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  • Ser perseverante com alegria ou desistente infeliz — qual?

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  • Ser perseverante com alegria ou desistente infeliz — qual?
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1969
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  • PERSEVERANÇA CRISTÃ
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1969
w69 1/12 pp. 713-718

Ser perseverante com alegria ou desistente infeliz — qual?

“Ora, nós não somos dos que retrocedem para a destruição, mas dos que têm fé para preservar viva a alma.” — Heb. 10:39.

1. Por que são tantas as pessoas que deixam de perseverar num empreendimento que escolheram?

NESTES tempos de rápidas mudanças, é difícil perseverar em qualquer empreendimento que se escolha. Precisa-se enfrentar muita competição e oposição, acompanhadas por muito trabalho árduo e muitos desgostos. Alguns não têm forças para continuar na corrida, nem a fonte de energia a que recorrer para manter a sua coragem. Outros chegaram à conclusão de que o fim ou o objetivo não justifica o esforço e que se suportem as dificuldades. Estes desistem.

2. Por que são infelizes os que desistem?

2 O homem tem o desejo inerente de realizar alguma coisa. Não há nada que se compare à alegria exultante duma consecução. E é natural que a pessoa queira que sua vida seja de algum modo uma contribuição para a sociedade humana. Os que perseverais, alcançando finalmente seu objetivo, são os felizes. Os que desistem talvez obtenham algum alívio temporário por evitarem as responsabilidades e pressões enfrentadas pelos que perseveram, mas criam para si mesmos um ambiente de infelicidade por terem desistido — falta de confiança, uma consciência que os atribula e falta de respeito próprio. Isto se dá especialmente quando o empenho em que a pessoa se ocupava era uma causa justa e digna, e sua vida resulta em fracasso.

3. Quando alguém empreende um certo proceder, que coisas precisa tomar em consideração para perseverar?

3 Todo aquele que quiser ser bem sucedido na vida e não ser desistente, precisa planejar com antecedência, considerando quatro coisas principais. Primeiro, precisa determinar se o objetivo que pretende alcançar é o certo, resultando em felicidade eterna tanto para ele como para os que o rodeiam. Segundo, precisa examinar e verificar cuidadosamente se o meio que usará para alcançar seu objetivo tão almejado é honesto, justo e reto. Terceiro, precisa ter o conceito correto sobre a perseverança. Quarto, tendo certeza de todas estas coisas, precisa resolver firmemente que vai prosseguir. — Compare isso com Lucas 14:28-33.

4. Quando começou a seguir rumo ao seu objetivo, então o que precisa fazer?

4 Tendo fixado seu rumo, precisa dar-se conta de que terá de recorrer a todos os recursos disponíveis para dar-lhe a necessária força para enfrentar obstáculos com bom êxito e alcançar a meta que escolheu. (Fil. 3:12-16) Precisa examinar-se continuamente para certificar-se de que segue o rumo certo em direção ao seu objetivo, vigiando de perto para que não se desvie nem para um lado nem para outro. Corrigirá continuamente seu rumo para manter a direção. Ao passo que prossegue diretamente à frente, no rumo certo, aperfeiçoar-se-á sua perseverança. — 2 Cor. 13:5.

A ATIVIDADE MAIS IMPORTANTE

5. Qual é o único objetivo digno, e por quê?

5 Há muitas atividades em que a pessoa se pode empenhar e que são proveitosas em grau maior ou menor para a humanidade e para ela mesma. Mas a situação do mundo faz que resultem em desapontamento e frustração. De fato, tais esforços, no melhor dos casos, são de ajuda apenas temporária, pois toda a humanidade continua a morrer. Se houvesse um meio pelo qual se pudesse obter vida eterna, não só para si mesmo, mas também para outros, então seria o melhor proceder a adotar. Seria o único digno a que se lhe devote a vida toda, porque sem vida não há atividade, proveitosa ou agradável, em que se empenhar. Há tal meio, com o objetivo dos mais dignos, de fato, o único que vale a pena, em nosso tempo, e o único proceder em que a pessoa pode perseverar com bom êxito. Este meio é o serviço de Jeová Deus e de seu reino por meio de Cristo Jesus. Na qualidade de Criador e Produtor de tudo o que é bom para a humanidade, ele promete introduzir, por meio do seu reino, uma nova ordem justa e duradoura, nesta terra, em que o homem possa ter a mais plena expressão das qualidades que Deus implantou nele, em condições justas e com vida infindável. — Isa. 9:6, 7; 25:7, 8.

PERSEVERANÇA CRISTÃ

6. Descreva o conceito que o mundo tem da perseverança.

6 Quanto ao conceito correto sobre a perseverança: No mundo, a palavra “perseverança” não soa muito agradável. O conceito que o mundo tem da perseverança pode ser ilustrado com a experiência dum homem numa balsa salva-vidas. Tal homem se encontra nesta situação contra a sua vontade. Está à mercê dos elementos. Talvez resista perseverante por causa do desejo obstinado de viver. Talvez sobreviva ao longo transe da falta de víveres e de água e seja a tempo resgatado da balsa, mas está tão fraco, que outros o precisam alimentar e cuidar dele, talvez por algum tempo. Ele mesmo não pode ajudar a ninguém. É uma experiência sem alegria, suportando-se apenas os sofrimentos com determinação e esperando-se que venha o fim do transe.

7. Contraste o conceito cristão da perseverança com o do mundo.

7 Quem serve a Deus como cristão é diferente. É verdade que precisa perseverar. Esta perseverança inclui enfrentar as coisas da vida diária, bem como muita oposição, sofrimento e perseguição. Então, em que difere a perseverança do cristão? Ora, de modo diferente do homem na balsa, ele toma seu rumo voluntariamente, sabendo para onde vai e por que precisa perseverar. Sabe também que tem Jeová Deus ao seu lado. Não desespera; não passa fome ao prosseguir, porque é alimentado espiritualmente. Em vez de ficar cada vez mais fraco, igual ao homem na balsa, continua a tornar-se cada vez mais forte, porque sabe que agrada a Deus. Ele ajuda outros a perseverar. Seu interesse nos outros o mantém ocupado, de modo que não pensa muito nas dificuldades que talvez atravesse. Sente-se espiritualmente edificado. Ao passo que persevera, torna-se cada vez mais forte, em vez de mais fraco. Seu ponto de destino é seguro, não algo duvidoso, e ele é feliz. Sabendo para onde vai, e por que, pode perseverar com alegria, porque isso é evidência de que está no rumo certo e é um sinal da sua aprovação por Deus. O apóstolo Paulo encorajou os cristãos tessalonicenses com esta mesma verdade:

8. Segundo o que disse Paulo, de que é prova a perseverança em perseguições e tribulações? Por que não tem semblante triste aquele que persevera assim?

8 “Orgulhamo-nos de vós entre as congregações de Deus, por causa da vossa perseverança e fé em todas as vossas perseguições e tribulações que estais suportando. Esta é uma prova do julgamento justo de Deus, resultando em serdes contados dignos do reino de Deus, pelo qual, deveras, estais sofrendo.” (2 Tes. 1:4, 5) Tal perseverança resulta em proveito para o que persevera e para os que observam a sua conduta. Tendo ele a aprovação de Deus, não pode deixar de ser feliz. Vê que as questões se resolvem exatamente como esperava — exatamente como a Palavra de Deus predisse — de modo que não tem nem motivo nem inclinação para queixa. Não tem semblante triste, como se a sua perseverança fosse um fardo.

9. Qual é a avaliação bíblica da perseverança?

9 As Escrituras dão grande valor à perseverança e mostram que ela é uma das qualidades que o cristão precisa ter. Conforme salientado pelo próprio Jesus, é pela perseverança da sua parte que os cristãos adquirem a sua alma (vida). (Luc. 21:19) O apóstolo Paulo elogiou os cristãos em Tessalônica pela sua perseverança devido à sua esperança no Senhor Jesus Cristo. (1 Tes. 1:3) Pedro admoestou os cristãos a acrescentarem às outras qualidades cristãs a importante da perseverança. (2 Ped. 1:6) São constantes os avisos nas Escrituras contra o desvio do rumo cristão ou o seu abandono, saindo-se da corrida. — Heb. 10:38, 39; 2 Tim. 4:10; Mat. 24:13; Heb. 6:4-6; Rev. 2:10.

A SITUAÇÃO ATUAL

10. Qual é a situação existente na cristandade quanto à perseverança?

10 O que temos observado quanto à perseverança entre os que professam tomar o rumo de serem seguidores de Cristo? Na cristandade há milhões de desistentes, há o aumento em grande escala do desrespeito para com lei e ordem, e as igrejas da cristandade são as que se sentem mais alarmadas com o enorme aumento da desistência entre o clero. Jesus previu esta mesma coisa, dizendo: “Por causa do aumento do que é contra a lei, o amor da maioria se esfriará.” (Mat. 24:12) Estas coisas, portanto, não são fatos surpreendentes para o estudante da Bíblia, pois a Palavra de Deus nos diz que a cristandade é parte de Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa, que é contra Deus, e, portanto, tais clérigos não são homens realmente dedicados a Jeová Deus, por meio de Jesus Cristo. Não têm o seu espírito, nem a sua ajuda, sem os quais é impossível perseverar. Não é de se admirar que desistam. — Rev. 18:2, 21; Jer. 51:58; Isa. 40:30, 31.

A ATITUDE NEGATIVA ENFRAQUECE A PERSEVERANÇA

11, 12. (a) Qual é a situação da maioria das testemunhas da Jeová? (b) Que evidências indicariam que a perseverança de alguém está enfraquecendo?

11 Mas, qual é a situação entre os que vieram a obter conhecimento de Jeová e do seu propósito, por meio do seu reino, e que se têm verdadeiramente dedicado a Jeová, por meio de Jesus Cristo? Embora a grandíssima maioria deles esteja perseverando, é triste dizer-se que alguns, num grau maior ou menor, perderam o seu primeiro amor e alegria de servir a Deus e começaram a considerar o serviço do Reino como obra trabalhosa. Embora nós talvez não tenhamos tal atitude, enfraquece-se nossa alegria na perseverança se, enquanto estivermos no serviço de campo, estivermos só esperando a hora de parar e ir para casa. É sinal de que precisamos pensar seriamente em revigorar a nossa perseverança.

12 Também, quando alguém fala em empenhar-se no serviço de pioneiro de tempo integral, outro talvez diga: “Este não é para mim. Eu simplesmente não tenho a constituição para fazer esta espécie de trabalho dia após dia.” Novamente, quando alguém expressou o desejo de tornar-se missionário ou mudar-se para outro país, a fim de servir num campo maior, talvez tenha ouvido outros fazer observações tais como estas: “Por que quer fazer isso? Está vivendo bem aqui.” “Como é que vai sustentar-se?” “E se ficar doente? Lá não terá os hospitais que há aqui.” Tais observações são evidência de que a perseverança da pessoa está enfraquecendo. E o pior é que tal atitude contribui para minar a perseverança de outros.

13. O que deve acompanhar a nossa perseverança, e como foi isto ilustrado por Jesus?

13 Jeová tem dado ao seu povo um trabalho a fazer, e ele deseja que se agradem dele. (Ecl. 3:12, 13) Jesus, embora sofresse fortes provações, era alegre. Sabia, ao entrar no seu ministério à idade de trinta anos, que iria sofrer muito às mãos dos judeus e que finalmente seria morto. Ele disse isso de antemão aos seus discípulos. Mas, permitiu que isso lhe diminuísse a alegria de servir a Deus? Não. O apóstolo Paulo disse: “Pela alegria que se lhe apresentou, ele aturou uma estaca de tortura, desprezando a vergonha, e se tem assentado à direita do trono de Deus.” (Heb. 12:2) Recomendou alegremente seu proceder a outros e mostrou que não estariam sozinhos nele quando lhes fez o convite: “Vinde comigo sob o meu jugo.” (Mat. 11:29, NM em ingl., nota ao pé, ed. de 1950.) Mesmo nos últimos dias de sua vida na terra, quando sabia que, o aguardava a morte ignominiosa numa estaca de tortura, ele não perdeu a sua alegria, nem entristeceu aos em volta dele; antes, fortaleceu os seus discípulos, dando-lhes coragem para agüentar. De fato, na própria noite antes de sua morte, proferiu o seu discurso mais caloroso, mais encorajador e fortalecedor do coração aos seus discípulos. — João, capítulos 14 a 17.

14. Que papel desempenham os anjos na questão de nossa perseverança?

14 Agora, Jesus Cristo, glorificado no céu, tem sob as suas ordens os santos anjos e está encarregado da obra de pregação que se precisa fazer. Designou aos anjos sob ele deveres de responsabilidade, de supervisionar a proclamação de “estas boas novas do reino”. (Mat. 24:14; Rev. 14:6, 7) Eles são “enviados para ministrar aos que hão de herdar a salvação”. (Heb. 1:14) Estes anjos não são enviados para descobrir as faltas dos que se empenham na obra de pregação e para condená-los, mas, sim, para ajudá-los. Interessam-se profundamente na obra que os servos de Deus estão fazendo, porque vêem claramente que ela tem que ver com a vindicação do nome de Jeová. Querem ver que se mantenha a integridade e que as testemunhas cristãs de Jeová provem que Satanás é mentiroso na sua alegação de que o homem na terra não manteria a sua integridade para com Deus, mas, por causa de egoísmo ou medo, fracassaria quanto a perseverar sob prova. Os anjos observam a atitude e as ações dos servos de Jeová, e sentem-se felizes quando o povo de Deus executa a Sua obra em paz, união e perseverança. (1 Cor. 4:9; 11:10) Ficam desapontados quando alguém demonstra falta de obediência e quando deixa de perseverar. Estão plenamente equipados e prontos para prover toda a ajuda necessária aos cristãos que invocam a Deus, pedindo os serviços deles. Os cristãos, com o espírito de Jeová sobre as testemunhas cristãs Dele e com os anjos os apoiando, têm plena garantia de que podem perseverar. — Sal. 34:7; 2 Reis 6:15-17.

JEREMIAS COMO EXEMPLO DE PERSEVERANÇA

15, 16. A vida de quem fornece um exemplo de perseverança para nós, e qual era a situação quando ele começou seu proceder perseverante?

15 A Bíblia nos diz que “todas as coisas escritas outrora foram escritas para a nossa instrução, para que, por intermédio da nossa perseverança e por intermédio do consolo das Escrituras tivéssemos esperança”. (Rom. 15:4) Um daqueles cujo proceder registrado, na vida, provê muito fortalecimento para a nossa perseverança é Jeremias. Será de proveito para nós atentarmos para ele, a fim de edificarmos a qualidade da perseverança em nossa vida.

16 No tempo do ministério de Jeremias, o reino de Judá estava em péssimas condições. O reino de dez tribos de Israel havia sido arrebatado pela nação da Assíria quase cem anos antes de Jeremias começar a profetizar. O reino de Judá havia seguido o proceder de infidelidade seguido pela sua irmã, o reino de dez tribos, tornando-se por fim até mesmo pior. Antes de Jeremias aparecer em cena, o Rei Manassés causara tanta iniqüidade por promover a adoração de Baal que, embora ele mais tarde se arrependesse, Judá continuou saturada desta iniqüidade, de modo que Jeová declarou que, com o tempo, eliminaria Jerusalém e permitiria que os habitantes de Judá fossem levados embora. — 2 Crô. 33:18, 19; 2 Reis 21:13, 14.

17. Como sabia Jeremias que ser ele profeta significaria para ele uma prova de perseverança?

17 Amom, filho de Manassés, foi igual ao seu pai. Depois de um reinado iníquo de dois anos, foi sucedido por Josias, em 659 A. E. C. Foi no décimo terceiro ano de Josias que Jeremias foi chamado por Jeová para profetizar a Judá, quarenta anos antes da destruição de Jerusalém. O rei Josias fazia o possível para restabelecer a adoração verdadeira em Israel. Introduziu grandes reformas, mas ainda havia muita iniqüidade no país. Quando Jeremias foi convocado para o cargo de profeta, sabia que seria para ele uma prova de perseverança. Jeová o avisou de que os judeus lutariam contra ele e que havia o perigo de que ficasse aterrorizado por causa deles. Jeová salientou que não havia razão para ter medo, pois Ele apoiaria Jeremias e estaria com ele para o livrar. Jeremias, portanto, devia falar tudo o que Deus lhe dissesse para falar. — Jer. 1:7, 8, 17-19.

18. Por que era a mensagem de Jeremias tal que exigiria perseverança para ele a transmitir?

18 Jeová disse a Jeremias qual seria a natureza de seu trabalho, revelando que se tratava de transmitir uma mensagem que resultaria em grande oposição. Exigiu-se que Jeremias dissesse a Judá, especialmente aos sacerdotes, aos profetas e aos príncipes dela, nas suas próprias faces, que eles se haviam desviado de Jeová. Havia manchas do sangue das almas dos inocentes nas saias de Judá. (Jer. 2:26, 34) A nação de Judá era como uma prostituta. (Jer. 3:1) Havia violado o pacto que fizera com Jeová. (Jer. 11:3-8) E, finalmente, Jeremias tinha de dizer ao povo que, para este salvar a vida, devia sujeitar-se ao rei de Babilônia — palavras que para os líderes judaicos eram traição e ação subversiva, merecendo a morte. (Jer. 27:12, 17) Além disso, informou os judeus de que Babilônia os venceria, levando-os ao exílio por setenta anos — deveras uma forte mensagem. — Jer. 25:7-11; 32:24, 36.

SEMELHANÇA COM AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

19. Que cinco semelhanças notáveis há entre a experiência de Jeremias e a das testemunhas de Jeová hoje em dia?

19 O estudo das ações de Jeremias é próprio para as testemunhas de Jeová hoje em dia, devendo-lhe dar mais do que a costumeira atenção. A semelhança da experiência de Jeremias com a das testemunhas de Jeová pode ser prontamente observada: Primeiro, a comissão, uma declaração urgente de julgamento da parte de Jeová; segundo, a reedificação espiritual dos que se poderiam tornar servos zelosos de Jeová; terceiro, a demonstração da operação do espírito de Deus sobre Jeremias. A palavra de Deus era como fogo nos ossos de Jeremias, que não queria apagar-se, mas que aumentava em intensidade ao passo que ele perseverava. (Jer. 20:9) Quarto, a atitude negativa dos servos dedicados de Jeová, os judeus, que era semelhante à das religiões da cristandade e como a de uns poucos do povo de Deus hoje em dia. Estes judeus poderiam ter e deveriam ter apoiado Jeremias na sua obra, mas haviam minado a fé uns dos outros, perdendo a alegria em Jeová, o zelo e a espiritualidade, num grau mortífero. E quinto, a necessidade de perseverança.

20. Por que era Jeremias feliz, embora tivesse de suportar muito?

20 Tiago, meio-irmão de Jesus e um dos seus fiéis discípulos, disse: “Eis que proclamamos felizes os que perseveraram.” (Tia. 5:11) Jeremias, depois de ter perseverado, foi feliz. Perseverou através da destruição de Jerusalém e o cativeiro de seu rei da linhagem de Davi, conforme havia profetizado. Foi levado para baixo, para o Egito, pelos poucos judeus deixados no país pelos babilônios, para continuar a sua obra de profetizar — um total de mais de quarenta anos de perseverança no serviço de Jeová, numa designação de território que piorava constantemente. Não se sentia feliz de ver Jerusalém destruída ou seu templo saqueado; de fato, ele escreveu o livro de Lamentações, expressão de profundo pesar por causa do vitupério lançado sobre o nome de Jeová. Mas, sentia-se feliz de ver a palavra de Deus executada, vindicando-o como profeta verdadeiro de Jeová. Sua maneira de profetizar foi tão poderosa, que uma queixa lamentosa e denunciatória é hoje chamada de “jeremiada”. Além disso, Jeremias viu a sua pregação produzir frutos, outros louvadores de Jeová, que também foram poupados devido à particularidade edificante de sua mensagem. Entre estes se destacam Baruque e Ebede-Meleque.

21. Que tipo de pessoa era Jeremias?

21 Jeremias teve muitas vezes a oportunidade de desistir durante os seus mais de quarenta anos de profetizar, mas não era dos deste tipo. Antes, era do tipo de adorador fiel e perseverante, de que Deus não se envergonha “de ser chamado seu Deus, porque aprontou para eles uma cidade”. — Heb. 11:16; 1 João 2:19.

22. (a) Tem Jeová hoje profetas inspirados? (b) Que tipo de profetas é que ele tem?

22 Jeremias foi profeta convocado por Jeová e inspirado para declarar a Sua palavra. Foi também sacerdote. (Jer. 1:1) Atualmente, a Palavra de Jeová é completa, e ele não inspira mais pessoas para profetizarem por ele, mas tem na terra as suas testemunhas sobre as quais pôs o seu espírito, e ele as tem enviado na qualidade de sacerdotes, ensinando as leis de Deus, e também as tem comissionado a pregar. Em certo sentido, seus ungidos fiéis são profetas, visto que proclamam as profecias escritas, junto com a sua aplicação. (Atos 2:17) Seus companheiros, os da “grande multidão” de “outras ovelhas”, têm empreendido ajudá-los na proclamação mundial das boas novas do Reino e proclamar as profecias conforme anunciadas pelos do fiel restante ungido. Poderão conservar a fé e a perseverança de Jeremias? Veremos no próximo artigo como isto é conseguido. — Mar. 13:10.

[Foto na página 714]

O conceito que o mundo forma da resistência perseverante é semelhante à experiência dum homem numa balsa salva-vidas. A perseverança do cristão é diferente; ele toma seu rumo voluntariamente e se torna cada vez mais forte.

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