O Memorial — Tendes direito de participar?
30. Como Deus considera o sacrifício da missa, e o que ele fará a respeito?
30 CONSIDERARIA Deus, que já aceitou o perfeito sacrifício todo-suficiente do seu Sumo Sacerdote Jesus Cristo, com favor tal sacrifício da missa? Não, nunca! Ele o detesta como sendo uma crassa fraude perpetrada contra o povo católico e uma blasfêmia contra o único válido sacrifício de seu amado Filho Jesus Cristo. Na batalha do Armagedon Deus fará cessar toda esta perversão da ceia memorial e do sacrifício de Cristo pela destruição dos sistemas religiosos culpados desta fraudulenta abominação. “As vítimas [os sacrifícios, Dy] dos ímpios são abomináveis, porque o que oferecem é dos seus crimes.” (Pro. 21:27, So) Usar uma batina feita pelo homem não altera as coisas.
EXPLICAÇÃO APOSTÓLICA
31. Assim, de que ponto de vista tentou a cristandade discernir o corpo do Senhor, e com que consequências ao mundo?
31 Ao notarmos do acima que tanto os católicos como os protestantes da cristandade são culpados de ‘não distinguir o corpo do Senhor’, podemos apreciar por que o inteiro sistema religioso está enfermo, sem forças, dormindo e doente até a morte. (1 Cor. 11:29, 30, So) Os efeitos remontam ás devidas causas. A cristandade decaiu a tal condição espiritual baixa por causa de centralizar atenção demais sobre a carne e sangue literais de Jesus Cristo em relação á sua comunhão ou eucaristia ou ceia do Senhor. Ela não seguiu a explicação apostólica da refeição do Senhor á noite. De todos os escritores da Bíblia nenhum oferece mais informações relativas àquela refeição do que o apóstolo Paulo. É verdade que Mateus, Marcos e Lucas todos nos relatam como a ceia progredia, mas não oferecem explicação alguma. Paulo, porém, dá um relato da refeição do Senhor à noite e considerável comentário em explicação dela, na sua primeira carta aos coríntios. Na finalidade em apoio dos seus comentários podemos entender por que, se a cristandade tivesse distinguido corretamente o corpo do Senhor, não mais estaríamos ameaçados de guerra mundial.
32, 33. Como aplica Paulo as palavras de Jesus no Memorial, e assim a que “corpo” se refere Paulo?
32 Os clérigos da cristandade argúem que nos comentários de Paulo ele apoia a aplicação literal das palavras de Jesus, “Este é o meu corpo”, “Este é o sangue do novo concerto.” Um exame franco dos comentários de Paulo prova que o argumento clerical é falso, insincero. Segundo a tradução de Moffatt, Paulo disse: “Prove-se o homem; daí ele pode comer do pão e beber do cálice. Pois quem come e bebe sem o sentido correto do Corpo, come e bebe sua própria condenação. Por causa disto muitos entre vós estais doentes e enfermos, e diversos estão ate mortos.” Portanto qual é o “Corpo” sobre o qual Paulo fala aqui? Ora, sôbre o “Corpo de Cristo”, composto dos membros da sua congregação debaixo dele como Cabeça: “Ora vós sois Corpo de Cristo, e respectivamente membros dele.” (1 Cor. 11:28-30; 12:27, Mo) Êste entendimento é sustentado pelo que Paulo diz outra vez na mesma carta. Segue a tradução católica:
33 “O cálice de benção que abençoamos, não é a participação do sangue de Cristo? E o pão que partimos, não é a participação do corpo do Senhor? Porque o pão é um só, nós, embora muitos, somos um só corpo, todos nós que participamos do mesmo pão.”(Confrat. Cat.) “O cálice de benção, que nós benzemos, não é a comunhão do sangue de Cristo? E o pão, que partimos, não é a participação do corpo do Senhor? Visto que há um só pão, nós, embora muitos, formamos um só corpo, porque participamos todos dum só pão.”—1 Cor. 10:16, 17, So.
34. Por isso, quando alguém come o pão do Memorial, o que tem de discernir ou reconhecer a fim de não incorrer no julgamento?
34 Assim, então, a pessoa que participa do pão no Memorial deve discernir ou reconhecer que existe tal organização ou congregação como o “corpo de Cristo“. Além disso, por se experimentar ou escrutar, ele deve provar a si próprio que é membro do corpo de Cristo, que é membro da congregação de cristãos completamente dedicados a Deus, gerados por ele como filhos espirituais, ungidos com seu espírito santo para serem pregadores e coherdeiros com Jesus, e fielmente aderindo a Jesus como sendo a única Cabeça da sua congregação ou Corpo. Assim fazendo, ele então confessa por comer o pão do Memorial que ele também participa do “corpo do Senhor”, quer dizer, é membro dele. Destarte ele não come hipócritamente ou sem discernimento, por isso não incorre no julgamento divino contra si mesmo.
35. Quando ele bebe o vinho do Memorial, o que confessa relativo ao novo concerto?
35 Quando tal cristão que se tem escrutado bebe do cálice do Memorial, ele confessa que o sangue de Jesus era o meio usado para pôr em vigor o novo concerto de Deus. Também, que mediante este novo concerto se ganha o perdão divino dos pecados e se tira um povo de tôdas as nações para ser o povo para o nome de Deus, para atuar como testemunhas de Jeová. —Atos 15:14; Êxo. 19:5, 6;1 Ped 2:9, 10.
36, 37. Que mais significa o vinho do Memorial à pessoa que o bebe, e que, portanto, está determinada a fazer?
36 Outra coisa: O sangue derramado de Cristo significa a morte, não meramente a fim de que se celebre um novo concerto sobre a vítima morta, mas principalmente em vindicação da soberania, do nome e da palavra de Jeová. E o “corpo do Senhor”, os membros do corpo de Cristo, participam desta morte em vindicação de Jeová. São plantados com ele na semelhança da sua morte, sepultados junto com ele por um batismo comum em sua morte, para que sejam levantados á vida espiritual celeste na semelhança da sua ressurreição. “Porventura ignorais que todos os que fomos batizados em Jesus Cristo, batizados fomos na sua morte? . . . Pois, se fomos plantados juntamente com ele á semelhança da sua morte, se-lo-emos também á semelhança da sua ressurreição.” —Rom. 6:3-5, Pe.
37 Assim, a quem bebe o vinho, o cálice representa os sofrimentos que o Pai celestial derramou como libação para tôda a companhia do Cristo, a Cabeça e o corpo. Conforme disse Jesus a Pedro em Getsêmane: “Não hei de beber o cálice que o Pai me deu?” Bebeu sim, e também assegurou a seus seguidores que se provariam fiéis até a morte e participariam no sangue do Senhor: “Haveis de beber o cálice que eu vou beber; e haveis de ser batizados no batismo em que eu vou ser batizado.” (João 18:11 e Mar. 10:39, So) Por beber o cálice do Memorial a pessoa confessa que está determinada a sofrer com Jesus até a morte.