BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • jv cap. 26 pp. 575-602
  • Produção de publicações bíblicas para uso no ministério

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Produção de publicações bíblicas para uso no ministério
  • Testemunhas de Jeová — Proclamadores do Reino de Deus
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • Publicações para os primeiros Estudantes da Bíblia
  • Deveriam eles mesmos imprimir?
  • Irmãos dedicados imprimem e encadernam livros
  • Primeiras operações gráficas em outros países
  • Gráfica própria na sede mundial
  • O desafio de forte oposição
  • Expansão depois da Segunda Guerra Mundial
  • Rede global para divulgar a verdade bíblica
  • Novos métodos, novo equipamento
  • Impressão em quatro cores
  • Sistemas adequados de computador
  • Maior apoio de computadores para os tradutores
  • Ampliadas as instalações para disseminar a mensagem do Reino
    Despertai! — 1974
  • Como se tem cuidado dos bens do Amo
    Nosso Ministério do Reino — 1998
  • Inventos modernos usados na divulgação das boas novas
    Despertai! — 1985
  • De pequenos começos à prosperidade espiritual
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1965
Veja mais
Testemunhas de Jeová — Proclamadores do Reino de Deus
jv cap. 26 pp. 575-602

Capítulo 26

Produção de publicações bíblicas para uso no ministério

A PALAVRA escrita desempenha um papel vital na adoração verdadeira. Jeová deu os Dez Mandamentos a Israel, primeiro oralmente e depois por escrito. (Êxo. 20:1-17; 31:18; Gál. 3:19) Para garantir que sua Palavra fosse transmitida com exatidão, Deus mandou que Moisés e uma série de profetas e apóstolos depois dele escrevessem. — Êxo. 34:27; Jer. 30:2; Hab. 2:2; Rev. 1:11.

A maior parte desses primeiros escritos foi registrada em rolos. No segundo século EC, porém, desenvolveu-se o códice, ou livro com folhas. Era mais econômico e mais fácil de usar. E os cristãos estavam na vanguarda da sua utilização, visto que reconheciam seu valor na divulgação das boas novas do Reino messiânico de Deus. O professor E. J. Goodspeed, em seu livro Christianity Goes to Press (O Cristianismo Utiliza a Imprensa), diz sobre os primitivos cristãos como editores de livros: “Eles não somente acompanhavam os seus tempos em tais assuntos, mas estavam à frente deles, e os editores dos séculos subseqüentes os seguiram.” — 1940, p. 78.

Portanto, não surpreende que as Testemunhas de Jeová hoje, como proclamadores do Reino de Deus, estejam, em certos sentidos, na vanguarda da indústria gráfica.

Publicações para os primeiros Estudantes da Bíblia

Um dos primeiros artigos de C. T. Russell foi publicado, em 1876, na revista Bible Examiner, editada por George Storrs, de Brooklyn, Nova Iorque. Depois de passar a associar-se com N. H. Barbour, de Rochester, Nova Iorque, o irmão Russell forneceu fundos para a publicação do livro Three Worlds (Três Mundos) e do periódico conhecido como Herald of the Morning (Arauto da Aurora). Ele serviu como co-editor desse periódico e, em 1877, usou as instalações do Herald para publicar em inglês o folheto The Object and Manner of Our Lord’s Return (O Objetivo e a Maneira da Volta de Nosso Senhor). O irmão Russell tinha mente aguçada para assuntos espirituais e para negócios, mas Barbour era experiente em tipografia e composição.

No entanto, quando Barbour repudiou o valor expiatório de pecados do sacrifício resgatador de Jesus Cristo, o irmão Russell cortou relações com ele. Assim, em 1879, ao assumir a publicação de Zion’s Watch Tower and Herald of Christ’s Presence (A Torre de Vigia de Sião e Arauto da Presença de Cristo, agora A Sentinela), Russell teve de depender de impressores de fora.

No ano seguinte, preparou-se para publicação o primeiro duma ampla série de tratados criados para despertar o interesse das pessoas em verdades bíblicas. Esse trabalho logo tomou proporções imensas. Para lidar com isso, formou-se em 16 de fevereiro de 1881 a Sociedade de Tratados da Torre de Vigia de Siãoa, com W. H. Conley como presidente e C. T. Russell como secretário e tesoureiro. Providenciou-se que a impressão fosse feita por firmas de fora em várias cidades de Pensilvânia, Nova Iorque e Ohio, bem como na Grã-Bretanha. Em 1884, a Sociedade de Tratados da Torre de Vigia de Sião foi legalmente estatuída, com C. T. Russell como presidente, e seus estatutos mostravam que se tratava de mais do que uma sociedade que dirigiria a editoração. Seu verdadeiro objetivo era religioso; fora estatuída para “a disseminação de Verdades da Bíblia em várias línguas”.

Quanto zelo se dedicou ao cumprimento desse objetivo! Em 1881, num período de quatro meses, publicaram-se 1.200.000 tratados, totalizando uns 200.000.000 de páginas. (Muitos desses “tratados” na verdade tinham forma de livros pequenos.) Depois disso, a produção de tratados bíblicos para distribuição gratuita aumentou para dezenas de milhões ano após ano. Esses tratados foram impressos em umas 30 línguas e distribuídos, não só na América, mas também na Europa, na África do Sul, na Austrália e em outras terras.

Outro aspecto da obra teve início em 1886, quando o irmão Russell concluiu The Divine Plan of the Ages (O Plano Divino das Eras), o primeiro duma série de seis volumes escritos por ele mesmo. Para a publicação dos primeiros quatro volumes da série (1886-97), bem como de tratados e da Watch Tower (Torre de Vigia), de 1887 a 1898, ele usou a Companhia Publicadora da Torre.b Com o tempo, a tipografia e a composição passaram a ser feitas pelos irmãos na Casa da Bíblia, em Pittsburgh. Para reduzir as despesas, eles também adquiriam o papel para a impressão. Com respeito à impressão e à encadernação propriamente ditas, o irmão Russell muitas vezes fazia encomendas em mais de uma firma. Ele planejava cuidadosamente, fazendo pedidos com suficiente antecedência para conseguir bons preços. Desde a publicação do primeiro livro de C. T. Russell até 1916, produziram-se e distribuíram-se o total de 9.384.000 desses seis volumes.

A impressão de publicações bíblicas não parou com a morte do irmão Russell. No ano seguinte, imprimiu-se o sétimo volume de Studies in the Scriptures (Estudos das Escrituras). Foi lançado para a família de Betel em 17 de julho de 1917. Tão grande foi a demanda que, até o fim daquele ano, a Sociedade havia encomendado 850.000 exemplares em inglês a impressores e encadernadores comerciais. Edições em outras línguas estavam sendo produzidas na Europa. Além disso, imprimiram-se naquele ano uns 38 milhões de tratados.

Mas então, num período de intensa perseguição em 1918, enquanto diretores da Sociedade estavam injustamente presos, sua sede (localizada em Brooklyn, Nova Iorque) foi desaparelhada. As chapas de impressão foram destruídas. A reduzidíssima equipe mudou o escritório novamente para Pittsburgh, para o terceiro andar dum edifício na Rua Federal, 119. Seria o fim da produção de publicações bíblicas?

Deveriam eles mesmos imprimir?

Depois de o presidente da Sociedade, J. F. Rutherford, e seus associados serem libertados da prisão, os Estudantes da Bíblia reuniram-se em Cedar Point, Ohio, em 1919. Consideraram o que Deus permitira acontecer no ano anterior e o que sua Palavra indicava que eles deviam fazer nos dias à frente. Anunciou-se que se publicaria uma nova revista, The Golden Age (A Idade de Ouro, agora Despertai!) como instrumento a ser usado para indicar às pessoas que o Reino de Deus é a única esperança da humanidade.

Como fizera antes, a Sociedade providenciou que uma firma de fora fizesse a impressão. Mas os tempos haviam mudado. Havia dificuldades trabalhistas na indústria gráfica e problemas no mercado de papel. Precisava-se dum arranjo mais seguro. Os irmãos oraram sobre esse assunto e ficaram atentos às orientações do Senhor.

Primeiro de tudo, onde deviam estabelecer os escritórios da Sociedade? Deviam transferir a sede novamente para Brooklyn? A diretoria da Sociedade considerou o assunto, e uma comissão foi designada para verificar a situação.

O irmão Rutherford instruiu C. A. Wise, o vice-presidente da Sociedade, a ir a Brooklyn para estudar a reabertura de Betel e as possibilidades de alugar um local em que a Sociedade pudesse iniciar a impressão. Desejoso de saber que rumo Deus abençoaria, o irmão Rutherford disse: “Vai e vê se é a vontade do Senhor que voltemos para Brooklyn.”

“Como saberei se é a vontade do Senhor que voltemos ou não?” perguntou o irmão Wise.

“Foi porque não conseguimos carvão em 1918 que voltamos de Brooklyn para Pittsburgh”,c respondeu o irmão Rutherford. “Vamos fazer do carvão o teste. Vai e faze o pedido de carvão.”

“Quantas toneladas achas que devo encomendar para fazer o teste?”

“Bem, que seja um bom teste”, recomendou o irmão Rutherford. “Pede 500 toneladas.”

Foi exatamente o que o irmão Wise fez. E qual foi o resultado? Ao fazer o pedido às autoridades, foi-lhe dado um certificado para obter 500 toneladas de carvão — o suficiente para cuidar das necessidades deles por vários anos! Mas onde colocariam o carvão? Grandes áreas do porão do Lar de Betel foram transformadas em depósito de carvão.

O resultado desse teste foi considerado como inequívoco indício da vontade de Deus. Em 1.º de outubro de 1919, eles reiniciaram suas atividades em Brooklyn.

Mas deviam eles mesmos imprimir? Procuraram adquirir uma rotativa de revistas, mas foram informados de que existiam poucas nos Estados Unidos e de que não havia nenhuma chance de conseguirem uma por muitos meses. No entanto, tinham certeza de que, se fosse a vontade do Senhor, ele abriria o caminho. E ele abriu mesmo!

Apenas alguns meses depois de voltarem para Brooklyn, conseguiram adquirir uma rotativa. A oito quarteirões do Lar de Betel, na Avenida Myrtle, 35, alugaram três andares de um edifício. No início de 1920, a Sociedade tinha sua própria gráfica — pequena, mas bem equipada. Irmãos com experiência em operar o equipamento colocaram-se à disposição para ajudar no trabalho.

A edição de 1.º de fevereiro de The Watch Tower daquele ano saiu da impressora da Sociedade. Em abril, The Golden Age passou também a ser produzida em sua própria gráfica. No fim do ano, foi com prazer que The Watch Tower relatou: “Durante a maior parte do ano, todo o trabalho envolvido em THE WATCH TOWER, THE GOLDEN AGE e muitos dos folhetos, tem sido realizado por mãos consagradas, mas um único motivo dirige suas ações, e esse motivo é o amor pelo Senhor e sua causa da justiça. . . . Quando outras revistas e publicações tiveram de parar devido à falta de papel ou a dificuldades trabalhistas, a produção das nossas publicações prosseguiu suavemente.”

O espaço da gráfica era bastante limitado, mas a quantidade de trabalho realizado era surpreendente. As tiragens regulares de The Watch Tower eram de 60.000 exemplares por edição. Mas The Golden Age também era impressa ali, e, no primeiro ano, a edição de 29 de setembro foi especial. Apresentou uma exposição pormenorizada dos perpetradores da perseguição aos Estudantes da Bíblia de 1917 a 1920. Imprimiram-se quatro milhões de exemplares! Um dos impressores disse mais tarde: ‘Todos, menos o cozinheiro, tiveram de ajudar para essa edição sair.’

No primeiro ano de uso da rotativa, o irmão Rutherford perguntou aos irmãos se também podiam imprimir folhetos nela. A princípio não parecia possível. Os fabricantes da impressora disseram que não se podia fazer isso. Mas os irmãos tentaram e conseguiram. Inventaram também sua própria dobradeira e assim reduziram a necessidade de trabalhadores para esse aspecto do trabalho de 12 para 2. O que era responsável por seu êxito? “Experiência e a bênção do Senhor”, resumiu o encarregado da gráfica.

Mas não era só em Brooklyn que a Sociedade estava estabelecendo operações gráficas. Parte do trabalho em línguas estrangeiras era supervisionado a partir dum escritório em Michigan. Para cuidar das necessidades relacionadas com esse trabalho, em 1921 a Sociedade instalou uma linotipo, impressoras e outros equipamentos necessários em Detroit, Michigan. Imprimiam-se ali publicações em polonês, russo, ucraniano e outras línguas.

Naquele mesmo ano, a Sociedade lançou o livro A Harpa de Deus, redigido de forma apropriada para iniciantes no estudo da Bíblia. Até 1921, a Sociedade não tentara imprimir e encadernar seus próprios livros. Deveriam os irmãos realizar esse trabalho também? Novamente procuraram a orientação do Senhor.

Irmãos dedicados imprimem e encadernam livros

Em 1920, The Watch Tower relatou que muitos colportores foram forçados a deixar esse serviço porque impressores e encadernadores não haviam conseguido atender os pedidos da Sociedade. Os irmãos na sede concluíram que se pudessem deixar de depender de impressores de fora, com todas as suas dificuldades trabalhistas, teriam condições de dar um testemunho maior sobre o propósito de Deus para com a humanidade. Se imprimissem e encadernassem os seus próprios livros, também seria mais difícil que opositores interferissem na obra. E com o tempo esperavam poder reduzir o custo dos livros e assim estar em condições de torná-los mais acessíveis ao público.

Mas isso exigiria mais espaço e equipamentos, e eles teriam de aprender novas habilidades. Poderiam fazer isso? Robert J. Martin, o superintendente da gráfica, lembrou-se de que, nos dias de Moisés, Jeová ‘enchera Bezalel e Ooliabe com sabedoria de coração para fazerem toda a obra’ necessária na construção do tabernáculo sagrado. (Êxo. 35:30-35) Com esse relato bíblico em mente, o irmão Martin tinha certeza de que Jeová também faria o que fosse necessário para que seus servos pudessem imprimir publicações para divulgar o Reino.

Depois de muita meditação e oração, começaram a surgir planos definidos. Recordando o que aconteceu, o irmão Martin mais tarde escreveu ao irmão Rutherford: “O maior dia de todos foi aquele em que o irmão quis saber se havia um motivo fundamentado para não imprimirmos e encadernarmos todos os nossos próprios livros. Foi uma idéia empolgante, porque significava a abertura duma gráfica completa de composição de tipos, galvanostegia, impressão e encadernação, com a operação de muitas máquinas desconhecidas, na maior parte máquinas que nem sabíamos que existiam, e a necessidade de aprender diversas profissões. Mas parecia a melhor maneira de enfrentar os preços do após-guerra para livros.

“O irmão alugou o prédio de seis andares na Rua Concord, 18 (com inquilinos em dois andares); e, em 1.º de março de 1922, nós nos mudamos. Comprou para nós uma linha completa de composição de tipos, galvanostegia, impressão e encadernação, na maior parte nova, algumas máquinas de segunda mão; e começamos o trabalho.

“Um dos grandes estabelecimentos gráficos que fazia boa parte do nosso trabalho soube do que estávamos fazendo e veio, na pessoa do presidente, visitar-nos. Ele viu o novo equipamento e disse desanimadoramente: ‘Eis aí os senhores, com um estabelecimento gráfico de primeira classe nas suas mãos, e ninguém que tenha a mínima noção sobre o que fazer com ele. Em seis meses, tudo será um montão de lixo; e verificarão que as pessoas aptas a imprimir para os senhores são as mesmas que sempre o fizeram, e que são do ramo.’

“Isso soou bastante lógico, mas não levou em conta o Senhor; e ele sempre tem estado conosco. Quando se iniciou a encadernação, ele enviou um irmão que passou a vida toda no ramo de encadernação. Ele foi muito útil na época que mais precisávamos dele. Com sua ajuda, e com o espírito do Senhor operando por meio dos irmãos que procuravam aprender, logo fazíamos livros.”

Visto que a gráfica na Rua Concord tinha amplo espaço, as atividades gráficas de Detroit foram incorporadas com as de Brooklyn. No segundo ano naquele local, os irmãos produziam 70 por cento dos livros e folhetos necessários, além de revistas, tratados e convites. No ano seguinte, o aumento da obra tornou necessário o uso dos outros dois andares da gráfica.

Poderiam acelerar a produção de livros? Mandaram fabricar na Alemanha uma impressora, despacharam-na para a América e colocaram-na em operação em 1926 especialmente para esse objetivo. Tanto quanto sabiam, era a primeira impressora rotativa usada na América para imprimir livros.

No entanto, as atividades gráficas dos Estudantes da Bíblia não eram realizadas só na América.

Primeiras operações gráficas em outros países

Através de firmas de fora, o irmão Russell mandara imprimir na Grã-Bretanha já em 1881. Imprimia-se na Alemanha em 1903, na Grécia em 1906, na Finlândia em 1910, e até no Japão em 1913. Nos anos após a Primeira Guerra Mundial, imprimiu-se grande quantidade de publicações — livros, folhetos, revistas e tratados — na Grã-Bretanha, em países escandinavos, na Alemanha e na Polônia, e um pouco no Brasil e na Índia.

Daí, em 1920, no mesmo ano em que a Sociedade começou a imprimir revistas em Brooklyn, providenciou-se que os nossos irmãos na Europa também realizassem parte desse trabalho. Um grupo deles na Suíça instalou uma gráfica em Berna. Era sua própria firma. Mas todos eles eram Estudantes da Bíblia e produziam publicações para a Sociedade em línguas européias a preços bem acessíveis. Com o tempo, a Sociedade adquiriu a posse dessa gráfica e a ampliou. Para suprir uma necessidade urgente em países europeus economicamente empobrecidos naquela época, produziram-se ali tremendas quantidades de publicações para distribuição gratuita. No fim da década de 20, publicações em mais de doze idiomas eram despachadas dessa gráfica.

Ao mesmo tempo, mostrava-se muito interesse na mensagem do Reino na Romênia. Apesar de forte oposição à nossa obra ali, a Sociedade estabeleceu uma gráfica em Cluj, para reduzir o custo das publicações e torná-las mais prontamente acessíveis aos famintos da verdade na Romênia e em países vizinhos. Em 1924, essa gráfica produziu quase duzentos e cinqüenta mil livros, além de revistas e folhetos, em romeno e em húngaro. Mas um dos supervisores ali foi infiel a sua incumbência e cometeu atos que resultaram na perda da propriedade e do equipamento da Sociedade. Apesar disso, irmãos fiéis na Romênia continuaram a fazer o possível para partilhar as verdades bíblicas com outros.

Na Alemanha, depois da Primeira Guerra Mundial, multidões assistiam às reuniões dos Estudantes da Bíblia. Mas o povo alemão sofria grande revés econômico. A fim de reduzir o custo das publicações bíblicas para seu benefício, a Sociedade desenvolveu sua própria impressão lá também. Em Barmen, em 1922, a impressão era feita numa impressora plana no patamar da escadaria no Lar de Betel e em outra no barracão de madeira. No ano seguinte os irmãos mudaram-se para Magdeburgo, para instalações mais adequadas. Os prédios ali eram bons, acrescentaram-se outros, e instalou-se equipamento de impressão e encadernação. Relatava-se que em fins de 1925 a capacidade de produção dessa gráfica seria pelo menos tão grande quanto à então em uso na sede em Brooklyn.

A maior parte da impressão realmente feita pelos irmãos começou em pequena escala. Foi assim na Coréia, onde, em 1922, a Sociedade estabeleceu uma pequena gráfica equipada para produzir publicações em coreano, japonês e chinês. Depois de alguns anos, o equipamento foi transferido para o Japão.

Em 1924, itens menores também eram impressos no Canadá e na África do Sul. Em 1925 uma pequena impressora foi instalada na Austrália e outra no Brasil. Os irmãos no Brasil logo usavam seu equipamento para imprimir a edição em português de The Watch Tower (A Torre de Vigia; hoje, A Sentinela). A filial da Sociedade na Inglaterra adquiriu seu primeiro equipamento para impressão em 1926. Em 1929 a fome espiritual dos humildes na Espanha era saciada pela publicação de The Watch Tower em espanhol numa pequena prensa ali. Dois anos depois, uma impressora começou a funcionar no porão da filial na Finlândia.

Nesse ínterim, a sede mundial também se expandia.

Gráfica própria na sede mundial

Desde 1920 a Sociedade alugava espaço para a gráfica em Brooklyn. Até o prédio em uso de 1922 em diante não estava em bom estado; toda a estrutura balançava muito quando a impressora funcionava no porão. Além disso, precisava-se de mais espaço para o crescimento da obra. Os irmãos acharam que os recursos disponíveis poderiam ser mais bem usados se tivessem sua própria gráfica.

Um terreno a alguns quarteirões do Lar de Betel parecia ser um local bem conveniente, de modo que fizeram uma oferta. Sucedeu que a Indústria Farmacêutica Squibb fez uma oferta melhor; mas, ao construírem no terreno, tiveram de bater 1.167 estacas para conseguir um sólido alicerce. (Anos depois, a Sociedade Torre de Vigia comprou esses prédios da Squibb, com esse ótimo alicerce já feito!) No entanto, o solo do terreno que a Sociedade adquiriu em 1926 tinha boa capacidade de sustentação para uma construção.

Em fevereiro de 1927 eles se mudaram para seu prédio novinho em folha na Rua Adams, 117, em Brooklyn. Isso lhes deu quase o dobro do espaço que usavam até então. Era bem projetado, com o serviço passando progressivamente dos andares superiores pelos vários departamentos até chegar ao Departamento de Expedição no térreo.

Mas o crescimento não parou aí. Em questão de dez anos essa gráfica teve de ser ampliada; e haveria mais ampliações depois. Além de imprimir milhões de revistas e folhetos a cada ano, a gráfica produzia 10.000 livros por dia. Quando a Bíblia completa passou a ser incluída entre esses livros em 1942, a Sociedade Torre de Vigia novamente era pioneira em outro campo da indústria gráfica. Os irmãos fizeram experiências até conseguirem trabalhar com o leve papel-bíblia nas rotativas — algo que outros impressores só tentaram anos mais tarde.

Enquanto prosseguia essa produção em larga escala, grupos com necessidades especiais não foram despercebidos. Já em 1910, um Estudante da Bíblia em Boston, Massachusetts, e outro no Canadá cooperavam na reprodução das publicações da Sociedade em braile. Em 1924, num escritório em Logansport, Indiana, a Sociedade produzia publicações para o benefício dos deficientes visuais. Mas, devido à pequena receptividade na época, o trabalho em braile foi encerrado em 1936, e deu-se ênfase a ajudar os deficientes visuais por meio de gravações fonográficas e atenção pessoal. Mais tarde, em 1960, a produção de publicações em braile foi reiniciada — dessa vez em maior variedade, e gradualmente com melhor receptividade.

O desafio de forte oposição

Em vários países, a impressão era feita apesar de circunstâncias extremamente difíceis. Mas os nossos irmãos perseveraram, reconhecendo que a proclamação das boas novas do Reino era o trabalho que Jeová Deus, por meio do seu Filho, ordenou que fosse feito. (Isa. 61:1, 2; Mar. 13:10) Na Grécia, por exemplo, os irmãos instalaram sua gráfica em 1936 e a operavam por apenas alguns meses quando houve uma mudança de governo e as autoridades a fecharam. Similarmente, na Índia, em 1940, Claude Goodman trabalhou por meses para instalar uma impressora e aprender a operá-la, mas a polícia, às ordens do marajá, invadiu o local, levou a impressora e jogou todos os tipos cuidadosamente organizados em grandes latas.

Em muitos outros lugares, leis sobre a importação de publicações forçaram os irmãos a confiar o trabalho a impressores de fora, embora a Sociedade possuísse num país vizinho uma gráfica que tinha condições de fazer o trabalho. Foi assim em meados da década de 30 na Dinamarca, na Letônia e na Hungria.

Em 1933 o governo alemão, às instâncias do clero, paralisou as atividades de impressão das Testemunhas de Jeová na Alemanha. Policiais ocuparam a gráfica da Sociedade Torre de Vigia em Magdeburgo e a fecharam em abril daquele ano, mas não encontraram evidência incriminadora, de modo que se retiraram. Todavia, intervieram novamente em junho. Para continuar a divulgação da mensagem do Reino, a Sociedade estabeleceu uma gráfica em Praga, Tchecoslováquia, e muitos equipamentos foram levados para lá de Magdeburgo. Com isso, produziram-se revistas em duas línguas e folhetos em seis durante os próximos anos.

Daí, em 1939, as tropas de Hitler invadiram Praga, de modo que os irmãos rapidamente desmontaram o equipamento e o despacharam para fora do país. Parte foi para os Países Baixos. Isso foi muito oportuno. A comunicação com a Suíça tornara-se mais difícil para os irmãos holandeses. Assim, eles alugaram espaço e, com suas recém-adquiridas impressoras, fizeram sua própria impressão. Isso, porém, continuou apenas por um curto tempo antes de a gráfica ser confiscada pelos invasores nazistas. Mas os irmãos utilizaram esse equipamento por tanto tempo quanto possível.

Quando uma ação arbitrária das autoridades na Finlândia forçou a interrupção da publicação de A Sentinela durante a guerra, os irmãos mimeografavam os artigos principais e os enviavam por mensageiros. Depois de a Áustria cair sob o domínio nazista em 1938, A Sentinela era impressa num mimeógrafo que constantemente tinha de ser mudado de lugar em lugar para ficar longe das mãos da Gestapo. Similarmente, no Canadá, durante o período em que as Testemunhas ficaram sob proscrição no tempo de guerra, elas repetidas vezes tiveram de mudar seu equipamento para continuar a fornecer alimento espiritual para seus irmãos.

Na Austrália, durante o tempo em que a obra das Testemunhas de Jeová ficou proscrita, os irmãos imprimiam suas próprias revistas e até livros — algo que não haviam feito ali mesmo em circunstâncias mais favoráveis. Tiveram de mudar a linha de encadernação 16 vezes para impedir a confiscação do equipamento, mas eles conseguiram produzir 20.000 livros a tempo do lançamento num congresso realizado em 1941 apesar de obstáculos esmagadores!

Expansão depois da Segunda Guerra Mundial

Terminada a guerra, as Testemunhas de Jeová reuniram-se numa assembléia internacional em Cleveland, Ohio, em 1946. Nessa ocasião, Nathan H. Knorr, então presidente da Sociedade Torre de Vigia, falou sobre reconstrução e expansão. Desde o irrompimento da Segunda Guerra Mundial, o número de Testemunhas aumentara em 157 por cento, e missionários rapidamente iniciavam a obra em novos campos. Para suprir a demanda mundial de publicações bíblicas, o irmão Knorr apresentou planos para ampliar as instalações da sede mundial. Em resultado da expansão proposta, a gráfica teria mais do que o dobro do espaço que havia na estrutura original de 1927, e um Lar de Betel grandemente ampliado seria providenciado para os voluntários. Essas ampliações foram concluídas e postas em uso no começo de 1950.

A gráfica e os escritórios da sede mundial em Brooklyn tiveram de ser ampliados vez após vez desde 1950. Em 1992 abrangiam cerca de oito quarteirões e incluíam 230.071 metros quadrados de espaço útil. Não são prédios apenas para fabricação de livros. São dedicados a Jeová para ser usados na produção de publicações que visam instruir as pessoas em Seus requisitos para a vida.

Em algumas regiões foi difícil reiniciar as atividades gráficas da Sociedade depois da Segunda Guerra Mundial. O complexo gráfico e de escritórios que pertencia à Sociedade em Magdeburgo, Alemanha, ficou na zona controlada pelos comunistas. As Testemunhas alemãs voltaram para lá, mas conseguiram usá-lo apenas por pouco tempo antes de ser confiscado novamente. Para suprir a necessidade na Alemanha Ocidental, foi preciso instalar ali uma gráfica. As cidades haviam sido reduzidas a escombros devido aos bombardeios. Mas as Testemunhas logo obtiveram o direito de usar uma pequena gráfica que fora operada pelos nazistas, em Karlsruhe. Em 1948 duas impressoras planas funcionavam dia e noite num prédio que foi posto à disposição em Wiesbaden. No ano seguinte ampliaram as instalações de Wiesbaden e quadruplicaram o número de impressoras para suprir as necessidades do rapidamente crescente número de proclamadores do Reino naquela parte do campo.

Quando a Sociedade recomeçou a imprimir abertamente na Grécia em 1946, o fornecimento de energia elétrica estava longe de ser confiável. Às vezes era cortado por horas a fio. Na Nigéria, em 1977, os irmãos enfrentavam um problema similar. Até que a filial da Nigéria conseguiu o seu próprio gerador, os trabalhadores da gráfica retornavam ao trabalho a qualquer hora, do dia ou da noite, quando a energia voltava. Com esse espírito, eles nunca perderam uma edição de A Sentinela.

Depois de uma visita do irmão Knorr à África do Sul em 1948, adquiriu-se um terreno em Elandsfontein; e, no início de 1952, a filial mudou-se para uma nova gráfica ali — a primeira realmente construída pela Sociedade na África do Sul. Usando uma nova impressora plana, eles passaram a imprimir revistas em oito idiomas da África. Em 1954, a filial na Suécia foi equipada para imprimir as revistas numa impressora plana, como se dera com a filial da Dinamarca em 1957.

Com o aumento da demanda de publicações, forneceram-se rotativas tipográficas de alta velocidade primeiro a uma filial e depois a outra. O Canadá recebeu a sua primeira em 1958; a Inglaterra, em 1959. Em 1975 a Sociedade Torre de Vigia tinha 70 grandes rotativas em suas gráficas em todo o mundo.

Rede global para divulgar a verdade bíblica

Em fins da década de 60 e depois fez-se um esforço conjunto para conseguir maior descentralização das atividades gráficas da Sociedade Torre de Vigia. O crescimento do número de Testemunhas de Jeová era rápido. Precisava-se de mais espaço na gráfica para se produzir publicações para seu próprio uso e para distribuição ao público. Mas a expansão em Brooklyn era um processo lento devido a serem limitadas as propriedades disponíveis e por causa da burocracia. Faziam-se planos para que mais da impressão fosse feita em outros lugares.

Assim, em 1969 teve início o projeto duma nova gráfica que seria construída perto de Wallkill, Nova Iorque, a uns 150 quilômetros a noroeste de Brooklyn. Isso ampliaria e espalharia as instalações da sede, e com o tempo quase toda a tiragem de A Sentinela e Despertai! para os Estados Unidos sairia de Wallkill. Três anos depois, uma segunda gráfica em Wallkill estava nas pranchetas, esta bem maior do que a primeira. Em 1977 as rotativas tipográficas ali produziam mais de 18 milhões de revistas por mês. A partir de 1992, grandes rotativas off-set MAN-Roland e Hantscho (apenas 4 rotativas off-set em vez das 15 anteriores rotativas tipográficas) entraram em uso, e a capacidade de produção ficou bem acima de um milhão de revistas por dia.

Quando se fizeram os primeiros planos para atividades gráficas em Wallkill, A Sentinela era publicada em Brooklyn em 32 dos seus então 72 idiomas; Despertai! em 14 dos seus 26 idiomas. Uns 60 por cento do número total de exemplares impressos no mundo todo eram produzidos na sede mundial. Seria proveitoso que mais desse trabalho fosse feito em países além dos Estados Unidos e por nossos próprios irmãos em vez de por firmas de fora. Assim, se futuras crises mundiais ou interferências governamentais impedissem as atividades em alguma parte da Terra, ainda se poderia produzir o alimento espiritual essencial.

Portanto, em 1971, quase dois anos antes de a primeira gráfica da Torre de Vigia em Wallkill entrar em operação, iniciou-se o trabalho para a construção duma excelente nova gráfica em Numazu, Japão. O aumento de mais de cinco vezes no número de proclamadores do Reino no Japão na década anterior indicava que se precisaria ali de muitas publicações bíblicas. Ao mesmo tempo, a filial do Brasil estava sendo ampliada. Acontecia o mesmo na África do Sul, onde se produziam publicações bíblicas em mais de vinte idiomas africanos. No ano seguinte, 1972, o tamanho da gráfica da Sociedade na Austrália foi quadruplicado a fim de fornecer A Sentinela e Despertai! naquela parte do mundo sem prolongadas demoras na expedição. Construíram-se outras gráficas na França e nas Filipinas.

No início de 1972, N. H. Knorr e o superintendente da gráfica em Brooklyn, M. H. Larson, fizeram uma viagem internacional para examinar o trabalho realizado, a fim de organizar os assuntos para o melhor uso das instalações e para lançar a base para mais expansão. Suas visitas incluíram 16 países na América do Sul, África e Extremo Oriente.

Pouco depois, a própria filial do Japão produzia as revistas em japonês para aquela parte do campo, em vez de depender de um impressor de fora. Naquele mesmo ano, 1972, a filial de Gana começou a imprimir A Sentinela em três das línguas locais, em vez de esperar remessas dos Estados Unidos e da Nigéria. Depois, a filial das Filipinas começou a cuidar da composição e da impressão de A Sentinela e Despertai! em oito línguas locais (além de imprimir para seu uso revistas em inglês). Isso representou um passo adicional na descentralização das operações gráficas da Torre de Vigia.

Em fins de 1975, a Sociedade Torre de Vigia produzia publicações bíblicas em suas próprias instalações em 23 países do globo — livros em três países; folhetos ou revistas, ou ambos, nos 23 países. Em outros 25 países, a Sociedade produzia itens menores em seu próprio equipamento.

A capacidade da Sociedade de produzir livros também aumentava. Fazia-se encadernação na Suíça e na Alemanha já em meados da década de 20. Depois da Segunda Guerra Mundial, em 1948 os irmãos na Finlândia passaram a encadernar livros (a princípio em grande parte manualmente) para atender sobretudo às necessidades desse país. Dois anos depois a filial da Alemanha novamente tinha uma linha de encadernação, e com o tempo ela assumiu o serviço de encadernação que era feito na Suíça.

Daí, em 1967, com mais de um milhão de Testemunhas no mundo todo e com a introdução dos livros de bolso para uso no ministério, a demanda desse tipo de publicação bíblica atingiu grandes proporções. Em nove anos houve um aumento de mais de seis vezes nas linhas de encadernação em Brooklyn. Em 1992 a Sociedade Torre de Vigia tinha ao todo 28 linhas de encadernação em operação em oito países.

Naquele ano, 1992, a Sociedade Torre de Vigia não só imprimia publicações bíblicas em 180 línguas nos Estados Unidos, mas quatro de suas principais gráficas localizadas na América Latina supriam boa parte das publicações necessárias tanto internamente como em outros países nessa parte do mundo. Onze outras gráficas produziam publicações na Europa, e todas ajudavam a suprir as necessidades de publicações de outros países. Desses, a França fornecia regularmente publicações para 14 países, e a Alemanha, que imprimia em mais de 40 idiomas, expedia grandes quantidades para 20 países e quantidades menores para muitas outras terras. Na África, seis gráficas da Torre de Vigia produziam publicações bíblicas em 46 idiomas. Onze outras gráficas — algumas grandes, outras pequenas — forneciam publicações ao Oriente Médio e ao Extremo Oriente, a ilhas do Pacífico, ao Canadá e a outras regiões, para uso na divulgação da urgente mensagem sobre o Reino de Deus. Em ainda outros 27 países, a Sociedade imprimia itens menores que as congregações necessitam para funcionar suavemente.

Novos métodos, novo equipamento

Nas décadas de 60 e de 70, houve uma revolução na indústria gráfica. Num ritmo surpreendente, a impressão tipográfica perdia terreno para a impressão off-set.d A Sociedade Torre de Vigia não aderiu de imediato à tendência. As chapas disponíveis para as impressoras off-set não se ajustavam bem às grandes tiragens que a Sociedade precisava para suas publicações. Além disso, uma mudança desse tipo exigiria métodos inteiramente novos de tipografia e composição. Seria preciso novas impressoras. Seria necessário aprender nova tecnologia. Praticamente todo o equipamento das gráficas da Sociedade teria de ser substituído. O custo seria assombroso.

No entanto, ficou evidente com o tempo que os materiais necessários para a impressão tipográfica não continuariam disponíveis por muito tempo. A durabilidade das chapas off-set melhorava rapidamente. Era preciso mudar.

Já em 1972, por causa de seu intenso interesse nos avanços na impressão off-set, três membros da família de Betel na África do Sul adquiriram uma pequena impressora off-set de folhas. Eles ganharam um pouco de experiência em pequenas impressões. Daí, em 1974, essa impressora foi usada para imprimir o livro A Verdade Que Conduz à Vida Eterna, de bolso, na língua ronga. Por eles poderem fazer isso rapidamente foi possível levar valiosa instrução bíblica a milhares de pessoas famintas da verdade antes de a obra das Testemunhas de Jeová ser novamente proscrita na região em que essas pessoas moravam. Outra impressora off-set de folhas, doada à filial da Sociedade na África do Sul pouco depois de os nossos irmãos adquirirem a primeira, foi enviada para a Zâmbia e usada ali.

A gráfica da Sociedade na Alemanha também entrou cedo no ramo da impressão off-set. Em abril de 1975 os irmãos começaram a usar uma impressora de folhas para imprimir revistas em papel-bíblia para as Testemunhas de Jeová na Alemanha Oriental, onde as Testemunhas estavam proscritas. No ano seguinte iniciou-se a produção de livros nessa impressora off-set para aqueles irmãos perseguidos.

Por volta da mesma época, em 1975, a Sociedade Torre de Vigia pôs em operação sua primeira rotativa off-set para revistas na Argentina. Mas funcionou por um pouco mais de um ano antes de o governo argentino proscrever a obra das Testemunhas e lacrar sua gráfica. Mas a impressão off-set em outros países continuou a expandir-se. No início de 1978, na sede da Sociedade Torre de Vigia em Brooklyn, Nova Iorque, uma rotativa off-set começou a imprimir em três cores para a produção de livros.e Uma segunda impressora foi adquirida naquele mesmo ano. No entanto, precisava-se de muito mais equipamento para completar a mudança.

O Corpo Governante tinha certeza de que Jeová providenciaria o que fosse preciso para realizar a obra que ele queria que fosse feita. Em abril de 1979 e em janeiro de 1980, enviaram-se cartas às congregações nos Estados Unidos explicando a situação. Chegaram donativos — devagar a princípio, mas, com o tempo, havia o suficiente para equipar a rede global de gráficas da Torre de Vigia para impressão off-set.

Nesse ínterim, para fazer bom uso do equipamento existente e acelerar a mudança, a Sociedade Torre de Vigia encomendou a conversão de suas impressoras MAN de último modelo para a impressão off-set. Doze países receberam essas impressoras, incluindo seis que anteriormente não imprimiam suas revistas localmente.

Impressão em quatro cores

A filial da Finlândia foi a primeira a fazer a impressão off-set de cada edição das revistas em quatro cores, começando de maneira simples com edições de janeiro de 1981 e daí progressivamente usando técnicas aprimoradas. A seguir, o Japão usou a impressão em quatro cores para um livro. Outras gráficas da Torre de Vigia fizeram o mesmo à medida que o equipamento se tornou disponível. Algumas das impressoras são adquiridas e despachadas pela sede mundial. Outras são custeadas pelas Testemunhas de Jeová do país em que a gráfica está localizada. Em ainda outros casos, as Testemunhas de um país doam o necessário equipamento aos seus irmãos em outro país.

Depois da Segunda Guerra Mundial, o mundo passou a dar ênfase a matérias ilustradas, e o uso de cores realistas contribuiu muito para tornar as publicações mais atraentes. O uso das cores tornou a página impressa mais bela, de modo que incentivou a leitura. Em muitos lugares descobriu-se que a distribuição de A Sentinela e Despertai! aumentou consideravelmente depois que sua aparência melhorou.

Sistemas adequados de computador

Para apoiar a impressão em quatro cores, foi preciso desenvolver um sistema computadorizado de pré-impressão, e a decisão de implementar isso foi tomada em 1977. Testemunhas especializadas nesse campo ofereceram-se para trabalhar na sede mundial a fim de ajudar a Sociedade a suprir essas necessidades rapidamente. (Pouco depois, em 1979, uma equipe no Japão, que por fim envolveu umas 50 Testemunhas, passou a trabalhar em programas necessários para a língua japonesa.) Usou-se hardware (equipamento) comercial, e os programas foram preparados pelas Testemunhas para que ajudassem a suprir as necessidades administrativas e de editoração multilíngüe da Sociedade. Para manter elevados padrões e ter a necessária flexibilidade, foi necessário desenvolver programas especializados para composição tipográfica e fotocomposição. Não existiam programas disponíveis no mercado para dar entrada e fotocompor muitas das 167 línguas em que a Sociedade Torre de Vigia imprimia, de modo que as Testemunhas tiveram de desenvolver os seus próprios.

Naquela época o mundo comercial não achava lucrativo desenvolver programas nas línguas de populações menores ou de pessoas com renda muito limitada, mas as Testemunhas de Jeová estão interessadas em vidas. Em relativamente pouco tempo, os programas de composição que elas desenvolveram eram usados para produzir publicações em mais de 90 idiomas. Sobre seu trabalho, o respeitado Seybold Report on Publishing Systems (Relatório de Seybold sobre Sistemas de Editoração) disse: “Não podemos senão elogiar o caráter empreendedor, a iniciativa e a perspicácia do pessoal da Torre de Vigia. Há pouca gente, hoje em dia, quer dotada de suficiente ambição, quer de bastante coragem para empreender tal aplicação, especialmente partindo de quase nada.” — Volume 12, N.º 1, 13 de setembro de 1982.

As atividades gráficas e a manutenção seriam muito facilitadas se o equipamento usado em todo o mundo fosse plenamente compatível. Portanto, em 1979 decidiu-se que a Sociedade Torre de Vigia desenvolveria seu próprio sistema de fotocomposição. A equipe que trabalhava nisso fabricaria o hardware principal, em vez de depender tanto do equipamento disponível no mercado.

Assim, em 1979 um grupo de Testemunhas de Jeová na Fazenda Torre de Vigia, Wallkill, Nova Iorque, começou a projetar e construir o Sistema Eletrônico de Fotocomposição Multilíngüe (MEPS). Em maio de 1986, a equipe que trabalhava nesse projeto não só havia projetado e construído computadores, fotocompositoras e terminais gráficos do MEPS, mas, mais importante, tinha também desenvolvido o software (programa) necessário para o processamento de matéria para publicação em 186 idiomas.

Conjugada ao desenvolvimento do software havia uma grande operação de digitalização de fontes. Isso exigiu estudo intensivo das características distintivas de cada língua. Foi preciso arte-final para cada caractere numa língua (por exemplo, cada maiúscula e cada minúscula, bem como sinais diacríticos e a pontuação — tudo numa variedade de tamanhos), com desenhos separados para cada tipo (como tipo claro, itálico, negrito e extranegrito), talvez em várias fontes distintivas, ou estilos de tipo. Cada fonte romana precisava de 202 caracteres. Assim, as 369 fontes romanas requereram ao todo 74.538 caracteres. A preparação das fontes chinesas exigiram o desenho de 8.364 caracteres para cada fonte, com mais caracteres a serem acrescentados depois.

Depois de feita a arte-final, projetou-se o software que tornaria possível imprimir os caracteres de forma limpa e nítida. O software tinha de poder lidar, não só com o alfabeto romano, mas também com os alfabetos bengali, cambojano, cirílico, coreano, grego e hindi, bem como com o árabe e o hebraico (ambos lidos da direita para a esquerda) e com as línguas japonesa e chinesa (que não usam alfabeto). Em 1992, o software estava disponível para processar matéria em mais de 200 idiomas, e ainda se desenvolviam programas para outras línguas faladas por milhões de pessoas.

A implementação da mudança nas filiais exigiu adotar novos procedimentos e aprender novas técnicas. Enviou-se à sede mundial pessoal para aprender a instalar, operar e manter grandes rotativas off-set. Alguns aprenderam a fazer separação de cores com um scanner a laser. Outros foram treinados no uso e na manutenção de computadores. Assim, problemas relacionados com a produção que surgissem em qualquer parte do mundo poderiam ser rapidamente resolvidos para que a obra continuasse em andamento.

O Corpo Governante percebeu que se as Testemunhas de Jeová em todo o mundo pudessem estudar a mesma matéria em suas reuniões semana após semana e distribuir as mesmas publicações no ministério de campo, isso teria um poderoso efeito unificador. No passado, as publicações produzidas em inglês só ficavam à disposição em outras línguas pelo menos quatro meses depois; para muitas línguas o prazo era de um ano, ou, muitas vezes, anos. Mas agora era possível uma mudança. Ter equipamento plenamente compatível nas filiais impressoras foi um fator importante para se conseguir produzir publicações simultaneamente numa variedade de línguas. Em 1984, A Sentinela passou a ser publicada simultaneamente em 20 idiomas. Em 1989, quando a poderosa mensagem do livro Revelação — Seu Grandioso Clímax Está Próximo! foi distribuída ao público apenas alguns meses depois do lançamento, esse livro estava disponível em 25 idiomas. Em 1992, a publicação simultânea de A Sentinela ampliara-se para incluir 66 idiomas, os de grande parte da população do mundo.

Desde que o projeto MEPS foi implantado em 1979, a indústria da informática tem feito extraordinários avanços. Poderosos computadores pessoais com grande versatilidade estão agora disponíveis por uma fração do custo do equipamento anterior. Para manter-se em dia com as necessidades do trabalho de editoração, a Sociedade Torre de Vigia decidiu usar esses computadores pessoais, junto com o seu próprio software. Isso acelerou muito o processo de produção. Tornou possível também estender os benefícios dos programas de editoração a mais filiais da Sociedade, e o número de filiais que os usava aumentou rapidamente para 83. Em 1992 a Sociedade Torre de Vigia tinha, em todo o mundo, mais de 3.800 terminais em que usava seus próprios programas de computador. Nem todas as filiais que estão assim equipadas imprimem, mas qualquer filial que tenha um pequeno computador e o software da Sociedade, junto com uma pequena impressora a laser, tem a capacidade de realizar trabalhos de pré-impressão para tratados, revistas, livros e qualquer outra impressão que precise ser feita.

Maior apoio de computadores para os tradutores

Poderiam os computadores ser usados para dar maior apoio aos tradutores? Os tradutores das publicações da Torre de Vigia agora fazem seu trabalho, na maioria dos casos, em terminais de computador. Muitos desses estão em filiais da Sociedade. Outros, que talvez traduzam em casa e que por muitos anos fizeram seu trabalho com máquinas de escrever ou até a mão, têm sido ajudados a aprender a dar entrada de sua tradução em estações de trabalho de computador ou em computadores portáteis (convenientemente pequenos) adquiridos pela Sociedade. Pode-se facilmente fazer ajustes na tradução na própria tela do computador. Se a tradução é feita em outro lugar e não no escritório da filial onde se faz a impressão, só é necessário transferir o texto para um disquete fino e flexível e enviá-lo para a filial impressora para processamento.

De 1989-90, à medida que mudanças rápidas ocorriam nos governos de muitos países, a comunicação internacional ficou mais fácil. Rapidamente, as Testemunhas de Jeová realizaram um seminário de seus tradutores da Europa Oriental. Visava ajudá-los a melhorar a qualidade do seu trabalho, a permitir-lhes tirar proveito dos computadores disponíveis e a possibilitar a publicação simultânea de A Sentinela em suas línguas. Além disso, tradutores no sudeste da Ásia receberam ajuda similar.

Mas poderia o computador ser usado para acelerar o trabalho de tradução ou melhorar sua qualidade? Sim. Em 1989, poderosos sistemas computadorizados foram utilizados pelas Testemunhas de Jeová para ajudar na tradução da Bíblia. Depois dum extensivo trabalho preliminar, forneceram-se arquivos eletrônicos que permitiram que um tradutor prontamente visse na tela qualquer palavra na língua original junto com uma relação de todas as maneiras em que, segundo o contexto, foi traduzida para o inglês na Tradução do Novo Mundo. Ele também podia selecionar uma palavra-chave em inglês e chamar todas as palavras na língua original da qual ela (e palavras de significado similar) derivava. Isso muitas vezes revelava que se usava um grupo de palavras em inglês para transmitir a idéia contida num único termo na língua original. Isso dava rapidamente ao tradutor uma visão profunda do que traduzia. Ajudava-o a captar o sentido característico da expressão básica na língua original e o significado exato exigido pelo contexto e, assim, a expressar isso com precisão em sua própria língua.

Usando esses arquivos de computador, tradutores experientes examinavam todas as ocorrências de determinada palavra na Bíblia e escolhiam equivalentes na língua local para cada uma dessas ocorrências segundo o que exigia o contexto. Isso garantia um alto grau de coerência. O trabalho de cada tradutor era revisado por outros da equipe, de modo que a tradução se beneficiasse da pesquisa e da experiência de todos. Depois disso, o computador podia ser usado para apresentar determinada passagem das Escrituras, mostrando cada palavra no texto em inglês, um código para o que aparecia na língua original e o equivalente na língua local que fora selecionado. Isso não concluía o trabalho. O tradutor ainda precisava refinar a estrutura das sentenças e torná-las fluentes em sua própria língua. Mas, ao fazerem isso, era vital terem uma compreensão clara do significado do texto. Para ajudá-lo, ele tinha acesso instantâneo pelo computador a comentários publicados pela Torre de Vigia sobre o versículo bíblico ou qualquer expressão nele.

Reduzia-se assim o tempo de pesquisa, e conseguia-se alto grau de coerência. Com aprimoramentos adicionais desse potencial, espera-se que mais publicações valiosas sejam rapidamente postas à disposição mesmo em línguas com poucos tradutores. O uso desse recurso para suprir publicações em apoio à proclamação da mensagem do Reino tem aberto um tremendo campo de editoração.

Assim, como seus primeiros correlativos cristãos, as Testemunhas de Jeová nos tempos modernos empregam os mais recentes recursos para divulgar a Palavra de Deus. Para alcançar o máximo possível de pessoas com as boas novas, elas não têm medo de encarar novos desafios no campo da editoração.

[Nota(s) de rodapé]

a Em 1896, o nome da corporação foi oficialmente mudado para Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados.

b Tratava-se duma firma de Charles Taze Russell. Em 1898, ele transferiu bens da Companhia Publicadora da Torre como donativo para a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados.

c A falta de carvão não foi apenas devido à escassez do tempo de guerra. Hugo Riemer, que então era membro da equipe da sede, escreveu mais tarde que isso ocorreu principalmente porque o ódio aos Estudantes da Bíblia era muito grande em Nova Iorque na época.

d A impressão tipográfica é feita com uma superfície em alto-relevo em que há uma imagem em espelho do que aparecerá na página impressa. Essa superfície em alto-relevo é entintada e pressionada contra o papel. A impressão off-set é feita produzindo-se uma impressão entintada num cilindro revestido de borracha com uma chapa e então transferindo-se essa impressão para o papel.

e De 1959 a 1971, a Sociedade usara uma impressora off-set de folhas na gráfica de Brooklyn para produzir calendários em quatro cores com temas relacionados com a pregação das boas novas.

[Destaque na página 578]

“Vamos fazer do carvão o teste.”

[Destaque na página 595]

Equipando a inteira rede global de gráficas da Torre de Vigia para impressão off-set.

[Destaque na página 596]

‘Não podemos senão elogiar o pessoal da Torre de Vigia.’

[Foto na página 576]

Essas primeiras publicações eram impressas por firmas de fora.

[Foto na página 577]

C. A. Wise fez um teste para ver se os Estudantes da Bíblia deviam instalar novamente a sede em Brooklyn.

[Fotos na página 579]

A primeira rotativa da Sociedade foi usada para imprimir 4.000.000 de exemplares da incisiva “Golden Age” N.º 27.

[Foto na página 580]

R. J. Martin (à direita), primeiro superintendente da gráfica da Sociedade em Brooklyn, consultando o irmão Rutherford.

[Fotos na página 581]

Composição

No começo, tudo era feito a mão, letra por letra.

África do Sul

De 1920 à década de 80, usou-se linotipo.

Estados Unidos

Em alguns lugares, a composição era feita com equipamento monotipo.

Japão

Utiliza-se agora um processo de fotocomposição computadorizada.

Alemanha

[Fotos na página 582]

Fabricação de chapas

Da década de 20 à década de 80, fabricavam-se chapas de chumbo para impressão tipográfica.

1. Linhas tipográficas das páginas da matéria a ser impressa eram engradadas em caixilhos retangulares chamados ramas.

2. Sob pressão, fazia-se uma impressão da forma no material que podia ser usado como molde.

3. Despejava-se chumbo fundido sobre a matriz (ou molde) para fazer chapas metálicas curvas para a impressão.

4. O metal excedente era retirado da superfície da chapa.

5. As chapas eram niqueladas para adquirir durabilidade.

Depois, os negativos de páginas fotocompostas eram posicionados, e as fotos eram colocadas no devido lugar. Grupos de páginas eram transferidos fotograficamente para chapas flexíveis de impressão off-set.

[Foto na página 583]

Uma das primeiras gráficas da Sociedade na Europa (Berna, Suíça)

[Fotos na página 584]

Em Magdeburgo, Alemanha, a Sociedade instalou uma gráfica na década de 20.

[Fotos na página 587]

Impressoras

A Sociedade Torre de Vigia tem usado muitos tipos de impressoras em suas atividades gráficas.

Pequenas impressoras têm sido usadas para imprimir não só formulários e convites, mas também revistas. (EUA)

Por muitos anos, usaram-se impressoras planas de muitos tipos. (Alemanha)

Em suas várias gráficas, usaram-se 58 dessas rotativas MAN da Alemanha. (Canadá)

Agora, usam-se rotativas off-set, de impressão em cores, de alta velocidade, fabricadas em vários países, nas principais gráficas da Sociedade.

Itália

Alemanha

[Fotos na páginas 590, 591]

Elandsfontein, África do Sul (1972)

Strathfield, Austrália (1972)

São Paulo, Brasil (1973)

Numazu, Japão (1972)

Lagos, Nigéria (1974)

Wiesbaden, Alemanha (1975)

Toronto, Canadá (1975)

[Foto na página 597]

Tem-se feito intensivo trabalho de digitalização de fontes pelas Testemunhas para atender à necessidade de publicações bíblicas em muitas línguas. (Brooklyn, N.I.)

[Foto na página 599]

Estações de computação gráfica com monitor colorido permitem que desenhistas gráficos posicionem, ajustem e aprimorem ilustrações eletronicamente.

[Foto na página 602]

As Testemunhas de Jeová usam sistemas computadorizados para acelerar e refinar o trabalho de tradução da Bíblia. (Coréia)

[Foto/Quadro na página 585]

‘Evidência do espírito de Jeová’

“A impressão bem-sucedida de livros e Bíblias em rotativas operadas por pessoas com pouca ou nenhuma experiência anterior [e numa época em que outros ainda não o faziam] é evidência da supervisão de Jeová e da direção do seu espírito”, disse Charles Fekel. O irmão Fekel sabia bem o que estava envolvido, pois havia participado no desenvolvimento das atividades gráficas na sede da Sociedade por mais de meio século. Nos últimos anos de sua vida, serviu como membro do Corpo Governante.

[Foto]

Charles Fekel

[Foto/Quadro na página 586]

Confiança no Deus Todo-Poderoso

Uma experiência contada por Hugo Riemer, que fazia compras para a Sociedade Torre de Vigia, reflete a maneira de a Sociedade Torre de Vigia cuidar de seus negócios.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o papel para impressão estava racionado nos Estados Unidos. Os pedidos de suprimentos tinham de ser dirigidos a uma comissão do governo. Em certa ocasião, uma destacada sociedade bíblica enviou advogados, grandes empresários, pregadores e outros como representantes perante a comissão. Concedeu-se-lhes bem menos do que desejavam. Depois de considerado o pedido deles, a comissão recebeu a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados. Quando Hugo Riemer e Max Larson entraram, o presidente perguntou: “Só vocês dois?” E a resposta foi: “Sim. Esperamos que o Deus Todo-Poderoso esteja conosco também.” Eles conseguiram todos os suprimentos desejados.

[Foto]

Hugo Riemer

[Fotos/Quadro nas páginas 588, 589]

Encadernação

Antigamente parte da encadernação nas gráficas da Torre de Vigia era feita a mão. (Suíça)

A produção em larga escala nos Estados Unidos exigia muitas operações separadas.

1. Juntar os cadernos.

2. Costurá-los.

3. Colar as guardas.

4. Aparar.

5. Gravar o título nas capas.

6. Pôr a capa nos livros.

7. Pôr os livros sob pressão até que a cola se fixasse.

Agora, em vez da encadernação por costura, muitas vezes se usa a encadernação por colagem, e máquinas de alta velocidade podem produzir, cada uma, 20.000 ou mais livros por dia.

[Fotos/Quadro na página 594]

Para promover o conhecimento do Reino de Deus

Ao todo, ao longo de vários períodos, a Sociedade Torre de Vigia tem produzido publicações em mais de 290 idiomas. Em 1992 produzia publicações em umas 210 línguas. Tudo isso foi feito para ajudar as pessoas a aprender sobre o Reino de Deus e o que ele significa para elas. Entre as publicações para estudo da Bíblia mais amplamente distribuídas até o momento acham-se as seguintes:

“A Verdade Que Conduz à Vida Eterna” (1968): 107.553.888 exemplares, em 117 idiomas

“Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra” (1982): 62.428.231 exemplares, em 115 idiomas

“Viva Para Sempre em Felicidade na Terra!” (1982): 76.203.646 exemplares, em 200 idiomas

Os dados acima são de 1992.

[Fotos/Quadro na página 598]

Gravações em fitas cassete

Além de usar a página impressa em sua obra de evangelização, desde 1978 a Sociedade Torre de Vigia produz fitas cassete — mais de 65 milhões de unidades em seu próprio equipamento nos Estados Unidos e na Alemanha.

Toda a “Tradução do Novo Mundo” está gravada em fitas cassete em alemão, espanhol, francês, inglês, italiano e japonês. Em 1992, essa tradução da Bíblia, em partes menores ou maiores, estava disponível em fitas cassete em oito outras línguas.

Para ajudar no ensino das crianças pequenas, fizeram-se gravações em fitas cassete de “Meu Livro de Histórias Bíblicas” e “Escute o Grande Instrutor”, publicações especialmente elaboradas para jovens.

Além disso, em alguns países produzem-se fitas para transmissões radiofônicas.

Produzem-se gravações duma orquestra composta só de Testemunhas. Essas gravações são usadas como acompanhamento do canto em congressos das Testemunhas de Jeová. Belos arranjos orquestrais dessa música também estão disponíveis para usufruto em casa.

Dramas gravados (de relatos modernos e bíblicos) são usados em congressos, onde atores que são Testemunhas ajudam a assistência a visualizar os eventos. Alguns depois são usados para entretenimento instrutivo e agradável em família.

As revistas “A Sentinela” e “Despertai!” estão disponíveis em fitas cassete em inglês e em finlandês. “A Sentinela” está disponível também em alemão, dinamarquês, francês, norueguês e sueco. Elaboradas originalmente para pessoas com problemas de vista, essas fitas são apreciadas por milhares de outros.

[Foto]

J. E. Barr no estúdio de gravações

[Fotos/Quadro nas páginas 600, 601]

Uso de videocassetes na proclamação do Reino

Em 1990 a Sociedade Torre de Vigia entrou num novo campo com o lançamento da primeira fita de videocassete para distribuição ao público.

Estimava-se naquele ano que mais de 200.000.000 de famílias ao redor do globo tivessem VCRs (videocassetes) de vários tipos. Mesmo em lugares em que não havia estações de televisão, usavam-se VCRs. Assim, o uso de videocassetes como meio de instruir oferecia uma maneira nova de alcançar uma ampla audiência.

Já em 1985 teve início a produção dum vídeo elaborado para apresentar aos que visitavam as instalações da sede mundial da Sociedade algumas das atividades ali realizadas. Com o tempo, constatou-se que as apresentações em vídeo também poupavam tempo na orientação de novos membros da família de Betel. Poderia esse método de instrução ser usado de outras maneiras para ajudar na obra global de fazer discípulos? Alguns irmãos acreditavam que sim.

Assim, em outubro de 1990 foi lançado o videocassete “Jehovah’s Witnesses—The Organization Behind the Name” (Testemunhas de Jeová — A Organização Que Leva o Nome). A reação foi surpreendente. Recebeu-se uma enxurrada de pedidos de mais desses programas. Para suprir a necessidade, criou-se um novo departamento chamado Serviços de Vídeo.

Testemunhas especializadas no ramo ofereceram de bom grado seus préstimos. Adquiriu-se o equipamento. Os estúdios foram montados. Uma equipe de filmagem foi a vários países para filmar pessoas e cenários que pudessem ser usados em vídeos elaborados para edificar a fé. A orquestra internacional composta apenas de Testemunhas, que muitas vezes ajudara em projetos especiais, contribuiu com a música que realçaria os vídeos.

Implementaram-se planos para alcançar mais grupos lingüísticos. Em meados de 1992, o vídeo “Testemunhas de Jeová — A Organização Que Leva o Nome” estava sendo produzido em mais de uma dúzia de idiomas. Fora gravado em 25 idiomas, incluindo alguns da Europa Oriental. Além disso, providenciava-se sua gravação em mandarim e cantonês para os chineses. A Sociedade também havia adquirido os direitos de reprodução e distribuição de “Purple Triangles” (Triângulos Roxos), um vídeo sobre a integridade duma família de Testemunhas na Alemanha na era nazista. Num período de dois anos, bem mais de um milhão de fitas de vídeo foram produzidas para o uso das Testemunhas de Jeová em seu ministério.

Deu-se atenção especial às necessidades dos deficientes auditivos. Produziu-se uma edição de “Testemunhas de Jeová — A Organização Que Leva o Nome” na linguagem de sinais americana. E estudava-se a possibilidade de preparar vídeos apropriados para os deficientes auditivos de outros países.

Enquanto isso, trabalhava-se na produção duma série que ajudaria a edificar a fé no livro que é o próprio fundamento da fé cristã, a Bíblia. Em setembro de 1992, a primeira parte desse programa, “A Bíblia — História Exata, Profecias Confiáveis”, estava concluída em inglês, e preparavam-se edições em outras línguas.

As fitas de vídeo de modo algum estão tomando o lugar da página impressa ou do testemunho pessoal. As publicações da Sociedade continuam a desempenhar um papel vital na divulgação das boas novas. O trabalho de casa em casa das Testemunhas de Jeová permanece como aspecto de seu ministério solidamente fundamentado nas Escrituras. No entanto, as fitas de vídeo agora os complementam como valiosos instrumentos para cultivar fé nas preciosas promessas de Jeová e estimular o apreço pelo que ele manda ser feito na Terra em nossos dias.

1. Depois de se determinar o conteúdo básico, realiza-se a filmagem à medida que o texto é elaborado.

2. Selecionam-se as cenas e a seqüência é determinada na pré-montagem.

3. Músicas orquestradas, compostas especialmente, são gravadas para realçar o vídeo.

4. Música digital e efeitos sonoros são conjugados com a narração e as cenas.

5. Faz-se a montagem final de som e imagem.

[Fotos]

1

2

3

4

5

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar