A hodierna organização teocrática de Jeová
“Um pouco de fermento leveda toda a massa.” —Gál. 5:9, NM.
“O ESCRAVO FIEL E DISCRETO”
5. Qual é o significado dos termos “escravo” e “domésticos” conforme empregados em Mateus 24:45?
5 “QUEM é, na verdade, o escravo fiel e discreto, a quem o seu senhor constituiu sobre os seus domésticos para dar-lhes o sustento no tempo devido?” O escravo e os domésticos são as mesmas pessoas, apenas de pontos de vista diferentes. Pelo termo “escravo” os hodiernos seguidores ungidos de Cristo são considerados como uma classe, um escravo ou servo composto. O próprio Deus assim interpreta as coisas: “Vós sois as minhas testemunhas, diz Jeová, o meu servo a quem escolhi.” (Isa. 43:10) Notai que muitas testemunhas são chamadas um só servo. Pelo termo “domésticos”, os que compõem a classe de escravo são considerados como indivíduos. Fala-se deles como sendo um “corpo de servidores” em Lucas 12:42 (NM). A tradução de Murdock (em inglês) do siríaco concordemente emprega “domésticos” em Mateus 24:45, e mais uma tradução do siríaco, por A. S. Lewis, o traduz “companheiros”, isto é, escravos companheiros. São escravos domésticos na casa de Deus e, como uma classe ou sociedade unida, são chamados “o escravo fiel e discreto”. Semelhantemente, quando vários domésticos se tornam iníquos e começam a espancar seus companheiros escravos, esses malfeitores se tornam a classe predita do “escravo mau”. —Mat. 24:48-51, NM.
6. Que aspectos diferentes dos seguidores ungidos de Cristo se tomam em Mateus 24:45-51 e Mateus 25:14-30, e o que se indica por ser um só o “escravo fiel e discreto”?
6 Mateus 24:45-51 mostra os privilégios de serviço concedidos aos fiéis como uma classe e o castigo proporcionado aos infiéis como uma classe. Mateus 25:14-30 mostra os tratos do Senhor com os escravos fiéis e infiéis como indivíduos. Individualmente, cada qual precisa esforçar-se em atingir os requisitos do Mestre. Unidos em uma companhia fiel de escravos eles compõem uma organização teocrática visível e na ilustração de Jesus que se discute aqui são representados como um “escravo fiel e discreto”, e compete a esta classe de escravo composto fazer provisões adequadas para todos os seus membros individuais, os domésticos. Antes da vinda do Mestre, Cristo Jesus, precisa estar empenhado em dar a todos os seus membros o “sustento no tempo devido”. Deve-se notar também que Deus não tem várias classes de escravo discreto, várias organizações teocráticas entre as quais se divide o trabalho. “Será que o Cristo existe dividido?” Não! é “um só corpo”.—1 Cor. 1:13; 12:12, 13, NM.
7. A quem os fatos identificam como “o escravo fiel e discreto”?
7 Mas de novo perguntamos, “Quem é, na verdade, o escravo fiel e discreto a quem o seu senhor constituiu sobre os seus domésticos para dar-lhes o sustento no tempo devido?” Em 1878, quarenta anos antes da vinda do Senhor ao templo para julgamento, havia uma classe de cristãos consagrados e sinceros que se tinham afastado das organizações clericais e hierárquicas e que procuravam voltar ao verdadeiro cristianismo, conforme praticado pelos primitivos cristãos antes que os lobos vorazes violaram o rebanho após a morte dos apóstolos. Eles lançaram uma campanha para restaurar as verdades fundamentais a fim de que os famintos espiritualmente se alimentassem delas, para substituir as doutrinas pagãs que tinham sido adotadas pela cristandade apóstata. Era o tempo apropriado para tal alimento espiritual, de modo a preparar o caminho antes da vinda de Cristo para o julgamento no templo. (Mal. 3:1, 4:5, 6) Êste grupo de estudantes fiéis começou a publicação de The Watchtower, chamado então “Zion’s Watch Tower and Herald of Christ’s Presence”, e no primeiro número, em julho de 1879, a revista anunciou que seu objetivo era fornecer “sustento no tempo devido” ao “pequeno rebanho”. Os fatos mostram que o fez de 1879 em diante. Em 1884 eles formaram uma corporação legal para representar de modo oficial ou jurídico a sociedade de testemunhas ou ministros. Até o dia atual a corporação legal, a Watch Tower Bible & Tract Society, é usada como agente para preparar as publicações, dirigir e unificar as atividades de pregação da sociedade de testemunhas que se estende por toda a terra. Quando Cristo veio para julgamento em 1918 ele encontrou alguns associados com este grupo que pensavam que o Senhor se havia demorado e oprimiam seus companheiros escravos em Cristo. Tais foram lançados fora como a classe do “escravo mau”. Os que fielmente serviam a Deus foram identificados como sendo a classe do “escravo fiel e discreto.”
8. Que promoção vem a esta classe do escravo fiel?
8 Qual é a decisão do Mestre relativa ao escravo discreto? “Em verdade vos digo que o constituirá sobre todos os seus bens.” Antes desta promoção o escravo estava apenas encarregado dos domésticos ou corpo de servidores do Senhor, para dar-lhes seu sustento espiritual no tempo devido. Então, por causa da fidelidade neste único serviço, dá-se ao escravo muito mais para fazer. Assim como se vêem os escravos individuais na ilustração dos talentos ser recompensados com mais privilégios se forem fiéis e a remoção de todos os privilégios se forem infiéis, assim também nesta ilustração que trata de classes, a classe do escravo fiel e discreto é designado sobre todos os bens do seu senhor ao passo que a classe do escravo mau é lançada completamente fora. Uma vez se incumbiu ao escravo discreto a responsabilidade de alimentar apenas os membros do corpo ungido de Cristo, mas agora ele precisa assumir a comissão: “Estas boas novas do reino serão pregadas por toda a terra habitada com o intuito de dar testemunho a todas as nações, e então virá o fim completo.” —Mat. 24:14, NM.
9. Quem se inclui em “todos os seus bens”, que responsabilidade adicional significa isto para o escravo, e como este a cumpre?
9 A esta classe são confiados todos os interesses do Reino na terra, sendo um dos principais o dilúvio de novas verdades que aparecem em virtude do cumprimento de muitas profecias. A mensagem torna-se cada vez mais completa, mais essencial para os tempos críticos em que vivemos, mais eficaz na divisão dos povos das nações em duas classes, a das ovelhas ou a dos cabritos. Essas ovelhas que já estão sendo reunidas são as “outras ovelhas” do Senhor, pertencem a ele, e desde que o escravo discreto há de cuidar de todos os bens do Mestre, esta fiel classe ungida precisa expandir seu programa de alimentação a fim de suprir não só os domésticos mas também estas “outras ovelhas” de seu “sustento no tempo devido”. (João 10:16) Isto é o que o escravo discreto faz com fidelidade. Mediante seu agente legal, a Watchtower Society, ele fornece o sustento espiritual em forma impressa, organiza reuniões e atividades de serviço, envia representantes viajantes especiais e missionários, arranja grandes assembleias, e de muitas outras maneiras providencia o meio de alimentar, fortalecer e eficazmente dirigir os domésticos e as outras ovelhas em ação unida em louvor a Jeová.
PONTOS PARA APRECIAR
10. Como trata Deus com seus servos terrestres, conforme revelado no caso de Davi?
10 Jeová Deus trata com seu povo como uma classe de servos. Ele não alimenta cada um individualmente nem designa sobre eles uma só pessoa. Nenhum estudante individual da Palavra de Deus revela a vontade de Deus tão pouco interpreta a Sua Palavra. (2 Ped. 1:20, 21) Deus interpreta e ensina, mediante Cristo o Servo Principal, que por sua vez usa o escravo discreto como canal visível, a organização teocrática visível. Davi se aproximou de Deus mediante a organização sacerdotal representada por Abiatar, que usava o éfode; da mesma forma um servo hodierno tem de procurar a organização visível de Deus a fim de obter alimento espiritual oportuno e orientações sobre o serviço do Reino. (1 Sam. 23:6, 9-11, 30:7, 8) Assim como se vê na ilustração dos talentos em que quantias diferentes foram confiadas aos diversos escravos individuais segundo as suas habilidades, assim também se designam os privilégios de serviço aos domésticos segundo as suas habilidades, devoção e prontidão para se sujeitar e conformar às orientações do espírito santo. Jeová por intermédio de Cristo coloca os domésticos nos seus cargos de serviço no corpo do escravo discreto.—1 Cor. 12:18.
11. Como mostramos apreciação da nossa relação à organização teocrática visível, especialmente no tocante ao sustento espiritual?
11 Temos de demonstrar nosso entendimento nestes assuntos, apreciando nossa relação à organização teocrática visível e lembrando-nos da sorte dos semelhantes a Coré e Acan, Saul e Uzias e os demais que se esqueceram da ordem teocrática. Fomos nós designados individualmente a produzir o sustento para a mesa espiritual? Não? Por isso não tratemos de assumir os deveres do escravo. Devemos comer, digerir e assimilar o que se coloca diante de nós, sem rejeitar certas partes do alimento porque talvez não convenha ao capricho do nosso gosto mental. As verdades que havemos de publicar são aquelas que a organização do escravo discreto fornece, não algumas opiniões pessoais contrárias ao que o escravo providenciou como sendo sustento conveniente. Jeová e Cristo dirigem e corrigem o escravo conforme a necessidade, não nós como indivíduos. Se não entendemos um ponto no princípio, devemos tratar de apreendê-lo, em vez de nos opor a ele, rejeitando-o e assumindo a posição presunçosa de que provavelmente tenhamos mais razão do que o escravo discreto. Devemos prosseguir andando mansamente com a organização teocrática do Senhor e aguardando esclarecimento adicional, ao invés de levantar objeções quando primeiro se menciona um pensamento que não nos apetece e começar a sofismar e resmungar nossas críticas e opiniões como se fossem de mais valor do que a provisão de alimento espiritual pelo escravo. As pessoas teocráticas apreciarão a organização visível do Senhor e não serão tão insensatas que oporão ao canal de Jeová seu próprio arrazoamento humano e sentimentos pessoais.
12. Em consideração da nossa experiência passada, com que atitude podemos receber as provisões do escravo?
12 Ora alguns poderão perguntar, Devemos aceitar como proveniente do Senhor e verdadeiro o alimento fornecido mediante o escravo discreto, ou devemos recusar aceitá-lo até que o tenhamos provado para nós mesmos? Se adquirimos nosso atual entendimento da Bíblia por alimentarmo-nos à mesa posta pelo escravo, se por este meio fomos libertos das falsas doutrinas e edificados na adoração limpa e incontaminada de Deus e inspirados com uma esperança do novo mundo, devemos ter alguma confiança nas provisões do escravo. Tendo sido nutridos até a nossa atual força e madureza espiritual, de súbito nos tornamos mais sabidos do que nosso provedor anterior e abandonamos a orientação iluminadora da organização que nos serviu de mãe? “Não abandones a lei de tua mãe.” (Pro. 6:20-23, So) E se o Pai celestial não daria uma pedra nem cobra nem escorpião ao filho que lhe pedisse pão ou um peixe ou um ovo, devemos nós tomar em nossas mãos o sustento espiritual que ele fornece por meio do escravo como se fôssemos ser feridos por uma pedra ou mordidos por uma cobra ou picados por um escorpião? (Mat. 7:7-11, Luc. 11:9-13, NM) Duvidaremos e suspeitaremos cada nova provisão? “O que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Em verdade, não suponha esse homem que receberá de Jeová alguma coisa.” (Tia. 1:6, 7, NM) Mesmo os de Beréia primeiro receberam a pregação de Paulo “com toda avidez”, e daí prosseguiram a examinar cuidadosamente as Escrituras todos os dias para ver se estas coisas eram assim”. (Atos 17:11, NM) Êste foi o primeiro real contacto que os de Beréia tiveram com a pregação de Paulo, contudo a aceitaram de boa vontade e então por si estudaram o apoio bíblico. De quanto mais boa vontade podemos nós receber as provisões do escravo, confiando nelas, visto que, dessemelhantes aos de Beréia, temos muita experiência passada com as provisões preciosas do escravo. Após recebermos estes abastecimentos alimentícios nós mesmos provamos sua exatidão bíblica a fim de tornar a mensagem nossa própria, com espírito de mansidão e plena confiança e não com agressão.
A INSENSATEZ DE ESPECULAR
13. Por que alguns habitualmente conjecturam e teorizam?
13 Certas pessoas parecem ter muito prazer em especulações. Gostam de ser o centro de pequenos grupos, expressando suas teorias sobre como ou quando isto ou aquilo vai acontecer. E possível que não sejam deliberadamente rebeldes no tocante ao que o escravo providencia, mas se puderem apenas oferecer o que o escravo já supriu eles não se destacam. Como podem brilhar pessoalmente se apenas refletem o que todas as demais testemunhas de Jeová refletem? Portanto buscam algo mais sensacional, alguma “nova luz” para deslumbrar ouvintes incautos. Ao alimentarem os ouvintes boquiabertos com sua lista de teorias novas, estes pela sua profunda atenção alimentam o egoísmo dos especuladores. Quando outro começa a falar e ocupa o centro de atenção, o especulador perde interesse no grupo que conversa e sai. Esses especuladores tal vez admitam o erro de algumas das suas teorias passadas, mas não mostram que aprenderam a lição destes erros por recrear-se de produzir novas teorias. Seu desejo ardente de serem considerados pensadores independentes e profundos é maior que o de serem teocráticos.
14. Como arguem alguns conjeturistas, mas a que os cega seu egoísmo?
14 Alguns dos especuladores são mais rebeldes que outros, desacordando de modo dogmático com as provisões do escravo discreto e exaltando-se acima do canal estabelecido pelo Senhor. Arguem que a organização teocrática nem sempre teve razão, e que uma vez tiveram ideias que a organização rejeitou mas agora ensina, e destarte dão a entender que suas teorias presentes também serão aceitas um dia. Jamais mencionam as numerosas especulações que propuseram no passado que nunca foram adotadas. Isso estragaria sua campanha para impor suas atuais ideias. Seu egoísmo os cega de modo que não vêem que a organização teocrática visível nunca pretendeu ser infalível, mas sabe que a mensagem será continuamente purificada pela eliminação das ideias errôneas, espera que as novas verdades se tornem mais manifestas ao passo que se cumpram mais profecias, que a luz brilhará gradualmente cada vez mais até o dia perfeito, e os esclarecimentos virão por meio do escravo discreto e não por meio de especuladores que exaltam a si próprios. (Pro. 4:18; Isa. 6:5-7; Mal. 3:1-3) É um processo contínuo, porque o escravo deve “continuar a dar-lhes sua medida de abastecimento de víveres no devido tempo”. (Luc. 12:42, NM) Sem dúvida alguns têm ideias que só são publicadas mais tarde; fazê-lo mais cedo talvez fosse prematuro, não no “devido tempo”. Esperai no Senhor.
15. Que dano pode resultar das especulações infundadas, e como reagirão a tais as pessoas teocráticas?
15 Mas quer especulem de modo rebelde ou só sem refletir, podem causar dano. Incorrem no risco de se tornar inchados com o conceito de importância, ou de fazer os fracos tropeçar na fé. Podem impedir a unicidade de espírito e evitar que todos vejam com os mesmos olhos. Eles dirigem a atenção à criatura antes que ao Criador e sua organização visível. As suas especulações infundadas podem espalhar-se, levantar perguntas e dúvidas, e perigar a unidade de ação. As pessoas teocráticas evitarão tais especulações e especuladores. Beberão profundamente das águas da verdade, não as sujarão com orgulhosas opiniões e especulações pessoais. Bebendo todos da mesma água da verdade, todos verão com os mesmos olhos, trabalharão ombro a ombro, e marcharão juntos ao novo mundo, todos mantendo o mesmo passo que o “escravo fiel e discreto”. Os que especulam e preparam suas próprias teorias preferidas e põem uma mesa espiritual toda sua, ou que se sentam à mesa do Senhor mas fornecem pequenas iguarias suas, e procuram induzir outros a prová-las, eles são os que estão fora de passo com a organização teocrática, não obstante em seu egoísmo cego achem que o escravo e os domésticos bem como as outras ovelhas estão fora de passo.
16. Que conselho bíblico despercebem os especuladores, ao qual nós devemos prestar atenção?
16 O escravo, os domésticos e as outras ovelhas mantêm o mesmo passo uns com os outros e com Deus e Cristo. Não estão fora de passo e não devem nem sequer considerar mudar o passo para ajustá-lo ao de alguns altivos que despercebem o conselho bíblico sobre esses assuntos. “Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com o ensino segundo a piedade, é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas, altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida, e privados da verdade.” “Guarda o que te foi confiado, evitando os falatórios inúteis e profanos, e as contradições do saber, como falsamente lhe chamam, pois alguns, professando-o, se desviaram da fé.” “Mantém o padrão das sãs palavras que de mim ouviste com fé e com o amor que está em Cristo Jesus.” “Recomenda estas cousas. Dá testemunho solene a todos perante Deus, para que evitem contendas de palavras que para nada aproveitam, exceto para a subversão dos ouvintes. Evita igualmente os falatórios inúteis e profanos, pois os que deles usam passarão à impiedade ainda maior. Além disso a linguagem deles corrói como câncer.” “Estão pervertendo a fé a alguns.” “Repele as questões insensatas e absurdas, pois sabes que só engendram contendas.” “Noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes, afastai-vos dêles.” —Rom. 16:17; 1 Tim. 1:4, 7; 6:3-5, 20, 21; 2 Tim. 1:13; 2:14, 16-19, 23-26; Tito 3:9-11, ARA .
POR QUE NÓS REJEITAMOS REDONDAMENTE O INTERCONFESSIONALISMO
17. Em que duas grandes partes se dividem as igrejas da cristandade, e providencia qualquer uma delas o “sustento no tempo devido”?
17 Muitos na cristandade vociferarão que as testemunhas de Jeová arrogam muito a si. Foi neste teor que Corá protestou a Moisés. (Núm. 16:3) Mas os fatos revelam que as testemunhas de Jeová são os que pregam o estabelecimento do Reino, e avisam todas as nações da aproximação do Armagedon. A sua organização é dirigida de modo teocrático, e produz o sustento espiritual que é oportuno. Que organização religiosa ortodoxa na cristandade providencia novo alimento espiritual para estes tempos críticos? Não oferecem ainda os fundamentalistas as mesmas cascas secas, não balbuciam ainda os mesmos credos seculares, e com monotonia repetem vez após vez suas poucas doutrinas básicas apropriadas do paganismo? Na verdade, “sua religião é uma zombaria, mera tradição aprendida de cor.” (Isa. 29:13, Mo) As igrejas modernistas produziram novos ensinamentos para convir aos tempos, mas suas novas ofertas não são adequadas para a pregação do evangelho. Ao invés, rejeitam a Bíblia, descartando-a como sendo mito e lenda, quando muito apenas boa literatura, e apresentam a ciência e evolução, a psicologia e psiquiatria, num esforço de serem populares em uma civilização materialista. Deus diz com afinco que as “mesas [da cristandade] estão cheias de vomito”. Entre eles a fome espiritual reina suprema. Que contraste entre a condição dos seus seguidores e a das testemunhas de Jeová! —Isa. 28:8; 65:13-15; Jer. 2:13; Amós 8:11, 12.
18. Que devem lembrar os que condenam a franqueza de palavra como sendo intolerantet?
18 Ao substituírem as verdades contidas na Bíblia pelos antigos paganismos ou filosofias modernas, as religiões da cristandade semelham Israel apóstata que professava ser o povo de Jeová: “O boi conhece ao seu possuidor, e o jumento a mangedoura do seu dono, mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende.” (Isa. 1:3) Eles se põem em condição para receber uma severa condenação, contra a qual protestam como sendo intolerante. Mas não diz aqui o próprio Deus que eles têm menos inteligência do que o boi e o jumento? A sua Palavra os chama “cães mudos” e “cães vorazes”. Cristo Jesus os chamou insensatos, mentirosos e filhos do Diabo. Usam-se sarcasmo, mofo e derisão contra os falsos religiosos. Notai as palavras de Jó dirigidas a alguns deles: “Como sabes ajudar ao que não tem poder! Como prestar socorro ao braço que não tem força! Que bons conselhos dás ao que não tem sabedoria, e em quão grande copia revelas o verdadeiro conhecimento!” Para mais um exemplo de ironia zombadora, considerai as palavras de Elias aos falsos adoradores quando o seu deus não respondeu após horas de súplicas: Gritai em altas vozes, pois ele é um deus; ou está meditando, ou está em retiro, ou está em viagem, ou porventura está dormindo, e necessita que o acordem.” (1 Reis 18:21-28; Jó 12:2, 7, 8; 26:2, 3; Isa. 56:10, 11; Mat. 23:17; João 8:44) Isto deve fazer refletir os que se irritam contra as testemunhas de Jeová e falam mal delas porque estas se expressam francamente sobre as falsas religiões. Se condenarem tal franqueza de palavra também terão de condenar a Bíblia e o próprio Deus!
19. Por que, então, um cristão não se pode unir a um movimento interconfessional, e que seria obrigado a tolerar sem protestar se se unisse a tal?
19 Todo o precedente prova com clareza que os cristãos não podem aderir aos movimentos interconfessionais. Da mesma forma que Abel não pôde associar-se com Caim, nem Israel com o Egito ou com os cananeus, tão pouco Jesus com os escribas, os fariseus e os saduceus, nem os primitivos cristãos com a fusão do paganismo e do cristianismo após tata promulgada por Constantino. Entrar num aprisco interconfessional significaria que um cristão precisava tolerar os ensinamentos pagãos rotulados cristãos, tolerar a doutrina do Deus trino, tolerar as pretensões que Deus atormenta diabolicamente as almas em lagos de fogo, tolerar a blasfemia de que por dinheiro Deus libertará almas que sofrem no purgatório incendiado, tolerar jogos de bingo, tolerar a opinião que Jesus não era o Messias senão um impostor, tolerar a doutrina diabólica da evolução, tolerar a hipocrisia e intromissão política clericais, tolerar a propaganda de guerra e as bênçãos dos capelães sobre cristãos que matam outros cristãos — e assim sem cessar fluiria uma corrente interminável de blasfêmias que o cristão seria obrigado a tolerar em silêncio. Seria necessário fechar os olhos para não ver o pecado e o mal, tapar os ouvidos para não ouvir a blasfêmia, calar-se para tolerar silenciosamente a iniquidade. Temendo ofender os homens por palavras ou atos, ofenderia a Deus por tolerar em nome de tolerância todos os laços satânicos que se lhe apresentassem. Ele seria muito indigno e imundo para o serviço de Jeová, e o seguinte provérbio se aplicaria a ele: “Voltou o cão ao seu vômito, e a porca lavada tornou a revolver-se no lamaçal.” Voltar à sujeira deste mundo após ter sido separados e purificados dela nos tornaria indignos de mais misericórdia de Jeová. (Heb. 10:26; 2 Ped. 2:20-22; Apo. 18:4, NM) Por isso pela imerecida benignidade de Jeová apreciemos a organização teocrática visível que ele estabeleceu no nosso dia e adiramo-nos a ela.