BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • w09 1/12 pp. 9-12
  • Massacre na escola — Consolo depois da tragédia

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Massacre na escola — Consolo depois da tragédia
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 2009
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • Primeiras reações
  • Efeitos traumáticos da tragédia
  • Como alguns foram ajudados
  • O sofrimento acabará em breve
  • Massacre em Porto Arthur: por que aconteceu?
    Despertai! — 1996
  • O massacre na lanchonete Luby’s
    Despertai! — 1992
  • Presenciei um seqüestro aéreo!
    Despertai! — 1974
  • Armas — um modo de morte
    Despertai! — 1990
Veja mais
A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 2009
w09 1/12 pp. 9-12

Massacre na escola — Consolo depois da tragédia

A PRIMEIRA página do jornal era toda preta. Estava escrito bem grande: “Por quê?” Essa foi a pergunta feita vez após vez depois que um rapaz de 17 anos matou 15 pessoas a tiro em Winnenden, no sul da Alemanha, e por fim se matou. Bandeiras por toda a Alemanha foram hasteadas a meio-mastro, e as notícias sobre a tragédia percorreram o mundo inteiro.

Winnenden é uma bela e próspera cidade, rodeada de vinhedos e pomares. O dia 11 de março de 2009 começou como qualquer outro dia na Escola Secundária Albertville. De repente, às 9h30, a violência e o caos tomaram conta do lugar.

Um rapaz entrou em sua antiga escola com uma arma que havia tirado do quarto de seus pais. Em pouco tempo matou nove alunos e três professoras em três salas de aula e no corredor, e deixou vários outros feridos. Poucos minutos depois, a polícia chegou. O assassino fugiu para a área de uma clínica psiquiátrica nas proximidades. Ali ele matou um funcionário da manutenção. Depois, seqüestrou um homem em seu carro, apontando a arma para ele. Após dirigir por 40 quilômetros, o motorista conseguiu escapar. Numa concessionária de veículos, o rapaz matou um vendedor e um cliente, e feriu gravemente dois dos policiais que o estavam perseguindo. Quando a polícia finalmente o encurralou, ele se matou com um tiro na cabeça.

De acordo com os que o conheciam, ele era um adolescente comum que queria ter amigos e ser aceito pelos outros. Qual foi o problema? Talvez ele fosse depressivo. Gostava de usar armas de ar comprimido e de jogos violentos de computador. Mas milhares de outros jovens se divertem com as mesmas coisas, argumentam alguns. E que dizer das vítimas? Será que ele escolheu algumas, ou as matou ao acaso? Surgiram especulações sobre por que ele matou oito moças e apenas um rapaz. Ninguém soube dar uma resposta que fizesse sentido.

Primeiras reações

“Quando meu filho ligou dizendo que havia acontecido um tiroteio na escola, eu não quis acreditar”, recorda Heike. “Mas quando ouvi o som de vários carros da polícia e ambulâncias passando em grande velocidade, entrei em pânico.” A rápida ação da polícia provavelmente evitou que mais pessoas fossem mortas na escola. Depois que todos foram retirados dali, chegaram paramédicos, psicólogos e capelães, que ficaram trabalhando até à exaustão para cuidar dos alunos.

Os repórteres rapidamente foram para a escola tentando entrevistar alunos, muitos dos quais ainda estavam em choque. Um dos alunos contou 28 veículos de 26 estações de televisão estacionados na frente da escola. A competição entre a mídia era feroz, dando origem a reportagens com detalhes não-confirmados. No mesmo dia do massacre, um jornalista visitou a família de uma garota assassinada pedindo fotos, e outros pagaram a alguns alunos para posar para fotos. Naquele ambiente frenético, alguns repórteres pareciam não encontrar equilíbrio entre conseguir as melhores histórias antes dos outros e mostrar consideração e respeito pelas vítimas.

Como é comum nessas ocasiões, houve pessoas que se voltaram para a religião em busca de consolo e explicações. No dia do massacre, foi realizada uma reunião religiosa ecumênica. Muitos gostaram desse apoio. Mas os que queriam consolo da Palavra de Deus ou respostas a suas perguntas inquietantes infelizmente ficaram desapontados. Uma família assistiu ao funeral da colega de seu filho. A mãe disse: “Um bispo falou sobre os sofrimentos de Jó. Fiquei esperando que ele explicasse o que podíamos aprender disso ou que nos desse algum tipo de consolo — mas nada. Nenhuma palavra sobre os motivos ou sobre o que esperar do futuro.”

Um homem ficou bem chateado com as palavras vazias que ouviu. Ele havia estudado a Bíblia com as Testemunhas de Jeová uns 30 anos antes, mas tinha parado. Ele começou a assistir de novo às reuniões delas.

Valisa, uma moça de 14 anos que estuda regularmente a Bíblia com as Testemunhas de Jeová, estava numa sala de aula perto da cena da chacina. Ao ouvir os tiros, começou a orar a Jeová. Mais tarde, quando lhe perguntaram como estava lidando com a situação, Valisa disse que aqueles acontecimentos confirmavam o que ela tinha aprendido na Bíblia sobre esses últimos dias críticos. (2 Timóteo 3:1-5) Duas Testemunhas de Jeová estavam falando com seus vizinhos para compartilhar algumas palavras de consolo. Uma senhora idosa se aproximou e disse: “Devia ter muito mais pessoas fazendo o que vocês estão fazendo.” Por mais triste e chocante que o massacre tenha sido, ele moveu alguns a escutar a mensagem de esperança e consolo da Palavra de Deus.

Efeitos traumáticos da tragédia

É claro que nem mesmo o esforço mais sincero de dar consolo pode eliminar todo o choque e desespero dos que foram afetados diretamente. Não há palavras que aliviem por completo a dor de quem perdeu um filho ou a angústia do policial que correu para a escola e acabou descobrindo que sua esposa também tinha sido assassinada.

Os estudantes que sobreviveram e suas famílias ficaram muito traumatizados, cada um de uma forma diferente. Vassilios pulou por uma saída de emergência logo que ouviu os primeiros tiros. “Quando pulei da janela”, conta ele, “orei a Jeová. Pensei que ia morrer. Tinha certeza de que era minha última oração”. Nas semanas seguintes, ele teve muitos pesadelos e não queria falar com ninguém. Vassilios ficou ainda mais chocado por ver que as pessoas estavam comercializando aquele massacre e pela insensibilidade dos que insistiam em saber detalhes. Com o passar do tempo, ele conseguiu encarar a realidade.

Jonas estava na mesma sala de Vassilios e viu cinco colegas serem mortos. Ele disse: “Logo depois, eu não tinha problema em dizer o que tinha acontecido; era como se fosse um filme de terror. Mas agora, é difícil falar como eu me sinto. Tenho altos e baixos. Às vezes não quero falar sobre o assunto; outras vezes falo o tempo todo sobre isso.” Ele também tem pesadelos e dificuldade para dormir.

Alguns dias depois, os alunos receberam de volta seus pertences que estavam nas salas de aula. Alguns especialistas avisaram que ver esses objetos podia trazer à lembrança os momentos daquela tragédia. No começo, Jonas não queria tocar em seu casaco, sua mochila e seu capacete. Ele também ficava apavorado quando via alguém parecido com o autor do massacre ou alguém com uma mochila parecida com a do rapaz. Quando seus pais assistiam a um filme e se ouvia algum tiro, isso o deixava completamente fora de si. Os terapeutas tentaram ajudar as vítimas a se livrar dessas associações mentais àquele acontecimento trágico.

Jürgen, pai de Jonas, trabalha na clínica onde o funcionário foi morto. Ele disse que muitos pais e colegas se atormentavam com perguntas como ‘por quê?’ ou ‘e se . . . ?’ Por exemplo, uma empregada da clínica, que viu da sacada o rapaz armado se aproximando, ficou tão perturbada com a idéia de que ela também podia ter sido morta que precisou receber tratamento psiquiátrico.

Como alguns foram ajudados

O que ajudou alguns a lidar com essa experiência terrível? Jürgen diz: “Embora às vezes seja difícil, é bom estar com as pessoas. Saber que outros se importam e que você não está sozinho é de grande ajuda.”

Jonas também sabe que outros se importam: “Muitos enviam cartões e mensagens. Alguns escrevem textos bíblicos que eu leio depois. Isso é muito bom.” O que mais o ajuda? “Quando acordo de noite e não suporto mais a angústia, faço uma oração. Às vezes ouço música ou as gravações de Despertai!.”a Ele acrescenta que a Bíblia nos diz por que essas coisas acontecem: Satanás governa o mundo, e vivemos no tempo do fim. Seu pai diz que saber essas coisas ajuda a lidar com a situação.

O sofrimento acabará em breve

Em poucos dias, velas, flores e cartas cobriam a área na frente da escola. Kerstin viu que várias pessoas escreveram mensagens perguntando por que aquela tragédia tinha acontecido e por que Deus havia permitido isso. Ela achou que essas perguntas precisavam ser respondidas, e assim, com mais duas Testemunhas de Jeová, escreveu uma carta e a colocou entre as outras.

Na cerimônia oficial em memória das vítimas, um canal de televisão mostrou a carta e citou as primeiras linhas: “Por quê? Esses dias, essa pergunta tem soado cada vez mais alto, e principalmente se ouve as perguntas: Onde estava Deus? E por que ele permitiu que isso acontecesse?” Infelizmente, a citação parou por aí.

Por que infelizmente? Porque a carta explicava a origem de todo o sofrimento e mostrava que Deus “fará com que todo o dano causado pelos humanos seja desfeito”. Depois acrescentava: “No último livro da Bíblia, Deus diz que enxugará dos nossos olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor. As coisas anteriores já passaram.” Jeová Deus até mesmo trará de volta as pessoas que morreram. Sob o seu Reino, que logo virá, não haverá mais tragédias, massacres ou sofrimento. Deus prometeu: “Eis que faço novas todas as coisas.” — Revelação (Apocalipse) 21:4, 5.

[Nota(s) de rodapé]

a A revista Despertai! impressa e em gravações de áudio é publicada pelas Testemunhas de Jeová.

[Foto na página 12]

Jonas recebeu um cartão com as palavras: “Você está em nossos pensamentos”

[Crédito da foto na página 9]

Focus Agency/WPN

[Crédito da foto na página 9]

© imagebroker/Alamy

[Crédito da foto na página 10]

Foto: picture alliance

[Crédito da foto na página 11]

Foto: picture alliance

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar