Referências para o Manual de Atividades da Reunião Vida e Ministério
© 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
3 A 9 DE NOVEMBRO
TESOUROS DA PALAVRA DE DEUS CÂNTICO DE SALOMÃO 1-2
A história de um amor verdadeiro
w15 15/1 30 §§ 9-10
O amor verdadeiro é possível?
9 O casamento não é um simples contrato ou acordo formal sem amor ou afeto. Na verdade, o amor é a principal característica de um casamento cristão. Mas que tipo de amor é esse? Será que é o amor guiado por princípios bíblicos? (1 João 4:8) Envolve afeição natural — o tipo de amor que existe na família? Refere-se ao afeto sincero entre verdadeiros amigos? (João 11:3) Ou é o amor romântico? (Pro. 5:15-20) Na realidade, o verdadeiro amor entre marido e esposa inclui tudo isso. Para que a outra pessoa se sinta amada, o amor precisa ser demonstrado. Sem dúvida, os casais não podem permitir que a rotina do dia a dia os impeça de trocar expressões de afeto. Essas expressões contribuem bastante para a segurança e a felicidade no casamento. Em culturas em que os casamentos costumam ser arranjados, alguns noivos mal se conhecem antes do casamento. Eles precisam expressar seu amor em palavras, pois isso ajuda o amor a crescer e o casamento a dar certo.
10 As expressões de afeto no casamento têm ainda outro efeito positivo. O Rei Salomão tentou conquistar a sulamita por lhe oferecer “argolinhas de ouro, junto com botõezinhos de prata”. Ele também a cobriu de elogios, dizendo que ela era tão “bela como a lua cheia”, tão “pura como o sol brilhante”. (Cân. 1:9-11; 6:10) Mas a moça continuou fiel ao seu amado pastor. O que lhe deu forças e consolo durante o tempo em que os dois ficaram longe um do outro? Ela nos conta. (Leia O Cântico de Salomão 1:2, 3.) Foi a lembrança das “expressões de afeto” do pastor. Para ela, essas expressões eram “melhores do que o vinho” que alegra o coração, e o nome dele lhe dava uma sensação tão boa “como um óleo [perfumado]” sobre a cabeça. (Sal. 23:5; 104:15) Realmente, o amor entre duas pessoas fica mais forte quando elas têm boas recordações de palavras de amor. Por isso, é muito importante que marido e esposa expressem seu afeto um pelo outro.
Pérolas espirituais
w15 15/1 31 § 11
O amor verdadeiro é possível?
11 O Cântico de Salomão também contém lições para os cristãos solteiros, em especial os que querem se casar. A sulamita não estava nem um pouco apaixonada por Salomão. Ela colocou as moças de Jerusalém sob juramento e disse: “Não tenteis despertar nem incitar em mim amor, até que este esteja disposto.” (Cân. 2:7; 3:5) Por quê? Porque simplesmente não é apropriado iniciar um relacionamento romântico com qualquer um que apareça em seu caminho. Assim, um cristão que tem o desejo de se casar faz bem em esperar com paciência por alguém que possa amar de verdade.
10 A 16 DE NOVEMBRO
TESOUROS DA PALAVRA DE DEUS CÂNTICO DE SALOMÃO 3-5
A importância da beleza interior
w15 15/1 30 § 8
O amor verdadeiro é possível?
8 Nem todas as expressões de afeto contidas nesse cântico se referem à beleza física. Veja o que o pastor diz sobre o jeito de falar bondoso da sulamita. (Leia O Cântico de Salomão 4:7, 11.) Seus lábios são descritos como “gotejando mel de favo”. Por quê? Porque o mel de favo é mais doce e mais saboroso do que o mel que foi exposto ao ar. “Mel e leite estão debaixo da [sua] língua”, continua ele, indicando que as palavras dela são agradáveis. Quando o pastor diz: “Tu és inteiramente bela, . . . não há defeito em ti”, ele não está se referindo apenas à beleza física dela.
w00 1/11 11 § 17
O conceito divino da pureza moral
17 Uma terceira pessoa que manteve a integridade foi uma moça sulamita. Jovem e bela, atraiu a afeição não só dum jovem pastor, mas também do rico rei de Israel, Salomão. Em toda a bela história contada no Cântico de Salomão, a sulamita continuou casta, granjeando assim o respeito dos em sua volta. Salomão, embora rejeitado por ela, foi inspirado a registrar a sua história. O pastor a quem ela amava também respeitava a sua conduta casta. Num certo momento pensou refletidamente que a sulamita era como “um jardim trancado”. (Cântico de Salomão 4:12) No antigo Israel, os belos jardins continham uma agradável variedade de verduras, flores fragrantes e árvores majestosas. Esses jardins costumavam estar cercados por uma sebe ou por um muro, e só era possível entrar neles através dum portão fechado. (Isaías 5:5) Para o pastor, a pureza moral e o encanto da sulamita eram como tal jardim de rara beleza. Ela era inteiramente casta. As ternas afeições dela só estariam disponíveis ao futuro marido.
g04 22/12 9 §§ 2-5
A beleza mais importante
Será que a beleza interior atrai as pessoas? Georgina, casada há quase dez anos, diz: “Nesses anos, sempre me senti atraída a meu marido por causa de sua honestidade e sinceridade para comigo. A coisa mais importante em sua vida é agradar a Deus. Isso contribui para que seja atencioso e amável. Ele sempre me leva em conta ao tomar decisões e faz com que eu me sinta apreciada. Sei que ele me ama de verdade.”
Daniel, que se casou em 1987, diz: “Minha esposa é linda para mim. Não é apenas sua aparência física que me atrai, mas sua personalidade faz com que a ame ainda mais. Ela sempre pensa nos outros e se interessa em fazer com que se sintam bem. Tem valiosas qualidades cristãs e, por isso, estar casado com ela é um prazer para mim.”
Nesse mundo superficial, precisamos olhar mais a fundo. Precisamos entender que conseguir a aparência “ideal” é difícil — se não impossível — e de valor muito limitado. É possível, porém, desenvolver qualidades desejáveis que nos dão a verdadeira beleza interior. A Bíblia diz: “O encanto talvez seja falso e a lindeza talvez seja vã; mas a mulher que teme a Jeová é a que procura louvor para si.” Em contraste com isso, as Escrituras advertem: “Como uma argola de ouro, para as narinas, no focinho dum porco, assim é a mulher que é bonita, mas que se desvia da sensatez.” — Provérbios 11:22; 31:30.
A Palavra de Deus ajuda-nos a valorizar “a pessoa secreta do coração, na vestimenta incorruptível dum espírito quieto e brando, que é de grande valor aos olhos de Deus”. (1 Pedro 3:4) Sem dúvida, a beleza interior é muito mais importante que a beleza física. E está ao alcance de todos.
Pérolas espirituais
w06 15/11 18 § 4
Destaques do Cântico de Salomão
2:7; 3:5— Por que as damas da corte foram colocadas sob juramento “pelas fêmeas das gazelas ou pelas corças do campo”? As gazelas e as corças são famosas por sua graciosidade e beleza. Assim, a jovem sulamita, em nome de tudo o que é gracioso e belo, obrigou as damas da corte a não tentarem despertar nela o amor indesejado.
17 A 23 DE NOVEMBRO
TESOUROS DA PALAVRA DE DEUS CÂNTICO DE SALOMÃO 6-8
Seja uma muralha, não uma porta
it “Cântico de Salomão, O” § 11
Cântico de Salomão, O
Evidentemente, Salomão permitiu então que a sulamita voltasse para casa. Vendo-a chegar, os irmãos dela perguntaram: “Quem é esta mulher subindo do ermo, encostando-se no seu querido?” (Cân 8:5a) Os irmãos da sulamita não se haviam dado conta de que sua irmã tinha tal constância no amor. Em anos anteriores, um irmão dissera a respeito dela: “Temos uma pequena irmã que não tem peitos. Que faremos por nossa irmã no dia em que for pedida?” (8:8) Outro irmão respondeu: “Se ela for uma muralha, construiremos sobre ela um parapeito de prata; mas se ela for uma porta, nós a bloquearemos com uma tábua de cedro.” (8:9) No entanto, visto que a sulamita havia resistido com bom êxito a todos os induzimentos, satisfazendo-se com o seu próprio vinhedo e permanecendo leal no seu afeto ao seu amado (8:6, 7, 11, 12), ela podia dizer corretamente: “Sou uma muralha, e meus peitos são como torres. Neste caso me tornei aos seus olhos como aquela que acha paz.” — 8:10.
yp 188 § 2
Que dizer do sexo antes do casamento?
Permanecer casto, contudo, faz mais do que ajudar um jovem a evitar conseqüências funestas. A Bíblia menciona uma jovem virgem que permaneceu casta, apesar do intenso amor que sentia por seu namorado. Em resultado, ela podia orgulhosamente dizer: “Sou uma muralha, e meus peitos são como torres.” Ela não era nenhuma ‘porta de vaivém’ que facilmente ‘se abria’ sob a pressão da imoralidade. Moralmente, ela permanecia sendo uma muralha, impossível de escalar, de uma fortaleza dotada de torres inacessíveis! Merecia ser chamada de “a pura”, e podia dizer a respeito de seu prospectivo marido: “[Eu] me tornei aos seus olhos como aquela que acha paz.” Sua própria paz mental contribuía para o contentamento entre os dois. — O Cântico de Salomão 6:9, 10; 8:9, 10.
Exemplo a seguir – A sulamita
A jovem sulamita sabia que era necessário pensar com clareza sobre os assuntos do coração. Ela disse às suas amigas: “Ponho-vos sob juramento [...]: não tentem despertar nem suscitar em mim amor até que este o queira.” A sulamita sabia que os sentimentos podiam facilmente superar a razão. Ela reconhecia, por exemplo, que os outros poderiam pressioná-la a ceder às propostas românticas de alguém que não fosse a pessoa certa para ela. Até os seus próprios sentimentos poderiam prejudicar o seu bom senso. Portanto, a sulamita permaneceu como “uma muralha”. — Cântico de Salomão 8:4, 10.
Será que o teu ponto de vista sobre o amor é tão maduro como o da sulamita? Consegues escutar a tua mente em vez de apenas o teu coração? (Provérbios 2:10, 11) Às vezes, os outros podem tentar pressionar-te a namorar antes de estares preparado para isso. Ou até poderias ser pressionado pelos teus próprios desejos. Por exemplo, quando vês uma rapariga e um rapaz a caminharem de mãos dadas, ficas ansioso para também teres uma pessoa ao teu lado? Aceitarias alguém que não é da tua religião? A jovem sulamita era madura na forma como lidava com os assuntos do coração. Tu também podes ser!
Pérolas espirituais
w15 15/1 29 § 3
O amor verdadeiro é possível?
3 Leia O Cântico de Salomão 8:6. A expressão “a chama de Jah”, usada para descrever o amor, tem muito significado. O amor verdadeiro é “a chama de Jah” no sentido de que Jeová é o Originador desse tipo de amor. Ele criou o homem à sua imagem, com a capacidade de amar. (Gên. 1:26, 27) No momento em que Deus apresentou a primeira mulher, Eva, ao primeiro homem, Adão, o que Adão disse foi bem poético. Eva com certeza sentia uma ligação especial com Adão, de quem ‘havia sido tomada’. (Gên. 2:21-23) Visto que Jeová deu aos humanos a capacidade de mostrar amor, é realmente possível que um homem e uma mulher tenham amor constante e duradouro um pelo outro.
24 A 30 DE NOVEMBRO
TESOUROS DA PALAVRA DE DEUS ISAÍAS 1-2
Esperança para os que estão ‘carregados de erro’
ip-1 14 § 8
Um pai e seus filhos rebeldes
8 Isaías continua sua mensagem com palavras fortes à nação de Judá: “Ai da nação pecadora, povo carregado de erro, descendência malfeitora, filhos ruinosos! Abandonaram a Jeová, trataram o Santo de Israel com desrespeito, deram para trás.” (Isaías 1:4) Ações perversas podem acumular-se até se tornarem um peso esmagador. Nos dias de Abraão, Jeová classificou os pecados de Sodoma e Gomorra de ‘muito graves’. (Gênesis 18:20) Algo similar era evidente em Judá, pois Isaías diz que o povo estava “carregado de erro”. Além disso, ele o chama de “descendência malfeitora, filhos ruinosos”. Sim, os judeus eram como filhos delinquentes. Eles “deram para trás”, ou, como diz a New Revised Standard Version, “afastaram-se totalmente” de seu Pai.
ip-1 28-29 §§ 15-17
“Resolvamos as questões”
15 A seguir, Jeová usa um tom ainda mais caloroso e compassivo. “‘Vinde, pois, e resolvamos as questões entre nós’, diz Jeová. ‘Embora os vossos pecados se mostrem como escarlate, serão tornados brancos como a neve; embora sejam vermelhos como pano carmesim, tornar-se-ão como a lã.’” (Isaías 1:18) O convite que abre esse belo versículo muitas vezes é mal entendido. Por exemplo, a Bíblia Vozes diz: “Vinde, debatamos”, — como se as duas partes talvez tivessem de fazer concessões para chegarem a um acordo. Não é assim! Jeová não tinha culpa nenhuma, muito menos nos seus tratos com aquele povo rebelde e hipócrita. (Deuteronômio 32:4, 5) O versículo não fala de uma troca de concessões entre iguais, mas sim de um fórum para fazer justiça. É como se Jeová desafiasse Israel a um julgamento num tribunal.
16 Essa pode parecer uma ideia assustadora, mas Jeová é o mais misericordioso e compassivo Juiz que existe. A sua capacidade de perdoar não tem igual. (Salmo 86:5) Somente ele pode purgar os pecados “como escarlate” de Israel e deixá-los “brancos como a neve”. Nenhum esforço humano, nenhuma combinação de obras, de sacrifícios ou de orações podem remover a mancha do pecado. Apenas o perdão de Jeová pode lavar o pecado. Deus concede tal perdão sob termos que ele estabelece, que inclui arrependimento genuíno, de coração.
17 Essa verdade é tão importante que Jeová a repete numa variação poética — pecados de cor “carmesim” se tornarão como lã branca, nova, não tingida. Jeová quer que saibamos que ele é realmente o Perdoador de pecados, até mesmo de pecados gravíssimos, contanto que nos considere genuinamente arrependidos. Quem acha difícil crer que isso seja assim no seu caso, fará bem em considerar exemplos como o de Manassés. Ele pecou terrivelmente — por anos. No entanto, arrependeu-se e foi perdoado. (2 Crônicas 33:9-16) Jeová deseja que todos nós, incluindo quem cometeu pecados graves, saibamos que ainda não é tarde demais para ‘resolver as questões’ com ele.
Pérolas espirituais
ip-1 39 § 9
A casa de Jeová se eleva
9 Hoje, naturalmente, o povo de Deus não se reúne num monte literal com um templo de pedra. O templo de Jeová em Jerusalém foi destruído pelos exércitos romanos em 70 EC. Além disso, o apóstolo Paulo deixou claro que o templo em Jerusalém e o tabernáculo que o precedeu eram simbólicos. Eles simbolizavam uma realidade espiritual maior, a “verdadeira tenda, que Jeová erigiu, e não algum homem”. (Hebreus 8:2) Essa tenda espiritual é o arranjo para se aproximar de Jeová em adoração, baseado no sacrifício de resgate de Jesus Cristo. (Hebreus 9:2-10, 23) Em harmonia com isso, “o monte da casa de Jeová”, mencionado em Isaías 2:2, simboliza a enaltecida adoração pura de Jeová em nossos tempos. Os que abraçam a adoração pura não se reúnem numa determinada localização geográfica; eles se reúnem numa adoração unida.
1 A 7 DE DEZEMBRO
TESOUROS DA PALAVRA DE DEUS ISAÍAS 3-5
Jeová merecia e esperava que o seu povo fosse obediente
ip-1 73-74 §§ 3-5
Ai do vinhedo infiel!
3 Quer Isaías tenha literalmente cantado essa parábola a seus ouvintes, quer não, ela certamente captou a atenção deles. A maioria provavelmente conhecia o serviço de plantar um vinhedo, e a descrição de Isaías é vívida e realística. Como os atuais viticultores, o dono do vinhedo não plantou sementes de uva, mas sim uma “seleta”, ou primorosa, ‘videira de casta tinta’ — uma muda, ou broto, de outra videira. Apropriadamente, ele plantou esse vinhedo “numa ladeira fértil”, um lugar em que o vinhedo vicejaria.
4 É trabalhoso fazer um vinhedo produzir. Isaías diz que o dono ‘arroteou o terreno e o livrou de pedras’ — um serviço tedioso e cansativo! Provavelmente ele usou as pedras maiores para “construir uma torre”. Nos tempos antigos tais torres serviam de postos para vigias que guardavam as plantações contra ladrões e animais. Ele construiu também um muro de retenção, de pedras, para os terraços do vinhedo. (Isaías 5:5) Fazia-se isso em geral para evitar a erosão da vital camada de solo produtivo.
5 Tendo trabalhado tão arduamente para proteger seu vinhedo, o dono tinha todo o direito de esperar que ele produzisse frutos. Prevendo isso, ele escavou um lagar. Mas houve mesmo a esperada colheita? Não, o vinhedo produziu uvas bravas.
ip-1 76 §§ 8-9
Ai do vinhedo infiel!
8 Isaías chama Jeová, o dono do vinhedo, de “meu amado”. (Isaías 5:1) Isaías podia referir-se a Deus com tal intimidade apenas porque tinha uma estreita relação com Ele. (Note Jó 29:4; Salmo 25:14.) Contudo, o amor do profeta por Deus não era nada em comparação com o amor que Deus havia demonstrado pelo seu “vinhedo” — a nação que ele ‘plantou’. — Note Êxodo 15:17; Salmo 80:8, 9.
9 Jeová “plantou” a sua nação na terra de Canaã e forneceu-lhe leis e regulamentos que serviram como muro de proteção contra a corrupção por parte de outras nações. (Êxodo 19:5, 6; Salmo 147:19, 20; Efésios 2:14) Ademais, Jeová cuidou de que a nação tivesse juízes, sacerdotes e profetas para instruí-la. (2 Reis 17:13; Malaquias 2:7; Atos 13:20) Quando Israel sofria ameaças de agressão militar, Jeová providenciava quem os livrasse. (Hebreus 11:32, 33) Com razão, Jeová perguntou: “Que se pode ainda fazer por meu vinhedo que eu já não tenha feito nele?”
w06 15/6 18 § 1
“Toma conta desta videira”!
Isaías comparou “a casa de Israel” a um vinhedo que gradativamente passou a produzir “uvas bravas”, ou “frutinhas fétidas (podres)”. (Isaías 5:2, 7; nota) Uvas bravas são bem menores que as cultivadas, sua polpa é bem escassa e as sementes ocupam quase toda a fruta. Não servem para fazer vinho nem para comer — um símbolo apropriado da nação apóstata cujos frutos eram a violação da lei em vez de a justiça. A culpa por esses frutos imprestáveis não cabia ao Cultivador da videira. Jeová fizera tudo o que pôde para que a nação fosse frutífera. “Que se pode ainda fazer por meu vinhedo que eu já não tenha feito nele?”, perguntou. — Isaías 5:4.
w06 15/6 18 § 2
“Toma conta desta videira”!
Visto que a videira de Israel havia se tornado improdutiva, Jeová advertiu seu povo de que derrubaria o muro protetor que havia construído em volta deles. Ele não mais podaria sua videira simbólica nem capinaria o terreno. As essenciais chuvas de primavera não ocorreriam e o vinhedo seria tomado por espinheiros e ervas daninhas. — Isaías 5:5, 6.
Pérolas espirituais
ip-1 80 §§ 18-19
Ai do vinhedo infiel!
18 No Israel antigo, o derradeiro dono de todas as terras era Jeová. Toda família tinha uma herança recebida de Deus, que podia alugar ou arrendar, mas jamais vender “em perpetuidade”. (Levítico 25:23) Essa lei coibia abusos, como monopólios imobiliários. Também evitava que as famílias caíssem na miséria absoluta. Alguns em Judá, contudo, gananciosamente violavam as leis de Deus sobre propriedade. Miqueias escreveu: “Desejaram campos e os arrebataram; também casas, e as tomaram; e defraudaram o varão vigoroso e os da sua casa, o homem e sua propriedade hereditária.” (Miqueias 2:2) Mas Provérbios 20:21 alerta: “Uma herança, no princípio, é obtida com avidez, mas o seu próprio futuro não será abençoado.”
19 Jeová prometeu despojar esses gananciosos de seus ganhos ilícitos. As casas que extorquiram ficariam “sem habitante”. As terras que cobiçaram produziriam uma mera fração de sua capacidade. Não se diz exatamente como e quando se cumpriria essa maldição. Provavelmente se refere, pelo menos em parte, às condições que seriam causadas pelo então futuro exílio babilônico. — Isaías 27:10.
8 A 14 DE DEZEMBRO
TESOUROS DA PALAVRA DE DEUS ISAÍAS 6-8
“Aqui estou! Envia-me!”
ip-1 93-94 §§ 13-14
Jeová Deus está em seu santo templo
13 Ouçamos, junto com Isaías. “Comecei a ouvir a voz de Jeová, dizendo: ‘A quem enviarei e quem irá por nós?’ E eu passei a dizer: ‘Eis-me aqui! Envia-me.’” (Isaías 6:8) A pergunta de Jeová visava claramente extrair uma resposta de Isaías, pois nenhum outro profeta humano aparece na visão. Era um inequívoco convite para Isaías ser mensageiro de Jeová. Mas por que Jeová perguntou “quem irá por nós?” Por mudar do pronome pessoal singular “eu” para o plural “nós”, Jeová incluiu pelo menos mais uma pessoa além de si mesmo. Quem? Não seria seu Filho unigênito, que mais tarde se tornou o homem Jesus Cristo? De fato, foi o mesmo Filho a quem Deus dissera: “Façamos o homem à nossa imagem.” (Gênesis 1:26; Provérbios 8:30, 31) Sim, o Filho unigênito de Jeová estava ao Seu lado nas cortes celestiais. — João 1:14.
14 Isaías não hesitou em responder! Independentemente de qual poderia ser a mensagem, ele disse logo: “Eis-me aqui! Envia-me.” Tampouco perguntou o que ganharia por aceitar a missão. Seu espírito disposto é um ótimo exemplo para todos os atuais servos de Deus, que têm a incumbência de pregar ‘as boas novas do Reino em toda a Terra habitada’. (Mateus 24:14) Como Isaías, eles se apegam fielmente à sua missão e dão “testemunho a todas as nações” apesar da ampla falta de receptividade. E vão em frente com confiança, como Isaías, sabendo que sua incumbência vem da mais alta fonte.
ip-1 95 §§ 15-16
Jeová Deus está em seu santo templo
15 A seguir, Jeová delineia o que Isaías teria de dizer e qual seria a reação: “Vai, e tens de dizer a este povo: ‘Ouvi vez após vez, mas não entendais; e vede vez após vez, mas não obtenhais conhecimento.’ Torna embotado o coração deste povo e torna insensíveis os próprios ouvidos deles, e gruda os próprios olhos deles, para que não vejam com os seus olhos e não ouçam com os seus ouvidos, e para que seu próprio coração não entenda, e para que realmente não recuem e obtenham para si a cura.” (Isaías 6:9, 10) Significa isso que Isaías devia falar com rudeza e sem tato, repelir os judeus e mantê-los num estado de hostilidade com Jeová? Absolutamente não! Tratava-se do próprio povo de Isaías, com o qual ele tinha afinidade. Mas as palavras de Jeová indicam qual seria a reação do povo à Sua mensagem, por mais fiel que Isaías fosse no cumprimento de sua tarefa.
16 A falha era do povo. Isaías falaria com eles “vez após vez”, mas eles não aceitariam a mensagem nem obteriam entendimento. A maioria ficaria obstinada e não receptiva, como se estivesse totalmente cega e surda. Por falar-lhes repetidamente, Isaías permitiria que “este povo” mostrasse que não desejava entender. Provariam que estavam fechando as mentes e os corações à mensagem de Isaías — a mensagem de Deus — para eles. Exatamente como fazem as pessoas hoje. Quantas se recusam a ouvir a pregação das Testemunhas de Jeová a respeito das boas novas do iminente Reino de Deus!
ip-1 99 § 23
Jeová Deus está em seu santo templo
23 Por citar de Isaías, Jesus mostrava que essa profecia tinha um cumprimento em seus dias. A atitude de coração do povo como um todo era igual à dos judeus nos dias de Isaías. Fizeram-se de cegos e surdos para com a sua mensagem e foram igualmente destruídos. (Mateus 23:35-38; 24:1, 2) Isso aconteceu quando as forças romanas comandadas pelo General Tito atacaram Jerusalém, em 70 EC, e arrasaram a cidade e seu templo. Mas alguns haviam dado ouvidos a Jesus e se tornado discípulos seus. Jesus os declarou “felizes”. (Mateus 13:16-23, 51) Ele os havia informado de que quando vissem “Jerusalém cercada por exércitos acampados” deveriam “fugir para os montes”. (Lucas 21:20-22) Assim, a “descendência santa” que havia exercido fé e se constituído em nação espiritual, “o Israel de Deus”, foi salva. — Gálatas 6:16.
Pérolas espirituais
w06 1/12 9 § 4
Destaques do livro de Isaías — I
7:3, 4 — Por que Jeová salvou o perverso Rei Acaz? Os reis da Síria e de Israel planejavam destronar o Rei Acaz, de Judá, e colocar no seu lugar um governante fantoche, o filho de Tabeel — um homem que não era descendente de Davi. Essa trama diabólica resultaria na interrupção do cumprimento do pacto do Reino feito com Davi. Jeová salvou Acaz para preservar a linhagem por meio da qual viria o prometido “Príncipe da Paz”. — Isaías 9:6.
15 A 21 DE DEZEMBRO
TESOUROS DA PALAVRA DE DEUS ISAÍAS 9-10
Foi profetizada “uma grande luz”
ip-1 125-126 §§ 16-17
A promessa de um Príncipe da Paz
16 Sim, o “posteriormente”, predito por Isaías, cumpriu-se no ministério terrestre de Cristo. Jesus passou a maior parte de sua vida terrestre na Galileia. Foi no distrito da Galileia que ele começou seu ministério e passou a anunciar: “O reino dos céus se tem aproximado.” (Mateus 4:17) Na Galileia ele proferiu seu famoso Sermão do Monte, escolheu seus apóstolos, realizou seu primeiro milagre e apareceu a cerca de 500 seguidores, depois de sua ressurreição. (Mateus 5:1–7:27; 28:16-20; Marcos 3:13, 14; João 2:8-11; 1 Coríntios 15:6) Por honrar “a terra de Zebulão e a terra de Naftali”, Jesus cumpriu essa profecia de Isaías. Naturalmente, Jesus não restringiu seu ministério ao povo da Galileia. Por pregar as boas novas em todo o país, Jesus “fez que fosse honrada” a inteira nação de Israel, incluindo Judá.
17 Mas que dizer da referência de Mateus a “uma grande luz” na Galileia? Isso também foi uma citação da profecia de Isaías, que escreveu: “O povo que andava na escuridão viu uma grande luz. Quanto aos que moram na terra de sombra tenebrosa, resplandeceu sobre eles a própria luz.” (Isaías 9:2) No primeiro século EC, as falsidades pagãs ocultavam a luz da verdade. Os líderes religiosos judaicos haviam agravado o problema por seguirem suas tradições religiosas através das quais haviam ‘invalidado a palavra de Deus’. (Mateus 15:6) Os humildes eram oprimidos e confundidos, seguindo “guias cegos”. (Mateus 23:2-4, 16) Quando veio Jesus, o Messias, os olhos de muitas pessoas humildes foram abertos maravilhosamente. (João 1:9, 12) A obra de Jesus na Terra, e as bênçãos resultantes de seu sacrifício, são bem descritas como “uma grande luz” na profecia de Isaías. — João 8:12.
ip-1 126-128 §§ 18-19
A promessa de um Príncipe da Paz
18 Os que aceitaram a luz tinham muitos motivos para se alegrar. Isaías continua: “Fizeste populosa a nação; fizeste grande a alegria para ela. Alegraram-se diante de ti como que com a alegria no tempo da colheita, como os que jubilam ao dividirem o despojo.” (Isaías 9:3) Em resultado da pregação de Jesus e de seus seguidores, as pessoas sinceras se manifestaram, expressando seu desejo de adorar a Jeová com espírito e verdade. (João 4:24) Em menos de quatro anos, multidões aceitaram o cristianismo. Três mil pessoas foram batizadas no Pentecostes de 33 EC. Pouco depois, “o número dos homens chegou a cerca de cinco mil”. (Atos 2:41; 4:4) À medida que os discípulos refletiam zelosamente a luz, “o número dos discípulos multiplicava-se grandemente em Jerusalém; e uma grande multidão de sacerdotes começou a ser obediente à fé”. — Atos 6:7.
19 Como aqueles que se alegram com uma colheita farta, ou que se deleitam com a divisão de espólio valioso depois de uma grande vitória militar, os seguidores de Jesus se alegraram com o aumento. (Atos 2:46, 47) Com o tempo, Jeová fez com que a luz brilhasse entre as nações. (Atos 14:27) Assim, pessoas de todas as raças se alegraram de que o caminho de aproximação a Jeová lhes fora aberto. — Atos 13:48.
ip-1 128-129 §§ 20-21
A promessa de um Príncipe da Paz
20 Os efeitos da atividade do Messias são permanentes, como mostram as próximas palavras de Isaías: “O jugo do seu fardo e o bastão sobre os seus ombros, a vara daquele que os compele a trabalhar, tu os fragmentaste como no dia de Midiã.” (Isaías 9:4) Séculos antes dos dias de Isaías, os midianitas conspiraram com os moabitas para atrair Israel ao pecado. (Números 25:1-9, 14-18; 31:15, 16) Mais tarde, por sete anos, os midianitas aterrorizaram os israelitas com incursões e saques contra suas aldeias e fazendas. (Juízes 6:1-6) Mas daí Jeová, por meio de seu servo Gideão, desbaratou os exércitos de Midiã. Não há evidência de que depois desse “dia de Midiã” o povo de Jeová tenha de novo sofrido às mãos dos midianitas. (Juízes 6:7-16; 8:28) No futuro próximo, Jesus Cristo, o Gideão maior, aplicará um golpe mortal contra os atuais inimigos do povo de Jeová. (Revelação 17:14; 19:11-21) Daí, “como no dia de Midiã”, será obtida uma vitória completa e duradoura, não por meio da bravura humana, mas pelo poder de Jeová. (Juízes 7:2-22) O povo de Deus nunca mais sofrerá sob o jugo da opressão!
21 As demonstrações de poder divino não constituem uma glorificação da guerra. O ressuscitado Jesus é o Príncipe da Paz e, por aniquilar seus inimigos, estabelecerá a paz permanente. Isaías fala a seguir de a parafernália militar estar sendo totalmente destruída pelo fogo: “Toda bota daquele que anda pesadamente com tremores e a capa revolvida em sangue vieram a ser mesmo para a queima, para alimentar o fogo.” (Isaías 9:5) Nunca mais serão sentidos os tremores causados pelo pisar de botas de soldados em marcha. Não mais se verão uniformes manchados de sangue de guerreiros endurecidos pelo combate. Não haverá mais guerras! — Salmo 46:9.
Pérolas espirituais
ip-1 130 §§ 23-24
A promessa de um Príncipe da Paz
23 Conselheiro é aquele que dá conselhos, ou presta assessoria. Quando esteve na Terra, Jesus Cristo deu conselhos maravilhosos. Lemos na Bíblia que ‘as multidões ficavam assombradas com o seu modo de ensinar’. (Mateus 7:28) Ele é um Conselheiro sábio, usa de empatia e tem uma extraordinária compreensão da natureza humana. Seu aconselhamento não se resume a reprimendas ou punições. Na maior parte é em forma de instrução e de conselhos amorosos. Os conselhos de Jesus são maravilhosos porque são sempre sábios, perfeitos e infalíveis. Se forem acatados, conduzirão à vida eterna. — João 6:68.
24 O aconselhamento de Jesus não é mero produto de sua mente brilhante. Em vez disso, ele disse: “O que eu ensino não é meu, mas pertence àquele que me enviou.” (João 7:16) Como no caso de Salomão, Jeová Deus é a Fonte da sabedoria de Jesus. (1 Reis 3:7-14; Mateus 12:42) O exemplo de Jesus deve motivar os instrutores e os conselheiros na congregação cristã a sempre basearem suas instruções na Palavra de Deus. — Provérbios 21:30.
22 A 28 DE DEZEMBRO
TESOUROS DA PALAVRA DE DEUS ISAÍAS 11-13
Como seria o Messias?
ip-1 159 §§ 4-5
Salvação e alegria sob o reinado do Messias
4 Séculos antes do nascimento de Isaías, outros escritores bíblicos, hebreus, profetizaram a vinda do Messias, o verdadeiro Líder, a quem Jeová enviaria a Israel. (Gênesis 49:10; Deuteronômio 18:18; Salmo 118:22, 26) Agora, Jeová fornece mais detalhes por meio de Isaías, que escreve: “Do toco de Jessé terá de sair um renovo; e das suas raízes frutificará um rebentão.” (Isaías 11:1; note Salmo 132:11.) As palavras “renovo” e “rebentão” indicam que o Messias seria o descendente de Jessé por meio de seu filho Davi, que havia sido ungido com óleo para ser rei de Israel. (1 Samuel 16:13; Jeremias 23:5; Revelação [Apocalipse] 22:16) Quando chegasse o verdadeiro Messias, esse “rebentão” da casa de Davi produziria frutos de boa qualidade.
5 Jesus é o prometido Messias. Mateus, escritor do Evangelho que leva seu nome, aludiu às palavras de Isaías 11:1 quando disse que o fato de Jesus ser chamado de “Nazareno” cumpria as palavras dos profetas. Por ter sido criado na cidade de Nazaré, Jesus era chamado de Nazareno, nome aparentemente relacionado com a palavra hebraica usada em Isaías 11:1 para “rebentão”. — Mateus 2:23, nota; Lucas 2:39, 40.
ip-1 159 § 6
Salvação e alegria sob o reinado do Messias
6 Que tipo de governante seria o Messias? Seria como o cruel e obstinado assírio que destruiu o reino setentrional de dez tribos de Israel? É óbvio que não. Isaías diz a respeito do Messias: “Sobre ele terá de pousar o espírito de Jeová, o espírito de sabedoria e de compreensão, o espírito de conselho e de potência, o espírito de conhecimento e do temor de Jeová; e deleitar-se-á no temor de Jeová.” (Isaías 11:2, 3a) O Messias seria ungido, não com óleo, mas com o espírito santo de Deus. Isso aconteceu no batismo de Jesus, quando João, o Batizador, viu o espírito santo de Deus descer sobre Jesus em forma de pomba. (Lucas 3:22) O espírito de Jeová ‘pousou sobre Jesus’, e ele deu evidência de ter esse espírito ao agir com sabedoria, compreensão, obediência, poder e conhecimento. Que excelentes qualidades para um governante!
ip-1 160 § 8
Salvação e alegria sob o reinado do Messias
8 Em que sentido o Messias teria temor de Jeová? Jesus obviamente não teria medo de Jeová, ficando temeroso de ser condenado por ele. Em vez disso, o Messias teria respeitoso temor de Deus, uma amorosa reverência por ele. Assim como Jesus, a pessoa que teme a Deus sempre deseja fazer ‘as coisas que Lhe agradam’. (João 8:29) Jesus nos ensina, por palavra e exemplo, que não há alegria maior do que viver cada dia no temor salutar de Jeová.
ip-1 160 § 9
Salvação e alegria sob o reinado do Messias
9 Isaías prediz mais sobre as características do Messias: “Não julgará pelo que meramente parece aos seus olhos, nem repreenderá simplesmente segundo a coisa ouvida pelos seus ouvidos.” (Isaías 11:3b) Se você tivesse de comparecer perante um tribunal, não gostaria de ser julgado por um juiz assim? Como Juiz de toda a humanidade, o Messias não é influenciado por argumentos falsos, manobras jurídicas astutas, boatos ou coisas superficiais, como riqueza, por exemplo. Ele detecta qualquer trapaça e vê além das aparências externas desfavoráveis, discernindo “a pessoa secreta do coração”, “o homem oculto”. (1 Pedro 3:4, nota) O exemplo superlativo de Jesus serve de modelo para todos que precisam atuar como juízes na congregação cristã. — 1 Coríntios 6:1-4.
ip-1 161 § 11
Salvação e alegria sob o reinado do Messias
11 Quando seus seguidores precisam de correção, Jesus a aplica de uma maneira que possam tirar o maior benefício — um excelente exemplo para os anciãos cristãos. Por outro lado, os que praticam atos perversos podem esperar uma sentença severa. Quando Deus ajustar as contas com este sistema, o Messias irá “golpear a Terra” com sua voz de autoridade, proferindo uma sentença de destruição para todos os perversos. (Salmo 2:9; note Revelação 19:15.) Por fim, não haverá mais pessoas perversas para perturbar a paz da humanidade. (Salmo 37:10, 11) Jesus, que tem os quadris e os lombos cingidos com justiça e fidelidade, tem poder para fazer isso. — Salmo 45:3-7.
Pérolas espirituais
ip-1 165-166 § 16-18
Salvação e alegria sob o reinado do Messias
16 O primeiro ataque contra a adoração pura se deu no Éden, quando Satanás conseguiu influenciar Adão e Eva a desobedecer a Jeová. Até hoje, Satanás não desistiu do objetivo de desviar de Deus o maior número possível de pessoas. Mas Jeová jamais permitirá que a adoração pura seja eliminada da Terra. Seu nome está envolvido, e ele se importa com os que o servem. Por isso, ele faz uma notável promessa por meio de Isaías: “Naquele dia terá de acontecer que haverá a raiz de Jessé posta de pé qual sinal de aviso para os povos. A ele é que irão consultar as nações, e seu lugar de descanso terá de tornar-se glorioso.” (Isaías 11:10) Em 537 AEC, Jerusalém, a cidade que Davi havia transformado em capital nacional, serviu como sinal, chamando um restante fiel do povo judeu disperso para retornar e reconstruir o templo.
17 Contudo, a profecia chama atenção para mais do que isso. Como já vimos, ela aponta para o reinado do Messias, o verdadeiro Líder para pessoas de todas as nações. O apóstolo Paulo citou Isaías 11:10 para mostrar que, nos seus dias, as pessoas das nações teriam um lugar na congregação cristã. Citando a tradução desse versículo conforme a versão Septuaginta, ele escreveu: “Isaías diz: ‘Haverá a raiz de Jessé, e haverá um surgindo para governar as nações; nele é que as nações basearão a sua esperança.’” (Romanos 15:12) Além disso, o alcance da profecia se estende até os nossos dias, quando pessoas de todas as nações demonstram amor a Jeová por apoiar os irmãos ungidos do Messias. — Isaías 61:5-9; Mateus 25:31-40.
18 No cumprimento moderno, ‘aquele dia’ mencionado por Isaías começou quando o Messias foi entronizado como Rei do Reino celestial de Deus, em 1914. (Lucas 21:10; 2 Timóteo 3:1-5; Revelação 12:10) Desde então, Jesus tem servido como sinal claro, um “ponto de agrupamento” para o Israel espiritual e para pessoas de todas as nações, que anseiam um governo justo. Sob a orientação do Messias, as boas novas do Reino têm sido pregadas a todas as nações, como Jesus predisse. (Mateus 24:14; Marcos 13:10) Essas boas novas têm um efeito poderoso. “Uma grande multidão, que nenhum homem [pode] contar, de todas as nações”, tem se submetido ao Messias por juntar-se ao restante ungido na adoração pura. (Revelação 7:9) À medida que muitos novos continuam a associar-se com o restante na “casa de oração” espiritual de Jeová, eles aumentam a glória do “lugar de descanso” do Messias, o grande templo espiritual de Deus. — Isaías 56:7; Ageu 2:7.
29 DE DEZEMBRO A 4 DE JANEIRO
TESOUROS DA PALAVRA DE DEUS ISAÍAS 14-16
Os inimigos do povo de Deus vão ser castigados
ip-1 180 § 16
Jeová humilhou uma cidade arrogante
16 Isso não ocorreu imediatamente em 539 AEC. No entanto, atualmente fica bem claro que tudo o que Isaías predisse com respeito a Babilônia se cumpriu. Babilônia “é agora, e tem sido por séculos, um cenário de ampla desolação e um monte de ruínas”, diz um comentarista bíblico. E acrescenta: “É impossível contemplar esse cenário e não se lembrar da exatidão do cumprimento das predições de Isaías e Jeremias.” Obviamente, nenhum homem nos dias de Isaías poderia ter predito a queda de Babilônia e sua posterior desolação. Afinal de contas, a queda de Babilônia diante dos medos e persas ocorreu cerca de 200 anos após Isaías ter escrito seu livro. E sua desolação final se deu séculos mais tarde. Não fortalece isso sua fé na Bíblia como inspirada Palavra de Deus? (2 Timóteo 3:16) Além disso, visto que Jeová cumpriu profecias em tempos passados, podemos ter absoluta confiança de que o cumprimento das profecias bíblicas ainda não cumpridas se dará no Seu tempo devido.
ip-1 184 § 24
Jeová humilhou uma cidade arrogante
24 Na Bíblia, os reis da linhagem de Davi são comparados a estrelas. (Números 24:17) Começando com Davi, aquelas “estrelas” governaram no monte Sião. Após Salomão construir o templo em Jerusalém, o nome Sião passou a aplicar-se à cidade inteira. Sob o pacto da Lei, todos os israelitas do sexo masculino eram obrigados a viajar a Sião três vezes por ano. Por isso, ele se tornou o “monte de reunião”. Ao determinar que os reis de Judá fossem subjugados e então removidos daquele monte, Nabucodonosor declarava sua intenção de colocar-se acima daquelas “estrelas”. Ele não dava a Jeová o mérito por sua vitória sobre eles. Em vez disso, ele na verdade se colocava arrogantemente no lugar de Jeová.
ip-1 189 § 1
O “conselho” de Jeová contra as nações
JEOVÁ podia usar as nações para disciplinar seu povo por causa da perversidade deste. Apesar disso, Jeová não desculparia essas nações por sua crueldade desnecessária, pelo orgulho e animosidade que demonstravam para com a adoração verdadeira. Assim, com bastante antecedência, ele inspirou Isaías a registrar “a pronúncia contra Babilônia”. (Isaías 13:1) No entanto, Babilônia representava uma ameaça futura. Nos dias de Isaías, a Assíria oprimia o povo pactuado de Deus. Ela havia destruído o reino setentrional de Israel e devastado grande parte de Judá. Mas o triunfo da Assíria seria limitado. Isaías escreve: “Jeová dos exércitos jurou, dizendo: ‘Seguramente assim como tencionei, assim terá de acontecer . . . para destroçar o assírio na minha terra e para calcá-lo nos meus próprios montes; e que seu jugo realmente se retire de cima deles e seu próprio fardo suma de cima do ombro deles.’” (Isaías 14:24, 25) Não muito tempo depois de Isaías profetizar isso, a ameaça assíria foi removida de Judá.
ip-1 194 § 12
O “conselho” de Jeová contra as nações
12 Quando se cumpriria essa profecia? Em breve. “Esta é a palavra que Jeová falou anteriormente a respeito de Moabe. E agora Jeová falou, dizendo: ‘Dentro de três anos, segundo os anos de um trabalhador contratado, a glória de Moabe também terá de ser degradada com muita comoção de toda sorte, e os que restarem serão extremamente poucos, nada fortes.’” (Isaías 16:13, 14) Em harmonia com isso, há evidência arqueológica de que durante o oitavo século AEC Moabe sofreu grandemente, e muitas de suas localidades ficaram despovoadas. Tiglate-Pileser III mencionou Salamanu, de Moabe, entre os governantes que lhe pagaram tributo. Senaqueribe recebeu tributo de Kammusunadbi, rei de Moabe. Os monarcas assírios Esar-Hadom e Assurbanipal mencionaram os reis moabitas, Musuri e Kamashaltu, como sujeitos a eles. Há séculos, os moabitas deixaram de existir como povo. Descobriram-se ruínas de cidades que, segundo se acredita, eram moabitas, mas até agora as escavações revelaram poucas evidências físicas desse outrora poderoso inimigo de Israel.
Pérolas espirituais
w06 1/12 10 § 11
Destaques do livro de Isaías — I
14:1, 2 — Como o povo de Jeová se tornou “os captores dos que os mantinham cativos” e ‘teve em sujeição aqueles que os compeliam a trabalhar’? Isso se cumpriu no caso de pessoas como Daniel, que ocupou um alto posto em Babilônia sob o domínio dos medos e dos persas; Ester, que se tornou uma rainha persa; e Mordecai, que foi designado como primeiro-ministro do Império Persa.