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  • Eu sinto-me seguro porque confio em Jeová

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  • Eu sinto-me seguro porque confio em Jeová
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová (Edição de Estudo) — 2023
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová (Edição de Estudo) — 2023
w23 novembro pp. 26-30
Israel Itajobi.

BIOGRAFIA

Eu sinto-me seguro porque confio em Jeová

NARRADA POR ISRAEL ITAJOBI

QUANDO as pessoas me pedem para contar a minha história, eu costumo dizer: “Eu sou como uma mala nas mãos de Jeová!” Da mesma forma que carrego uma mala para onde for necessário, eu deixo que Jeová e a sua organização me levem para onde quiserem. Eu já aceitei designações muito difíceis e, às vezes, até perigosas. Mas aprendi que só me posso sentir seguro se confiar em Jeová.

APRENDI SOBRE JEOVÁ E COMECEI A CONFIAR NELE

Eu nasci em 1948, numa pequena aldeia na Nigéria, em África. Naquela altura, o meu tio Moustapha e, depois, o meu irmão mais velho, Wahabi, batizaram-se como Testemunhas de Jeová. Quando eu tinha 9 anos, o meu pai morreu. Eu fiquei arrasado. O meu irmão Wahabi disse-me que eu poderia voltar a ver o meu pai na ressurreição. Isso consolou-me tanto que eu quis começar a estudar a Bíblia, e batizei-me em 1963. Os meus outros três irmãos também se batizaram algum tempo depois.

Em 1965, fui morar com o meu irmão Wilson, na cidade de Lagos. Foi muito bom conhecer outros pioneiros regulares na congregação Igbobi. Ver o quanto trabalhavam e como eram felizes motivou-me a também começar a servir como pioneiro, em janeiro de 1968.

Um irmão que servia em Betel, Albert Olugbebi, organizou uma reunião especial com um grupo de jovens para nos falar da grande necessidade que havia de pioneiros especiais no norte da Nigéria. Ainda me lembro das palavras animadas do irmão Olugbebi: “Vocês são jovens e podem usar o vosso tempo e energia para Jeová. Há muito trabalho para fazerem na pregação!” Eu queria muito imitar o espírito do profeta Isaías e colocar-me à disposição para ir para onde Jeová me enviasse. Assim, preenchi uma petição para servir como pioneiro especial. — Isa. 6:8.

Em maio de 1968, fui designado como pioneiro especial para a cidade de Kano, no norte da Nigéria. Isso foi durante a guerra do Biafra, uma guerra civil que ocorreu entre 1967 e 1970. Essa guerra causou muito sofrimento e morte no norte do país e espalhou-se para o leste da Nigéria. Um irmão com boas intenções tentou convencer-me a não aceitar essa designação. Mas eu disse-lhe: “Obrigado pela tua preocupação. Mas se Jeová quer que eu sirva nessa designação, não tenho dúvidas de que ele estará comigo.”

Um mapa da região ocidental de África, que mostra alguns dos lugares onde o irmão Israel Itajobi morou e serviu: Conacri, Guiné; Serra Leoa; Niamey, Níger; Kano, Orisunbare e Lagos, na Nigéria.

CONFIANÇA EM JEOVÁ NUMA REGIÃO DEVASTADA PELA GUERRA

A situação em Kano era muito triste. A guerra civil tinha destruído essa grande cidade. Na pregação, às vezes, víamos os corpos das pessoas que tinham sido mortas na guerra. Antes da guerra, havia várias congregações em Kano, mas a maioria dos irmãos tinha fugido da cidade. Agora, havia menos de 15 publicadores, e eles estavam com muito medo e bastante desanimados. Esses irmãos e irmãs ficaram muito felizes quando eu e mais cinco pioneiros especiais chegámos. Nós encorajámos muito esses irmãos, e isso teve um excelente resultado. Também ajudámos a organizar as reuniões e a obra de pregação. Por isso, eles voltaram a enviar relatórios de serviço de campo e pedidos de publicações para Betel.

Nós começámos a aprender o idioma haúça. Quando as pessoas do território ouviam a mensagem do Reino na sua própria língua, prestavam muita atenção. Mas os membros da religião principal da cidade não gostaram nada da nossa obra de pregação. Certa vez, eu e outro irmão fomos perseguidos por um homem com uma faca. Ainda bem que nós corremos mais depressa do que ele e conseguimos escapar! Apesar dos perigos, Jeová fez-nos “morar em segurança”, e o número de publicadores começou a aumentar. (Sal. 4:8) Hoje, na cidade de Kano, servem mais de 500 publicadores em 11 congregações.

PERSEGUIÇÃO NO NÍGER

A servir como pioneiro especial em Niamey, no Níger

Mais tarde, em agosto de 1968, depois de ter servido durante alguns meses na cidade de Kano, fui designado para Niamey, a capital do Níger, juntamente com outros dois pioneiros especiais. Descobri em pouco tempo que o Níger, na África Ocidental, é um dos lugares mais quentes da Terra. Além de lidar com o calor, tivemos de aprender francês, a língua oficial do país. Apesar desses desafios, nós confiámos em Jeová e começámos a pregar na capital com o pequeno grupo de publicadores que lá morava. Passado pouco tempo, praticamente todos os habitantes de Niamey que sabiam ler já tinham recebido o livro A Verdade Que Conduz à Vida Eterna. As pessoas até nos paravam na rua para pedir um livro!

Rapidamente descobrimos que as autoridades não gostavam das Testemunhas de Jeová. Em julho de 1969, tivemos a primeira assembleia de circuito no país, com umas 20 pessoas na assistência. Estávamos muito entusiasmados com o discurso do batismo porque dois publicadores locais iam batizar-se. Mas, no primeiro dia da assembleia, a polícia chegou e interrompeu o programa. Os polícias levaram-me com os outros pioneiros especiais e o superintendente de circuito para a esquadra. Depois de nos interrogarem, deixaram-nos ir embora, mas mandaram-nos voltar no dia seguinte. Percebemos que a situação ia piorar. Então, decidimos fazer o discurso do batismo na casa de um irmão e fazer o batismo num rio, sem ninguém perceber.

Algumas semanas depois, o governo expulsou-me do país juntamente com outros cinco pioneiros especiais. Deram-nos 48 horas para sair, e tivemos de arranjar o nosso próprio transporte. Saímos e fomos diretamente para o Betel da Nigéria, onde recebemos novas designações.

Na Nigéria, fui designado para a aldeia de Orisunbare, onde tive a alegria de pregar e dirigir estudos bíblicos com um pequeno grupo de publicadores que lá morava. Depois de seis meses, Betel convidou-me para voltar para o Níger, mas, agora, sozinho. No início, fiquei surpreendido e um pouco nervoso. Mas eu estava desejoso de me voltar a encontrar com os irmãos no Níger.

Então, voltei para Niamey! Um dia depois da minha chegada, um empresário nigeriano percebeu que eu era uma Testemunha de Jeová e começou a fazer-me perguntas sobre a Bíblia. Começámos a estudar juntos e, depois de ele conseguir deixar o vício do tabaco e do álcool, batizou-se. No Níger, eu tive a alegria de pregar com os irmãos em várias partes do país e ver como as pessoas aceitaram a verdade ao longo dos anos. Quando eu cheguei, havia apenas 31 Testemunhas de Jeová no país, mas, quando saí, havia 69.

“NÃO SABEMOS MUITO BEM COMO ESTÁ A OBRA DE PREGAÇÃO NA GUINÉ”

Em dezembro de 1977, voltei para a Nigéria para receber treino. Depois do curso de três semanas, o coordenador da Comissão da Filial, o irmão Malcolm Vigo, entregou-me uma carta do Betel da Serra Leoa. Os irmãos estavam à procura de um irmão pioneiro que tivesse boa saúde, fosse solteiro e falasse inglês e francês para poder servir como superintendente de circuito na Guiné. O irmão Vigo explicou-me que o treino que eu tinha recebido era para essa designação. E ele disse-me: “Pensa bem antes de aceitar.” Eu respondi imediatamente: “Já que é Jeová que me está a enviar, eu vou!”

Apanhei um avião e fui para a Serra Leoa para me encontrar com os irmãos da Comissão da Filial. Um dos membros da Comissão disse-me: “Não sabemos muito bem como está a obra de pregação na Guiné.” Embora a filial da Serra Leoa fosse responsável pela obra na Guiné, não era possível comunicar com os irmãos de lá porque a situação política do país era tensa. A filial até tinha tentado várias vezes enviar um representante à Guiné, mas não tinha conseguido. Por isso, eles pediram-me para viajar até à capital da Guiné, Conacri, e tentar conseguir permissão do governo para ficar lá.

“Já que é Jeová que me está a enviar, eu vou!”

Quando eu cheguei a Conacri, fui à embaixada da Nigéria para falar com o embaixador. Eu disse-lhe que queria pregar na Guiné. Ele incentivou-me a não ficar lá porque era perigoso; podia ser preso ou até acontecer algo pior. Ele disse-me: “Volte para a Nigéria para pregar lá.” Mas eu respondi: “Eu estou decidido a ficar aqui.” Então, o embaixador escreveu uma carta ao Ministro do Interior da Guiné para me ajudar. Ele recebeu-me e foi muito bondoso comigo.

Pouco depois, voltei ao Betel da Serra Leoa e disse aos irmãos que o governo me tinha dado permissão para ficar na Guiné. Os irmãos ficaram muito felizes ao verem como Jeová me estava a abençoar!

Israel com um sorriso nos lábios, enquanto carrega as suas malas.

A servir como superintendente de circuito na Serra Leoa

Entre 1978 e 1989, eu servi como superintendente de circuito na Guiné e na Serra Leoa, e como superintendente de circuito substituto na Libéria. No início, eu estava sempre doente. Às vezes, eu ficava doente quando estava no meio do nada. Mas os irmãos arranjavam sempre maneira de me levar para o hospital.

Certa vez, fiquei muito doente porque tive malária e fiquei com parasitas nos intestinos. Quando por fim recuperei, fiquei a saber que os irmãos já estavam a conversar sobre onde me iam enterrar! Apesar de ter corrido perigo tantas vezes, nunca pensei em abandonar as minhas designações. Até hoje, tenho a certeza de que apenas Jeová pode dar-nos a melhor proteção que existe, porque, mesmo que morramos, ele vai ressuscitar-nos.

CONFIANÇA EM JEOVÁ JUNTAMENTE COM A MINHA ESPOSA

Israel e Dorcas no dia do casamento.

No dia do nosso casamento, em 1988

Em 1988, conheci a Dorcas, uma pioneira muito humilde e espiritual. Casámo-nos, e ela começou a servir no circuito comigo. A Dorcas trabalhou muito na nossa designação no circuito e estava disposta a fazer muitos sacrifícios para Jeová. Às vezes, nas nossas viagens às congregações, caminhávamos até 25 quilómetros a carregar a nossa bagagem. Mas quando a congregação ficava mais longe, usávamos qualquer meio de transporte que estivesse disponível. Isso envolvia viajar em estradas lamacentas e cheias de buracos.

A Dorcas é muito corajosa. Por exemplo, às vezes, tínhamos de viajar por locais cheios de crocodilos. Certa vez, numa viagem de cinco dias, chegámos a uma ponte de madeira que estava partida. Então, tivemos de atravessar o rio de canoa. Mas quando a Dorcas se levantou para sair da canoa, caiu à água, e o rio era muito fundo. Nenhum de nós os dois sabia nadar, e o rio estava cheio de crocodilos. Ainda bem que alguns jovens saltaram para dentro do rio e conseguiram resgatá-la. Nós tivemos pesadelos durante muito tempo depois disso. Mesmo assim, continuámos na nossa designação.

Jahgift e Eric quando eram crianças à frente do Salão do Reino.

Os nossos filhos, Jahgift e Eric, são presentes de Jeová para nós

No início de 1992, ficámos muito surpreendidos ao descobrir que a Dorcas estava grávida. Perguntámo-nos se íamos ter de parar de servir como pioneiros especiais. Mas depois pensámos: ‘Jeová deu-nos um presente!’ Por isso, decidimos chamar à nossa filha Jahgift (presente de Jah, em inglês). Quatro anos depois de a Jahgift nascer, chegou o irmão dela, o Eric. Os nossos dois filhos são realmente um presente de Jeová. A Jahgift serviu durante algum tempo no escritório remoto de tradução em Conacri, e o Eric é servo ministerial.

Israel e Dorcas com o seu filho, Eric, e a sua filha, Jahgift, à frente do Salão do Reino.

A Dorcas teve de parar de servir como pioneira especial durante algum tempo. Mas ela continuou a servir como pioneira regular, apesar de ter de criar os nossos filhos. Com a ajuda de Jeová, continuei como pioneiro especial. Depois de os nossos filhos crescerem, a Dorcas voltou a servir como pioneira especial. Agora, servimos os dois como missionários em Conacri.

A FONTE DA VERDADEIRA SEGURANÇA

Eu sempre fui para onde quer que Jeová me enviasse. Ao longo dos anos, eu e a minha esposa sempre sentimos a sua proteção e bênção. As pessoas confiam nas coisas materiais e têm muitas preocupações, mas confiar em Jeová poupou-nos de tudo isso. Eu e a Dorcas aprendemos por experiência própria que Jeová, o “Deus da nossa salvação”, é a fonte da verdadeira segurança. (1 Cró. 16:35) Eu tenho a certeza absoluta de que todos aqueles que confiam nele estarão ‘bem guardados na bolsa da vida junto a Jeová’. — 1 Sam. 25:29.

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