Está a prestar atenção aos avisos?

1. O que é que vai acontecer em breve?

VIVEMOS em tempos emocionantes! Em breve, vão acontecer grandes mudanças. Jesus vai julgar cada pessoa na Terra. Ele próprio descreveu o período que levaria a esse julgamento quando deu aos discípulos um “sinal” profético da sua presença invisível e “do final do sistema de coisas”. (Mat. 24:3) Esse sinal profético está registado em Mateus, capítulos 24 e 25, e nos relatos paralelos de Marcos, capítulo 13 e de Lucas, capítulo 21.

2. O que é que vamos ver neste artigo, e porque é que isso nos vai ajudar?

² Jesus deu avisos muito úteis por meio de três parábolas: a parábola das ovelhas e dos cabritos, a parábola das virgens prudentes e das virgens tolas e a parábola dos talentos. Cada uma delas vai ajudar-nos a entender como é que o comportamento de uma pessoa afeta a maneira como ela vai ser julgada. Neste artigo, vamos relembrá-las e ver que lições podemos aprender. Primeiro, vamos analisar a parábola das ovelhas e dos cabritos.

AS OVELHAS E OS CABRITOS

3. Quando é que Jesus vai julgar as pessoas?

³ Na parábola das ovelhas e dos cabritos Jesus disse que, quando julgar as pessoas, vai levar em conta se elas reagiram bem às boas novas e se apoiaram os seus irmãos ungidos ou não. (Mat. 25:31-46) Jesus vai julgar as ovelhas e os cabritos durante a “grande tribulação”, um pouco antes do Armagedon. (Mat. 24:21) Assim como um pastor separa as ovelhas dos cabritos, Jesus vai separar os que apoiam os seus irmãos ungidos dos que não os apoiam.

4. De acordo com Isaías 11:3, 4, porque é que podemos ter a certeza de que Jesus vai julgar as pessoas com justiça? (Veja também a imagem.)

⁴ Jeová designou Jesus como juiz, e as profecias da Bíblia garantem que ele vai julgar com justiça. (Leia Isaías 11:3, 4.) Jesus observa aquilo que cada pessoa faz, pensa e diz – incluindo a forma como ela trata os seus irmãos ungidos. (Mat. 12:36, 37; 25:40) Por isso, ele sabe quem é que realmente apoiou os seus irmãos ungidos e o trabalho que eles realizaram.a Uma das maneiras mais importantes de alguém mostrar que apoia os irmãos de Cristo é por participar na obra de pregação. Aqueles que apoiam os irmãos de Cristo desta maneira serão julgados como “justos” e terão a perspetiva de “vida eterna” na Terra. (Mat. 25:46; Apo. 7:16, 17) Que recompensa maravilhosa para aqueles que mantiverem a sua integridade! Por continuarem fiéis durante e após a grande tribulação, o nome deles permanecerá escrito “no livro da vida”. — Apo. 20:15.

5. Que lição aprendemos com a parábola das ovelhas e dos cabritos, e quem é que deve prestar atenção a essa lição?

⁵ Mostre que é fiel e leal. A parábola das ovelhas e dos cabritos aplica-se, principalmente, àqueles que têm a esperança de viver na Terra. Estes mostram a sua fé por apoiarem os irmãos de Cristo na pregação e por serem leais ao pequeno grupo de ungidos que Jesus designou como escravo fiel e prudente. (Mat. 24:45) Mas aqueles que têm a esperança de viver no céu também precisam de prestar atenção ao aviso que encontramos nesta parábola. Porquê? Porque Jesus também preta muita atenção àquilo que eles fazem, pensam e dizem. Eles também têm de mostrar que são fiéis. É por isso que Jesus contou outras duas parábolas que contêm avisos específicos para os ungidos. Encontramos essas parábolas em Mateus, capítulo 25. Vamos ver agora a parábola das virgens prudentes e das virgens tolas.

AS VIRGENS PRUDENTES E AS VIRGENS TOLAS

6. Como é que cinco virgens mostraram que eram prudentes? (Mateus 25:6-10)

⁶ Na parábola das virgens, Jesus falou sobre dez virgens que saíram ao encontro de um noivo. (Mat. 25:1-4) Todas elas queriam acompanhar o noivo até à festa de casamento. Jesus disse que cinco eram “prudentes” e as outras cinco eram “tolas”. As virgens prudentes estavam preparadas e vigilantes. Elas estavam dispostas a esperar pelo noivo o tempo que fosse necessário, mesmo que ele chegasse muito tarde. Elas levaram lâmpadas para que não ficassem às escuras, e até levaram óleo extra, caso o noivo se atrasasse. Assim, elas sabiam que as suas lâmpadas não se iam apagar. (Leia Mateus 25:6-10.) Quando o noivo chegou, as virgens prudentes foram com ele para a festa de casamento. Da mesma maneira, os cristãos ungidos que estiverem prontos e continuarem alertas e fiéis até à chegada de Cristo receberão a sua recompensa e vão juntar-se ao noivo, Jesus, no seu Reino nos céus. (Apo. 7:1-3) Mas o que é que aconteceu às cinco virgens tolas?

7. O que é que aconteceu às cinco virgens tolas, e porquê?

⁷ Ao contrário das virgens prudentes, as cinco virgens tolas não estavam prontas quando o noivo chegou. As lâmpadas delas estavam quase a apagar-se, e elas não tinham levado óleo extra. Quando souberam que o noivo iria chegar em breve, tiveram de sair para comprar mais óleo. E quando o noivo chegou, ainda não tinham voltado. É por isso que só “as virgens que estavam prontas entraram com ele para a festa de casamento, e a porta foi fechada”. (Mat. 25:10) Mais tarde, quando as virgens tolas voltaram e tentaram entrar na festa, o noivo disse-lhes: “Não vos conheço.” (Mat. 25:11, 12) Aquelas virgens não estavam preparadas para esperar pelo noivo o tempo que fosse necessário. O que é que os ungidos podem aprender com esta parábola?

8-9. Que lição é que os ungidos podem aprender com a parábola das virgens? (Veja também a imagem.)

⁸ Mostre que está preparado e vigilante. Jesus não estava a dizer que iam existir duas classes de ungidos – uma que ia estar preparada para esperar até ao fim do sistema de coisas e outra que não. Em vez disso, ele estava apenas a explicar o que é que ia acontecer aos ungidos se eles não estivessem preparados para perseverar fielmente até ao fim. Nesse caso, eles não receberiam a sua recompensa. (João 14:3, 4) É um assunto muito sério! Não importa se temos a esperança de viver no céu ou na Terra, todos devemos prestar muita atenção ao aviso da parábola das virgens. Cada um de nós tem de estar preparado e vigilante, pronto para perseverar até ao fim. — Mat. 24:13.

⁹ Depois de usar a parábola das virgens para mostrar que é muito importante estarmos preparados e vigilantes, Jesus contou a parábola dos talentos. Essa parábola mostra que também é importante sermos zelosos e diligentes.

OS TALENTOS

10. Como é que dois dos escravos mostraram que eram fiéis? (Mateus 25:19-23)

¹⁰ Na parábola dos talentos, Jesus falou de dois escravos que foram fiéis ao seu senhor e de um escravo que não foi fiel. (Mat. 25:14-18) Os dois escravos mostraram que eram fiéis porque trabalharam muito e esforçaram-se para aumentar as riquezas do seu senhor. Antes de fazer uma viagem, esse homem deu alguns talentos aos seus escravos – ou seja, uma grande quantidade de dinheiro. Os dois escravos fiéis usaram o dinheiro com sabedoria. Qual foi o resultado? Quando o senhor voltou, eles tinham o dobro do dinheiro que receberam. O senhor elogiou-os e eles entraram na ‘alegria do seu senhor’. (Leia Mateus 25:19-23.) Mas o que é que aconteceu ao terceiro escravo? O que é que ele fez ao dinheiro que o seu senhor lhe deu?

11. O que é que aconteceu ao escravo “preguiçoso”, e porquê?

¹¹ O terceiro escravo recebeu um talento, mas foi “preguiçoso”. O seu senhor queria que ele tivesse usado aquele talento com sabedoria. Mas em vez disso, ele escondeu o talento no chão. Quando o senhor voltou, o escravo tinha apenas o talento que tinha recebido para lhe entregar. Em vez de pedir desculpa por nem sequer ter tentado aumentar a riqueza do seu senhor, ele teve uma má atitude, e ainda disse, injustamente, que o seu senhor era um “homem exigente”. O que ele fez não agradou ao seu senhor. Por isso, o talento que ele tinha recebido foi-lhe tirado, e ele foi expulso daquela casa. — Mat. 25:24, 26-30.

12. Quem é que os dois escravos fiéis representam atualmente?

¹² Os dois escravos fiéis representam os cristãos ungidos fiéis. O senhor Jesus convida-os para ‘participarem da alegria do seu senhor’. Ou seja, eles recebem a sua recompensa nos céus, a primeira ressurreição. (Mat. 25:21, 23; Apo. 20:5b) Por outro lado, o mau exemplo do escravo preguiçoso deixa um aviso para os ungidos. Como assim?

13-14. Que lição é que os ungidos aprendem com a parábola dos talentos? (Veja também a imagem.)

¹³ Mostre que é zeloso e diligente. Tanto na parábola dos talentos, como na parábola das virgens, Jesus não estava a profetizar que alguns ungidos seriam preguiçosos. Em vez disso, ele estava a explicar o que aconteceria no caso de eles deixarem de ser diligentes: eles deixariam de ‘se assegurar da sua chamada e escolha’ e não seriam aprovados para entrar no Reino dos céus. — 2 Ped. 1:10.

¹⁴ As parábolas de Jesus sobre as virgens e sobre os talentos deixam bem claro que todos os cristãos ungidos precisam de estar preparados e vigilantes. Além disso, também têm de ser zelosos e diligentes. Mas será que Jesus deu mais algum aviso aos ungidos? Sim! O que Jesus disse em Mateus 24:40, 41 também está relacionado com a aprovação final dos ungidos.

QUEM É QUE SERÁ “LEVADO”?

15-16. Como é que Mateus 24:40, 41 ajuda os ungidos a verem a importância de se manterem atentos?

¹⁵ Antes de contar as três parábolas, Jesus disse como é que se identificariam os ungidos que iriam receber a aprovação final. Ele falou de dois homens que estavam a trabalhar no campo e de duas mulheres que estavam a moer num moinho manual. Em ambos os casos, parecia que ambos estavam a fazer o mesmo trabalho, mas Jesus disse que ‘um seria levado e o outro seria abandonado’. (Leia Mateus 24:40, 41.) Depois, Jesus disse aos seus discípulos: “Mantenham-se vigilantes, porque não sabem em que dia virá o vosso Senhor.” (Mat. 24:42) Quando Jesus contou a parábola das virgens, ele disse algo parecido. (Mat. 25:13) Parece que o que ele disse nessas duas ocasiões estava relacionado. Apenas aqueles que fossem realmente ungidos e que se mantivessem fiéis seriam “levados”, ou seja, seriam recebidos por Jesus no Reino dos céus. — João 14:3.

¹⁶ Mostre que está atento. Qualquer ungido que não estiver atento, ou espiritualmente alerta, não irá reunir-se com os “escolhidos”. (Mat. 24:31) Mas, na verdade, todos os que servem a Jeová, não importa a sua esperança, devem encarar as palavras de Jesus como um aviso para se manterem atentos e leais.

17. Porque é que não devemos ficar preocupados se Jeová decidir ungir alguns cristãos nos nossos dias?

¹⁷ Nós já conhecemos Jeová muito bem, e sabemos que ele é sempre justo. Não ficamos preocupados se Jeová decidiu ungir alguns cristãos fiéis nos nossos dias.b Nós lembramo-nos da ilustração que Jesus fez sobre os homens que começaram a trabalhar no vinhedo na décima primeira hora. (Mat. 20:1-16) Os que foram contratados para trabalhar no vinhedo ao final do dia receberam o mesmo salário que aqueles que começaram a trabalhar no início do dia. Da mesma forma, não importa quando é que os ungidos são escolhidos, se eles continuarem fiéis, vão receber a recompensa de vida celestial.

PRESTE ATENÇÃO AOS AVISOS

18-19. Que lições aprendemos das parábolas que estudámos?

¹⁸ O que é que vimos neste artigo? Para aqueles que têm a esperança de viver para sempre na Terra, a parábola das ovelhas e dos cabritos mostra a importância de continuarem fiéis e leais a Jeová – não só agora, mas também durante a grande tribulação que está tão perto. No futuro, Jesus vai julgar aqueles que se mantiverem fiéis como merecedores da “vida eterna”. — Mat. 25:46.

¹⁹ Nós também estudámos duas parábolas de Jesus que contêm avisos para os ungidos. Na parábola das virgens prudentes e das virgens tolas, cinco foram sábias. Elas estavam preparadas e vigilantes, dispostas a esperar pelo noivo o tempo que fosse necessário. Mas as virgens tolas não estavam preparadas. Por causa disso, o noivo não as deixou entrar na festa de casamento. Nós também temos de estar preparados e esperar o tempo que for necessário até que Jesus traga o fim deste sistema. Além disso, na parábola dos talentos, vimos que os dois escravos fiéis eram zelosos e diligentes. Eles esforçaram-se para agradar ao seu senhor e, por isso, receberam a aprovação dele. Mas o escravo preguiçoso foi rejeitado. O que é que aprendemos? Temos de nos manter ocupados no serviço de Jeová até ao fim. Por último, vimos que os ungidos têm de permanecer atentos para serem “levados” por Jesus e receberem a recompensa celestial. Os ungidos estão ansiosos para ‘se reunirem’ com Jesus no céu. Depois da guerra do Armagedon, eles serão a noiva de Jesus no casamento do Cordeiro. — 2 Tes. 2:1; Apo. 19:9.

20. O que é que Jeová vai fazer por aqueles que estiverem atentos aos seus avisos?

²⁰ Falta pouco tempo para Jesus julgar as pessoas, mas não precisamos de ter medo. Se permanecermos fiéis, o nosso amoroso Pai celestial vai dar-nos “o poder além do normal” para conseguirmos “ficar de pé diante do Filho do Homem”. (2 Cor. 4:7; Luc. 21:36) Não importa se a nossa esperança é celestial ou terrestre, se prestarmos atenção aos avisos que encontramos nas parábolas de Jesus, vamos agradar ao nosso Pai, Jeová. Graças à sua bondade imerecida, os nossos nomes estarão ‘inscritos no livro’ da vida. — Dan. 12:1; Apo. 3:5.