Um drama profético que prefigurava a sobrevivência
1. No segundo milênio da existência humana, por que se tornará a terra um lugar perigoso para se viver?
LÁ NAQUELE tempo, no segundo milênio da existência humana, a terra se tornara um lugar perigoso em que viver. Sim, tal como se dá hoje, isto se dava porque a violência enchia a terra. Era assim embora os homens lá naquele tempo não tivessem espingardas, revólveres, canhões e armas nucleares. Deus tinha a visão geral das coisas durante aquele período antigo, e foi assim que descreveu a situação mundial. Mais de um século antes de se alcançar o pior estágio nos assuntos humanos, ele decidiu tomar a ação devida e fixou o tempo exato para isso.
2. Que limite de tempo fixou Deus para aquela geração de vida longa, a fim de que sofresse que espécie de morte?
2 Numa declaração revelada ao homem, Deus disse: “Meu espírito não há de agir por tempo indefinido para com o homem, porquanto ele é carne. Concordemente, seus dias hão de somar cento e vinte anos.” (Gên. 6:3) Não iria agir com tolerância para com a geração de longa vida por um período indefinido de tempo, mas fixou então um limite para aquela geração se aprofundar cada vez mais na sua degradação, tão afastada da imagem e semelhança de Deus, na qual ele criara o primeiro homem de carne e sangue. Conceder-se-iam mais doze décadas antes de haver mundialmente um “ato de Deus”. Não haveria para aquela geração uma morte natural!
3. Que declaração fez Deus a respeito da maldade da humanidade de então e que pergunta fazemos em comparação a respeito de nossa geração?
3 Em comparação, examinemos a atual geração humana com respeito à sua moralidade, ao lermos agora como Deus encara a condição da humanidade, por cuja criação ele foi responsável: “Por conseguinte, Jeová viu que a maldade do homem era abundante na terra e que toda inclinação dos pensamentos do seu coração era só má, todo o tempo. E Jeová deplorou ter feito os homens na terra e sentiu-se magoado no coração. De modo que Jeová disse: ‘Vou obliterar da superfície do solo os homens que criei, desde o homem até o animal doméstico, até o animal movente e até a criatura voadora dos céus, porque deveras deploro tê-los feito. . . . Chegou o fim de toda a carne diante de mim, porque a terra está cheia de violência por causa deles; e eis que os arruíno juntamente com a terra.’” (Gên. 6:5-7, 13) Podemos dizer que a geração humana da atualidade seja melhor do que aquela antiga, que se acaba de descrever, ou que haja qualquer motivo para crermos que ainda seja pior?
4. Que pergunta devemos fazer a nós mesmos individualmente, e em que caso seria bem fora de questão escaparmos do ato mundial de Deus?
4 Não é que, virtuosos aos nossos próprios olhos, queiramos condenar outros e desconsiderar a nós mesmos. Cabe-nos dirigir a pergunta a nós mesmos: Estou eu mesmo no nível corruto daquela geração antiga? Devemos fazer tal pergunta a nós individualmente, porque estamos neste mundo e vivemos com a atual geração. O que se dará se verificarmos que somos parte integrante da sociedade deste mundo e gostamos de ser parte dela, apesar de seu registro histórico até agora? Ora, se o coerente apego de Deus à mesma série de princípios e ao mesmo proceder o obriga agora a agir, por causa da semelhança desta geração com aquela antiga, então não poderemos escapar quando o Criador de novo realizar mundialmente um “ato de Deus”. Sobrevivermos a ele estaria fora de questão para nós. Seríamos classificados junto com os demais.
5. Que família foi uma exceção àquela sociedade mundial, e o que diz o relato bíblico a respeito daquela família?
5 Naturalmente, nem todos lá naquele tempo faziam parte daquela sociedade corruta do mundo; senão, a raça humana não existiria hoje. Havia uma família que era exceção, e Deus reconheceu isso. A família excecional era a de Noé, filho de Lameque, filho de Metusalém. (Gên. 5:25-32) Notemos a diferença entre Noé e a sociedade mundial dos seus dias, segundo este relato bíblico: “Noé era homem justo. Mostrou-se sem defeito entre os seus contemporâneos. Noé andou com o verdadeiro Deus. Com o tempo, Noé tornou-se pai de três filhos: Sem, Cã e Jafé. E a terra veio a estar arruinada à vista do verdadeiro Deus, e a terra ficou cheia de violência. Deus viu, pois, a terra e eis que estava arruinada, porque toda a carne havia arruinado seu caminho na terra.” “Após isso, Jeová disse a Noé: ‘Entra na arca, tu e todos os da tua casa, porque tu és quem eu vi ser justo diante de mim no meio desta geração.’” — Gên. 6:9-12; 7:1.
6. Com que classe predita por Enoque não queria ser classificado Noé, e como andava ele com o verdadeiro Deus?
6 Noé lembrou-se de que seu bisavô Enoque havia profetizado sob inspiração divina: “Eis que Jeová vem com as suas santas miríades, para executar o julgamento contra todos e para declarar todos os ímpios culpados de todas as suas ações ímpias que fizeram de modo ímpio, e de todas as coisas chocantes que os pecadores ímpios falaram contra ele.” (Jud. 14, 15; Gên. 5:18-24) Noé não queria ser classificado com tal grupo ímpio de pecadores, nem que se executasse nele o julgamento divino. Por isso, Noé andava com o verdadeiro Deus, Jeová, por manter-se em harmonia com ele. Tinha prazer em harmonizar seu proceder na vida com o propósito de Deus por se mostrar digno de ser aquele por meio de quem se havia de preservar a raça humana dos descendentes de Adão e Eva durante o tempo em que se daria o mundial “ato de Deus”. É por Noé ter harmonizado seu proceder na vida com o propósito de Deus que nos encontramos hoje aqui, mais de quatro mil e trezentos anos depois. Temos hoje diante de nós uma oportunidade similar à de Noé.
7. A que sobreviveram Noé e sua família por harmonizarem de que modo sua vida com o propósito de Deus?
7 Damo-nos conta a que Noé e sua família, ao todo oito almas humanas, sobreviveram lá naquele tempo? Foi o fim dum mundo! O dilúvio global de águas que arrasou toda a geração corruta e ímpia da humanidade de cima da superfície da terra naturalmente não destruiu nosso globo terrestre. Este ainda está aqui debaixo de nossos pés. A fim de sobreviver àquele dilúvio, Noé teve de harmonizar seu proceder com o propósito imutável de Deus por construir a enorme arca segundo as instruções de Deus, para a preservação de sua família e as espécies básicas de animais terrestres e de aves. (Gên. 6:14 até 8:22) Que se tratava da destruição de um mundo, à qual Noé e sua família sobreviveram, é claramente dito sob inspiração divina nos seguintes textos descritivos:
8. Como atesta Pedro que foi à destruição de um mundo que Noé e sua família sobreviveram?
8 “Certamente, se Deus não se refreou . . . de punir um mundo antigo, mas preservou a Noé, pregador da justiça, junto com mais sete, quando trouxe um dilúvio sobre um mundo de pessoas ímpias; . . . Jeová sabe livrar da provação os de devoção piedosa, mas reservar os injustos para o dia do julgamento, para serem decepados, . . . Pois, segundo o desejo deles, escapa-lhes este fato, de que nos tempos antigos havia céus, e uma terra sobressaindo compactamente à água e no meio da água, pela palavra de Deus; e, por esses meios, o mundo daquele tempo sofreu destruição, ao ser inundado pela água.” — 2 Ped. 2:4-9; 3:5, 6.
SOBREVIVÊNCIA À DESTRUIÇÃO MUNDIAL
9. De que modo foi a sobrevivência de Noé e sua família mais do que apenas uma ilustração da sobrevivência a uma destruição mundial e mais do que a sobrevivência em que hoje a maioria das pessoas pensa?
9 É possível! A sobrevivência à destruição mundial é possível na terra! A sobrevivência de Noé e de sua família durante o dilúvio global de 2370-2369 A.E.C. É uma ilustração disso. Mas, é mais do que isso! É uma profecia ou um drama profético representando a sobrevivência de alguns aqui na terra à destruição mundial que se aproxima rapidamente, ao fim do mundo atual de pessoas ímpias. Significa sua sobrevivência ao fim completo deste sistema iníquo e poluído de coisas. A maioria das pessoas hoje na terra se contentam em sobreviver aos atuais tempos difíceis, e passam por uma crise após outra, morrendo finalmente, depois de terem esperado tempos melhores, que nunca se materializaram. Esta é a única sobrevivência que conhecem ou em que pensam, ao procurarem apegar-se à vida humana enquanto puderem. Isto nem se compara à sobrevivência prefigurada pela passagem segura de Noé através do dilúvio.
10. O que significa a sobrevivência que Deus agora oferece às criaturas humanas, e por meio de que proceder se dará ela, como no caso de Noé?
10 A sobrevivência que Deus oferece agora às criaturas humanas na terra é a sobrevivência ao fim deste sistema iníquo de coisas, com a oportunidade de os sobreviventes viverem para sempre na terra, sob o Seu novo sistema de coisas. Não vale a pena sobreviver para isso? Mas esta sobrevivência maravilhosa não será por meio de quaisquer métodos humanos de salvação de si próprio, de resgate de si próprio, nem por qualquer evolucionária “sobrevivência do mais apto”. Novamente, será por harmonizar o proceder com o propósito de Deus. No caso de Noé, ele teve de exercer muita fé no aviso de Deus a respeito da destruição do “mundo antigo” e fazer o que Deus lhe disse, para a preservação de si mesmo e de sua família. Recebeu o aviso com bastante antecedência. Foi no sexto século de sua vida, quando era pai de três filhos casados, que foi mandado construir uma ampla arca de madeira, à prova das intempéries, na qual poderia agüentar as águas do dilúvio global. Ele obedeceu.
11, 12. Por que não bastaria uma arca impermeável de madeira para sobreviver a vindoura “grande tribulação” conforme indicado em que palavras de Pedro?
11 Para sobreviver ao fim do “mundo daquele tempo” bastava uma arca impermeável de madeira. Tal arca não bastaria para a “grande tribulação”, com que findará o atual “mundo” ou sociedade humana. Há mais do que apenas uma família envolvida. Os que esperam e se preparam para sobreviver estão em todo o nosso globo terrestre. Além disso, a destruição total deste sistema de coisas não será por água. Deus disse isso, após o Dilúvio. (Gên. 9:8-16; Isa. 54:9) Vinte e quatro séculos depois desta garantia de Deus, o inspirado apóstolo Pedro escreveu sua última carta e disse:
12 “O mundo daquele tempo sofreu destruição, ao ser inundado pela água. Mas, pela mesma palavra [de Deus], os céus e a terra que agora existem estão sendo guardados para o fogo e estão sendo reservados para o dia do julgamento e da destruição dos homens ímpios. . . . O dia de Jeová virá como ladrão, sendo que nele passarão os céus com som sibilante, mas os elementos, estando intensamente quentes, serão dissolvidos, e a terra e as obras nela serão descobertas.” — 2 Ped. 3:6, 7, 10.
13. O que fez o dilúvio global com respeito a terra e o que fará a ela o “fogo” do vindouro dia de julgamento?
13 Estaria em harmonia com o propósito original de Deus a respeito do homem e seu lar terreno, se Deus incinerasse esta terra com fogo literal e a reduzisse a um montão crestado, desabitado? Isto significaria Deus admitir a derrota de seu propósito causada pelo seu Adversário Principal, Satanás, o Diabo. Isto nunca acontecerá, porque o Deus Todo-poderoso pode levar seu propósito a um glorioso bom êxito. O dilúvio aquoso dos dias de Noé não destruiu a terra, mas apenas arrasou o “mundo de pessoas ímpias” da superfície da terra e a purificou, dando-lhe uma boa lavagem. Do mesmo modo, o fogo do dia de Jeová, o vindouro dia de julgamento, não destruirá a terra, nem toda a vida das criaturas nela, mas destruirá da superfície da terra a sociedade de pessoas ímpias e também suas obras fora da harmonia com o propósito de Deus. Nosso planeta terrestre, e também nosso sol e os bilhões de outros sóis na nossa Via-láctea, que já são bolas de fogo, sobreviverão àquele dia de julgamento.
14. Que espécie de fogo será que poderá cuidar dos “céus” bem como da “terra”, e com que resultado?
14 Fogo literal, tal como é comum na nossa terra e no nosso sistema solar, nunca poderia afetar o invisível Satanás, e seus demônios espirituais, nem destruí-los para deixarem de ser céus invisíveis, espirituais, que têm dominado a humanidade desde a expulsão de Adão e Eva do Éden, até agora. Uma abundância de textos bíblicos indica que o “fogo” do vindouro dia de julgamento mundial é simbólico, mas destrutivo como fogo; e até que ponto Jeová Deus empregará naquele dia fogo literal de coisas tais como os relâmpagos não sabemos agora. O poder executor de Jeová eliminará Satanás e seus demônios de sua posição celestial de controle sobre a humanidade e destruirá a sociedade terrestre (ou: “mundo”) de pessoas ímpias. Assim, a terra literal será novamente purificada do mesmo modo como se purificam ouro e prata com fogo. A terra será então um belo lar para os sobreviventes.
15. Como nos assegura o apóstolo Pedro que haverá algo pelo qual valerá a pena sobreviver?
15 Que então haverá algo excelente para o qual vale a pena sobreviver nos é assegurado pelo apóstolo Pedro, que prossegue, dizendo: “Aguardando e tendo bem em mente a presença do dia de Jeová, pelo qual os céus, estando incendiados, serão dissolvidos, e os elementos, estando intensamente quentes, se derreterão! Mas há novos céus e uma nova terra que aguardamos segundo a sua promessa, e nestes há de morar a justiça.” — 2 Ped. 3:12, 13.
16. No drama profético cumprido aqui mesmo, a quem representavam Noé, sua esposa e seus três filhos bem como as esposas destes?
16 A questão agora é sobreviver para aquela “nova terra” sob os “novos céus” do reino de Cristo. A fim de sobreviver à destruição daquele “mundo antigo”, Noé construiu a arca conforme mandado por Jeová Deus. Por harmonizar seu proceder com o propósito de Deus, para preservar a raça humana, Noé e sua família encenaram um drama profético que tem seu cumprimento na nossa geração. Concordemente, Noé representava a Jesus Cristo, e a esposa dele representava a “Noiva” de Cristo, ou mais especificamente, o restante daquela “Noiva” coletiva que ainda se encontra na terra. Os três filhos de Noé e suas esposas representam os adoradores batizados de Jeová Deus, que agora se associam com o restante da classe da “Noiva” e que esperam tornar-se filhos terrestres do Pai Eterno, Jesus Cristo, sob o seu reinado milenar. (Isa. 9:6, 7) Neste drama profético, conforme cumprido aqui nos nossos dias, o que representa a arca de Noé?
17. Durante que período construiu-se a arca de Noé, e, por isso, o que representa para o dia atual?
17 Ora, Noé construiu a arca com a ajuda de seus filhos casados, portanto, muito menos de um século antes de irromper o dilúvio. De modo que a construção da arca ocorreu durante o “tempo do fim” daquele “mundo antigo”. Por isso precisamos olhar para algo especial durante este “tempo do fim”, algo de que a atual geração da humanidade pode tirar proveito ou se aproveitar durante a urgência dos tempos. Estabeleceu-se muito bem pelas Escrituras e pelo cumprimento da profecia bíblica que o “tempo do fim” deste atual “mundo” começou em meados do segundo semestre do ano de 1914, durante a Primeira Guerra Mundial. Portanto, a arca de Noé representaria a provisão de sobrevivência feita por Deus mediante Cristo para seus adoradores fiéis, ao se aproximar o fim ardente deste sistema de coisas. Esta provisão divina é o paraíso espiritual ao qual Deus levou seus adoradores fiéis desde o ano de 1919 E.C. e no qual vivem como seu povo restabelecido no seu favor e sob sua proteção.
18. Quando foram os do restante arrependido da classe da “noiva” levados a este paraíso espiritual, e como?
18 Este paraíso espiritual de paz e segurança certamente foi edificado na terra desde o ano do após-guerra de 1919. Durante a Primeira Guerra Mundial e suas dificuldades e perseguições para as testemunhas cristãs de Jeová, houve certa medida dolorosa de desfavor divino, devido ao seu proceder transigente e outras faltas, quais cristãos. Jeová Deus deixou que fossem levados ao cativeiro da religiosa Babilônia, a Grande, e seus amantes políticos, militares e judiciais. Mas no ano do após-guerra de 1919, o restante arrependido decidiu harmonizar seu proceder unido com o propósito revelado de Deus, segundo o conhecimento bíblico que ele começou a desenrolar-lhes. De modo que Deus usou bondosamente seu Filho Jesus Cristo qual Ciro hodierno, para libertar seu povo arrependido do exílio em Babilônia, a Grande. (Isa. 44:28 até 45:6) Depois de seu restabelecimento na relação pacífica com Jeová Deus, em 1919, como se fosse na sua pátria espiritual dada por Deus, edificou-se o paraíso espiritual, estabelecendo-se muitas congregações das testemunhas cristãs de Jeová em toda a terra. — Isa. 35:1-10; Eze. 36:35.
19. Que espécie de beleza abunda neste paraíso espiritual, e semelhante a que cidade do antigo Israel é este quanto a habitantes?
19 É neste paraíso espiritual, no meio deste condenado “mundo” poluído, que prevalece a verdadeira beleza espiritual, onde amadurecem os frutos do espírito de Deus. Prevalecem ali paz e verdadeira fraternidade cristã e cada um procura edificar o outro espiritualmente e prepará-lo para o vindouro dia de Jeová. (2 Ped. 3:14-18) Esta é, como que, sua “cidade de refúgio”, onde estão a salvo do Grande “Vingador do Sangue”, que executará a vingança de Jeová contra todo o “mundo” culpado de sangue, no vindouro “dia do julgamento e da destruição dos homens ímpios”. — 2 Ped. 3:7; Núm. 35:12, 19-27.
20. Quem é representado pelos três filhos de Noé e as esposas destes, e como foi sua sobrevivência predita em Revelação?
20 Os do restante da “Noiva” de Cristo, representados pela esposa de Noé, não são os únicos que agora ocupam este paraíso espiritual, este lugar da restabelecida relação pacífica com Deus. Desde o ano de 1935, vieram a este paraíso espiritual os representados pelos filhos de Noé e pelas esposas destes filhos. Estes são os prospectivos filhos terrestres do Pai Eterno, Jesus Cristo, o Noé Maior. Apresenta-se-lhes a oportunidade de sobreviverem à “grande tribulação” do mundo, agora tão próxima, e por isso aplica-se a eles o quadro profético apresentado em Revelação 7:9-17. Serão usados para constituir a “grande multidão” a respeito da qual se disse: “Estes são os que saem da grande tribulação, e lavaram as suas vestes compridas e as embranqueceram no sangue do Cordeiro.” (Rev. 7:14) Juntam-se agora ao restante da “Noiva” de Cristo na adoração no templo espiritual de Deus.
21. (a) O que terão de fazer os que estão no paraíso espiritual, a fim de sobreviverem à “grande tribulação”? (b) Que formas de criaturas sobreviverão com eles?
21 A fim de sobreviverem à “grande tribulação”, todos os que agora estão no paraíso espiritual têm de permanecer ali, iguais a Noé e sua família na arca, cuja porta Deus fechou atrás deles antes de irromper o dilúvio sobre o mundo. (Gên. 7:1) Apenas por permanecerem dentro do lugar de aprovação, favor e proteção provido por Deus, podem esperar sobreviver à destruição ardente deste sistema mundial de coisas. Junto com eles, sob a proteção de Deus, sobreviverão também espécimes de aves, criaturas voadoras, animais terrestres, peixes e outras criaturas marinhas, porque os sobreviventes terrestres da “grande tribulação” cumprirão a comissão divina de ter em sujeição as formas inferiores de criaturas para a preservação e o bem destas criações vivas de Deus.
22. (a) O que aconteceu com o Jardim do Éden no dilúvio dos dias de Noé? (b) O que acontecerá com o paraíso espiritual na vindoura “grande tribulação”, e por que?
22 A vindoura “grande tribulação” culminará na ardente “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon. (Mat. 24:21, 22; Rev. 16:14-16) A fim de que os adoradores de Jeová, suas testemunhas cristãs atravessem a salvo esta tribulação, é preciso que permaneça sua arca simbólica, o paraíso espiritual, com eles dentro. No dilúvio dos dias de Noé, o Jardim do Éden on Paraíso de Delícias, do qual Adão e Eva haviam sido expulsos, foi destruído. Mas que dizer do paraíso espiritual do restante e da “grande multidão”? Assim como a arca de Noé, sobreviverá ao ardente “dia do julgamento”. A iminente “grande tribulação” da parte de Jeová Deus não se destina a destruir o paraíso espiritual de Seus adoradores, que se esforçaram a preservar sua espiritualidade e integridade cristã. Destina-se a destruir o sistema mundial de coisas, dessemelhante do paraíso. Depois de o paraíso espiritual ter sobrevivido à “grande tribulação”, os adoradores sobreviventes do Deus de Noé, Jeová, devotarão seus esforços a restabelecer o paraíso literal na terra purificada sob os “novos céus” do reino messiânico de Deus.
23. O que mostra que Adão e Eva não deviam levar uma vida de ociosidade, e, por isso, que dizer dos que agora estão no paraíso espiritual?
23 A vida no paraíso espiritual durante este “tempo do fim” não é uma vida de ociosidade para os que usufruem ali o favor e a proteção de Deus. A vida ali tem um propósito, segundo a vontade de Deus. No começo da existência humana, Deus colocou Adão no original paraíso terrestre ou “jardim do Éden”, não para estar ocioso ou desperdiçar preguiçosamente seu tempo, mas “para que o cultivasse e tomasse conta dele”. Deus deu um objetivo à vida de Adão e de Eva por dar-lhes a comissão de constituir uma família que dentro de sete mil anos de tempo enchesse toda a terra e transformasse toda a terra num jardim paradísico, tendo em sujeição benéfica todas as formas inferiores de criaturas. (Gên. 2:15; 1:26-28) Assim também, no paraíso espiritual desde 1919 E. C., há uma obra mundial a fazer, antes da “grande tribulação”. Os que habitam ali têm de harmonizar seu proceder com o propósito de Deus.
24. (a) O que procuram agora fazer os que estão no paraíso espiritual? (b) Em harmonia com este propósito precisam agora participar em que atividades?
24 Os que Deus agora admite neste paraíso espiritual na terra não procuram apenas um lugar de segurança e de sobrevivência durante a “grande tribulação” à frente. Procuram mostrar-se dignos e preparar-se para a vida eterna na era justa de Deus, de “novos céus e uma nova terra”. (2 Ped. 3:13) Sabem muito bem que é do propósito de Deus introduzir esta era pacífica e justa por meio do reino messiânico nas mãos de Seu Filho entronizado, Jesus Cristo. Em harmonia com este propósito de Deus, têm de participar no cumprimento da profecia de Jesus a respeito da “terminação do sistema de coisas”, a saber: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” Também têm de obedecer à ordem direta de Cristo, de ‘fazer discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as’. (Mat. 24:14; 28:19, 20) Assim, mais dos que buscam a Deus são levados ao seu seguro e protegido paraíso espiritual para a sobrevivência e a vida na Sua nova era justa.
25. Se quisermos sobreviver e viver na nova ordem de Deus, o que teremos de fazer agora?
25 Desejamos sobreviver à “grande tribulação” e viver para sempre dentro do alcance dos prometidos “novos céus e uma nova terra” de Deus? Para isso, temos de harmonizar-nos agora com o propósito de Deus.
[Foto na página 379]
A arca representa o paraíso espiritual ao qual Deus levou hoje seus adoradores.
Noé representa a Jesus cristo.
Os filhos e noras de Noé representam os atuais adoradores de Jeová, que esperam obter vida eterna na terra.
A esposa de Noé representa a noiva de Cristo.