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  • Jeová é “Revelador de segredos”
    A Sentinela — 2012 | 15 de junho
    • Jeová é “Revelador de segredos”

      “Verdadeiramente, vosso Deus é Deus de deuses e Senhor de reis, e Revelador de segredos.” — DAN. 2:47.

      COMO RESPONDERIA?

      Que detalhes sobre o futuro Jeová nos revelou?

      O que as primeiras seis cabeças da fera retratam?

      Que relação vemos entre a fera e a estátua vista por Nabucodonosor?

      1, 2. O que Jeová nos revelou, e por que fez isso?

      QUE governos estarão dominando a Terra quando o Reino de Deus acabar com o governo humano? Sabemos a resposta — ela nos foi desvendada pelo “Revelador de segredos”, Jeová Deus. Ele nos habilita a discernir a identidade desses governos por meio dos escritos do profeta Daniel e do apóstolo João.

      2 Jeová revelou a esses homens uma série de visões sobre uma sucessão de feras. Além disso, ele informou a Daniel o significado de um sonho visionário que retratava uma enorme estátua de metal. Jeová providenciou o registro e a preservação desses relatos na Bíblia em nosso benefício. (Rom. 15:4) Fez isso para fortalecer a nossa esperança de que seu Reino em breve esmagará todos os governos humanos. — Dan. 2:44.

      3. Para entendermos bem as profecias, o que temos de compreender primeiro, e por quê?

      3 Em conjunto, os relatos de Daniel e de João não apenas identificam oito reis, ou governos humanos, mas mostram também a sequência do surgimento dessas potências. No entanto, só podemos entender bem essas profecias se compreendermos o significado da primeira profecia registrada na Bíblia. Por quê? Porque o cumprimento dessa profecia é o tema de ligação da Bíblia. Ela é, em certo sentido, o cordão do qual pendem todas as outras profecias.

      O DESCENDENTE DA SERPENTE E A FERA

      4. De quem se compõe o descendente da mulher, e o que esse descendente fará?

      4 Logo depois da rebelião no jardim do Éden, Jeová prometeu que uma “mulher” produziria um “descendente”.a (Leia Gênesis 3:15.) Esse descendente por fim machucaria a serpente, Satanás, na cabeça. Mais tarde, Jeová revelou que o descendente viria por meio de Abraão, pertenceria à nação de Israel, seria judeu e descendente do Rei Davi. (Gên. 22:15-18; 49:10; Sal. 89:3, 4; Luc. 1:30-33) A parte principal desse descendente veio a ser Cristo Jesus. (Gál. 3:16) A parte secundária do descendente se compõe dos membros da congregação cristã ungidos por espírito. (Gál. 3:26-29) Juntos, Jesus e esses ungidos formam o Reino de Deus, o instrumento com o qual Deus esmagará Satanás. — Luc. 12:32; Rom. 16:20.

      5, 6. (a) Quantas grandes potências Daniel e João identificam? (b) O que as cabeças da fera de Revelação representam?

      5 Essa primeira profecia, proferida no Éden, dizia também que Satanás produziria um “descendente”. Esse descendente expressaria inimizade, ou ódio, para com o descendente da mulher. De quem se compõe o descendente da serpente? De todos os que imitam o ódio que Satanás tem de Deus e que se opõem ao Seu povo. Por toda a História, Satanás tem organizado seu descendente em forma de vários movimentos políticos, ou reinos. (Luc. 4:5, 6) Contudo, apenas relativamente poucos reinos humanos têm exercido influência marcante sobre o povo de Deus, seja sobre a nação de Israel, seja sobre a congregação de cristãos ungidos. Por que isso é significativo? Porque explica a razão das visões de Daniel e de João descreverem apenas oito dessas grandes potências.

      6 No fim do primeiro século EC, o ressuscitado Jesus deu ao apóstolo João uma série de visões extraordinárias. (Rev. 1:1) Numa delas, João viu o Diabo, representado como dragão, parado na orla de um vasto mar. (Leia Revelação 13:1, 2.) João viu também uma estranha fera ascender desse mar e receber grande autoridade do Diabo. Mais tarde, um anjo indicou a João que as sete cabeças de uma fera cor de escarlate, a qual é uma imagem da fera de Revelação 13:1, simbolizam “sete reis”, ou governos. (Rev. 13:14, 15; 17:3, 9, 10) Nos dias em que João escreveu isso, cinco desses já haviam caído, um estava no poder e um ‘ainda não havia chegado’. Qual é a identidade desses reinos, ou potências mundiais? Analisemos cada uma das cabeças da fera descrita em Revelação. Veremos também como os escritos de Daniel acrescentaram esclarecimentos detalhados sobre muitos desses reinos, às vezes séculos antes de eles surgirem.

      EGITO E ASSÍRIA — AS PRIMEIRAS DUAS CABEÇAS

      7. O que a primeira cabeça simboliza, e por quê?

      7 A primeira cabeça da fera simboliza o Egito. Por quê? Porque o Egito foi a primeira grande potência a expressar inimizade ao povo de Deus. A descendência de Abraão — por meio de quem viria o prometido descendente da mulher — tornou-se numerosa no Egito. Daí, o Egito oprimiu Israel. Satanás tentou eliminar o povo de Deus antes que o descendente pudesse surgir. Como? Por induzir Faraó a executar todos os bebês israelitas do sexo masculino. Jeová frustrou essa tentativa e libertou seu povo da escravidão no Egito. (Êxo. 1:15-20; 14:13) Mais tarde, ele estabeleceu os israelitas na Terra Prometida.

      8. Qual é a identidade da segunda cabeça, e o que ela tentou fazer?

      8 A segunda cabeça da fera simboliza a Assíria. Esse reino poderoso também tentou exterminar o povo de Deus. É verdade que Jeová usou a Assíria como instrumento para punir o reino das dez tribos por sua idolatria e rebelião. No entanto, a Assíria depois atacou Jerusalém. Satanás talvez visasse eliminar a linhagem real que por fim levaria a Jesus. Esse ataque não era do propósito de Jeová, e ele libertou milagrosamente seu povo fiel por destruir os invasores. — 2 Reis 19:32-35; Isa. 10:5, 6, 12-15.

      BABILÔNIA — A TERCEIRA CABEÇA

      9, 10. (a) O que Jeová permitiu que os babilônios fizessem? (b) Para que profecias se cumprissem, o que teria de acontecer?

      9 A terceira cabeça da fera vista por João simboliza o reino cuja capital era Babilônia. Jeová permitiu que os babilônios derrubassem Jerusalém e levassem Seu povo ao exílio. Mas, antes de permitir essa humilhação, Jeová alertou os israelitas rebeldes de que sofreriam essa tragédia. (2 Reis 20:16-18) Ele predisse que seria erradicada a linhagem de reis humanos, dos quais se dizia que se sentavam no “trono de Jeová” em Jerusalém. (1 Crô. 29:23) Mas Jeová prometeu também que um descendente do Rei Davi, com “direito legal”, viria e reivindicaria essa autoridade. — Eze. 21:25-27.

      10 Outra profecia indicou que os judeus ainda estariam adorando no templo em Jerusalém quando chegasse o prometido Messias, ou Ungido. (Dan. 9:24-27) Uma profecia anterior, escrita antes de Israel ter sido exilado para Babilônia, dizia que esse personagem nasceria em Belém. (Miq. 5:2) Para que essas profecias se cumprissem, os judeus teriam de ser libertados do exílio, retornar para sua terra de origem e reconstruir o templo. Mas Babilônia não costumava libertar cativos. Como seria vencido esse desafio? Jeová revelou a resposta a seus profetas. — Amós 3:7.

      11. O Império Babilônico é retratado de que diferentes maneiras? (Veja a nota.)

      11 O profeta Daniel estava entre os cativos levados para Babilônia. (Dan. 1:1-6) Ele foi usado por Jeová para revelar a sucessão de reinos que se seguiriam a essa potência mundial. Jeová revelou esses segredos, usando uma variedade de símbolos. Por exemplo, ele fez com que o Rei Nabucodonosor, de Babilônia, tivesse um sonho de uma estátua enorme feita de vários metais. (Leia Daniel 2:1, 19, 31-38.) Por meio de Daniel, Jeová revelou que a cabeça de ouro da estátua simbolizava o Império Babilônico.b A potência mundial que sucederia à Babilônia é retratada pelo peito e braços de prata. Que potência seria essa, e como trataria o povo de Deus?

      MEDO-PÉRSIA — A QUARTA CABEÇA

      12, 13. (a) O que Jeová revelou sobre a derrota de Babilônia? (b) Por que a Medo-Pérsia é apropriadamente retratada como a quarta cabeça da fera?

      12 Mais de um século antes dos dias de Daniel, Jeová revelou por meio do profeta Isaías detalhes sobre a potência mundial que conquistaria Babilônia. Jeová revelou não só como a cidade de Babilônia seria derrotada, mas também o nome do conquistador. Esse líder foi Ciro, o Persa. (Isa. 44:28–45:2) Daniel recebeu duas outras visões a respeito da Potência Mundial Medo-Persa. Numa delas, esse reino foi retratado como tendo a aparência de um urso, que “estava levantado dum lado”. Foi-lhe dito que ‘comesse muita carne’. (Dan. 7:5) Numa visão à parte, Daniel viu essa potência mundial dupla ser simbolizada por um carneiro de dois chifres. — Dan. 8:3, 20.

      13 A fim de cumprir profecias, Jeová usou o Império Medo-Persa para derrubar Babilônia e promover a volta dos israelitas para sua terra de origem. (2 Crô. 36:22, 23) No entanto, essa mesma potência mais tarde por pouco não erradicou o povo de Deus. O livro bíblico de Ester registra uma conspiração tramada por Hamã, primeiro-ministro da Pérsia. Ele planejou o extermínio de todos os judeus que viviam no vasto Império Persa e marcou um dia para a execução do genocídio. Foi somente pela intervenção de Jeová que seu povo mais uma vez foi protegido contra a animosidade do descendente de Satanás. (Ester 1:1-3; 3:8, 9; 8:3, 9-14) A Medo-Pérsia, portanto, é apropriadamente retratada como a quarta cabeça da fera de Revelação.

      GRÉCIA — A QUINTA CABEÇA

      14, 15. Que detalhes Jeová revelou sobre o antigo Império Grego?

      14 A quinta cabeça da fera de Revelação simboliza a Grécia. Como Daniel havia revelado ao interpretar o sonho de Nabucodonosor, essa mesma potência é simbolizada pelo ventre e coxas de cobre da estátua. Daniel recebeu também duas visões com detalhes notáveis sobre a natureza desse império e sobre seu governante mais famoso.

      15 Numa das visões, Daniel viu a Grécia retratada por um leopardo de quatro asas, indicando que esse império faria conquistas rápidas. (Dan. 7:6) Em outra visão, Daniel mencionou um bode de proeminente chifre único que, com rapidez, mata um carneiro de dois chifres, a Medo-Pérsia. Jeová disse a Daniel que o bode simbolizava a Grécia e o grande chifre retratava um de seus reis. Daniel registrou também que o grande chifre seria quebrado e quatro chifres menores surgiriam no seu lugar. Embora essa profecia tenha sido escrita uns dois séculos antes de a Grécia se tornar dominante, todos os detalhes se cumpriram. Alexandre, o Grande, o mais eminente rei da Grécia antiga, liderou o ataque contra a Medo-Pérsia. Esse chifre logo foi quebrado, porém, com a morte do grande rei, no apogeu de seu poder, com apenas 32 anos de idade. Daí, seu reino por fim foi dividido entre quatro de seus generais. — Leia Daniel 8:20-22.

      16. O que fez Antíoco IV?

      16 Depois de conquistar a Pérsia, a Grécia dominou a terra do povo de Deus. Nessa época, os judeus já estavam de volta na Terra Prometida e já haviam reconstruído o templo em Jerusalém. Ainda eram o povo escolhido de Deus, e o templo reconstruído continuava a ser o centro da adoração verdadeira. No entanto, no segundo século AEC, a Grécia, a quinta cabeça da fera, atacou o povo de Deus. Antíoco IV, um dos herdeiros do dividido império de Alexandre, instalou um altar pagão na área do templo em Jerusalém e fez da prática da religião judaica um crime punível com a morte. Que expressão de ódio de uma parte do descendente de Satanás! Mas a Grécia logo foi suplantada como potência mundial. Qual seria a sexta cabeça da fera?

      ROMA — A “ATEMORIZANTE E TERRÍVEL” SEXTA CABEÇA

      17. Que papel-chave a sexta cabeça desempenhou no cumprimento de Gênesis 3:15?

      17 Roma era a potência dominante quando João recebeu a visão da fera. (Rev. 17:10) Essa sexta cabeça desempenhou um papel-chave no cumprimento da profecia registrada em Gênesis 3:15. Satanás usou autoridades romanas para desferir um golpe que temporariamente mutilou o descendente, ferindo-o no “calcanhar”. Como assim? Essas autoridades julgaram Jesus sob falsa acusação de sedição e o executaram. (Mat. 27:26) Mas essa ferida logo sarou, pois Jeová ressuscitou Jesus.

      18. (a) Que nova nação Jeová escolheu, e por quê? (b) Como o descendente da serpente continuou a expressar animosidade contra o descendente da mulher?

      18 Os líderes religiosos de Israel conspiraram com Roma contra Jesus, e a nação em sua maioria também o rejeitou. Assim, Jeová deixou de considerar o Israel natural como seu povo. (Mat. 23:38; Atos 2:22, 23) Ele então escolheu uma nova nação, “o Israel de Deus”. (Gál. 3:26-29; 6:16) Essa nação era a congregação de cristãos ungidos, composta tanto de judeus como de gentios. (Efé. 2:11-18) Depois da morte e ressurreição de Jesus, o descendente da serpente continuou a expressar animosidade contra o descendente da mulher. Mais de uma vez Roma tentou exterminar a congregação cristã, a parte secundária do descendente.c

      19. (a) Como Daniel descreve a sexta potência mundial? (b) O que será considerado em outro artigo?

      19 No sonho que Daniel interpretou para Nabucodonosor, Roma é retratada pelas pernas de ferro. (Dan. 2:33) Daniel teve também uma visão que descreve com precisão o Império Romano, bem como a potência mundial seguinte que surgiria de Roma. (Leia Daniel 7:7, 8.) Por séculos, Roma parecia “atemorizante e terrível, e extraordinariamente forte” aos olhos de seus inimigos. Contudo, a profecia predisse que desse império surgiriam “dez chifres” e depois outro, um chifre pequeno, que se destacaria. O que são esses dez chifres, e qual é a identidade do chifre pequeno? A que parte na descrição da estátua gigante vista por Nabucodonosor esse chifre corresponde? O artigo na página 14 considerará as respostas.

      [Nota(s) de rodapé]

      a Essa mulher simboliza a organização de Jeová, comparável a uma esposa, composta de criaturas espirituais no céu. — Isa. 54:1; Gál. 4:26; Rev. 12:1, 2.

      b Babilônia é retratada pela cabeça da estátua, no livro de Daniel, bem como pela terceira cabeça da fera descrita em Revelação. Veja o quadro nas páginas 12-13.

      c Embora Roma tenha destruído Jerusalém em 70 EC, essa agressão não foi parte do cumprimento de Gênesis 3:15. Naquele tempo, o Israel literal não era mais a nação escolhida de Deus.

  • Jeová revela o que ‘tem de ocorrer em breve’
    A Sentinela — 2012 | 15 de junho
    • Jeová revela o que ‘tem de ocorrer em breve’

      “Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu, para mostrar aos seus escravos as coisas que têm de ocorrer em breve.” — REV. 1:1.

      COMO RESPONDERIA?

      Que parte da enorme estátua simboliza a Potência Mundial Anglo-Americana?

      Como João retrata a relação entre a Potência Mundial Anglo-Americana e as Nações Unidas?

      Como Daniel e João retratam o fim do governo humano?

      1, 2. (a) O que as profecias de Daniel e de João nos permitem fazer? (b) O que as seis primeiras cabeças da fera simbolizam?

      AS PROFECIAS de Daniel e de João se combinam de maneiras que nos permitem entender o significado de muitos acontecimentos mundiais do presente e do futuro. O que podemos aprender por comparar a visão da fera vista por João, o relato de Daniel sobre a temível fera de dez chifres e a interpretação de Daniel a respeito da enorme estátua? E o que o entendimento claro dessas profecias deve nos mover a fazer?

      2 Examinemos a visão que João teve da fera. (Rev., cap. 13) Como vimos no artigo anterior, as primeiras seis cabeças da fera simbolizam Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma. Todas essas potências expressaram ódio ao descendente da mulher. (Gên. 3:15) Roma, a sexta cabeça, continuou como força política dominante por séculos depois de João ter escrito sua visão. Por fim, a sétima cabeça tomaria o lugar de Roma. Que potência política mundial seria essa, e como trataria o descendente da mulher?

      GRÃ-BRETANHA E ESTADOS UNIDOS CHEGAM AO PODER

      3. O que a assustadora fera de dez chifres simboliza, e o que esses dez chifres retratam?

      3 Podemos identificar a sétima cabeça da fera de Revelação, capítulo 13, por compararmos a visão de João com a de Daniel sobre a assustadora fera de dez chifres.a (Leia Daniel 7:7, 8, 23, 24.) A fera vista por Daniel simboliza a Potência Mundial Romana. (Veja o quadro nas páginas 12-13.) No quinto século EC, o Império Romano começou a se fragmentar. Os dez chifres na cabeça dessa temível fera simbolizam reinos que se originaram desse império.

      4, 5. (a) O que o chifre pequeno fez? (b) Qual é a identidade da sétima cabeça da fera?

      4 Quatro dos chifres, ou reinos, que surgiram na cabeça desse animal feroz recebem menção especial. Três são arrancados por outro chifre, “um pequeno”. Isso se cumpriu quando a Grã-Bretanha, um anterior posto avançado do Império Romano, ganhou destaque. Até o século 17, a Grã-Bretanha era uma potência relativamente insignificante. Três outras regiões do antigo Império Romano — Espanha, Países-Baixos e França — eram muito mais influentes. A Grã-Bretanha ‘arrancou’ essas potências uma por uma, removendo-as de suas posições de prestígio. Em meados do século 18, a Grã-Bretanha estava a caminho de se tornar a potência dominante no cenário mundial. Mas ainda não havia se tornado a sétima cabeça da fera.

      5 Embora a Grã-Bretanha ganhasse predomínio, colônias na América do Norte se separaram dela. Mesmo assim, permitiu-se que os Estados Unidos se tornassem poderosos, protegidos pela força naval britânica. Na época em que começou o dia do Senhor, em 1914, a Grã-Bretanha havia erigido o maior império na História e os Estados Unidos haviam se tornado a maior potência industrial da Terra.b Durante a Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos formaram uma parceria especial com a Grã-Bretanha. Surgiu então a sétima cabeça da fera, a saber, a Potência Mundial Anglo-Americana. Como essa cabeça tratou o descendente da mulher?

      6. Como a sétima cabeça tratou o povo de Deus?

      6 Pouco depois do início do dia do Senhor, a sétima cabeça lançou um ataque contra o povo de Deus — os remanescentes dos irmãos de Cristo na Terra. (Mat. 25:40) Jesus indicou que durante a sua presença, um restante do descendente estaria ativo na Terra. (Mat. 24:45-47; Gál. 3:26-29) A Potência Mundial Anglo-Americana travou guerra contra esses santos. (Rev. 13:3, 7) Durante a Primeira Guerra Mundial, ela oprimiu o povo de Deus, proibiu algumas de suas publicações e lançou na prisão representantes da classe do escravo fiel. A sétima cabeça da fera praticamente acabou com a obra de pregação durante certo período. Jeová previu esse acontecimento dramático e o revelou a João. Deus disse também a João que a parte secundária do descendente seria revitalizada para maior atividade espiritual. (Rev. 11:3, 7-11) A história dos servos de Jeová dos tempos modernos confirma esses acontecimentos.

      A POTÊNCIA MUNDIAL ANGLO-AMERICANA E OS PÉS DE FERRO E ARGILA

      7. Qual é a relação entre a sétima cabeça da fera e a enorme estátua?

      7 Qual é a relação entre a sétima cabeça da fera e a enorme estátua? A Grã-Bretanha — e, por extensão, os Estados Unidos — emergiu do Império Romano. Mas que dizer dos pés da estátua? Eles são descritos como uma mistura de ferro e argila. (Leia Daniel 2:41-43.) Essa descrição coincide com a época em que a sétima cabeça — a Potência Mundial Anglo-Americana — ganharia proeminência. Assim como uma estrutura de ferro misturado com argila é mais fraca do que ferro sólido, a Potência Mundial Anglo-Americana é mais fraca do que a potência da qual ela surgiu. Como?

      8, 9. (a) Como a sétima potência mundial manifestou força ou dureza comparável à do ferro? (b) O que a argila nos pés da estátua simboliza?

      8 Às vezes, a sétima cabeça da fera demonstrou características comparáveis a ferro. Por exemplo, ela provou seu poder por vencer a Primeira Guerra Mundial. Durante a Segunda Guerra Mundial, o poder comparável a ferro da sétima cabeça também era evidente.c Depois dessa guerra, a sétima cabeça às vezes ainda demonstrava características comparáveis a ferro. No entanto, desde cedo, esse ferro tem estado misturado com argila.

      9 Os servos de Jeová há muito procuram entender o significado simbólico dos pés da estátua. Daniel 2:41 descreve a mistura de ferro e argila como um só “reino”, não muitos. A argila, portanto, simboliza elementos dentro da esfera de influência da Potência Mundial Anglo-Americana, elementos que a tornam mais fraca do que o ferro sólido do Império Romano. A argila é chamada de “descendência da humanidade”, ou povo. (Dan. 2:43) Na Potência Mundial Anglo-Americana, pessoas têm se mobilizado para reivindicar seus direitos por meio de campanhas de direitos civis, sindicatos e movimentos de independência. O povo mina a capacidade da Potência Mundial Anglo-Americana de agir com força ou dureza comparável à do ferro. Também, ideologias contrárias e apertados resultados eleitorais que não produzem uma clara maioria têm enfraquecido a base do poder até mesmo de líderes populares, de modo que eles não têm plena autoridade para implementar seus programas de governo. Daniel predisse: “O reino mostrar-se-á parcialmente forte e mostrar-se-á parcialmente frágil.” — Dan. 2:42; 2 Tim. 3:1-3.

      10, 11. (a) Qual é o futuro dos “pés”? (b) O que podemos concluir a respeito do número de dedos dos pés?

      10 No século 21, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos têm continuado com sua parceria especial, não raro atuando juntos em assuntos mundiais. As profecias sobre a enorme estátua e a fera confirmam que a Potência Mundial Anglo-Americana não será substituída por alguma futura potência mundial. Essa última potência mundial pode ser mais fraca do que a simbolizada pelas pernas de ferro, mas ela não se desintegrará por si mesma.

      11 Será que o número de dedos dos pés da estátua tem significado especial? Considere: em outras visões, Daniel menciona números específicos — por exemplo, o número de chifres na cabeça de várias feras. Esses números são significativos. No entanto, ao descrever a estátua, Daniel não menciona o número de dedos dos pés. Por conseguinte, esse número não parece ser significativo, assim como não é significativo o número de braços, mãos, dedos da mão, pernas e pés da estátua. Daniel mencionou especificamente que os dedos dos pés seriam de ferro e argila. Dessa sua descrição podemos concluir que a Potência Mundial Anglo-Americana é a que estará dominando quando a “pedra”, que simboliza o Reino de Deus, golpear os pés da estátua. — Dan. 2:45.

      A POTÊNCIA ANGLO-AMERICANA E A FERA DE DOIS CHIFRES

      12, 13. O que a fera de dois chifres simboliza, e o que ela faz?

      12 Embora a Potência Mundial Anglo-Americana seja uma mistura de ferro e argila, as visões que Jesus deu a João mostram que essa potência continuaria a desempenhar um papel-chave durante os últimos dias. Como? João teve uma visão de uma fera de dois chifres que falava como dragão. O que essa estranha fera simboliza? Ela tem dois chifres, portanto, é uma potência dupla. João estava de novo observando a Potência Mundial Anglo-Americana, mas num papel especial. — Leia Revelação 13:11-15.

      13 Essa fera promove a criação de uma imagem da fera. João escreveu que a imagem da fera apareceria, desapareceria e, daí, ressurgiria. Foi exatamente isso o que aconteceu com uma organização promovida pela Grã-Bretanha e Estados Unidos, que visava unir e representar os reinos do mundo.d Essa organização surgiu depois da Primeira Guerra Mundial e era conhecida como Liga das Nações. Ela desapareceu com a eclosão da Segunda Guerra Mundial. Durante essa guerra, o povo de Deus declarou que, segundo a profecia em Revelação, a imagem da fera ressurgiria. E ressurgiu — como Nações Unidas. — Rev. 17:8.

      14. Em que sentido a imagem da fera é “um oitavo rei”?

      14 João descreveu a imagem da fera como “um oitavo rei”. Em que sentido? Ela não é retratada como oitava cabeça da fera original. É só uma imagem dessa fera. Qualquer poder que tenha vem de suas nações-membros, em especial de sua apoiadora principal, a Potência Mundial Anglo-Americana. (Rev. 17:10, 11) Mas ela de fato recebe autoridade para agir como rei na execução de uma tarefa específica, que desencadeia uma série de acontecimentos que mudarão a História.

      A IMAGEM DA FERA DEVORA A MERETRIZ

      15, 16. O que a meretriz simboliza, e o que tem acontecido com o apoio a ela?

      15 De acordo com João, uma meretriz simbólica está sentada numa fera cor de escarlate — a imagem da fera — e essa meretriz a domina. Ela tem o nome de “Babilônia, a Grande”. (Rev. 17:1-6) Essa meretriz simboliza muito bem todas as religiões falsas, em especial as da cristandade. As organizações religiosas têm abençoado a imagem da fera e tentado influenciá-la.

      16 No entanto, durante o dia do Senhor, Babilônia, a Grande, tem visto as águas, as pessoas que a apoiam, se secarem dramaticamente. (Rev. 16:12; 17:15) Por exemplo, quando a imagem da fera surgiu, as religiões da cristandade — parte influente de Babilônia, a Grande — dominavam o mundo ocidental. Hoje, as religiões e seus ministros perderam o respeito e o apoio das massas. De fato, muitas pessoas acreditam que a religião favorece o surgimento de conflitos ou os provoca. Um grupo de intelectuais ocidentais cada vez mais se manifesta e se mobiliza em favor do fim da influência da religião na sociedade.

      17. O que acontecerá em breve com a religião falsa, e por quê?

      17 A religião falsa, porém, não vai simplesmente desaparecer aos poucos. A meretriz continuará a ser uma força poderosa, tentando fazer reis se curvarem à sua vontade até que Deus plante uma ideia no coração das autoridades. (Leia Revelação 17:16, 17.) Em breve, Jeová fará com que os elementos políticos do sistema de Satanás, representados pelas Nações Unidas, ataquem a religião falsa. Eles eliminarão a influência dela e devastarão as suas riquezas. Esse acontecimento talvez parecesse improvável apenas algumas décadas atrás. Hoje, a meretriz se equilibra com dificuldade nas costas da fera cor de escarlate. Mesmo assim, ela não vai cair lentamente de onde está sentada. O seu tombo será súbito e violento. — Rev. 18:7, 8, 15-19.

      AS FERAS DEIXAM DE EXISTIR

      18. (a) O que a fera fará, e com que resultado? (b) Segundo Daniel 2:44, que reinos serão destruídos pelo Reino de Deus? (Veja o quadro na página 17).

      18 Depois da destruição da religião falsa, a fera, a estrutura política terrestre de Satanás, será incitada a um ataque contra o Reino de Deus. Sem poderem alcançar o céu, os reis da Terra darão vazão à sua fúria contra os que na Terra apoiam o Reino de Deus. O resultado será inevitável. (Rev. 16:13-16; 17:12-14) Daniel descreve um aspecto da batalha final. (Leia Daniel 2:44.) A fera, mencionada em Revelação 13:1, sua imagem e a fera de dois chifres serão destruídas.

      19. Que confiança podemos ter, e agora é tempo de fazer o quê?

      19 Estamos vivendo nos dias da sétima cabeça. Nenhuma outra cabeça aparecerá nessa fera antes de seu aniquilamento. A Potência Mundial Anglo-Americana será a potência mundial dominante quando a religião falsa for erradicada. As profecias de Daniel e de João têm se cumprido nos mínimos detalhes. Podemos confiar que a destruição da religião falsa e a batalha do Armagedom acontecerão em breve. Deus revelou esses detalhes com antecedência. Prestaremos atenção aos alertas proféticos? (2 Ped. 1:19) Agora é tempo de tomar o lado de Jeová e apoiar seu Reino. — Rev. 14:6, 7.

      [Nota(s) de rodapé]

      a Na Bíblia, o número dez muitas vezes simboliza um grupo completo — nesse caso, todos os reinos originários do Império Romano.

      b Embora os componentes da potência mundial dupla já existissem desde o século 18, João a descreve como vindo à existência no começo do dia do Senhor. De fato, o cumprimento das visões registradas em Revelação ocorre durante o “dia do Senhor”. (Rev. 1:10) Foi só a partir da Primeira Guerra Mundial que a sétima cabeça começou a operar como unida potência mundial.

      c Daniel previu a terrível destruição que esse rei causaria durante essa guerra, escrevendo: “Causará a ruína dum modo prodigioso [pavoroso].” (Dan. 8:24) Por exemplo, os Estados Unidos causaram terrível ruína em escala sem precedente ao lançar duas bombas atômicas sobre um inimigo da potência mundial dupla.

      d Veja Revelação — Seu Grandioso Clímax Está Próximo! páginas 240, 241, 253.

      [Quadro na página 17]

      DE QUEM SE COMPÕEM “TODOS ESTES REINOS”?

      A profecia de Daniel 2:44 diz que o Reino de Deus “esmiuçará e porá termo a todos estes reinos”. Essa profecia se refere apenas aos reinos retratados pelas várias partes da estátua.

      Que dizer de todos os outros governos humanos? A profecia paralela em Revelação mostra o quadro maior. Ela indica que os “reis de toda a terra habitada” serão ajuntados contra Jeová no “grande dia de Deus, o Todo-poderoso”. (Rev. 16:14; 19:19-21) Assim, não apenas os reinos retratados na estátua, mas também todos os outros governos humanos serão destruídos no Armagedom.

  • Revelados oito reis
    A Sentinela — 2012 | 15 de junho
    • Revelados oito reis

      Em conjunto, os livros bíblicos de Daniel e Revelação não apenas identificam oito reis, ou governos humanos, mas mostram também a sequência do surgimento desses governos. Podemos decifrar essas profecias se entendermos a primeira profecia registrada na Bíblia.

      Por toda a História, Satanás tem organizado seu descendente em forma de vários movimentos políticos, ou reinos. (Luc. 4:5, 6) Contudo, apenas relativamente poucos reinos humanos têm exercido influência marcante sobre o povo de Deus, seja sobre a nação de Israel, seja sobre a congregação de cristãos ungidos. As visões de Daniel e de João descrevem apenas oito dessas grandes potências.

      [Tabela/Foto nas páginas 12, 13]

      (Para o texto formatado, veja a publicação)

      PROFECIAS PROFECIAS EM

      EM DANIEL REVELAÇÃO

      1. Egito

      2. Assíria

      3. Babilônia

      4. Medo-

      Pérsia

      5. Grécia

      6. Roma

      7. Grã-Bretanha

      e EUAa

      8. Liga das Nações e

      Nações Unidasb

      POVO DE DEUS

      2000 AEC

      Abraão

      1500

      Nação de Israel

      1000

      Daniel 500

      AEC/EC

      João

      Israel de Deus 500

      1000

      1500

      2000 EC

      [Nota(s) de rodapé]

      a Durante o tempo do fim, ambos os reis existem. Veja página 19.

      b Durante o tempo do fim, ambos os reis existem. Veja página 19.

      [Fotos]

      A enorme estátua (Dan. 2:31-45)

      Quatro feras que saem do mar (Dan. 7:3-8, 17, 25)

      O carneiro e o bode (Dan., cap. 8)

      A fera de sete cabeças (Rev. 13:1-10, 16-18)

      A fera de dois chifres promove a criação de uma imagem da fera (Rev. 13:11-15)

      [Créditos]

      Créditos das fotos: Egito e Roma: foto tirada por cortesia do British Museum; Medo-Pérsia: Musée du Louvre, Paris

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