Mostrando o espírito de urgência
1 Todos nós reconhecemos que temos uma obra a fazer, segundo a vontade de Jeová. Ela tem aspecto duplo: proclamar as “boas novas” e ensinar pessoas a se tornarem discípulos de Jesus Cristo. (Mat. 24:14; 28:19, 20) Isto tem sido feito com muito zelo por muitos publicadores no Brasil desde a década de 1920. Relata-se que em 1923, havia 8 publicadores e uma congregação; em 1948, havia 1.077 publicadores e 72 congregações. Passado outro período de 25 anos, em 1973, alcançamos 70.087 publicadores e 1.541 congregações. Não podemos esquecer, porém, o trabalho de muitos pioneiros que abriram novos territórios e contribuíram de modo direto para se formarem novas congregações. Os pioneiros sempre contribuíram boa parte na promoção da obra do Reino, suprindo a falta de trabalhadores para a colheita. — Mat. 9:37, 38.
2 Segundo os registros disponíveis, em 1923, dois dos 8 proclamadores eram pioneiros (33% do total dos louvadores). Em 1948, havia 166 pioneiros (15,5%); em 1958, 534 pioneiros (4,1%); em 1968, havia 2.007 pioneiros (4,3%), em 1976, 4.201 pioneiros (4,2%). Na década de 1950, notou-se um aumento de 218 pioneiros para 723 e o número de congregações nesse período aumentou de 99 para 569 e não há dúvida de que os pioneiros participaram dessa alegria.
3 Nos dias da rainha Ester, relata-se que os correios “saíram, impelidos e movidos velozmente pela palavra do rei”, indicando urgência em transmitir a mensagem do rei. Os pioneiros têm sido diligentes em ver que a mensagem alcance maior número de pessoas pois têm senso de urgência na obra que fazem. Não é que pensam em cumprir algum decreto dos anciãos na congregação ou de homens na organização, mas é por amor aos negócios e interesses do Reino. — Mat. 6:33.
4 O senso de urgência sentido pelos que escolham a carreira de pioneiro não se centraliza numa data, num ano, mas num trabalho que precisa ser completado. Enquanto não chegar o fim, as ‘boas novas têm de ser pregadas primeiro’. (Mar. 13:10) É evidente que a obra de pregação continuará até que venha o fim, e o fato de o fim ainda não ter chegado indica que a obra não foi completada. Podemos ter a certeza de que o fim virá quando Jeová tiver executado a grande obra da pregação do Reino ao ponto em que ele quer. Até então, há trabalho a fazer! E nós como Testemunhas de Jeová, fomos designados para fazê-lo! A compreensão disso deve fazer-nos ter um senso de urgência. Os que entram e permanecem no serviço de pioneiro têm esse senso de urgência. — Efé. 5:15, 16; 2 Tim. 4:2.
5 Alguns chegaram a pensar que, à medida que se aproximasse o tempo da “grande tribulação”, a intensidade da pregação talvez fosse diminuindo porque menos “ovelhas” seriam encontradas. Mas, agora, entendemos que a chegada da “grande tribulação” deve encontrar a obra de pregação no auge do seu progresso, no ápice do seu impulso, em toda a terra. A chegada do Senhor Jesus para executar o julgamento, virá como completa surpresa — até mesmo para o povo de Jeová, pois, sem dúvida, o encontrará no tempo da atividade mais intensa! Não é sem motivo que todos precisamos mostrar o espírito de urgência.
6 Não será o caso de a obra parar ao se aproximar a “grande tribulação”, ou quando ela começar. A progressista sociedade teocrática de Jeová estará em pleno funcionamento, como organização que avança, até a própria “grande tribulação” e durante ela. Mas enquanto não chega a “grande tribulação’, desejamos empenhar-nos bastante na obra de ensino. Temos notado no Brasil mais setores onde há pessoas mostrando interesse na verdade, requerendo o trabalho de pioneiros. No ano de serviço de 1975, 100 pioneiros especiais temporários foram designados a 92 cidades que não estavam sendo trabalhadas. Um total de 592 estudos foram dirigidos num período de três meses. Havia urgência da proclamação das “boas novas” naqueles territórios. Será que houve resposta para ‘mais trabalhadores’ naqueles setores do país? A resposta pode ser apresentada pelo fato de que 75 permaneceram em tais territórios como pioneiros especiais permanentes. Mas, a necessidade de trabalhadores com senso de urgência não terminou segundo um levantamento feito no escritório da Sociedade em São Paulo.
7 Ao terminar o ano de 1976, elaborou-se uma relação de 112 cidades com mais de 5.000 habitantes, onde não há Testemunha de Jeová a maioria delas no nordeste, enquanto que outras se situam em Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais. O que fazer para cobrir esses territórios? Bem, muitos voluntários, com senso de urgência, apresentaram-se para trabalhar como pioneiros especiais temporários. (Sal. 110:3) Assim, em janeiro deste ano, enviamos convites a 107 prospectivos pioneiros especiais temporários. Até o fim de janeiro, 46 já tinham sido designados a 36 cidades. Muitos de tais voluntários são jovens de 19 a 22 anos de idade. Quão animador é vermos jovens cristãos empenhar-se na pregação cristã, em nítido contraste com jovens mundanos que preferem uma vida de ociosidade e prazeres improfícuos. — Ecl. 12:1; Pro. 20:29.
COMO AJUDAR MAIS A TER SENSO DE URGÊNCIA
8 Ser pioneiro deveria ser a regra e não a exceção, não fossem outras obrigações bíblicas que muitos irmãos e irmãs têm, como uma família para cuidar, talvez a doença ou idade avançada, e outros fatores. Mas, isso não impede que todos tenhamos o espírito de pioneiro, fazendo o máximo no serviço da pregação com senso de urgência, segundo nossas possibilidades. Se pensarmos positivamente na importância da obra de pregação, poderemos incentivar outros que tenham possibilidades para servir como pioneiros. O que os anciãos mesmos pensam do serviço de pioneiro e sua atitude para com a obra de pregação não podem deixar de influenciar a congregação. O mesmo se pode dizer dos pais em relação a influenciar de modo positivo seus filhos quanto ao serviço de pioneiro. Convém que cada um de nós reflita sobre a nossa própria maneira de pensar no assunto, para sabermos que espécie de influência exercemos sobre os outros. Será que considera a pregação das boas novas como atividade vital, digna de esforço zeloso? Reconhece que há vidas envolvidas e que cada um de nós tem a responsabilidade de ajudar os que moram no nosso território? Sentem-se induzidos, pelo reconhecimento disso, a demonstrar pessoalmente um espírito de urgência, tomando a dianteira nessa obra? — Eze. 33:6, 9.
9 Cada um é capaz de responder para si mesmo a cada uma das perguntas citadas. É verdade que há irmãos e irmãs que não estão pessoalmente em condições de ser pioneiros, mas ainda podem ter o espírito de pioneiro. O espírito de entusiasmo e de intenso interesse da parte de cada um na congregação faz toda a diferença no modo em que isso é encarado pela sua congregação.
10 Cada ano são designados novos pioneiros. De setembro de 1976 a Janeiro de 1977, foram designados 277 pioneiros regulares 87 pioneiros especiais, 7.154 pioneiros auxiliares e 46 pioneiros especiais temporários. Mas alguns não continuam, por diversas razões. O que pode o irmão fazer para ajudar os pioneiros a permanecer no serviço de tempo integral? — Trabalhar com eles. Muitos pioneiros mencionaram, vez após vez, que poucas coisas são tão desanimadoras como não ter ninguém com quem trabalhar. São raras as pessoas que podem persistir sozinhas, dia após dia, sem ficar desanimadas. Achamos que os pioneiros na congregação terão prazer em que outros se ofereçam para acompanhá-los. Já pensou nisso? Muitas vezes pensamos em receber encorajamento, mas o apóstolo Paulo incentiva o mútuo encorajamento. — Rom. 1:11, 12.
11 Outra maneira de ajudar os pioneiros a permanecerem no serviço é interessar-se neles e no que fazem. Assim como nos interessamos em alguém que precisa de encorajamento, devemos ter o mesmo interesse nos pioneiros. Como se dá encorajamento? Por cumprimentá-los nas reuniões, convidá-los para uma refeição, perguntar como vão no serviço e como estão passando. Qualquer elogio que possamos dar trará benefícios de longo alcance e será edificador. Os pioneiros por sua vez, sempre que possível, desejarão apoiar o serviço de campo nos fins de semana, quando, em geral, um grupo maior de irmãos saem no serviço, e terão oportunidade de transmitir e receber encorajamento por trabalhar junto com outros publicadores.
ATIVIDADE INCREMENTADA NO TERRITÓRIO LOCAL
12 A maioria das congregações está situada nas cidades maiores, mas mesmo em tais territórios não se pode dizer que a obra foi completada. Ainda estudos são iniciados e novos publicadores começam a relatar. Já pensou em servir como pioneiro auxiliar? Será que há um espírito entusiástico na congregação, de todo o coração, de modo que os publicadores respondam à chamada para ser pioneiros auxiliares? Ao iniciar o ano de serviço, 2.225 pioneiros auxiliares relataram em setembro; em outubro, o número aumentou para 2.324. Em algumas congregações, a resposta à chamada foi maior do que em outras congregações. Pode ser que mais incentivo precise ser dado da tribuna e pessoalmente, pelos anciãos e servos ministeriais. O exemplo pessoal é um grande incentivo, e quando anciãos tomam a iniciativa de servirem como pioneiros auxiliares, outros publicadores na congregação fazem o mesmo.
13 Uma experiência do Amazonas menciona que os anciãos estavam preocupados com a diminuição da atividade de pregação local. Na sua reunião trimestral consideraram o assunto e decidiram que eles, os anciãos, trabalhariam como pioneiros auxiliares. Durante dois meses, se revezaram tomando a liderança na pregação durante a semana. O resultado foi excelente.
14 Outra experiência semelhante veio do Rio Grande do Sul. Após a reunião realizada com os anciãos das congregações em julho de 1976, “decidimos inculcar em todos a necessidade de um trabalho maior, especialmente com a cooperação dos anciãos e servos ministeriais”, declarou um superintendente presidente na carta enviada ao escritório. Para findar o ano, três anciãos tomaram a dianteira de servirem como pioneiros auxiliares e para alegria deles, mais 12 irmãos na congregação seguiram o exemplo deles. A congregação de 62 publicadores teve 15 pioneiros auxiliares, 24% do total de publicadores. Os 15 pioneiros auxiliares relataram 30 estudos bíblicos domiciliares.
QUEM PODE SERVIR COMO PIONEIRO AUXILIAR
15 O arranjo dos pioneiros auxiliares poderá mostrar ser um meio para promover um maravilhoso incremento de atividade na sua congregação. Muitos mais mostrarão senso de urgência se este serviço for incentivado e muitos mais podem ter grande alegria nisso. Um espírito de associação cordial é cultivado quando pessoas se alistam juntas e se ajudam mutuamente em satisfazer os requisitos. São os jovens na sua congregação animados a ser pioneiros? Para muitos que hoje são pioneiros regulares, pioneiros especiais, servem em Betel ou como superintendentes viajantes, o serviço de pioneiro auxiliar foi um passo para maior atividade.
16 O mês de julho poderá ser a oportunidade para muitos jovens que estarão em férias escolares. Os pais poderão tomar a iniciativa de reunir a família e considerar a possibilidade dos filhos servirem como pioneiros auxiliares. O requisito de apenas 2 horas por dia não será pesado para os jovens. Também, eles podem trabalhar mais horas no serviço num período menor de dias e ainda ter alguns dias livres no mês de férias para alguma recreação. O alvo é relatar 60 horas no mês, não importa como são programadas as horas. Em alguns casos, o pai e/ou a mãe poderá fazer arranjos de sair com o filho no serviço de campo alguns dias da semana, mesmo não podendo assumir o compromisso de 60 horas como pioneiro auxiliar. Que incentivo grande será para os filhos! Outros na congregação que não podem servir como pioneiros auxiliares ainda podem apoiar o serviço em grupo durante a semana, aumentando a atividade congregacional. Quando há muita atividade em progresso, quando todos estão atarefados e os que tomam a dianteira são entusiásticos, então o espírito da congregação é de alegria, zelo e apreço. Isto, por sua vez, se transfere ao território, dando ímpeto a que os semelhantes a ovelhas tomem posição firme a favor da adoração pura.
CULTIVANDO O ESPÍRITO DE PIONEIRO NA FAMÍLIA
17 Certa família, que veio do exterior para o Brasil há 15 anos tem feito do serviço de pioneiro o alvo familiar. Tanto os pais como os três filhos estão no serviço de tempo integral. Explicando o que contribuiu para os filhos terem a mente no serviço de pioneiro, os pais disseram: “Foram diversas coisas que exerceram influência neste respeito. Em primeiro lugar, o fato de que nós mesmos fomos pioneiros especiais no nosso país de origem, em território isolado. Contamos nossas experiências a eles e sempre fizemos questão de frisar que a dedicação da pessoa a Jeová envolve devotar toda vida a Ele e isto significa participar no serviço de pioneiro. Nossa casa sempre foi uma casa aberta para os irmãos pioneiros, superintendentes viajantes e missionários. Sem dúvida, esta companhia boa e sadia ajudou bastante os filhos. Desde que deixamos o serviço de pioneiro, uns 26 anos atrás, não passou nenhum ano que a mãe deles não serviu como pioneira de férias (agora pioneira auxiliar). As crianças saíam com ela durante as férias escolares. Refletindo bem, durante todo o tempo que estávamos criando nossos filhos, nenhum de nós, nem pais, nem filhos, pensou ou imaginou um futuro para eles sem participar no serviço de pioneiro.” Essa experiência dá uma grande lição para os pais na congregação que estão criando filhos na ‘disciplina e no, conselho de autoridade de Jeová’. Isto começa desde cedo na vida dos filhos, pois então se cumpre o que diz Provérbios 22:6.
18 “Creio que boa base para manter a família unida é fazer as coisas juntos e a boa liderança por parte dos pais”, declarou um pai com nove filhos, sendo que quatro deles estão no serviço de tempo integral: duas moças são pioneiras especiais no nordeste, um rapaz é pioneiro e outro é membro da família de Betel em São Paulo. Uma quinta filha serviu como pioneira especial e interrompeu recentemente por motivo de doença, precisando ficar hospitalizada. Os cinco filhos dedicaram ao todo 18 anos e dois meses no serviço de tempo integral. Este pai citou a cooperação amorosa da esposa, pois fazem arranjos todos os anos para que toda a família trabalhe como pioneiros auxiliares. Mencionou que o que ajudou a família, toda a família, foi “ter os interesses do Reino em primeiro lugar na vida, sempre estudar junto com os filhos e mantê-los também unidos na recreação”. Podemos imaginar a alegria desse pai que conseguiu cultivar o espírito de pioneiro em toda a família.
19 Certo chefe de família batizou-se em 1962 e desde 1963 serve como pioneiro. Dos 14 anos no serviço de tempo integral, os últimos 8 anos foram gastos como pioneiro especial em três cidades diferentes. Seu filho mais velho começou a servir como pioneiro desde os 13 anos de idade e agora é membro da família de Betel em São Paulo. Quando começou o serviço de pioneiro regular, este pai tinha um filho de 5 anos e uma filha de 1 ano de idade. Trabalhava como vendedor de segunda a quarta-feira e o resto da semana no serviço de pioneiro. Depois de 14 anos no serviço de pioneiro, ele comenta: “Não tenho muitos bens materiais, mas em compensação pude ajudar a 115 pessoas a aprender as verdades maravilhosas de Jeová”. Que motivo para contentamento!
20 Para um pioneiro especial com 63 anos de idade, quatro foram as razões porque aceitou o serviço de pioneiro. Em resumo do que ele explicou, citamos: “1) Nasce o desejo de ser pioneiro por verificar que todos os serviços do homem são vaidades e por fim não edificam um mundo para se viver. 2) Nasce o desejo quando se descobre que há um propósito mais elevado — trabalhar junto com o Criador. 3) Nasce por ver o exemplo de Jesus Cristo, que foi pioneiro. 4) Nasce tal desejo por se verificar que nada mais deixa a pessoa sentir-se plenamente realizada, feliz por ter usado bem a vida recebida de seu Deus.” Este irmão ouviu a verdade, junto com sua mãe, de um pioneiro que se associava com os primeiros marinheiros que trouxeram a chama da verdade para o Brasil. Diz ele: “Após dois anos, resolvi deixar a fábrica (da qual era um dos dois donos) e tornar-me um pioneiro, confiando apenas nas palavras contidas em Mateus 6:25 a 34. Comecei a trabalhar nesta nova atividade em 1945.” Explicando o que lhe ajudou a permanecer no serviço ele disse: “Adotei um lema: ‘Dia a dia, fazer de Jeová o meu refúgio.’ (Jer. 16:19) Passados 33 anos, não tive mais um patrão humano não trabalhei em busca de riquezas. Todos os dias tive o pão para comer com relativa abundância, tive o que vestir e onde morar (1 Tim. 6:8), embora já tive de morar debaixo de uma árvore, e outra ocasião num abrigo de cabras.” Sua esposa também é pioneira já por 22 anos e, no seu relatório, ele disse “já recebemos o privilégio de trazer para a verdade cerca de 500 pessoas muitos dos quais são anciãos, servos ministeriais, esposas de superintendentes de circuito e até membros da família de Betel.” Por fim, ele conclui dizendo: “A vida de pioneiro é a única que traz felicidade real, tornando a vida cheia de experiências”.
QUEM PODE SER PIONEIRO ESPECIAL
21 Ainda há territórios não designados para onde se podem designar pioneiros especiais, mas a maioria de tais territórios se situa no nordeste do país. Precisamos de irmãos dispostos a servir em tal área como pioneiro especial. A preferência seria pioneiros regulares que já têm experiência em se organizar para o serviço, embora alguns bons publicadores cujas circunstâncias pessoais e familiares não permitem que sirvam como pioneiros regulares podem se candidatar. Devem ser irmãos com boa saúde, que amam o serviço de pregação e que saibam dirigir estudos de modo instrutivo. Em qualquer caso em que alguém deseja receber uma petição para o serviço de pioneiro especial, recomendamos que fale com o superintendente de circuito. Desejamos, primeiro, receber recomendação dele antes de enviarmos a petição. O departamento de pioneiros da Sociedade planeja a cobertura do território em todo o país e havendo disponibilidade de irmãos dispostos é possível designar pioneiros especiais para os territórios que mais precisam da ajuda deles. Embora alguns irmãos não possam receber uma designação para território distante, poderão servir como pioneiros regulares em territórios que lhes sejam mais convenientes, pois os pioneiros regulares podem escolher o território.
22 O companheirismo é uma boa fonte de encorajamento. Assim, quando dois pioneiros especiais se dão bem e se tornam bons amigos podem desenvolver uma organização prática quanto aos afazeres de arrumar casa, preparar refeições, fazer compras, não negligenciando o estudo pessoal. Se na mesma cidade houver alguém mais que deseja servir como pioneiro especial, os dois podem fazer arranjos para servirem juntos, se se conhecerem bem e desejarem trabalhar juntos. Mas, se for necessário que o escritório designe um companheiro, faça tudo para desenvolver boa amizade com ele, cooperando mutuamente, certo de que o ambiente alegre no lar do pioneiro contribui para um espírito alegre quando estiver fazendo a pregação no território.
HÁ LUGAR PARA TODOS MOSTRAREM SENSO DE URGÊNCIA
23 É verdade que não são todos os publicadores batizados que podem aceitar uma designação de pioneiro. Alguns são doentes, outros têm responsabilidades familiares, ainda outros são idosos ou enfermos. Mesmo entre os jovens, muitos ainda têm suas obrigações escolares durante a maior parte do ano calendar. No entanto, todos eles podem mostrar um espírito de urgência e profundo apreço pelo serviço de pregação. Como? Por fazerem empenho sincero em trabalhar no serviço de campo tanto quanto lhes é possível, segundo suas circunstâncias pessoais. Podem ser publicadores ativos que saem regularmente, cada semana, no serviço de campo, apoiando a pregação de casa em casa e as atividades de revisitas e estudos bíblicos domiciliares. Outros talvez não possam fazer tanto mas ainda podem ser publicadores regulares mês após mês. Em certas épocas do ano, podem fazer arranjos pessoais para uma atividade incrementada, como na semana da visita do superintendente de circuito ou antes e depois da Comemoração da morte de Cristo, participando na distribuição das revistas especiais em abril. Uma boa ocasião para se programar maior participação no serviço de campo é a visita do superintendente de circuito. Alguns publicadores tomam um alvo de horas para essa semana.
24 Quer sejamos designados a um território isolado como pioneiro, quer trabalhemos como publicador no território da congregação, nossa responsabilidade é fazer o máximo ao nosso alcance para proclamar o aviso e ensinar os que mostram interesse. Isso será o que faremos se tivermos senso de urgência, mantendo uma boa consciência quanto a estar limpo do sangue de todos os homens. — Atos 20:26.
BENEFÍCIOS E VANTAGENS DO SERVIÇO DE PIONEIRO
25 Os que estão dedicados para fazer a vontade de Jeová sentem alegria no serviço de pregação. Como pioneiro, sua participação na pregação é maior, sendo um meio para expressar profundo amor a Jeová. Outro benefício do serviço de pioneiro é que torna possível ajudar maior número de pessoas do perigo da vindoura destruição. Sendo que há tantos atrativos no velho sistema de coisas, o pioneiro sente que sua vida ocupada no serviço de Deus lhe serve de proteção e o ajuda a desenvolver os frutos do espírito. — Gál. 5:23.
26 Sabendo que está fazendo o que é correto aos olhos de Deus, o pioneiro sente muita alegria no serviço. Ele tem oportunidade de desenvolver mais sua habilidade de ensinar, pois seu desejo de coração de ajudar os semelhantes a “ovelhas” serve de incentivo para se preparar de antemão para as revisitas e estudos bíblicos domiciliares. Sendo que o pioneiro coloca os interesses do Reino em primeiro lugar, ele aprende a depender mais de Jeová e conformar-se com as coisas necessárias. Assim, desenvolve uma melhor atitude para com os bens materiais. (Mat. 6:25-33) Reconhece que não há garantia de que os bens materiais serão preservados na “grande tribulação”, mas o que preserva sua espiritualidade tem a garantia da proteção de Jeová. — Jer. 45:2-5; 1 João 2:17.
27 Os pioneiros podem dar encorajamento a outros quanto ao serviço de pioneiro, palestrando com eles sobre quão profundo é seu apreço pela carreira que escolheu na vida. Poderá relatar experiências encorajadoras e mencionar as bênçãos que recebem. Assim, outros publicadores que continuam fazendo progresso cristão poderão ter o desejo de servir mais plenamente a Jeová, mostrando o espírito de urgência.