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Aguardando os “novos céus e uma nova terra”Está Próxima a Salvação do Homem da Aflição Mundial!
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Capítulo 16
Aguardando os “novos céus e uma nova terra”
1, 2. (a) Que mudanças foram vistas no mundo desde o ano de 1914 por pessoas já nos setenta ou oitenta anos de idade? (b) Como se harmonizou aquilo que observaram com o que Jesus predisse, conforme registrado em Lucas 21:25, 26, a respeito da “terminação do sistema de coisas”?
UM MUNDO novo e melhor é iminente — ao passo que esta geração chega ao seu fim. Não há margem de dúvida sobre isso. Com a palavra “mundo” referimo-nos à sociedade humana que vive sob uma forma de governo. (Mateus 24:34; Marcos 13:30; Lucas 21:32) Nós, os mais antigos ‘desta geração’, já com setenta ou oitenta anos, vimos o “mundo” atual mudar para pior, deteriorando-se cada vez mais desde o ano notório de 1914 E. C. Nós, dentre todos os que hoje vivem na terra, podemos atestar a veracidade da predição de Cristo, no primeiro século E. C., a respeito da “terminação do sistema de coisas”. Desde o começo dela em 1914, observamos o que ele predisse:
2 “Na terra angústia de nações, não sabendo o que fazer por causa do rugido do mar e da sua agitação, os homens ficando desalentados de temor e na expectativa das coisas que vêm sobre a terra habitada; porque os poderes dos céus serão abalados.” (Lucas 21:25, 26) É uma esperança vã e desesperada supor que o mundo atual há de melhorar e salvar-se. As pessoas de disposição justa anseiam um mundo melhor, uma sociedade humana melhor. Felizmente, é iminente!
3. Como conseguiram os fiéis seguidores de Jesus Cristo, manter o rumo certo, apesar da piora do mundo em volta deles?
3 Os seguidores fiéis das pisadas do Grande Profeta, Jesus Cristo, fizeram o que seu apóstolo Pedro lhes escreveu e os mandou fazer. Prestaram atenção à plenamente assegurada “palavra profética”, assim como fariam com uma lâmpada que brilhasse num lugar escuro, iluminando seu coração. Conforme o apóstolo Pedro escreveu na sua segunda carta a concrentes cristãos: “Por conseguinte, temos a palavra profética tanto mais assegurada; e fazeis bem em prestar atenção a ela como a uma lâmpada que brilha em lugar escuro, até que amanheça o dia e se levante a estrela da alva, em vossos corações. Pois sabeis primeiramente isto, que nenhuma profecia da Escritura procede de qualquer interpretação particular. Porque a profecia nunca foi produzida pela vontade do homem, mas os homens falaram da parte de Deus conforme eram movidos por espírito santo.” (2 Pedro 1:19-21, NM; Mateus Hoepers) Sua constante atenção a tal profecia inspirada os manteve no curso certo até agora. E agora amanhece o novo dia e a estrela da alva já se levantou, e seus olhos são abençoados por verem o cumprimento moderno da profecia bíblica.
4, 5. (a) O que precisa cada um de nós fazer a respeito dessas profecias inspiradas? (b) Que motivo para isso é apresentado pelo apóstolo Pedro?
4 Embora tenhamos visto e presenciado tantas evidências fortalecedoras da fé a respeito da infalibilidade das profecias bíblicas, ainda precisamos resguardar nossa fé e confiança nas profecias inspiradas que ainda estão para se cumprir ou que estão em vias de cumprimento. Isto se dá, embora vivamos nos “últimos dias” desta velha ordem de coisas e já estejamos neles desde o fim dos “tempos designados das nações” gentias em 1914 E. C. O apóstolo aguardava estes “últimos dias” e achou bom escrever sua segunda carta, para advertir os concrentes de ataques contra sua fé cristã, que haviam de surgir nestes dias perigosos. Depois de advertir contra a vinda de falsos instrutores e a introdução de “seitas religiosas destrutivas” entre o povo de Jeová, Pedro passou a explicar o objetivo de sua segunda carta, dizendo:
5 “Amados, esta é agora a segunda carta que vos escrevo, sendo que nela, como na minha primeira, estou acordando as vossas claras faculdades de pensar por meio dum lembrete, para que vos lembreis das declarações anteriormente feitas pelos santos profetas e do mandamento do Senhor e Salvador por intermédio dos vossos apóstolos. Pois sabeis primeiramente isto, que nos últimos dias virão ridicularizadores com os seus escárnios, procedendo segundo os seus próprios desejos e dizendo: ‘Onde está essa prometida presença dele? Ora, desde o dia em que os nossos antepassados adormeceram na morte, todas as coisas estão continuando exatamente como desde o princípio da criação.’” — 2 Pedro 3:1-4; 2:1, 2.
6. (a) Ao recapitularmos as “declarações anteriormente feitas pelos santos profetas, referentes aos “últimos dias”, estaremos considerando profecias dadas durante um período de quantos anos? (b) São as profecias refutadas pela presença de “ridicularizadores”?
6 A fim de hoje neutralizarmos as zombarias dos ridicularizadores, cujo surgimento foi predito para estes “últimos dias”, é muito urgente que nós, crentes, nos lembremos do que os profetas inspirados de Jeová disseram, embora tenham feito isso muito antes do aparecimento destes modernos ridicularizadores, zombadores e escarnecedores. Desde o profeta antediluviano Enoque, passando por quase três mil anos até o profeta pós-exílico, judaico, Malaquias, os profetas de Jeová que precederam a Jesus Cristo predisseram acontecimentos e condições que deviam assinalar estes “últimos dias”. (Gênesis 5:18-24; Hebreus 11:5; Judas 14, 15; Malaquias capítulo 4) Portanto, realmente não é inesperado que surjam zombadores para destruir a fé, nestes “últimos dias” do atual sistema iníquo de coisas. Antes, seu surgimento simplesmente confirma a exatidão das profecias, por cumpri-las.
7. (a) Quem é o “Senhor e Salvador” mencionado por Pedro? (b) Que “mandamento” deu ele por meio de seus apóstolos, e por que mostrava isso muita consideração?
7 Segundo o apóstolo Pedro, outra coisa a ser lembrada neste momento tardio da história humana é o “mandamento do Senhor e Salvador por intermédio dos vossos apóstolos”. (2 Pedro 3:2) Jesus Cristo é este “Senhor e Salvador” a quem se faz menção aqui. (2 Pedro 3:18) Por meio de seus apóstolos escolhidos, quer dizer, “os doze apóstolos do Cordeiro”, e também o apóstolo Paulo, ele deu um mandamento a todos os seguidores de suas pisadas, de que permanecessem continuamente vigilantes e atentos aos falsos profetas e falsos messias ou cristos. Visto que deixou seus discípulos sem o conhecimento sobre o dia e hora exatos em que viria novamente para executar o julgamento de Deus nos infiéis e iníquos, ele teve muita consideração em ordenar-lhes que se mantivessem prontos e ficassem vigilantes. (Revelação 21:14; Mateus 24:36-44; 25:13) Não deviam deixar-se afetar pelos escárnios daqueles que perderam a fé.
8. O que querem dizer os ridicularizadores ao fazerem a pergunta: “Onde está esta prometida presença dele”?
8 Os ridicularizadores levantariam a questão desafiadora: “Onde está esta prometida presença dele?” Sim, diriam: O que há com esta promessa de sua presença? Onde está a evidência de seu cumprimento?
9, 10. (a) À “presença” de quem se refereriam eles? (b) O que fez o apóstolo Pedro para manter viva no coração de concrentes a séria expectativa da “presença” de Cristo?
9 À “presença” de quem se refereriam? Evidentemente, à “presença” do Senhor e Salvador Jesus Cristo, da qual o apóstolo Pedro falou no começo da sua segunda carta. O apóstolo Pedro não esperava esta “presença” de Jesus Cristo nos seus próprios dias na terra, contudo, não quis ser negligente quanto a manter acesa, no coração de seus concrentes, a expectativa sincera desta presença prometida. Por isso escreveu:
10 “Assim, farei também o máximo, em toda ocasião, para que, depois da minha partida, vós mesmos possais fazer menção destas coisas. Não, não foi por seguirmos histórias falsas, engenhosamente inventadas, que vos familiarizamos com o poder e a presença de nosso Senhor Jesus Cristo, mas foi por nos termos tornado testemunhas oculares da sua magnificência. Pois ele recebeu de Deus, o Pai, honra e glória, quando pela glória magnificente lhe foram dirigidas palavras tais como estas: ‘Este é meu Filho, meu amado, a quem eu mesmo tenho aprovado.’ Sim, estas palavras nós ouvimos dirigidas desde o céu, enquanto estávamos com ele no monte santo. Por conseguinte, temos a palavra profética tanto mais assegurada.” — 2 Pedro 1:15-19; Mateus 17:1-9.
11. (a) De que modo causaram muito ceticismo as expectativas errôneas a respeito da “presença” de Jesus Cristo? (b) Na década dos 1870, o que discerniu Charles Taze Russell a respeito da segunda vinda de Cristo e sua “presença”?
11 Se os modernos ridicularizadores pensam numa chegada e presença visível de Jesus Cristo em carne, estão redondamente enganados. Enganam-se com uma interpretação errônea das profecias, tal como é amplamente difundida hoje na cristandade. Durante o século dezenove E. C., houve diversas predições sobre a vinda visível do Senhor Jesus Cristo em carne, em certos anos. Não se cumprirem tais predições nas datas anunciadas sem dúvida lançou muito vitupério sobre a doutrina bíblica da segunda vinda de Jesus Cristo e sua “presença” como Rei celestial. Criou muito ceticismo e dúvida quanto à validez de tal doutrina, de qualquer certeza de tal vinda e presença de Cristo. Na década dos 1870, Charles Taze Russell e seus companheiros estudantes, não sectários, nas Escrituras inspiradas, discerniram que a segunda vinda de Cristo seria invisível aos olhos humanos, em espírito, e que esta vinda iniciaria o período conhecido como sua “presença” ou parousia (em grego). — Mateus 24:3, margem da English Revised Version (1881).
12, 13. (a) Segundo os cálculos de Russell, quando havia começado a “presença” de Cristo, mas qual é a data correta? (b) Quem viu o “sinal” atestando a presença de Cristo a partir de 1914 E. C.?
12 Segundo uma cronologia inexata calculada à base da Versão Autorizada do Rei Jaime, da Bíblia, em inglês, Russell calculou que a “presença” de Cristo havia começado no ano de 1874 E. C., invisível aos olhos humanos e apenas vista pelos olhos da fé. Este foi o motivo pelo qual, quando começou a publicar uma nova revista religiosa em defesa do sacrifício resgatador de Jesus Cristo, Russell a intitulou “Torre de Vigia de Sião e Arauto da Presença de Cristo”. No entanto, os acontecimentos na terra, desde o fim dos “tempos designados das nações” gentias têm cumprido profecias bíblicas e provado que a prometida “presença” ou parousia de Cristo, no poder do Reino, só começou por volta de 4/5 de outubro de 1914 E. C. Só desde então é correto falar da “presença” invisível, régia, de Cristo como sendo realidade. Nós, os mais antigos, de setenta ou oitenta anos de idade, temos visto a realização de praticamente todas as coisas preditas por Jesus Cristo em resposta à pergunta feita pelos seus apóstolos:
13 “Quando sucederão estas coisas e qual será o sinal da tua presença [em grego: parousia] e da terminação do sistema de coisas?” — Mateus 24:3, NM; Rotherham; Young; Diaglott, American Standard Version, margem.
14. O que tem impedido que os que aderem às igrejas da cristandade discirnam a “presença” invisível de Jesus Cristo?
14 Até o dia de hoje, as igrejas sectárias da cristandade apegam-se à tradução comum do termo grego parousia como sendo “vinda”. Esperando sua vinda, se é que a esperam, como sendo visível na carne, negam-se a discernir a “presença” invisível e espiritual de Jesus Cristo no poder do Reino, desde o fim dos Tempos dos Gentios em 1914. Isto abriu o caminho para ridicularizadores escarnecerem da idéia da prometida “presença” de Cristo e apresentarem motivos por recusarem crer nela, dizendo: “Onde está essa prometida presença [parousia] dele? Ora, desde o dia em que os nossos antepassados adormeceram na morte, todas as coisas estão continuando exatamente como desde o princípio da criação.” — 2 Pedro 3:4.
15. (a) Em que base argumentam os ridicularizadores que Jesus Cristo ainda não voltou? (b) Por que estão errados?
15 Tais ridicularizadores vêem que homens se casam e mulheres são dadas em casamento, exatamente como desde os dias da família imediata de Adão. Vêem bebês nascerem, como desde o nascimento de Caim. Os homens continuam a morrer, exatamente como nossos antepassados morreram. Não parou o processo de morrer, assim como deve acontecer na terra depois de começar o reinado milenar de Cristo. Ainda não houve ressurreição à vida numa terra paradísica, tal como se promete para os mortos terrestres, que foram resgatados por Jesus Cristo. Tanto o pecado como a morte continuam a reinar sobre a humanidade. Portanto, para os ridicularizadores sem fé, desde que os seus antepassados morreram, todas as coisas continuam exatamente como desde o princípio da criação humana. Portanto, segundo acham, não estamos ainda no “tempo do fim”; Jesus Cristo ainda não voltou; não iniciou ainda tal coisa como uma presença. Tudo isso, apesar de todo o cumprimento da profecia bíblica desde 1914 E. C., que confirma sua presença invisível desde então. Portanto, é apenas na sua própria mente que aqueles ridicularizadores adiam a prometida “presença” do Senhor Jesus Cristo. — Daniel 12:4; Mateus 24:3.
16. Qual é a intenção dos ridicularizadores, mas por que não atingem seu objetivo?
16 Os preditos ridicularizadores, dos “últimos dias”, incluem clérigos de destaque da cristandade. O objetivo do escárnio é lançar dúvidas sobre a profecia bíblica ou abalar a fé e convicção das testemunhas cristãs de Jeová, tanto do restante do Israel espiritual, como da “grande multidão” de concrentes leais. Mas, acatando a advertência do apóstolo Pedro, estes proclamadores da presença de Cristo no poder celestial do Reino negam-se a se deixar abalar na sua fé. Confiam em ser impossível que a palavra de Deus falhe, mesmo quando é dada em forma de profecia ou predição de coisas futuras. Sabem que, quando Deus diz algo como ordem, tem de ser feito, tem de acontecer. Crêem no que diz o Salmo 115:3: “Mas o nosso Deus está nos céus; fez tudo que se agradou em fazer.” E visto que os ridicularizadores mencionam a “criação” no seu argumento, os fiéis crentes em Jeová sabem que, quando ele se agradou de criar os céus e a terra, sua palavra expressa se cumpriu e produziu resultados.
O PODER DA FALADA “PALAVRA DE DEUS”
17, 18. (a) Que base fornecem os resultados produzidos pela “palavra de Deus” com relação à criação para se ter confiança no cumprimento das profecias? (b) Portanto, o que deixam de tomar em conta os que escarnecem do cumprimento da palavra profética de Deus?
17 Segundo a narrativa da criação, apresentada em Gênesis, capítulo um, veio a ser exatamente como declarado no Salmo 33:9: “Ele mesmo o disse, e veio a ser; ele mesmo o ordenou, e assim passou a ficar de pé.” Assim como lá na criação, esta “palavra de Deus” é igualmente potente hoje, depois de milhares de anos. Com relação à profecia divina, esta “palavra de Deus” é tanto assim uma causa ativa para produzir resultados como foi lá na criação. Os atuais ridicularizadores, que zombam do cumprimento da palavra profética de Deus, não poderão escapar da operação da palavra expressa de Deus para o cumprimento da profecia a respeito da “presença” do Senhor e Salvador Jesus Cristo. Na mente deles talvez adiem e atrasem a “presença” de Cristo, mas nada mudará a questão só por desconsiderarem a evidência de sua “presença”. Ao tentarem lançar dúvida sobre a fidedignidade da palavra profética de Deus, por meio de seu escárnio, deixam de tomar em consideração o poder operacional da palavra de Deus com respeito à criação dos céus e da terra. Este é o motivo de seu escárnio:
18 “Pois, segundo o desejo deles, escapa-lhes este fato, de que desde a antiguidade havia céus, e uma terra sobressaindo compactamente à água e no meio da água, pela palavra de Deus; e, por esses meios, o mundo daquele tempo sofreu destruição, ao ser inundado pela água.” — 2 Pedro 3:5, 6, NM, ed. ingl. 1971.
19. (a) A que se referiu Pedro com a expressão “o mundo daquele tempo”? (b) O que eram “esses meios” pelos quais o mundo daquele tempo sofreu a destruição?
19 “O mundo daquele tempo”, quer dizer, o mundo até o ano de 2370 A. E. C., foi destruído pela “palavra de Deus” assim como a criação dos céus e da terra havia sido realizada deste modo. A expressa “palavra de Deus” criou as possibilidades de tal dilúvio global, pois a narrativa da criação diz: “Deus prosseguiu, dizendo: ‘Venha a haver uma expansão entre as águas e ocorra uma separação entre águas e águas.’ Deus passou então a fazer a expansão e a fazer separação entre as águas que haviam de ficar debaixo da expansão e as águas que haviam de ficar por cima da expansão. E assim se deu. E Deus começou a chamar a expansão de Céu. E veio a ser noitinha e veio a ser manhã, segundo dia.” E no quinto dia criativo, “Deus prosseguiu, dizendo: ‘Produzam as águas um enxame de almas viventes e voem criaturas voadoras sobre a terra, na face da expansão dos céus.’” (Gênesis 1:6-8, 20) Aqueles céus, e as águas acima e abaixo, eram os meios que a palavra de Deus pôs em operação, e “por esses meios” Ele inundou o “mundo daquele tempo”.
20. O que mostra que o dilúvio global veio realmente em resposta à “palavra de Deus”?
20 O dilúvio global veio segundo a palavra de Deus, porque ele o cronometrou. “Após isso [após a preparação da arca de sobrevivência], Jeová disse a Noé: ‘Entra na arca, tu e todos os da tua casa, porque tu és quem eu vi ser justo diante de mim no meio desta geração. . . . Pois, em apenas mais sete dias farei que esteja chovendo sobre a terra por quarenta dias e quarenta noites; e vou obliterar da superfície do solo toda coisa existente que tenho feito.’” Isto ocorreu no ano 2370 A. E. C. “No seiscentésimo ano da vida de Noé, no segundo mês, no dia dezessete do mês, neste dia romperam-se todos os mananciais da vasta água de profundeza e abriram-se as comportas dos céus. E o aguaceiro sobre a terra continuou por quarenta dias e quarenta noites. Neste mesmo dia Noé entrou na arca, e com ele Sem, e Cã, e Jafé, os filhos de Noé, e a esposa de Noé, e as três esposas dos seus filhos. . . . Depois Jeová fechou a porta atrás dele.” — Gênesis 7:1-4, 11-16.
21, 22. (a) Qual foi o “mundo” destruído pelo dilúvio global? (b) Como usou Jesus os acontecimentos de então como base para um aviso que se aplica aos nossos dias?
21 O “mundo daquele tempo”, que “sofreu destruição, ao ser inundado pela água”, é identificado para nós em 2 Pedro 2:5. Lemos ali: “Ele [isto é, Deus] não se refreou de punir um mundo antigo, mas preservou a Noé, pregador da justiça, junto com mais sete, quando trouxe um dilúvio sobre um mundo de pessoas ímpias.” Aquele antigo “mundo de pessoas ímpias” não prestou atenção a como Deus usava Noé e sua família durante o tempo da construção da enorme arca para a sobrevivência ao dilúvio. Jesus Cristo usou esta indiferença do “mundo de pessoas ímpias” para com a “palavra de Deus” como ilustração do que se daria durante esta “terminação do sistema de coisas”, dizendo:
22 “Acerca daquele dia e daquela hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente o Pai. Pois assim como eram os dias de Noé, assim será a presença [parousia] do Filho do homem. Porque assim como eles eram naqueles dias antes do dilúvio, comendo e bebendo, os homens casando-se e as mulheres sendo dadas em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não fizeram caso, até que veio o dilúvio e os varreu a todos, assim será a presença do Filho do homem.” — Mateus 24:36-39.
23. (a) Como se deu que Noé “condenou o mundo”? (b) Inclui a palavra “mundo”, em 2 Pedro 3:6, espíritos invisíveis quais “céus”?
23 Noé, pelo seu proceder em fé, condenou aquele “mundo de pessoas ímpias”. Noé prestou atenção à falada “palavra de Deus” e obedeceu a ela; o “mundo de pessoas ímpias” não fez isso, e mostrou que mereceu ser condenado à destruição. “Pela fé Noé, depois de receber aviso divino de coisas ainda não observadas, mostrou temor piedoso e construiu uma arca para a salvação de sua família; e, por intermédio desta fé, ele condenou o mundo e tornou-se herdeiro da justiça que é segundo a fé.” (Hebreus 11:7) O “mundo” condenado pelo proceder de Noé em fé não incluiu criaturas espirituais, invisíveis, os demônios iníquos. Em 2 Pedro 3:6, “o mundo daquele tempo” que sofreu a destruição no Dilúvio não é contrastado com espíritos celestiais, invisíveis, os demônios, os anjos desobedientes a Jeová Deus; e não são estes os figurativamente chamados de “os céus”. Os demônios espirituais não foram destruídos pelo Dilúvio. Foram as pessoas ímpias na terra que sofreram a morte.
FIM DOS “CÉUS E A TERRA QUE AGORA EXISTEM”
24. Por que é tolo que alguém, hoje em dia, neste século vinte, escarneça da narrativa bíblica do que aconteceu ao “mundo de pessoas ímpias” nos dias de Noé?
24 À luz daquela destruição do “mundo daquele tempo” pelo dilúvio global, os ridicularizadores deste século vinte E. C. agem desastrosamente para si mesmos por ‘escapar-lhes o fato’ do que aconteceu ao antediluviano “mundo de pessoas ímpias”, segundo a “palavra de Deus”. Agem contrário aos seus próprios interesses eternos por não se lembrarem ou não fazerem caso “das declarações anteriormente feitas pelos santos profetas” com respeito a este tempo da “presença” invisível de Cristo, esta “terminação do sistema de coisas”. (2 Pedro 3:2; Mateus 24:3) A “palavra de Deus” não só tinha que ver com a existência dos “céus, e uma terra”, ‘desde a antiguidade’, então povoados pelo “mundo daquele tempo”, mas esta mesma “palavra de Deus” tem que ver também com os “céus e a terra que agora existem” e com os quais os ridicularizadores deste século vinte estão associados. Isto não devia escapar desses ridicularizadores da atualidade, que escarnecem da promessa da “presença” de Cristo para embaraçar as testemunhas cristãs de Jeová.
25, 26. (a) A que fator de tempo traz atenção o apóstolo Pedro na advertência? (b) Quem havia anteriormente feito menção de algo assim, e de que nos deve advertir isso?
25 “Mas”, prossegue o apóstolo Pedro em advertência, “pela mesma palavra, os céus e a terra que agora existem estão sendo guardados para o fogo e estão sendo reservados para o dia do julgamento e da destruição dos homens ímpios. No entanto, não vos escape este único fato, amados, que um só dia é para Jeová como mil anos, e mil anos, como um só dia”. — 2 Pedro 3:7, 8.
26 O profeta Moisés foi o primeiro homem a ser inspirado para equacionar mil anos de existência humana com um dia de vinte e quatro horas na experiência do Criador eterno do céu e da terra. Esta primeira comparação assim é encontrada no Salmo 90:1-4, escrito por Moisés, nas seguintes palavras dirigidas ao Criador: “Ó Jeová, tu mesmo mostraste ser uma verdadeira habitação para nós durante geração após geração. Antes de nascerem os próprios montes ou de teres passado a produzir como que com dores de parto a terra e o solo produtivo, sim, de tempo indefinido a tempo indefinido, tu és Deus. Fazes o homem mortal voltar à matéria quebrantada e dizes: ‘Retornai, filhos dos homens.’ Pois [visto que Deus faz o homem pecador voltar ao pó do solo, na morte, depois de uma vida tão curta] mil anos aos teus olhos são apenas como o ontem [de vinte e quatro horas de duração] que passou e como uma vigília [de quatro horas] durante a noite.” (Veja o cabeçalho do Salmo 90.) Jeová Deus inspirou Moisés também a falar sobre os períodos criativos de sete mil anos de duração como sendo “dias”. (Gênesis 1:1-31; Êxodo 20:11) O que é bastante comprido em tempo para o homem mortal é infinitesimamente curto para o Deus imortal.
27. Que efeito teve o dilúvio nos dias de Noé sobre o próprio globo?
27 Quando Deus trouxe o dilúvio global nos dias de Noé, ele não destruiu nosso literal globo terrestre. Este sobreviveu ao Dilúvio e formou bacias, nas quais se ajuntaram todas as águas que o inundaram.
“OS CÉUS E A TERRA QUE AGORA EXISTEM”
28. (a) Portanto, são “os céus e a terra que agora existem” um novo globo terrestre, com uma nova atmosfera, diferente daqueles que existiam antes do Dilúvio? (b) Como sabemos que, quando Deus criou o homem, ele não pensava em usar para fins destrutivos as águas suspensas acima da terra?
28 Portanto, quando 2 Pedro 3:7 fala sobre “os céus e a terra que agora existem”, não se pode referir a um novo globo terrestre com uma nova “expansão” atmosférica em volta dele. Deve-se notar também, nos versículos 5 e 6 de 2 Ped 3, que o apóstolo Pedro não disse que os “céus, e uma terra sobressaindo compactamente”, ‘desde a antiguidade’, tivessem sido guardados para a água e tivessem sido reservados para o dia de julgamento. Deus não pensou em tal coisa quando originalmente fez os céus e a terra literais e estabeleceu o homem na terra. Naquele tempo, Deus deu ao perfeito homem e mulher a oportunidade de viverem num paraíso terrestre para sempre, sem dia de julgamento. — Gênesis 2:17-25.
29. (a) São “os céus e a terra que agora existem” a mesma espécie de céus e terra mencionados em 2 Pedro 3:5? (b) Portanto por que precisa também ser figurativo o “fogo” mencionado no 2 Ped. 3 versículo 7?
29 Por conseguinte, “os céus e a terra que agora existem” não estão guardados para as águas dum dilúvio global, mas para o fogo e estão reservados para o dia do julgamento e “da destruição dos homens ímpios”. Evidentemente, isto significa céus e uma terra de espécie diferente daquela do céu e terra originais, literais. Sendo assim, então o “fogo” mencionado aqui deve ser diferente do fogo literal, portanto, “fogo” figurativo, tal como muitas vezes se menciona nas Escrituras inspiradas.
30, 31. (a) Em Sofonias 3:8, 9, a que espécie de “fogo” se faz referência? (b) Que referência a “fogo” é encontrada em Lamentações 2:3, 4?
30 Sofonias 3:8, 9, fala sobre tal “fogo” figurativo, ao dizer: “‘Portanto, estai à espera de mim’, é a pronunciação de Jeová, ‘até o dia em que eu me levantar para o despojo, pois a minha decisão judicial é ajuntar nações, para que eu reúna reinos, a fim de derramar sobre elas a minha verberação, toda a minha ira ardente; porque toda a terra será devorada pelo fogo do meu zelo. Pois então darei aos povos a transformação para uma língua pura, para que todos eles invoquem o nome de Jeová, a fim de servi-lo ombro a ombro’.”
31 Também, depois da destruição da cidade de Jerusalém pelos exércitos de Babilônia, no ano 607 A. E. C., o profeta Jeremias fez o seguinte lamento a respeito da ação tomada por Jeová Deus: “No ardor da ira, ele cortou todo chifre de Israel. Fez recuar a sua direita de diante do inimigo; e continua ardendo em Jacó como fogo chamejante que devora em todo o redor. Ele entesou seu arco como um inimigo. Sua direita tomou posição como um adversário, e ele matava a todos os desejáveis aos olhos. Derramou seu furor como fogo na tenda da filha de Sião.” — Lamentações 2:3, 4.
32, 33. Depois do dilúvio dos dias de Noé, que promessa reconfortante fez Deus, da qual o arco-íris é um lembrete?
32 Logo após o dilúvio dos dias de Noé, Deus fez com que aparecesse o arco-íris e disse a Noé e à família deste: “Sim, deveras estabeleço o meu pacto convosco: Não mais será toda a carne decepada pelas águas dum dilúvio e não mais virá a haver dilúvio para arruinar a terra.” E Deus acrescentou: “Este é o sinal do pacto que dou entre mim e vós, e toda alma vivente que está convosco, para as gerações por tempo indefinido. Dou deveras o meu arco-íris na nuvem, e ele terá de servir de sinal do pacto entre mim e a terra. E acontecerá que, quando eu trouxer uma nuvem sobre a terra, então é que aparecerá o arco-íris na nuvem. E hei de lembrar-me do meu pacto entre mim e vós, e toda alma vivente dentre toda a carne; e as águas não se tornarão mais um dilúvio para arruinar toda a carne. E terá de vir a haver o arco-íris na nuvem, e eu certamente o verei para me lembrar do pacto por tempo indefinido entre Deus e toda alma vivente dentre toda a carne que há na terra.” — Gênesis 9:11-16.
33 Em Isaías 54:9, Jeová Deus acrescentou a seguinte garantia: “Jurei que as águas de Noé não mais passariam sobre a terra.”
“GUARDADOS PARA O FOGO”
34. Quais os diversos fatos que tornam desarrazoado o conceito de que o fogo mencionado em 2 Pedro 3:7 seja literal?
34 Tal declaração juramentada, a respeito de não haver mais outro dilúvio global, seria de pouco consolo para a humanidade se Deus, em vez disso, tivesse o propósito de envolver toda a terra em fogo literal, de produzir uma literal conflagração mundial. Também, se a expressão “os céus e a terra que agora existem” incluíssem as estrelas do céu, visíveis ao olho humano, o que faria tal fogo literal ao sol de nosso sistema solar e a todos os outros astros de nossa Via-láctea e em todas as outras galáxias, que já são bolas de fogo de temperatura muito mais elevada do que os fogos produzidos aqui na terra? Reduzir nossa terra a cinzas queimadas, por meio duma conflagração global, dificilmente se harmonizaria com o propósito declarado de Deus, de converter esta terra num paraíso global, por meio de seu reino messiânico.
35. (a) Então, o que significa o “fogo” nesse texto? (b) E quais são “os céus” “guardados para o fogo”?
35 É evidente, pois, que o “fogo” para o qual “os céus e a terra que agora existem” estão sendo guardados é fogo simbólico, que produz a destruição de coisas condenadas com a mesma eficiência com que o fogo literal acaba com coisas combustíveis. Sendo assim, a expressão “os céus e a terra que agora existem” assume significado simbólico. Portanto, “os céus” simbolizam os sistemas governamentais, as autoridades governantes “que agora existem” e aos quais a humanidade está sujeita. Em Romanos 13:1, o apóstolo cristão Paulo chama-os de “autoridades superiores”, dizendo: “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores, pois não há autoridade exceto por Deus; as autoridades existentes acham-se colocadas por Deus nas suas posições relativas.”
36. (a) Em harmonia com isso, qual é a “terra” ‘guardada para o fogo’? (b) Dê um exemplo bíblico de tal uso do termo “terra”.
36 Por conseguinte, a “terra” que está sob estes céus simboliza a sociedade humana que está sob as “autoridades superiores” ou em sujeição a elas. Antigamente, por mais de um século depois do dilúvio dos dias de Noé, esta sociedade humana falava apenas uma só língua. Gênesis 11:1, traz atenção a isso, dizendo: “Ora, toda a terra continuava a ter um só idioma e um só grupo de palavras.”
37, 38. (a) A que mais, que é alto e elevado, são comparados nas Escrituras os governos políticos? (b) Ilustre isso com Isaías, capítulo 34, e Miquéias, capítulo 1.
37 Em plena harmonia com a referência às “autoridades superiores” como sendo “céus”, há a comparação bíblica de tais governos políticos com “montes”. Como exemplo, o Soberano Senhor Deus diz em Isaías 34:2-5: “Jeová tem indignação contra todas as nações e furor contra todo o seu exército. Ele terá de devotá-las à destruição; terá de entregá-las ao abate. E seus mortos serão lançados fora; e quanto aos seus cadáveres, ascenderá o seu mau cheiro; e os montes terão de derreter-se por causa do sangue deles. E todos os do exército dos céus terão de apodrecer. E os céus terão de ser enrolados, como o rolo dum livro; e todo o seu exército terá de engelhar-se, assim como se engelha a folhagem caindo da videira e como o figo engelhado da figueira. Pois a minha espada certamente ficará encharcada nos céus. Eis que descerá sobre Edom e sobre o povo que em justiça devotei à destruição.” Com a destruição dos exércitos, na vindoura “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon, os governos que sustentaram derreter-se-ão, dissolver-se-ão, iguais a montes que se dissolvem no sangue dos exércitos mortos.
38 Outro quadro da dissolução de simbólicos montes altos como os céus é apresentado em Miquéias 1:3, 4, nas seguintes palavras: “Pois, eis que Jeová está saindo do seu lugar, e ele certamente descerá e pisará os altos da terra. E debaixo dele terão de derreter-se os montes e as próprias baixadas se partirão qual cera por causa do fogo, quais águas que se precipitam por um lugar escarpado.” Em breve, quando Jeová Deus, o Todo-poderoso, por meio de suas forças executoras, celestiais, entrar em contato com os montes governamentais deste sistema de coisas, será como se estes fossem sujeitos a um calor incandescente. Sua solidez se derreterá!
39. Portanto, o que reserva o futuro para “os céus e a terra que agora existem” e para os “homens ímpios”, e por quê?
39 Portanto, “o dia do julgamento e da destruição dos homens ímpios”, para o qual se reservam agora “os céus e a terra que agora existem”, falando-se figurativamente, será ardente, em vista de toda a destruição que causará. Será o dia da execução dos julgamentos divinos sobre todo o sistema visível de coisas. Também, será um dia de “destruição dos homens ímpios”, visto que eles não encaram e tratam Jeová Deus como o Augusto, o Soberano Universal. São irreverentes para com Ele, o Santo.
DEUS NÃO É TARDIO EM AGIR
40, 41. Embora os ridicularizadores possam encarar a vinda do “dia de julgamento” por Jeová como vagarosa, que fato a respeito do tempo precisa ser tomado em consideração?
40 É “pela mesma palavra”, quer dizer, “pela palavra de Deus”, que “os céus e a terra que agora existem” estão imutavelmente “guardados para o fogo e estão sendo reservados para o dia do julgamento e da destruição dos homens ímpios”. Isto é algo em que devem pensar os ridicularizadores modernos, que tratam a “presença” do Senhor e Salvador Jesus Cristo como ainda não vigente. Esta “mesma palavra”, que declarou com autoridade o propósito pelo qual se permitiu que “os céus e a terra que agora existem” existissem por tanto tempo, será cumprida sem falta. Isto já não demorará muito! Para os ridicularizadores e os “homens ímpios”, talvez a vinda desse “dia” pareça demorar muito, mas para Deus, que é eterno, sem princípio nem fim, não passou muito tempo. É por isso que o apóstolo Pedro disse a seguir:
41 “No entanto, não vos escape este único fato, amados, que um só dia é para Jeová como mil anos, e mil anos, como um só dia. Jeová não é vagaroso com respeito à sua promessa, conforme alguns consideram a vagarosidade, mas ele é paciente convosco, porque não deseja que alguém seja destruído, mas deseja que todos alcancem o arrependimento. Contudo, o dia de Jeová virá como um ladrão.” — 2 Pedro 3:8-10.
42. (a) Foi a concessão dum período aparentemente longo, por Deus, falta de consideração dele para com a humanidade? (b) Como é “um só dia . . . para Jeová como mil anos” para o homem?
42 O que para os homens é muito tempo, na realidade é pouco tempo para Deus. Por isso, ele pode conceder aos homens um período aparentemente longo, nos interesses deles. O que são para Ele “mil anos”, quando são apenas como um dia de vinte e quatro horas em comparação com a eternidade de sua existência? Inversamente, um dia de vinte e quatro horas para Deus é como mil anos para os homens, quando os homens tomam em consideração de que levariam mil anos para realizar o que o Deus Todo-poderoso Jeová realizaria em “um só dia”. Homens dessatisfeitos têm procurado durante milhares de anos melhorar este sistema de coisas ou tentado derrubá-lo para fazer algo melhor, mas até agora não conseguiram isso. No entanto, Jeová fará isso no seu “dia”, no breve período em que executará seus julgamentos no atual sistema de coisas como que por fogo e destruirá todos os que simpatizarem com o mesmo e o apoiarem. Isto é realmente algo em que devem pensar os que zombam.
43. Em vez de os homens ficarem impacientes com o modo em que Deus trata dos assuntos, a que perguntas deviam dar séria consideração?
43 Revela falta de entendimento da maneira de Deus tratar dos assuntos quando alguém diz com impaciência: ‘Por que não fez Deus já antes alguma coisa a respeito da péssima situação mundial? Ele devia apressar-se e fazer alguma coisa para aliviar os homens, para que eu possa tirar proveito disso — depressa!’ A principal pergunta que tal pessoa impaciente devia fazer a si mesma é: ‘Já cheguei ao arrependimento para com Deus?’ Ou: ‘Aproveito o tempo para ajudar o maior número possível dos outros a chegar ao arrependimento?’
44. (a) Como revelaram os tratos de Deus com a humanidade realmente incomparável “paciência” da sua parte, visando que objetivo? (b) Durante este período de tempo, o que fez Deus visando a salvação de tantos quantos fosse possível?
44 Quem pode corretamente acusar a Deus de ser vagaroso quanto à sua promessa de purificar esta terra da iniqüidade e estabelecer um permanente governo justo, quando mil anos do tempo do homem são apenas um só dia de vinte e quatro horas para o Deus Eterno? Ele fixou seu dia para agir, e este dia fixo permitiu amplo tempo para inúmeros chegarem ao arrependimento. Em vez de encararem isso como ‘vagarosidade’ da parte de Deus, deviam encarar isso como sendo incomparável “paciência” da sua parte que ele fixou seu “dia” de agir tanto tempo no futuro, contado do começo dos “céus e a terra que agora existem”. Ele teve esta paciência divina porque não quer que alguém pereça ou seja destruído. Assim, durante os milhares de anos que ele concedeu até o seu “dia” imutavelmente fixo, ele enviou seu amado Filho desde o céu para agir como Grande Instrutor na terra e morrer qual sacrifício de resgate para toda a humanidade, a fim de que houvesse salvação para o maior número possível deles. (Gálatas 4:4) Desde aquela primeira vinda de seu fiel Filho amado à terra, pregou-se o arrependimento para o perdão de pecados, em toda a terra habitada. Já se prega tal arrependimento por mais de dezenove séculos.
45. Embora os ridicularizadores não reconheçam isso, de que modo tratou Deus até mesmo com eles?
45 Os atuais ridicularizadores não aproveitam o tempo da paciência de Deus para chegar ao arrependimento, a fim de não serem destruídos. Embora não reconheçam isso, Deus agiu mui bondosamente para com eles, visando o arrependimento deles. Conforme o apóstolo Paulo escreveu na sua carta inspirada dirigida à congregação romana, composta de judeus cristianizados e de gentios: “Desprezas as riquezas de sua benignidade, e indulgência, e longanimidade, por não saberes que a qualidade benévola de Deus está tentando levar-te ao arrependimento?” — Romanos 2:4.
46, 47. (a) Como se mostrou que a paciência de Deus não foi em vão, mesmo desde o ano de 1914? (b) Em Revelação 7:1-3, como são retratados o autocontrole e a paciência de Deus?
46 A paciência de que Deus usou durante este tempo da “presença” do Senhor e Salvador Jesus Cristo, no poder do Reino, desde 1914 E. C., não foi em vão. Permitiu e produziu o ajuntamento do derradeiro restante dos israelitas espirituais e também o ajuntamento dos inúmeros membros da “grande multidão”, que são companheiros fiéis do restante ungido. O autocontrole e a paciência de Deus, por causa daqueles que podem ser induzidos a arrepender-se, são retratados em Revelação, capítulo sete. Com referência à iminente tempestade de destruição mundial, o apóstolo João escreveu:
47 “Depois disso vi quatro anjos em pé nos quatros cantos da terra, segurando firmemente os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, ou sobre o mar, ou sobre qualquer árvore. E eu vi outro anjo ascender desde o nascente do sol, tendo um selo do Deus vivente; e ele gritou com voz alta para os quatro anjos aos quais se concedera fazer dano à terra e ao mar, dizendo: ‘Não façais dano nem à terra, nem ao mar, nem às árvores, até depois de termos selado os escravos de nosso Deus nas suas testas.’” (Revelação 7:1-3) Isto ocorria segundo a paciência de Deus.
48. (a) Em que resultou esta manifestação de paciência por parte de Deus? (b) Que ação tomam os que agora chegam a apreciar a paciência de Deus, e que perspectiva notável se lhes apresenta?
48 De que benefício era esta manifestação da paciência da parte de Deus? O restante necessário dos israelitas espirituais foi selado na sua testa, para haver finalmente cento e quarenta e quatro mil israelitas espirituais selados, conforme predeterminado por Jeová Deus. (Revelação 7:4-8) No entanto, outros, além dos israelitas espirituais que hão de reinar com Cristo no Monte Sião celestial, foram beneficiados pela paciência de Deus neste “tempo do fim”. Foram beneficiados os que têm esperança bíblica de vida eterna num paraíso terrestre. Desde o momentoso ano de 1935 E. C., eles têm saído de todas as nações, tribos, povos e línguas, e se têm dedicado a Jeová, como seu Deus. Por isso foram batizados em símbolo desta dedicação, assim como Jesus Cristo ordenou que se fizesse com os que se tornam seus discípulos. A esta ilimitada “grande multidão”, que se forma agora, apresenta-se a perspectiva notável de atravessarem vivos e saírem da tormentosa “grande tribulação” que encerrará este “tempo do fim”. O quadro profético que se apresenta em Revelação 7:9-17 a respeito desta “grande multidão” como saindo salva da “grande tribulação” prossegue agora até a sua gloriosa realização!
É CERTA A VINDA DO DIA DO SENHOR DEUS
49. O que sobrevirá de repente aos homens que, embora considerem a Deus como vagaroso, são eles mesmos vagarosos em agir para a salvação?
49 Os homens que confundem o exercício de longanimidade e paciência por Deus com morosidade, tardança e vagarosidade, da parte Dele, sendo eles próprios vagarosos em agir para se salvarem, serão de repente apanhados pela destruição da parte de Deus. O apóstolo Pedro advertiu contra tal proceder enganoso, descuidado e imprudente, dizendo: “Contudo, o dia de Jeová [hemera Kyríou, em grego; dia do Senhor]a virá como ladrão, sendo que nele passarão os céus com som sibilante, mas os elementos, estando intensamente quentes, serão dissolvidos, e a terra e as obras nela serão descobertas.” — 2 Pedro 3:10; variante marginal da edição inglesa da NM.
50. Neste respeito, que aviso se dá a respeito de clérigos que usam a religião como meio para explorar pessoas crédulas?
50 O dia do fim dos “céus e a terra que agora existem” virá sem falta, porque isso faz parte do propósito declarado de Deus. Ele fixou o tempo da chegada dele no seu próprio cronograma. Os clérigos da cristandade que continuam a usar a religião como meio para explorar o povo crédulo verificarão que eles é que estão adormecidos e desapercebidos da ordem dos acontecimentos, não o próprio Deus. “Explorar-vos-ão também em cobiça com palavras simuladas. Mas, quanto a eles, o julgamento, desde tempos antigos, não está avançando vagarosamente e a destruição deles não está cochilando.” — 2 Pedro 2:3.
51. Igual a que se tornará o dia da execução do julgamento divino, conforme disseram tanto o apóstolo Paulo como Jesus Cristo?
51 A vinda do dia de Jeová como ladrão de noite é também comentada pelo apóstolo Paulo, ao escrever aos cristãos em Tessalônica, na Macedônia: “Ora, quanto aos tempos e às épocas, irmãos, não necessitais de que se vos escreva. Pois vós mesmos sabeis muito bem que o dia de Jeová vem exatamente como ladrão, de noite. Quando estiverem dizendo: ‘Paz e segurança!’ então lhes há de sobrevir instantaneamente a repentina destruição, assim como as dores de aflição vêm sobre a mulher grávida, e de modo algum escaparão.” (1 Tessalonicenses 5:1-3) Visto que Jeová Deus usará o próprio Jesus Cristo como agente executor naquele dia de Jeová, este advertiu seus discípulos sobre a aproximação sorrateira do começo do dia da execução do julgamento, dizendo: “Mas, sabei isto, que, se o dono de casa tivesse sabido em que vigília viria o ladrão, teria ficado acordado e não teria permitido que a sua casa fosse arrombada. Por esta razão, vós também mostrai-vos prontos, porque o Filho do homem vem numa hora em que não pensais.” — Mateus 24:43, 44; Lucas 12:39, 40.
52. O que são os “céus” que passarão, mencionados em 2 Pedro 3:10?
52 No dia de Jeová a humanidade ver-se-á envolvida numa situação ardente para este sistema ímpio de coisas. Os “céus”, os “elementos” e a “terra” que a humanidade conhece já por milhares de anos serão afetados ruinosamente. Os “céus” que passarão serão os governos políticos que serviram quais “autoridades superiores” pela permissão de Deus e que prolongaram sua operação apesar do fim dos Tempos dos Gentios em 1914 E. C. Ergueram-se altos, quais montanhas, no cenário da terra e ofuscaram os assuntos da sociedade humana. Os sacerdotes, profetas e clérigos da religião meteram-se nos governos e procuraram envolver-se nos governos como parte integrante deles, produzindo em muitos países um casamento entre Estado e Igreja. Nos casamentos entre Igreja e Estado, que ainda continuam neste “tempo do fim”, o parceiro religioso é o menor, o subordinado é meramente tolerado, não cortejado apaixonadamente.
53. O que é indicado pelo fato de que os “céus” passarão “com som sibilante”?
53 Esses “céus” governamentais desaparecerão “com som sibilante”, igual ao som da prolongada pronúncia do “s”. Isto pode referir-se a um zunido tal como o produzido pela passagem rápida dum objeto através do ar, como quando a águia mergulha em direção à sua presa. Neste respeito, o som sibilante poderia indicar a passagem rápida desses “céus” governamentais. Este desaparecimento rápido dos céus governamentais não virá em resultado da ação de partidos radicais, revolucionários, dentre os homens, porque estes apenas substituiriam o governo derrubado por outro deles mesmos. Antes, o desaparecimento dos “céus” políticos será por um ato de Jeová Deus. Visto que já excederam os “tempos designados das nações” gentias, seria apenas próprio que fossem eliminados rapidamente do cenário, numa ação já há muito devida. O “som sibilante”, não importa que efeito sonoro produza, será ouvido pelos habitantes da terra.
54. Identifique os “elementos” que hão de ser dissolvidos, de acordo com 2 Pedro 3:10.
54 Os “elementos” que ficarão “intensamente quentes” e depois serão “dissolvidos” não são os chamados “quatro elementos” dos alquimistas da Idade Média, a saber, fogo, água, terra e ar. “Elementos” refere-se às partículas básicas de que alguma coisa, tal como um organismo, é constituído. “Elementos” pode sugerir certas coisas arranjadas em determinada ordem, tais como as letras do alfabeto duma língua. Os “elementos” são mencionados como diferentes dos “céus” e da “terra” e não como sendo partes componentes básicas deles. Entre nossos céus literais e a terra existe a atmosfera na qual a humanidade vive, respirando-a para sustentar a vida. Esta atmosfera é composta duma mistura de gases e por isso tem partes elementares. De modo similar, existe um espírito que permeia o domínio terrestre da humanidade, que esta respira e que a anima, induzindo-a como que por uma força invisível a agir, pensar, falar e planejar assim como faz. Este é o espírito do mundo. Não tem nada que ver com o espírito de Deus, mas está em inimizade com ele. Por isso, Deus é contra esse espírito mundano em todas as suas partes elementares. No Seu dia, terá de dissolvê-lo, destruí-lo no calor de sua ira. Todas as doutrinas, arranjos e planos que expressam esse espírito mundano e resultam dele terão de ser dissolvidos e reduzidos a nada, junto com ele.
55. (a) O que significa a “terra” mencionada aqui? (b) A que se refere a expressão “as obras nela”?
55 Não só os “céus” e os “elementos” recebem atenção divina, mas também “a terra e as obras nela”. Estas “serão descobertas”. (2 Pedro 3:10) Serão desmascaradas. “A terra”, neste caso, simboliza a sociedade humana, separada e distinta dos do restante ungido dos israelitas espirituais e da “grande multidão”, que estão no paraíso espiritual e adoram a Jeová no seu templo espiritual. (Revelação 7:15) A expressão “as obras nela” não se refere aos atos ou ao comportamento da sociedade humana, terrena, mas às suas obras de construção, às coisas que a sociedade humana constrói e produz em matéria de estruturas. Tais “obras” revelam o conceito materialista, as tendências terrenas, desta sociedade humana, de tal “terra” simbólica.
56, 57. (a) Em que sentido são “descobertas” a terra e as obras nela conforme diz 2 Pedro 3:10? (b) Em que sentido é esta idéia similar à expressa em 1 Coríntios 3:13-15?
56 Por que, porém, se diz, “e a terra e as obras nela serão descobertas [literalmente: serão achadas]”? Por que “serão descobertas”, “serão achadas”, em vez de “se queimarão”, conforme diz a versão revista e corrigida da tradução de João Ferreira de Almeida em 2 Pedro 3:10? Serem “descobertas” ou “achadas” não significa que, no dia de Jeová, elas sejam apenas expostas à vista e deixadas assim expostas. Diz-se, em 2 Pedro 3:7, que, pela palavra de Deus, “os céus e a terra que agora existem estão sendo guardados para o fogo”. Por conseguinte, a “terra e as obras nela” não escaparão do “fogo” da destruição, assim como tampouco escaparão os “céus” e os “elementos”. Serão “descobertos” ou “achados” pelo fogo. O fogo apanhará também a “terra e as obras nela”. Serão “descobertas” ou “achadas” como sendo combustíveis, assim como são os simbólicos “céus” e os simbólicos “elementos”. O “fogo” destrutivo do dia de Jeová provará isso. Portanto, o sentido da descoberta ou do achado é igual ao daquele em 1 Coríntios 3:13-15, onde o apóstolo Paulo escreve:
57 “A obra de cada um se tornará manifesta, pois o dia a porá à mostra, porque será revelada por meio de fogo; e o próprio fogo mostrará que sorte de obra é a de cada um. Se permanecer a obra de alguém, que sobre ele construiu, receberá uma recompensa; caso se queimar a obra de alguém, sofrerá perda. . . .”
58. Portanto, o que está para acontecer à simbólica “terra e as obras nela” e como é isso mostrado adicionalmente pelas palavras proféticas de Sofonias?
58 “O dia [de Jeová] do julgamento e da destruição dos homens ímpios” virá como ladrão sobre a simbólica “terra e as obras nela”, e o “fogo” daquele dia da execução do julgamento divino mostrará que são inflamáveis, sujeitas à incineração. Arderão em chamas. Não resistirão, nem sobreviverão ao dia ardente do Senhor Deus Jeová. As palavras proféticas de Sofonias 1:14-18 têm significado solene para os nossos dias: “Está próximo o grande dia de Jeová. Está próximo e se apressa muitissimamente. O ruído do dia de Jeová é amargo. Ali o poderoso deixa escapar um grito. . . . Nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar no dia da fúria de Jeová; mas toda a terra será devorada pelo fogo do seu zelo, porque ele fará uma exterminação, sim, uma terrível, de todos os habitantes da terra.”
‘APRESSANDO A PRESENÇA DO DIA DE DEUS’
59. Que exortação do apóstolo Pedro, com respeito a expectativas e conduta, aplica-se com força especial a nós hoje?
59 Em contraste com os ridicularizadores preditos para o nosso tempo, que sorte de pessoas devemos mostrar ser em face da iminente ruína deste sistema ímpio de coisas? A exortação do apóstolo Pedro aos cristãos do primeiro século aplica-se hoje a nós com a maior força: “Visto que todas estas coisas [os simbólicos céus, elementos, terra e as obras nela] hão de ser assim dissolvidas, que sorte de pessoas deveis ser em atos santos de conduta e em ações de devoção piedosa, aguardando e tendo bem em mente [literalmente: aguardando e apressando] a presença do dia de Jeová [em grego: de o Deus], pelo qual os céus, estando incendiados, serão dissolvidos, e os elementos, estando intensamente quentes, se derreterão! Mas, há novos céus e uma nova terra que aguardamos segundo a sua promessa, e nestes há de morar a justiça.” — 2 Pedro 3:11-13; Kingdom Interlinear Translation.
60. (a) Se realmente crermos no que diz a Palavra de Deus, como viveremos? (b) Que exortação dá o apóstolo Pedro aos que foram chamados para a vida celestial?
60 Os verdadeiros crentes no cumprimento certo da palavra profética de Deus devem viver em harmonia com suas expectativas. Não viverão egoistamente para o atual sistema de coisas, quer dizer, para os “céus”, os “elementos” e a “terra”, que hão de ser dissolvidos, destruídos, do modo como a Palavra de Deus descreve. Por que viver para algo que perecerá em breve? E por que perecer junto com ele? Em especial os cristãos dedicados e batizados “obtiveram uma fé, tida por igual privilégio como a [do apóstolo Pedro], pela justiça de nosso Deus e do Salvador Jesus Cristo”. (2 Pedro 1:1, NM; Weymouth; American Standard, ambas em inglês) Aos cristãos que têm a chamada para o reino celestial, o apóstolo Pedro prossegue dizendo: “Fazei tanto mais o vosso máximo para vos assegurar da vossa chamada e escolha; pois, se persistirdes em fazer estas coisas, de nenhum modo falhareis jamais. De fato, assim vos será ricamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” (2 Pedro 1:10, 11) O apóstolo Pedro diz que eles eram “forasteiros e residentes temporários”, e, por isso, não faziam parte dos simbólicos “céus”, “elementos” e “terra” que ‘hão de ser assim dissolvidos’. — 1 Pedro 2:11.
61. (a) Em harmonia com a exortação de Pedro, que sorte de pessoas e práticas evitam os verdadeiros cristãos? (b) O que é necessário para se permanecer no paraíso espiritual?
61 Por conseguinte, os que acatam a exortação de Pedro não têm nada que ver com os “falsos instrutores” que ‘introduzem quietamente seitas destrutivas’ e que ‘repudiam até mesmo o dono que os comprou, trazendo sobre si mesmos uma destruição veloz’. Os cristãos que se apegam à verdadeira profecia não seguem tais instrutores falsos. Esses cristãos fiéis não estão entre os muitos que ‘seguem os seus atos de conduta desenfreada’ e por causa dos quais “falar-se-á de modo ultrajante do caminho da verdade”. (2 Pedro 2:1, 2) A fim de evitarem que os ridicularizadores e outros mundanos falem do caminho da verdade bíblica de modo ultrajante, os cristãos que acatam as palavras do apóstolo Pedro prestam constante atenção a que espécie de pessoas deviam ser “em atos santos de conduta e em ações de devoção piedosa”. Por meio deste proceder, evitarão trazer “sobre si mesmos uma destruição veloz” junto com os “céus e a terra que agora existem” e que “estão sendo guardados para o fogo”. (2 Pedro 3:7) Por meio de “atos santos de conduta e . . . ações de devoção piedosa”, as testemunhas cristãs de Jeová mantêm-se hoje no seu paraíso espiritual.
62. (a) Há algo que possamos fazer para que o “dia de Jeová” venha mais cedo? (b) Como podemos mostrar que ‘o mantemos bem em mente’?
62 Não se deixam influenciar pela zombaria dos que adiam na mente a vinda furtiva do dia de julgamento por parte de Jeová. Já o aguardam há muito tempo, e até que chegue, continuarão aguardando a “presença do dia de Jeová”. Dessemelhantes dos ridicularizadores, estão “tendo bem em mente a presença do dia de Jeová”. Não o deixam fugir da mente. Lembram-se dele constantemente como acontecimento muito próximo. Quanto mais vivem na terra, tanto mais perto ele chega. Não podem apressá-lo, acelerá-lo ou adiantá-lo de modo literal, porque sabem que Jeová tem a sua própria data fixa para a sua chegada. Mas, ficam constantemente atentos para que, não importa quão cedo e inesperadamente chegue, estejam aptos para entrar nele numa condição aprovada por Jeová Deus. Portanto, prosseguirem com seus “atos santos de conduta e . . . ações de devoção piedosa” está em acordo com terem “bem em mente a presença do dia de Jeová”. Sabem o que significa a presença daquele dia. E o que significa?
PREPARAÇÃO DO CAMINHO PARA “NOVOS CÉUS E UMA NOVA TERRA”
63. Quando os “céus” forem dissolvidos, o que significará isso para eles?
63 A “presença do dia de Jeová” é o meio “pelo qual os céus, estando incendiados, serão dissolvidos, e os elementos, estando intensamente quentes, se derreterão”! (2 Pedro 3:12) Os “céus” governamentais, aos quais os líderes religiosos do mundo se apegaram em busca de apoio e proteção, serão incendiados por Jeová Deus. “Porque”, diz Hebreus 12:29, “o nosso Deus é também um fogo consumidor”. (Deuteronômio 4:24) Isto significará a dissolução, a destruição, desses “céus” governamentais. O apóstolo Pedro não explica como isso será feito como que por fogo. Todavia, as “declarações anteriormente feitas pelos santos profetas” descrevem como isso se dará. — 2 Pedro 3:2; 1:21.
64. Por meio de que profeta inspirado deu-se uma explicação a respeito de como esses “céus” simbólicos serão destruídos como que por fogo?
64 No sonho profético de Nabucodonosor, que era rei de Babilônia nos dias do profeta Daniel, foi dado um quadro daqueles “céus” simbólicos como a partir de 607 A. E. C., quando Nabucodonosor destruiu Jerusalém e seu templo, até à “presença do dia de Jeová”. O sonho profético foi enviado ao rei de Babilônia por Jeová Deus, mas o rei se esqueceu do sonho e o profeta de Jeová, Daniel, foi o único que pôde fazer a mente do rei recordar o sonho e depois explicar-lho. — Daniel 2:1-30.
65. O que observou o rei de Babilônia no seu sonho e o que representava isso?
65 O rei de Babilônia viu no seu sonho a representação duma seqüência de potências políticas mundiais, desde a Potência Mundial Babilônica da dinastia de Nabucodonosor até inclusive a Sétima Potência Mundial bíblica, a Potência Mundial Anglo-Americana de nosso século vinte. Por conseguinte, a estátua do sonho, que foi usada para retratar esta série de potências mundiais governamentais, compunha-se de vários materiais básicos. A cabeça era de ouro, o peito e os braços, de prata, o abdômen e os flancos, de cobre, as pernas, de ferro, e os pés e os dedos dos pés, de ferro misturado com argila. — Daniel 2:31-33.
66. Explique o significado das diversas partes da estátua do sonho.
66 “Este é o sonho”, disse Daniel a Nabucodonosor, “e nós diremos a sua interpretação perante o rei. Tu, ó rei, rei dos reis [e por isso imperador duma potência mundial] tu, a quem o Deus do céu deu o reino, . . . a quem ele fez governante sobre todos eles, tu mesmo és a cabeça de ouro.” (Daniel 2:36-38) Por conseguinte, a cabeça de ouro simbolizava a Potência Mundial Babilônica na dinastia de Nabucodonosor. O peito e os braços de prata simbolizavam a Potência Mundial Medo-Persa que lhe sucedeu. O ventre e as coxas de cobre simbolizavam a Potência Mundial Greco-Macedônia. As pernas de ferro simbolizavam a Potência Mundial Romana e a seqüência deles, a Potência Mundial Dupla Anglo-Americana. Os pés parcialmente de ferro e parcialmente de argila simbolizavam os poderes governamentais atuais ou finais, que se tornaram parcialmente radicais (socialistas; comunistas) e parcialmente imperiais. Durante os mais de vinte e cinco séculos, desde o começo dos Tempos dos Gentios com a desolação de Jerusalém, em 607 A. E. C., os outros governos políticos da terra foram dominados por aquela seqüência de potências mundiais. — Daniel 2:39-43.
67, 68. Até que período da história permanece de pé aquela estátua de poder mundial e o que acontece então a ela?
67 De acordo com o sonho profético do rei, aquela “estátua” de potência mundial ainda está de pé, no seu cumprimento histórico, na “terminação do sistema de coisas”, na qual nos encontramos hoje. (Mateus 24:3; 28:20; 13:39, 49) Esta “terminação do sistema de coisas” é levada ao grandioso clímax pela “presença do dia de Jeová”, durante a qual os simbólicos “céus”, “elementos” e “terra e as obras nela” são destruídos como que por fogo. Este é o “dia do julgamento e da destruição dos homens ímpios”. (2 Pedro 3:7-12) Agourenta, portanto, é aquela parte do sonho do rei que apresenta movimento e ação, e que Daniel fez o rei lembrar por dizer:
68 “Estavas olhando até que se cortou uma pedra, sem mãos, e ela golpeou a estátua nos seus pés de ferro e de argila modelada, e os esmiuçou. Nesta ocasião, o ferro, a argila modelada, o cobre, a prata e o ouro foram juntos esmiuçados e tornaram-se como a pragana da eira do verão, e o vento os levou embora, de modo que não se achou nenhum traço deles. E no que se refere à pedra que golpeou a estátua, tornou-se um grande monte e encheu a terra inteira.” — Daniel 2:34, 35.
69. O que significa isso para todos os governos humanos?
69 O cumprimento desta parte dramática do sonho profético é bem iminente. Segundo ela, todo vestígio ou traço das potências mundiais, políticas, inclusive a Oitava Potência Mundial, as Nações Unidas, forçosamente será dispersado sem possibilidade de reconstrução. Todos os reinos ou governos humanos subsidiários igualmente terão de ser eliminados da terra.
70, 71. Por que meio trará Jeová a destruição mundial?
70 É assim que diz a Palavra de Deus, não do homem. Não é obra nem do restante ungido dos israelitas espirituais, nem da “grande multidão” de seus co-adoradores de Jeová. O meio pelo qual o Deus Todo-poderoso Jeová realizará a destruição mundial foi retratado no sonho de Nabucodonosor como sendo uma “pedra” cortada dum monte, sem a ajuda de mãos humanas. Portanto, a “pedra” deve representar algo produzido pelo Criador, o Soberano Senhor Jeová. Ele inspirou Daniel a explicar o que simboliza a “pedra”, dizendo:
71 “E nos dias daqueles reis o Deus do céu estabelecerá um reino que jamais será arruinado. E o próprio reino não passará a qualquer outro povo [como sucessor]. Esmiuçará e porá termo a todos estes reinos, e ele mesmo ficará estabelecido por tempo indefinido; pois viste que se cortou do monte uma pedra, sem mãos, e que ela esmiuçou o ferro, o cobre, a argila modelada, a prata e o ouro.” — Daniel 2:44, 45.
72, 73. (a) O que é o “monte” do qual se corta uma “pedra”, sem mãos? (b) O que representa a própria “pedra” e o que ocorre agora com relação a ela?
72 Visto que a “pedra” representa um reino estabelecido pelo Deus do céu, o “monte” deve representar a fonte do poder e da autoridade do reino, a saber, a Soberania Universal do Rei da Eternidade, Jeová Deus. O reino semelhante a uma pedra torna-se assim parte e instrumento subsidiário de Sua soberania universal. É seu reino messiânico nas mãos de seu Filho unigênito, que se tornou o Senhor Jesus Cristo. (Daniel 7:13, 14) Este reino é aquele a respeito do qual Jesus Cristo fez a seguinte predição na sua profecia a respeito da “terminação do sistema de coisas”: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” (Mateus 24:14) Naquela mesma profecia, Jesus Cristo se previu naquele reino, ao dizer:
73 “Quando o Filho do homem chegar na sua glória, e com ele todos os anjos, então se assentará no seu trono glorioso. E diante dele serão ajuntadas todas as nações.” — Mateus 25:31, 32.
74. Que tarefas foram confiadas por Jeová a esse reino messiânico?
74 Todos aclamam o reino messiânico do Filho do Soberano Senhor Jeová! É o governo celestial ao qual se confia a eliminação dos “céus e a terra que agora existem” e a introdução dos prometidos “novos céus e uma nova terra”, para a glória de Deus e a bênção infindável de todos os obedientes da humanidade.
[Nota(s) de rodapé]
a “Estas palavras expressam a certeza da vinda do dia de julgamento, e hos kléptes [como ladrão] a sua repentinidade inesperada; . . . tes tou Theou hemeras [do dia do Deus], ver. 12, mostra que kyriou [Senhor] aqui [versículo 10] também equivale a Theou [de Deus] (não a Khristou [de Cristo]; . . .).” — Linhas 3-6, parágrafo 1, página 428 de Critical and Exegetical Handbook to the General Epistles of James, Peter, John, and Jude, de J. E. Huther (1887).
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A criação de “novos céus e uma nova terra”Está Próxima a Salvação do Homem da Aflição Mundial!
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Capítulo 17
A criação de “novos céus e uma nova terra”
1. (a) Por que estamos hoje interessados num dos sonhos do Imperador Nabucodonosor da antiga Babilônia? (b) Lembrando ao Imperador os pormenores do sonho, o que disse Daniel a respeito de determinada “pedra” e o que ela realizaria?
AQUILO que o governante imperial da Potência Mundial Babilônica viu em sonho profético há mais de dois mil e quinhentos anos atrás, nós vemos hoje em cumprimento! Aquele sonho enviado por Deus nos ajuda a entender o que está acontecendo em nosso tempo de cada vez maior angústia mundial. Podemos ser gratos de que este sonho, que o Imperador Nabucodonosor esqueceu completamente, sem se poder lembrar dele, tenha sido revelado ao profeta Daniel para ser lembrado e interpretado com a ajuda do Deus Todo-poderoso, para o grandemente perturbado imperador. Chegando ao clímax de sua narrativa sobre a “estátua” do sonho, que representava a seqüência de superpotências políticas da história mundial, desde o Império Babilônico até a Potência Mundial Dupla Anglo-Americana da atualidade, Daniel prosseguiu:
“Estavas olhando até que se cortou uma pedra, sem mãos, e ela golpeou a estátua nos seus pés de ferro e de argila modelada e os esmiuçou. Nesta ocasião, o ferro, a argila modelada o cobre, a prata e o ouro foram juntos esmiuçados e tornaram-se como a pragana da eira do verão, e o vento os levou embora, de modo que não se achou nenhum traço deles. E no que se refere à pedra que golpeou a estátua tornou-se um grande monte e encheu a terra inteira.” — Daniel 2:34, 35.
2. O que foi simbolizado por essa “pedra”?
2 Não pode haver outra explicação do assunto. Esta “pedra” simbolizava o reino messiânico nas mãos do Filho ungido do Soberano Senhor do universo, Jeová Deus.
3. Explique as relações deste reino messiânico com o Rei Davi, e também como o reino assumiu um aspecto espiritual.
3 Este reino messiânico tem suas raízes no reino terreno de Davi, a quem Jeová fez ungir como Rei sobre a nação de Israel. A sede de seu governo veio a ser, por fim, Jerusalém ou Sião. Jeová Deus fez com ele um pacto para o reino messiânico, que devia continuar na sua linhagem e tornar-se um reino eterno. No tempo devido, este reino assumiu o aspecto dum reino espiritual, quando apareceu no cenário terreno o Herdeiro Permanente de Davi. Isto se deu porque o Filho celestial de Deus nasceu milagrosamente como Jesus, da linhagem real de Davi. Por causa desta relação natural, tornou-se herdeiro natural do direito ao trono do Rei Davi. (Mateus 1:1 até 2:6) Em harmonia com isso, logo depois de Jesus ser batizado em água, à idade de trinta anos, Jeová Deus o ungiu com espírito santo para ser o futuro Rei de Israel, “a casa de Jacó”. Deus o gerou também para ser Filho espiritual de Deus e o reconheceu como tal. — Mateus 3:13-17; Lucas 1:32, 33; 3:21-23; Atos 10:38.
4. De que modo se tornou o Herdeiro Permanente de Davi na realidade um rei no domínio espiritual?
4 Jesus Cristo morreu qual mártir por pregar o reino de Deus, “o reino dos céus”. Morreu na carne, como perfeito sacrifício humano; mas, segundo disse o apóstolo Pedro, “Cristo morreu uma vez para sempre quanto aos pecados, um justo pelos injustos, a fim de conduzir-vos a Deus, sendo morto na carne, mas vivificado no espírito”. (1 Pedro 3:18) Portanto, Israel, “a casa de Jacó”, havia de ter sobre si um rei celestial, um rei espiritual, invisível, a saber, o ressuscitado Jesus Cristo, imortal nos céus. (Romanos 1:3, 4) De modo que o ressuscitado Jesus Cristo é o Herdeiro Permanente ou Herdeiro Régio de Davi, e seu reino é eterno. Este reino messiânico é aquele que é cortado do “monte” da soberania de Jeová, sem a ajuda de mãos humanas.
5. (a) Quando foi a “pedra” simbólica cortada do monte? (b) Quando a “pedra” foi cortada e lançada contra a “estátua” simbólica, que período de tempo começou para o atual sistema iníquo, terrestre, de coisas?
5 Quando foi esta “pedra” real cortada e arremessada contra a “estátua” simbólica de potências mundiais terrenas? Foi “cortada” no fim dos Tempos dos Gentios por volta de 4/5 de outubro de 1914, quando Jeová, quem constitui o rei, empossou o ressuscitado Jesus Cristo como Rei nos céus. (Lucas 21:24; Salmo 2:1-6; Revelação 11:15; 12:5-10) Foi então que se aplicaram ao empossado Jesus Cristo as palavras proféticas do Salmo 110:2: “Jeová enviará de Sião o bastão da tua força, dizendo: ‘Subjuga no meio dos teus inimigos.’” Por este motivo, começou o “tempo do fim” para este sistema iníquo, terreno, de coisas. (Daniel 12:4) Concordemente, as coisas preditas por Jesus Cristo como acontecendo durante a “terminação do sistema de coisas” têm ocorrido desde o fim dos Tempos dos Gentios em 1914. — Mateus 24:3 até 25:33.
6. (a) O que é significativo a respeito do fato de a pedra atingir a estátua “nos seus pés de ferro e de argila modelada”? (b) Quando atinge esta pedra a “estátua” simbólica?
6 É significativo que, no sonho do rei, a pedra atinge a estátua em forma de homem “nos seus pés de ferro e de argila modelada”. Isso mostra que o reino messiânico de Deus atinge a verdadeira “estátua” de potência mundial nos dias da Sétima Potência Mundial, nos dias finais desta Potência Mundial Dupla Anglo-Americana. Este é o tempo em que a governança humana deste mundo se divide em governos imperiais férreos e em governos radicais semelhantes a argila. As duas espécies não se misturam. A “estátua” simbólica não é atingida no começo da já iminente “grande tribulação”, por ocasião da destruição da religiosa Babilônia, a Grande. Antes, ela é atingida depois, na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon. (Mateus 24:21, 22; Revelação 7:14; 16:14, 16; 17:1-18; 18:20 a 19:3) Será então que as nações mundanas, não mais sob a influência religiosa de Babilônia, a Grande, ficarão unidas em oposição flagrante e expressa à Soberania Universal de Jeová Deus e de seu reino messiânico.
7. No sonho de Nabucodonosor, mostra-se que a “pedra” atinge e esmiúça governantes no domínio espiritual?
7 O sonho profético de Nabucodonosor não mostra a “pedra” ou o reino messiânico atingindo inimigos políticos nos céus espirituais, invisíveis, tais como o espiritual “príncipe do domínio real da Pérsia” e o espiritual “príncipe da Grécia”. (Daniel 10:13, 20) A “pedra” real atinge algo terreno, visível, humano, a saber, os governos políticos deste mundo, quer sejam imperiais, quer democráticos, radicais, socialistas ou comunistas.
8. De modo similar, em Revelação, capítulos 17 e 19, contra quem e o que se mostra que a “pedra” real luta?
8 Neste respeito, também Revelação (Apocalipse) 17:12-14 revela a “pedra” real, messiânica, como lutando contra os representantes militarizados da Oitava Potência Mundial, as Nações Unidas, então livres do domínio de Babilônia, a Grande: “Estes batalharão contra o Cordeiro, mas, porque ele é Senhor dos senhores e Rei dos reis, o Cordeiro os vencerá.” Do mesmo modo, o relato pormenorizado da “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon, conforme apresentado em Revelação 19:11-21, revela que a “pedra” real, messiânica, trava guerra, não contra forças espirituais nos céus invisíveis, mas contra sistemas políticos, mundiais, na terra, incluindo todos os seus governantes humanos, seus exércitos e seus capangas.
9. Como afetará toda esta guerra a terra habitada?
9 Esta guerra resultará no pior tempo de aflição que a terra habitada já sofreu. Predizendo isso, Daniel 12:1 diz: “E durante esse tempo [do fim] por-se-á de pé Miguel, o grande príncipe que está de pé a favor dos filhos de teu povo [o povo de Daniel, Israel]. E certamente virá a haver um tempo de aflição tal como nunca se fez ocorrer, desde que veio a haver nação até esse tempo.”
10. (a) No clímax do “dia de Jeová”, o que acontecerá com a “estátua” simbólica? (b) Quando serão Satanás e seus demônios acorrentados e lançados no abismo?
10 Será então que se cumprirá a parte final do sonho de Nabucodonosor, que a “pedra . . . esmiuçou o ferro, o cobre, a argila modelada, a prata e o ouro”. Esses materiais foram “juntos esmiuçados e tornaram-se como a pragana da eira do verão, e o vento os levou embora, de modo, que não se achou nenhum traço deles”. (Daniel 2:45, 35) Este será o clímax do “dia do julgamento e da destruição dos homens ímpios”. Este será o “dia de Jeová, pelo qual os céus, estando incendiados, serão dissolvidos, e os elementos, estando intensamente quentes, se derreterão!” Também “a terra e as obras nela serão descobertas [como sendo combustíveis]”. (2 Pedro 3:7, 10, 12) É só depois desta “destruição dos homens ímpios”, segundo diz o livro de Revelação, que Satanás, o Diabo, e seus anjos demoníacos são acorrentados e lançados no abismo, por mil anos. Serem assim acorrentados e lançados no abismo é representado como ocorrendo depois e à parte da “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon. — Revelação 19:11 até 20:3.
11. Como mostram as Escrituras quem tem sido o poder invisível atrás dos “céus” governamentais entre os homens?
11 É verdade que Satanás, o Diabo, tem sido o que Jesus Cristo o chamou, “o governante deste mundo”. (João 14:30; 16:11) Além disso, o apóstolo Paulo chamou Satanás, o Diabo, de “deus deste sistema de coisas” e “governante da autoridade do ar”. (2 Coríntios 4:4; Efésios 2:2) Paulo disse também que os cristãos têm uma luta com “forças espirituais iníquas nos lugares celestiais”. (Efésios 6:12) É inegável que estas foram os controladores e o poder invisível atrás daqueles “céus” governamentais entre os homens. — Revelação 13:1, 2; Lucas 4:5-7.
12. (a) Harmoniza-se a descrição encontrada em 2 Pedro 3:1-12 com o que acontece a Satanás e seus demônios ao serem lançados no abismo? (b) O que significa serem amarrados e lançados no abismo?
12 Não obstante, ainda é verdade que Satanás e seus anjos demoníacos não sofrem a dissolução descrita em 2 Pedro 3:10-12. Não são destruídos no “grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon. Eles são depois simplesmente tirados do caminho num estado desativado, no abismo, fora do alcance da terra. O acorrentamento e o lançamento destas forças espirituais iníquas no abismo não são descritos como uma luta ou guerra, assim como se descreveram a expulsão de Satanás e seus anjos demoníacos, dos céus. — Revelação 12:7-13.
AGUARDADOS “NOVOS CÉUS E UMA NOVA TERRA”
13. O que aguardam agora com viva expectativa as testemunhas cristãs de Jeová?
13 As testemunhas cristãs de Jeová fazem agora mais do que apenas ter “bem em mente a presença do dia de Jeová”, durante o qual os simbólicos “céus”, “elementos” e “a terra e as obras nela” hão de ser dissolvidos ou destruídos. Aguardam ansiosamente, com fé, o que há de seguir logo após este “dia” de dissolução deste sistema de coisas e do lançamento de Satanás e seus anjos demoníacos no abismo. Dizem assim como o apóstolo Pedro: “Mas, há novos céus e uma nova terra que aguardamos segundo a sua promessa, e nestes há de morar a justiça.” — 2 Pedro 3:13.
14. Como se enquadra o cumprimento desta promessa registrada por Pedro no cumprimento do sonho de Nabucodonosor?
14 A vinda dos “novos céus e uma nova terra” é a ocasião em que se dá o cumprimento da parte final do sonho profético de Nabucodonosor, a saber: “E no que se refere à pedra que golpeou a estátua, tornou-se um grande monte e encheu a terra inteira.” (Daniel 2:35) Desta maneira se retrata o reino messiânico, celestial, como monte na terra, ‘enchendo a terra inteira’.
15, 16. Em que sentido são os novos céus e a nova terra “segundo a sua promessa”, quer dizer, a promessa de Jeová?
15 O apóstolo Pedro diz que os aguardados “novos céus e uma nova terra” são “segundo a sua promessa”, segundo a promessa de Jeová, a quem Pedro fez referência no versículo precedente. Uma promessa divina desta espécie, em que se encontra especificamente a expressão usada por Pedro, ocorre em Isaías 65:17, 18, e Isaías 66:22. Ali se escreveu sob inspiração divina:
16 “Pois eis que crio novos céus e uma nova terra; e não haverá recordação das coisas anteriores, nem subirão ao coração. Mas exultai e jubilai para todo o sempre naquilo que estou criando. Pois eis que crio Jerusalém como causa para júbilo e seu povo como causa para exultação.” “‘Pois assim como os novos céus e a nova terra que eu faço estão postos diante de mim’, é a pronunciação de Jeová, ‘assim ficarão postos a vossa descendência e o vosso nome’.”
17. Onde e quando teve essa profecia de Isaías um cumprimento em pequena escala?
17 Esta profecia de Isaías, escrita por volta de 732 A. E. C., embora aplicada ao futuro, pelo apóstolo Pedro, teve um cumprimento em pequena escala ou em miniatura uns dois séculos depois da profecia de Isaías. Aconteceu quando acabaram os setenta anos de desolação e de guarda de sábados da terra de Judá e de Jerusalém, e um restante fiel de judeus exilados voltou de Babilônia para a sua pátria dada por Deus, em 537 A. E. C. Jerusalém foi reconstruída e seu templo foi reedificado, até o ano 515 A. E. C., no terceiro dia do mês de adar. (Esdras 6:13-22) No ano 455 A. E. C., reconstruíram-se os muros de Jerusalém, sob a governança de Neemias, e esta foi uma ocasião de celebração alegre. (Neemias 6:15) Com o decorrer do tempo, Jerusalém tornou-se novamente uma cidade mundialmente famosa. — Daniel 9:24, 25.
18. Naquele cumprimento em miniatura, o que eram os “novos céus”?
18 Neste cumprimento em miniatura da profecia de Isaías, os “novos céus” eram o novo governo justo do Governador Zorobabel e de seus sucessores. Este governo, com sua sede na restabelecida Jerusalém, substituiu o governo corruto dos reis Jeoiaquim, Joaquim e Zedequias, derrubado pelos babilônios em 607 A. E. C. O Governador Zorobabel foi usado como tipo do Zorobabel Maior na seguinte profecia de Ageu 2:23: “‘Naquele dia’, é a pronunciação de Jeová dos exércitos, ‘tomar-te-ei, ó Zorobabel, filho de Sealtiel, meu servo’, é a pronunciação de Jeová; ‘e hei de constituir-te em anel de chancela, porque és tu a quem escolhi’, é a pronunciação de Jeová dos exércitos.”
19. (a) O que era a “nova terra” naquele tempo? (b) Cumpriu-se a profecia totalmente lá na terra reabitada de Judá?
19 Esses “novos céus” típicos que se estendiam como governo sobre a terra novamente habitada de Judá tinham uma “nova terra” debaixo de si. Essa “nova terra” era o restante judaico restabelecido, purificado, que saíra de Babilônia e reconstruíra Jerusalém e seu templo sagrado, por meio do qual se prestava adoração pura a Jeová, segundo a Lei mosaica, em harmonia com Seu pacto. (Isaías 66:8) Visto que aquele cumprimento antigo da profecia foi apenas um cumprimento ilustrativo em pequena escala, cumpriu-se apenas em sentido limitado a profecia a respeito das condições de vida debaixo dos “novos céus” e na “nova terra”: “‘Não farão dano nem causarão ruína em todo o meu santo monte’, disse Jeová.” (Isaías 65:19-25) Os “novos céus” e a “nova terra”, no cumprimento em escala maior de Isaías 66:22, são os que hão de permanecer estabelecidos permanentemente perante Jeová Deus.
20, 21. (a) Quais são os “novos céus” que aguardamos segundo a promessa de Deus? (b) Como se torna o reino messiânico ‘um grande monte que enche a terra inteira’, conforme predito por Daniel?
20 Portanto, os “novos céus” que as testemunhas cristãs de Jeová já aguardam por muito tempo, segundo a Sua promessa, cumprem-se no reino messiânico de Deus, nas mãos do Herdeiro Permanente do Rei Davi. Visto que este reino é a “pedra” real que esmiúça todos os reis terrenos e seus governos na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon, não sobrará nenhuma regência política, humana, em existência no nosso globo terrestre. Portanto, esse reino do Messias, qual pedra, terá de tornar-se semelhante a um grande monte que enche e cobre a terra inteira. Significa isso que o reino israelita de Davi seja restabelecido por Cristo aqui mesmo, na terra? Não! Não haverá nem mesmo uma manifestação terrestre do reino de Davi na superfície da terra. Jesus Cristo, Herdeiro Permanente dele, não reinará em carne, visivelmente, na cidade de Jerusalém lá no Oriente Médio.
21 A sede de seu governo será a “cidade do Deus vivente, a Jerusalém celestial”. (Hebreus 12:22; Revelação 14:1) Seu governo montanhesco tomará o lagar de todos os governos políticos, humanos, que constituíram os “céus” simbólicos do velho sistema de coisas. (Isaías 34:3-5) Assim haverá novos “céus” governamentais que realmente estarão nos céus espirituais, invisíveis.
22, 23. (a) Como eliminará Jesus Cristo a influência satânica que tem dominado os “céus” governamentais deste sistema de coisas? (b) Por que é a promessa de “novos céus” especialmente preciosa para os que são cristãos ungidos pelo espírito? (b) Em Revelação 21:1-4, o que são o “céu anterior”, a “terra anterior” e o “mar”, a que se faz referência, e o que os substitui?
22 Satanás, o Diabo, tem sido o “governante” invisível que tem dominado esses “céus” governamentais do atual sistema de coisas na terra. O “fogo” destrutivo do “dia de Jeová” dissolverá, destruirá, esses “céus” governamentais e deixará Satanás, o Diabo, sem tais “céus” sobre os quais dominou por milênios. (Revelação 13:1, 2; 19:19-21) Ele certamente não dominará os “novos céus”. Seu posto de governo invisível sobre as coisas terrenas será substituído pelo governo sobre-humano, invisível, do Herdeiro Permanente de Davi, Jesus Cristo, o qual, por meio da ressurreição dentre os mortos, foi tornado espírito imortal e incorruptível muitíssimo mais poderoso do que Satanás, o Diabo, e todos os seus anjos demoníacos. Satanás e seus anjos serão removidos de sua posição na vizinhança da terra, sob restrição, e serão encarcerados no abismo, desde o qual não poderão exercer nenhum domínio sobre quaisquer “céus” que dominem a terra. (Revelação 20:1-3) Visto que Jesus Cristo é agora Rei espiritual, celestial, seus “novos céus” serão céus em sentido bem literal. Não haverá outros céus governamentais. O apóstolo Pedro e concristãos ungidos, gerados pelo espírito, podiam aguardar com viva expectativa o estabelecimento desses “novos céus” prometidos. Por quê? Porque têm as “promessas preciosas e mui grandiosas” de Deus de que, se forem fiéis até à morte, farão parte desses “novos céus” junto com Jesus Cristo. São herdeiros de Deus e co-herdeiros de Jesus Cristo. (2 Pedro 1:4; Romanos 8:16, 17) Toda a congregação deles constituirá a régia “noiva” do Rei Jesus Cristo. Assim, mais de oito séculos depois de Deus usar Isaías para profetizar a respeito de “novos céus e uma nova terra”, Deus fez uma promessa adicional de tais coisas gloriosas, por meio do apóstolo João, que escreveu:
23 “E eu vi um novo céu e uma nova terra; pois o céu anterior [os governos políticos, junto com Satanás e seus anjos demoníacos] e a terra anterior [a sociedade humana ímpia] tinham passado, e o mar [as massas desassossegadas e agitadas da humanidade] já não é. Vi também a cidade santa, a Nova Jerusalém, descendo do céu, da parte de Deus, e preparada como noiva adornada para seu marido. Com isso ouvi uma voz alta do trono dizer: ‘Eis que a tenda de Deus está com a humanidade, e ele residirá com eles e eles serão os seus povos E o próprio Deus estará com eles. E enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor. As coisas anteriores já passaram.’ . . . E falou comigo, dizendo: ‘Vem para cá, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro.’ Levou-me assim no poder do espírito para um grande e alto monte, e mostrou-me a cidade santa de Jerusalém descendo do céu, da parte de Deus.” — Revelação 21:14, 9, 10.
UMA “NOVA TERRA” JUSTA
24. O que será a “grande multidão” na “nova terra”, e com que circunstâncias favoráveis passarão a trabalhar?
24 A “grande multidão” de prospectivos sobreviventes da “grande tribulação” também aguarda com viva expectativa os “novos céus e uma nova terra”. Esta “nova terra” será a nova sociedade humana que viverá sob os “novos céus”. (Revelação 7:9-14) Assim como Noé e sua família sobreviveram ao dilúvio global e formaram o núcleo da nova sociedade humana na terra, assim os da “grande multidão” sobreviverão à vindoura “grande tribulação” e formarão o núcleo permanente da nova sociedade humana, a “nova terra” simbólica. Começarão no paraíso espiritual, que sobreviverá à “grande tribulação” junto com eles, mas depois se empenharão em converter a terra literal num paraíso em todo o globo. Os animais, selvagens e domésticos, estarão em paz com eles.
25. De que modo será a situação então muito mais favorável do que a dos israelitas restabelecidos, quando a profecia de Isaías teve seu cumprimento em miniatura?
25 O privilégio de se viver então na terra purificada, sem poluição, sob os “novos céus” justos não terá nem comparação, ultrapassando em muito o que os israelitas restabelecidos tiveram no cumprimento em miniatura da profecia de Isaías, na província persa de Judá. Imagine só, viver na terra quando as “coisas anteriores” tiverem desaparecido, quando não houver mais morte, nem se prantear mais os falecidos, nem houver mais clamor ou dor de coração!
26. Naquele tempo, o que fará Jeová até mesmo a favor dos mortos?
26 Sob o reinado do Pai Eterno, Jesus Cristo, e de seus co-herdeiros do Reino, os membros da “grande multidão” estarão em caminho para a vida infindável num paraíso global de beleza, abundância, felicidade e paz. Não haverá necessidade de prantear os entes queridos que faleceram, porque o Deus Todo-poderoso, Jeová, por meio dos “novos céus”, realizará a ressurreição dos mortos humanos aos quais se aplica o sacrifício de resgate de Jesus Cristo. (João 11:25, 26; 5:28, 29; Atos 24:15; Revelação 20:11-14) Estes ressuscitados, incluindo os homens e as mulheres de fé, desde Abel até João Batista, terão a oportunidade de se tornarem parte dessa “nova terra”.
27. (a) Que certeza podemos ter de que, apesar das condições desoladoras do mundo, haverá realmente tal salvação da humanidade? (b) O que precisamos agora fazer, individualmente para nos preparar, a fim de sermos beneficiados por esta salvação?
27 Parece quase que incrível que tal perspectiva consoladora do coração esteja no futuro imediato de nós os que somos desta geração. No entanto, ela existe! As condições mundiais nunca foram piores. A aflição mundial aprofunda-se cada vez mais. A incapacidade do homem se torna mais e mais evidente. O alívio provindo de fontes humanas torna-se impossível. Contudo, a humanidade será salva da pior aflição da terra. A família humana não se extinguirá. Não será exterminada. A família humana terá os que sairão da aflição mundial e passarão para uma nova ordem justa, na qual nunca mais surgirá tal aflição mundial. Temos a própria palavra do Deus Todo-poderoso para nos assegurar isso. Vivermos agora em plena fé nesta palavra divina preparará o caminho para sermos salvos da aflição mundial. Esta salvação é iminente! — Mateus 24:21, 22; Naum 1:9.
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Do lado de quem estaremos quando culminar a aflição mundial?Está Próxima a Salvação do Homem da Aflição Mundial!
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Capítulo 18
Do lado de quem estaremos quando culminar a aflição mundial?
1. (a) Apenas por que meios virá a destruição absoluta do atual sistema terrestre, iníquo, de coisas? (b) Por que é a vigilância importante para todos nós?
A AFLIÇÃO mundial, em cujas garras se encontra o sistema de coisas criado pelo homem desde o ano de 1914 E. C., tem causado incalculáveis danos. Mas não produziu a dissolução das “autoridades superiores” políticas, nem da sociedade humana organizada sob tais autoridades políticas. (Romanos 13:1; Tito 3:1) Falando-se simbolicamente, os velhos “céus”, os “elementos” e “a terra e as obras nela” ainda estão presentes. A dissolução ou destruição absoluta de tais coisas seculares será realizada apenas pela “presença do dia de Jeová”. Embora todas as indicações bíblicas e históricas indiquem que é iminente, ainda assim, “o dia de Jeová virá como ladrão”. — 2 Pedro 3:10-12; 1 Tessalonicenses 5:2.
2. Tendo presente que ainda haveria na terra cristãos ungidos, quando chegasse o dia de Jeová, que admoestação escreveu o apóstolo Pedro?
2 A evidência segura da Bíblia indica que os últimos membros da congregação de co-herdeiros do Reino de Cristo ainda estariam aqui na terra quando chegasse o dia de Jeová sobre este sistema de coisas. O apóstolo Paulo tomou isso em conta. Por este motivo, depois de descrever o efeito daquele “dia” sobre os simbólicos velhos “céus”, “elementos” e “terra”, o apóstolo acrescentou a seguinte admoestação: “Por isso, amados, visto que aguardais estas coisas, fazei o máximo para serdes finalmente achados por ele sem mancha nem mácula, e em paz. Além disso, considerai a paciência de nosso Senhor como salvação, assim como vos escreveu também o nosso amado irmão Paulo, segundo a sabedoria que lhe foi dada, falando destas coisas, como faz também em todas as suas cartas. Nelas, porém, há algumas coisas difíceis de entender, as quais os não ensinados e instáveis estão deturpando, assim como fazem também com o resto das Escrituras, para a sua própria destruição.” — 2 Pedro 3:14-16.
3. Em harmonia com essa admoestação, o que tem feito o restante do Israel espiritual para se manter “sem mancha nem mácula, e em paz”?
3 Visto que os últimos membros do restante do Israel espiritual ainda aguardam o dia de Jeová e sua destruição deste sistema ímpio de coisas, eles fazem o máximo para ser achados sem mancha nem mácula, e em paz pelo Juiz Supremo, o Soberano Senhor Jeová. Apesar de todas as crescentes pressões deste mundo aflito, apegam-se à “religião pura e sem mácula”; apegam-se à pura “forma de adoração” por se manterem sem mancha do mundo impuro. (Tiago 1:27, ALA; NM) Negam-se a adorar a “fera” política e sua “imagem” criada pelo homem, as Nações Unidas. (Revelação 13:1-15; 15:2-4) Mantêm-se livres de manchas por causa de culpa de sangue, porque se mantêm estritamente neutros e não participam em nada relacionado com guerras sanguinárias das nações e de partidos políticos deste mundo. Imitam a Jesus Cristo, seu Líder, em não fazerem parte deste mundo. — João 15:19; 17:14, 16.
4. Como veio a “paciência de nosso Senhor” a resultar em “salvação”?
4 Obedecem à exortação do apóstolo Pedro: “Considerai a paciência de nosso Senhor como salvação.” (2 Pedro 3:15) Reconhecem que a paciência do Soberano Senhor Jeová, em não trazer mais cedo o “dia do julgamento e da destruição dos homens ímpios”, permitiu que produzissem a sua própria salvação. (2 Pedro 3:7) Permitiu também que os meios de salvação fossem oferecidos a outros.
5. Em que obras se têm empenhado os membros do restante do Israel espiritual, em harmonia com o espírito da exortação de Pedro?
5 Aproveitando bem esta concessão de tempo para a salvação, têm cumprido a ordem do ressuscitado Jesus Cristo, de irem e fazerem discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as em água e ensinando-as a observar todas as coisas que ele lhes ordenou. (Mateus 28:18-20) Têm mostrado que aquilo em que crêem é a única esperança e o único governo legítimo para toda a humanidade por terem agido em cumprimento da profecia de Jesus: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações.” (Mateus 24:14; Marcos 13:10) Por meio deste proceder, têm persistido em “buscar primeiro o reino [do Pai celestial] e a Sua justiça”, em vez de se meterem na política do mundo junto com os clérigos da cristandade e os sacerdotes do paganismo. (Mateus 6:33) Cumpriram assim sua comissão de serem “embaixadores, substituindo a Cristo”. — 2 Coríntios 5:20.
6. A quem ajudaram a se aproveitar da “paciência de nosso Senhor”, e quantos serão ainda ajuntados?
6 Por se empenharem inerrantemente nesta atividade de fazer discípulos em todo o mundo, segundo a paciência do Supremo Juiz Jeová, o restante ungido dos que buscam o Reino tem tido o privilégio de fazer mais do que ajuntar os últimos remanescentes dos herdeiros do Reino. Desde o ano de 1935 E. C., foram dirigidos pela Palavra de Jeová a ajuntarem ao Seu templo espiritual de adoração a “grande multidão” de pessoas semelhantes a ovelhas, predita em Revelação 7:9-17. Esta profecia não estabelece limite para o número de tais semelhantes a ovelhas, que hão de constituir a “grande multidão”, e por isso prossegue a obra de ajuntamento para o templo espiritual de tantos quantos for possível, durante o tempo concedido pela paciência de Deus, que “não deseja que alguém seja destruído, mas deseja que todos alcancem o arrependimento”. (2 Pedro 3:9) Ninguém pode predizer exatamente quantos deles serão ajuntados antes da “presença do dia de Jeová”; mas, depois de esta “grande multidão” sair como sobreviventes da “grande tribulação”, será possível saber por contagem ou censo direto exatamente quantos a “grande multidão” finalmente inclui.
7. (a) Que nome aceitaram todos esses, junto com o restante ungido? (b) Como se esforçam a viver à altura deste nome, e em quantas terras realizam sua atividade?
7 Todos os dedicados e batizados, semelhantes a ovelhas, já ajuntados, bem como os do restante ungido dos 144.000 israelitas espirituais, declararam perante todo o mundo que são testemunhas cristãs de Jeová. (Isaías 43:10-12; 44:8) Esforçam-se verbalmente e por distribuírem publicações bíblicas a viver em sinceridade à altura deste nome, desincumbindo-se da responsabilidade de tal nome. As congregações organizadas dessas testemunhas cristãs do Soberano Senhor Jeová ascendem a dezenas de milhares em todo o globo, sendo que o Anuário de 1976 relata que havia 38.256 congregações em 31 de agosto de 1975; Tantos quantos 210 países e grupos de ilhas estão relatando atividades de pregação e de fazer discípulos por testemunhas zelosas.
8. (a) Todos reconhecem ser propriedade de quem, e como serve isso de proteção? (b) Obedientemente, que aniversário guardam em lembrança dele, e por quanto tempo continuarão a fazer isso?
8 Eles acatam a advertência do apóstolo Pedro, que predisse a vinda de falsos instrutores, que professam ser cristãos, mas que repudiam “até mesmo o dono que os comprou, trazendo sobre si mesmos uma destruição veloz”. (2 Pedro 2:1) O restante ungido dos co-herdeiros do reino de Cristo e os da “grande multidão”, que “lavaram as suas vestes compridas e as embranqueceram no sangue do Cordeiro”, reconhecem lealmente que são propriedade ‘daquele que os comprou’, a saber, o Cordeiro Jesus Cristo. Em obediência à ordem dele, de agirem em lembrança dele, reuniram-se na quinta-feira, 27 de março de 1975, data de aniversário da morte dele no dia da Páscoa de 33 E. C. e celebraram a Ceia do Senhor, que ele estabeleceu como comemoração de sua morte sacrificial. (Mateus 26:20-30; Lucas 22:14-20; 1 Coríntios 11:20-26) Estão decididos a continuar “proclamando a morte do Senhor” na maneira prescrita “até que ele chegue” para tomar consigo os remanescentes da classe da “noiva”, para o lar de seu Pai celestial, lá em cima. — Efésios 5:23-27.
9. Como mostram as testemunhas cristãs de Jeová que tomaram a peito a importância de serem achados “em paz” entre si?
9 Em harmonia com a exortação do apóstolo Pedro, todas essas testemunhas cristãs de Jeová fazem o máximo para serem finalmente achados “em paz” entre si mesmos. Por isso, não acompanham os falsos instrutores, que ‘introduzem quietamente seitas destrutivas’. (2 Pedro 3:14; 2:1, 2) Assim evitam chegar à condição religiosa da cristandade, que está dividida em mil ou mais seitas. É verdade que aqueles do restante ungido dos israelitas espirituais têm esperança celestial do Reino e os da inúmera “grande multidão” têm a esperança de vida eterna na terra paradísica, mas todos eles, ambas as classes, ainda adoram pacificamente juntos no templo espiritual de Jeová como “um só rebanho” debaixo de “um só pastor”, Jesus Cristo. — João 10:11, 16; Revelação 7:17; Miquéias 2:12.
10, 11. (a) Qual é a “administração” a que o apóstolo Paulo se referiu e a que tanto o restante ungido como as “outras ovelhas” se sujeitam? (b) Conforme mostra Efésios 1:9-14, qual é o objetivo desta “administração”?
10 Em prol da verdadeira paz cristã, o restante ungido que tem a herança celestial e as “outras ovelhas” da “grande multidão”, com esperança terrena, sujeitam-se a “administração de Deus, que ele está executando desde o dia de Pentecostes de 33 E. C. Essa “administração” ou gerência que Deus executa segundo o seu propósito nos é explicada em Efésios 1:9-14. Vejamos o objetivo desta “administração” ou gerência, ao lermos as seguintes palavras a respeito de Jeová Deus:
11 “[Ele nos fez] saber o segredo sagrado de sua vontade. É segundo o seu beneplácito, que ele se propôs em si mesmo, para uma administração no pleno limite dos tempos designados [ou: a partir de Pentecostes de 33 E. C.], a saber, ajuntar novamente todas as coisas no Cristo, as coisas nos céus e as coisas na terra. Sim, nele [Cristo], em união com quem também somos designados herdeiros [de Deus], visto que fomos predeterminados segundo o propósito daquele que opera todas as coisas segundo o modo aconselhado por sua vontade, a fim de que servíssemos para o louvor da sua glória, nós os que temos sido os primeiros a esperar no Cristo. Mas vós também esperastes nele, depois de terdes ouvido a palavra da verdade, as boas novas acerca da vossa salvação. Por meio dele, também, depois de terdes crido, fostes selados com o prometido espírito santo, que é penhor antecipado da nossa herança, com o propósito de livrar por meio dum resgate a propriedade do próprio Deus, para o seu glorioso louvor.”
12. (a) Qual é a “propriedade do próprio Deus” mencionada na última parte deste texto? (b) Quais são “as coisas nos céus” mencionadas em Efésios 1:10 e o que significa serem ajuntadas no Cristo?
12 Qual é “a propriedade do próprio Deus” que é liberta “por meio dum resgate”? É a congregação dos herdeiros do Reino, e estes têm uma herança celestial, sendo a dádiva do espírito santo de Deus dada a eles em penhor antecipado dessa herança celestial. Eles são “as coisas nos céus” que são ajuntadas novamente em Cristo, enfileirados sob Jesus Cristo qual Cabeça espiritual. São designados para “herdeiros” de Deus e co-herdeiros de Jesus Cristo. Serem novamente ajuntados debaixo de Jesus Cristo qual Cabeça é a primeira fase da “administração’’ de Deus, segundo a qual ele produzirá união em todo o universo. — Romanos 8:16, 17.
13. (a) Que passo adicional precisa ser dado para a unificação do universo de Deus’? (b) Contribuem as Nações Unidas para a realização deste propósito?
13 No entanto, a “administração” de Deus ou seu modus operandi não atinge seu pleno objetivo por se ajuntarem novamente as “coisas nos céus” em Cristo. A união em todo o universo de Deus não é plenamente alcançada por aquele primeiro passo. Há ainda “as coisas na terra” que também precisam ser ajuntadas novamente no Cristo. Este ajuntamento terreno é o segundo e derradeiro passo para a unificação do universo de Deus. Satanás, o Diabo, e seus anjos demoníacos opõem-se a esta unificação do universo sob a chefia daquele a quem Deus designou, Jesus Cristo. Do mesmo modo, também, os governos políticos deste mundo estão opostos a essa unificação. O conceito mais elevado deles sobre a unificação das “coisas na terra” são as Nações Unidas criadas pelo homem, sucessoras da Liga das Nações. Não obstante, nada poderá frustrar o propósito do Deus Todo-poderoso, “que opera todas as coisas segundo o modo aconselhado por sua vontade”. Seu modus operandi ou “administração” mostrar-se-á bem sucedido.
14. Desde quando se evidenciou o novo ajuntamento das “coisas na terra” debaixo de Cristo, e até que ponto progrediu?
14 É agora evidente que Jeová Deus está prosseguindo com a segunda fase de sua “administração” para a unificação universal. O estabelecimento do reino messiânico nos céus, no fim dos Tempos dos Gentios em 1914 E. C., veio no tempo designado, após o qual podia prosseguir ajuntarem-se novamente “as coisas na terra”. O ajuntamento do restante ungido dos co-herdeiros de Cristo prosseguiu após o fim da Primeira Guerra Mundial e chegou ao término da primeira fase da “administração” para a unificação. Como surpresa bastante grande, porém, e para a grande alegria do restante ungido, começaram no ano de 1935 E. C. a ser ajuntadas novamente “as coisas na terra” sob Cristo, a Cabeça. Na primavera daquele ano, ocorreu a identificação daquela há muito tempo mal entendida “grande multidão” de Revelação 7:9-17, segundo o propósito e o tempo de Deus. Nem mesmo a comoção internacional causada pela Segunda Guerra Mundial interrompeu o ajuntamento da “grande multidão” que tem esperança paradísica, terrestre. Atualmente, mais de quarenta anos depois, mais de dois milhões de pessoas se identificam com essa “grande multidão” no templo espiritual de Jeová.
15, 16. Então, qual é ‘o segredo sagrado da vontade de Deus’, mencionado em Efésios 1:9, 10?
15 Todos nós podemos hoje ser gratos de que Jeová Deus nos divulgou bondosamente o “segredo sagrado de sua vontade” ou “seu propósito oculto”, da unificação de todo o seu universo criado. Podemos ser especialmente gratos de que nossos olhos vêem agora como a maneira, em que se propôs administrar as coisas para a unificação, entrou no seu segundo estágio, pelo ajuntamento da “grande multidão” de terráqueos que esperam obter um paraíso terrestre. Em gratidão, podemos dizer junto com o apóstolo Paulo, a respeito da graça ou benignidade imerecida de Deus:
16 “Ele nos deu a conhecer seu propósito oculto — esta foi a sua vontade e beneplácito determinados de antemão em Cristo — a ser posto em vigor [ou: para uma administração] quando fosse o tempo propício: a saber, que o universo, tudo no céu e na terra, fosse trazido à união com Cristo.” — Efésios 1:9, 10, The New English Bible; Lutero (em alemão); NM; Rotherham (em inglês).
17. O que significará realmente tal unificação?
17 Um universo unificado sob Jesus Cristo qual Cabeça significará a união entre céu e terra. Significará um universo pacífico debaixo de Jeová Deus, o Soberano Universal. Portanto, significará “na terra paz entre homens de boa vontade”, entre homens para com os quais Deus tem boa vontade. — Lucas 2:14.
ENFRENTAR UNIDAMENTE OS VINDOUROS ATAQUES
18. (a) Em contraste com o mundo em volta deles, qual é a condição existente entre os do restante ungido e os das “outras ovelhas”, e por quê? (b) Portanto, o que pensam da proximidade da “presença do dia de Jeová” e do que significará este?
18 Em nítido contraste com a crescente turbulência existente na terra, os do restante ungido dos israelitas espirituais e os da “grande multidão” de “outras ovelhas” acham-se “em paz” entre si, em todas as terras. Gozam dum paraíso espiritual sob o favor e a bênção de Deus, embora o meio ambiente natural do homem seja cada vez mais poluído. Usufruem a segurança espiritual descrita pitorescamente no Salmo 91 da Bíblia. Os do restante ungido e os da “grande multidão” moram juntos “no lugar secreto do Altíssimo” e procuraram para si “pouso sob a própria sombra do Todo-poderoso”. (Salmo 91:1) Confiam em Jeová, seu Deus, para ter proteção e socorro. Aguardam sem medo a “presença do dia de Jeová”, com sua execução dos julgamentos divinos e a “destruição dos homens ímpios”. Ocorrerá então a dissolução deste velho sistema mundial, mas a união cristã que têm entre si não será dissolvida, ao passo que se ajuntam sob Cristo, a Cabeça.
19. Por que não serão um choque para o restante ungido e a “grande multidão” os acontecimentos relacionados com a “presença do dia de Jeová”?
19 Caso as pessoas, mesmo as da cristandade, não acreditem no que já se disse sobre o assunto em escala mundial, há nas páginas da Bíblia Sagrada um aviso claro, dado para elas lerem. Aviso de quê? Do seguinte: De que, durante a “presença do dia de Jeová” receberão o choque de sua vida — primeiro, o choque estonteante para as suscetibilidades religiosas de centenas de milhões de pessoas em todo o globo! Estarão entre os abalados os que formam o restante ungido e a “grande multidão” de co-adoradores, no seu paraíso espiritual? Positivamente não! Ora, estiveram esperando tal evento religiosamente chocante! Estão de acordo com esse acontecimento porque será o julgamento de Jeová Deus. Já por décadas têm avisado as pessoas a respeito disso. Não falharam no seu dever, de advertir as pessoas diretamente envolvidas a respeito da destruição surpreendentemente repentina daquela notória meretriz religiosa, Babilônia, a Grande.
20. Que conselho urgente de Revelação 18:2-4 têm proclamado ao mundo as testemunhas cristãs de Jeová?
20 Foram as testemunhas cristãs de Jeová que identificaram quem é Babilônia, a Grande, e o que simboliza. E deste modo esclareceram às pessoas exatamente quem são os que serão diretamente atingidos. Não tentaram apenas fazer uma porção de ‘previsões calamitosas’. Não criaram meramente um susto religioso, ao proclamarem ao mundo o conselho urgente do Apocalipse: “Saí dela, povo meu, se não quiserdes compartilhar com ela nos seus pecados e se não quiserdes receber parte das suas pragas.” — Revelação (Apocalipse) 18:2-4, NM; CBC.
21. (a) A quem identificaram as testemunhas cristãs de Jeová que é Babilônia, a Grande? (b) Em que parte de Babilônia, a Grande, será executado primeiro o julgamento divino, e por quê?
21 Todo o domínio religioso está envolvido, pois, depois de muito estudo da situação, as testemunhas cristãs de Jeová identificaram Babilônia, a Grande, não como sendo a Igreja Católica Romana, não, nem mesmo a cristandade organizada, mas sim o império mundial da religião falsa. O principal membro e porta-voz desse império mundial, religioso, é a cristandade! Ela é o membro mais repreensível dele, porque afirma ser “cristã”. Suas blasfêmias ultrapassam as do “paganismo”! Sua perseguição de minorias religiosas (inclusive de verdadeiros cristãos) excede a do “paganismo”! Sua culpa de sangue ultrapassa a de todo o domínio religioso não-cristão! Em vista disso, a cristandade será a primeira que receberá atenção na execução do julgamento divino sobre Babilônia, a Grande, segundo dão a entender as Escrituras inspiradas. — Jeremias 25:13-29.
O ATO ESTRANHO E A OBRA INCOMUM DE DEUS
22. (a) Onde encontramos um paralelo histórico da cristandade hodierna? (b) Como descreve muito bem a linguagem de Isaías 28:15 o proceder dos governantes da antiga Jerusalém?
22 A cristandade da atualidade tem um paralelo antigo nas infiéis Judá e Jerusalém, nos seus últimos anos, antes da completa desolação daquele centro religioso, judaico, e de seu território pelos exércitos pagãos de Babilônia, no ano 607 A. E. C. Enquanto continuavam a multiplicar-se os avisos inspirados de profetas de Jeová contra a infiel Jerusalém, ela tentou métodos mundanos para se preservar e provar que as profecias divinas eram mentira. Ela achou que tinha feito um acordo com a Morte, segundo o qual a Morte não a abateria. Continuou a persuadir-se de que veio a ter uma “visão” comum com o Seol, segundo a qual o Seol (a sepultura comum da humanidade) não a veria ou observaria descer à sepultura qual cadáver sem vida. Ela se refugiou num arranjo mundano, enganoso, que ia mostrar-se “mentira”. Escondeu-se da predita destruição num plano que não ia mostrar-se fiel às afirmações e expectativas, escondendo-se ela assim atrás de “falsidade”. Não se refugiou em Jeová, qual Deus, nem achou esconderijo Nele. — Isaías 28:14-16.
23, 24. (a) De que maneira seguiu a cristandade hodierna um proceder similar? (b) Portanto, o que sobrevirá à cristandade, conforme predito pelo profeta Isaías?
23 A hodierna cristandade fez o mesmo. Fez arranjos adúlteros, amigáveis, com os poderes seculares, políticos, para a sua própria perturbação. Não depositou fé e confiança no reino messiânico, celestial, de Deus, que as testemunhas cristãs de Jeová proclamam mundialmente em especial desde o ano de após-guerra de 1919 E. C. Portanto, aquilo que aconteceu à antiga Jerusalém e Judá em cumprimento em miniatura da profecia bíblica cumprir-se-á agora no cumprimento maior e completo da mesma profecia bíblica. A história antiga mostra quão veraz foi a profecia de Jeová, na qual ele disse da Jerusalém incrédula:
24 “E eu vou fazer do juízo o cordel de medir e da justiça o nível [na armação das coisas segundo o seu propósito]; e a saraiva terá de arrasar o refúgio da mentira e as águas é que levarão de enxurrada o próprio esconderijo. E vosso pacto com a Morte há de ser dissolvido e esta vossa visão com o Seol não ficará de pé. A enxurrada transbordante, quando passar — então tereis de tornar-vos para ela um lugar pisado. Quantas vezes ela passar vos levará embora, pois passará manhã após manhã, durante o dia e durante a noite; e terá de tornar-se nada mais que uma razão para estremecimento, para fazer outros compreender o que se ouviu.” — Isaías 28:17-19, Isa. 28:2, 3.
25. (a) Conforme diz o profeta, por que será o relato sobre o que está acontecendo “uma razão para estremecimento”? (b) A ação de Jeová naquele tempo, será igual a que tomou em que ocasiões anteriores?
25 Por que ouvir o mero relato já deve ser motivo de estremecimento? Porque o relato declarará que todos os planos sábios do mundo, feitos por aqueles infiéis que professam adorar a Deus, ter-se-ão mostrado inadequados como cobertura e para dar sossego confortável como numa cama com um lençol. “Pois”, prossegue a explicar a profecia dada por meio de Isaías, “o leito mostrou-se curto demais para se estirar nele, e o próprio lençol tecido é demasiado estreito para se enrolar nele. Porque Jeová se levantará assim como no monte Perazim [onde o Rei Davi disse, depois de ter feito um ataque frontal contra os inimigos filisteus: ‘O verdadeiro Deus irrompeu através dos meus inimigos, por minha mão, como uma brecha feita por águas’], ficará agitado como na baixada perto de Gibeão [onde Jeová disse a Davi, antes de lhe dar uma segunda vitória sobre os filisteus: ‘O verdadeiro Deus terá ido na tua frente para golpear o acampamento dos filisteus’, esta vez desde a retaguarda], para fazer o seu ato — seu ato é estranho — e para executar a sua obra — sua obra é incomum. E agora, não vos mostreis zombadores, para que as vossas ligaduras não se tornem fortes, pois há um extermínio, sim, algo determinado, de que [eu, Isaías,] ouvi falar da parte do Soberano Senhor, Jeová dos exércitos, para toda a terra.” — Isaías 28:20-22; 1 Crônicas 14:8-16; 2 Samuel 5:17-25; também Josué 10:1-14.
26. O que é o ‘ato estranho’ e a ‘obra incomum’ que Jeová realizará em breve, e por que são aptamente descritos assim?
26 Que ato mais “estranho” poderia haver e que obra mais “incomum”, da parte de Jeová Deus, do que Ele causar a destruição da cristandade? Não poderia haver, pois alguém poderia perguntar: Não afirmou a cristandade governar “pela graça de Deus” sobre seu domínio religioso e não afirma ela representar o Cristo de Deus na terra? Sim! Portanto, não é de se esperar que Jeová preservasse a cristandade, a qual, por meio de suas sociedades bíblicas, divulgou a Bíblia Sagrada em toda a terra, em centenas de idiomas e por mais de um bilhão de exemplares? Em face de tudo isso, não preservar o Deus Todo-poderoso a cristandade durante a “presença do dia de Jeová” parecerá “estranho” aos milhões de freqüentadores das igrejas da cristandade! Parecerá realmente “incomum” que Ele cause a destruição violenta da cristandade no começo da iminente “grande tribulação”.
ABAIXO COM BABILÔNIA, A GRANDE, COMO QUE COM UM LANCE RÁPIDO!
27. (a) Por que motivo aniquilará Jeová primeiro a cristandade? (b) Por que virá a destruição dela “como ladrão”?
27 O motivo justo para o aniquilamento da cristandade como primeira na lista das organizações de religião falsa é que ela ‘não foi finalmente achada por Jeová sem mancha nem mácula, e em paz’. (2 Pedro 3:14) Isto se dá apesar de todas as suas afirmações de ser a única verdadeira Igreja de Deus! Ela mostra ser hipócrita, apresentando-se com o nome de cristianismo, quando ao mesmo tempo é babilônica no ensino e na prática. Visto que a destruição ardente dela no dia em que Jeová executará o julgamento divino será um ato “estranho” e uma obra “incomum”, sobrevirá a ela “como ladrão”. — 2 Pedro 3:10.
28. Por que é necessária a destruição da cristandade, para Jeová ser vindicado?
28 Por meio da sua destruição da cristandade, o Soberano Senhor Jeová terá de absolver-se de toda responsabilidade pelo proceder vergonhoso dela, durante os séculos de sua existência. Terá de vindicar-se como nunca tendo nada que ver com ela e como nunca a tendo comprometido para um casamento espiritual com seu Filho amado, para ser a ‘noiva de Cristo’. Ela foi meretriz religiosa; e Jeová terá de mostrar que a reconhece como ‘inimiga de Deus’ por ela ser ‘amiga do mundo’. — Tiago 4:4.
29. (a) Pára o julgamento divino sobre a religião falsa com a eliminação da cristandade, ou o que se dará? (b) Por que meios será destruída Babilônia, a Grande, e por que lhe farão isso?
29 O julgamento divino sobre a religião falsa não pára com a eliminação da cristandade. Se o principal membro daquele império mundial de religião falsa, Babilônia, a Grande, tiver de desaparecer, então também todas as restantes partes componentes dele. Toda ela terá de desaparecer sem deixar vestígios dela. Todas as partes carnais desta meretriz internacional terão de ser consumidas como que por uma fera. Ela terá de ser devastada e posta nua! Terá de ser completamente consumida como que por fogo, pois assim foi decretado na infalível Palavra de Deus: “E os dez chifres que viste, e a fera [a Oitava Potência Mundial política da atualidade], estes odiarão a meretriz e a farão devastada e nua, e comerão as suas carnes e a queimarão completamente no fogo.” (Revelação 17:16) Ironicamente, seus ex-amigos mundanos serão os que a destruirão, não por amor a Deus e Cristo, mas em repugnância e desprezo dela.
30. Quando os poderes políticos nas Nações Unidas passarem a desposar e destruir Babilônia, a Grande, poderão as Testemunhas de Jeová também sentir até certo ponto os efeitos disso?
30 A Oitava Potência Mundial, sendo hoje uma organização política, global, de 144 nações-membros, agirá contra tudo o que pretende ser religioso, espiritual, em toda a terra. Nem mesmo as testemunhas cristãs de Jeová poderão deixar de ser afetadas. É verdade que os 144 membros da organização das Nações Unidas sabem que as testemunhas cristãs de Jeová não fazem parte da cristandade, não, nem são parte da meretrícia Babilônia, a Grande, como um todo. Sabem que as Testemunhas de Jeová não se sujaram com a política suja deste mundo e não tentaram cavalgar a simbólica “fera” cor de escarlate, de sete cabeças e dez chifres. Portanto, quando tirar Babilônia, a Grande, de suas costas e a despir e cremar, esta “fera” política não tomará as Testemunhas de Jeová por alvo direto ao ajustar as contas com a odiada “mãe das meretrizes e das coisas repugnantes da terra”. (Revelação 17:5) Não obstante, dificilmente poderia ser de outro modo senão que, quando os poderes políticos representados nas Nações Unidas da atualidade tomarem o que acharem ser medidas necessárias contra todas as religiões, as Testemunhas de Jeová sejam de algum modo afetadas. Por exemplo, por tributação de emergência de todas as propriedades religiosas. Ou mesmo pela expropriação de todos os valores e imóveis religiosos. Ou pelo cancelamento, pelo Estado, dos estatutos de sociedades religiosas, a fim de produzir sua destruição.
31. Conforme ilustrado no caso do apóstolo João, que posição ocuparão as testemunhas ungidas de Jeová enquanto Babilônia, a Grande, for destruída?
31 No entanto, as Escrituras proféticas apresentam as testemunhas cristãs do Soberano Senhor Jeová como espectadores do aniquilamento aterrorizante da milenar Babilônia, a Grande. Pelo visto, o idoso apóstolo João, na ilha penal de Patmos, era representante do restante ungido do Israel espiritual da atualidade. Pediu-se ao apóstolo João, por meio de um dos sete anjos incumbidos de derramar as “últimas sete pragas” sobre a organização visível do Diabo: “Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que está sentada sobre muitas águas [povos, multidões, nações], com a qual os reis da terra cometeram fornicação, enquanto que os que habitam na terra se embriagaram com o vinho da fornicação dela.” — Revelação 17:1, 2; 21:9.
32, 33. (a) De que se tornou João espectador? (b) A quem não viu João destruído junto com Babilônia, a Grande, mas, em vez disso, quem é vingado por aquele ato de justiça divina?
32 Portanto, de que se tornou João espectador? João responde: “E ele me levou no poder do espírito para um ermo. E avistei uma mulher sentada numa fera cor de escarlate, que estava cheia de nomes blasfemos [acumulados durante a existência das Sete Potências Mundiais] e que tinha sete cabeças e dez chifres. E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlate, e estava adornada de ouro, e de pedra preciosa, e de pérolas, e tinha na sua mão um copo de ouro cheio de coisas repugnantes e das coisas impuras da sua fornicação. E na sua testa havia escrito um nome, um mistério: ‘Babilônia, a Grande, a mãe das meretrizes e das coisas repugnantes da terra.’ E eu vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus. . . . ‘E a mulher que viste significa a grande cidade [Babilônia] que tem um reino sobre os reis da terra.’” — Revelação 17:3-6, 18.
33 Lá no seu posto de observação no “ermo”, o apóstolo João tornou-se espectador do “julgamento da grande meretriz”, a destruição de Babilônia, a Grande, pela fera cor de escarlate com sete cabeças e dez chifres. João não viu as “testemunhas de Jesus” serem destruídas junto com Babilônia, a Grande, embriagada de sangue. (Revelação 17:15, 16) Depois de o apóstolo João, a seguir, ver Babilônia, a Grande, retratada como cidade do Alto Comércio, jazer em ruínas, ele ouve do céu o brado para os observadores: “Alegra-te por causa dela, ó céu, e também vós, santos, e vós, apóstolos, e vós, profetas, porque por vós Deus exigiu dela judicialmente a punição!” (Revelação 18:20) O Deus da justiça vinga assim seus adoradores fiéis, que sofreram às mãos de Babilônia, a Grande. Isso é motivo justo para alegria!
34, 35. Como indica a visão profética que o apóstolo João teve que a destruição de Babilônia, a Grande, não será um assunto de longa duração?
34 Finalmente, o apóstolo João viu na visão profética aquilo que será presenciado por observadores hodiernos, por aqueles que acataram a ordem divina de ‘sair’ de Babilônia, a Grande, e tornar-se o povo de Jeová Deus, o Todo-poderoso. A cena cheia de ação, vista por João, indica que a arruinação total de Babilônia, a Grande, não será um assunto de longa duração. João descreveu este quadro profético, dizendo:
35 “E um anjo forte levantou uma pedra semelhante a uma grande mó e lançou-a no mar, dizendo: ‘Assim, com um lance rápido, Babilônia, a grande cidade, será lançada para baixo, e ela nunca mais será achada. E nunca mais se ouvirá em ti o som de cantores ao acompanhamento de harpas, e de músicos, e de flautistas, e de trombeteiros, e jamais se achará de novo em ti artífice algum de qualquer profissão, e jamais se ouvirá de novo em ti o som da mó, e jamais brilhará de novo em ti a luz de lâmpada, e jamais se ouvirá de novo em ti a voz de noivo e de noiva; porque os teus comerciantes viajantes eram os dignitários da terra, pois todas as nações foram desencaminhadas pelas tuas práticas espíritas. Sim, nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos na terra.” — Revelação 18:21-24.
36. Por que não participarão as próprias testemunhas cristãs de Jeová na destruição violenta de Babilônia, a Grande?
36 No iminente cumprimento desta visão profética, as testemunhas cristãs de Jeová não participarão no lançamento violento de Babilônia, a Grande, nas profundezas da destruição. Não serão iconoclastas, entrando à força nos edifícios religiosos e despedaçando imagens e quadros religiosos. Terão em mente que Jeová Deus reivindica a execução da vingança como sendo Sua prerrogativa. Deixarão que ele execute a vingança, e por isso não tentarão vingar-se elas mesmas. Que o Juiz Supremo e Deus da justiça use quaisquer outros instrumentos que queira usar, no céu ou na terra, tais como a simbólica “fera” cor de escarlate, com sete cabeças e dez chifres, mas as testemunhas cristãs de Jeová não encontram nenhuma autorização na Palavra escrita de Deus, para elas mesmas agirem com violência contra Babilônia, a Grande. Diga-se com crédito e louvor para Jeová: “Ele executou o julgamento na grande meretriz que corrompia a terra com a sua fornicação, e das mãos dela vingou o sangue dos seus escravos.” — Revelação 19:2.
DISSOLUÇÃO DOS AMANTES ALIENADOS DELA NO HAR-MAGEDON
37. (a) Apenas de que modo poderão as testemunhas cristãs de Jeová sobreviver à destruição de Babilônia, a Grande? (b) Terão ainda mais trabalho a fazer naquele tempo, na pregação destas “boas novas do reino” em testemunho? (c) Em vez disso, com que situação se confrontarão?
37 Tão-somente sob a proteção do Deus Todo-poderoso poderão as testemunhas cristãs de Jeová sobreviver à eliminação violenta de Babilônia, a Grande, da face da terra. Sua preservação como espectadores deste evento que abalará o mundo os tornará testemunhas daquele ato “estranho” de Deus da adoração pura, e isto os obrigará a contá-lo a outros, no tempo devido. Neste tempo, sua pregação destas “boas novas do reino . . . em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações” terá terminado. Sua obra de ir de casa em casa, de porta em porta, de loja em loja, e andar pelas ruas como arautos, conforme ordenado pelo Filho de Deus, terá acabado. (Mateus 24:14; Marcos 13:10) Terão de manter-se firmes, então, a favor daquele reino messiânico de Deus, que persistiram em pregar durante as décadas desta “terminação do sistema de coisas”. Por quê? Porque estarão então face a face com os poderes políticos irreligiosos que representam “todos os reinos do mundo”.
38. A que conclusões errôneas chegarão então os poderes políticos do mundo?
38 Será uma situação realmente desafiadora! Os poderes políticos, mundiais, então divorciados de toda a religião babilônica, disputarão então mais do que nunca o direito de tal coisa como “o reino de Deus” assumir o controle da terra. Não crêem em tal governo invisível, celestial. Ter-se-lhes permitido destruírem o babilônico império mundial da religião falsa os levará a conclusões errôneas — de que não existe um único Deus vivente e verdadeiro e de que eles são muito mais poderosos do que qualquer coisa que afirme representá-lo na terra, podendo assim atacar até mesmo os proclamadores destas “boas novas do reino” sem temerem sofrer punição divina.
39. O que é razoável crer quanto a qual será o pensamento dos governantes políticos do mundo naquele tempo?
39 Serão inteiramente materialistas, só se importando com coisas materiais: O governo da terra, doravante, deverá ser inteiramente exercido por governantes humanos, visíveis. A terra pertence ao homem que a ocupa. Acharão incrível o ensino de que estiveram sob o controle invisível de Satanás, o Diabo, e seus demônios. Não atribuem seu poder político ao Diabo, como governante invisível, e não governaram a terra durante todos esses séculos apenas pela permissão do Soberano Senhor Jeová. Por isso não reconhecerão algum fim dos Tempos dos Gentios em 1914 E. C. como fato significativo, nem entregarão seu poder político e sua soberania nacional a um Deus em quem não crêem. Todos os que estiverem vivos na terra terão de harmonizar-se com o seu modo de pensar. Todos os que não se conformarem, todos os dissidentes, terão de ser eliminados, extinguidos da terra. Com tais não-conformistas, os destruidores políticos de Babilônia, a Grande, referir-se-ão às testemunhas sobreviventes de Jeová.
40. Por que não transigirão as Testemunhas de Jeová naquele tempo quanto à sua atitude, nem se conformarão com o mundo?
40 O que induzirá as testemunhas cristãs de Jeová a não se conformarem naquele tempo decisivo é seu reconhecimento do Deus Altíssimo Jeová como sendo o Soberano Universal. A Ele, o Criador, pertencem tanto a terra como os céus. Como constituinte legítimo do Rei, ele designou seu ressuscitado Filho Jesus Cristo para reinar sobre a terra por mil anos, a favor da humanidade pela qual morreu como sacrifício de resgate. O tempo deste reinado milenar de Cristo já se aproximou, e as Testemunhas de Jeová o aguardam com plena fé nas Escrituras Sagradas. Sob nenhumas circunstâncias renunciarão àquele governo teocrático, do qual têm sido embaixadores e enviados na terra, durante o “tempo do fim”. Como tais, não fizeram “parte do mundo”, e recusam-se agora a serem obrigados a se tornar parte dum mundo que já enfrenta o Har-Magedon, quando a questão da Soberania Universal será decidida por uma luta até o fim!
41. (a) Em vista da atitude adotada pelas testemunhas cristãs de Jeová, qual será a atitude dos poderes políticos, materialistas, para com elas naquele tempo? (b) Como fornece aquilo que se predisse a respeito de Gogue da terra de Magogue um indício de como encararão o assunto?
41 Os poderes políticos, materialistas, ressentir-se-ão de tal obstáculo à reivindicação indisputada do domínio mundial pelo homem. Fora com ele! será a sua atitude. Além disso, o que possui aquele pequeno grupo de Testemunhas de Jeová para apoiar sua atitude senão a Bíblia Sagrada, mero livro escrito pela mão de homens? Onde está o apoio militar deles, onde estão suas armas carnais para lutarem a favor de seu Deus e o Rei messiânico deles? Raciocinando assim como Gogue da terra de Magogue, na profecia de Ezequiel, concluirão que as Testemunhas de Jeová, desarmadas politicamente impotentes, são indefesas e desamparadas. (Ezequiel 38:10-12) Segundo o conceito materialista, evidentemente será fácil destruí-las, eliminar seu paraíso espiritual e despojá-las de sua afirmação de que representam o “reino dos céus”!
42. Quando os membros das Nações Unidas avançarem para atacar as Testemunhas de Jeová, contra quem, na realidade, expressarão seu desafio?
42 Portanto, avancem para o ataque, membros nacionais, unidos, da organização mundial de paz e segurança internacionais! Avancem, sim, mas, na realidade, não contra as testemunhas sobreviventes do Soberano Senhor Jeová; antes, será contra o Líder celestial delas, Jesus Cristo, o “Cordeiro de Deus” que uma vez foi sacrificado! Pois, a respeito dos poderes políticos que entregaram seu ‘poder e autoridade’ terrenos à organização mundial para o domínio da humanidade está escrito: “Estes batalharão contra o Cordeiro, mas, porque ele é Senhor dos senhores e Rei dos reis, o Cordeiro os vencerá. Também o farão com ele os chamados, e escolhidos, e fiéis.” — Revelação 17:13, 14.
43, 44. (a) Quando confrontados com tal ataque, de que narrativas terão de lembrar-se os servos de Jeová aqui na terra? (b) Como poderá animá-los o Salmo vinte e sete?
43 Por meio de tais palavras proféticas, Jeová Deus revela sua confiança na fidelidade de suas testemunhas cristãs, a quem ele preserva para este momento supremo de tudo o que passam na terra. Qualquer que seja a forma do ataque mundial, não importa de que modo venha, porá à prova a fé e a devoção de Seu restante ungido e da “grande multidão” de companheiros leais. Terão de lembrar-se de outras ocasiões registradas na Bíblia Sagrada, em que o Deus Todo-poderoso permitiu que os inimigos atacassem em massa seu povo aparentemente indefeso, mas ele de repente impediu o inimigo totalmente. Lembrar-se-ão apropriadamente das palavras do Rei Davi:
44 “Jeová é a minha luz e a minha salvação. De quem terei medo? Jeová é o baluarte da minha vida. De quem terei pavor? Quando os malfeitores se chegaram a mim para devorar minha carne, sendo eles pessoalmente meus adversários e meus inimigos, eles mesmos tropeçaram e caíram. Ainda que um acampamento arme tendas contra mim, meu coração não temerá. Ainda que estoure uma guerra contra mim, mesmo assim estarei confiante. Uma coisa pedi a Jeová — é o que procurarei: Morar na casa de Jeová todos os dias da minha vida, para contemplar a afabilidade de Jeová e olhar com apreciação para o seu templo. Porque no dia da calamidade ele me ocultará no seu abrigo; esconder-me-á no lugar secreto da sua tenda; ele me porá alto sobre uma rocha. E agora a minha cabeça ficará elevada acima dos meus inimigos ao redor; e eu vou sacrificar na sua tenda sacrifícios de gritos de alegria; vou cantar e entoar melodias a Jeová.” — Salmo 27:1-6.
45. Que motivos terão dado as nações ímpias ao Soberano Universal para destruí-las?
45 Todos os santos céus e todos os santos na terra observarão o que então ocorrerá! Por fim se terá então atingido o ponto culminante da flagrante provocação e do desafio das nações da terra, com respeito à soberania universal do Deus Todo-poderoso, o Produtor do céu e da terra! O Rei vindicador celestial da Soberania Universal terá de decidir então a atitude de quem está certa, a de suas testemunhas cristãs na terra, ou a das nações de criaturas humanas, mortais, que se glorificam a si mesmas. As nações não somente ‘arruinaram a terra’ com a sua poluição e com as suas violações das leis do Criador, mas elas também se decidirão então a destruir Seu “povo para propriedade especial”, o restante ungido do Israel espiritual, junto com a “grande multidão” de pessoas que temem a Deus e que fazem o bem àquele “povo para propriedade especial”. (Revelação 11:18; 1 Pedro 2:9) De que motivo adicional precisará o Soberano Universal ao procurar uma razão para destruir as nações ímpias? Nenhum!
46. (a) Como mostraram as nações que elas se negaram a acatar o conselho inspirado registrado no Salmo 2:10-12? (b) Assim, em harmonia com o Salmo 2:5-9 para que ação terá chegado o tempo?
46 Durante toda a pregação mundial das “boas novas do reino”, em testemunho, desde 1914 E. C., as nações se negaram obstinadamente a acatar o conselho inspirado: “E agora, ó reis, usai de perspicácia; deixai-vos corrigir, ó juízes da terra. Servi a Jeová com temor e jubilai com tremor. Beijai ao filho [o Messias], para que Ele [Jeová] não se ire e não pereçais no caminho, pois a sua ira se acende facilmente.” (Salmo 2:7, 10-12) As nações refrearam-se persistentemente de beijarem o Rei, a quem Jeová anunciou universalmente como sendo seu Filho unigênito, porque as nações não fizeram nada para abrandar a face dele para com uma reconciliação. Negaram-se a lhe entregarem sua soberania sobre os territórios que reivindicam. O relógio no horário de Deus marca a hora para Ele ‘falar às nações na sua ira e perturbá-las no seu ardente desagrado’. Portanto, que entre em ação o domínio do “cetro de ferro”. Que o empossado Filho régio de Jeová quebrante as nações, que as espatife como se fossem um vaso de barro do oleiro. (Salmo 2:5-9) Então, que o Filho de Deus, com o cetro de ferro, trave imediatamente batalha contra as forças inimigas!
47. (a) Quem dará o sinal para os exércitos celestiais entrarem em ação no Har-Magedon? (b) O relato de Revelação descreve o campo de batalha naquele dia de matança como sendo o quê?
47 Assim como o Rei Davi, na planície de Gibeão, aguardava de Jeová o sinal para a batalha, assim o Rei guerreiro de Jeová, que “há de pastorear todas as nações com vara de ferro”, aguarda o sinal de seu Comandante em Chefe celestial. (Revelação 12:5) Eis o sinal! Imediatamente, o régio Marechal de Campo esporeia seu cavalo branco de guerra para avançar, liderando seus exércitos celestiais, em cavalos brancos de guerra, num ataque vitorioso contra todos os inimigos combinados, em formação de batalha, no campo de batalha do Har-Magedon, na terra. Sejam esses reis inimigos, seus exércitos e asseclas pisados assim como uvas ajuntadas para serem esmagadas. Seja esse campo de batalha do Har-Magedon transformado num lagar! Pise o Rei dos reis o “lagar de vinho da ira do furor de Deus, o Todo-poderoso”. Suba cada vez mais o sangue vital dessas “uvas” no lagar, sim, “até à altura dos freios dos cavalos”. (Revelação 19:11-16; 14:18-20) Tenha agora plena vazão a ira por muito tempo refreada do furor de Deus, o Todo-poderoso. Não haja mais necessidade de ele causar pela segunda vez tal aflição de nações. — Naum 1:6-9.
48. Como descreve Isaías 34:1-6 o que acontecerá então?
48 Certamente, chegou agora o tempo de todo o céu e terra tomarem nota disso! “Porque Jeová tem indignação contra todas as nações e furor contra todo o seu exército. Ele terá de devotá-las à destruição; terá de entregá-las ao abate. E seus mortos serão lançados fora; e quanto aos seus cadáveres, ascenderá o seu mau cheiro; e os montes terão de derreter-se por causa do sangue deles. E todos os do exército dos céus terão de apodrecer. E os céus terão de ser enrolados, como o rolo dum livro; e todo seu exército terá de engelhar-se, assim como se engelha a folhagem caindo da videira e como o figo engelhado da figueira. ‘Pois a minha espada certamente ficará encharcada nos céus. Eis que descerás sobre Edom e sobre o povo que em justiça devotei à destruição. Jeová tem uma espada; terá de ficar cheia de sangue.’” (Isaías 34:1-6) Não foi de brincadeira que Jeová inspirou a escrita dessas palavras proféticas. Aproxima-se o tempo para o cumprimento delas. O velho sistema de coisas terá de morrer!
49. Que decisão urgente confronta agora a cada um de nós?
49 Morreremos junto com o velho sistema de coisas? Preferimos ser executados junto com os governantes políticos, seus exércitos e seus asseclas, naquele “dia” em que Jeová Deus, por meio de seu Filho guerreiro, Jesus Cristo, brandir sua espada judicial para executar todos os seus inimigos na terra? Deve ser curtíssimo o tempo restante em que se nos permite fazer a decisão pessoal, envolvendo a vida ou a morte, até que o Soberano Senhor Deus ajuste as contas com este velho sistema de coisas. Sermos poupados com vida ou sermos executados como mundanos condenados dependerá do lado em que escolhemos ficar. Não é agora cedo demais para decidir a questão: Do lado de quem me encontrarei quando a aflição mundial chegar ao seu temível clímax? Que todos nós façamos nossa escolha com sabedoria e bom senso a favor da vida no novo sistema de coisas de Deus!
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Da aflição mundial para uma “nova terra” pacíficaEstá Próxima a Salvação do Homem da Aflição Mundial!
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Capítulo 19
Da aflição mundial para uma “nova terra” pacífica
1. Por que foram Noé e sua família preservados quando o “mundo de pessoas ímpias” daquele tempo acabou, e por que é importante para nós a sobrevivência deles?
JÁ UMA VEZ antes na história humana acabou “um mundo de pessoas ímpias”! O antepassado comum de todos nós sobreviveu àquele fim de tal “mundo”. Este antepassado ancestral nosso era Noé, filho de Lameque. Por tomar sua posição do lado certo, Noé sobreviveu junto com sua esposa, três filhos e três noras. Isto fez com que todos nós sejamos hoje descendentes daqueles oito sobreviventes do fim de um mundo. Aquele fim do mundo veio num dilúvio global, tal como a humanidade nunca mais presenciará. Noé veio a ser chamado “pregador da justiça”. O registro bíblico diz: “Noé andou com o verdadeiro Deus.” Era do lado Deste que Noé tomou sua posição na crise mundial dos seus dias. Por causa disso, ele e sua família foram preservados na arca maciça que construiu em obediência à ordem de Deus, para a preservação de si mesmo e de sua família. — 2 Pedro 2:5; Gênesis 6:9; Hebreus 11:7.
2. (a) Quem sobreviverá ao fim do “mundo de pessoas ímpias” que agora confronta a humanidade, e que base há para se ter tal certeza? (b) Quais são os “céus” que serão destruídos como que por fogo?
2 A humanidade enfrenta agora novamente o fim de um “mundo de pessoas ímpias”. Apesar dos que zombam desta idéia fenomenal, há muitos que tomam sua posição do lado certo, assim como Noé fez antes do dilúvio global de 2370 A. E. C. Noé era uma das primitivas testemunhas de Jeová. Este fato é significativo para os nossos dias críticos. De que modo? Do seguinte: Iguais a Noé, sob proteção divina, as testemunhas cristãs de Jeová da atualidade sobreviverão ao vindouro fim de um “mundo de pessoas ímpias”. Presenciarão pessoalmente, na terra, que, conforme diz 2 Pedro 2:9, “Jeová sabe livrar da provação os de devoção piedosa, mas reservar os injustos para o dia do julgamento, para serem decepados. Serão preservadas como classe durante a “presença do dia de Jeová, pelo qual os céus, estando incendiados, serão dissolvidos, e os elementos, estando intensamente quentes, se derreterão”! “E a terra e as obras nela serão descobertas [para serem queimadas].” (2 Pedro 3:12, 10) Verão os “céus” governamentais, visíveis, incendiados pelos meios ardentes que o Deus operador de milagres usar então. Ouvirão o som sibilante com que aqueles “céus” incendiados passarão para todo o sempre. Os “elementos” que acompanham o atual sistema mundial de coisas serão fundidos, “dissolvidos”, por causa do calor insuportável a que serão expostos.
3. Identifique os “elementos” que “serão dissolvidos” naquele tempo, conforme 2 Pedro 3:12.
3 Os “elementos” que constituem a atmosfera figurativa do atual sistema transitório de coisas não poderão manter-se unidos e agüentar o fogo da prova. A atitude mundana, de que o homem é capaz de governar a terra independentemente de Deus, não suportará a prova ardente. O desejo da carne e o desejo dos olhos, bem como a ostentação dos meios de vida da pessoa, como aspecto egoísta, predominante, do atual sistema de coisas, mostrarão ser de tão curta duração como este “mundo de pessoas ímpias”. Ascenderão em fumaça na prova ardente do dia de julgamento por Jeová. Esses “débeis e mesquinhos elementos”, quer dizer, as impotentes teorias, filosofias, práticas e ritos por meio dos quais os homens têm procurado conseguir a sua própria salvação e mostrar-se auto-justos, todos esses “elementos” se fundirão no crisol ardente da prova. Mostrar-se-ão sem força, não práticos, ineficientes, sem valor e mesquinhos. (1 João 2:15-17; Gálatas 4:9, PIB) Esses “elementos” terão de desaparecer por não constituírem ambiente, atmosfera, expansão ou abóbada natural sob a qual os adoradores de Deus devam viver na terra.
4. O que é a “terra e as obras nela” que perecerão no ardente “dia de Jeová”?
4 Mostrar-se-á que faltam materiais à prova de fogo na “terra e as obras nela” durante aquele superaquecido “dia de Jeová”. Mostrarão ser tão combustíveis como os acompanhantes “céus” e “elementos”. A sociedade humana, como base viva para o sistema de coisas do qual Satanás, o Diabo, tem sido o deus, perecerá com a execução dos julgamentos justos de Deus. Assim acabará todo um mundo, o “mundo de pessoas ímpias”, que corresponde a um mundo assim no dilúvio dos dias de Noé. As obras edificadas por tal sociedade humana ímpia, terrena, não a salvarão, nem lhe servirão de porto de segurança. A expressão ardente da ira, da indignação e da denúncia de Deus reduzirá tudo a cinzas.
5, 6. (a) Durante aquele tempo de destruição, como talvez pareça a situação dos próprios adoradores de Jeová na terra? (b) Apenas por que meios passarão alguns por aquele tempo de aflição, e que encorajamento poderão encontrar no Salmo quarenta e seis?
5 Ao se executar a destruição dos figurativos “céus”, “elementos” e “a terra e as obras nela”, poderá parecer aos adoradores de Jeová, apanhados nesta aflição mundial, como se todo o universo desabasse em volta deles. Sim, como se o próprio solo desaparecesse debaixo de seus pés. Os acontecimentos poderão assumir um aspecto aterrorizante para os espectadores terrenos. Evidenciar-se-á que apenas por um milagre do Deus Todo-poderoso poderá sobreviver na terra alguém de carne. Apenas por confiarem plenamente no Soberano Universal Jeová poderão os espectadores terrenos impedir que o terror se apodere de seu coração. Para tal experiência perturbadora reservou-se o salmo do templo, dos filhos de Corá, que sobreviveram à destruição ardente de seu pai rebelde e de outros companheiros levitas, presunçosos, dele:
6 “Deus é para nós refúgio e força, uma ajuda encontrada prontamente durante aflições. Por isso é que não temeremos, ainda que a terra passe por uma mudança e ainda que os montes cambaleiem para dentro do coração do vasto mar; ainda que as suas águas sejam turbulentas e espumem, ainda que os montes tremam diante do seu alvoroço. . . . Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o grandioso e santíssimo tabernáculo do Altíssimo. Deus está no meio da cidade; ela não será abalada. Deus a ajudará ao surgir a manhã. As nações ficaram turbulentas, os reinos foram abalados; ele fez soar a sua voz, a terra passou a dissolver-se. Jeová dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é para nós uma altura protetora.” — Salmo 46:1-7 e cabeçalho.
7, 8. Nos versículos adicionais do salmo, que garantia encontramos de que haverá sobreviventes daquela reviravolta mundial?
7 Os escritores do salmo (os filhos de Corá) passaram logo a seguir a indicar que pode haver e haverá sobreviventes de tal transtorno espantoso do mundo natural, nas palavras seguintes:
8 “Vinde, observai as atividades de Jeová, como ele tem posto eventos assombrosos na terra. Ele faz cessar as guerras até a extremidade da terra. Destroça o arco e retalha a lança; as carroças [de guerra] ele queima no fogo. ‘Cedei [Aquietai-vos], e sabei que eu sou Deus. Vou ser exaltado entre as nações, vou ser exaltado na terra.’ Jeová dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é para nós uma altura protetora.” — Salmo 46:8-11, NM; ALA; Números 16:1-35; 26:10, 11; 27:2, 3; Judas 11.
9. (a) O que temos de fazer agora, se Jeová há de ser refúgio para nós naquele tempo? (b) Para que acontecimento histórico aponta Hebreus 12:26-29 como lembrete, ao falar sobre a destruição de “céu” e “terra”?
9 Para encontrarmos então refúgio em Jeová Deus durante tal comoção que abalará o mundo será preciso que nos refugiemos Nele de antemão, desde já. Seu poder para abalar o “céu” e a “terra” até estarem destruídos foi demonstrado em 1513 A. E. C., quando fez o monte Sinai tremer, na ocasião em que deu seus Dez Mandamentos aos antigos filhos de Israel. (Êxodo 20:1-18) “Naquele tempo, a sua voz abalou a terra, mas agora ele tem prometido, dizendo: ‘Ainda mais uma vez porei em comoção não só a terra, mas também o céu.’ Ora, a expressão ‘ainda mais uma vez’ indica a remoção das coisas abaladas como coisas feitas, a fim de que permaneçam as coisas não abaladas. Em vista disso, sendo que [nós, os do Israel espiritual,] havemos de receber um reino que não pode ser abalado, continuemos a ter benignidade imerecida, por intermédio da qual podemos prestar a Deus serviço sagrado aceitável, com temor piedoso e com espanto reverente. Porque o nosso Deus é também um fogo consumidor.” — Hebreus 12:26-29; Ageu 2:6, 7.
10. (a) Naquele tempo de intenso abalo, o que permanecerá de pé, como expressão de quê? (b) Haverá alguma coisa que Satanás e seus demônios possam fazer para impedir a destruição dos “céu” e “terra” do atual sistema iníquo de coisas?
10 Que os artificiais “céus” e “terra” sejam abalados até serem completamente eliminados na destruição ardente durante a “presença do dia de Jeová”, mas o reino messiânico de Deus, nas mãos de seu Filho vitorioso em batalha, permanecerá de pé. Como expressão de sua inabalável Soberania Universal, ficará de pé para a vindicação eterna Dele como Soberano Senhor de todos. Satanás, o Diabo, “o governante deste mundo”, e todos os seus anjos demoníacos dominaram por muito tempo estes artificiais “céu” e “terra” do atual sistema iníquo de coisas. Mas, apesar de seu poder sobre-humano, não poderão impedir que os condenados “céu” e “terra” sejam abalados até caírem em pedaços e serem eliminados do universo. O “curto período de tempo”, em que essas “forças espirituais iníquas nos lugares celestiais” foram restritas aqui na vizinhança da terra, terá acabado. Logo após a vitória eterna de Jeová Deus, por meio de Jesus Cristo, no “grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon, Satanás, o Diabo, e seus anjos demoníacos serão apanhados, acorrentados e lançados no abismo, longe da vizinhança desta terra. — Revelação 20:1-3.
11. Aperceber-se-ão as testemunhas sobreviventes de Jeová de que ocorreu o acorrentamento de Satanás e seus demônios?
11 Embora esse acorrentamento e lançamento, no abismo, de Satanás e seus anjos demoníacos seja invisível aos olhos das testemunhas sobreviventes de Jeová, e também silencioso para seus ouvidos naturais, sentirão os efeitos libertadores disso. Não mais acontecerá que ‘Satanás se interponha no nosso caminho’, ao procurarmos realizar a obra de reconstrução de Jeová na terra purificada, depois de serem encarceradas no abismo essas forças espirituais iníquas com as quais temos de lutar e combater agora com armas espirituais. (1 Tessalonicenses 2:18; Efésios 6:12-18) Tal luta e combate espiritual será coisa do passado para eles, durante o reinado milenar de Cristo. — Revelação 20:1-6; Romanos 16:20.
“NOVOS CÉUS E UMA NOVA TERRA”
12. Naquele tempo, que coisas preditas por Daniel e por Jesus Cristo serão profecia cumprida?
12 Quão bendito será aquele dia, o dia que todos aguardamos tão ansiosamente! Tudo será então profecia cumprida — aquela que o profeta Daniel predisse ao dizer: “E durante esse tempo pôr-se-á de pé Miguel [o glorificado Cristo], o grande príncipe que está de pé a favor dos filhos de teu povo. E certamente virá a haver um tempo de aflição tal como nunca se fez ocorrer, desde que veio a haver nação até esse tempo.” E Jesus Cristo, citando essas palavras de Daniel, ao fazer a sua profecia sobre a “terminação do sistema de coisas”, acrescentou as palavras: “Não, nem tampouco ocorrerá de novo. De fato, se não se abreviassem aqueles dias, nenhuma carne seria salva; mas, por causa dos escolhidos, aqueles dias serão abreviados.” — Daniel 12:1; Mateus 24:3, 21, 22; Marcos 13:19, 20.
13. Que reconhecimento emocionante e que privilégio raro terão o restante e seus co-adoradores depois de terem atravessado aquela aflição mundial?
13 Qual a condição física e ambiental em que emergirão o restante fiel do Israel espiritual e a “grande multidão” de co-adoradores leais, da pior aflição mundial de toda a experiência humana, ainda resta a ver e ser apreciada. Mas, quão emocionante será então o reconhecimento de que a Nova Ordem justa de Deus por fim começou! Quão grande será o privilégio de presenciar na realidade aquilo que o idoso apóstolo João viu há muito tempo apenas em visão! “E eu vi um novo céu e uma nova terra; pois o céu anterior e a terra anterior tinham passado, e o mar já não é.” (Revelação 21:1) Ter-se-á cumprido a profecia de Jeová que ofereceu tal esperança já lá nos dias antigos do profeta Isaías: “Eis que crio novos céus e uma nova terra; e não haverá recordação das coisas anteriores, nem subirão ao coração. Mas exultai e jubilai para todo o sempre naquilo que estou criando.” — Isaías 65:17, 18.
14. (a) No primeiro século, como ficaram os cristãos afetados pela promessa de “novos céus e uma nova terra”? (b) Por que têm as testemunhas cristãs de Jeová agora grandes expectativas com respeito a essa promessa?
14 Esta promessa do Deus que não mente foi trazida à atenção até mesmo dos cristãos do primeiro século. Adotando o ponto de vista de israelitas espirituais, fortaleciam-se na sua perseverança cristã por aguardarem que Deus cumprisse sua promessa preciosa. Em contraste com a descrição sóbria da dissolução ardente dos existentes “céus”, “elementos” e “a terra e as obras nela”, que acabava de escrever para os destinatários de sua carta, o apóstolo Pedro acrescentou as palavras animadoras: “Mas, há novos céus e uma nova terra que aguardamos segundo a sua promessa, e nestes há de morar a justiça.” (2 Pedro 3:13) Atualmente, as testemunhas cristãs de Jeová, deste século vinte, também aguardam os mesmos novos céus e nova terra. Mas, sabem que vivem nos últimos dias dos “céus e a terra que agora existem”. A geração que não havia de passar até que “todas estas coisas” preditas por Jesus Cristo ocorressem sobreviveu desde o fim dos Tempos dos Gentios em 1914 e viu praticamente “todas estas coisas” ocorrer. (Mateus 24:3, 34) Portanto, são elevadas as suas expectativas!
15. Em que atividade devemos todos estar plenamente ocupados?
15 As testemunhas cristãs de Jeová, ‘desta geração’, têm mais incentivo do que jamais antes para estarem plenamente ocupadas em “atos santos de conduta e em ações de devoção piedosa”, e para estarem bem atentas para terem “bem em mente a presença do dia de Jeová”, no qual a velha ordem injusta será dissolvida em destruição. (2 Pedro 3:11, 12) Este dia é inevitável. Terá de vir, a fim de abrir caminho para o cumprimento da áurea promessa de Deus, de “novos céus e uma nova terra”, em que há de morar a justiça. Aproxima-se o dia em que essas novas criações prometidas embelezarão o domínio que por tanto tempo foi maculado pela presença de céus e terra injustos da criação do Diabo. Quão agradável será então viver na terra!
16. (a) O que significará o reino messiânico, celestial, para os habitantes da terra? (b) Que expressão será da parte de Jeová para com a humanidade?
16 O reinado do Senhor Jesus Cristo com sua glorificada “noiva” congregacional introduzirá uma era ininterrupta de governo justo, paz e felicidade para os habitantes da terra. Este messiânico reino celestial substituirá o impiedoso e mau governo sobre a humanidade exercido por diabos e homens, durante os últimos seis mil anos. Esse governo messiânico ocupará o lugar dos velhos “céus” iníquos. Será uma expressão do infinito amor de Jeová Deus pelo homem que foi criado como “filho de Deus”, à própria imagem e semelhança de Deus. (Gênesis 1:26-28; Lucas 3:38) Jeová Deus amou tanto o mundo da humanidade, que proveu, com grande custo para si mesmo, seu amado Filho unigênito para ser o Rei desse governo messiânico. — João 3:16.
17. Que perspectiva se apresentará aos sobreviventes do Har-Magedon, e que condição usufruem na realidade desde já?
17 Tendo passado a “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso” e sido feito o encarceramento das “forças espirituais iníquas” de Satanás e seus demônios no abismo, os sobreviventes favorecidos, na terra, encher-se-ão de júbilo de todo o coração ao se darem conta de que os há muito aguardados “novos céus” da criação de Deus deveras os governam. Olhando para a terra purificada que se estenderá diante deles, encher-se-ão dum espírito pioneiro. Haverá um milênio de trabalho a fazer em toda a terra! Diante de seus olhos surgirá a perspectiva dum paraíso global. Já usufruem o paraíso espiritual pelo espírito e favor de Deus. Como que numa arca de sobrevivência, foram preservados neste paraíso espiritual durante o grande cataclismo que dissolveu o velho sistema em destruição. Este é o motivo de a “nova terra” prometida começar com eles. Quanta alegria haverá, pois eles mesmos serão o núcleo da “nova terra”, a nova sociedade humana, o novo mundo de pessoas piedosas!
18. Este é o tempo para o cumprimento de que promessa preciosa registrada em Revelação 21:3, 4?
18 Ali começará a cumprir-se o que o apóstolo João ouviu anunciado desde o céu: “Eis que a tenda de Deus está com a humanidade, e ele residirá com eles e eles serão os seus povos. E o próprio Deus estará com eles. E enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor. As coisas anteriores já passaram.” — Revelação 21:3, 4.
O CASAMENTO DO RESTANTE NUPCIAL COM O NOIVO
19. (a) Por que não permanecerá indefinidamente aqui na terra o restante sobrevivente dos israelitas espirituais? (b) O que significará para eles obterem a vida celestial?
19 Os sobreviventes do restante dos israelitas espirituais exultarão e jubilarão grandemente ao verem tal começo feliz na terra purificada. Serão instrumentos nas mãos de Deus para pôr a “nova terra” em operação em harmonia com o governo dos “novos céus”. Mas, a sua derradeira esperança não é terrena; antes, é celestial. Os do restante gerado pelo espírito esperam que, no tempo devido, o Noivo celestial, Jesus Cristo, os leve para a casa de seu Pai celestial, para completarem sua congregação-noiva e assim formarem a parte final da “cidade santa, a Nova Jerusalém”. (Revelação 21:2, 9, 10; 20:4, 6; João 14:2, 3; 17:24) Dar-se-á então sua separação da associação pessoal com a “nova terra” e eles serão unidos em casamento celestial com seu amado Noivo, junto com os outros da congregação-noiva dele. Assim serão parte dos “novos céus” no seu devido lugar. — Efésios 5:25-27.
20. (a) Desde o ano de 1935, por que motivo tem a “grande multidão” dado ajuda amorosa aos da prospectiva classe da noiva? (b) Que lugar no Seu domínio real ocupará a “grande multidão”?
20 A “grande multidão” de co-adoradores no templo espiritual de Deus alegrar-se-á com a união marital do restante ungido do Israel espiritual, com quem sobreviveram à “presença do dia de Jeová”. Durante todo esse tempo de associação pessoal com o restante nupcial, desde 1935 E. C., assistiram a prospectiva classe da noiva quais damas de honra. Fizeram isso em lealdade amorosa ao Rei-Noivo. Não sendo membros desta classe da noiva, não serão levados para o céu. Todavia, são incluídos no domínio do Rei-Noivo, para usufruírem seu reinado de mil anos. Serão preservados junto com o restante da classe da noiva durante a “grande tribulação” e sairão dela para a parte terrena do domínio real dele, sendo que esta parte terrena necessariamente inclui o território do antigo Israel, onde costumava reinar o famoso antepassado do Rei, o Rei Davi. — Salmo 72:6, 7; Lucas 1:31-33.
21. (a) Portanto, que quer dizer o Rei quando lhes diz, conforme registrado em Mateus 25:34: “Herdai o reino . . .”? (b) De que modo são apropriadamente descritos no Salmo 45:14, 15?
21 Quando o Rei-Noivo cumprir a parábola das ovelhas e dos cabritos, será a parte terrena de seu domínio real que ele terá em mente ao dizer àqueles que são semelhantes a ovelhas, à sua mão direita: “Vinde, vós os que tendes sido abençoados por meu Pai, herdai o reino preparado para vós desde a fundação do mundo.” (Mateus 25:31-34, NM ingl. 1971) Acolher ele cordialmente essas pessoas semelhantes a ovelhas, que fazem o bem e que foram quais damas de honra atentas para a classe da noiva dele, corresponderá ao que se diz a respeito de damas de honra virgens no Salmo 45:14, 15: “As virgens no seu séquito, como suas companheiras, são levadas para dentro a ti [o Rei-Noivo]. Serão levadas com alegria e júbilo; entrarão no palácio do rei.” Não terá sido em vão servirem quais damas de honra atentas à classe da noiva de Cristo. Terão a recompensa muito feliz de serem designados para o paraíso terrestre do seu domínio real. Ali, em altruísmo amoroso, alegrar-se-ão com o casamento celestial de seu Rei celestial com a sua congregação-noiva, cujo último restante conheceram pessoalmente e a quem fizeram o bem, por causa do Noivo.
22. Conforme indicado no Salmo 45:16, que privilégios se apresentarão aos súditos terrestres do Rei Jesus Cristo?
22 O que aumentará sua alegria na terra serão os privilégios especiais de serviço, concedidos à “grande multidão” de súditos semelhantes a ovelhas do Rei-Noivo, Jesus Cristo. A tais privilégios notáveis de serviço terreno se faz alusão no próximo versículo do Salmo 45, dirigido ao Rei-Noivo, a cujo palácio as damas de honra são levadas. Este Sal. 45 versículo (16) diz a ele: “Em lugar de teus antepassados virá a haver teus filhos, os quais designarás para príncipes em toda a terra.”
23. Embora a associação do nome de Jesus com o de seus ilustres antepassados lhe dê alguma glória, o que terão eles de tornar-se para fazerem uma contribuição viva para o reinado dele?
23 O casado Senhor Jesus Cristo não precisará recorrer estritamente aos seus ilustres antepassados na sua linhagem terrestre, com o fim de dar grande respeitabilidade e dignidade ao seu papel ativo de Rei messiânico. (Mateus 1:1-17; Lucas 3:23-38) Ser ele chamado “Filho de Davi” dá-lhe glória. Ser chamado “filho de Abraão”, aquele patriarca de cujos lombos Deus prometeu que procederiam reis, também dá fama ao nome do Rei-Noivo. (Gênesis 17:6, 15, 16) Mas, estes amplamente conhecidos antepassados, iguais a outros homens de fé e devoção a Jeová Deus, já morreram há muito tempo, e, nesta condição, não podem fazer nenhuma contribuição viva para a glória do reinado milenar. Aqueles que poderão fazer isso serão, portanto, filhos vivos, sim, seus filhos no domínio terrestre.
24. (a) Como cumprirá Jesus seu título de “Pai Eterno”? (b) Quais serão os primeiros a se tornarem seus filhos e filhas terrestres?
24 Filhos terrestres? Sim! Pois, entre os grandiosos títulos que lhe foram preditos em Isaías 9:6, o título de Pai Eterno não é mero título honorífico, apenas concedido em homenagem, mas não lhe atribuindo os deveres de tal cargo. Ele realmente cumprirá este título por tornar-se pai de filhos que viverão eternamente. Os primeiros a se tornarem seus filhos e filhas terrestres serão os membros da “grande multidão” daqueles que dirão, depois de saírem da “grande tribulação”: “Devemos a salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro.” (Revelação 7:9, 10, 14) Atribuirão sua salvação a Jeová Deus, por intermédio de seu Cordeiro, Jesus Cristo.
“PRÍNCIPES EM TODA A TERRA”
25. Entre os sobreviventes do Har-Magedon haverá que homens qualificados, aos quais o Rei poderá escolher como “príncipes em toda a terra”, e que experiência já possuirão?
25 Por serem sobreviventes, na terra, da aflição mundial em que se destruirá o “mundo de pessoas ímpias”, estarão presentes e imediatamente disponíveis para o reinante Pai Eterno escolher dentre eles homens qualificados, seus “filhos”, a fim de serem designados para “príncipes em toda a terra”. Mesmo já hoje, nas dezenas de milhares de congregações das testemunhas cristãs de Jeová, há milhares de homens dedicados e batizados, teocraticamente designados para o cargo de anciãos oficiais. Servem quais “superintendentes” e fazem serviço pastoral nas congregações das quais são membros. (Atos 20:17-28; Filipenses 1:1; 1 Timóteo 3:1-7; Tito 1:5-9; 1 Pedro 5:1-4) Tomam também a dianteira na obra predita por Jesus Cristo para esta “terminação do sistema de coisas”, a saber: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações.” (Mateus 24:14) Esforçam-se assim em cumprir com sua responsabilidade perante o reino messiânico, celestial, estabelecido no fim dos Tempos dos Gentios em 1914.
26. Que papel já desempenham esses anciãos congregacionais, conforme predito em Isaías 32:1, 2?
26 Esses anciãos ou superintendentes congregacionais cumprem fielmente o quadro profético dos “príncipes” descritos em Isaías 32:1, 2: “Eis que um rei reinará para a própria justiça; e quanto a príncipes, governarão como príncipes para o próprio juízo. E cada um deles terá de mostrar ser como abrigo contra o vento e como esconderijo contra o temporal, como correntes de água numa terra árida, como a sombra dum pesado rochedo numa terra esgotada.” De modo que não são “príncipes” religiosos, opressivos, tais como os das seitas religiosas da cristandade, que são chamados de “Príncipes da Igreja”. Antes, cada um destes anciãos congregacionais procura dar alívio, revigoramento, aos membros de sua congregação. Cuida-se de servir apenas como faziam os anciãos principescos no antigo Israel, “para o próprio juízo”. Copia assim seu Rei celestial, que reina “para a própria justiça”. — Lucas 22:25-27.
27, 28. (a) Serão os anciãos dispensados de seu cargo teocrático por causa da “grande tribulação”? (b) Portanto, para que serviço estarão à disposição, sujeitos à vontade do Rei celestial, Jesus Cristo?
27 Ao passo que a “nova terra”, a sociedade humana organizada sob o reino dos “novos céus”, passar a funcionar, terá necessidade de superintendentes, supervisores, inspetores de comunidades e operações. Os anciãos que sobreviverem à “grande tribulação” e formarem parte da “nova terra” terão adquirido bastante experiência pelos serviços que prestam agora nas congregações das testemunhas cristãs de Jeová. A “grande tribulação” não os exonerará ou dispensará do cargo teocrático de anciãos e superintendentes entre os membros das congregações que sobreviverem com eles para a Nova Ordem justa de Deus. Poderão logo continuar neste cargo, se for da vontade do Rei celestial, Jesus Cristo.
28 De qualquer modo, os anciãos e superintendentes experientes estarão disponíveis para serem designados pelo Rei messiânico para “príncipes em toda a terra”, logo desde o começo do seu reinado milenar. Que privilégio será para eles serem na terra representantes principescos, visíveis, do Reino milenar!
29, 30. (a) Ao voltarem dos mortos, por meio da ressurreição, quem mais, sem dúvida, estará incluído entre os “príncipes em toda a terra”? (b) Por que não se deve esperar que tenham grande dificuldade em ajustar-se às novas condições na terra?
29 Todos os sobreviventes da “grande tribulação” aguardarão ansiosamente o começo da ressurreição dos mortos humanos, resgatados. Aguardarão aquela “hora” em que todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a voz do glorificado Filho do homem, Jesus, e todos os que a ouvirem sairão numa ressurreição para oportunidades que oferecerão a vida, sob o Reino milenar. (João 5:28, 29; 11:25, 26; Atos 24:15; 1 Timóteo 2:5, 6) Aguardarão em especial a ressurreição dos “antepassados” fiéis do Rei-Noivo. Como aclamarão o restabelecimento à vida, na terra, de Enoque, Noé, Sem, Abraão, Isaque, Jacó, Boaz, Davi, Ezequias e Josias! Serão elementos excelentes para o serviço designado de “príncipes em toda a terra”. Estando novamente na terra dos viventes e tendo então serviço principesco, aumentarão ainda mais a honra do Rei messiânico, cujos antepassados terrestres tiveram o privilégio de ser.
30 Também, que dizer de todos os outros profetas e exemplos de fé, tais como Abel, Jó, Moisés, Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel e outros, até João Batista, precursor terrestre e “amigo do noivo”, Jesus Cristo? À luz do testemunho bíblico, favorável, a respeito desses homens, mostraram-se dignos de serem designados para “príncipes em toda a terra” por aquele cuja vinda como Messias aguardavam, sendo que muitos deles a predisseram. Esses homens capazes, sem muita dificuldade e com a ajuda do espírito santo de Deus, deverão poder adaptar-se às novas circunstâncias na terra, durante o sétimo milênio da existência do homem na terra. As credenciais bíblicas estão todas a favor de serem honrados com o serviço de “príncipes em toda a terra”. Os anciãos e superintendentes congregacionais, que sobreviverem à “grande tribulação”, poderão ajudar a todos estes a pô-los em dia.
31. (a) A quem representarão os “príncipes” ao executarem seu trabalho? (b) Por que se realizará então uma enorme obra educativa?
31 A existência de “príncipes em toda a terra”, que governarão “para o próprio juízo” assegura que na “nova terra” morará realmente a justiça, para todo o sempre. Com os “novos céus” messiânicos lá em cima e com tais “príncipes” servindo quais representantes visíveis daqueles “novos céus”, o trabalho do embelezamento da terra prosseguirá, para ela se tornar o lar paradísico, eterno, da humanidade. Os bilhões de mortos ressuscitados participarão em assim revestirem toda a terra com a glória do Paraíso. (Lucas 23:43) A obra educativa, mundial, virá a ser cada vez mais ampla, ao passo que geração após geração de humanos falecidos voltarem dos túmulos memoriais. Será preciso mostrar-lhes que a Bíblia Sagrada é a história verídica dos tratos de Deus com a humanidade e que todas as profecias bíblicas se cumpriram e ainda se cumprem. Terão de ser informados sobre o conteúdo dos “rolos” de instruções divinas que então serão abertos. — Revelação 20:12.
32. (a) Que perspectivas felizes se apresentam às Testemunhas de Jeová que participam agora zelosamente na obra educativa, bíblica? (b) De que modo mostrará o Pai Eterno Jesus Cristo ser “espírito vivificante”?
32 Deveras, felizes são as perspectivas de todas as testemunhas dedicadas e batizadas de Jeová, que hoje se empenham zelosamente na obra educativa, bíblica, em toda a terra habitada. Esta é uma obra vitalizadora que habilitará inúmeras pessoas a escapar da execução destrutiva dos julgamentos de Deus na iminente “grande tribulação”. É uma obra que as prepara e equipa para a obra educativa muito mais ampla para com todos os mortos humanos resgatados, que o Rei reinante, Jesus Cristo, chamará para fora, para se tornar seu Pai Eterno. É a ele que se aplica 1 Coríntios 15:45: “O último Adão tornou-se espírito vivificante.” Como tal, ele lhes dará a vida, não só por dar-lhes um novo começo na vida pela ressurreição deles, mas por educá-los para a vida durante seu reinado milenar.
33. (a) Quando serão todos os obedientes na terra recompensados com a vida eterna? (b) Como terá então realizado com bom êxito a “administração” de Jeová, mencionada em Efésios 1:9, 10, o grandioso propósito dele?
33 No fim de seu reinado vitalizador, todos os dóceis e obedientes terão atingido a gloriosa condição de perfeição humana tal como o primeiro Adão teve no paraíso original, no Jardim do Éden. Daí, se eles, na prova decisiva, mostrarem ser leais ao seu Pai Celestial como Soberano Universal, terão por recompensa a vida eterna. A terra, então revestida em todas as partes com beleza paradísica, estará novamente em união com os santos céus. O programa da “administração” de Jeová terá sido cumprido para a realização bem sucedida de seu grandioso propósito. “Todas as coisas”, sem exceção, “as coisas nos céus e as coisas na terra”, terão sido ajuntadas novamente “no Cristo”, naquele a quem Jeová Deus fez Cabeça de sua organização capital, seu Filho Jesus Cristo. O homem, na terra, usufruindo tanto um paraíso espiritual como um paraíso edênico, será novamente parte da organização universal de Jeová. Entre todas as suas criaturas, no céu e na terra, reinarão união e paz. (Efésios 1:9, 10) Os animais terrestres estarão sujeitos ao homem.
O QUE DEVEMOS FAZER AGORA?
34. Em que precisamos manter firmemente fixos nossos olhos da fé, e por que podemos confiar no seu cumprimento?
34 A visão do futuro, que a Palavra certa de Deus apresenta aos nossos olhos de fé, é magnífica! O que se deve fazer, então, é não perdê-la de vista. Não devemos deixar nossos olhos desviar-se dela. Não se trata de alucinação, miragem ou devaneio. Endossadas pelo próprio nome de Deus, as grandiosas coisas por vir — em breve — são plenamente garantidas nas profecias de Sua Palavra indestrutível. Com tanta certeza como avança o tempo, nós avançamos em direção delas. São o alvo posto perante nós pelo Deus que é “o recompensador dos que seriamente o buscam”. (Hebreus 11:6) Se nos apegarmos à nossa fé e agirmos em harmonia com ela, nada nos impedirá de ganharmos o prêmio que Deus oferece e nos promete.
35. Eliminará a destruição de Babilônia, a Grande, todos os obstáculos de nosso caminho, ou qual será a situação?
35 Os que pretendem impedir-nos certamente surgirão no nosso caminho à frente. Apesar de o dia e a hora do irrompimento da “grande tribulação” não nos terem sido revelados, foram marcados por Deus e não demorarão. (Habacuque 2:3) A “grande tribulação” é do propósito declarado de Deus e virá forçosamente. Tenhamos em mente que a destruição da religiosa Babilônia, a Grande, na primeira parte da tribulação, não limpará completamente o caminho para nós. Apenas deixa os últimos obstrutores remanescentes livres para darem atenção indivisa a impedir que alcancemos o alvo ordenado por Deus. O que faremos então?
36. A situação crítica que então existirá nos fará lembrar de que situação histórica?
36 A situação decisiva que se apresentará então diante de nós suscitará a lembrança dos israelitas aparentemente encurralados no lado egípcio do Mar Vermelho pouco depois da Páscoa de 1513 A. E. C. Diante deles, o mar impedia-lhes a passagem direta para o Monte de Deus, o monte Sinai, na península arábica. Seu acampamento junto ao mar estava ameaçado pela retaguarda. Os egípcios avançavam! Sob a chefia do Faraó régio do Egito, os carros de guerra e os cavalarianos avançavam contra o acampamento israelita. Quanto ia ainda demorar até que as forças militares do Faraó os alcançassem? As coisas pareciam realmente alarmantes! O que deviam fazer? Em tal situação, elevaram-se clamores a Deus, cuja liderança deles para tal situação perigosa eles não podiam entender.
37. Confrontados com essa situação alarmante, que coisa aparentemente impossível os mandou Deus fazer?
37 Que ordem ouviram então? Era incrível, impossível segundo a aparência das coisas! A ordem divina era levantarem o acampamento, não numa debandada em pânico diante do avanço do inimigo, mas para marcharem para longe dele. Isto queria dizer entrar no mar! Era isso mesmo: Avançar! “O Eterno disse a Moisés: ‘Por que clamas a mim? Dize aos israelitas que avancem. E, quanto a ti, ergue teu bastão e estende a mão sobre o mar; parte-o em dois, para que os israelitas possam marchar em solo seco através do mar. Vou tornar os egípcios tão obstinados, que eles entrarão atrás deles, e eu obterei honra de Faraó e de todo o seu exército, seus carros e sua cavalaria — para ensinar aos egípcios que eu sou o Eterno, quando obtiver honra de Faraó, e de seus carros, e de sua cavalaria.’” — Êxodo 14:15-18, Moffatt, em inglês; ALA; PIB; CBC; MC.
38. (a) Como foi o inimigo apanhado numa armadilha e completamente destruído? (b) Para o que tinham então os israelitas bons motivos?
38 Seu povo ameaçado avançou através do corredor que o Deus Todo-poderoso abriu milagrosamente no Mar Vermelho, depois de eles levantarem acampamento. Marcharam diretamente para as margens da península sinaítica. O corredor de escape foi convidativamente deixado aberto. Os egípcios, temporariamente impedidos de atacarem o acampamento dos israelitas, reiniciaram então seu avanço furioso. Entraram e galoparam para dentro do corredor beirado pela água, em ferrenha perseguição. Por fim, todos estavam dentro do corredor. Daí, dificuldades com os carros impedem o avanço. Portanto — era preciso recuar diante do Deus dos israelitas, que luta por eles! Mas, era tarde demais. A um sinal de Moisés, com sua vara de profeta, fechou-se a armadilha. As águas do mar partido fecharam-se velozmente. As forças militares de Faraó foram afogadas. Os cadáveres deles foram levados até às margens da península sinaítica. Era hora de cantar e dançar, para os israelitas, em vista da libertação pela mão de Jeová. — Êxodo 14:19 a 15:21.
39. (a) Para a instrução de quem foram registradas essas coisas na Bíblia? (b) Quando confrontados com o ataque total de Satanás, o Diabo, e suas hordas internacionais, a que determinação teremos de apegar-nos?
39 Essas coisas, registradas de antemão, foram escritas para nossa instrução no mais crítico dos tempos. (Romanos 15:4) O futuro ataque dos dez chifres simbólicos e da fera cor de escarlate, então sem cavaleira, constituirá uma grande ameaça para a nossa existência e para nosso paraíso espiritual, depois de eles terem, com ódio, eliminado o babilônico império mundial da religião falsa. (Revelação 17:14) O ataque total do simbólico Gogue da terra de Magogue (Satanás, o Diabo) e de suas hostes internacionais será dirigido contra nossas relações restabelecidas com Jeová Deus e nossa posição intransigente a favor de Sua soberania universal e de Seu reino messiânico. (Ezequiel 38:10-17) O ódio às testemunhas cristãs de Jeová por parte de todas as nações não-religiosas atingirá então sua maior intensidade. O que deveremos fazer então? — perder a esperança? De modo algum! Nossa determinação, já agora tomada para aquela situação extrema, será a de nos apegarmos ao proceder que levará à vindicação de Jeová como Soberano Universal!
40. Em nosso caso, o que significará a ordem de avançarmos unidamente?
40 Embora pareça exigir o impossível, a ordem do Soberano Senhor Jeová, por meio de seu Moisés Maior, Jesus Cristo, ressoará alto e claro nos nossos ouvidos: ‘Avancem! Marchem unidos para a frente!’ Isto significará: Continue a fazer a vontade de Jeová Deus, como governante, em vez de obedecer a homens. Continue a ser discípulo daquele a quem Ele ungiu para ser Rei messiânico sobre a humanidade durante os mil anos futuros! Portanto, avance com os olhos fixos no alvo. Este ainda está à frente. Avançarmos sem nos desviar nos levará triunfantemente a ele. (Hebreus 10:39) Tente o inimigo o que quiser para nos arrastar de volta à escravidão a este mundo ímpio, ele fracassará. O Deus Todo-poderoso abrirá para nós o corredor de escape para as margens da liberdade. O inimigo, persistindo na perseguição vingativa dos adoradores marchantes do Soberano Senhor Jeová, entrará na armadilha da destruição.
41. Que privilégio, nunca mais a ser repetido, será o quinhão de todos os então vivos?
41 Será glorioso quando pudermos imitar o profeta Moisés e os israelitas depois de sua libertação no Mar Vermelho e entoar nosso próprio cântico, relatando as façanhas da “pessoa varonil de guerra”, Jeová, no Har-Magedon, culminando o cântico de celebração por dizer: “Jeová reinará por tempo indefinido, para todo o sempre.” (Êxodo 15:1-18) Sem dúvida, tanto o céu como os espectadores, sobreviventes na terra, da vitória culminante de Jeová entoarão unidamente os louvores do então indisputado Rei de todo o universo. Que privilégio nunca mais a ser repetido será estarmos entre esses cantores da vitória!
42, 43. (a) Como se ajustam as palavras do Salmo 66:10-12 às experiências daqueles que, como testemunhas cristãs de Jeová, passaram vivos através dos eventos desde 1914 E. C.? (b) Não importa quais as situações perigosas à frente do restante do Israel espiritual, que grande garantia têm em Isaías 43?
42 Logo à nossa frente está uma aflição mundial sem precedentes, mas enfrentamo-la intrépidos. Nós, os mais antigos ‘desta geração’, que passamos por duas guerras mundiais desde 1914 E. C. e também sofremos a perseguição religiosa movida às testemunhas cristãs de Jeová que assinalou todos os anos desde 1914, podemos deveras dizer junto com o salmista da antiguidade: “Tu nos examinaste, ó Deus; tu nos refinaste assim como se refina a prata. Tu nos fizeste entrar numa rede de caça; fizeste pressão sobre os nossos quadris. Fizeste o homem mortal para cavalgar sobre a nossa cabeça; viemos através de fogo e através de água, e tu passaste a fazer-nos sair para alívio.” (Salmo 66:10-12) Talvez ainda tenhamos de passar “através de fogo e através de água” no meio da mais severa aflição mundial ainda à frente. Mas o restante ungido do Israel espiritual tem esta grandiosa garantia da parte de Jeová Deus:
43 “E agora, assim disse Jeová, teu Criador, ó Jacó, e teu Formador, ó Israel: ‘Não tenhas medo, porque eu te resgatei. Eu te chamei pelo teu nome. Tu és meu. Se passares pelas águas, vou estar contigo; e pelos rios, eles não passarão por cima de ti. Se andares através do fogo, não ficarás chamuscado, nem te crestará a própria chama. Porque eu sou Jeová, teu Deus, o Santo de Israel, teu Salvador. . . . ‘Vós sois as minhas testemunhas’, é a pronunciação de Jeová, ‘sim, meu servo a quem escolhi, para que saibais e tenhais fé em mim, e para que entendais que eu sou o Mesmo.’” — Isaías 43:1-3, 10.
44. Não importa o que o futuro reserve, o que exorta Sofonias 3:16, 17, que os servos de Jeová devem fazer, e com que confiança?
44 Portanto, mesmo que as testemunhas cristãs de Jeová ainda tenham de passar por aquilo que corresponde a fogo e água, ele estará com elas. Mostrará ser o mesmo Deus de libertação. Não há motivo para afrouxarmos agora a mão e o passo no serviço como suas testemunhas do Reino. O temor do futuro imediato na terra não nos deve amedrontar e paralisar. Ele está satisfeito com o que temos feito no serviço do seu Reino até agora, motivo pelo qual nos abençoou maravilhosamente. Foi por nossa causa que se escreveram as palavras proféticas que têm agora aplicação a nós: “Naquele dia se dirá a Jerusalém: ‘Não tenhas medo, ó Sião. Não se abaixem as tuas mãos. Jeová, teu Deus, está no teu meio. Sendo Poderoso, ele salvará. Exultará sobre ti com alegria. Ficará calado [quieto; sossegado; satisfeito] no seu amor. Rejubilará sobre ti com clamores felizes.’” — Sofonias 3:16, 17.
45. Portanto, em que obra devemos corajosamente empenhar nossas mãos?
45 Continuemos a dar ao Deus vivente da “Jerusalém celestial” grande motivo para se sentir feliz e alegre conosco. Portanto, que nossas mãos, que estiveram tão ativas até agora em ministrar a Jeová Deus no seu templo espiritual — que elas não se abaixem nem afrouxem agora. Usemo-las corajosamente na obra salvadora de vidas que ainda resta a fazer antes de a atual aflição mundial atingir seu clímax na “grande tribulação”.
46. (a) Por quanto tempo se pregarão “estas boas novas do reino”? (b) A quem se darão todos os agradecimentos pela salvação da humanidade obediente da aflição mundial?
46 “Estas boas novas do reino” foram preditas por Jesus Cristo como sendo pregadas até vir o fim deste sistema de coisas. (Mateus 24:14) A nós, discípulos fiéis e obedientes, não se oferece outro proceder senão o de continuarmos pregando mundialmente até que os “novos céus” do reino não sejam mais apenas “boas novas”, mas, para a nossa grande alegria, gloriosa realidade, junto com a “nova terra”, a nova sociedade humana que encherá o Paraíso restabelecido com justiça. Então se darão todas as graças ao Deus de coração tenro, Jeová, que salva a humanidade obediente da aflição mundial para a sua pacífica “nova terra”.
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