A Comemoração da morte de Cristo — Por quê? Quando? Por quem?
MAIS do que a qualquer outra criatura humana aplicam-se a Jesus as palavras de Eclesiastes 7:1 a respeito do dia da morte. Quanto realizou mediante sua morte: vindicou o nome de seu Pai Jeová; proveu para a humanidade a redenção do pecado e da morte e deixou maravilhoso exemplo para todos os seus seguidores. Certamente é muitíssimo apropriado que a morte de Jesus seja comemorada! — Jó caps. 1 e 2; Romanos 6:23; Mateus 20:28; 1 Pedro 2:21.
O apóstolo Paulo, tendo informações da parte do próprio Jesus, disse: “O Senhor Jesus, na noite em que foi preso, tomou pão, e, tendo dado graças a Deus, partiu-o e disse: ‘Este é o meu corpo, que é para vós; fazei isso em comemoração de mim.’ Do mesmo modo, tomou o cálice, depois do jantar, e disse: ‘Este cálice é o novo convênio selado pelo meu sangue. Toda vez que dele beberdes, fazei isto em comemoração de mim.’” — 1 Coríntios 11:23-25, New English Bible (Nova Bíblia Inglesa).
Com que freqüência devem os cristãos fazer isso e quando? Jesus mesmo não declarou especificamente, mas podemos raciocinar sobre o assunto. Com que freqüência se comemora um evento importante? Não é anualmente? Não era anual a celebração da Páscoa, comemorando a libertação do Egito? — Lucas 22:19; Êxodo 12:14; Levítico 23:5.
Outrossim, Jesus é mencionado como (Cordeiro da) páscoa para os cristãos. (1 Coríntios 5:7) Isto sugere que a morte de Cristo deva ser comemorada como o era a páscoa original, a saber, em 14 de nisã, a data da páscoa. Historicamente, por diversos séculos, muitos cristãos primitivos comemoravam a morte de Jesus exatamente em 14 de nisã, sendo por isso chamado de “quartodecimanos”. Mosheim, famoso historiador do cristianismo primitivo, declara em History of Christianity, the First Three Centuries (História do Cristianismo, os Primeiros Três Séculos; Vol. 1; p. 529): “Os cristãos da Ásia Menor estavam acostumados a celebrar esta festa sagrada comemorativa da instituição da ceia do Senhor, e da morte de Jesus Cristo, no mesmo tempo em que os judeus comiam o seu cordeiro pascoal, a saber, à noitinha do décimo quarto dia do primeiro mês [nisã]. Pois consideravam que o exemplo de Cristo possuía força de lei; e, conforme igualmente manifesto, não imaginavam que o nosso Salvador tivesse antecipado a páscoa, . . . mas que ele e seus discípulos comeram o cordeiro pascoal no mesmo dia em que os judeus . . . estavam acostumados a comer o deles.”
O Significado dos Emblemas
Quando Jesus tomou o pão e disse: “Tomai, comei; isto é o meu corpo”, queria dizer que o pão, súbita e milagrosamente, se tornou o corpo real dele? Como poderia, pois ele ainda retinha seu corpo! Além do mais, se tivesse feito um milagre momentoso, não teria sido mencionado no restante das Escrituras Gregas Cristãs? Obviamente, aquele pão representava, simbolizava ou significava o seu corpo. — Mateus 26:26, Almeida; 1 Coríntios 11:25.
O mesmo se dá com as palavras de Jesus: “Isto é o meu sangue.” Não queria dizer que o vinho se tornou realmente o seu sangue, pois este ainda lhe corria nas veias. Em vez disso, o vinho simbolizava, representava ou significava o seu sangue, “meu ‘sangue do pacto’, que há de ser derramado em benefício de muitos, para o perdão de pecados”. — Mateus 26:28; 1 Coríntios 11:25.
Quem Participa?
“Faço convosco um pacto . . . para um reino.” Os que fazem parte deste pacto são descritos como os 144.000 membros do Israel espiritual. Unicamente eles são elegíveis a participar dos emblemas da refeição noturna do Senhor. (Lucas 22:29; Revelação 7:4; 14:1, 3; 20:5, 6) Mas, como pode a pessoa saber se deve participar do pão e do vinho? A Palavra de Deus diz: “O próprio espírito dá testemunho com o nosso espírito de que somos filhos de Deus.” (Romanos 8:16, 17) Os que têm este testemunho em sua vida, que têm evidência de que o espírito santo os prepara para esta recompensa celeste, estão certos disso. Não têm dúvidas a respeito disto.
Os que têm esperança de vida eterna na terra paradísica, também prometida na Palavra de Deus é claro que não devem participar dos emblemas; não estão no novo pacto. Assim é que, em 1985, as Testemunhas de Jeová em toda a Terra estarão reunidas, quinta-feira, 4 de abril, após às 18 horas (hora local), para realizar tal Comemoração da Morte de Cristo. Em 1984, cerca de 7.500.000 estiveram presentes. As Testemunhas de Jeová estão ansiosas e desejosas de que todos os que querem adorar a Deus “com espírito e verdade” se informem e estejam celebrando com elas, em 1985, este evento mais importante de todos — a morte sacrificial de Cristo, que nos pode dar vida eterna!