“Teu povo se oferecerá voluntariamente”
1 As Testemunhas de Jeová estão empenhadas atualmente num grande programa de construções, que incluem desde novos lares de Betel, gráficas, Salões de Assembléias, até muitos novos Salões do Reino. É animador ver quão espontaneamente os do povo de Jeová têm correspondido a essa enorme necessidade, dispondo-se a usar seu tempo, habilidades, recursos financeiros e energias em tais empreendimentos. O espírito voluntário e abnegado tem sido sempre uma constante entre os servos leais de Jeová. — Salmo 110:3.
MOTIVOS PARA CONSTRUIR
2 Mas por que tantas construções, se estamos tão próximos do Armagedom? Embora estejamos bem adiantados no tempo do fim, são muito promissoras as perspectivas de que muitas outras pessoas ainda se achegarão à organização de Deus neste curto espaço de tempo. (Veja Isaías 26:15.) De maneira que precisamos estar preparados para recebê-las. (Isa. 60:8) Ademais, Noé manteve-se plenamente ocupado em construir e preparar a arca até praticamente o início do Dilúvio. (Gên. 7:6-11) Assim, há bons motivos para permanecermos intensamente ocupados em tais empreendimentos, enquanto for da vontade de Jeová. Também, construir agora serve como treinamento para o povo de Jeová, visto que estaremos empenhados na maior obra de construção já realizada na terra — a de transformá-la num paraíso. — Isa. 65:21, 22.
OFERECERAM-SE VOLUNTARIAMENTE
3 Quando se deu ao profeta Isaías a oportunidade de realizar um serviço adicional ao que já prestava como servo dedicado de Deus, ele voluntária e imediatamente respondeu: “Eis-me aqui! Envia-me.” (Isa. 6:8) Tal espírito também foi demonstrado pelos cristãos fiéis do primeiro século. (Atos 16:8-40) Hoje, similarmente, o povo de Deus também tem-se apresentado voluntariamente para prestar todo o tipo de serviço necessário, inclusive a construção de novos Salões do Reino.
4 Considere a experiência de duas pioneiras especiais que serviam junto a um grupo isolado. Elas relataram: “A maioria dos nossos estudantes eram mulheres. Ficamos preocupadas com os preços dos aluguéis e com as contribuições pequenas. O então prefeito mostrou simpatia pelos nossos planos, e foi-nos doado 800 m2 de terreno no melhor local da cidade. Mas como construir? Éramos apenas nove publicadoras, três batizadas e seis não-batizadas. Oramos então a Jeová. A seguir, a esposa do vice-prefeito, após assistir a uma assembléia, começou a estudar, a assistir às reuniões e a ir ao campo. O seu marido passou a acompanhar com vivo interesse os nossos planos, e apresentou-nos ao novo prefeito, que concordou em construir um Salão do Reino semi-acabado, de 144 m2, em troca de 600 m2 do nosso terreno. A construção durou 63 dias. Então, no dia 19/11/89 o belo Salão foi dedicado a Jeová, e é considerado o mais belo prédio da cidade.”
5 Necessita também a sua congregação de um Salão do Reino próprio? O passo inicial certamente é calcular bem o custo. (Luc. 14:28) Embora os obstáculos possam parecer intransponíveis, deve-se continuar a orar a Jeová e a buscar meios práticos para superá-los. — Mat. 17:20.
COLABORAÇÃO MÚTUA
6 Quando duas ou mais congregações compartilham o mesmo Salão, e uma delas tem a necessidade de construir um novo Salão do Reino, devem as demais sentir-se desobrigadas a ajudar na construção? Não seria amoroso encarar a questão como responsabilidade apenas da congregação construtora. Ao contrário, é compreensível que elas apóiem financeiramente o projeto. Também, os corpos de anciãos das congregações vizinhas que desejam ajudar financeiramente poderão considerar o assunto e apresentar uma resolução à congregação para aprovação.
7 É excelente quando congregações colaboram voluntariamente umas com as outras. Observe o que foi relatado por um ancião: “Escrevemos à Sociedade pedindo orientações para a construção de um Salão do Reino. Recebemos plantas e orientações. As congregações vizinhas contribuíram financeiramente e com mão-de-obra assim que souberam do nosso projeto. Ficou estabelecido que trabalharíamos um fim-de-semana por mês em regime de mutirão. Iniciamos a primeira etapa na última semana de novembro de 1988 e terminamos na última semana de novembro de 1989 — exatamente um ano depois — com a colocação da cobertura. Daí, realizamos a nossa primeira reunião. Podem imaginar a alegria e o contentamento, ao sairmos de uma sala com 20 m2 para um prédio com mais de 200 m2! Tivemos de 50 a 60 irmãos trabalhando, jovens, idosos e irmãs. Quando planejamos a colocação da cobertura reservamos um fim-de-semana inteiro para isso, sábado e domingo. Logo após considerarmos o texto diário no sábado pela manhã, às 7:00 horas, iniciamos o trabalho. Os irmãos, porém, trabalharam com tanto afinco que às 20:00 horas, ainda com a luz do dia, a cobertura já estava concluída. A ajuda das congregações vizinhas mostrou-se muito prática, já que trabalhávamos somente um fim-de-semana por mês. A média de horas da congregação no ministério de campo permaneceu boa.”
8 Pedir a orientação da Sociedade, planejar e executar o serviço com determinação, confiando sempre na ajuda de Jeová, são fatores essenciais para a construção bem-sucedida de um Salão do Reino.
EQUIPADOS PARA CONSTRUIR
9 A Sociedade está formando também várias Comissões Regionais de Construção (CRC), que têm por objetivo fornecer ajuda mais de perto às congregações. Sua área de atuação, em geral, abrange vários circuitos. Quando da formação de uma Comissão Regional, a Sociedade avisa as congregações abrangidas pela Comissão que a partir daquele momento serão atendidas pela Comissão, e não mais diretamente pela Sociedade. Estas comissões, por sua vez, contatarão a Sociedade para a aprovação final dos projetos das congregações. Será apropriado então, que as congregações consultem estas Comissões, onde elas estiverem operando.
10 O que podemos fazer para diminuir ainda mais o tempo gasto na construção de um Salão do Reino? Não seria vantajoso que uma construção se estendesse por 5 ou mais anos. Infelizmente, isto ainda acontece. Talvez seja uma questão de melhor planejamento antes de iniciar a construção. Ou pode ser que haja necessidade de mais irmãos se oferecerem voluntariamente. As congregações vizinhas poderão colaborar financeiramente e/ou com mão-de-obra. No entanto, não seria correto que a congregação construtora enviasse cartas solicitando ajuda a outras congregações. A colaboração deve ser espontânea, motivada por um espírito generoso. — 2 Cor. 9:7.
11 Se tiver experiência em construções, poderia usá-la ajudando no desenvolvimento do projeto ou participando diretamente na construção de Salões do Reino de sua congregação ou de congregações vizinhas? Se não tiver experiência, mesmo assim poderá permitir que Jeová o use, conforme a necessidade. Apresente-se então voluntariamente para este serviço.
MANEIRAS DE MOSTRAR GRATIDÃO
12 De modo geral, os recursos disponíveis para a construção dum Salão do Reino são bastante limitados. Porém, as contribuições oferecidas como expressão do nosso amor a Jeová poderão provir de nossa ‘carência’, semelhante à viúva citada por Jesus, em Lucas 21:1-4. Assim, muitos têm usado parte do seu tempo e dos seus recursos bastante limitados. Quão apreciável isto é ao nosso Deus — dar a Ele da nossa ‘carência’, não do que nos ‘sobra’!
13 Construir nem sempre é fácil. Algumas vezes parece que o serviço não anda. Assim, os que participam duma construção devem empenhar-se individualmente em manter elevado o seu entusiasmo. Devem também ficar atentos ao ministério de campo, para que não haja uma diminuição drástica em sua participação no ministério. Por isso, não seria bom que tais obras se prolongassem por muito tempo. Deve-se ter cuidado também para que não se negligenciem responsabilidades familiares. É preciso exercer equilíbrio, e um bom programa ajudará nesse sentido.
14 Recomenda-se que comecem o dia com a consideração do texto diário. E durante o dia, precisam esforçar-se em demonstrar os frutos do espírito nos tratos uns com os outros, contornando situações potencialmente embaraçosas ou tensas, que poderiam restringir a felicidade do empreendimento. (Gál. 5:22, 23) Nem sempre as coisas serão feitas do nosso modo. Demonstrar os frutos do espírito e lembrar-se de que amiúde há mais de um modo correto de se fazer as coisas, ajudarão a que prevaleça um espírito de cooperação. Isso certamente contribuirá para o rápido andamento da obra.
15 A construção dum Salão do Reino requer longas horas de trabalho árduo da parte dos varões, bem como da parte das irmãs. As irmãs têm colaborado, por prepararem deliciosas refeições, ou por fazerem outros trabalhos, tais como pintura, limpeza e decoração. Jeová certamente aprecia esse serviço prestado de toda alma. — Col. 3:23, 24.
16 A quem pertence o Salão construído? Ora, a nenhum humano, pois foi dedicado a Jeová. A congregação possui a custódia dele, com o objetivo de utilizá-lo na promoção dos interesses do Reino na localidade. Assim, quando mais de uma congregação compartilha o mesmo Salão do Reino, nenhuma delas deve agir como se fosse a ‘proprietária’, encarando as demais como simples ‘inquilinas’. Deve haver uma boa comunicação entre os diversos corpos de anciãos, para que todos os assuntos necessários sejam tratados de modo suave e eficiente. Recomenda-se que seja criada uma comissão de manutenção, composta por anciãos das diversas congregações, que terá a função de cuidar da manutenção do Salão. Para decisões sobre assuntos maiores, tais como reformas e compra de equipamentos, os corpos de anciãos de todas as congregações deverão ser consultados.
17 Visto que o Salão é utilizado várias vezes na semana, haverá a necessidade de limpá-lo e, de tempos em tempos, proceder a uma manutenção geral, além da realizada ocasionalmente, quando surgem problemas. Oferecer-se-á voluntariamente para ajudar? Reconhece o privilégio que tem em mantê-lo limpo? Todos podem participar, até mesmo as crianças. Quão agradável é entrar num Salão limpo e bem arrumado, que representa condignamente a adoração pura de Jeová na comunidade!
18 As construções de Salões do Reino dão glória e honra a Jeová, pois provêem locais para alegres atividades, encorajamento mútuo e companheirismo. Oferecer-se voluntariamente para construí-los é um privilégio sagrado, não um serviço humilhante ou difícil demais para ser feito. Que se cumpram em cada um de nós as palavras do salmista: “Teu povo se oferecerá voluntariamente no dia da tua força militar.” — Sal. 110:3.
[Fotos/Quadro nas páginas 4, 5]
Identificação do Salão do Reino.
Fachada com jardins.
Entrada com cobertura.
Palco e jardim.
Palco e jardim de inverno.
Palco e auditório vistos da Sala B.
Balcão de literatura.
Auditório, luminárias e ventilação.
Iluminação, caixas acústicas e forro.
[Quadro]
Os Salões variam em construção, estilo, decoração, conforme o tipo de vizinhança e os gostos das Testemunhas de Jeová locais, que o constroem. (Alguns gostam de paisagens que lembram o paraíso, em uma ou outra parede do auditório. Outros preferem um discreto jardim.) Salões talvez sejam construídos em estilo rústico, enquadrando-se com as casas em uma área rural. Nas grandes cidades, construções velhas poderiam ser remodeladas para se tornar Salões do Reino. Ainda outros, construídos em áreas nobres das cidades, têm estilo moderno de arquitetura. Veja alguns estilos de Salões do Reino nas fotos neste suplemento. Qual, diria você, será o estilo de seu Salão, quando sua congregação construir?
Visto que o Salão é provavelmente o único prédio na localidade que leva o nome de Jeová, estarmos cônscios disto deve induzir-nos a edificar um Salão do Reino de bom gosto, com uma bonita fachada. Jardins a valorizam e, ao mesmo tempo, dão uma sensação de vida e paz ao ambiente. Queremos que ele seja atraente e confortável. Porém, não queremos que determinado estilo detraia a mensagem do Reino. Também temos que ter cuidado para que nossas construções não sejam confundidas com galpões ou depósitos, devido à configuração do telhado, parede ou janelas, ou sejam confundidas com igrejas da cristandade em geral. O Salão do Reino é a “casa de Jeová” e seu estilo de construção deve refletir isso plenamente.