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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1957
w57 1/5 pp. 96-99

Petição enviada aos líderes comunistas

POREI inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente.” Assim falou Jeová Deus à Serpente, no jardim do Éden. Essa inimizade tem continuado até os nossos dias. Hoje em dia, nota-se esta inimizade especialmente no ódio que os governantes comunistas têm às testemunhas de Jeová. — Gên. 3:15, NM.

De fato, essa inimizade tem sido tão amarga que, por muitos anos, não se sabia nada sôbre a sorte das testemunhas de Jeová na Rússia e na Sibéria. Em anos recentes, porém, continuaram a acumular-se as provas de que há milhares de testemunhas naqueles lugares, bem como em outros países atrás da Cortina de Ferro.

Pouca ou nenhuma atenção foi dada a essas testemunhas até 1949. Em julho daquele ano, realizou-se uma assembléia de distrito das testemunhas de Jeová no Palco Florestal de Berlim, na Alemanha. Naquela ocasião, os cêrca de 18.000 reunidos ali adotaram um protesto contra a opressão comunista das testemunhas na Alemanha Oriental. No ano seguinte, na assembléia internacional das testemunhas de. Jeová, no Estádio Ianque, 85.000 congressistas adotaram uma resolução. Esta incluiu um protesto “contra a perseguição das testemunhas de Jeová pelas potências comunistas e por outros poderes governamentais”.

Desde então transpirou muita informação sôbre as atividades e os sofrimentos das testemunhas atrás da Cortina de Ferro, havendo ali milhares delas. Esta tem sido publicada na imprensa secular bem como nas revistas da Sociedade Tôrre de Vigia.

As testemunhas atrás da Cortina de Ferro ansiaram de entrar em contato com seus irmãos do lado de fora. Apelaram aos governantes, mas sem resultado. De modo que expressaram seu desejo de que as testemunhas em outros países enviassem uma petição a seu favor ao govêrno russo. Em vista dos fatos acumulados, referentes à perseguição destas testemunhas, pareceu apropriado enviar uma petição às principais autoridades do govêrno russo.

Em conformidade com isso, a partir de meados de 1956 até aproximadamente fevereiro de 1957, tal petição foi adotada por 199 assembléias de distrito das testemunhas de Jeová, realizadas em todas as partes do mundo. Nessas sessões, um total de 462.936 pessoas votaram entusiàsticamente a favor dessas petições. A primeira das petições enviadas a Moscou, das 199 assembléias de distrito, foi adotada na Finlândia, e é esta que reproduzimos aqui (traduzida em português).

PETIÇÃO ADOTADA

Ao Primeiro Ministro Nikolai A. Bulganin

Presidente do Conselho de Ministros da União Soviética

Moscou, U. R. S. S.

Excelentíssimo Senhor:

Nós, os 1.136 delegados de muitas congregações das testemunhas de Jeová, reunidos em Assembléia de Distrito em Kemi, Lapônia, Finlândia, neste dia 30 de junho de 1956, resolvemos, pela declaração que segue, chamar a vossa atenção aos nossos companheiros cristãos, dos quais, como V. Ex.a sabe, há muitos milhares em vosso vasto país.

No decorrer dos últimos dois anos, destacados noticiários e pessoas repatriadas trouxeram notícias da Rússia, segundo as quais (1) há, ou havia, cêrca de 2.000 das testemunhas de Jeová no campo penal de Vorkuta; (2) em princípios de abril do ano de 1951, cêrca de 7.000 das testemunhas de Jeová foram prêsas, desde os estados bálticos até a Bessarábia, e daí foram transportadas em trens de carga à região distante entre Tomsk e Irkutsk, e perto do Lago Baical, na Sibéria; (3) há testemunhas de Jeová prêsas em mais de cinqüenta campos, desde a Rússia Européia até a Sibéria e, para o norte, até o Oceano Ártico, até mesmo na ilha ártica de Nova Zembla; e (4) que certo número destas, especialmente das 7.000 mencionadas acima, morreram de subnutrição durante os primeiros dois anos da sua estada na Sibéria.

PETIÇÃO

Uma investigação objetiva das testemunhas de Jeová revelará que nunca mereceram ser encarceradas, deportadas e enviadas a campos penais, e, consideramos agora mui oportuno enviar esta PETIÇÃO ao vosso Govêrno, pedindo que êstes cristãos sinceros, que se distinguem pelo seu ardente amor à justiça, à verdade e à paz, (a) sejam libertos e (b) autorizados a se organizarem em congregações cristãs, bem como em circuitos e distritos, abrangendo tôdas estas congregações através da nação, com ministros e servos responsáveis, segundo o mesmo padrão seguido em todos os outros países; (c) que sejam autorizados a estabelecer relações regulares com o corpo governante cristão das testemunhas de Jeová em Brooklyn, Nova Iorque, Estados Unidos da América; e, que (d) sejam autorizados a receber e a publicar a revista “A Sentinela” em russo, ucraniano e em outros idiomas, conforme necessário, bem como outras publicações bíblicas usadas pelas testemunhas de Jeová mundialmente.

DECLARAÇÃO DE FATOS

As testemunhas de Jeová são uma comunidade cristã que se compõe atualmente de mais de 640.000 ministros que se empenham na sua atividade em cêrca de 160 países, em pràticamente todo país na terra. Suas revistas quinzenais, “A Sentinela” e “Despertai!”, têm uma tiragem conjunta de mais de 4.000.000 de exemplares cada quinzena, e são publicadas em quarenta e quatro idiomas.

As testemunhas de Jeová, portanto, vêm de tôdas as nações, mas, no que se refere a elas, têm completamente resolvido o problema de co-existência pacífica, universal e duradoura. Nas suas fileiras, venceram tôdas as barreiras e preconceitos raciais, nacionais e religiosos, e tornaram-se uma associação de irmãos, seguidores de Cristo, todos governados pelos dois maiores mandamentos, os do amor a Deus e do amor ao seu próximo. Em vista disto, não podem matar, nem se matam uns aos outros, periodicamente, nos campos de batalha, como fazem os católicos, os protestantes e os membros de outros sistemas religiosos.

Jesus Cristo disse ao Governador Romano Pôncio Pilatos: “O meu reino não é deste mundo”, indicando assim que o Império Romano, do qual Pilatos era representante na Palestina, não precisava ficar preocupado com a sua atividade religiosa. Êle não lutava contra o govêrno político em poder, não tinha interêsses nem ambições políticas, não era líder de partido político, não lutava a favor dos judeus e contra os romanos, ou vice-versa. Não, mas indicou a raiz de todo o mal e realizou um programa de cura espiritual que continua até hoje e abrange tôdas as nações do globo, pelo ministério dos seus verdadeiros seguidores. Jesus disse também a Pilatos: “Para isso vim ao mundo, afim de dar testemunho da verdade.” Depois disso, Pilatos disse aos clérigos religiosos que acusaram falsa e hipocritamente a Jesus: “Eu não acho nele crime algum.” — João 18:36-38.

Não se pode achar crime algum, atualmente, nas teste­munhas de Jeová. Obedecem aos mandamentos de Deus: “Vós sois as minhas testemunhas, diz Jehovah.” (Isaías 43:10, 12) Dão primeiro a Deus as coisas que pertencem a Deus, e depois ao governador político na terra as coisas que pertencem a êle. (Mateus 22:21) Segundo o ensino de Cristo, constituem uma fraternidade universal composta de russos, chineses, finlandeses e de membros de muitas outras nações, e sua fraternidade está crescendo rapidamente em tôda a terra. As testemunhas de Jeová não causam dano a ninguém. Permanecem neutras para com as controvérsias dêste mundo. De modo que não se empenham em nenhuma atividade subversiva ou espionagem. Não são nacionalistas, nem capitalistas egoístas, nem imperialistas. Como verdadeiros cristãos, nunca poderiam ser tais, nem poderiam lutar em prol de qualquer doutrina ou ideo­logia política, seja ela comunista, democrática ou capitalista. Na América e em outros países ocidentais, as testemunhas de Jeová têm sido chamadas de “comunistas”, e, em países sob domínio comunista, de “imperialistas”, porque mantêm uma posição de neutralidade para com os assuntos mundiais. Os governos comunistas as têm acusado e julgado como “espiões imperialistas”, e as têm sentenciado a tantos quantos vinte anos de prisão. Mas, elas nunca se empenharam em qualquer atividade subversiva ou em qualquer espionagem.

Portanto, é absolutamente errado e em violação da justiça mais elementar, encarcerar, internar e deportá-las, seja por um dia ou por vinte e cinco anos.

Não somente em países ocidentais, mas também nos dominados pelos comunistas, as testemunhas de Jeová são reconhecidas como trabalhadores fidedignos, dignos de confiança, conscienciosos. Assim, cumprem com seus respectivos deveres de cidadãos do país em que vivem. São pessoas inteligentes que não acreditam em tôda a opressão e instrução errônea da parte das religiões falsas. Não roubam, não se entregam a bebedeiras, que reduzem a produção, e nunca se empenharão em qualquer obra de sabotagem. Seguem os ensinos da Bíblia Sagrada, cuja impressão e distribuição na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas o Govêrno da URSS tem recentemente autorizado.

Um ponto notável em que as testemunhas de Jeová, como seguidores de Cristo, diferem dos seus próximos é que insistem obedientemente em fazer aquilo que Cristo ordenou quando disse: “Estas boas novas do reino serão pregadas em tôda a terra habitada, com o propósito de dar testemunho a tôdas as nações, e então virá o fim consumado.” (Mateus 24:14, NM) Conseqüentemente, as testemunhas de Jeová estão fazendo isso, hoje em dia, entre tôdas as nações, e continuarão a fazer isso, mesmo em perigo de vida, sob perseguição e oposição, assim como Jesus disse: “Sereis odiados por todas as nações por causa do meu nome”, e, “eu vos envio como ovelhas no meio de lobos”. — Mateus 24:9; 10:16.

Deseja vosso Govêrno participar na responsabilidade do cumprimento destas palavras do Fundador do verdadeiro cristianismo?

CONVERSAÇÕES PROPOSTAS

Teremos muito prazer em enviar representantes de nosso corpo governante, Watch Tower Bible and Tract Society, a fim de manterem conversações adicionais sôbre êste assunto com V. Ex.a quer com vosso principal representante nos Estados Unidos da América, quer diretamente com vosso Govêrno em Moscou.

V. Ex.a tem permitido que muitas delegações de países ocidentais visitassem vossa capital e país. Gostaríamos, portanto, de sugerir também que V. Ex.a examine a possibilidade de permitir que uma delegação das testemunhas de Jeová siga para Moscou, a fim de dar a V. Ex.a qualquer informação adicional que possa requerer, e para pedir que V. Ex.a conceda permissão para uma visita a nossos irmãos cristãos nos diversos campos, irmãos que, confiamos, serão libertos em breve, por ordem de V. Ex.a.

No ínterim, não podemos fazer outra coisa senão informar o mundo sôbre as testemunhas de Jeová em prisões, campos penais e centros de deportação russos, visto que lhes devemos, como nossos amigos e irmãos na fé, informar o mundo sôbre a sua situação. No entanto, preferiríamos poder dizer ao mundo que V. Ex.a, o Govêrno da Rússia, ordenou que as testemunhas de Jeová fôssem libertas de todos êstes lugares, a fim de poderem trabalhar como cidadãos livres de vosso país e levar uma vida calma e tranqüila, o que crêem ser em harmonia com o exemplo dado por Jesus Cristo. — 1 Timóteo 2:1-6.

Confiantes de que V. Ex.a estudará esta petição e dará consideração aos méritos dêste caso e que possamos receber uma resposta favorável à mesma, subscrevemo-nos,De Vossa Excelência,

Mui Atenciosamente,

Testemunhas de Jeová

Kalle Salavaara

Moção da adoção desta Resolução

proposta por

Matti K. Tiainen, Administrador da Assembléia.

Apoiada por

Erkki Kankaanpaa, Presidente da Assembléia.

Aprovada unânimemente pela Assembléia de Distrito em

Kemi,

conforme atestado por

Vaino Pallari, Funcionário de Relações Públicas,

neste dia 30 de junho de 1956, em Kemi, Lapônia, Finlândia.

COMO FOI RECEBIDA

Em cada uma das assembléias, quatro testemunhas de Jeová assinaram três cópias da petição, em nome dos presentes. Uma cópia foi enviada diretamente ao Primeiro Ministro Bulganin, em Moscou, uma foi enviada ao embaixador russo do país em que se realizava a assembléia, uma foi remetida à matriz da Sociedade Tôrre de Vigia, e cópias adicionais foram fornecidas à imprensa, que, em geral, lhe deu boa cobertura.

Que fêz o govêrno russo em face desta petição? Até a data, desconsiderou-a. Não se ouviu nem uma única palavra. Que pelo menos uma cópia foi recebida em Moscou, prova-se por um recibo do correio dos Estados Unidos, indicando que a petição foi entregue ao govêrno russo e aceita.

Fizeram-se também esforços de apresentar a petição pessoalmente aos diversos embaixadores russos, locais. No entanto, em quase cada caso foi impossível falar com o próprio embaixador. No Uruguai, o secretário do embaixador declarou que a petição estava cheia de mentiras e recusou absolutamente ter qualquer coisa que ver com ela. Insistiu em que, na Rússia, é garantida a liberdade de adoração. Os resultados de esforços similares em outros países, tais como a Áustria, os Países-Baixos e a Suíça, foram similares.

Na França, o secretário do embaixador aceitou a petição. No entanto, não podia entender porque ‘franceses vivendo na França deviam preocupar-se com russos vivendo na Rússia’! Era aparentemente incompreensível a esta mente treinada pelos comunistas, que a lealdade pode ultrapassar as barreiras e diferenças nacionais.

Nos Estados Unidos, visto que o embaixador se achava ausente, marcou-se um encontro com o funcionário que era o segundo em autoridade, um Sr. Striganov. No decorrer da conversação, as testemunhas explicaram o propósito da sua visita, a atitude assumida pelas testemunhas de Jeová, e que seria nos melhores interêsses do govêrno russo fazer as pazes com as testemunhas. Indicaram, também, que, sem dúvida, um mal-entendido ou uma representação errônea tinha feito que o govêrno russo adotasse a atitude que tomou, e recomendaram o proceder adotado pelo govêrno da Polônia, o qual investigou as testemunhas, e, achando que as acusações levantadas contra elas não tinham fundamento, soltou-as das prisões.

O Sr. Striganov, porém, sustentou que se publicaram muitas mentiras sôbre a Rússia, e que, se alguém se achava encarcerado ali, não era por causa da sua religião, mas porque violou a lei. Criticou a atitude assu­mida pelas testemunhas quanto à guerra e insistiu em que a lei da Rússia era mais elevada do que a lei de Jeová, e que tinha de ser obedecida na Rússia. Mofou repetidas vêzes da menção do nome de Jeová e recusou aceitar a petição, agindo como se fôsse dinamite, nem mesmo querendo tocá-la.

Por insistirem nesta questão, as testemunhas de Jeová desincumbiram-se dum triplo dever. Deram testemunho acêrca da supremacia de Jeová; indicaram aos inimigos de Jeová o êrro do seu proceder e esforçaram-se a ajudar seus irmãos atrás da Cortina de Ferro.

Confiam na promessa de Jesus: “Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a êle clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los? Digo-vos que depressa lhes fará justiça.” — Luc. 18:7, 8, ARA.

No entanto, as testemunhas de Jeová não se deixam fàcilmente desencorajar. Não abandonam logo a luta. Em evidência dos seus esforços sinceros e incansáveis de ajudar seus irmãos oprimidos atrás da Cortina de Ferro, enviaram, em 1.° de março de 1957, a seguinte petição conjunta aos líderes comunistas.

Ao Primeiro Ministro Nikolai A. Bulganin

Presidente do Conselho de Ministros da União Soviética Moscou, U. R. S. S.

Excelentíssimo Senhor:

O corpo governante do grupo mundial de cristãos chamados Testemunhas de Jeová dirige-se a V. Ex.a.

Atualmente, sob a orientação da Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania, uma organização sempre crescente de ministros cristãos, as testemunhas de Jeová ensinam a Palavra do Deus Altíssimo e Criador do universo, Jeová, em 162 países, repúblicas e colônias através da terra. São verdadeiros cristãos, guiados na adoração genuína de Jeová Deus pelas normas e os princípios justos exarados na Bíblia Sagrada.

Dentro das fronteiras da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas encontram-se milhares destas testemunhas de Jeová, esforçando-se fielmente a servir o Deus Supremo, Jeová, no meio de condições muito difíceis. Muitas delas foram prêsas e acham-se encarceradas. Outras foram enviadas pára longe de seus lares, ao exílio na Sibéria. Isto não se deu por terem cometido qualquer crime ou por causa de qualquer tipo de atividade política. As testemunhas de Jeová são o grupo de pessoas mais pacífico e obediente à lei, na terra. Chegaram a ser punidas exclusivamente por causa do fato de que são cristãos dedicados que obedecem sinceramente às ordens de Jesus Cristo. É verdade que buscam primeiro o reino ‘de Deus e a sua justiça, pois é isso que Cristo disse que todos os cristãos deviam fazer, segundo Mateus 6:33. Mas, ao fazerem isso, obedecem também a tôdas as leis do país em que vivem, exceto no caso em que se faça uma lei que é contrária à lei suprema do Criador. São conscienciosos e cuidadosos de ‘pagar, pois, a César as coisas de César, mas a Deus as coisas de Deus’. — Mateus 22:21, NM.

Já faz agora muitos anos que as testemunhas de Jeová, na União Soviética, estão sofrendo grandes dificuldades e forte perseguição. Constituíram comissões e delegações, dentre seus próprios ministros, com o fim de registrar sua organização religiosa de acordo com os estatutos em vigor, mas, em cada ocasião, foram repelidos, e, em vez de se lhes permitir que registrassem sua organização cristã, prenderam-se os ministros das suas delegações. Tem-se tornado do conhecimento geral, em todo o mundo, que as testemunhas de Jeová, pelos milhares, se acham encarceradas na União Soviética e em exílio na Sibéria, e isso por causa da sua adoração cristã.

Tôdas as testemunhas de Jeová fazem uma dedicação solene de servir como ministros de Jeová Deus, e não se podem desviar dela. Acham-se sob ordens estritas de pregar as boas novas do reino de Deus. Têm de ser tão fiéis a Deus e guiados pelas mesmas leis teocráticas como os apóstolos exemplares de Jesus Cristo, que enfrentaram muita oposição e sofrimento físico por causa da sua adoração. Na Bíblia Sagrada, em Atos 5:17-40, encontramos um dos muitos exemplos das provações sofridas pelos primitivos cristãos. Naquela ocasião, o notável advogado não-cristão, Gamaliel, apresentou um princípio ao conselho governante, que se aplica até o dia de hoje, ao qual queremos respeitosamente chamar a vossa atenção, em relação às hodiernas prisões de testemunhas de Jeová na União Soviética: “Se êste conselho ou esta obra vem de homens, perecerá; mas, se é de Deus, não podereis destruí-los.”

As testemunhas de Jeová são os servos de Deus. Sua obra é de Deus. De modo que, em todos os países, inclusive na União Soviética, as testemunhas de Jeová têm de continuar — e continuarão, com a ajuda de Jeová Deus — a levar vidas cristãs e a adorar o Altíssimo.

Os verdadeiros cristãos amam-se mútuamente e preocupam-se muito com seus companheiros cristãos. Auxiliam-se mutuamente em qualquer ocasião em que se necessite de ajuda material ou espiritual. As testemunhas de Jeová são tais cristãos, e é por isso que, em tôdas as partes dá terra, nos últimos nove meses, as testemunhas de Jeová enviaram petições a V. Ex.a, na posição elevada que ocupa na União Soviética, se digne investigar os abusos cometidos contra suas contestemunhas de Jeová em vosso país, e conceder liberdade de adoração a nossos irmãos em Cristo.

A petição foi enviada a V. Ex.a em dezenas de idiomas, de 199 assembléias das testemunhas de Jeová. Cada exemplar foi enviado registrado, por via aérea. E, além disso, para assegurar que êste assunto importante chegue ao conhecimento de V. Ex.a, transmitiram-se também cópias da petição por intermédio dos representantes diplomáticos soviéticos em cada país.

Um total de 462.936 testemunhas de Jeová, mundialmente, endossaram esta petição e esperam notícias sôbre a ação tomada pelo govêrno da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, para aliviar os sofrimentos das testemunhas cristãs de Jeová ali.

Como corpo governante das testemunhas de Jeová em todo o mundo, estamos autorizados a transmitir com a presente uma petição conjunta, abrangendo os problemas das testemunhas de Jeová na União Soviética. E, como ministros do Deus Supremo, Jeová, estamos obrigados perante Êle a pedir que V. Ex.a se digne dar consideração a êste problema sério. Estamos prontos para enviar nossa delegação a Moscou, para as conversações propostas.

Nós, os representantes de 462.936 testemunhas de Jeová, peticionárias, pedimos respeitosamente a breve resposta de V. Ex.a. A responsabilidade perante o Deus Altíssimo, Jeová, descansa agora sôbre V. Ex.a: “De outra sorte, talvez sejais achados na realidade combatentes contra Deus.” — Atos 5:39, NM.

Apresentada pelos Diretores,

WATCH TOWER BIBLE AND TRACT SOCIETY OF PENNSYLVANIA

N. H. Knorr, Presidente

F. W. Franz, Vice-Presidente

Grant Suiter, Secretário-Tesoureiro

H. H. Riemer, Secretário-Tesoureiro Adjunto

T. J. Sullivan, Diretor

L. A. Swingle, Diretor

M. G. Henschel, Diretor

Anexos

Por insistirem neste assunto, as testemunhas de Jeo­vá têm cumprido um dever tríplice. Têm dado testemunho da supremacia de Jeová; têm indicado aos inimigos de Jeová o êrro do proceder dêstes, e têm-se esforçado a ajudar seus irmãos atrás da Cortina de Ferro.

Estão confiantes na promessa de Jesus: “Não causará Deus que se faça justiça aos seus escolhidos que clamam a êle dia e noite, embora seja longânimo para com êles? Digo-vos: Êle causará que se faça justiça a êles, bem depressa.” — Luc. 18:7, 8, NM

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