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Um Livro para Todas as Pessoas
ba pp. 27-29

Um livro de profecias

As pessoas interessam-se pelo futuro. Elas buscam predições confiáveis sobre muitos assuntos, da previsão do tempo a indicadores econômicos. Ao seguirem tais predições, porém, elas muitas vezes se desapontam. A Bíblia contém muitas predições, ou profecias. Quão exatas são essas profecias? São História escrita com antecedência? Ou História disfarçada em profecias?

O ESTADISTA romano Catão (234-149 AEC) disse, alegadamente: “Eu me admiro de que o adivinho não ria sempre que vê outro adivinho.”1 De fato, até hoje muitos duvidam de cartomantes, astrólogos e outros adivinhos. Muitas de suas predições são feitas em termos vagos, sujeitas a muitas interpretações.

Mas, e as profecias bíblicas? Há motivos para dúvidas? Ou há base para confiança?

Não apenas deduções eruditas

Pessoas bem informadas talvez tentem usar tendências observáveis para fazer especulações sobre o futuro, mas nem sempre acertam. O livro Future Shock observa: “Toda sociedade enfrenta, não meramente uma sucessão de futuros prováveis, mas sim um rol de futuros possíveis, e um conflito sobre futuros preferíveis.” Diz mais: “Naturalmente, ninguém pode ‘saber’ o futuro em sentido absoluto. Podemos apenas sistematizar e aprofundar as nossas suposições e tentar atribuir-lhes probabilidades.”2

Os escritores bíblicos, porém, não simplesmente ‘atribuíram probabilidades’ a “suposições” sobre o futuro. Tampouco se podem descartar as predições deles como sendo declarações obscuras, abertas a uma ampla variedade de interpretações. Ao contrário, muitas de suas profecias foram feitas com clareza extraordinária e eram descomunalmente específicas, não raro predizendo justamente o oposto do que se poderia esperar. Tome como exemplo o que a Bíblia disse com antecedência sobre a antiga cidade de Babilônia.

‘Varrida com a vassoura do aniquilamento’

A antiga Babilônia tornou-se “a jóia dos reinos”. (Isaías 13:19, Almeida, atualizada) Essa cidade espraiada localizava-se estrategicamente na rota comercial do golfo Pérsico ao mar Mediterrâneo, servindo de entreposto para transações comerciais, tanto por terra como por mar, entre o Oriente e o Ocidente.

Por volta do sétimo século AEC, Babilônia era a aparentemente inexpugnável capital do Império Babilônio. O rio Eufrates cortava a cidade, e as suas águas formavam um fosso largo e profundo e uma rede de canais. Além disso, a cidade era protegida por um maciço sistema de muralhas duplas, reforçadas por numerosas torres defensivas. Não é de admirar que seus habitantes se sentissem seguros.

Não obstante, no oitavo século AEC, antes de Babilônia ter chegado ao ápice de sua glória, o profeta Isaías predisse que Babilônia seria ‘varrida com a vassoura do aniquilamento’. (Isaías 13:19; 14:22, 23) Isaías descreveu também de que maneira Babilônia cairia. Os invasores ‘secariam’ seus rios — as fontes de seu fosso de defesa — tornando vulnerável a cidade. Isaías forneceu até mesmo o nome do conquistador — “Ciro”, um grande rei persa, ‘diante de quem se abririam todas as portas, e nenhuma entrada ficaria fechada’. — Isaías 44:27-45:2, Pontifício Instituto Bíblico.

Essas predições eram arrojadas. Mas, será que se cumpriram? A História responde.

“Sem luta”

Dois séculos depois de Isaías ter registrado sua profecia, na noite de 5 de outubro de 539 AEC, os exércitos da Medo-Pérsia, comandados por Ciro, o Grande, estavam estacionados perto de Babilônia. Mas os babilônios sentiam-se seguros. Segundo o historiador grego Heródoto (quinto século AEC), eles tinham reservas de provisões para vários anos.3 Tinham também o rio Eufrates e as imponentes muralhas de Babilônia para protegê-los. Não obstante, naquela mesma noite, segundo a Crônica de Nabonido, “o exército de Ciro [entrou] em Babilônia sem luta”.4 Como isso foi possível?

Heródoto explica que, dentro da cidade, as pessoas “dançavam e se divertiam numa festa”.5 Fora da cidade, porém, Ciro havia desviado as águas do Eufrates. Com a baixa do nível da água, seu exército avançou a pé pelo leito do rio, com água à altura das coxas. Passaram pelas muralhas com torres e entraram pelo que Heródoto chamou de “portões que davam para o rio”, descuidadamente deixados abertos.6 (Note Daniel 5:1-4; Jeremias 50:24; 51:31, 32.) Outros historiadores, como Xenofonte (c. 431-c. 352 AEC), bem como certas tabuinhas em escrita cuneiforme encontradas por arqueólogos, confirmam a queda repentina de Babilônia diante de Ciro.7

Assim cumpriu-se a profecia de Isaías sobre Babilônia. Ou não? Poderia não ter sido uma predição, mas sim algo escrito depois do fato consumado? Realmente, a mesma pergunta vale para outras profecias bíblicas.

História disfarçada em profecia?

Se os profetas bíblicos — incluindo Isaías — meramente reescreveram a História para fazê-la parecer profecia, nada mais eram do que espertos fraudadores. Mas, que motivo teriam para tal trapaça? Os profetas verdadeiros logo deixavam claro que não eram subornáveis. (1 Samuel 12:3; Daniel 5:17) E já vimos evidências irrefutáveis de que os escritores bíblicos (muitos dos quais eram profetas) eram homens fidedignos, dispostos a revelar até mesmo seus próprios erros embaraçosos. Parece improvável que homens desse tipo tivessem pendor para realizar fraudes detalhadas, disfarçando História em profecia.

Há algo mais a considerar. Muitas profecias bíblicas continham ácidas denúncias contra o próprio povo dos profetas, incluindo os sacerdotes e os governantes. Isaías, por exemplo, censurou a deplorável condição moral dos israelitas — tanto dos líderes como do povo — em seus dias. (Isaías 1:2-10) Outros profetas expuseram com veemência os pecados dos sacerdotes. (Sofonias 3:4; Malaquias 2:1-9) É difícil imaginar por que fabricariam profecias que contivessem as mais mordazes críticas imagináveis contra seu próprio povo, e por que os sacerdotes cooperariam com tal farsa.

Além disso, como poderiam os profetas — se fossem meros impostores — ter conseguido forjar essas falsificações? A boa instrução era incentivada em Israel. As crianças aprendiam desde cedo a ler e a escrever. (Deuteronômio 6:6-9) Exortava-se a leitura pessoal das Escrituras. (Salmo 1:2) Havia leitura pública das Escrituras nas sinagogas, aos sábados. (Atos 15:21) Parece improvável que uma inteira nação bem instruída, conhecedora das Escrituras, pudesse ter sido enganada por tal embuste.

Além disso, há algo mais na profecia de Isaías sobre a queda de Babilônia. Há um detalhe que simplesmente não poderia ter sido escrito depois do cumprimento.

“Nunca mais será habitada”

O que aconteceria com Babilônia depois de sua queda? Isaías predisse: “Nunca mais será habitada, nem residirá ela por geração após geração. E o árabe não armará ali a sua tenda e os pastores não deixarão seus rebanhos deitar-se ali.” (Isaías 13:20) Teria parecido estranho, para dizer o mínimo, predizer que uma cidade tão bem localizada ficaria desabitada para sempre. Poderiam as palavras de Isaías ter sido escritas depois de ele ter visto uma Babilônia desolada?

Depois da conquista, por Ciro, uma Babilônia habitada — ainda que inferior — continuou por séculos. Lembre-se de que os Rolos do Mar Morto incluem uma cópia do livro completo de Isaías, datado do segundo século AEC. Por volta da época em que esse rolo (de Isaías) estava sendo copiado, os partos assumiram o controle de Babilônia. No primeiro século EC, havia uma colônia de judeus em Babilônia, e o escritor bíblico Pedro esteve ali. (1 Pedro 5:13) Nessa época, o Rolo do Mar Morto de Isaías já existia havia quase dois séculos. Assim, no primeiro século EC, Babilônia ainda não estava completamente desolada, mas o livro de Isaías havia sido concluído muito antes disso.a

Conforme predito, Babilônia por fim tornou-se meros “montões de pedras”. (Jeremias 51:37) Segundo o erudito em hebraico Jerônimo (quarto século EC), em seus dias Babilônia era uma região de caça percorrida por “animais de todo o tipo”.9 Babilônia permanece desolada até hoje.

Isaías não viveu o bastante para ver Babilônia tornar-se desabitada. Mas, as ruínas dessa outrora cidade poderosa, situadas a uns 80 quilômetros ao sul de Bagdá, no atual Iraque, são um testemunho silencioso do cumprimento de suas palavras: “Nunca mais será habitada.” Qualquer restauração de Babilônia, como atração turística, poderá atrair visitantes, mas ‘a progênie e a posteridade’ de Babilônia desapareceram para sempre. — Isaías 13:20; 14:22, 23.

O profeta Isaías, portanto, não fez predições vagas que pudessem ser ajustadas a qualquer acontecimento futuro. Tampouco reescreveu a História para fazê-la parecer profecia. Pense nisto: por que um impostor arriscaria “profetizar” algo sobre o qual não teria absolutamente nenhum controle, ou seja, que a poderosa Babilônia nunca mais seria habitada?

Essa profecia sobre a queda de Babilônia é apenas um exemplo de profecias bíblicas.b Muitos vêem no cumprimento dessas profecias uma indicação de que a Bíblia forçosamente se origina de uma fonte superior ao homem. Talvez concorde que, no mínimo, esse livro de profecias merece ser examinado. Uma coisa é certa: existe uma diferença tremenda entre as predições nebulosas ou sensacionalistas dos atuais adivinhos e as claras, sóbrias e específicas profecias da Bíblia.

[Nota(s) de rodapé]

a Há evidências sólidas de que os livros das Escrituras Hebraicas — incluindo Isaías — foram escritos muito antes do primeiro século EC. O historiador Josefo (primeiro século EC) indicou que o cânon das Escrituras Hebraicas havia sido estabelecido bem antes de seus dias.8 Além disso, a Septuaginta grega, uma tradução das Escrituras Hebraicas para o grego, foi iniciada no terceiro século AEC e concluída por volta do segundo século AEC.

b Para mais informações sobre profecias bíblicas e os fatos históricos que confirmam os seus cumprimentos, veja o livro A Bíblia — Palavra de Deus ou de Homem?, publicado pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, páginas 117-33.

[Destaque na página 28]

Eram os escritores bíblicos profetas exatos ou espertos fraudadores?

[Foto na página 29]

As ruínas da antiga Babilônia

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