BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • w82 15/10 pp. 10-12
  • Sessenta anos qual proclamador das “boas novas”

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Sessenta anos qual proclamador das “boas novas”
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1982
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • PRIMEIRAS INFLUÊNCIAS
  • DECISÃO SOBRE MEU RUMO NA VIDA
  • EXPERIÊNCIAS NA TRIBUNA PÚBLICA
  • MUDANÇAS DE DESIGNAÇÃO
  • QUANDO O MUNDO ENTROU NOVAMENTE EM GUERRA
  • LIBERDADE PARA PROCLAMAR AS “BOAS NOVAS”
  • Servindo qual soldado de Cristo
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1965
  • Na rota para um novo mundo
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 2007
  • Mais de 50 anos ‘passando’ para novos territórios
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1996
  • Anuário das Testemunhas de Jeová 1986
    Anuário das Testemunhas de Jeová de 1986
Veja mais
A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1982
w82 15/10 pp. 10-12

Sessenta anos qual proclamador das “boas novas”

Conforme narrado por Martin Wenderqvist

FOI um momento inesquecível. Ocorreu durante uma violenta tempestade de neve. Uns dez de nós estávamos em pé, em volta duma sepultura aberta e entoávamos um cântico. Depois, proferi algumas palavras sobre o reencontro quando tiver desaparecido da terra o tempo de aflição.

O jovem pai ajoelhou-se, tomou o pequeno caixão branco e o colocou cuidadosamente na cova. Havia lágrimas nos olhos de quase todos ao retornarmos para casa a pé, atravessando a floresta. Durante a associação e a palestra naquela noite, todos foram consolados pelos pensamentos da Palavra de Deus que pude apresentar. — João 5:28, 29; Romanos 15:4.

Consolar os enlutados ao dirigir serviços fúnebres é algo que já fiz mais de 600 vezes em diferentes locais na Suécia e na Finlândia durante meus 60 anos qual proclamador das boas novas do reino de Deus. Mas, antes de contar-lhe mais sobre minhas experiências, deixe-me explicar primeiro como me tornei ministro.

PRIMEIRAS INFLUÊNCIAS

Certo dia, em 1908, quando meu pai voltava do trabalho, em Estocolmo, encontrou no trem um tratado de quatro páginas. Esse tratado intitulado “Onde Estão os Mortos?” era publicado pela Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia. Tanto meu pai como minha mãe acreditavam na Bíblia, e o que leram no tratado os induziu a fazer um estudo mais profundo da Palavra de Deus

Meus pais logo contataram os Estudantes da Bíblia, como então eram conhecidas as Testemunhas de Jeová. Ambos começaram a assistir às reuniões que eram realizadas todos os domingos num pequeno salão em Estocolmo, junto com umas 50 pessoas. Em agosto de 1912, Charles Taze Russell, o presidente da Sociedade Torre de Vigia, foi o orador principal num congresso em Estocolmo, ao qual assistiram mais de 100 Estudantes da Bíblia procedentes de toda a Suécia. Muito embora com 10 anos de idade eu não compreendesse muita coisa do que era dito, presenciar aquele acontecimento causou grande impressão em mim.

Depois de concluir o curso secundário, e enquanto trabalhava numa companhia de confecção de roupas em Västeräs, comecei a considerar seriamente os problemas da vida, e, de noite, muitas vezes lia a Bíblia. No ano seguinte, 1920, participei pela primeira vez com o pequeno grupo de estudo da Bíblia, da cidade, em proclamar as “boas novas do reino” a outros. — Mateus 24:14.

No fim daquele ano, A. H. Macmillan, membro da sede da Sociedade em Brooklyn, Nova Iorque, visitou a Suécia, proferindo o discurso: “Milhões Que Agora Vivem Jamais Morrerão.” Dez de nós trabalhamos arduamente em fazer publicidade do discurso, e o salão, com capacidade para 350 pessoas, ficou lotado. Muitos não conseguiram entrar; por isso, tomando um pacote de folhetos que continham o mesmo tema, saí e distribuí a várias centenas de pessoas uma cópia do discurso para o lerem em casa!

DECISÃO SOBRE MEU RUMO NA VIDA

Conversei com A. H. Macmillan sobre participar no ministério de tempo integral, mas ele parecia receoso quanto às intenções de um rapaz de 18 anos. De fato, ele disse: “Você tem muito a aprender.” Todavia, no ano seguinte fui designado pregador por tempo integral. Junto com outro irmão, parti para minha designação na Gotlândia. Naquele tempo não havia nenhum publicador do Reino nessa ilha.

Meu primeiro dia de testemunho em Visby começou com uma visita a uma agência funerária. Deveria entrar e oferecer o folheto Milhões Que Agora Vivem Jamais Morrerão? O proprietário poderia temer ficar desempregado! No entanto, ele ficou imediatamente com a publicação. De fato, o folheto tinha tanta aceitação que às vezes tínhamos que telegrafar pedindo mais. Abreviávamos o título para “Milhões”, e os telegrafistas ficavam surpresos quando tinham de transmitir a mensagem: “Enviem 500 Milhões imediatamente”!

Quando um dos oradores da Sociedade adoeceu em janeiro de 1922, fui solicitado para proferir seu discurso em diversos lugares. Objetei dizendo que tinha muito pouca capacidade oratória, mas mesmo assim fui designado a proferir os discursos, começando por Flen. Ali, uma irmã conseguiu reunir uns duzentos ouvintes para o discurso da noite. Os presentes — na maior parte senhores e senhoras de mais idade e com muita experiência na vida — pareciam tensos e duvidosos. Jamais esperariam como orador um jovem de 20 anos! Entretanto, numa outra cidade, diversos anciãos chegaram-se a mim após o discurso para apertar a minha mão e agradecer pelo que ouviram. Isso certamente me incentivou.

Continuei durante vários anos como orador viajante, sendo que meu itinerário aparecia na Sentinela, junto com o dos representantes viajantes regulares da Sociedade. Nós, viajantes, éramos especialmente bem recebidos pelos colonos na Lapônia. Muitas Testemunhas de hoje têm suas raízes naquela região montanhosa, e, nas assembléias, algumas delas me cumprimentam e dizem que ouviram seu primeiro discurso público quando visitei o lar de seus pais anos atrás.

EXPERIÊNCIAS NA TRIBUNA PÚBLICA

Por via de regra, na década de 20 muitas pessoas assistiam as nossas palestras bíblicas e ouviam com atenção. Certa vez, porém, uma pessoa bem conhecida levantou-se e bradou: “Mentiras. Erros. Vamos. Vamos embora!” Mas, ficou frustrada quando apenas três ou quatro pessoas a seguiram.

Noutra ocasião, um grupo de jovens entrou de modo decidido no salão, cantando “A Internacional” (canção usada pelos comunistas). Sentaram-se na fileira da frente, evidentemente com a intenção de me irritarem e perturbarem a reunião. Depois de abordar problemas especialmente graves existentes naquela região, prossegui com o discurso: “Quem Trará Paz ao Mundo?” Logo os jovens, um a um, tiraram seu gorro e começaram a ouvir atentamente. Depois, saíram pacificamente, e alguns até mesmo pararam no balcão de livros para indagar de nossas publicações.

Ao retornar duma visita à ilha de Seskarö, no golfo de Bótnia, encontrei certa vez um policial à minha espera no desembarque. Levou-me à delegacia de polícia, onde o delegado disse que eu fora acusado de proferir um discurso político com prováveis ligações comunistas. Acrescentou: “Você disse que a inteira sociedade será destruída e que um novo líder, conhecido como Jeová, assumirá a liderança.” Naturalmente, o assunto ficou esclarecido quando se explicou que Jeová é o nome de Deus e que foi o Seu reino que fora considerado durante o discurso.

MUDANÇAS DE DESIGNAÇÃO

Continuei como “substituto” de orador viajante até 1925, quando comecei a trabalhar na filial da Sociedade. Daí, em 1934, eu me casei. Quanto tenho apreciado o apoio leal de minha esposa, Elna! Ela também havia trabalhado durante alguns anos no escritório da Sociedade.

Certa vez, na década de 30, andei muitos quilômetros para visitar pessoas que moravam nos solitários chalés, ao longo da ferrovia mais setentrional da Suécia, acima do Círculo Ártico. Essas pessoas que moravam à beira da ferrovia raramente recebiam visitantes, e, portanto, queriam que permanecêssemos por bastante tempo e considerássemos com elas os problemas da vida.

QUANDO O MUNDO ENTROU NOVAMENTE EM GUERRA

A Suécia evitou envolver-se na Segunda Guerra Mundial, mas a loucura daquele conflito proporcionou aos líderes eclesiásticos uma oportunidade para tentarem impedir a nossa obra. Certo bispo sueco asseverou falsamente que as Testemunhas de Jeová estavam preparadas “para sair na vindoura batalha contra Satanás, quando Jeová ordenasse”, e derrotar todos os inimigos de Deus pela força armada. Após a guerra, nossos opositores preferiram não ser lembrados da agitação pela qual foram responsáveis durante aqueles anos.

Eu fui um dos que foram convocados várias vezes para o serviço militar. Depois de sentenciados, fomos postos em liberdade até a polícia receber ordens de nos prender. Certa vez, eu estava prestes a realizar um serviço fúnebre para um parente, quando dois policiais entraram no salão onde havia cerca de cem pessoas reunidas.

Os policiais chegaram-se a mim e disseram que eu estava preso e que devia acompanhá-los imediatamente. Mas, o filho do falecido chamou-os à parte com um aceno e sussurrou: “Os senhores precisam entender que não podem interromper esta reunião deste modo. O oficiante precisa terminar seu serviço antes de poder partir. Do contrário, o que pensariam os parentes e os amigos?”

Nisso, os policiais se retiraram, estacionaram o carro da prisão atrás do estábulo e esperaram por mim. Um tanto embaraçados, explicaram que tinham recebido ordens e tinham de levar-me à prisão de Linköping antes do anoitecer.

LIBERDADE PARA PROCLAMAR AS “BOAS NOVAS”

Quem já ficou privado por algum tempo de sua liberdade aprecia os benefícios de poder reunir-se com outras pessoas e falar a elas sobre as “boas novas”, quer da tribuna, quer de porta em porta.

Após mais de 60 anos qual proclamador das “boas novas”, sou grato pelos muitos benefícios de estar nas fileiras dos adoradores devotados de Jeová, mesmo que não seja com o mesmo vigor físico que possuía quando mais jovem. Também, junto com minha esposa e com gratidão ao Todo-poderoso, reconheço sempre a valiosa associação que desfrutamos com pessoas humildes e de inclinação correta, que esperam ansiosamente o muito aguardado governo mundial em que o Príncipe da Paz é o regente. — Isaías 9:6, 7

[Destaque na página 11]

O jovem pai ajoelhou-se, tomou o pequeno caixão branco e o colocou cuidadosamente na cova.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar