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  • Mantenha os Olhos Fixos no Prêmio
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1959
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  • AVALIANDO O PRÊMIO
  • PERSEVERANÇA POR MEIO DA SINGELEZA NO OLHAR
  • A ERA DAS DISTRAÇÕES
  • É NECESSÁRIO DEIXAR DE LADO AS DISTRAÇÕES
  • DETERMINAÇÃO E TREINAMENTO
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1959
w59 1/6 pp. 325-331

Mantenha os Olhos Fixos no Prêmio

“Não sabeis que os que participam numa corrida correm, mas somente um recebe o prêmio? Correi de tal maneira que possais alcançá-lo.“ — 1 Cor. 9:24, NM.

1. Por que usa a Bíblia muitas vezes palavras que se referem à corrida a pé?

CORRER, corrida, carreira estas são palavras que já notou provavelmente muitas vêzes ao ler a Bíblia, especialmente nas epístolas do apóstolo Paulo. Por que usa ele freqüentemente palavras relacionadas com uma corrida a pé? Porque a corrida ilustra bem a carreira que se apresenta ao cristão; porque correr expressa movimento, ação, avançar; porque correr é uma das palavras mais expressivas e notáveis que o apóstolo podia usar para expressar os esforços que o cristão precisa fazer para ganhar o prêmio da vida eterna no novo mundo de Deus.

2, 3. Que conhecimento tinham os antigos coríntios quanto a corrida? Portanto, que conselho deu o apóstolo aos cristãos coríntios?

2 Com o objetivo de encorajar os cristãos em Corinto, para correrem a fim de ganhar o prêmio, Paulo usou a linguagem pitoresca dos antigos jogos. Dentre os quatro jogos mais famosos do mundo antigo, um foi realizado perto de Corinto, no estádio no Istmo de Corinto. Uma das competições mais prezadas dos jogos ístmicos era a corrida a pé. Quase todos os coríntios, numa ocasião ou noutra, tinham assistido aos jogos e visto a corrida. Era o passatempo dos coríntios que não eram cristãos; era o divertimento ou esporte nacional, sendo somente que as competições eram mais importantes do que o esporte como o conhecemos hoje em dia; pois aquelas competições estavam profundamente associadas com a antiga religião grega. Sabendo que seus leitores estavam bem familiarizados com a corrida a pé, Paulo podia aptamente perguntar:

3 “Não sabeis que os que participam numa corrida todos correm, mas sómente um recebe o prêmio?” Eles sabiam. Os cristãos coríntios sabiam que muitos corredores participavam na corrida, mas que apenas um recebia o prêmio; sabiam que cada corredor fazia o máximo esforço para ganhar aquele prêmio; sabiam que os corredores corriam para ganhar o prêmio. Os cristãos, mostrou Paulo, tem de correr de modo similar: “Correi de tal maneira que possais alcançá-lo.” Sim, correr para vencer! Diferente da antiga corrida, na qual apenas um recebia o prêmio, a corrida cristã oferece um prêmio a todos os que correm bem, a todos os que atingem a meta. — 1 Cor. 9:24, NM.

4. Na antiga corrida, qual era o costume referente ao prêmio, e como afetava isso os corredores?

4 Não há dúvida: aqueles antigos corredores gregos corriam para ganhar o prêmio; não corriam apenas para participar da competição. Quão ansiosamente buscavam o prêmio! Com que concentração corriam! Como mantinham os olhos fixos na frente! No ponto em que a corrida devia terminar colocava-se costumeiramente o prêmio, num lugar de destaque. A vista dele fazia que os competidores empenhassem cada nervo, que esquecessem tudo, exceto seu único objetivo — ganhar o prêmio. Corriam com os olhos fixos no prêmio. Quanto mais deve fazer isso o cristão!

5. Por que espécie de prêmio correram os antigos?

5 Pois, quando comparado com o prêmio dos cristãos, o que era o prêmio tão ansiosamente buscado por aqueles corredores? “Ora eles . . . o fazem”, disse o apóstolo, “para que possam obter uma coroa corrutível, mas nós, para obtermos uma incorrutível”. Para o antigo corredor, o prêmio era uma coroa ou uma grinalda de folhas de oliveira, de laurácea ou de pinheiro. Nos jogos ístmicos, a coroa era de pinheiro. Esta coroa e a glória acompanhante era o prêmio pelo qual os antigos corredores corriam com todas as suas forças. No entanto, até mesmo a coroa de pinheiro desvanecia-se e murchava com o tempo. Seu prêmio desvanecia-se, murchava, perecia! Uma coroa desvanecente — contudo, quão vigorosamente se esforçavam em ganhar a coroa, correndo com os olhos fixos no prêmio! — 1 Cor. 9:25, NM.

AVALIANDO O PRÊMIO

6. Em contraste com o prêmio dado aos corredores pagãos, qual é a recompensa amorosa de Deus para os que correm bem?

6 Em contraste com a coroa desvanecente dos antigos jogos, o apóstolo diz aos cristãos qual o prêmio que espera os que correm até o fim da carreira, um prêmio que nunca perecerá. Falando desta coroa, o apóstolo Pedro escreveu: “Quando o pastor principal tiver sido manifesto, recebereis a coroa imarcescível da glória“, ou, conforme mostra a nota marginal,“levareis como prêmio” a coroa imarcescível. Que prêmio para os cristãos ungidos, os que são chamados para o reino celestial! Pode qualquer prêmio deste mundo comparar-se com o prêmio que Deus oferece — o prêmio da incorrutibilidade, o prêmio da vida eterna em glória celestial com Cristo, o Rei? Hoje em dia há centenas de milhares de corredores cristãos que não foram ungidos por Deus para serem seus filhos espirituais no reino celestial; Deus oferece também a êstes um prêmio imperecível. Êste é a vida eterna em perfeição na terra, debaixo do reino dos céus. Não importa qual o prêmio em que se fixam os olhos do corredor cristão, vale a pena gastarem-se tanto vigor e energia como gastaram os corredores nos jogos antigos; de fato, o cristão devia correr com maior determinação e vigor, pois o prêmio que Deus promete amorosamente nunca se desvanecerá: “Esta é a coisa prometida que ele mesmo nos prometeu, a vida eterna.” — 1 Ped. 5:4; 1 João 2:25, NM.

7, 8. À base do exemplo de Paulo, como deve o corredor cristão considerar o prêmio que Deus oferece?

7 Em vista de tal prêmio incomparável diante do corredor cristão, qual deve ser seu ponto de vista sobre os prêmios dêste mundo? Deve ser o mesmo de Paulo, quem disse: “Considero também, deveras, todas as coisas como perda, por causa do valor superior do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dêle aceitei a perda de todas as coisas e considero-as como uma porção de refugo.” Portanto, como correu Paulo? “Irmãos, quanto a mim, ainda não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa é certa: Esquecendo as coisas que ficaram para trás e procurando alcançar as coisas que estão adiante, prossigo em direção ao alvo para o prêmio.” — Fil. 3:8, 13, 14, NM. ’

8 Assim como os corredores dos jogos antigos corriam com os olhos fixos no prêmio, esquecidos de todos os outros prêmios, para com todas as coisas no passado, só pensando nas coisas adiante, assim corria Paulo. Parafraseando-se as palavras do apóstolo: ’Creiam-me, há apenas uma única coisa que vale a pena, em todo o mundo — o prêmio em que fixo os olhos. Nada se pode comparar com êle, absolutamente nada. Tudo o que êste mundo pode oferecer, não importa quão belo o carro, quão espaçosa a mansão, quão resplendente o traje ou quão requintados os prazeres, eu considero a tudo isso como refugo, lixo que se joga fora, para me concentrar em ganhar o prêmio. Por isso não corro de modo irregular ou indiferente, como se o meu alvo estivesse em dúvida. Corro com plena determinação de coração, com singeleza de objetivo. Eu tenho um alvo em mira. Por que devia eu tirar os olhos dele? Por isso vivo, corro — com os olhos fixos no prêmio!”

9. Que perigo confronta o corredor cristão, tornando vital que êle tenha a atitude mental correta?

9 Paulo formava um conceito realista do prêmio. Atribuía-lhe o valor certo. Formava também um conceito correto sôbre os prêmios que êste mundo oferece. Êle diz que o corredor cristão deve fazer o mesmo: “Tantos de nós, pois, quantos somos maduros, tenhamos esta atitude mental.” Quão vital isto é neste “tempo do fim“, quando os prêmios do mundo se estão multiplicando — prêmios de carreiras profissionais, prêmios de prazeres, prêmios de propriedades! Vemos assim onde está o perigo: o perigo de que o corredor cristão inicia a corrida com alegria e vigor, mas que depois deixe que os prêmios dêste mundo o distraiam e êle tire os olhos do prêmio da vida. O que acontece então? O corredor diminui o passo, começando então a caminhar despreocupadamente. Quão incerto êle corre então. Não mais corre como alguém que quer ganhar o prêmio da vida. As coisas que ficaram atrás, os prêmios dêste velho mundo, distraíram-no, fazendo que perca o estímulo e o incentivo para correr, que vêm somente por se manterem os olhos fixos nas coisas adiante, no prêmio que Deus oferece. Demas, companheiro de Paulo na corrida, tirou os olhos do prêmio; os prêmios dêste mundo distraíram-no, e êle deixou de correr. Precisamos obter a atitude mental correta para com os prêmios dêste mundo, “porque tudo o que há no mundo — o desejo da carne, e o desejo dos olhos, e a exibição ostentosa dos meios de vida da pessoa — não se origina do Pai, mas se origina do mundo. Além disso, o mundo esta passando e assim também o seu desejo, mas aquêle que faz a vontade de Deus permanece para sempre”. — Fil. 3:15; 2 Tim. 4:10; 1 João 2:16, 17, NM.

10, 11. (a) Por que não vale nenhum prêmio que o mundo oferece que se tirem os olhos do prêmio que Deus oferece? (b) Como se sentem muitas vêzes as pessoas que andavam atrás do prêmio da riqueza quando chegam ao fim de sua vida, em contraste com a expressão do apóstolo?

10 Portanto, de que valor são os prêmios dêste mundo, prêmios que estão condenados a desaparecer e desvanecer tão certamente como acontecia com as coroas verdes dos antigos corredores? Vale realmente o maior prêmio que êste mundo pode oferecer — o objetivo na vida de tantas pessoas hoje em dia, a chamada segurança econômica — que tiremos os olhos do prêmio da vida? Nem por um momento! O corredor cristão tem de prover o necessário a vida, no entanto, ao mesmo tempo, nunca pode tirar os olhos do prêmio. Paulo fabricava tendas para suprir algumas de suas necessidades; todavia, nunca permitiu que a fabricação de tendas o fizesse tirar os olhos do prêmio. Portanto, Paulo não ia atrás do objetivo infrutífero da segurança econômica; êle sabia que o dinheiro, a riqueza e as posses não têm valor nenhum sem a vida. Mesmo os que alcançam o que êles consideram como segurança econômica, por ajuntarem milhões em dinheiro, chegam muitas vêzes a reconhecer por que espécie de prêmio desvanecente gastaram as suas vidas. No livro inglês intitulado Tesouro do Mundo Cristão aparece o seguinte: “O Sr. T. P. O’Connor relata uma entrevista com o Sr. Andrew Carnegie: “Ao nos dirigirmos de carro para a estação, fiz a observação de quanto lhe invejava a sua riqueza. Êle disse: “Eu não sou para invejar. Como me pode ajudar a minha riqueza? Tenho sessenta anos de idade, e não posso digerir o meu alimento. Eu daria todos os meus milhões se pudesse ter juventude e saúde.” E não posso esquecer então a sua próxima observação. Tínhamos viajado algumas jardas em silêncio, quando o Sr. Carnegie se voltou repentinamente para mim, e em voz baixa, com amargura e um sentimento profundo, quase indescritível, disse: “Se eu pudesse fazer o negócio de Fausto, eu o faria. Venderia de bom grado tudo para ter novamente a minha vida.” E eu vi como a sua mão se cerrava ao falar.’“

11 Quão diferentemente se expressou o apóstolo Paulo, que, depois de gastar a sua vida indo atrás do prêmio celestial, podia dizer: “Tenho acabado a carreira, tenho guardado a fé; desde agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dára naquele dia” — 2 Tim. 4:7, 8.

PERSEVERANÇA POR MEIO DA SINGELEZA NO OLHAR

12. A que atribuiu Paulo em grande parte a sua força de perseverança?

12 Paulo atribuiu sua extraordinária perseverança à sua singeleza de objetivo. E ele adquiriu esta singeleza de objetivo por manter o olho fixo no prêmio. Portanto, mantermos os olhos fixos no prêmio afeta vitalmente a nossa força de perseverança. Não se engane nisso: a perseverança é necessária. “Corramos com perseverança a carreira que nos está proposta.” A corrida cristã não é apenas uma arrancada curta; ela é longa e difícil. Visto que não se alcança o prêmio até que se atinja a meta, não pode haver diminuição de esforço ao longo do caminho. Entre as parábolas mais pungentes de Jesus achavam-se as que indicavam o fracasso dos que começaram bem, mas não puderam manter o passo ate o fim. — Heb. 12:1.

13. Na parábola do semeador, que podia ser a causa de o corredor tropeçar e perder o prêmio, conforme Jesus mostrou, e que conselho deu ele a respeito de bens?

13 Jesus, na sua parábola do semeador, explicando o significado das sementes que caíram sôbre o solo pedregoso e entre os espinhos, disse: “Quanto ao que foi semeado em lugares pedregosos, este é o que ouve a palavra e a aceita imediatamente com alegria. Todavia não tem raiz em si mesmo, mas continua por algum tempo, e depois de surgir tribulação ou perseguição por causa da palavra, ele tropeça imediatamente. Quanto ao que foi semeado entre os espinhos, este é o que ouve a palavra, mas as ansiedades deste sistema de coisas e o poder enganador da riqueza sufocam a palavra, e ele torna-se infrutífero.” De modo que alguns corredores são eliminados da corrida por tropeçarem na tribulação ou perseguição”. Outros perdem a sua força de perseverança por causa das “ansiedades deste sistema de coisas”. Depois de contar as parábolas da construção duma torre e do rei que vai a guerra, Jesus comentou: “Assim podeis estar certos de que nenhum de vós que não disser adeus a todas as suas posses pode ser meu discípulo.” — Mat. 13:20-22; Luc. 14:33, NM.

14. Como deve o cristão considerar os bens materiais?

14 O corredor cristão não tem obrigação nenhuma de distribuir os seus bens materiais, mas ele está sujeito ao princípio que Jesus estabeleceu: Se ele ver que as suas posses fazem que seus olhos se desviem do prêmio da vida, então deve antes dizer adeus a estes bens que o desviam, do que ficar com eles e sujeitar-se ao risco de sair perdendo na corrida. Nenhuns bens, nenhumas posses materiais devem ser permitidas a se tornarem tão importantes, tão grandes na vida, que desviem do prêmio os olhos do corredor. No mundo atual, porém, não é provável que uma única propriedade tire os olhos da pessoa do prêmio; é a multidão de coisas, bens, prazeres, passatempos e as ansiedades e distrações da vida. Tudo isso junto, a multiplicidade de distrações, exerce uma grande força, tornando difícil mas ao mesmo tempo mais vital do que nunca antes — obedecer a ordem bíblica para a corrida: “Dirijam-se os teus olhos para a frente, e olhem as tuas palpebras diretamente diante de ti. Faze plana a vereda dos teus pés, e sejam estabelecidos todos os teus caminhos. Não declines nem para a direita nem para a esquerda.” Como adquirir esta singeleza de olhar, que aumente tanto a nossa força de perseverança — este é o problema que cada corredor tem de resolver. — Pro. 4:25-27.

A ERA DAS DISTRAÇÕES

15. Que disse certo orador mundano sobre “as ansiedades deste sistema de coisas“?

15 Um comentário sobre as “ansiedades deste sistema de coisas” foi feito por Bernard M. Baruch. Falando a um grupo de estudantes universitários no City College de Nova Iorque, ele declarou: “Nunca na historia podia a humanidade jactar-se de melhores meios de comunicação, de rotativos de alta velocidade, de revistas profusamente ilustradas, do rádio, do cinema e da televisão. No entanto, tôdas estas formas milagrosas de comunicação parecem induzir menos ao pensamento do que uma tora de madeira na floresta. De fato, parece quase que estes meios de comunicação aerodinâmicos, a jato, são inimigos do pensamento. Bombardeiam-nos diariamente com novas distrações.. . . Nossas energias. . . dissipam-se em questões secundárias. . . .Ainda há pouco tempo pensava-se afetuosamente que a nossa era “A Era do Esclarecimento’. Ela se está tornando cada vez mais ‘A Era da Distração.’”– Vital Speeches of the Day, junho de 1953.

16, 17. (a) Os que se deixam distrair por muitas coisas deviam aceitar que conselho de Jesus? (b) Que disse certa escritora sobre as distrações da civilização moderna?

16 Quanto mais distrações há, tanto mais difícil é alcançar a singeleza no olhar necessária na corrida cristã. É obvio que há hoje mais distrações do que nos dias de Jesus; contudo, o povo ficava distraído também nos dias de Jesus. Em certa ocasião, Jesus entrou numa aldeia e “certa mulher chamada Marta acolheu-o em casa como hóspede. Esta mulher tinha também uma irmã chamada Maria, a qual, porém, assentou-se aos pés do Mestre e ficou escutando a palavra dele. Marta, por outro lado, desviava a atenção por atender a muitos deveres. Por isso, aproximou-se e disse: “Mestre, não te importa que minha irmã me deixou sozinha para cuidar das coisas? Dize-lhe, portanto, que venha ajudar-me.“ Em resposta, o Mestre disse-lhe: “Marta, Marta, estas ansiosa e preocupada com muitas coisas. Poucas coisas, porém, são necessárias, ou apenas uma. Da sua parte, Maria escolheu a boa porção, e esta não lhe será tirada.“ Maria deixou de lado as distrações, para aguçar a sua visão espiritual; Marta deixava-se distrair demais pelas muitas coisas, para assentar-se também aos pés do Mestre e absorver o conhecimento, a única coisa de que realmente necessitava. — Luc. 10:38-42, NM.

17 Este mundo moderno tem mais Martas do que Marias. E a razão são as distrações. Comentando algumas das distrações que confrontam a dona de casa moderna, Anne Morrow Lindbergh escreveu no livro inglês intitulado Dádiva do Mar: “Quero levar uma vida simples. . . . Mas não a levo. . . . A vida que escolhi como espôsa e mãe traz consigo tôda uma caravana de complicações. Envolve uma casa nos subúrbios, e, quer tarefas domésticas, quer ajudas domésticas. . .Envolve alimento e abrigo; refeições, fazer planos,fazer compras, contas, e equilibrar o orçamento de mil maneiras diferentes. Envolve não somente o açougueiro, o padeiro, o eletricista, mas inúmeros outros peritos para manter a minha casa moderna funcionando corretamente com as suas “simplificações“ modernas (eletricidade, encanamento, geladeira, fogão a gás, caldeira a óleo, máquina de lavar pratos, rádios, automóvel e numerosos outros aparelhos para poupar trabalho). Envolve a saúde; médicos, dentistas, marcar hora, remédios, óleo de fígado de bacalhau, vitaminas, viagens à farmácia. Envolve a educação, espiritual, intelectual e física; escolas . . . preleções; acampamentos, equipamento de acampamento e transporte. Envolve roupa, fazer compras, lavandaria, tinturaria, costurar, abaixar bainhas nos vestidos e pregar botões, ou achar alguém para fazê-lo. Envolve amigos, os do meu marido, os dos filhos, minhas próprias amigas, e intermináveis arranjos para nos reunirmos; cartas, convites, chamados telefônicos e transporte para cá e para lá. . . . O problema da multiplicidade da vida não confronta apenas a mulher norte-americana, mas também o homem norte-americano. E não se trata apenas dum problema dos americanos, mas de toda a nossa civilização moderna.”

É NECESSÁRIO DEIXAR DE LADO AS DISTRAÇÕES

18. Quão valiosos são para nós o exemplo e a admoestação de Paulo? Que deve aprender o corredor cristão?

18 No meio destes cuidados e das distrações da vida moderna, o corredor cristão precisa manter a sua determinação. E precisa certificar-se de que esteja progredindo em direção à sua meta. O apóstolo Paulo nunca permitiu que as “ansiedades deste sistema de coisas” desviassem seus olhos do prêmio. “O modo de eu correr”, disse ele, “não é incerto”. Paulo tinha a sua meta em vista; nunca havia dúvida sôbre isso. Temos de correr com tal determinação que ganhemos o prêmio, com tal singeleza de visão. Mas, como se pode fazer isto, visto que há distrações por todos os lados, muitas delas sendo obrigações que não podemos deixar de lado? Pode-se aplicar o princípio apresentado no conselho que Paulo deu aos corredores cristãos: “Dispamo-nos também de todo o peso e do pecado que tão facilmente nos enlaça, e corramos com perseverança a carreira que está posta diante de nós.” Então, pela causa da perseverança, o corredor cristão precisa aprender a arte de deixar de lado as distrações, a arte de largar todo o peso — as coisas que, em conjunto, tendem a desviar-lhe os olhos do prêmio e atrasá-lo na corrida pela vida. — 1 Cor. 9:26; Heb. 12:1, NM.

19. Como governou este assunto da distração o conselho que Paulo deu sobre o matrimônio? Portanto, que é básico na vida do cristão?

19 Por reduzirmos as distrações, ganhamos tempo para nos concentrarmos na corrida e em ganhar o prêmio. É esta questão de reduzir as distrações ao mínimo que entra em tantas fases da vida do cristão. O apóstolo Paulo sabia que o casamento trazia consigo muitas distrações; por isso aconselhou ficar solteiro como o melhor proceder a adotar, porque permite “atender constantemente ao Senhor, sem distração”. Todavia, por outro lado, Paulo sabia que as paixões eram uma distração e que podiam ser perigosas; por isso escreveu: “É melhor casar-se do que ficar inflamado de paixão.” Tentar livrar-se das distrações — isto é básico na vida do cristão. — 1 Cor. 7:35, 9, NM

20. Para comprar o tempo, que deve o cristão estar disposto a fazer? Que se pode dizer das posses não essenciais?

20 Pela causa de manter seus olhos fixos no prêmio, o corredor cristão deve estar disposto a determinar quais as distrações que pode lícita e proveitosamente deixar de lado. Ao se livrar delas, ele ganha tempo, em harmonia com a ordem: “Mantendo estrita vigilância quanto a como andais, para que não sejais como pessoas insensatas, mas como sábias, comprando o tempo oportuno para vós mesmos, porque os dias são iníquos.” Devemos tratar seriamente deste assunto de aproveitar o tempo, estando sempre alertas em manter as distrações reduzidas ao mínimo. Visto que as pessoas tem a tendência de ajuntar coisas, quantas distrações pode a pessoa acumular só em matéria de bens! Que quantidade de aparelhos, revistas, livros, roupa, apetrechos para passatempos e outros objetos diversos pode a pessoa acumular! É muitas vezes surpreendente quantas coisas que não são realmente úteis a pessoa tende a acumular. Mesmo quando guardados num armário, coisas que não são realmente necessárias são uma distração: não somente requerem espaço, mas tomam tempo tirar o pó, limpar, rearranjar, etc. Por deixar de lado as distrações, guardando apenas as coisas que são necessárias, sentimo-nos mais felizes e, acima de tudo, mais capazes de manter os olhos fixos no prêmio. — Efé. 5:15, 16, NM.

21. Como podemos ajudar a nos mesmos em reduzir as distrações ao mínimo?

21 Ser seletivo é uma ajuda importante em manter as distrações reduzidas ao mínimo. Os comercialistas do mundo não querem que seja prudentemente seletivo; fazem o máximo para induzir as pessoas a acumular bens, quer os precisem, quer não. Portanto, precisamos ser seletivos nas compras, na leitura, no modo em que gastamos nosso tempo. Lembre-se de que apenas “poucas coisas”, conforme disse Jesus, são necessárias.

DETERMINAÇÃO E TREINAMENTO

22. Que disse certo corredor hodierno sobre a corrida e o treinamento? Por que se aplica o mesmo principio à corrida do cristão?

22 O tempo ganho por deixarmos de lado as distrações habilita-nos a nos concentrarmos na corrida. Visto que a palavra “corrida” abrange todo o modo de vida cristão, especialmente nossos esforços vigorosos de pregar as boas novas, é imperativo que nos treinemos para a corrida. Nenhum corredor corre bem sem treinamento. Em 1954, Roger Bannister, o primeiro homem a correr a milha medida em menos de quatro minutos, disse a um jornalista, depois de sua vitória: “Não adianta participar numa corrida a menos que se queira vencer. Para vencer, precisa-se treinar. Se não se tiver tempo para treinar, não se devia participar de corridas.” É a corrida cristã realmente diferente? “Correi de tal maneira que possais alcança-lo”, disse Paulo a respeito do prêmio. Êle aconselhou também: “Treina-te com a devoção piedosa por teu alvo.” Portanto, por que entrar na corrida cristã, a menos que se tenha a determinação de ganhar o prêmio? E, se estiver determinado a vencer, por que correr sem treinamento? No entanto, alguns corredores têm tentado correr sem treinamento; negligenciam o treinamento espiritual disponível nas reuniões congregacionais da sociedade do Novo Mundo. Estas reuniões tem uma função vital: ajudam-nos a fixar os olhos no prêmio. Não é de admirar-se, assim, que os que regularmente perdem as reuniões saem muitas vezes fora da corrida; perdem a visão clara do prêmio e sua força de perseverança enfraquece-se. — 1 Cor. 9:24; 1 Tim. 4:7, NM.

23. Em que exemplos de singeleza no olhar devemos refletir para o nosso encorajamento?

23 Ao nos treinarmos para a corrida, precisamos refletir nos exemplos dos que correram bem, tais como Abraão e Moisés. Abraão “esperava a cidade que tem verdadeiros fundamentos“, e Moisés “olhava atentamente para o pagamento da recompensa”. Fixaram os olhos no prêmio! Precisamos especialmente refletir no exemplo do perfeito corredor, Cristo Jesus. “Corramos com perseverança a carreira que está posta diante de nós, ao olharmos atentamente para o líder e aperfeiçoador da nossa fé, Jesus. Pelo gozo que lhe foi proposto, ele suportou uma estaca de tortura, desprezando a ignomínia, e já se assentou á destra do trono de Deus.” Jesus é quem marca o nosso passo. — Heb. 11:10, 26; 12:1, 2, NM.

24. Por que não deve haver demora na corrida atual, e como devemos correr?

24 Jesus, Paulo e as fiéis testemunhas dos tempos primitivos correram todos com os olhos fixos no prêmio. Corra como eles o fizeram. Tome agora o tempo para correr deste modo. Não temos nenhuma garantia de que as circunstâncias nos favoreçam amanhã com menos distrações. É provável que as distrações aumentem, ao passo que este mundo se aproxima de sua ruína. Aproveite o tempo para correr, enquanto ainda durar o dia de hoje. Avalie corretamente o prêmio. Treine-se regularmente. Deixe de lado os pesos e as distrações. Reduza-tudo às meras necessidades. Corra para vencer: Corra com os olhos fixos no prêmio.

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