenta e cinco anos depois de proferir a parábola da semente da mostarda, o ressuscitado e glorificado Jesus Cristo transmitiu uma revelação ao apóstolo João e disse claramente que os “filhos do reino”, os israelitas espirituais, somariam doze vezes doze mil. Compare isso com o atual rol de membros da cristandade, ou compare 144.000 com 967.793.450. — Revelação 7:4-8.
7. Como nos ajuda o contexto das Escrituras a identificar as “aves” que acham pousada na mostardeira da ilustração de Jesus?
7 De modo que Jesus Cristo sabia muito bem que o verdadeiro cristianismo, “o reino dos céus”, não se tornaria uma “árvore” figurativa, em cujos ramos pudessem pousar as aves ou sob a qual pudessem achar ampla sombra. Na parábola anterior sobre os quatro tipos de solo em que se semeia a semente excelente, a qual representa a “palavra do reino”, Jesus incluiu aves no quadro. A quem se assemelhariam essas “aves”, segundo ele explicou? Ao “iníquo”, “o Diabo”. Quer dizer, os agentes terrestres do iníquo Diabo. (Mateus 13:1-8, 18-23; Lucas 8:4-8, 11-15) Marcos 4:15 chama-o de Satanás. É razoável, pois, que as aves mencionadas no mesmo contexto, na mesma série de parábolas, representem coisas similares. De modo que as aves que acham pausada na mostardeira representam os agentes do “iníquo”, “Satanás, o Diabo”. Correspondem ao “joio”, ao trigo de imitação, na parábola do trigo e do joio. São os “filhos do iníquo”.
8. Então, na parábola, quem é o “homem” que semeou o grão de mostarda e quem foi usado com destaque como agente, no quarto século?
8 É o fictício “reino dos céus”, a contrafação dele, a saber, a cristandade, que está cheia destas aves simbólicas, “os filhos do iníquo”. É hoje bastante grande para contê-los a todos. Na parábola, o “homem” que semeou o grão de mostarda representa o “Filho do homem”, Jesus Cristo. Mas, a fim de perverter o crescimento do grão, Satanás, o Diabo, aos poucos, infiltrou elementos estranhos ao verdadeiro cristianismo, a saber, cristãos de imitação. No quarto século E. C., Satanás tomou medidas amplas por meio do principal político do Império Romano, a saber, Constantino, o Grande. Em 312 E. C., este militar sanguinolento professou converter-se ao cristianismo, porém, na realidade, ao cristianismo apóstata dos seus dias, conforme professo por soldados no exército. Este homem ambicioso venceu seus rivais políticos e obteve o cargo de imperador do Império Romano. Neste cargo, agiu como Sumo Pontífice (Pontifex Maximus) ou sacerdote principal da religião romana, pagã. Apegou-se a este concílio, cargo e autoridade religiosa, pagã, apesar de afirmar ser cristão.
9. (a) Que espécie de Deus é adorado por todas as “aves” nessa “árvore” simbólica? (b) Aonde esperam todos ir, por fim, tornando assim próprio que, na ilustração, sejam associados com o “reino dos céus”?
9 Como Sumo Pontífice, o Imperador Constantino agiu como se fosse o chefe visível da Igreja cristã e convocou um concílio de chamados “bispos”, dos superintendentes presidentes das congregações de professos cristãos, em Nicéia, na Ásia Menor, em 325 E. C. Neste Concílio, o Sumo Pontífice Constantino resolveu as altercações episcopais sobre quem e o que Deus era por tomar partido com o lado trinitarista e decretar que Deus é Deus trino, Deus em três pessoas indivisas, a saber, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Até hoje, a doutrina não-bíblica da “Trindade” é doutrina fundamental das igrejas sectárias da cristandade. É a esta pervertida “árvore” mostardeira que afluem muitas “aves” de mentalidade mundana para pousar nela. Todos esperam ir para o céu, como “filhos do reino”, e ver este Deus misterioso e inexplicavelmente trino. Deveras, na cristandade, o fictício “reino de Deus”, cumpre-se a parábola do “grão de mostarda”.
CORRUÇÃO RELIGIOSA
10. Em Mateus 13:33, que ilustração adicional deu Jesus a respeito do “reino dos céus”?
10 Segundo Mateus 13:33, logo depois da parábola do grão de mostarda, Jesus Cristo apresentou outra ilustração para mostrar algo mais sobre a imitação do “reino dos céus”. Lemos: “Disse-lhes ainda outra ilustração: ‘O reino dos céus é semelhante ao fermento que certa mulher tomou e escondeu em três grandes medidas de farinha, até que a massa inteira ficou levedada.’” (Também em Lucas 13:18-21) Então, como se cumpriu esta ilustração?
11. (a) O que era o fermento, nos tempos bíblicos, e que efeito tem? (b) Como é o fermento usado figurativamente nas Escrituras? Ilustre isso.
11 O fermento, nos tempos bíblicos, era um pouco de massa lêveda, preservada e acrescentada à nova massa de farinha, para fazê-la fermentar e formar bolhas de gás, que levedariam a massa inteira ou a tornariam mais leve. A fermentação é na realidade um processo de decomposição, de corrução, de modo que muitas vezes causa estragos. Por este motivo, em geral é usado nas Escrituras Sagradas em sentido figurativamente mau. Por exemplo, os fariseus e saduceus incrédulos eram fornecedores de levedo espiritual, sobre o qual Jesus disse aos seus discípulos: “Vigiai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus.” Os discípulos entendiam isso como significando o “ensino dos fariseus e dos saduceus”. (Mateus 16:6-12) Segundo Lucas 12:1, Jesus disse aos seus discípulos: “Vigiai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.” Este levedo ou fermento doutrinal e ritual também pode ter tido um tom político, conforme representado pelos partidários judaicos do Rei Herodes; de modo que Jesus disse: “Mantende os olhos abertos, acautelai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes.” — Marcos 8:15.
12. Em 1 Coríntios 5:6-8, o fermento é usado para representar o quê? Em contraste com quê?
12 Em plena obediência a este aviso, os cristãos do primeiro século celebravam na sua vida cotidiana o antítipo da antiga festividade judaica dos pães não fermentados ou ázimos, festividade que se celebrava durante sete dias depois da Páscoa anual. Bem apropriadamente, pois, o apóstolo Paulo advertiu-os contra o fermento figurativo, dizendo: “A vossa razão para jactância não é excelente. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda? Retirai o velho fermento, para que sejais massa nova, conforme estiverdes livres do levedo. Pois, deveras, Cristo, a nossa páscoa, já tem sido sacrificado. Conseqüentemente, guardemos a festividade, não com o velho fermento, nem com o fermento de maldade e iniqüidade, mas com os pães não fermentados da sinceridade e da verdade.” (1 Coríntios 5:6-8) Esta declaração do apóstolo contrasta o figurativo fermento da maldade e iniqüidade, o ensino sectário falso e a hipocrisia religiosa, com a sinceridade, genuinidade e verdade.
13. Por que mencionou Jesus uma mulher na sua ilustração, e que comparação há entre a quantidade de fermento e a quantidade de farinha?
13 Como lá naquele tempo o campo de lavoura era o domínio do homem, assim a cozinha era o domínio da mulher. (2 Samuel 13:6-8; 1 Reis 17:11-13; Jeremias 7:18; Lucas 17:35) Apropriadamente, pois, Jesus usou uma mulher na sua ilustração, como sendo quem pôs um pouco de fermento num grande pedaço de massa, a fim de fermentá-la. A massa era de “três grandes medidas de farinha”. A nota marginal da versão da Liga de Estudos Bíblicos indica a quantidade de farinha que isto representava, por verter e comentar Mateus 13:33 do seguinte modo: “O reino dos céus é como fermento, que uma mulher tomou e colocou em três medidas [quarenta litros] de farinha, até que tudo ficasse fermentado.” A Nova Bíblia Americana, em inglês, descreve o processo, dizendo: “O reino de Deus é como fermento que uma mulher tomou e amassou com três medidas de farinha. Por fim, a massa toda começou a subir.” A tradução inglesa de Byington também enfatiza a quantidade fermentada, dizendo: “O Reino dos Céus é como um pouco de levedo que uma mulher tomou e enterrou em quarenta quartas de farinha, até que toda ela ficou levedada.” Isto ilustra como age o fermento figurativo.
14, 15. (a) Que efeito tem o fermento figurativo sobre uma organização religiosa? (b) Com que linguagem adverte o apóstolo Pedro contra tal influência na congregação?
14 Igual ao literal fermento ou levedo, o fermento figurativo causa o azedamento duma organização religiosa. É instrumento que corrompe em sentido religioso. É preparado por Satanás, o Diabo, e ele usa agentes humanos, terrenos, para introduzir o fermento figurativo numa organização religiosa, pura, com o objetivo de corrompê-la e torná-la imprópria para o uso de Deus, transformando-a em vitupério ou descrédito para Deus. Numa carta escrita cerca de trinta e um anos depois da fundação da verdadeira congregação cristã, no dia de Pentecostes de 33 E. C., o apóstolo Pedro advertiu contra tal inserção de fermento religioso na congregação, dizendo:
15 “Por conseguinte, temos a palavra profética tanto mais assegurada; e fazeis bem em prestar atenção a ela como a uma lâmpada que brilha em lugar escuro, até que amanheça o dia e se levante a estrela da alva, em vossos corações. Pois sabeis primeiramente isto, que nenhuma profecia da Escritura procede de qualquer interpretação particular. Porque a profecia nunca foi produzida pela vontade do homem, mas os homens falaram da parte de Deus conforme eram movidos por espírito santo. No entanto, houve também falsos profetas entre o povo, assim como haverá falsos instrutores entre vós. Estes mesmos introduzirão quietamente seitas destrutivas e repudiarão até mesmo o dono que os comprou, trazendo sobre si mesmos uma destruição veloz. Outrossim, muitos seguirão os seus atos de conduta desenfreada, e, por causa destes, falar-se-á de modo ultrajante do caminho da verdade. Explorar-vos-ão também em cobiça com palavras simuladas. Mas, quanto a eles, o julgamento, desde tempos antigos, não está avançando vagarosamente e a destruição deles não está cochilando.” — 2 Pedro 1:19 a 2:3.
16. De modo similar, contra que advertiu Paulo a congregação em Éfeso?
16 O apóstolo Paulo advertiu verbalmente os anciãos da congregação de Éfeso, na Ásia Menor, sobre a mesma coisa, dizendo: “Não me refreei de falar a todos vós todo o conselho de Deus. Prestai atenção a vós mesmos e a todo o rebanho, entre o qual o espírito santo vos designou superintendentes para pastorear a congregação de Deus, que ele comprou com o sangue do seu próprio Filho. Sei que depois de eu ter ido embora entrarão no meio de vós lobos opressivos e eles não tratarão o rebanho com ternura, e dentre vós mesmos surgirão homens e falarão coisas deturpadas, para atrair a si os discípulos.” — Atos 20:27-30.
17, 18. (a) Com o tempo, o que se tornaram esses falsos instrutores e profetas? (b) Por que são corretamente chamados de “filho da destruição”?
17 Estes falsos instrutores e profetas, homens lupinos em pele de ovelha, aumentariam gradualmente e formariam um composto “homem que é contra a lei”. Tal agência humana de Satanás, o Diabo, causaria uma rebelião ou “apostasia” na organização religiosa que afirma ser cristã. Por este motivo, tal corpo clerical de líderes religiosos se destinaria à destruição, de modo que este “homem” composto podia de direito ser chamado de “filho da destruição”. Naturalmente, a organização religiosa sobre a qual este “homem que é contra a lei” assumiria o controle não obteria o favor de Deus, mas seria marcada para a destruição no Seu tempo devido. Por quê?
18 “Por não terem aceito o amor da verdade, para que fossem salvos. De modo que é por isso que Deus deixa que vá ter com eles a operação do erro, para que fiquem acreditando na mentira, a fim de que todos eles sejam julgados, porque não acreditaram na verdade, mas tiveram prazer na injustiça.” — 2 Tessalonicenses 2:3-12.
19. No quarto século E. C., como se tornou claramente identificável o “homem que é contra a lei”?
19 Embora o “mistério daquilo que é contra a lei” já estivesse operando nos dias dos apóstolos, este composto “homem que é contra a lei” só assumiu uma forma claramente identificável no reinado do Imperador Constantino, o Grande, na primeira parte do quarto século E. C. Este Sumo Pontífice pagão tentou criar uma “religião amalgamada” por causar uma fusão. O verdadeiro cristianismo nunca pode ser amalgamado ou fundido com qualquer das religiões falsas deste mundo. (2 Coríntios 6:14 a 7:1) No entanto, o chefe político-religioso do Império Romano obrigou os chamados “bispos”, que negociavam com ele, a transigir. De modo que o cristianismo adulterado, supervisionado por tais “bispos”, foi fundido com a religião romana, pagã, para criar uma “religião amalgamada” que seria menos objetável e mais aceitável para os que ainda eram pagãos no coração e que desejavam apegar-se a certas das suas idéias e práticas religiosas, pagãs. Assim como estavam acostumados a ter na sua anterior religião pagã, permitiram que os “bispos” formassem uma classe clerical sobre eles, para governá-los qual classe leiga. Esta religião amalgamada tornou-se a religião estatal.
20, 21. (a) Em resultado de se introduzir “fermento” religioso na cristandade, no começo dela, o que se desenvolveu? (b) Embora os membros das igrejas da cristandade pensem que vão para o céu, ao morrerem, o que indica a prevalência das “obras da carne” entre eles?
20 Assim se fundou a cristandade, e, nos séculos desde então, ela cresceu para aquilo que é hoje. É hoje uma enorme massa religiosa, contudo, com um pedacinho de “fermento” religioso amassado na organização, ficou cabalmente levedada com paganismo, mundanismo, maldade, iniqüidade, tradições de homens, hipocrisia e doutrina de demônios. A cristandade fez-se parte de Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa, e cresceu ao ponto de ser a única unidade dominante daquele império religioso. (Revelação 17:3-6) O nome cristandade talvez dê a idéia de que seus membros religiosos se destinem ao reino celestial, ao morrerem. Mas hoje, mais do que em qualquer tempo anterior, a cristandade está cheia das “obras da carne”, e o apóstolo Paulo declarou quais são estas obras e se elas constituem, ou não, alguma base para a admissão no reino celestial:
21 “Um pouco de fermento leveda a massa toda. Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são fornicação, impureza, conduta desenfreada, idolatria, prática de espiritismo, inimizades, rixa, ciúme, acessos de ira, contendas, divisões, seitas, invejas, bebedeiras, festanças e coisas semelhantes a estas. Quanto a tais coisas, aviso-vos de antemão, do mesmo modo como já vos avisei de antemão, de que os que praticam tais coisas não herdarão o reino de Deus.” — Gálatas 5:9, 19-21.
22. Usufrui a cristandade hoje um paraíso espiritual, e quais são as suas perspectivas de entrar em qualquer outro paraíso de Deus?
22 Em vista de todos estes fatos muitas vezes mencionados, diria qualquer pessoa sincera que a cristandade, hoje em dia, com seu grande rol de membros, usufrui um paraíso espiritual assim como é descrito na Bíblia Sagrada? Destinam-se os membros dela, na morte, a irem para o céu e a comerem da “árvore da vida, que está no paraíso de Deus”? (Revelação 2:7) Ou será a cristandade poupada por Jeová Deus, por causa de seu nome religioso e de suas profissões, e sobreviverá à atual aflição mundial, usufruindo o literal paraíso terrestre durante o iminente reinado milenar do Filho de Deus, Jesus Cristo? (Lucas 23:43) Não há base bíblica para se responder Sim a estas perguntas. Antes, o que aguarda a cristandade foi prefigurado pelo que sobreveio à terra de Edom, em cumprimento da profecia de Isaías, capítulo trinta e quatro.
O EQUIVALENTE HODIERNO DE EDOM
23. Quem olha hoje para Jeová como seu Juiz, Legislador e Rei, conforme predito por Isaías, e, portanto, contra que doenças são salvaguardados?
23 Os três versículos que precedem o começo deste capítulo trinta e quatro de Isaías apresentam a declaração duma atitude religiosa que não foi adotada nem pela cristandade, nem pelo judaísmo. Os versículos rezam: “Jeová é o nosso Juiz, Jeová é o nosso Legislador, Jeová é o nosso Rei; ele mesmo nos salvará. Tuas cordas [da frota atacante de veleiros do inimigo] terão de pender soltas; não manterão seu mastro firmemente ereto; não estenderam nenhuma vela. Naquele tempo, até mesmo o despojo em abundância terá de ser dividido; os próprios coxos [do povo liberto de Jeová] tomarão realmente um grande saque. E nenhum residente dirá: ‘Estou [espiritualmente] doente.’ O povo que mora na terra serão os a quem se perdoa seu erro.” (Isaías 33:22-24) Em nítido contraste com a cristandade e o judaísmo, as testemunhas cristãs de Jeová, que residem no paraíso espiritual de Seu favor e proteção, são os que tomaram a Jeová por seu Rei, seu Legislador, seu Juiz e seu Salvador. Portanto, são os salvaguardados contra as doenças, moléstias e pragas espirituais que afligem a cristandade e o judaísmo. — Salmo 91:1-10.
24, 25. (a) No capítulo 34 de Isaías, Jeová avisa as nações de que elas estão envolvidas em quê? (b) Que aviso se lhes dá sobre o resultado do caso jurídico?
24 Seguindo logo esta profecia, o Isaías capítulo trinta e quatro da profecia de Isaías apresenta uma perspectiva horrível para as nações mundanas. Esta perspectiva fornece um fundo de contraste contra o qual o luminoso paraíso espiritual descrito no capítulo seguinte (Is 35) se destaca fortemente. Visto que aguarda as nações algo tão calamitoso e visto que procede Dele, Jeová dá aviso antecipado às nações e aos grupos nacionais. As nações podem hoje pensar que Deus não tem nada que ver com o assunto, que não estão absolutamente envolvidas com Deus, que eles, como homens materialistas, manejam seus próprios assuntos e não têm nenhuma responsabilidade para com o Ser Supremo, para com o Criador. Mas, Jeová Deus, por meio do profeta Isaías, desperta a atenção das nações e as faz lembrar de que realmente têm parte no caso jurídico perante o Tribunal do Universo, e que, portanto, sofrerão a execução do julgamento.
25 Assim, iniciando o capítulo trinta e quatro, o porta-voz de Deus diz: “Chegai-vos, nações, para ouvir; e prestai atenção, grupos nacionais. Escute a terra e aquilo que a enche, o solo produtivo e todo o seu produto. Porque Jeová tem indignação contra todas as nações e furor contra todo o seu exército. Ele terá de devotá-las à destruição [ele as devotou ao massacre]; terá de entregá-las ao abate. E seus mortos serão lançados fora; e quanto aos seus cadáveres, ascenderá o seu mau cheiro; e os montes terão de derreter-se por causa do sangue deles. E todos os do exército dos céus terão de apodrecer. E os céus terão de ser enrolados, como o rolo dum livro; e todo o seu exército terá de engelhar-se, assim como se engelha a folhagem caindo da videira e como o figo engelhado da figueira.” — Isaías 34:1-4, NM; CBC.
26. A que prestação de contas são as nações chamadas por Deus, e especialmente que nações?
26 O que se traz aqui à nossa atenção é a culpa de sangue das nações, entre as quais as nações da cristandade foram as mais culpadas de todas. Encharcaram a terra não só com o sangue dos animais selváticos abatidos desenfreadamente, mas em especial com sangue humano. Quem seria logicamente aquele que de direito exigiria das nações todo este sangue que derramaram, requerendo-o de volta das nações, porque este sangue representa a vida dada por Deus? Não é outro senão o próprio Criador, o Dador da vida, que deu à humanidade a corrente sangüínea que sustenta a vida. Todas as nações da atualidade têm seus exércitos permanentes, em maior abundância do que nunca antes, e todos equipados, preparados e treinados para derramar mais sangue humano em conflitos internacionais.
27. (a) Quão séria é a lei de Deus, de alma ser dada por alma? (b) O que indica a declaração de que “os montes terão de derreter-se por causa do sangue deles”?
27 Não foi uma declaração vã em que Jeová Deus apresentou sua lei justa: Vida por vida; alma por alma. (Gênesis 9:4-6; Êxodo 21:23-25) Fiel a esta lei irrevogável, Ele fará o sangue das nações correr até morrerem. A crescente culpa de sangue, das nações, é tão grande, que o sangue reclamado de volta em restituição ao Dador da vida forneceria bastante líquido para como que derreter ou dissolver os montes. Naturalmente, com a destruição completa das forças militares das nações mundanas ocorreria a queda de seus governos, os quais, na profecia bíblica, às vezes são retratados como “montes”.
28. Nesta profecia, a que se refere a expressão “todos os do exército dos céus”, e o que acontece com tais?
28 Com a expressão “todos os do exército dos céus”, o profeta não se refere às estrelas e aos planetas de nossos céus, tais como o sol, a lua e a Via-láctea, bem como às galáxias distantes de estrelas. Antes, os governos da humanidade, por causa de sua posição elevada como autoridades superiores, são comparados a céus sobre a sociedade humana, terrestre. (Romanos 13:1-4) De modo que o “exército dos céus” seria os exércitos em conjunto destes governos semelhantes ao céu, da humanidade. Tal “exército”, aparentemente a parte mais forte dos governos altos como o céu, irão “apodrecer”, desfazer-se, como algo perecível. Os céus literais acima de nós parecem ser arqueados, curvos, assim como um antigo rolo de livro, cuja escrita em geral estava na parte côncava, na parte de dentro. O sol, a lua e as estrelas de nossos céus aparecem no arco estendido dos nossos céus quais coisas escritas na face interna do rolo dum livro.
29. Como se mostram os céus simbólicos “como o rolo dum livro” e “como o figo engelhado”?
29 Quando a matéria escrita na face interna do rolo passou diante dos olhos do leitor, então o rolo terminado é enrolado e guardado. De modo similar, “os céus terão de ser enrolados, como o rolo dum livro”, no sentido de que os governos semelhantes a céus, cujo “exército” desempenhou sua parte visível nas páginas da história humana, terão de vir ao seu fim, terão de chegar à última página de sua história, e, por isso, terão de ser levados ao seu fim, eliminados, postos de lado sem terem mais permissão de Deus para existir. Os que são de seu “exército” de aspecto impressionante perderão o frescor da vida e cairão, desaparecendo da vista dos que leram sua história, assim como as folhas engelhadas que caem da videira e como o figo engelhado que cai da figueira. Passou a sua estação. — Compare isso com a linguagem de Revelação 6:12-14.
A CRISTANDADE, O EQUIVALENTE MODERNO DE EDOM
30, 31. Como mostram os versículos seguintes da profecia de Isaías que os “céus” mencionados aqui não são os céus espirituais, invisíveis, da habitação de Deus?
30 Que os “céus”, cujo “exército” apodrece ou se engelha, não devem ser entendidos como se referindo aos invisíveis céus espirituais da habitação de Deus, é indicado pela parte adicional da profecia de Isaías. Expressando-se ali, Jeová disse:
31 “‘Pois a minha espada certamente ficará encharcada nos céus. Eis que descerá sobre Edom [Iduméia, So; LXX] e sobre o povo que em justiça devotei à destruição. Jeová tem uma espada; terá de ficar cheia de sangue; terá de ficar untada de gordura, do sangue de carneirinhos e de cabritos, da gordura dos rins de carneiros. Porque Jeová tem um sacrifício em Bozra [capital de Edom ou Iduméia] e um grande abate na terra de Edom. E os touros selvagens terão de descer com eles, e os novilhos, com os poderosos; e sua terra terá de ser encharcada com sangue e o próprio pó deles ficará untado de gordura.’ Porque Jeová tem um dia de vingança, um ano de retribuições pela causa jurídica relativa a Sião.” — Isaías 34:5-8, NM; Versão dos Setenta segundo a tradução inglesa de Thomson.
32. Quem eram os edomitas, e em que espécie de região moravam?
32 O território dos edomitas, em ambos os lados do Arabá, entre o Mar Morto e o Golfo de ‘Aqaba, chamava-se “região montanhosa de Esaú”. (Obadias 8, 9, 19, 21) Esaú era o nome original do homem chamado Edom. O apelido Edom, significando “Vermelho”, foi dado a Esaú por ter vendido sua primogenitura abraâmica ao seu irmão gêmeo mais novo, Jacó (Israel), em troca duma refeição de cozido vermelho. (Gênesis 25:29-34; Hebreus 12:16, 17) Visto que Jacó o suplantou na primogenitura preciosa, Esaú (ou Edom) ficou cheio de ódio assassino para com seu irmão gêmeo de mentalidade espiritual. (Gênesis 27:30-45) Por Esaú passar a residir na região montanhosa, ele morava no alto, como no céu. Jeová falou deste ponto de vista quando, pela boca de seu profeta Obadias, disse aos esauítas (edomitas):
“‘Enganou-te a presunção de teu coração, tu que resides nos retiros do rochedo, a altura onde ele mora, dizendo no seu coração: “Quem me fará descer para a terra?” Se fizesses a tua posição tão alta como a águia ou se se colocasse teu ninho entre as estrelas, de lá eu te faria descer’, é a pronunciação de Jeová.” — Obadias 3, 4.
33. (a) Em Isaías 34:5, o que quer dizer a declaração de que a espada de Deus ficaria encharcada “nos céus”? (b) Com que termos se faz referência aos maiores e aos menores em Edom?
33 Portanto, ao falar de ele destruir a nação de Edom pela “espada” da guerra, Jeová podia dizer figurativamente que sua espada ficaria encharcada, cheia de sangue, “nos céus”. Havia votado ou devotado os edomitas à destruição, em justiça, e esta destruição atingiria a parte de alta categoria da nação de Edom, conforme representada pela sua capital Bozra. Jeová fala da matança desta nação inimiga como sendo um sacrifício, porque é em execução de seu julgamento e em vindicação dele qual Soberano Universal. Jeová fala dos maiores e dos menores como sendo simbólicos “touros selvagens”, “novilhos”, “cabritos” e “carneiros”. A terra desta nação de mentalidade assassina, culpada de derramar sangue, tinha de ficar encharcada com o seu próprio sangue, por meio da “espada” matadora de Jeová.
34-36. O que haviam feito os edomitas para merecer tal tratamento drástico das mãos de Deus?
34 Este tratamento drástico da terra de Edom era merecido. Senão, não teria sido um ato de justiça divina. “Porque Jeová tem um dia de vingança, um ano de retribuições pela causa jurídica relativa a Sião.” (Isaías 34:8) Isto não se dava por causa do chamado “sionismo”. Antes, estava envolvida a antiga Sião, onde o “trono de Jeová” havia sido ocupado pelos reis ungidos do povo escolhido de Jeová. No ano 607 A. E. C., os exércitos de Babilônia haviam destruído a cidade santa de Jerusalém e derrubado o Reino de Judá, deportando os judeus sobreviventes para a terra pagã de Babilônia. Nesta ocasião, a atitude da nação de Edom para com o povo de Jeová, que fora disciplinado, mostrou-se inconfundível. Como?
35 Jeová trouxe isso à atenção deles por meio de seu profeta Obadias, dizendo:
“No dia em que ficaste parado de lado, no dia em que estranhos [babilônios] levaram ao cativeiro a sua força militar [a de Israel] e quando até estrangeiros entraram pelo seu portão e lançaram sortes sobre Jerusalém, tu também eras como um deles.
“E não devias ter contemplado o espetáculo no dia de teu irmão, no dia do seu infortúnio, e não te devias ter alegrado sobre os filhos de Judá no dia de seu perecimento; e não devias ter uma boca grande no dia da sua aflição. Não devias ter entrado pelo portão do meu povo no dia do seu desastre. Tu, sim, tu não devias ter espreitado a sua calamidade no dia do seu desastre, e não devias ter estendido a mão sobre a sua riqueza no dia do seu desastre. E não devias ter ficado de pé na bifurcação dos caminhos para decepar-lhe os fugitivos; e não devias ter entregue os seus sobreviventes do dia da aflição. Pois está próximo o dia de Jeová contra todas as nações. Assim como fizeste, será feito a ti. Tua espécie de tratamento retornará sobre a tua própria cabeça. Pois assim como vós bebestes sobre o meu santo monte, estarão bebendo continuamente todas as nações. E certamente beberão, e engolirão, e ficarão como se nunca tivessem existido.” — Obadias 11-16.
36 O salmista inspirado relembrou a mesma conduta maldosa da parte duma nação irmã, quando orou a Jeová e disse: “Lembra-te, ó Jeová, do dia de Jerusalém, com respeito aos filhos de Edom, que diziam: ‘Exponde-a! Exponde-a até o alicerce dentro dela!’ Ó filha de Babilônia, que és para ser assolada, feliz será aquele que te recompensar com o teu próprio tratamento com que nos trataste.” — Salmo 137:7, 8.
37. (a) Por que considerava Jeová como sua a “causa jurídica relativa a Sião” com Edom? (b) Quando começou a expressão da vingança de Jeová sobre Edom?
37 Aquilo que os edomitas fizeram ao Seu povo escolhido no dia do desastre deste, em 607 A. E. C., Jeová considerou como feito a ele. Por isso, ele tinha uma “causa jurídica relativa a Sião”. Portanto, tinha de vir o ano em que ele daria “retribuições pela causa jurídica relativa a Sião” e expressaria sua vingança contra os edomitas infratores. (Isaías 34:8) Jeová começou a expressar esta vingança justa contra os edomitas por meio do rei de Babilônia, Nabucodonosor, pouco depois da destruição de Jerusalém. — Jeremias 25:17-21.
ATOS DOS HERODES EDOMITAS
38. De que atos adicionais contra o povo de Jeová eram culpados os governantes edomitas tais como o Rei Herodes, o Grande, Herodes Ântipas e o Rei Herodes Agripa I?
38 Os descendentes de Edom (Esaú), os idumeus, conforme os gregos os chamavam, continuaram a ser culpados de atos contra o povo escolhido de Jeová. A família do Rei Herodes, o Grande, era de idumeus ou edomitas. Para a vergonha dele, o relato bíblico revela que este rei, que construiu o suntuoso templo em Jerusalém, temeu pelo seu reino na sua família e tentou assassinar o menino Jesus em Belém de Judá. (Mateus 2:1-22) Cerca de trinta anos mais tarde, na celebração de seu aniversário, o lupino Herodes Ântipas, governante distrital, mandou decapitar o precursor de Jesus, João Batista. (Mateus 14:1-11; Lucas 13:31, 32) Em 33 E. C., quando a vida de Jesus estava em julgamento e ele foi enviado pelo Governador Pilatos ao então rei da Galiléia, Herodes Ântipas, Filho de Herodes, o Grande, este governante ficou desapontado com Jesus e o depreciou como o Messias, enviando-o de volta a Pilatos e à sua morte. (Lucas 23:6-12) Alguns anos depois, o Rei Herodes Agripa I tentou agradar os judeus e executou Tiago, irmão de João, um dos doze apóstolos de Jesus Cristo, pela espada, e depois encarcerou o apóstolo Pedro, com a intenção de mandá-lo ser executado após a Páscoa judaica. (Atos 12:1-6) E, finalmente, que dizer do Rei Herodes Agripa II?
39. Embora o Rei Herodes Agripa II recebesse a oportunidade de se tornar cristão, de que continuou a ser agente?
39 Numa sessão especial, por arranjo do Governador Festo, o apóstolo Paulo foi trazido perante ele em Cesaréia. Quando Paulo disse ao rei, no clímax de sua defesa jurídica de si próprio: “Crês tu nos profetas, Rei Agripa? Sei que crês”, o que disse este idumeu a Paulo? “Em pouco tempo me persuadirias a tornar-me cristão.” (Atos 26:27, 28) Embora então fosse prosélito judaico, circunciso, o Rei Agripa nunca tornou-se israelita espiritual, cristão. Permaneceu na política como agente do Império Romano pagão.
40. (a) Em que conspiração contra Jesus participaram os partidários de Herodes? (b) Depois de que acontecimento desapareceram os edomitas da história, em cumprimento da profecia bíblica?
40 Durante a vida de Jesus, os partidários de Herodes cooperavam com os fariseus em tentar enlaçar Jesus com as suas observações sobre se era biblicamente lícito que os judeus pagassem impostos a César ou não. Tentaram lançá-lo nas “garras dum dilema” e assim causar-lhe dificuldades, quer com os romanos, quer com o partido nacionalista dos judeus. (Mateus 22:15-22) De modo que os herodianos não adotaram uma atitude favorável para com o cristianismo, no início deste. Segundo o registro bíblico, o mesmo se dava com os edomitas ou idumeus, chefiados pela família real dos Herodes. Apegavam-se ao judaísmo. Durante o sítio de Jerusalém pelos romanos, em 70 E. C., os idumeus acataram a convocação da facção judaica que ocupava a área do templo contra a facção oposta de judeus. Mas a ajuda iduméia (edomita) mostrou-se em vão, e Jerusalém caiu diante dos romanos, sendo destruída junto com seu templo de Herodes. Depois deste desastre, os idumeus ou edomitas desapareceram do cenário da história do Oriente Médio. A profecia bíblica a respeito deles não falhou.
O ANTIGO EDOM E O ANTÍTIPO MODERNO
41. Qual é o equivalente moderno da “terra de Edom”?
41 A profecia de Jeová tampouco falhará em cumprir-se no equivalente hodierno, no antítipo, da “terra de Edom”. Quem é este antítipo? É a cristandade. Assim como a antiga nação judaica e Jerusalém foram usadas por Jeová Deus de modo típico, para prefigurar coisas com respeito à cristandade, assim a nação irmã de Edom foi usada por Ele de modo típico. (1 Coríntios 10:6, 11; Colossenses 2:16, 17) O povo de Edom era descendente carnal de Esaú, apelidado Edom (“Vermelho”). Seu antepassado nacional era o irmão gêmeo mais velho de Jacó, que recebeu o sobrenome de Israel. Por ser o primogênito de Isaque e Rebeca, Esaú achava que tinha o direito natural à primogenitura transmitida por seu avô Abraão.
42. Que acontecimento relacionado com o direito de primogenitura levou Esaú a odiar Jacó?
42 Entretanto, Jeová Deus desconsiderou o direito natural do primogênito, e, já antes do nascimento dos gêmeos, declarou-se a favor do gêmeo nascido em segundo lugar, Jacó (“Suplantador”). Embora fosse assim, Esaú tratou a primogenitura de modo profano ou com falta de apreço de coisas espirituais. Numa ocasião de fadiga e fome, estava disposto a vender esta primogenitura ao seu irmão apreciativo Jacó por apenas uma só refeição. Mais tarde, quando veio o tempo de seu pai Isaque conceder a bênção abraâmica, Esaú desconsiderou o juramento que fizera para validar a venda de sua primogenitura e fez preparativos para receber a bênção da primogenitura, à qual não tinha mais direito. Era apenas direito que fosse ultrapassado em astúcia, neste assunto, e a bênção fosse dada àquele a quem pertencia de direito, segundo a vontade de Deus, a saber, Jacó. Mas, Esaú achou que havia sido injustamente suplantado e defraudado. Portanto, em ódio, propôs-se matar Jacó na primeira oportunidade. — Gênesis 25:29 a 27:45; Hebreus 12:16, 17.
43. (a) Nesta questão, a quem veio a representar Jacó? (b) Que dizer de Esaú?
43 Neste respeito, Jacó tornou-se quadro dos herdeiros da promessa abraâmica, daqueles que se tornam o “descendente” espiritual de Abraão, a saber, os discípulos ungidos de Jesus Cristo, o qual é o principal do “descendente” de Abraão. (Gálatas 3:16-29) Com respeito ao materialista Esaú, tornou-se tipo da nação do Israel natural, descendente natural de Abraão, que pensava que a bênção abraâmica pertencesse naturalmente a ela.
44. Como mostraram os israelitas naturais, circuncisos, como um todo, que eram realmente semelhantes a Esaú?
44 Todavia, estes israelitas naturais circuncisos, deixaram de se habilitar para se tornarem descendência espiritual de Abraão. Rejeitaram o principal do “descendente” prometido de Abraão, a saber, Jesus Cristo, e fizeram com que fosse morto, perseguindo depois os fiéis seguidores das pisadas dele. Apenas um pequeno restante de judeus naturais satisfez os requisitos e tornou-se parte da descendência espiritual de Abraão. Por isso, os membros ainda necessários da descendência espiritual de Abraão tinham de ser tirados dentre não-judeus, que satisfizessem as qualificações. (Romanos 2:28, 29; 11:1-29) Assim, a maioria da nação judaica fez-se igual ao seu tio distante, Esaú ou Edom.
45. Como passaram os descendentes de Esaú ou Edom a mostrar hostilidade para com sua nação-irmã, os israelitas?
45 Por causa de sua profanidade ou falta de apreço espiritual, Esaú não estava em condições de transmitir a primogenitura abraâmica à nação descendente dele, os esauítas ou edomitas. (Hebreus 12:15-17) Esses edomitas eram descendentes de Esaú por meio de esposas pagãs, descrentes. (Gênesis 26:34, 35; 27:46; 28:6-9) Naturalmente, teriam motivos para pensar que haviam sido privados de ser a descendência natural de Abraão, com direito à bênção prometida, por causa da ação de seu tio Jacó ou Israel. Assim, foi fácil aprenderem a guardar o ódio que seu antepassado nacional, Esaú, tinha para com Jacó, e este ódio manifestava-se em hostilidade para com a sua nação irmã, os israelitas. No decorrer dos séculos seguintes, os edomitas ou idumeus passaram a sentir o desfavor de Jeová Deus. — Ezequiel 35:1-9; Malaquias 1:2-4.
46. Durante o tempo dos macabeus, como ficaram os edomitas amalgamados com a nação judaica?
46 Durante o período dos governantes macabeus dos judeus repatriados na terra de Judá, os edomitas sobreviventes foram obrigados a se tornarem prosélitos judaicos. Aproximadamente entre os anos 130-120 A. E. C., João Hircano, da linhagem dos macabeus, subjugou os edomitas e os obrigou a sujeitar-se à circuncisão como prosélitos do judaísmo. Isto explica a tolerância judaica do governo do rei edomita (idumeu) Herodes, o Grande, e dos membros de sua família real. (Veja a edição inglesa de Antiguidades Judaicas, de Flávio Josefo, Livro 13, capítulo 9, parágrafo 1; Livro 15, capítulo 7, parágrafo 9.) Os edomitas (idumeus) ficaram assim amalgamados com a nação judaica do primeiro século de nossa Era Comum, sendo que a nação judaica foi usada como tipo bíblico da cristandade.
47. De que maneira mostrou a cristandade que ela é similar a Esaú ou Edom?
47 Similar a Esaú ou Edom, a cristandade reivindica a promessa abraâmica e considera-se descendência espiritual de Abraão, herdeira do reino celestial junto com Jesus Cristo. Segundo as afirmações religiosas dos membros da cristandade, eles se constituem em gêmeos dos que são verdadeiros herdeiros cristãos do reino messiânico de Deus, os verdadeiros discípulos de Jesus, o Messias. Não obstante, a cristandade não ama estes fiéis discípulos de Cristo, ungidos com o espírito. Tem-lhes ódio assassino. (1 João 3:12-15) Desde a fundação da cristandade no quarto século E. C., ela tem perseguido os que não são cristãos de imitação. Estes seguem as palavras e o exemplo de Jesus em não fazerem parte deste mundo, mas a cristandade fez-se amiga deste mundo por se tornar parte dele. Portanto, ela odeia o que o mundo odeia. (1 João 2:15-17; João 15:19; 17:14, 16; Tiago 4:4) Perseguindo os verdadeiros cristãos, imagina prestar a Deus serviço sagrado. — João 16:2.
48. Igual aos edomitas no tempo da destruição de Jerusalém, em 607 A. E. C., como agiu a cristandade para com o Israel espiritual. durante a Primeira Guerra Mundial?
48 A história moderna do século vinte atesta isso. Durante a Primeira Guerra Mundial, os do restante fiel do Israel espiritual passaram a ser odiados por todas as nações, assim como Jesus Cristo predisse a respeito dos verdadeiros seguidores das suas pisadas. (Mateus 24:9; 10:7-22) O motivo deste ódio mundial é que os do restante ungido proclamavam o reino messiânico de Deus como governo legítimo de toda a terra, única esperança de toda a humanidade. (Marcos 13:10-13) Durante toda a perseguição e sofrimento dos do restante, a cristandade não expressou nenhuma palavra de compaixão por eles. De fato, a evidência documentada mostra que o clero religioso da cristandade instigou esta perseguição movida aos proclamadores das “boas novas” do reino messiânico de Deus. Alegrou-se com as nações guerreadoras da cristandade pela supressão desses proclamadores do Reino e a matança de sua obra pública de testemunho, assim como os edomitas se alegraram com os babilônios por causa da destruição de Jerusalém em 607 A. E. C. — Revelação 11:7-10.
49, 50. (a) Durante a Segunda Guerra Mundial, como mostrou a cristandade adicionalmente que ela tinha o espírito do antigo Edom? (b) Em cumprimento da palavra de Deus por meio de Isaías, o que confronta agora os edomitas hodiernos, as pessoas da cristandade bem como do judaísmo?
49 Nutrindo seu ódio do restante dos israelitas espirituais, que se destacavam como verdadeiros cristãos, em contraste com os membros da igreja dela, que se empenhavam em derramar sangue em guerra violenta, a cristandade não se alegrou quando as testemunhas suprimidas do Reino foram reavivadas pelo espírito de Deus, em 1919 E. C. Ela não se alegrou com o paraíso espiritual, ao qual estes israelitas espirituais, restabelecidos, foram levados. (Isaías 35:10) Durante a Segunda Guerra Mundial de 1939-1945 E. C., que irrompeu dentro das suas próprias fronteiras, a cristandade novamente incitou à perseguição religiosa e se empenhou ferrenhamente em eliminar o paraíso espiritual do restante do Israel espiritual e dos companheiros deste, adoradores de Jeová Deus. Mas, tudo foi em vão! As testemunhas cristãs de Jeová sobreviveram e saíram do segundo conflito mundial com maior força em número do que jamais antes. Em vista de tal ódio violento da parte da cristandade contra as testemunhas cristãs Dele, será que Jeová Deus tem uma “causa jurídica relativa a Sião”? Chegou Seu “ano de retribuições” aos edomitas hodiernos, o “dia de vingança” de Jeová? — Isaías 34:8.
50 A resposta é Sim! E por isso, a cristandade enfrenta agora a desolação. O judaísmo enfrenta a mesma coisa!
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Quando não houver mais cristandade, nem judaísmo!Está Próxima a Salvação do Homem da Aflição Mundial!
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Capítulo 13
Quando não houver mais cristandade, nem judaísmo!
1. (a) No primeiro século E. C., concordavam os aderentes ao judaísmo e os edomitas na sua atitude para com o cristianismo? (b) Por que nos interessam hoje as profecias bíblicas a respeito de Edom?
A ANTIGA nação de Edom (Iduméia) era contra os adoradores fiéis de Jeová Deus. Mesmo nos dias dos apóstolos de Jesus Cristo, no primeiro século E. C., os firmes aderentes do judaísmo estavam unidos com os edomitas (idumeus) em combater o recém-iniciado cristianismo. (Atos 4:25-28; 12:1-6) Com o decorrer do tempo, a nação de Edom desapareceu das páginas da história, mas, no cumprimento maior e completo da profecia bíblica, esta nação notória tem seu equivalente moderno. É a cristandade. De modo que as profecias bíblicas a respeito de Edom precisam hoje ser entendidas do ponto de vista do que sobrevem a este equivalente hodierno dele.
2, 3. (a) Contra quem se dirige o “dia de vingança” de Jeová, conforme predito em Isaías 34:8, agora já próximo? (b) Que “retribuições” se predizem nos versículos seguintes de Isaías, capítulo 34?
2 Na notável profecia contra Edom, contida em Isaías, capítulo trinta e quatro, lemos esta declaração ominosa: “Porque Jeová tem um dia de vingança, um ano de retribuições pela causa jurídica relativa a Sião.” (Isaías 34:8) O “dia de vingança” de Jeová, seu “ano de retribuições”, é iminente com respeito ao equivalente hodierno do antigo Edom. Portanto, ao considerarmos a parte adicional desta profecia de Isaías, podemos pensar na cristandade atual. Predizendo as “retribuições” que haveria por causa da odiosa conduta má de Edom contra a antiga Sião ou Jerusalém, o profeta Isaías passa a dizer:
3 “E as torrentes dela terão de transformar-se em piche e seu pó em enxofre; e sua terra terá de tornar-se como piche ardente. Não se apagará nem de noite bem de dia; sua fumaça continuará a ascender por tempo indefinido. De geração em geração será abrasada; nunca jamais passará alguém por ela. E o pelicano e o porco-espinho terão de tomar posse dela, e os próprios mochos orelhudos e os corvos residirão nela; e ele terá de estender sobre ela o cordel de medir do vácuo e as pedras [prumos] do vazio. Seus nobres — não há ali nenhuns chamados ao próprio reinado, e os próprios príncipes dela tornar-se-ão todos em nada. Espinhos terão de subir nas suas torres de habitação, urtigas e plantas espinhosas, nas suas praças fortes; e ela terá de tornar-se lugar de permanência de chacais, pátio para avestruzes E os freqüentadores de regiões áridas terão de encontrar-se com animais uivantes, e até mesmo o demônio caprino chamará o seu companheiro. Sim, ali o curiango certamente ficará em repouso e achará para si um lugar de descanso. Ali a cobra-cuspideira fez o seu ninho e bota ovos, e ela terá de chocá-los e ajuntá-los sob a sua sombra. Sim, ali se terão de reunir as fêmeas dos miotos, cada uma tom [seu companheiro].” — Isaías 34:9-15, veja Versão Brasileira; também outras traduções indicam a relação macho fêmea.
4. (a) Em suma, que condição se descreve ali? (b) Por quanto tempo continuaria essa condição?
4 Isso é tudo, menos uma descrição dum “jardim do Éden” ou “paraíso de delícias”. Antes, não é nada menos do que um quadro de completa desolação e ruína, duma região imprópria para a vida humana, mas bem adequada como lugar freqüentado por animais selváticos e aves. Retrata-se assim a terra de Edom como tornando-se tão árida, que se parece a vales de torrente que fluem com piche e sua poeira é enxofre, e que depois, estas substancias combustíveis pegam fogo. Tal estado árido da terra de Edom havia de continuar para todo o sempre, e não haveria restabelecimento de seus anteriores habitantes ou os descendentes deles. A “fumaça” que ascende da simbólica queima da terra de Edom é similar à “fumaça” da destruição ardente de Babilônia, a Grande, sobre a qual se escreve: “A fumaça dela está ascendendo para todo o sempre.” — Revelação 19:3; 18:18.
5. Como indica Obadias 18 o que o restante israelita espiritual da atualidade deve fazer com esta mensagem ardente contra o Edom hodierno?
5 Na aplicação desta profecia à vindoura destruição da cristandade, os do restante restabelecido dos israelitas espirituais têm de Deus a comissão de proclamar esta “vingança” divina sobre a cristandade, conforme indicado na profecia correspondente de Obadias, que reza: “E a casa de Jacó [Israel] terá de tornar-se um fogo, e a casa de José, uma chama, e a casa de Esaú, como restolho; e terão de pô-los em chamas e consumi-los. E não se mostrará haver nenhum sobrevivente da casa de Esaú; porque o próprio Jeová o falou.” (Obadias 18) Por declarar tal mensagem ardente contra o hodierno Edom, a cristandade, os do restante do Israel espiritual, da atualidade, incorrem tanto mais no ódio dela.
6. Que garantia inclui a linguagem usada em Isaías 34:16, 17?
6 Depois de retratar um quadro profético de como a “terra de Edom” havia de tornar-se um ermo bravio, apenas com animais selváticos, aves e cobras, o profeta Isaías assegura-nos que não haverá falha da parte de Jeová, em fazer cumprir esta profecia. Ele diz aos estudantes das profecias bíblicas: “Buscai vós mesmos no livro de Jeová e lê em voz alta: nenhuma delas tem faltado; realmente, não deixam de ter cada uma delas [seu companheiro, Brasileira], pois foi a boca de Jeová que deu a ordem e foi o seu espírito que as reuniu. E foi Ele quem lançou para elas a sorte, e sua própria mão lhes repartiu o lugar com o cordel de medir. Tomarão posse dele por tempo indefinido; residirão nele de geração em geração.” — Isaías 34:16, 17.
7. Em pormenores qual é o significado da linguagem de Isaías 34:16, 17?
7 Assim, em vez de homens e mulheres edomitas se formarem novamente em pares na sua terra anterior e produzirem uma geração após outra de edomitas, seriam os animais selváticos e as aves que fariam isso. As fêmeas não deixariam de ter seus companheiros. É Jeová Deus quem torna a antiga terra populosa de Edom num lugar ideal para tais criaturas selváticas. É sua mão de poder ativo que lhes indica tal lugar e os ajunta ali. É como se ele fosse arquiteto e tivesse estendido o cordel de medir e lançado o prumo para delimitar e manter direita a construção da situação na “terra de Edom”. Segundo a sua medição e orientação, havia de ser uma terra de “vácuo”, no que se referia a homens, e uma região de “vazio”, no que se referia a novas construções humanas de qualquer altura. Não haveria renascimento daquela terra, como pátria dos edomitas, “povo que em justiça devotei à destruição”. — Isaías 34:5, 11.
8. (a) O que pressagia isso para a cristandade? (b) Quanta certeza há de que isso acontecerá à cristandade?
8 Que fim espantoso esta profecia pressagia para a hodierna “terra de Edom”, a saber, a cristandade! Talvez horrorize os religiosos pensarem que a cristandade, com sua enorme população religiosa, sua riqueza e seus edifícios e instituições religiosas venha a ter tal fim, sem esperança de reconstrução. Mas, tão certamente como a profecia teve seu cumprimento em miniatura no agora extinto povo de Edom, com a mesma certeza terá a profecia um cumprimento maior, final e completo na cristandade edomita. Pois, assim como se disse com respeito à destruição de Babilônia, a Grande, “Jeová Deus, quem a julga, é forte”. — Revelação 18:8.
9, 10. No fim da profecia, que perspectiva prediz Obadias para o restante restabelecido do Israel espiritual?
9 Quão diferente, em perspectiva, é a situação do restante restabelecido dos israelitas espirituais! A profecia de Obadias a respeito da “região montanhosa de Esaú” segue o modelo da profecia de Isaías, em contrastar o resultado para os edomitas e para os israelitas, que os edomitas se alegraram de ver deportados para Babilônia. Deixando de lado sua descrição da punição divina a sobrevir aos edomitas maldosos, não fraternais, o profeta Obadias passa para o fim de sua profecia, dizendo:
10 “E é no monte Sião que mostrarão estar os que escaparem, e ele terá de tornar-se algo sagrado; e a casa de Jacó [Israel] terá de tomar posse das coisas a serem possuídas por eles. . . . E certamente subirão salvadores ao monte Sião para julgar a região montanhosa de Esaú; e o reinado terá de tornar-se de Jeová.” — Obadias 17-21.
11. (a) Qual é o “Monte Sião” ao qual “certamente subirão salvadores”? (b) Como enfatiza o contraste das condições espirituais a beleza do paraíso espiritual?
11 É no Monte Sião celestial que Jeová, em cumprimento do Salmo 2:5, 6, empossa seu Rei messiânico, da casa real de Davi, a saber, Jesus Cristo. É no Monte Sião celestial que o Salvador, o Cordeiro de Deus, ajunta a si os 144.000 israelitas espirituais, para reinarem com ele por mil anos. (Revelação 14:1-3; 7:4-8) São os do restante ungido dos 144.000 israelitas espirituais, ainda na terra, que agora proclamam a mensagem de julgamento de Jeová contra a hodierna “região montanhosa de Esaú”, a “terra de Edom”, a saber, a cristandade. Como tais proclamadores dos julgamentos de Jeová que predizem a Sua vingança e retribuições a serem executadas nos edomitas antitípicos, apreciam tanto mais plenamente o belo paraíso espiritual no qual Ele os introduziu desde 1919 E. C. — Isaías 35:1-10.
O FIM DA CRISTANDADE E DO JUDAÍSMO
12. Onde descreve a Bíblia como se dará o fim da cristandade e do judaísmo?
12 É compreensível que, quando a cristandade, que hoje se gaba de ter quase um bilhão de membros nas igrejas, for reduzida ao estado desolado antes predito para a terra de Edom, isso causará grande admiração. Como poderia acontecer tal coisa quase que incrível? E isso especialmente dentro desta geração, que presenciou o fim dos Tempos dos Gentios há mais de sessenta anos atrás — em 1914 E. C. Também, como ocorrerá o fim da cristandade e de seu íntimo associado religioso, o judaísmo? Jeová Deus, que inspirou as profecias de Isaías e de Obadias contra Edom, inspirou também a profecia que nos diz como acontecerá. Essa profecia foi especificamente registrada para nós no último livro da Bíblia Sagrada, Revelação ou Apocalipse, capítulo dezessete.
13. Por que não foi a cristandade mencionada por nome, em Revelação, capítulo 17, mas o que se menciona ali, significativamente?
13 Objetando a tal idéia, algum defensor da cristandade talvez argumente que ela nem é mencionada em Revelação, capítulo dezessete. Isto é verdade porque a cristandade nem existia no tempo em que o apóstolo João escreveu o livro chamado Revelação. Em vez de tentar criar uma religião amalgamada, por meio dum compromisso entre a religião pagã de Roma e o cristianismo, provendo assim uma adequada religião estatal, o Império Romano, no tempo do apóstolo João, estava tentando eliminar o cristianismo por meio de perseguição cruel. Era por isso que o apóstolo João estava em exílio na ilha penal de Patmos. (Revelação 1:9) De modo que a cristandade só foi estabelecida mais de dois séculos depois, pelo Imperador Constantino, o Grande. Entretanto, algo já existente é tornado figura principal em Revelação, capítulo dezessete, a saber, Babilônia, a Grande.
14. No livro de Revelação, que duas mulheres simbólicas são contrastadas entre si, e o que representam?
14 No livro de Revelação, ou Apocalipse, contrastam-se duas mulheres simbólicas. Uma é esta Babilônia, a Grande, e a outra é a “esposa” do Cordeiro de Deus. (Revelação 19:1-8) Uma, que é Babilônia, a Grande, é chamada de “meretriz”. A outra, “a noiva, a esposa do Cordeiro”, é virgem. (Revelação 17:1-5; 21:9) Ambas são organizações religiosas, uma impura e a outra pura. A “noiva, a esposa do Cordeiro”, é a congregação de 144.000 seguidores fiéis, virginais, do Cordeiro Jesus Cristo, todos eles israelitas espirituais. (Revelação 7:4-8; 14:1-5) Babilônia, a Grande, compõe-se dos que praticam religiões opostas ao verdadeiro cristianismo, praticado pelos 144.000 israelitas espirituais. Foi por isso que o apóstolo João viu “que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus”. (Revelação 17:6) A religião dos membros de Babilônia, a Grande, portanto, não é cristã, mas babilônica e por isso falsa. — Isaías 47:1, 12-15.
15. Quem são os “reis da terra” sobre os quais Babilônia, a Grande exerce um reino?
15 A respeito de Babilônia, a Grande, foi explicado ao apóstolo João: “A mulher que viste significa a grande cidade que tem um reino sobre os reis da terra.” (Revelação 17:18) Visto que ela assim está sentada qual “rainha” sobre os reis da terra, Babilônia, a Grande, representa o império mundial da religião falsa. (Revelação 18:7) Ela tem exercido tal reinado imperial não só sobre os reis da terra durante qualquer determinado período ou século, mas também sobre a série de potências mundiais (“reis” simbólicos) durante os milênios de tempo. Até o fim dos Tempos dos Gentios em 1914 E. C. houve uma sucessão de sete de tais potências mundiais, a saber, (1) o antigo Império Egípcio, (2) o Império Assírio, (3) o Império Neo-babilônico, (4) o Império Medo-Persa, (5) o Império Grego, (6) o Império Romano e (7) a Potência Mundial Dupla Anglo-Americana. Isto é retratado por ter a fera montada pela “meretriz”, sete “cabeças”.
16. A que se referia o anjo quando disse “um é”, a respeito das cabeças da “fera cor de escarlate”, montada pela “meretriz”?
16 Revelando o significado das diversas partes desta “fera cor de escarlate”, o anjo disse a João: “As sete cabeças significam sete montes, onde a mulher está sentada no cume. E há sete reis: cinco já caíram, um é, o outro ainda não chegou, mas quando chegar, tem de permanecer por pouco tempo.” (Revelação 17:9, 10) Pela expressão “um é”, o anjo se referiu à sexta potência mundial, o Império Romano, que mantinha o apóstolo cristão João, preso na ilha de Patmos.
17, 18. De que modo era a cristandade parte de Babilônia, a Grande, desde o seu começo?
17 No quarto século de nossa Era Comum, esta sexta potência mundial, por meio do Imperador Constantino, o Grande, qual seu Sumo Pontífice, produziu a fusão entre a religião pagã, romana, e a religião cristã, apóstata, de algumas centenas de “bispos” de congregações religiosas. Por decreto imperial, Constantino tornou a religião amalgamada a religião estatal. Deste modo, o cristianismo nominal, que era cristão apenas de nome, tornou-se a religião estabelecida do Império Romano. Assim se deu à luz a cristandade. Tornando-se a organização religiosa predominante da Potência Mundial Romana, potência mundial sobre a qual Babilônia, a Grande, exercia seu reinado, a cristandade tornou-se parte de Babilônia, a Grande. Assim, na realidade, a cristandade era a organização filial de Babilônia, a Grande, a respeito da qual se diz:
18 “Na sua testa havia escrito um nome, um mistério: ‘Babilônia, a Grande, a mãe das meretrizes e das coisas repugnantes da terra.’” — Revelação 17:5.
19. (a) De que fonte procedem as principais doutrinas e práticas da cristandade? (b) Imitando sua mãe religiosa, como mostrou a cristandade que ela é “meretriz”?
19 Não é de se admirar, pois, que as doutrinas notáveis das seitas religiosas da cristandade e também suas práticas sejam pagãs, babilônicas, derivadas da antiga Babilônia no rio Eufrates, da Mesopotâmia. Nem é de se admirar que a cristandade imite sua mãe religiosa, da qual se diz: “Com a qual os reis da terra cometeram fornicação, enquanto que os que habitam na terra se embriagaram com o vinho da fornicação dela.” (Revelação 17:1, 2) Em sentido espiritual, a cristandade é ”meretriz”, pois tem amizade íntima com este mundo iníquo, amizade impura sobre a qual Tiago 4:4 diz: “Adúlteras, não sabeis que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Portanto, todo aquele que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” As igrejas estatais da cristandade, sua união entre Igreja e Estado, não lhe dão mérito. Tacham-na de fornicadora espiritual, intrometida na política do mundo.
20. (a) Portanto, por que se subentende que a cristandade, embora não mencionada por nome, esta incluída em Revelação, capítulo 17? (b) O que lhe reserva o futuro?
20 Pode haver qualquer dúvida de que a cristandade seja parte de Babilônia, a Grande, com um rol de membros nas igrejas, que faz dela a parte predominante desse império mundial da religião falsa? Nenhuma! Assim, embora a cristandade não seja mencionada por nome em Revelação, capítulo dezessete, ela está incluída e subentendida neste capítulo. Por conseguinte, o que se retrata ali como acontecendo à “grande meretriz” Babilônia, a Grande, tem de acontecer também à cristandade. Revelação, capítulo dezessete, mostra, pois, como a cristandade será destruída. Deve ser assim, porque nenhuma parte de Babilônia, a Grande, escapará da destruição. As “meretrizes” religiosas das quais ela é mãe também têm de perecer com ela. Portanto, ao considerarmos agora o divino “julgamento da grande meretriz que está sentada sobre muitas águas”, temos de pensar na cristandade como inseparavelmente envolvida e incluída. — Revelação 17:1, 5.
O PAPEL DA OITAVA POTÊNCIA MUNDIAL
21. O que disse o anjo de Deus ao apóstolo João a respeito dum “oitavo rei”?
21 O anjo de Deus disse ao admirado apóstolo João: “Eu te direi o mistério da mulher e da fera que a carrega, que tem as sete cabeças e os dez chifres: A fera que viste era, mas não é, contudo, está para ascender do abismo, e há de ir para a destruição. E quando virem que a fera era, mas não é, contudo estará presente, os que moram na terra se admirarão grandemente, mas os nomes deles não foram inscritos no rolo da vida desde a fundação do mundo. . . . E a fera que era, mas não é, é ela mesma também um oitavo rei, mas procede dos sete, e vai para a destruição.” — Revelação 17:7-11.
22. O que é este “oitavo rei”, e como “procede dos sete”?
22 A fera simbólica, de sete cabeças e dez chifres, representa “um oitavo rei”, quer dizer, uma oitava potência mundial. Esta potência mundial veio à existência depois do fim dos Tempos dos Gentios em 1914 E. C. e depois da Primeira Guerra Mundial. A história moderna identifica esta Oitava Potência Mundial como sendo a organização internacional de paz e segurança mundiais. Ela foi formada em 1919 e entrou em funcionamento no começo de 1920. A Sétima Potência Mundial, a saber, a Potência Mundial Anglo-Americana, foi na maior parte responsável pela formação de tal organização de paz e segurança mundiais. (Revelação 13:11-15) Começou sob o nome de “Liga das Nações”. Ela se derivou das sete potências mundiais precedentes no sentido de que continha a Sétima Potência Mundial e todas as relíquias das seis potências mundiais precedentes.
23. (a) Quando foi que a “fera” ‘ascendeu do abismo’, e sob que nome? (b) Que papel desempenham a cristandade e o judaísmo nas Nações Unidas?
23 Em 1939 E. C., a Liga das Nações foi para o abismo de impotência semelhante à morte, por causa do irrompimento da Segunda Guerra Mundial. No fim da Segunda Guerra Mundial, em meados de 1945, esta Oitava Potência Mundial designada para salvaguardar a paz e a segurança mundiais, subiu do abismo do tempo de guerra, especialmente com a ajuda da sétima potência mundial, a potência mundial dupla da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos. Assumiu um novo nome: Nações Unidas. Começando com cinqüenta e um estados-membros, tem hoje cento e quarenta e quatro estados-membros. A cristandade tem grande representação nas Nações Unidas, por meio de suas muitas nações que são membros daquela organização mundial. O judaísmo, com seu rol de membros de 14.443.925 judeus ortodoxos e da Reforma, tem sua representação nas Nações Unidas por meio do Estado de Israel, desde o ano de 1949. De modo que Babilônia, a Grande, domina o judaísmo.
24. Como foi que Babilônia, a Grande, montou na “fera cor de escarlate”, e como considera ela sua posição ali?
24 Quando a fera cor de escarlate, de sete cabeças e dez chifres, ascendeu do abismo na forma das Nações Unidas, Babilônia, a Grande, imediatamente montou nela novamente qual “rainha” com “um reino sobre os reis da terra”. Tomou tal ação por depositar sua fé naquela organização criada pelo homem para paz e segurança mundiais, em vez de no reino messiânico de Deus, que estava sendo proclamado mundialmente pelas testemunhas cristãs de Jeová. Fez-se dependente desta organização anticristã para a sua preservação contra o aniquilamento no período do após-guerra. Confiantemente, montada naquela fera simbólica, Babilônia, a Grande, “está dizendo . . .: ‘Estou sentada como rainha, e não sou viúva, e nunca verei pranto’”. (Revelação 18:7) Mas ela calculou errado!
25. Conforme o anjo de Deus disse ao apóstolo João, por que meios chegaria ao seu fim o império mundial, meretrício, da religião falsa?
25 Os “dez chifres” daquela simbólica fera cor de escarlate estão destinados a se voltar contra o meretrício império mundial da religião falsa. O anjo de Deus disse ao apóstolo João, enquanto este observava a visão profética: “E os dez chifres que viste significam dez reis, os quais ainda [nos dias de João] não receberam um reino, mas eles recebem autoridade como reis por uma hora, junto com a fera [por ingressarem na hodierna organização mundial de paz e segurança]. Estes têm um só pensamento, e assim, dão o seu poder e autoridade à fera [agora as Nações Unidas]. . . . As águas que viste, onde a meretriz está sentada, significam povos, e multidões, e nações, e línguas. E os dez chifres que viste, e a fera, estes odiarão a meretriz e a farão devastada e nua, e comerão as suas carnes e a queimarão completamente no fogo. . . . E a mulher que viste significa a grande cidade [Babilônia, a Grande,] que tem um reino sobre os reis da terra.” — Revelação 17:12-18.
26, 27. (a) Que mudança na atitude dos governantes políticos levará por fim a esta ação violenta? (b) Por que é apropriado que ‘a queimem com fogo’?
26 Os “dez chifres” simbólicos [os estados-membros da organização mundial de paz e segurança] perderão sua paixão pelo meretrício império mundial da religião falsa e a escornearão até a morte. De fato, toda a fera simbólica (agora as Nações Unidas) deixará de ter satisfação com sua relação lasciva com a “grande meretriz”, Babilônia, a Grande, e as bocas das “sete cabeças” da “fera” cor de escarlate lhe “comerão as suas carnes”. Para toda a organização da “fera”, os “dez chifres” e tudo o mais, ela se tornará uma velha meretriz esgotada, não mais desejável para fins gananciosos e egoístas. De modo realístico, sob a tensão da crise global, os governantes políticos, cujas nações são membros das Nações Unidas, ficarão endurecidos à luz da piora das condições mundiais. Desconsiderando todo o sentimentalismo, ver-se-ão forçados a adotar medidas drásticas e impiedosas para a preservação de suas instituições políticas e de sua estrutura social e econômica. Verão que o império mundial da religião falsa é um aborrecimento internacional e um empecilho para suas operações de emergência, por causa de crenças, práticas e costumes religiosos, babilônicos.
27 Os muitos deuses e deusas que Babilônia, a Grande, tem adorado não virão em auxílio do império mundial da religião falsa, para salvá-la da ação de seus antigos amantes apaixonados. Seus ex-amantes, os elementos políticos e militares, aperceber-se-ão de que essas deidades de Babilônia, a Grande, são impotentes e não têm poder salvador para eles, quando sacerdotes, capelães, clérigos e potentados religiosos do império mundial da religião falsa oram para eles. Esses elementos políticos e militares sentir-se-ão enganados, ludibriados, defraudados, e perderão o respeito pela religião mundana. Não precisarão tornar-se comunistas para ‘odiar a meretriz’, mas simplesmente se tornarão radicais e assim poderão cooperar com o “comunismo ateu” em eliminar a organização religiosa, hipócrita. Dar-lhe-ão o tratamento que na antiguidade se dava a algumas meretrizes, a saber, “a queimarão completamente no fogo”. — Gênesis 38:24.
28. Quando toda a Babilônia, a Grande, for desolada, por que não ficará a cristandade isenta disso?
28 Podemos imaginar o que isto significará para o Vaticano e sua Basílica de São Pedro, para as religiosas catedrais, igrejas, mesquitas, templos, sinagogas, santuários e outros prédios religiosos! Podemos imaginar O que aguarda os que oficiam em vestimentas impressionantes naqueles edifícios religiosos. Não imagine a cristandade que ela escapará por se apresentar ao mundo em nome de Cristo. Ela também fez o papel de “meretriz” religiosa, igual à sua mãe, Babilônia, a Grande. A amizade que cultivou e manteve com os elementos políticos e militares deste mundo lhe falhará. Ficará chocada de descobrir que a amizade adúltera com este mundo a tornou ‘inimiga de Deus’ e do Cristo Dele. (Tiago 4:4) Nem mesmo a celebração do Ano Santo de 1975 modificou sua situação perante Jeová Deus Ela precisa ser reduzida ao estado vazio e ermo semelhante ao predito para o antigo Edom. — Isaías 34:11-13; veja Revelação 18:2, 8.
29. (a) Como se identificou o judaísmo com Babilônia a Grande? (b) Sai alguém do judaísmo, a fim de evitar a sorte dele?
29 Com respeito ao judaísmo, tem tomado sua posição ao lado de Babilônia, a Grande. O Estado de Israel, como um dos 144 membros judaicos, árabes, muçulmanos, hindus, budistas, pretensos “cristãos” e comunistas das Nações Unidas, tem estado sob a cavaleira daquela Oitava Potência Mundial, a saber, Babilônia, a Grande. (Revelação 17:3-6) No primeiro século de nossa Era Comum, o fariseu judeu chamado Saulo de Tarso saiu do judaísmo e tornou-se o apóstolo cristão chamado Paulo. (Gálatas 1:1, 13-17; Filipenses 3:3-6) Dessemelhante deste Saulo de Tarso, a vasta maioria dos judeus naturais e circuncisos têm-se apegado ao judaísmo tradicional.
30. O que aguarda tanto a cristandade como o judaísmo, e como é isso indicado pelos acontecimentos do primeiro século?
30 No ano 70 E. C., seu baluarte do judaísmo, Jerusalém, foi destruído pelos romanos pagãos, assim como Jesus Cristo predissera. (Mateus 24:1-3, 15-22; Lucas 21:20-24) Esta destruição de Jerusalém e de seu templo, e a desolação da terra de Judá pelos romanos, tornou-se tipo profético da destruição e desolação da cristandade, agora iminentes, na “grande tribulação” à frente. Visto que o judaísmo se apega à atitude que adotou no primeiro século E. C. e que lhe trouxe o desastre em 70 E. C., sofrerá a mesma sorte de seu antítipo, a cristandade.
31. Que povo se destaca como separado e distinto da cristandade e do judaísmo, e que condições usufrui mesmo já agora?
31 Portanto, está chegando o tempo em que Babilônia, a Grande, não mais existirá! Isto significa que virá o tempo em que nem a cristandade nem o judaísmo existirão! Mas, que dizer dos proclamadores do reino messiânico estabelecido de Deus, a saber, as testemunhas cristãs de Jeová? Que dizer do paraíso espiritual que agora habitam? As Escrituras proféticas, inspiradas, revelam-lhes o que podem esperar. — Amós 3:7; Revelação 1:1-3.
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Quando a velha ordem do homem der lugar à nova ordem de DeusEstá Próxima a Salvação do Homem da Aflição Mundial!
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Capítulo 14
Quando a velha ordem do homem der lugar à nova ordem de Deus
1, 2. (a) Por meio de que instrumento será destruída Babilônia, a Grande? (b) O que diz Revelação 17:17 sobre os “dez chifres” daquela “fera” cor de escarlate?
QUANDO a “grande meretriz”, Babilônia, a Grande, for destruída na iminente “grande tribulação”, cessará uma parte antiga da velha ordem do homem. Esse império mundial, babilônico, da religião falsa será destruído pelos seus ex-amantes. Quer dizer, sua destruição virá por intermédio dos “dez chifres” simbólicos nas “sete cabeças” da “fera” cor de escarlate, a saber, a organização internacional de paz e segurança mundiais. Esta organização do após-guerra foi formada no ano de 1919 E. C. e funcionou primeiro sob o nome de Liga das Nações.
2 Sobre os “dez chifres”, que dão à “fera” simbólica um aspecto terrível, Revelação 17:17 diz: “Porque Deus pôs nos seus corações executarem o pensamento dele, sim, executarem um só pensamento deles por darem o seu reino à fera, até que se tenham efetuado as palavras de Deus.”
3. (a) O que é simbolizado pelos “dez chifres”? (b) O que diz Revelação 17:17 a respeito da relação que existiria entre os estados políticos?
3 Pela conferência de paz de 1919 foram criados novos estados políticos. Assim houve mais “chifres” simbólicos depois da Primeira Guerra Mundial do que logo antes dela. Surgiu então uma questão urgente, a saber: Qual era a relação entre todos os estados políticos do mundo? (Todos eles foram simbolizados pelos “dez chifres”, visto que o número dez é usado na Bíblia para significar totalidade, um número completo.) Sobre esta questão: “Deus pôs nos seus corações executarem o pensamento dele.” Como podia ser assim?
4. Quanto ao governo, o que aconteceu no ano de 1914?
4 Ora, durante décadas, o restante obediente dos israelitas espirituais havia proclamado o fim dos tempos dos gentios no ano de 1914. Naquela data expirou a permissão de Deus, de que as nações gentias exercessem o domínio mundial sem interferência por parte de Seu reino messiânico. Ele indicou tal fim de sua permissão por estabelecer nos céus o reino messiânico, nas mãos do Herdeiro permanente do Rei Davi, Jesus Cristo. Nunca mais havia de ser pisado o reino messiânico da linhagem real de Davi, assim como havia sido pisado 2.520 anos antes, em 607 A. E. C. — Lucas 21:24.
5. Que aviso foi dado às potências políticas da terra sobre a chegada do tempo de elas entregarem seu poder governante ao reinante Messias de Deus?
5 Para os do restante ungido dos israelitas espirituais, a fúria da Primeira Guerra Mundial em 1914, com escassez de víveres e pestilências acompanhantes, foi a confirmação de que o reino messiânico de Deus havia sido estabelecido plenamente, dado à luz plenamente nos céus, no fim dos Tempos dos Gentios naquele ano. Por isso passaram a pregar as boas novas do reino estabelecido de Deus até que as condições de guerra e a perseguição feroz praticamente os paralisaram. Esta pregação do Reino foi um aviso para todas as potências políticas, gentias, da terra, os “dez chifres” simbólicos. Avisou-as de que havia expirado a autorização de Deus, de que governassem o mundo ininterruptamente. Havia chegado o tempo de reconhecerem a soberania universal dele e entregarem seu poder governante ao Messias de Deus, entronizado nos céus.
6. Como já expressara Deus “o pensamento dele” quanto a que fariam as nações gentias, e qual era esse pensamento?
6 No entanto, Deus imaginara e predissera que os “dez chifres” simbólicos não fariam isso. Por exemplo, o Salmo Dois expressou seu pensamento sobre isso, de que os reis gentios da terra e os dignitários se aglomerariam em oposição a Ele e seu rei empossado. (Veja Atos 4:24-30.) Já em Daniel 2:44 ele predissera a destruição de todos eles como opositores imutáveis de sua soberania universal. Seu pensamento então era que as nações gentias, representadas pelos “dez chifres”, adotassem definitivamente certo proceder, que o justificaria perante toda a criação para destruir tais nações. Seu pensamento era que elas agissem unidamente como grupo consolidado de nações, para que as destruísse todas juntas ao mesmo tempo. E foi o que fizeram. Assim podemos ver como Deus, pelo seu próprio proceder, põe no coração dos “dez chifres” simbólicos executarem o pensamento dele.
7. (a) Como foi que os “dez chifres” ‘deram o seu reino à fera’? (b) Qual é a “uma hora” durante a qual hão de ter autoridade junto com a fera?
7 Em prova disso, Revelação 17:17 prossegue: “Sim, executarem um só pensamento deles por darem o seu reino à fera.” Assim, não entregaram seu reino ao reino messiânico de Deus, proclamado pelo restante do Israel espiritual. Em vez disso, entregaram-no à “fera” simbólica, à organização de paz e segurança mundiais, feita pelo homem, naquele tempo chamada Liga das Nações. Com o passar do tempo, cada vez mais nações ingressaram na Liga, entregando-lhe assim seu “reino”. Assim se cumpriu que “recebem autoridade como reis por uma hora, junto com a fera”. Têm só um pensamento, e assim “dão o seu poder e autoridade à fera”. (Revelação 17:12, 13) Visto que “recebem autoridade como reis por uma hora, junto com a fera”, a existência da “fera” simbólica é relativamente curta, como que “uma hora”. Até agora, a organização da “fera” tem existido apenas uns cinqüenta e seis anos menos tempo do que o da Potência Mundial Neo-babilônica (607-539 A. E. C.).
8. Conforme predito, que tarefa precisam realizar os “dez chifres” como agentes de Jeová Deus?
8 Os “dez chifres” simbólicos, as nações-membros da organização de paz e segurança mundiais, têm uma tarefa a realizar, como agentes de Jeová Deus. Qual é? É a de destruir o império mundial da religião falsa, simbolizado por Babilônia, a Grande. O anjo de Deus disse ao apóstolo João: “Os dez chifres que viste, e a fera, estes odiarão a meretriz e a farão devastada e nua, e comerão as suas carnes e a queimarão completamente no fogo.” — Rev. 17:16.
9. O que significará isso, em termos práticos?
9 Isto significará a dissolução dos casamentos entre Religião e Estado, Igreja e Estado, que tiverem existido até então. As igrejas nacionais ou estatais que ainda existirem serão dissolvidas. A isenção de impostos para organizações religiosas será descontinuada. Até mesmo as sociedades bíblicas, publicadoras e distribuidoras, da cristandade, serão suprimidas. Acabará a obra missionária das igrejas da cristandade. Os capelães nos exércitos e nos congressos serão dispensados. A celebração de Páscoa, Natal e Iom Quipur (Dia da Expiação) e da páscoa judaica será descontinuada. A enorme riqueza material das instituições religiosas, que talvez sobre depois de saqueadores terem levado à força o que queriam, será desapropriada pelos governos políticos, nos seus grandes apuros financeiros. Usar alguém, homem ou mulher, vestimenta religiosa distintiva, identificando-o como membro duma organização religiosa da cristandade, expo-lo-á a ser atacado e preso como hostil ou ameaça para o Estado. Espantoso como isto talvez ainda pareça a muitos, a cristandade terá desaparecido — para sempre!
10-12. (a) É apenas a cristandade que será destruída? (b) Em Isaías 2:10-22, que efeitos sobre os homens são preditos em resultado do dia de julgamento de Jeová?
10 Visto que este será o caso da cristandade, a parte mais poderosa de Babilônia, a Grande, o que se poderá esperar no caso de todas as outras organizações religiosas há muito existentes e profundamente arraigadas, fora da cristandade? Toda a Babilônia, a Grande, terá de desaparecer de cima da terra! Este será o dia predito de julgamento por parte de Jeová Deus, o Todo-poderoso, sobre o qual lemos:
11 “Entra na rocha e encobre-te no pó por causa do pavor de Jeová e diante da sua esplêndida superioridade. Os olhos soberbos do homem terreno terão de ficar rebaixados e o enaltecimento dos homens terá de encurvar-se; e somente Jeová terá de ser sublimado naquele dia. Porque é o dia pertencente a Jeová dos exércitos. Vem sobre todo o altivo e altaneiro, e sobre todo o elevado ou rebaixado; . . .
12 “E os próprios deuses que nada valem passarão inteiramente. E as pessoas entrarão nas cavernas das rochas e nas cavidades do pó por causa do pavor de Jeová e diante da sua esplêndida superioridade, quando ele se levantar para fazer a terra sofrer tremores. Naquele dia, o homem terreno lançará diante dos musaranhos e dos morcegos os seus deuses de prata que nada valem e os seus deuses de ouro que nada valem, que fizeram para ele se curvar diante deles, a fim de entrar nas grutas das rochas e nas fendas dos rochedos, por causa do pavor de Jeová e diante da sua esplêndida superioridade, quando ele se levantar para fazer a terra sofrer tremores. Por vossa própria causa, deixai o homem terreno, cujo fôlego está nas suas narinas, pois em que base deve ele mesmo ser tomado em consideração?” — Isaías 2:10-22; veja Revelação 6:15-17.
13. (a) Conforme indicado naquela profecia, como tratarão naquela ocasião as coisas relacionadas com religião? (b) Onde é que os homens de mentalidade mundana procurarão refúgio e em que linguagem foi predito por Isaías?
13 O que farão os homens de mentalidade mundana naquele dia de julgamento de Jeová contra a velha ordem do homem? Confrontados com as condições globais deteriorantes, perderão a fé nas coisas religiosas e desviar-se-ão delas, rejeitando-as como inúteis e sem valor. Considerarão como inúteis os religiosos profissionais, que não são nada mais do que homens dependentes do ar que inspiram através das narinas. Desiludidos, então, com tais, os homens se voltarão exclusivamente para coisas materialistas. Abandonando toda espécie mundana de religião, procurarão refúgio, proteção e preservação nas organizações não-espirituais, terrenas, de que esperam que os protejam quais montes ou rochedos. Não mais confiarão em homens religiosos, que antes consideraram como deuses, como tendo relações com o domínio espiritual sobre-humano. Uma das organizações montanhescas na qual se refugiarão são as Nações Unidas, a ‘oitava’ potência mundial, porque essa “fera” simbólica com seus “dez chifres” destruirá Babilônia, a Grande.
14. O julgamento de quem é expresso na destruição de Babilônia, a Grande, e como serve isso em vindicação dele?
14 Embora a devastação, o despojamento, o consumo e a queima de Babilônia, a Grande, sejam obra direta dos “dez chifres” simbólicos da “fera” cor de escarlate, não obstante é a execução do julgamento da parte de Jeová Deus. Em harmonia com este conceito dos assuntos, está escrito em Revelação 18:8 a respeito do império mundial da religião falsa: “É por isso que as pragas dela virão num só dia, morte, e pranto, e fome, e ela será completamente queimada em fogo, porque Jeová Deus, quem a julga, é forte.” De modo que cabe a Jeová Deus, o Todo-poderoso, o mérito pela libertação da humanidade do reino da “grande meretriz” religiosa, Babilônia, a Grande. Será em vindicação dele, como não sendo o Autor do império mundial da religião babilônica, falsa, nem mesmo da cristandade.
ALEGRIA COM A DESTRUIÇÃO DE BABILÔNIA, A GRANDE
15-19. Entre quem haverá regozijo quando Babilônia, a Grande, for destruída, e o que escreveu o apóstolo João sobre isso?
15 Ao passo que uma das pragas que virá sobre Babilônia, a Grande, das mãos de Deus é o “pranto”, os do lado de Jeová Deus e de sua forma pura de adoração terão grande alegria. O inspirado apóstolo João descreve esta alegria por parte dos adoradores de Jeová. Depois de ver um quadro profético de como “Babilônia, a grande cidade, será lançada para baixo, e ela nunca mais será achada”, o apóstolo João escreve:
16 “Depois destas coisas ouvi o que era como a voz alta duma grande multidão no céu. Disseram: ‘Louvai a Já [Aleluia, em grego]! A salvação, e a glória, e o poder pertencem ao nosso Deus, porque os seus julgamentos são verdadeiros e justos. Pois ele executou o julgamento na grande meretriz que corrompia a terra com a sua fornicação, e das mãos dela vingou o sangue dos seus escravos.’ E disseram imediatamente, pela segunda vez: ‘Louvai a Já [Aleluia]! E a fumaça dela está ascendendo para todo o sempre.’
17 “E [os] vinte e quatro [anciãos] e as quatro criaturas viventes prostraram-se e adoraram a Deus sentado no trono, dizendo: ‘Amém! Louvai a Já [Aleluia]!’
18 “Saiu também uma voz do trono, dizendo: ‘Dai louvores ao nosso Deus, todos vós os seus escravos, os que o temeis, os pequenos e os grandes.’
19 “E ouvi o que era como a voz duma grande multidão, e como o som de muitas águas, e como o som de fortes trovões. Disseram: ‘Louvai a Já [Aleluia!], porque Jeová, nosso Deus, o Todo-poderoso, tem começado a reinar.’” — Revelação 19:1-6; 18:21-24.
20. Onde se dá esse louvor a Jeová, mas quem mais participa?
20 Todo esse louvor dado a Jeová, por ele ter executado na “grande meretriz” os julgamentos preditos, evidentemente é representado como ocorrendo no céu, entre os santos anjos. No entanto, a voz ouvida desde o trono celestial, depois do terceiro aleluia, disse: “Dai louvores ao nosso Deus, todos vós os seus escravos, os que o temeis, os pequenos e os grandes.” Esta ordem procedente do trono abrange os “escravos” de Já Jeová que ainda permanecem na terra após a destruição da “grande meretriz”, Babilônia, a Grande. Esses “escravos” são os que obedeceram à anterior ordem divina do céu: “Saí dela, povo meu, se não quiserdes compartilhar com ela nos seus pecados e se não quiserdes receber parte das suas pragas. Pois os pecados dela acumularam-se até o céu, e Deus se lembrou dos atos injustos dela. Fazei-lhe assim como ela mesma fez, e fazei-lhe duas vezes tanto, sim, duas vezes o número de coisas que ela fez; no copo em que ela pôs a mistura, ponde duas vezes tanto da mistura para ela. Ao ponto que ela se glorificou e viveu em impudente luxúria, a tal ponto dai-lhe tormento e pranto.” — Revelação 18:4-7.
21. Quem são aqueles que desde 1919 E. C. saíram de Babilônia, a Grande, e, assim, que boa perspectiva têm?
21 As testemunhas cristãs de Jeová, tanto os do restante dos israelitas espirituais como os da “grande multidão” de companheiros semelhantes a ovelhas, são os que desde 1919 E. C. saíram de Babilônia, a Grande, a fim de mostrarem ser o “povo” de Jeová. Não quiseram “compartilhar com ela nos seus pecados” e não quiseram “receber parte das suas pragas”. Por conseguinte, não compartilharão com Babilônia, a Grande, de suas pragas de “morte, e pranto, e fome”, nem de serem ‘completamente queimados em fogo’. (Revelação 18:8) De modo que estas testemunhas cristãs, obedientes, de Jeová, sobreviverão à destruição do babilônico império mundial da religião falsa. Serão testemunhas de tal destruição. E visto que as hostes celestiais, inclusive os simbolizados pelos “vinte e quatro anciãos”, louvarão a Já Jeová por ter executado a vingança divina naquela “velha meretriz”, estas Suas testemunhas cristãs sobreviventes, na terra, estarão justificadas em se alegrarem e bradarem “Aleluia!”. Mas, o que acontecerá então?
A BATALHA DOS “DEZ CHIFRES” E DA “FERA” CONTRA O CORDEIRO
22. (a) Depois da destruição de Babilônia, a Grande, que confronto ocorrerá? (b) Com que se confrontarão realmente as testemunhas cristãs de Jeová naquele tempo?
22 Então virá um confronto entre os que sobrarem na terra. A fera cor de escarlate, de sete cabeças e dez chifres, bem como os habitantes da terra que ainda encaram a fera “com admiração”, estarão dum lado da controvérsia. As testemunhas cristãs, sobreviventes, de Jeová estarão do outro lado. Visto que a fera cor de escarlate é apenas uma “imagem” da fera de sete cabeças e dez chifres que ascendeu do mar e que é adorada pelas pessoas que acham que ninguém “pode batalhar contra ela”, significa que as testemunhas cristãs de Jeová se confrontarão realmente com esta “fera” simbólica da qual se fez uma imagem. Esta fera que subiu do mar simboliza o sistema político mundial de governo humano, ao qual Satanás, o Diabo, deu “seu poder e seu trono, e grande autoridade”. (Revelação 13:1-8) Este sistema político global tem 144 nações que a representam nas atuais Nações Unidas, organização internacional que agora é a “imagem” da fera que ascendeu do “mar” da humanidade. É com isso que as Testemunhas de Jeová terão de confrontar-se então!
23. (a) O que é a “fera” de dois chifres que ‘fala como dragão’, conforme predito em Revelação 13:11-13? (b) As Nações Unidas são mencionadas como sendo uma “imagem” de que “fera”, e quem propôs a constituição desta “imagem” política?
23 Entre aqueles grupos nacionais que têm membros na “imagem” da fera estão o anterior Império Britânico (que desde 1931 E. C. foi reorganizado qual Comunidade Britânica de Nações) e os Estados Unidos da América do Norte. Estes dois grupos de língua inglesa têm agido juntos em crises mundiais, de modo que os dois constituem uma potência mundial dupla, a potência mundial anglo-americana, a Sétima Potência Mundial da profecia bíblica. De modo geral, esta Sétima Potência Mundial tem cooperado com a fera simbólica e tem agido como porta-voz ou profeta do sistema político, mundial, animalesco. Por este motivo, é retratado em Revelação 13:11-13 como fera com boca de dragão, que ascende da “terra” e que tem dois chifres semelhantes aos dum cordeiro. Bem apropriadamente, esta potência mundial dupla ou de dois chifres é hoje membro das Nações Unidas, porque foi esta potência mundial anglo-americana que propôs e realizou a constituição duma “imagem” política da “fera” que ascendeu do “mar”. — Revelação 13:14, 15.
24. (a) Segundo os fatos da história, como se deu a formação da Liga das Nações e das Nações Unidas? (b) Na realidade, as Nações Unidas são expressão de que, por parte dos políticos do mundo?
24 Durante os paroxismos da Primeira Guerra Mundial, o então primeiro-ministro britânico Lloyd George pensou na formação duma Liga das Nações do após-guerra, como impedimento para outra guerra mundial. O presidente dos Estados Unidos, do tempo da guerra, T. W. Wilson, trabalhou arduamente para instituir a Liga. De modo similar, nos meses finais da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos, como o outro membro da “fera” de dois chifres, promoveu a formação duma sucessora da então defunta Liga das Nações. Em outubro de 1945, esta organização revisada de paz e segurança mundiais emergiu como Nações Unidas. Na realidade, era a mesma velha “imagem” da “fera” política, mas com um novo nome. Foi proposta e instituída por políticos mundanos em desafio ao reino messiânico de Deus, que as testemunhas cristãs de Jeová haviam proclamado e recomendado desde o fim dos Tempos dos Gentios, em 1914.
25. (a) Assim, segundo o verdadeiro significado de Revelação, capítulo 17, com que se terão de confrontar as Testemunhas de Jeová depois de Babilônia, a Grande, ter sido destruída? (b) Que governo é representado por estas Testemunhas?
25 À luz do precedente, quando Revelação, capítulo dezessete, fala sobre a “fera” cor de escarlate, de sete cabeças e dez chifres, devemos pensar no poder real atrás desta “imagem” simbólica, a saber, o sistema político mundial de governo, simbolizado pela fera que ascendeu do mar. A fera de dois chifres que ascendeu da terra, a saber, a Potência Mundial Dupla Anglo-Americana, é o setor dominante do sistema político maior representado pela fera do mar. Por conseguinte, depois de as nações que são membros da “imagem” simbólica terem destruído a religiosa Babilônia, a Grande, as testemunhas cristãs de Jeová ficarão confrontadas com o sistema mundial irreligioso de governo político. Ainda estarão firmes a favor do reino messiânico de Deus, como único governo legítimo do mundo da humanidade. Representam a este governo celestial. De fato, os do restante ungido dos israelitas espirituais são “embaixadores” do governo messiânico. — 2 Coríntios 5:20; Efésios 6:20.
26. (a) Qual será a única “espécie de religião” que restará depois da destruição de Babilônia, a Grande? (b) Como afeta essa religião a atitude da pessoa para com o envolvimento nos assuntos políticos do mundo, e por quê?
26 Com a destruição da religiosa Babilônia, a Grande, encerra-se a primeira parte da “grande tribulação”, predita por Jesus Cristo. (Mateus 24:21, 22; veja também Daniel 12:1) Então terá sido atingido o ponto crítico do tempo na terra! As testemunhas cristãs, sobreviventes, de Jeová, destacar-se-ão como os únicos adoradores do único Deus vivente e verdadeiro, o Criador do céu e da terra. Sua forma de adoração será a única “religião” que os então radicais governos políticos não puderam eliminar; e será assim, porque esta é “a espécie de religião que é sem mácula ou falta à vista de Deus, nosso Pai”. (Tiago 1:27, The New English Bible) As nações ímpias sentir-se-ão dessatisfeitas consigo mesmas até que esta “espécie de religião” seja eliminada da terra. É esta “espécie de religião” que tem impedido que as testemunhas cristãs, sobreviventes, de Jeová, fossem amalgamadas com o novo arranjo político, impedindo que se tornassem “parte do mundo”. (João 15:19; 17:14, 16) Mantêm-se firmes, em primeiro e último lugar, e para todo o sempre, a favor da soberania universal do Deus Altíssimo e Todo-poderoso, Jeová.
27. (a) Que questão exigirá então a solução? (b) Como mostrarão as nações que estão unidas na sua oposição ao reino messiânico de Jeová?
27 A questão acesa: Quem governará a terra sem rivalidade? atinge então o ponto culminante. As nações irreligiosas estarão decididas a que o reino messiânico de Deus não assuma o controle de toda a terra, que reivindicam como território delas. Unidamente, como que pelo instrumento da organização das Nações Unidas, mostrarão sua oposição resoluta ao reino messiânico do Soberano Senhor Jeová, nas mãos de seu Cordeiro, Jesus Cristo. O fim dos “tempos dos gentios” em 1914 não significa nada para elas. Recusam-se a sair, recusam-se a entregar suas soberanias nacionais ao empossado Rei messiânico de Deus, o Cordeiro. Nunca desistirão sem luta, e as nações nucleares acharão que estão no auge de sua força de combate para tal luta derradeira. Portanto, para a luta decisiva!
28. Explique a descrição destes assuntos conforme encontrada em Revelação 17:12-14.
28 Revelação 17:12-14 diz a respeito desta guerra dos séculos: “Os dez chifres que viste significam dez reis [todas as potências políticas, terrestres], os quais ainda não receberam [nos dias do apóstolo João] um reino [por serem membros da Liga das Nações-Nações Unidas], mas eles recebem autoridade como reis por uma hora, junto com a fera. Estes têm um só pensamento, e assim, dão o seu poder e autoridade à fera [a organização mundial de paz e segurança]. Estes batalharão contra o Cordeiro, mas, porque ele é Senhor dos senhores e Rei dos reis, o Cordeiro os vencerá. Também o farão com ele os chamados, e escolhidos, e fiéis.”
29. Poderão os governantes políticos ver o Cordeiro Jesus Cristo, a fim de lutar contra ele diretamente, e como é isto mostrado pelo apóstolo Paulo?
29 O apóstolo Paulo descreve este uma vez sacrificado Cordeiro de Deus no seu atual estado glorificado, ao escrever ao seu companheiro missionário Timóteo e dizer: “À vista de Deus, que preserva vivas todas as coisas, e de Cristo Jesus, que, como testemunha, fez a excelente declaração pública perante Pôncio Pilatos [governador romano da Judéia], dou-te ordens para que observes o mandamento dum modo impecável e irrepreensível, até a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo. Esta manifestação, o feliz e único Potentado mostrará nos seus próprios tempos designados, ele, o Rei dos que reinam e Senhor dos que dominam, o único [dentre todos estes senhores e reis] que tem imortalidade, que mora em luz inacessível, a quem nenhum dos homens tem visto [no seu glorificado estado imortal] nem pode ver.” (1 Timóteo 6:13-16) Por isso, os “dez chifres” simbólicos da “fera” das Nações Unidas não poderão ver o Cordeiro Jesus Cristo para lutar contra ele diretamente, por causa do domínio mundial.
30. Contra quem, então, dirigirão os “dez reis” seu ataque?
30 No entanto, a batalha que os “dez reis” travarão dirigir-se-á contra os que são representantes terrestres, visíveis, do Cordeiro real, Jesus Cristo. Serão as testemunhas cristãs de Jeová, incluindo o restante ungido dos israelitas espirituais e a “grande multidão” de proclamadores dedicados destas “boas novas do reino”. (Mateus 24:14) Estes, apesar da poluição mundial e da angústia das nações, ainda usufruirão o paraíso espiritual do favor, da proteção e da adoração pura de Deus, junto com todos os frutos do espírito Dele na sua vida.
31. Contra quem, na realidade, travarão as nações guerra ao atacarem os discípulos fiéis de Jesus?
31 Para seu encorajamento, o Cordeiro Jesus Cristo fez na sua profecia uma declaração sobre a “terminação do sistema de coisas”, no sentido de que tudo o que fosse feito a “um dos mínimos destes meus irmãos” espirituais seria como que feito diretamente a ele, o Rei. (Mateus 24:3; 25:40) Agora, quando já estamos na “terminação do sistema de coisas”, ainda se aplica esta regra. Portanto, ao travarem guerra contra os discípulos fiéis de Jesus Cristo, para exterminá-los, as nações travam guerra contra o glorificado Cordeiro de Deus. As testemunhas cristãs de Jeová reconhecerão assim que a guerra não é travada fundamentalmente contra elas, mas sim contra Deus e seu Cordeiro.
BATALHANDO SOB “GOGUE DA TERRA DE MAGOGUE”
32. (a) Que inimiga antiga dos verdadeiros adoradores estará faltando quando se travar a guerra final? (b) Não obstante, quem incita os “dez chifres” à luta?
32 Nesta guerra final contra o restante ungido dos israelitas espirituais e seus companheiros leais, que constituem uma “grande multidão” das “outras ovelhas” do Pastor Excelente, faltará um atacante anterior deles. Este é Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa. No passado, ela usava o “braço do Estado” como seu agente para travar guerra espiritual de modo violento contra os “santos” de Jeová, que seguem as pisadas de Jesus Cristo. O apóstolo João registrou seus antecedentes criminais nas Escrituras Sagradas, ao escrever: “Eu vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus.” (Revelação 17:6) Mas agora, por causa da destruição dela pelos “dez chifres”, não mais cavalga a “fera” cor de escarlate para influenciá-la de algum modo. Não obstante, há um poder invisível que incita os “dez chifres” à batalha contra o Cordeiro, representado pelos seus discípulos fiéis, sobreviventes, na terra. Este poder sobre-humano, invisível, é Satanás, o Diabo. — Revelação 13:1, 2.
33. (a) Que posição ocupará Satanás, o Diabo, ainda naquele tempo? (b) Como mostram as Escrituras que o Diabo é realmente o responsável pela guerra travada contra os adoradores de Jeová na terra?
33 A destruição da religiosa Babilônia, a Grande, não rebaixa Satanás, o Diabo, de ser aquilo que Jesus o chamou, “o governante deste mundo”, nem de ser o que o apóstolo Paulo o chamou, “o deus deste sistema de coisas”. (João 12:31; 14:30; 16:11; 2 Coríntios 4:4; Revelação 13:3, 4) Depois da destruição de Babilônia, a Grande, que promoveu a adoração do Diabo, sua ira contra os adoradores cristãos de Jeová na terra ficou mais acesa do que nunca. Intensificou a guerra que tem travado contra eles desde que foi expulso do céu, guerra que se relata profeticamente nas seguintes palavras: “O dragão ficou furioso com a mulher [a organização celestial de Deus, que deu à luz o reino messiânico] e foi travar guerra com os remanescentes da sua semente, que observam os mandamentos de Deus e têm a obra de dar testemunho de Jesus.” — Revelação 12:17.
34. Como mostra Revelação 16:12-16 que o Diabo e seu sistema político são os promotores da guerra contra Deus, no Har-Magedon?
34 Portanto, chegou o tempo para o irrompimento da “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, naquele estágio dos desenvolvimentos mundiais chamado Har-Magedon. Que Satanás empurra as nações mundanas para aquela guerra final é indicado em Revelação 16:12-16, onde o apóstolo João escreve: “Eu vi três impuras expressões inspiradas, semelhantes a rãs, sair da boca do dragão [Satanás, o Diabo], e da boca da fera, e da boca do falso profeta [os que propuseram e promoveram a constituição duma ‘imagem’ política da fera]. São, de fato, expressões inspiradas por demônios e realizam sinais, e vão aos reis de toda a terra habitada, a fim de ajuntá-los para a guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso. . . . E ajuntaram-nos ao lugar que em hebraico se chama Har-Magedon.” De modo que o sistema político mundial e a Potência Mundial Anglo-Americana cooperam com o Dragão em promover uma guerra total contra Deus, no Har-Magedon.
35. (a) Que profecia descreve o papel desempenhado pelo Diabo nos desenvolvimentos após a destruição de Babilônia, a Grande? (b) Quem é ali mencionado como sendo “Gogue”, e o que é a “terra de Magogue”?
35 O papel desempenhado pelo expulso Diabo, depois da destruição de Babilônia, a Grande, em reunir o que resta de sua organização terrestre, visível, para batalhar contra o Cordeiro de Deus é vividamente retratado na profecia de Ezequiel 38:1 a 39:16. Naquela profecia, o expulso Satanás, o Diabo, na vizinhança da terra, é chamado de “Gogue da terra de Magogue”. Esta terra é retratada como estando no longínquo norte, nas “partes mais remotas do norte”, e retrata a condição rebaixada, longe do favor de Deus, na vizinhança de nossa terra, à qual Satanás, o Diabo, e seus demônios foram restritos por um curto período de tempo antes de serem lançados num abismo de completa inatividade. (Ezequiel 38:6, 15; 39:2; Revelação 20:1-3) Satanás, o Diabo, como simbólico Gogue da terra de Magogue, é retratado como ajuntando uma grande força militar de tropas do norte, do sul, da Pérsia, ao leste de onde antigamente estava Babilônia, sobre o rio Eufrates.
36, 37. (a) Quando ocorre o ataque de Gogue? (b) Qual é a “terra” contra que Gogue dirige seu ataque, conforme mencionado em Ezequiel 38:8, 9?
36 O tempo do ataque de Satanás, o Diabo, como Gogue da terra de Magogue, é cronometrado por Jeová Deus e deve ocorrer “na parte final dos anos”, “na parte final dos dias”. (Ezequiel 38:8, 16) Isto significa um tempo perto do fim da organização visível do Diabo na terra. Portanto, situa seu ataque como vindo num tempo considerável depois do restabelecimento do restante arrependido do Israel espiritual no seu legítimo domínio espiritual no favor de Jeová. Isto significa anos depois de 1919 E. C., quando os do restante dos israelitas espirituais foram libertos, pelo poder de Deus, da servidão à Babilônia, a Grande, e foram restabelecidos no seu livre serviço do Reino. Ele não se refere à República de Israel no Oriente Médio, mas ao domínio espiritual restabelecido do “Israel de Deus”, cristão, quando diz a Satanás, o Diabo, aliás, Gogue da terra de Magogue:
37 “Depois de muitos dias se fixará atenção em ti. Na parte final dos anos virás à terra daqueles que foram recuperados da espada, reunidos dentre muitos povos, aos montes de Israel, que mostraram ser um lugar perenemente devastado; sim, uma terra tirada dos povos, em que todos eles moravam em segurança. E forçosamente subirás. Entrarás como tempestade. Tornar-te-ás como nuvens para cobrir a terra, tu e todas as tuas tropas, e muitos povos contigo.” — Ezequiel 38:8, 9.
38, 39. (a) Por que motivos se dará esse ataque contra o restante dos israelitas espirituais? (b) Como se descreve a condição espiritual do povo de Deus, em Ezequiel 38:10, 11?
38 Qual será a razão desse ataque final contra o restante restabelecido dos israelitas espirituais? Será porque o próspero domínio espiritual deles na terra, sob a bênção divina, é testemunho mundial da soberania universal de Jeová Deus. A isso se acrescenta que se apresentaram denodadamente como não fazendo parte deste mundo e como mantendo absoluta neutralidade cristã para com as dissensões mundiais, não confiando em armas mortíferas de guerra para defesa e proteção. Também, usufruem a adoração e o serviço ativo de Jeová num paraíso espiritual. É por isso que se colocam na boca de Gogue as seguintes palavras:
39 “Subirei contra a terra campestre. Chegarei aos que têm sossego, morando em segurança, todos eles habitando sem muralha, e eles não têm nem mesmo tranca e portas.” — Ezequiel 38:10, 11.
40. Que evidência adicional contêm os versículos seguintes na profecia, mostrando que os adoradores de Jeová, na terra, usufruirão então um paraíso espiritual?
40 Confirmando o paraíso espiritual de seus adoradores restabelecidos, Jeová diz a Gogue da terra de Magogue: “Será para ganhar muito despojo e fazer grande saque, a fim de fazer a tua mão voltar aos lugares devastados, novamente habitados, e a um povo reunido dentre as nações, que está acumulando riqueza e bens, morando no meio da terra.” É por isso que observadores mundanos perguntam ao invasor Gogue da terra de Magogue: “É para ganhar muito despojo que estás entrando? É para fazer grande saque que congregaste a tua congregação, para carregar com prata e ouro, para tomar riqueza e bens, para ganhar um grandíssimo despojo?” — Ezequiel 38:12, 13.
41. Por que não é este ataque internacional provocado pela riqueza material dos habitantes do paraíso espiritual?
41 O restante restabelecido dos israelitas espirituais e a “grande multidão” de co-habitantes do paraíso espiritual não possuem riqueza material que se compare com a enorme riqueza material e bens que Babilônia, a Grande, acumulou durante os séculos. Seguiram o conselho de Jesus Cristo e buscaram primeiro o reino de Deus e Sua justiça, em vez de bens materiais deste mundo materialista. (Mateus 6:33) Portanto, o que teriam em matéria de bens terrenos que induziria tal ataque internacional por forças militares, sob o comando invisível do hodierno Gogue da terra de Magogue?
42. (a) O que representa realmente o paraíso espiritual das testemunhas cristãs de Jeová, e de que modo? (b) O que estão determinadas a fazer sobre isso as nações do mundo?
42 Não é riqueza material, mas sim o representado pelo paraíso espiritual das testemunhas cristãs de Jeová que é a coisa valiosa induzindo a uma invasão mundial por parte da organização terrestre, visível, de Satanás, o Diabo, depois de Babilônia, a Grande, ter sido reduzida a cinzas. O paraíso espiritual deles, que Jeová Deus plantou na terra, representa a reivindicação, por Deus, da soberania sobre toda a terra. Mas as nações do mundo reivindicam para si a soberania sobre a terra, sendo que cada nação-membro das Nações Unidas ainda continua a insistir na sua própria soberania nacional. Os habitantes do paraíso espiritual formam o alicerce duma “nova terra”, duma nova sociedade terrestre; por isso, as nações mundanas, sob o hodierno Gogue de Magogue, querem despojar este alicerce duma “nova terra” e assim manter a velha sociedade terrestre funcionando em seu próprio benefício egoísta, independente do Soberano Senhor Jeová. Conseguir isso significa mais do que prata e ouro, bens materiais e propriedades, para as nações autônomas.
43. (a) É de se esperar que a invasão das hordas de Gogue tenha que efeito sobre as sociedades de personalidade jurídica usadas pelas Testemunhas de Jeová e sobre as propriedades que têm? (b) Significa isso que as testemunhas cristãs de Jeová deixarão de existir?
43 O que significará a entrada das hordas de Gogue no “solo de Israel” após a destruição de Babilônia, a Grande, para as testemunhas cristãs de Jeová, apenas os desenvolvimentos na terra, naquele tempo, dirão eloqüentemente. Não deverá surpreender se as noventa e seis filiais da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia forem fechadas e até mesmo as propriedades delas desapropriadas por governos anti-religiosos. Só o futuro revelará o que acontecerá com os milhares de Salões do Reino construídos pelas testemunhas cristãs de Jeová em todo o globo, nos quais se reúnem para edificação espiritual. Governos estatais ou nacionais aprovam estatutos e registram as diversas sociedades que as Testemunhas de Jeová usam como pessoas jurídicas para fazer a impressão e distribuição de Bíblias e literatura bíblica, e dificilmente se poderia esperar que então reconheçam ou autorizem tais sociedades. Naturalmente, governos políticos antagônicos não poderão dissolver mundialmente as testemunhas cristãs de Jeová, porque estas não são formadas em sociedades sob leis humanas do “César” de qualquer país.
44. Por que serão os governos políticos incapazes de dissolver o “escravo fiel e discreto” e seu corpo governante?
44 Tampouco poderão governos nacionais e estaduais, sob a liderança do hodierno Gogue de Magogue dissolver o “escravo fiel e discreto”, a quem o Rei reinante Jesus Cristo achou fidedigno e designou “sobre todos os seus bens” na terra. Não poderão fazer isso, porque este “escravo” coletivo nunca foi estatuído sob as leis de algum governo político do mundo. (Mateus 24:45-47; Lucas 12:42-44) Esta classe do “escravo” tem existido desde o primeiro século E. C., quando o Amo real, Jesus Cristo, a organizou, e ela tem continuado ativa no serviço dele até o tempo atual, sendo responsável perante ele e não perante César ou Gogue da terra de Magogue. Isto se aplica também ao corpo governante, bíblico, da classe ungida do “escravo fiel e discreto”. Os governos políticos da “fera” simbólica podem dissolver a corporação da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia e sua diretoria, bem como outras sociedades legais das testemunhas cristãs de Jeová em diversos países, mas não podem dissolver nem revogar a designação teocrática do corpo governante, que representa a classe do “escravo fiel e discreto”.
45. Será algo de novo para as testemunhas cristãs de Jeová realizarem sua atividade às ocultas?
45 Não será experiência nova para as testemunhas cristãs de Jeová passar para a atividade subterrânea no cumprimento de suas atividades espirituais. No primeiro século de nossa Era Comum, segundo a história secular, os cristãos fiéis reuniam-se nas catacumbas do Império Romano, durante a sua perseguição animalesca. Neste século vinte, as testemunhas cristãs de Jeová têm continuado com sua atividade de fazer discípulos apesar de proibições e proscrições, mantendo um bem sucedido sistema de atividade subterrânea.
46. (a) Mesmo quando forçados a passar para o subterrâneo, o que farão os do povo de Jeová, preocupados uns com os outros? (b) Resultará esse ataque de Gogue de Magogue na destruição do paraíso espiritual?
46 Já por décadas têm continuado sua adoração e seu serviço ao seu Deus atrás da chamada Cortina de Ferro, que oculta os países comunistas. Mesmo que se vejam obrigados, durante a invasão das hordas de Gogue de Magogue, a passar mundialmente para a atividade subterrânea, continuarão organizados. Tentarão manter as comunicações entre si. Em especial, orarão uns pelos outros quando fisicamente separados de co-adoradores de Jeová. Continuarão a alegrar-se no seu paraíso espiritual, porque sabem que a perseguição violenta às mãos de Gogue de Magogue não significa que perderam o favor, a aprovação e a bênção divinos. Suas qualidades espirituais brilharão mais do que antes, e não permitirão que sua vida espiritual seja apagada por homens que podem apenas matar o corpo, mas, depois disso, não podem fazer mais nada ao cristão fiel, que mantém a sua integridade a Jeová Deus. — Lucas 12:4; Mateus 10:28.
47. Como mostra a profecia dada por meio de Ezequiel que haverá uma invasão literal debaixo de Gogue de Magogue?
47 Quão profundamente Jeová Deus, o Todo-poderoso, permitirá que as hordas sob o hodierno Gogue de Magogue penetrem, as testemunhas atentas de Jeová têm de esperar para ver. Que haverá uma invasão é mostrado pela profecia dada por meio de Ezequiel. “‘E terá de acontecer naquele dia, no dia em que Gogue chegar ao solo de Israel’, é a pronunciação do [Soberano] Senhor Jeová, ‘que meu furor me subirá no nariz. E terei de falar no meu fervor, no fogo da minha fúria. Naquele dia seguramente ocorrerá um grande tremor no solo de Israel. E, por minha causa, forçosamente tremerão os peixes do mar, e as criaturas voadoras dos céus, e os animais selváticos do campo, e todas as coisas rastejantes que se arrastam sobre o solo, e todo o gênero humano na superfície do solo, e realmente serão derrubados os montes e terão de cair os caminhos escarpados, e até mesmo toda muralha cairá por terra’.” — Ezequiel 38:18-20.
48. Como reagirão as testemunhas cristãs de Jeová quando atacadas pelas forças armadas de Gogue de Magogue, e por quê?
48 Embora as testemunhas cristãs de Jeová sofram ataque violento por parte das “forças militares” de Gogue de Magogue, terão segurança espiritual, estando no amor de Jeová e sob a sua aprovação. “Morando em segurança”, segundo a profecia, “todos eles habitando sem marulha”, não tendo “nem mesmo tranca e portas”, tais adoradores do Soberano Senhor Jeová não erguerão a mão em ação violenta contra as fortemente armadas forças de Gogue de Magogue. Deixarão que seu Deus manifeste seu poder protetor sobre eles. Recordarão e depositarão fé nas palavras do profeta, proferidas sob a tensão duma invasão similar contra os adoradores de Jeová: “Não tenhais medo nem fiqueis aterrorizados por causa desta grande massa de gente; pois a batalha não é vossa, mas de Deus.” (2 Crônicas 20:15) Sua confiança no Deus Todo-poderoso não será mal aplicada. Ele fará disso a Sua batalha, porque a luta realmente não é contra eles, mas contra Ele, seu Deus. Ficará então realmente irado e estará plenamente justificado em expressar a sua ira.
49. (a) Qual é o “lugar” mencionado como Har-Magedon na Bíblia? (b) A quem usará Jeová, no seu tempo designado, para guerrear contra seus inimigos terrestres?
49 Terá então chegado o “grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, e o tempo para a “guerra” que assinalará aquele dia da vindicação da soberania universal de Jeová. Este “lugar” figurativo, o estágio explosivo das hostilidades entre Deus, o Todo-poderoso, e as forças de Gogue, chamado em hebraico de Har-Magedon, terá sido atingido. (Revelação 16:14, 16) Não serão as testemunhas cristãs de Jeová na terra, mas o próprio Jeová quem iniciará a batalha contra os inimigos terrestres, então em formação de batalha. Jeová dará o sinal ao seu Grande Marechal de Campo, o Rei Guerreiro Jesus Cristo. Agindo imediatamente ao receber o sinal, em nome de Jeová, ele e suas forças celestiais lançar-se-ão na batalha como que montados em cavalos de guerra. A guerra de importância universal que se seguirá e o que acontecerá às fileiras mundiais das forças militares sob o atual Gogue de Magogue são retratados para nós no último livro das Escrituras Sagradas, inspiradas.
A GUERRA NO “HAR-MAGEDON”
50. Num relato antecipado sobre a guerra no Har-Magedon, que descrição fornece o apóstolo João a respeito dos que lutarão do lado da justiça?
50 O campo de batalha é chamado simbolicamente de Har-Magedon. O tempo disso é após a destruição ardente de Babilônia, a Grande, pelos simbólicos “dez chifres . . . e a fera”. (Revelação 17:16 a 19:9) O apóstolo João, como se fosse correspondente de guerra para algum jornal ou revista noticiosa, fornece-nos um relato antecipado da guerra no “Har-Magedon”, escrevendo: “E eu vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. E o sentado nele chama-se Fiel e Verdadeiro, e ele julga e guerreia em justiça. Seus olhos são chama ardente e na sua cabeça há muitos diademas. Ele tem um nome escrito que ninguém conhece, exceto ele mesmo, e está vestido duma roupa exterior manchada de sangue, e o nome pelo qual é chamado é a Palavra de Deus. Seguiam-no os exércitos que havia no céu, montados em cavalos brancos, e eles se trajavam de linho fino, branco e puro. E da sua boca se estendia uma longa espada afiada, para que golpeasse com ela as nações, e ele as pastoreará com vara de ferro. Ele pisa também o lagar de vinho da ira do furor de Deus, o Todo-poderoso. E sobre a sua roupa exterior, sim, sobre sua coxa, ele tem um nome escrito: Rei dos reis e Senhor dos senhores.” — Revelação 19:11-16.
51. (a) Por que será naquele tempo preciso que as Testemunhas de Jeová, na terra, tenham muita fé? (b) O que é a “longa espada afiada” que se estende da boca do Rei dos reis?
51 Esses “exércitos que havia no céu”, sob o comando do Rei dos reis, não se tornarão visíveis para as nações aguerridas na terra. De modo que exigirá fé da parte das testemunhas inofensivas e desarmadas de Jeová na terra para crer que tais exércitos celestiais venham em socorro delas, na sua maior necessidade. Contudo, aqueles exércitos invisíveis farão sentir sua atividade na batalha em todas as nações sob a liderança de Gogue de Magogue, Satanás, o Diabo. O Rei dos reis “pastoreará” as nações “com vara de ferro”, e elas sentirão isso ao serem despedaçadas quais vasos de barro do oleiro. Ele é a Palavra de Deus, e, assim, a “longa espada afiada”, que se estende de sua boca, são as palavras de julgamento procedentes de sua boca, para a execução das nações; e o que a sua boca disser será executado nas nações, golpeando-as fatalmente.
52. (a) De que modo será aquilo que acontecerá às nações semelhante ao que se faz com uvas no lagar? (b) Jeová expressará seu furor como que por meio de que, segundo as Escrituras?
52 Visto que o Rei dos reis “pisa também o lagar de vinho da ira do furor de Deus, o Todo-poderoso”, significa que as nações serão como que esmagadas. Ajustando-se ao quadro, serão lançadas quais uvas maduras no enorme “lagar de vinho” onde se abaterá sobre elas a “ira do furor de Deus, o Todo-poderoso”, com efeito esmagador. O Rei dos reis e seus exércitos celestiais, a cavalo, participarão na obra de esmagamento, em pisar este simbólico lagar de vinho. A forma em que se realizará a pisa simbólica corresponderá ao que Jeová Deus, o Todo-poderoso, diz sobre como expressará sua ira e seu furor ardente contra as hordas de Gogue de Magogue, como que com terremoto, pestilência, chuvas inundantes, saraiva, fogo e enxofre, com muito derramamento de sangue. — Ezequiel 38:18-22; veja Joel 3:9-16; Revelação 14:18-20.
53, 54. (a) Obviamente, quem será o vencedor na guerra universal do Har-Magedon? (b) Mesmo já antes do fim da guerra, que convite se faz “a todas as aves que voam pelo meio do céu”?
53 Como é que podem os exércitos multinacionais em formação de batalha, sob o seu espiritual Gogue de Magogue, esperar resistir ao Rei dos reis e Senhor dos senhores, que luta pela soberania universal do Deus Altíssimo e Todo-poderoso, Jeová? Nunca poderão fazer isso, nem mesmo como organização das Nações Unidas e nações nucleares! Quem será o vencedor na guerra universal do Har-Magedon é uma conclusão inevitável. Os cadáveres dos inimigos mortos, com que o Deus Todo-poderoso fará com que o campo de batalha esteja cheio, fornecerão o que é chamado de “grande refeição noturna de Deus”, para todas as aves necrófagas que voam pelo meio do céu. Mesmo já antes de se travar a guerra até o fim, representa-se um anjo celestial, vestido da luz solar, como convidando todas estas aves a virem ao grande banquete que Deus faz para elas no Har-Magedon. Sobre isso, nosso repórter noticioso, João, diz:
54 “Eu vi também um anjo em pé no sol, e ele clamou com voz alta e disse a todas as aves que voam pelo meio do céu: ‘Vinde para cá, ajuntai-vos para a grande refeição noturna de Deus, para comerdes as carnes de reis, e as carnes de comandantes militares, e as carnes de homens fortes, e as carnes de cavalos e dos sentados neles, e as carnes de todos, tanto de homens livres como de escravos, e de pequenos e de grandes.”’ — Revelação 19:17, 18.
55. (a) Por que não se convida as aves a alimentar-se da “fera” e do “falso profeta”? (b) Que criaturas, além das aves, são convidadas ao banquete, segundo a profecia de Ezequiel?
55 Notamos aqui que “todas as aves que voam pelo meio do céu” não são convidadas a se alimentarem dos cadáveres da “fera” política e do “falso profeta” político. (Revelação 13:1-8, 11-13; 16:13) O quadro pintado aqui é estritamente o dum campo de batalha cheio de cadáveres das forças combatentes dum exército. Não é o quadro da perseguição duma fera selvagem e dum ataque militar contra um solitário “falso profeta”. Na visão do profeta Ezequiel, do ataque feito pelas forças de Gogue contra o povo restabelecido de Jeová no seu paraíso espiritual, convidam-se mais do que “aves de toda espécie de asa” para se alimentarem dos cadáveres dos inimigos derrotados. Convidam-se também “todos os animais selváticos do campo” para comerem “a carne de poderosos”, “de cavalos e de condutores de carros, de poderosos e de toda sorte de guerreiros”. (Ezequiel 39:17-20) O desdém e desprezo de Jeová para com os esmagados pelos seus exércitos celestiais no “lagar de vinho da ira do furor de Deus, o Todo-poderoso”, são demonstrados em se deixarem os cadáveres dos inimigos mortos jazer sem enterro, como carniça para aves e animais.
56. Como representa Revelação capítulo 17 as forças terrestres, combinadas, sob Gogue de Magogue no seu ataque contra o Rei de Jeová?
56 Toda a organização conjunta, visível, de Satanás, o Diabo, estará empenhada na luta. O conjunto das forças terrestres debaixo de Gogue de Magogue, contra o Rei dos reis de Jeová, é retratado como ataque por uma única “fera” coletiva de sete cabeças e dez chifres. Esta “fera” cor de escarlate é retratada como primeiro destruindo Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa. Disse-se ao apóstolo João a respeito dos governantes políticos, anti-religiosos, retratados pelos dez chifres da “fera” coletiva: “Estes têm um só pensamento, e assim, dão o seu poder e autoridade à fera [as Nações Unidas]. Estes batalharão contra o Cordeiro, mas, porque ele é Senhor dos senhores e Rei dos reis, o Cordeiro os vencerá. Também o farão com ele os chamados, e escolhidos, e fiéis.” — Revelação 17:13, 14.
57. (a) O que significa ser o Cordeiro chamado “Senhor dos senhores e Rei dos reis”? (b) Quem será o alvo do ataque da “fera”, que representa as Nações Unidas?
57 A luta duma fera de sete cabeças e dez chifres contra um cordeiro parece ser uma guerra bem desigual. Mas o Cordeiro simbólico, nesta profecia, é o Senhor dos senhores e Rei dos reis, designado por Jeová, portanto, superior a todos os senhores e reis reunidos na “fera” simbólica, as Nações Unidas de 144 membros. Sendo terrenos, não poderão ver o Cordeiro, com seus olhos humanos, para combatê-lo diretamente. Mas podem ver na terra, na carne, os do restante ungido dos “chamados, e escolhidos, e fiéis”. Visto que esses representam o Rei dos reis e Senhor dos senhores, as nações-membros das Nações Unidas batalharão contra ele por guerrearem expressamente contra o restante ungido de seus co-herdeiros do Reino. Com os deste restante fiel associam-se os inúmeros membros da “grande multidão”, que tomam firmemente sua posição do lado da soberania universal de Jeová e que seguem o Pastor excelente, Jesus Cristo, Filho real de Jeová. De modo que esses discípulos que pertencem à “grande multidão” também sofrem junto com o restante ungido o ataque das Nações Unidas anti-religiosas.
58. Que espécie de vitória acontecerá naquele tempo (a) por parte do Rei dos reis (b) e por parte dos seus súditos?
58 Os “dez chifres” simbólicos e a “fera” cor de escarlate fracassarão em destruir todos os representantes fiéis do Rei dos reis, na terra. Assim como no quadro profético do ataque de Gogue de Magogue, fracassarão em eliminar o paraíso espiritual, em que “os chamados, e escolhidos, e fiéis” e a “grande multidão” se encontram sob a proteção do Rei dos reis. (Revelação 7:9-17; 12:17) O rei dos reis, com seus exércitos celestiais, angélicos, vencerá literalmente os “dez chifres” combatentes, pertencentes à organização mundial da “fera”. Na terra, “os chamados, e escolhidos, e fiéis”, com o Rei dos reis, vencerão pela fé cristã, nunca renegando o direito do Rei dos reis, de governar toda a terra, nem tampouco negando a soberania universal do Rei da Eternidade, Jeová Deus. (Revelação 15:3) A “grande multidão” de habitantes companheiros no paraíso espiritual também se negará a transigir e a ceder à reivindicação da “fera” de sete cabeças e dez chifres da dominação mundial sobre toda a terra.
59, 60. (a) Poderá acontecer que alguns dos que vencem pela fé não obstante morram às mãos dos inimigos naquele tempo? (b) Que esperança os fortalecerá para provarem assim sua lealdade à soberania de Jeová? (c) Há qualquer possibilidade de que o restante ungido e a “grande multidão” sejam completamente eliminados pelo inimigo naquela ocasião?
59 Deus, o Todo-poderoso, talvez permita que alguns dos que vencem pela fé provem sua lealdade à soberania universal Dele por sofrerem a morte às mãos de opositores violentos do reino messiânico de Jeová. Isto, porém, não significará que são executados pelos exércitos angélicos de Jeová, sob o Marechal de Campo Dele, Jesus Cristo.
60 Estes fiéis mártires que sofrem pela soberania divina do universo morrerão fiéis, como vindicadores do governo legítimo de Jeová por Cristo. Morrerão no favor e apreço de Jeová. Não serão lançados na “segunda morte” de destruição eterna, simbolizada pelo “lago ardente que queima com enxofre”. (Revelação 19:20; 20:10, 14, 15; 21:8) Morrerão sem terem sido vencidos, assim como o próprio Jesus Cristo, com a esperança fortalecedora duma ressurreição dentre os mortos, no tempo devido de Deus. (Revelação 2:10; 14:13; 20:4, 6, 11-13) Contudo, o pleno número dos membros do restante ungido não será morto pelos opositores combatentes do reino messiânico de Jeová. Também, Revelação 7:9-14 nos assegura que outros sobreviventes deste clímax da “grande tribulação” serão os inúmeros membros da “grande multidão”. Permite-se que talvez pessoas individuais morram, mas não o restante e a “grande multidão” como um todo.
ANIQUILAMENTO DOS OPOSITORES DO REI
61. Em Revelação 19:19-21, que descrição fornece o apóstolo João a respeito daqueles que são executados no Har-Magedon?
61 Os que forem executados na terra como impróprios para a vida eterna, na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon, são mencionados pelo apóstolo João em Revelação 19:19-21. Naquela notícia antecipada, João escreve: “E eu vi a fera e os reis da terra, e os seus exércitos, ajuntados para travar guerra com aquele [o Rei dos reis e Senhor dos senhores] que está sentado no cavalo e com o seu exército. E a fera [o sistema político, mundial, de Satanás] foi apanhada, e junto com ela o falso profeta, que realizava na frente dela os sinais com que desencaminhava os que tinham merecido a marca da fera e os que prestavam adoração à sua imagem [as Nações Unidas]. Ambos, ainda vivos, foram lançados no lago ardente que queima com enxofre. Mas os demais foram mortos com a longa espada daquele sentado no cavalo, espada que se estendia da sua boca. E todas as aves se saciaram das carnes deles.”
62. Até que ponto serão as nações caraterizadas pela irreligiosidade naquele tempo?
62 No tempo em que se travar esta guerra no Har-Magedon, Babilônia, a Grande, já terá sido exterminada. Por isso não se descreve ali a destruição deste império mundial da religião falsa. Nesta altura dos acontecimentos, quando a irreligiosidade total permear as nações, também já terão desaparecido quaisquer “reis” que talvez chorassem por um tempo por não poderem mais cometer fornicação com Babilônia, a Grande, e também quaisquer “comerciantes viajantes” que talvez chorassem ou pranteassem por não poder mais fazer negócios egoístas com ela, e também “todo capitão de navio e todo homem que viajar para alguma parte, e os marujos, e todos os que vivem do mar”, todos os quais talvez tivessem chorado e pranteado por não poderem mais empenhar-se no seu comércio egoísta com Babilônia, a Grande. (Revelação 18:9-19) Esses, se quiserem sobreviver depois da destruição de Babilônia, a Grande, ficarão obrigados a se tornar radicalmente anti-religiosos, com exceção da adoração da “imagem” política da “fera” de sete cabeças e dez chifres, à qual Satanás, o Dragão, deu poder, autoridade e um trono. — Revelação 13:1-8; 14:9-11; 16:2.
63. Indica a destruição do Império mundial da religião falsa, por parte dos governantes terrestres, qualquer amor ao reino messiânico de Deus da sua parte, e como revelam isso?
63 Portanto, no tempo do cumprimento da visão da batalha de Revelação 19:19-21, a “fera” simbólica e os “reis da terra, e os seus exércitos”, já terão eliminado Babilônia, a Grande, em expressão de seu ódio daquela “meretriz” religiosa. Ela nunca representou o governo teocrático de Jeová, nem mesmo o fez aquela parte dela chamada cristandade. A destruição de Babilônia, a Grande, como religião falsa, porém, não significa qualquer amor da parte dos “reis da terra, e os seus exércitos”, pelo reino messiânico de Deus. Aqueles reis terrestres e seus exércitos odeiam esse reino, por amarem sua própria soberania política sobre toda a terra. Assim, pois, com o desaparecimento de Babilônia, a Grande, poderão concentrar-se em travar guerra contra Jesus Cristo e o reino celestial que ele administra.
64. (a) Por que são o restante e a “grande multidão” ofensivos para os “reis da terra, e os seus exércitos”? (b) Por que meios pode-se esperar que os inimigos do povo de Jeová guerreiem contra este?
64 Os do restante sobrevivente dos co-herdeiros ungidos de Cristo e também os da “grande multidão” de seus companheiros leais ter-se-ão tornado alvo das nações mundanas por proclamarem em toda a terra habitada as boas novas do reino messiânico, em testemunho a todas as nações, até o fim. (Mateus 24:14) Tais defensores da soberania universal de Jeová são ofensivos e abomináveis para os “reis da terra, e os seus exércitos”. De modo que estes expressam sua hostilidade ao invisível Rei dos reis por travarem guerra, usando os meios políticos, militares, judiciais e econômicos à sua disposição. Exterminem-nos! será o lema dos “reis da terra, e os seus exércitos”. O Rei dos reis celestial considerará a ação hostil deles contra o restante ungido e a “grande multidão” como feita contra ele mesmo. No sinal bem cronometrado da parte do Comandante Supremo, Jeová Deus, ele e seus exércitos angélicos entrarão na batalha contra os inimigos que desafiam a Deus, na terra.
65, 66. (a) Como é a união dos inimigos terrestres de Deus quebrantada no Har-Magedon, conforme descrito em Revelação 19:20? (b) O que indica o fato de a “fera” e o “falso profeta” ‘ainda estarem vivos’ quando esta ação ocorrer? (c) O que indica o fato de serem lançados no “lago ardente que queima com enxofre”?
65 O primeiro movimento será para quebrantar a unidade dos inimigos terrestres. Isto significará despedaçar o sistema político mundial, simbolizado pela “fera” que ascendeu do mar. Com a dissolução dela, vem o destroçamento da Oitava Potência Mundial, as Nações Unidas, como organização global de paz e segurança mundiais, simbolizada pela “imagem da fera”, e também da Sétima Potência Mundial, a saber, a Potência Mundial Dupla Anglo-Americana, simbolizada pelo “falso profeta”. Por isso, o apóstolo João nos diz:
66 “E a fera foi apanhada, e junto com ela o falso profeta, que realizava na frente dela os sinais com que desencaminhava os que tinham recebido a marca da fera e os que prestavam adoração à sua imagem. Ambos, ainda vivos, foram lançados no lago ardente que queima com enxofre.” (Revelação 19:20) Estarem essas organizações políticas ‘ainda vivas’ quando se der esta ação indica que tais organizações mundiais da atualidade ainda funcionarão quando começar a “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon. Tanto a “fera” dominadora do mundo como o “falso profeta” anglo-americano serão apanhados no meio de seus esforços destrutivos contra o restante ungido e a “grande multidão” no paraíso espiritual destes. Seguir-se-á a desorganização deles, e, em vez de destruírem o restante e a “grande multidão”, tais organizações políticas de homens que desafiam a Deus serão aniquiladas para todo o sempre. Sua morte violenta será uma “segunda morte”, da qual não haverá reorganização. Por isso são representados como sendo lançados no “lago ardente que queima com enxofre”.
67. Quando se juntarão Satanás, o Diabo, e seus demônios à “fera” e ao “falso profeta” naquele “lago ardente”?
67 Assim se vê que, mesmo no tempo da “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon, e antes de Satanás, o Diabo, ser lançado no abismo e começar o reinado milenar de Cristo sobre a humanidade, há a imposição da “segunda morte” aos que travam guerra no Har-Magedon contra o Rei dos reis e seu reino messiânico. A pena da “segunda morte” é simbolizada pelo “lago ardente que queima com enxofre”. No tempo devido de Deus, após o encerramento do reinado milenar de Cristo, juntar-se-ão às organizações políticas dos homens, representadas pela “fera” e pelo “falso profeta”, naquele “lago ardente”, Satanás, o Diabo, e todos os seus anjos demoníacos. (Revelação 20:10) Este será o “fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos”. — Mateus 25:41.
68. Com a eliminação da velha ordem visível do homem, qual será a grandiosa perspectiva dos sobreviventes?
68 Assim, com o desaparecimento violento da religiosa Babilônia, a Grande, e das organizações políticas representadas pela “fera” de sete cabeças e pelo “falso profeta”, a velha ordem visível do homem dará lugar à nova ordem de Deus na terra. Será o período mais difícil da história humana em que viver. (Mateus 24:21, 22; Daniel 12:1) Contudo, haverá sobreviventes na terra. Felizes serão os que sobreviverem para a bendita nova ordem de Deus!
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Desastre para os que lutam contra a nova ordem de DeusEstá Próxima a Salvação do Homem da Aflição Mundial!
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Capítulo 15
Desastre para os que lutam contra a nova ordem de Deus
1. O que acabará no Har-Magedon?
NA “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon, será destruída a organização visível do Diabo na terra. Isto significará o fim violento das organizações governamentais estabelecidas por homens mundanos, sob a insuspeita supervisão de Satanás, o Diabo. (Revelação 13:1, 2; 16:14, 16; João 14:30) Conforme é de se esperar, os governantes e os apoiadores daqueles governos humanos batalharão contra o reino messiânico de Deus, no Har-Magedon.
2. O que acontecerá com os que manejavam e apoiavam essas organizações?
2 Que dizer dos governantes políticos e de seus apoiadores e súditos, que mantiveram em funcionamento tais organizações governamentais? Sofrerão a destruição junto com suas organizações políticas, que mantiveram em funcionamento em desafio ao reino messiânico de Deus, proclamado mundialmente pelas testemunhas cristãs de Jeová. Sua destruição é indicada pelo que a Revelação a João diz sobre o resultado da batalha: “Mas os demais [quer dizer, os reis da terra e seus exércitos] foram mortos com a longa espada daquele sentado no cavalo, espada que se estendia da sua boca. E todas as aves se saciaram das carnes deles.” — Revelação 19:21.
3. Como mostra Revelação 19:17, 18, quem está incluído entre os mortos no campo de batalha do Har-Magedon, e que espécie de destruição é esta no caso deles?
3 As “aves que voam pelo meio do céu” saciar-se-ão com a carne em decomposição dos reis, comandantes militares, homens fortes, cavalos, cavaleiros, livres e escravos que foram mortos, grandes e pequenos. (Revelação 19:17, 18) Seu apoio ativo à guerra contra o Rei dos reis é muito pior do que deixarem de fazer algo de útil para Jesus Cristo e seus discípulos fiéis. No mínimo, todos eles são “cabritos” simbólicos, conforme retratados na parábola de Jesus, das ovelhas e dos cabritos. Pela “longa espada” simbólica, que se estende da boca do guerreante Rei dos reis são mandados para o “fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos”. Às ordens, semelhantes a uma espada, procedentes da boca do Rei, estes “amaldiçoados” combatentes contra Deus e seu Cristo “partirão para o decepamento eterno”, a punição eterna da eliminação deles da existência. — Mateus 25:31-46.
4. Em vista do que se sabe sobre a Geena ardente fora da antiga Jerusalém, por que se poderia suscitar uma pergunta a respeito do que se diz sobre a eliminação dos cadáveres no Har-Magedon?
4 É por isso que o apóstolo João não viu os cadáveres destes mortos caprinos enterrados em sepulturas, na esperança duma ressurreição deles dentre os mortos. Mas, por que não se lançam todos estes cadáveres “no lago ardente que queima com enxofre”, lago mencionado em Revelação 19:20? Lembramo-nos de que, em Jerusalém, nos dias de Jesus e de seus apóstolos, os cadáveres de criminosos executados, considerados como tão vis que não mereciam uma ressurreição, eram lançados por cima da muralha sulina da cidade, para caírem no Vale de Hinom, na “Geena”, a fim de serem consumidos ali pelos fogos incineradores misturados com enxofre. Ou caso os cadáveres não caíssem diretamente nos fogos sulfurosos, jazeriam expostos num ambiente quente para serem consumidos pelos gusanos que se procriariam e proliferariam nesses cadáveres. Assim como Jesus disse: “E, se o teu olho te fizer tropeçar, lança-o fora; melhor te é entrares com um olho no reino de Deus, do que seres com os dois olhos lançado na Geena, onde o seu gusano não morre e o fogo não se extingue.” — Marcos 9:43-48.
5. O que é incomum no fato de a “fera” e o “falso profeta’’ serem lançados no lago de fogo “ainda vivos”, e, evidentemente, o que indica isso?
5 Visto que os cadáveres dos criminosos condenados, lançados nos fogos do Vale de Hinom (ou: na Geena) eram corpos mortos, é notável que, quando a “fera” simbólica e o “falso profeta” são lançados no “lago ardente que queima com enxofre”, acontece que “ambos, ainda vivos, foram lançados” ali. (Revelação 19:20) Evidentemente, isto significa que terão um fim abrupto. Enquanto ainda ativamente em funcionamento, essas organizações políticas serão de repente impedidas, desintegradas, dissolvidas para sempre, sem deixar vestígios ou restos deles. Não deixam cadáveres deles no campo de batalha, para aves necrófagas se banquetearem e limparem suas ossadas.
6, 7. (a) Quanto às pessoas que guerreiam contra o Reino no Har-Magedon, como e retratada sua destruição eterna? (b) Como descreve a Bíblia os meios de se eliminar a carne de todos os cadáveres?
6 No entanto, a destruição eterna das pessoas que guerreiam contra o Reino, no Har-Magedon, foi retratada de outro modo. Como? Ora, Jeová se propõe fazer um banquete sangrento para “todas as aves que voam pelo meio do céu”, com os cadáveres destes opositores e combatentes contra a soberania universal Dele. (Revelação 19:17, 18) Os cadáveres dos mortos não se desfarão em sepulcros honrosos. Sem serem enterrados, sua carne será consumida de cima dos ossos, além de se poderem identificar os meros esqueletos. Por causa da multidão dos mortos, será’ um enorme banquete para os necrófagos. Dirigindo suas palavras ao Rei dos reis, o Senhor Jesus Cristo, prefigurado pelo antigo Rei Melquisedeque, o Rei Davi disse no Salmo 110:5, 6: “O próprio Jeová, à tua direita, há de despedaçar reis no dia da sua ira. Executará julgamento entre as nações; causará uma plenitude de corpos mortos.” Ou: “encherá tudo de cadáveres; esmagará crânios pela vastidão da terra”. (LEB) É bastante evidente que haverá muito mais cadáveres espalhados pela terra, em resultado da guerra no Har-Magedon, do que haverá aves necrófagas para eliminá-los dentro dum tempo razoável por motivos de saúde humana. Por isso é razoável esperar-se que Deus elimine os cadáveres excedentes por outros meios.
7 Lembramo-nos de que, na profecia correspondente do ataque do Príncipe Gogue da terra de Magogue e de suas hordas contra o restante restabelecido do povo de Jeová, as “aves de toda espécie de asa” serão auxiliadas por “todos os animais selváticos do campo” em eliminar os cadáveres dos derrotados combatentes contra Deus. A estas criaturas necrófagas foi dito profeticamente: “‘E tereis de fartar-vos, à minha mesa, de cavalos e de condutores de carros, de poderosos e de toda sorte de guerreiros’, é a pronunciação do [Soberano] Senhor Jeová.” (Ezequiel 39:17-20) Assim, em vez de seus ossos serem limpos de toda a carne em decomposição pelos gusanos no Vale de Hinom (ou: na Geena), os cadáveres dos inimigos mortos no Har-Magedon como que serão consumidos até os ossos pela força de saneamento da natureza, as aves e os animais necrófagos.
8-12. (a) Que provisão para a eliminação dos ossos dos antigos opositores do reino messiânico é descrita em Ezequiel 39:11-20? (b) O que indica o fato de 6e dizer que este enterro prosseguira por “sete meses”?
8 Que fim desprezível e bem merecido de todos os opositores de Jeová e de seu reino messiânico no Har-Magedon! Mas o que acontecerá com os ossos deles, deixados a branquear no sol ou a desintegrar-se coma relíquias perecíveis, impuras e horrendas dos opositores antigamente vivos do Soberano Senhor Jeová? Em Ezequiel 39:11-20 indica-se com referências às hordas mortas de Gogue de Magogue, que se reserva um lugar odioso, de lembrança vil, para os ossos dos executados pelo Senhor Deus Todo-poderoso, no Har-Magedon. Isto está subentendido nas Suas palavras:
9 “‘E naquele dia terá de acontecer que darei ali a Gogue um lugar [um lugar famoso (célebre), PIB; SO], uma sepultura em Israel, o vale dos que passam, ao leste do mar [o Mar Morto], e ele impedirá os que passarem. E ali terão de enterrar a Gogue e toda a sua massa de gente, e certamente o chamarão de Vale da Massa de Gente de Gogue. E os da casa de Israel terão de enterrá-los com o fim de purificar a terra, por sete meses. [Isto indica uma quantidade enorme de ossos.] E todo o povo da terra terá de fazer o sepultamento e isso há de tornar-se para eles uma questão de fama no dia em que eu me glorificar’, é a pronunciação do [Soberano] Senhor Jeová.
10 “‘E serão separados homens para serviço contínuo, que passarão pela terra para enterrar, com os que passam, aqueles que tiverem sobrado na superfície da terra, a fim de purificá-la. Continuarão a fazer a busca até o fim de sete meses. E os que estiverem passando pela terra terão de atravessá-la, e se alguém realmente vir o osso de um homem, então terá de erigir ao seu lado um marco, até que seja sepultado pelos enterradores no Vale da Massa de Gente de Gogue [ou: Vale de Hamom-Gogue, IBB]. E o nome da cidade também será Hamoná [este nome significa “Massa de Gente”, sendo Hamonáh a forma feminina da palavra hebraica Hamón nos versículos 11 e 15]. E terão de purificar a terra.’
11 “E no que se refere a ti [Ezequiel], ó filho do homem, assim disse o [Soberano] Senhor Jeová: ‘Dize às aves de toda espécie de asa e a todos os animais selváticos do campo: “Reuni-vos e vinde. Ajuntai-vos em volta do meu sacrifício que sacrifico para vós, um grande sacrifício nos montes de Israel. E haveis de comer carne e beber sangue. Comereis a carne de poderosos e bebereis o sangue dos maiorais da terra, de carneiros, de cordeirinhos e de cabritos, de novilhos, todos eles animais cevados de Basã. E haveis de comer gordura até à saciedade e beber sangue até à embriaguez do meu sacrifício que vou sacrificar para vós.”’
12 “‘E tereis de fartar-vos, à minha mesa, de cavalos e de condutores de carros, de poderosos e de toda sorte de guerreiros’, é a pronunciação do [Soberano] Senhor Jeová.”
GLÓRIA EM CONTRASTE COM VERGONHA ETERNA
13, 14. (a) Que nomes, indicando uma recordação ignominiosa, são associados com o lugar de enterro das hordas humanas de Gogue? (b) Em Isaías 66:23, 24, como se descreve o desprezo duradouro sentido para com aqueles opositores da adoração de Jeová?
13 Assim, Jeová Deus, qual Comandante Supremo por meio de seu Marechal de Campo atuante, Jesus Cristo, obterá para si glória inapagável, ao passo que o simbólico Gogue e suas hordas terrenas obterão para si vergonha eterna. É como se a massa desordenada de ossos das hordas humanas de Gogue recebessem um enterro em massa, sem sepulturas individuais identificáveis. O “Vale de Hamom-Gogue” será um nome vergonhoso, para servir de lembrança inglória deles. O mesmo se dará com o nome de Hamoná, que poderá ser o nome de qualquer marco semelhante a uma cidade, fixado para lembrar as associações históricas com o lugar. A respeito do último desprezo que aguarda aqueles transgressores que se opõem à adoração de Jeová, a profecia de Isaías fala dos sobreviventes que adoram a Jeová e diz:
14 “‘E há de acontecer que de lua nova a lua nova [ou: de mês em mês] e de sábado a sábado [ou: de semana em semana] chegará a mim toda a carne para se curvar diante de mim’, disse Jeová. ‘E realmente sairão e olharão para os cadáveres dos homens que transgrediram contra mim; pois os próprios vermes sobre eles não morrerão e o próprio fogo deles não se apagará, e terão de tornar-se algo repulsivo para toda a carne.’” — Isaías 66:23, 24.
15, 16. (a) O que significa a destruição como expressão do julgamento divino, no Har-Magedon, para todos os que a sofrerão? (b) Como e isso enfatizado adicionalmente na profecia de Malaquias?
15 Considerando-se tudo isso, é evidente que Jeová, ao travar a “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon, não estará apenas fazendo um exercício militar, somente travando uma batalha fictícia com fins de treinamento, apenas para demonstração e não para ter efeito permanente sobre os que lutam contra Ele. Não, mas a ação militar de Jeová significa um “decepamento eterno” de todos aqueles na terra, nos quais ele executará o julgamento divino em vindicação de sua soberania universal. Como considera aqueles que ele extermina no Har-Magedon é adicionalmente enfatizado por ele na profecia de Malaquias:
16 “‘Pois, eis que vem o dia que arde como fornalha, e todos os presunçosos e todos os que praticam a iniqüidade terão de tornar-se como restolho. E o dia que virá certamente os devorará’, disse Jeová dos exércitos, ‘de modo que não lhes deixará nem raiz nem galho [em extermínio completo]. E para vós os que temeis o meu nome há de brilhar o sol da justiça, com cura nas suas asas; e vós [sobreviventes] realmente saireis e escarvareis o solo como bezerros cevados. E vós haveis de pisotear os iníquos, pois tornar-se-ão como poeira sob a sola de vossos pés no dia em que eu agir’, disse Jeová dos exércitos.” — Malaquias 4:1-3.
17. Após o fim violento da inteira organização visível de Satanás, o que acontecera com ele e seus anjos demoníacos?
17 Os adoradores sobreviventes do Deus Altíssimo alegrar-se-ão de que se limpou o caminho para o pleno estabelecimento da nova ordem justa de Deus. A velha ordem do homem não cederá pacificamente em submissão à nova ordem de Deus. Por meio da vindoura “grande tribulação” será obrigada a ceder o lugar à prometida nova ordem de Deus. Isto se dará porque o “governante deste mundo”, “o deus deste sistema de coisas”, a saber, Satanás, o Diabo, que é o hodierno Príncipe Gogue da terra de Magogue, se opõe à nova ordem de Deus. Mas a sua oposição implacável falhará. Assim como o profético Gogue de Magogue sofreu derrota e não pôde impedir que Jeová Deus cumprisse seu propósito declarado de “enviar fogo sobre Magogue”, assim Satanás, o Diabo, verá toda a sua organização visível destruída na “grande tribulação”, e logo depois será desolado seu lugar invisível na vizinhança da terra. Ele e suas legiões de anjos demoníacos serão presos como que com cadeias e lançados num abismo, longe da vizinhança da terra. — João 16:11; 2 Coríntios 4:4; Ezequiel 39:1-6; Revelação 20:1-3.
18. Por que haverá certamente uma ocasião para celebração e regozijo espirituais após a destruição da velha ordem do homem controlada por Satanás?
18 A destruição da velha ordem do homem, controlada por Satanás, será uma ocasião de celebração espiritual por parte do restante sobrevivente dos israelitas espirituais e dos da “grande multidão” enfileirados com eles do lado da soberania universal de Jeová. Por que não deviam regozijar-se então? Na vindoura destruição ardente de Babilônia, a Grande, os santos anjos do céu bradarão “Aleluia!” E uma voz procedente do trono celestial dará a ordem: “Dai louvores ao nosso Deus, todos vós os seus escravos, os que o temeis, os pequenos e os grandes.” (Revelação 19:1-5) Haverá muitos outros motivos para os adoradores sobreviventes de Jeová Deus, na terra, se alegrarem e bradarem “Aleluia!”, quando ele completar gloriosamente a destruição da velha ordem do homem na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon. Ter-se-á então realizado o maior dos eventos da história universal, a vindicação da soberania universal de Jeová e a santificação de seu nome sagrado. — Ezequiel 38:23; 39:6, 7.
19, 20. Assim como as aves são convidadas para se banquetearem com os cadáveres dos mortos no Har-Magedon, como descreve o Salmo 46 o que os sobreviventes humanos certamente celebrarão?
19 No quadro de Revelação, desta guerra no Har-Magedon, “todas as aves que voam pelo meio do céu” obedecem à ordem do anjo radiante de Deus e se ajuntam em expectativa no campo de batalha do Har-Magedon. Promete-se-lhes ali um banquete, e certamente o recebem. Banqueteiam-se com os cadáveres dos mortos pelo designado Rei dos reis de Jeová e seus exércitos celestiais: “E todas as aves se saciaram das carnes deles.” (Revelação 19:17-21) Não será menor a completa satisfação daqueles do restante do Israel espiritual e da “grande multidão”, que sobreviverão à guerra, ao se banquetearem espiritualmente em vista do resultado da “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, para a honra de Deus. Exatamente conforme se disse aos sobreviventes:
20 “Vinde, observai as atividades de Jeová, como ele tem posto eventos assombrosos na terra. Ele faz cessar as guerras até a extremidade da terra. Destroça o arco e retalha a lança; as carroças ele queima no fogo. ‘Cedei, e sabei que eu sou Deus. Vou ser exaltado entre as nações, vou ser exaltado na terra.’” — Salmo 46:8-10.
21-23. (a) Que vitória terão os sobreviventes humanos obtido no Har-Magedon? (b) Conforme descrito em Revelação 15:2-4, em entoarem que palavras unirão os sobreviventes as suas vozes?
21 Em profundo espanto diante das atividades maravilhosas do Soberano Todo-poderoso do universo no Har-Magedon, os do restante sobreviventes dos israelitas espirituais cantarão para ele. No tempo de sua gloriosa vitória na guerra de todas as guerras, este restante fiel terá saído completamente vitorioso sobre a “fera” simbólica, que tem o número de 666, e sobre a sua “imagem” idólatra. Naquele tempo triunfante, essas duas organizações políticas, que eram parte destacada da velha ordem do homem, afundarão na morte eterna, lançadas no mortífero “lago ardente que queima com enxofre”. (Revelação 19:20; 17:8, 14) O cântico deste restante vitorioso, após o Har-Magedon, reforçado pelo cântico dos da “grande multidão” de co-adoradores no templo espiritual de Jeová, é uma perspectiva tão espetacular para nosso futuro próximo, que o apóstolo João recebeu uma previsão deste grandioso acontecimento musical. Para a nossa felicidade, hoje, anotou uma descrição inspirada dele, dizendo:
22 “E eu vi o que parecia ser um mar vítreo [uma grande bacia vítrea no templo espiritual de Deus] misturado com fogo, e os que se saem vitoriosos em face da fera, e da sua imagem, e do número do seu nome [666], estar em pé junto ao mar vítreo, tendo harpas de Deus. E estão cantando o cântico de Moisés, o escravo de Deus, e o cântico do Cordeiro [Jesus Cristo], dizendo:
23 “‘Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Jeová Deus, o Todo-poderoso. Justos e verdadeiros são os teus caminhos, Rei da eternidade. Quem realmente não te temerá, Jeová, e glorificará o teu nome, porque só tu és leal? Pois virão todas as nações e adorarão perante ti, porque os teus justos decretos foram manifestos.’” — Revelação 15:2-4.
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