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  • Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1951
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1951
w51 1/6 pp. 92-96

Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs

1. Como foi registada a primeira tradução das Escrituras?

A PRIMEIRA tradução escrita das Escrituras Sagradas foi a do cânon hebraico para o grego comum que veio a ser conhecida como a Versão dos Setenta Grega ou Septuaginta (LXX).a Os discípulos de Cristo, que escreveram em grego, citaram desta versão nos seus escritos inspirados. A Versão dos Setenta Grega começou a ser feita no princípio do terceiro século antes de Cristo em Alexandria, Egito, sendo que nessa cidade naquela época a maior parte constava de judeus que falavam o grego. Os hebreus em Jerusalém haviam desenvolvido preconceito contra as traduções escritas do cânon sagrado das Escrituras, julgando que elas eram sacras demais para sofrerem representação errada que atualmente se esperava numa tradução estrangeira. Todavia, apesar desse preconceito hebraico, a tradução foi levada a cabo durante três séculos, sem dúvida por judeus de Alexandria e não da Palestina, sob o patrocino do governador egípcio, e feita dos rolos hebraicos provavelmente importados da Palestina. Embora uma tradição religiosa mantenha que a Versão dos Setenta é inspirada, não há evidência interior nem exterior para provar tal pretensão. Essa tradução formou o que se pode chamar as Escrituras Gregas pré-Cristãs. Resultou em ser valiosíssima aos cristãos helenistas da congregação do primeiro século e aos tradutores das próprias Escrituras Hebraicas. Essa tradução grega, e não a própria Bíblia hebraica, foi a coleção das Escrituras usada no avanço da obra missionária cristã em direção ao ocidente através da Europa.

2. Quando foi completado o cânon da Bíblia? Quando e como foram seus livros colecionados e publicados?

2 Até o fim do primeiro século E. C. foi terminado o catálogo oficial ou cânon dos escritos inspirados dos discípulos de Cristo. Sendo que foram escritos em grego, formam o que legitimamente se podem chamar as Escrituras Gregas Cristãs. Igualam-se com as Escrituras Hebraicas (Aramaicas) quanto à inspiração, e acabam aqueles escritos antigos, para formar a Bíblia completa. Assim o cânon ou coleção oficial dos livros inspirados da Bíblia Sagrada foi completado no fim do primeiro século E. C. b Seguiu, em tempo devido, a tradução escrita das Escrituras Sagradas, acompanhando o esforço missionário dos cristãos primitivos em obediência ao mandamento de Cristo de fazer discípulos de todas as nações. Os livros do cânon hebraico já estavam colecionados em Jerusalém antes da sua destruição no ano 70 E. C., e então durante o segundo século se realizou a colecionação dos livros das inspiradas Escrituras Gregas Cristãs, e prosseguiram as traduções. Apareceram traduções no latim antigo. Porções das Escrituras, tais como as narrações dos quatro evangelhos e as cartas do apóstolo Paulo, foram ajuntadas em forma de códice como os livros do nosso dia, para manejo e uso convenientes. A encadernação de livros entre capas nesse estilo veio a ser uma especialidade notável da congregação cristã na indústria da feitura de livros, no princípio do segundo século.

3. Qual foi a primeira Bíblia impressa? Quem fez essa tradução?

3 No fim do quarto século, Eusébio Jerônimo, geralmente conhecido por “São Jerônimo”, iniciou seu trabalho de tradutor. Em 383 ele produziu sua nova versão latina das narrações do evangelho de Mateus, Marcos, Lucas e João, e em 405 completou sua tradução da Bíblia, tanto do hebraico como do grego, para o latim. Apesar de extensiva objeção, a versão latina de Jerônimo venceu e tornou-se a Bíblia da cristandade ocidental para os mil anos seguintes. Veio a ser conhecida como a Vulgata Latina ou “edição latina vulgar”. A primeira Bíblia que foi impressa por João Gutenberg em Mogúncia, Alemanha, foi a Vulgata Latina.

4. Quando se extinguiu o latim, que traduções eram necessárias? Como se satisfez a necessidade?

4 Mas com o tempo o latim morreu como a língua do povo comum, e desenvolveram-se línguas populares de origem latina e também línguas teutônicas. Fez-se sentir muito a necessidade de versões da Bíblia na língua do povo, e produzirem-se muitas traduções escritas à mão ou manuscritas. Antes de se inventar a imprensa, cerca de 1456, havia diversas traduções alemães da Bíblia ou de partes dela. A primeira Bíblia a ser impressa em língua moderna foi uma tradução alemã por um autor desconhecido, a qual foi impressa em Strasburgo por João Mentel em 1466. O tempo porém não permite que contemos acerca da produção da Bíblia em todas as outras línguas, nem mesmo que a mencionemos.

SOCIEDADE BÍBLICA NÃO SECTÁRIA

5. Desde seu início, a que se dedicou a Sociedade Torre de Vigia? Como e por que tem ela usado traduções da Bíblia?

5 Desde a época de sua organização a Watch Tower Bible & Tract Society tem usado a Versão Rei Jaime de 1611 como a versão básica para o estudo bíblico. Nosso principal objetivo tem sido esclarecer ao povo os ensinos puros da Bíblia à luz das profecias que se vão desenrolando. Tratemos de avançar com a luz brilhante da verdade e limpar-nos de todas as tradições ofuscantes dos homens e das filosofias pagãs deste mundo. Ao ser instituída em 1881, foi chamada a Watch Tower Tract Society, para indicar seu objetivo de difundir as verdades reveladas da Bíblia. (The Watchtower de abril de 1881) Em 1884 se incorporou como Zion’s Watch Tower Tract Society, mas em 1896 foi chamada Watch Tower Bible & Tract Society. Fiel ao seu nome, empenhou-se em distribuir Bíblias bem como editar livros, tratados, e outros jornais para disseminar o conhecimento cristão baseado nos ensinos fundamentais da Palavra de Deus. Sua educação bíblica para o povo tem sido não-sectária, e só este tipo de educação concede ao cristão a liberdade de desfazer-se da tradição religiosa e filosofia mundana e voltar à “fé que de uma vez para sempre foi confiada aos santos”. Assim desde o tempo da publicação da revista The Watchtower em 1879, as publicações inglesas da Sociedade Torre de Vigia até agora citaram e se referiram a mais de setenta diferentes traduções da Bíblia em inglês e outras línguas. Dessarte a Sociedade tem reconhecido o valor delas todas e usado o que é bom em todas elas conforme se tornou necessário para expor a verdadeira mensagem de Deus e dissipar a confusão religiosa.

6. Quando, pela primeira vez, a Sociedade se tornou uma sociedade impressora bíblica? Como?

6 Em 1902 a Sociedade Torre de Vigia veio a possuir as primeiras chapas duma edição das Escrituras e assim pôde tornar-se sociedade impressora da Bíblia. Estas chapas foram as duma tradução enfatizada das Escrituras Gregas Cristãs conhecida por “The Emphatic Diaglott”. Esta foi primeiro editada por seu autor, Benjamim Wilson, um editor de jornal de Geneva, Illinois, em 1864, e que nunca esteve associado com a Watch Tower Bible & Tract Society. Essa tradução enfática tinha alguns aspectos notáveis que contribuíram para melhor entendimento da verdade. Contudo, não foi senão em 21 de dezembro de 1926, que The Emphatic Diaglott foi impressa nas próprias máquinas de nossa sociedade e encadernada na sua própria tipografia.

7. Como veio a Sociedade a imprimir a Bíblia inteira e a lançar?

7 Isto conduziu finalmente ao desejo da Sociedade de imprimir a Bíblia completa nas suas máquinas. A Segunda Guerra Mundial tornou ainda maior a necessidade da publicação independente da Bíblia. Na angústia daquele conflito global a Sociedade conseguiu comprar as chapas da versão Rei Jaime completa da Bíblia. Em 18 de Setembro de 1942 abriu-se a Assembleia Teocrática do Novo Mundo das testemunhas de Jeová, tendo Cleveland, Ohio, por assembleia-chave da convenção. Ali o presidente da Sociedade falou sobre o tema “Apresentar a ‘Espada do Espírito’” e, como clímax, lançou essa primeira Bíblia completa impressa nas nossas próprias máquinas. No apêndice havia muitos aspectos úteis acrescentados para uso no estudo bíblico. Nos Estados Unidos logo se distribuíram 35.000 exemplares, e desde então foram distribuídos 700.000 exemplares dessa edição da Watch Tower em muitos países.

8. Em seguida, de que outra versão da Bíblia a Sociedade imprimiu e lançou uma edição, como?

8 Uma excelente tradução da Bíblia do século vinte é a Versão Normal Americana. Além de ser um grande melhoramento sobre a Versão Rei Jaime, tem o notável e recomendável característico de verter “Jeová”, o nome de Deus, nos 6.823 lugares em que ocorre nas Escrituras Hebraicas. Depois de longas negociações e mediante um arranjo financeiro a Sociedade Torre de Vigia pôde em 1944 comprar o uso das chapas da Versão Normal Americana completa da Bíblia para imprimi-la nas suas máquinas com apêndice especialmente preparado de ajudas para estudo bíblico. Em 10 de agosto de 1944, em Búfalo, Nova York, a cidade-chave de 17 assembleias simultâneas das testemunhas de Jeová ligadas por linhas telefônicas particulares, o presidente da Sociedade deleitou a vasta assistência lançando a edição da Watch Tower da Versão Normal Americana. Já foram produzidos 252.000 exemplares, e ela tem provado ser um instrumento adicional em proclamar o santo nome de Deus e publicar as grandiosas notícias de seu reino do novo mundo de vida e paz.

PREPARAÇÃO E CIRCULAÇÃO DA NOVA

9. Depois de usarem-se todas as várias traduções que carência se sentiu? Por quê?

9 Reconhecemos nossa dívida a todas as versões da Bíblia que temos usado para atingir a verdade da Palavra de Deus que gozamos hoje em dia. Não desanimamos o uso de nenhuma destas versões da Bíblia, mas nós mesmos continuaremos a fazer uso adequado delas. Todavia, durante todos os anos em que usamos estas versões até a última delas, achamo-las defeituosas. Em um ou outro ponto vital elas são incoerentes ou insatisfatórias, infetadas com tradições religiosas ou filosofia mundana e por isso não estão em harmonia com as verdades sagradas que Jeová Deus restaurou ao seu povo dedicado que invoca seu nome e procura servi-lo de um só acordo. Isso se dá, mormente no caso das Escrituras Gregas Cristã, que lançam luz sobre as antigas Escrituras Hebraicas e as interpretam com exatidão. Tem-se sentido cada vez mais a necessidade de uma tradução em linguagem moderna, em harmonia com a verdade revelada, contudo fornecendo-nos a base para adquirirmos ainda mais verdade pela apresentação fiel do sentido dos escritos originais, uma tradução tão compreensível aos leitores modernos como os escritos originais dos discípulos de Cristo o eram aos leitores humildes, comuns e simples do seu dia. Jesus advertiu-nos que nosso Pai celestial conhece as necessidades de seus filhos mesmo antes que lhes peçam. Como fez ele provisão para nós nesta necessidade que sentimos tão profundamente agora?

10. Como foi anunciada a comissão de outra tradução numa reunião de diretores, e que tinha feito esta?

10 Sobremaneira desde 1946 o presidente da Watch Tower Bible & Tract Society tem buscado tal tradução das Escrituras Gregas Cristãs. Na manhã de 3 de Setembro de 1949, às 8 horas, na sede de Brooklyn (Betel) o presidente da Sociedade convocou uma reunião conjunta das diretorias das corporações de Pensilvânia e de Nova York, estando ausente apenas um diretor. Depois que a reunião foi aberta com oração o presidente anunciou a estes oito co-diretores a existência duma “Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia” e que esta havia completado uma tradução das Escrituras Gregas Cristãs. Havia entregado esta, justamente no dia anterior, à corporação de Pensilvânia da Watch Tower Bible & Tract Society, para que ela a possuísse e controlasse. Ele leu o documento da comissão pelo qual ela cedeu o manuscrito da tradução à Sociedade em reconhecimento da obra não-sectária dessa difusão da sagrada Palavra de Deus e na promoção do conhecimento e entendimento de seu ensino entre as pessoas de toda nação, tribo, povo e língua, e a fim de que a tradução fosse um novo meio para expandir suas atividades educativas cristãs através do mundo.

11. Que foi feito com a tradução assinalada? Quando e onde se começou o trabalho de publicá-la?

11 O próprio presidente tinha lido todo o manuscrito da tradução, e a pedido leu à reunião diversos capítulos inteiros para que os diretores vissem a natureza da tradução. Esta leitura foi seguida de comentários favoráveis por todos os diretores presentes. Um dos diretores da corporação de Pensilvânia então propôs que a Sociedade aceitasse a dádiva. Isto foi apoiado. A moção foi unanimemente adotada por todos os diretores da corporação, e assim a tradução se tornou legalmente a propriedade da corporação Pensilvânia da Sociedade. Mas tinha de ser impressa na tipografia da corporação nova-iorquina em Brooklyn, N. Y. Em 29 de Setembro de 1949, o presidente entregou as primeiras laudas do manuscrito ao pessoal da fábrica de Brooklyn para que começasse a trabalhar nele.

12. Como progrediu a tradução até a publicação e lançamento?

12 Com o muito trabalho adicional que devia ser feito pela fábrica e com todas as modalidades que a comissão produziu para acompanhar a tradução, exigia-se tremendo serviço para produzir a publicação completa. Foi organizado um grupo de 40 membros da família da sede de Brooklyn (Betel) para fazer a revisão e conferência extras a fim de assegurar a exatidão dos característicos da publicação. Em 9 de Fevereiro de 1950 a Comissão para a Tradução do Novo Mundo da Bíblia submeteu-nos seu importante prefácio da tradução. Por muito tempo parecia um problema saber se a obra poderia ser efetuada em tempo para o importante evento no verão de 1950. Mas na tarde de quarta-feira, 2 de agosto de 1950, ao proferir seu discurso “Dar aos Povos uma Língua Pura” no Estádio Ianque, cidade de Nova York, o presidente da Sociedade teve o imenso prazer de lançar à Assembleia Internacional das testemunhas de Jeová “Aumento da Teocracia”, a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs. A tradução foi recebida com o máximo entusiasmo e apreciação pela vasta multidão de muitos milhares vindos de 72 países da terra. Avidamente os convencionais ficaram com dezenas de milhares de exemplares naquela mesma tarde e muitos milhares mais até o fim da assembleia em 6 de agosto.

CARACTERÍSTICOS DISTINTIVOS

13. Que se pode dizer acerca de seu nome, do texto grego empregado, do estilo da linguagem?

13 Esta nova tradução foge completamente das traduções religiosas da cristandade escravizada pelos credos. Isto se indica até no próprio nome, como sendo tradução das “Escrituras Gregas Cristãs”, em vez do tradicional assim chamado “Novo Testamento”. É antibíblico e desencaminhante chamar estes 27 livros cristãos das Escrituras inspiradas um “Novo Testamento”. A tradução não é a revisão de nenhuma obra prévia, mas é uma tradução absolutamente nova do texto grego original, usando o texto padrão preparado pelos dois eruditos britânicos reconhecidos, Westcott e Hort. Mas a comissão de tradução consultou também os textos gregos por eruditos de outros países, com o esforço sincero de fornecer uma tradução de acordo com os ensinos das Escrituras no grego original. Esforçou-se em fazer uma tradução literal ao ponto que o idioma inglês moderno o permitiu sem perder a graça. Eliminou-se todo o estilo antiquado ou arcaico de falar, considerando que as Escrituras originais foram escritas no modo natural de falarem as pessoas umas às outras naquela época. Isto contribui para melhor entendimento e, por consequência, apreciação da tradução.

14. Que característico saliente deve levantar grande controvérsia? Que pronúncia seguimos, e por quê?

14 Um característico saliente que sem dúvida há de suscitar grande controvérsia entre os tradutores modernos e chefes religiosos da cristandade é que se emprega o próprio nome de Deus nesta versão inglesa das Escrituras Gregas Cristãs. O nome divino é representado por uma palavra hebraica de quatro letras, chamada “tetragrámaton” pelo tradutor latino Jerônimo. Este nome ocorre 6.823 vezes nas antigas Escrituras Hebraicas, e, segundo mostram os registos, este nome se tem lido “Jeová” desde o décimo quarto século e popularizado nessa forma na cristandade. Não se sabe agora exatamente como se pronunciava o nome. Mas, ainda que reconhecesse os méritos da pronúncia “Yah-weh”, a comissão de tradução optou pela forma “Jeová”[Jehovah na Versão Brasileira] em virtude de sua familiaridade e porque preserva as quatro letras originais do nome hebraico. No devido tempo de Deus quando ele revelar a pronúncia correta de seu santo nome, teremos prazer em fazer a correção acurada.

15. De que maneira é a tradução a primeira que assim usa o nome divino?

15 A comissão não pretende ser a primeira a verter o nome sagrado numa tradução inglesa das Escrituras Gregas Cristãs. Há quase cem anos o autor de The Emphatic Diaglott publicou sua tradução do relato do evangelho de Mateus e nele usou “Jeová” 5 vezes e a Diaglott completa (1864) contém o nome 18 vezes desde Mateus a Atos, mas sem explicação alguma por tê-lo usado. Mas, segundo o nosso saber, a Tradução do Novo Mundo é a primeira a verter o nome divino coerentemente de Mateus ao Apocalipse, 237 vezes ao todo no principal texto de leitura, sem se mencionar as 72 outras vezes em que ocorre só em leituras marginais ao pé da página.

16. Como Mateus escreveu o nome divino nas Escrituras Cristãs?

16 “Mas não se pode fazer isso!” disse um critico a quem se leu o manuscrito da tradução para que o comentasse. A comissão, no prefácio de 29 páginas, mostra como se pode fazer isso em bases válidas; e o faz. Os tradutores da Bíblia inglesa têm presumido que o nome divino nunca apareceu nos escritos inspirados dos discípulos de Cristo. Mas pelo menos um tradutor, Jerônimo, nos informa: “Mateus, que também é Levi, e que de publicano veio a ser apóstolo, o primeiro de todos os evangelistas, compôs um Evangelho de Cristo na Judéia na língua e caracteres hebraicos, em benefício dos da circuncisão que haviam crido. . . . todas as vezes que o evangelista emprega os testemunhos das Escrituras antigas ele segue, não a autoridade dos setenta tradutores [a Septuaginta grega], mas sim a do hebraico (Catal. Script. Eccl.) Por isso quando Mateus citou em hebraico das inspiradas Escrituras Hebraicas, ele deve ter citado fielmente o nome divino e assim o ter incluído na sua narração do evangelho. O apóstolo Mateus foi um dos homens de quem Jesus disse em oração a Deus: “Manifestei o teu nome aos homens que tu me deste do mundo. . . . Fi-los conhecer o teu nome e lho farei conhecido.” (João 17:6, 26, NM) Mateus portanto teria aprendido de Jesus o nome e não teria escrúpulos de consciência em usá-lo de modo correto na sua história da vida de Jesus. Se Mateus traduziu seu próprio relato do evangelho do hebraico para o grego, então seguia a prática antiga de inserir as quatro letras hebraicas do nome de Deus no seu texto grego onde pertencia, possivelmente 18 vezes conforme ocorre na Tradução do Novo Mundo.

17. Como justificou a Versão dos Setenta grega a colocação pelos discípulos do nome divino nos seus escritos? Por que a tradição não lhes foi impedimento?

17 Sob inspiração os discípulos de Cristo citaram copiosamente da Versão dos Setenta grega das Escrituras Hebraicas. Nesta tradução era a prática desde a antiguidade inserir o tetragrámaton hebraico no texto grego para corresponder aos lugares em que ocorria nas Escrituras Hebraicas. Mesmo no quarto século Jerônimo nos diz que no seu dia ainda havia cópias da tradução grega que continham o tetragrámaton hebraico onde o nome divino ocorria no texto. Que fariam os apóstolos ao escreverem em grego quando citavam de tal tradução grega das Escrituras Hebraicas? Jesus não seguiu a tradição judaica, e ensinou aos discípulos que não a seguissem. A tradição dos chefes religiosos judeus, que se opuseram a Jesus até à morte, consistia em substituir pelo título “Senhor” o nome divino, que professavam não tomar em vão por não o pronunciar, mas o profanavam na prática. Os escritores cristãos inspirados não estavam escravizados pela tradição judaica de substituir o nome divino pelos títulos “Deus” e “Senhor”, e o espírito santo que inspirava esses escritores não temia que se profanasse o nome divino por fazer com que fosse escrito em caracteres hebraicos nas Escrituras Gregas Cristãs. Os discípulos estavam livres para seguir a prática de inserir as letras hebraicas do nome divino em seu texto grego. Seus escritos originais autografados têm desaparecido.

18. Que se achavam obrigados a fazer os recentes tradutores do hebraico relativo ao nome?

18 Desde o século catorze se fizeram traduções das Escrituras Gregas Cristãs para o idioma hebraico em benefício dos judeus. A comissão no seu Prefácio alista 19 dessas traduções hebraicas, e todas juntas contêm o nome divino em casos distintos. Onde os discípulos de Jesus citaram das Escrituras Hebraicas nos versículos em que ocorre o tetragrámaton, as traduções hebraicas foram simplesmente obrigadas a assentar o nome divino na forma exata em que este se encontra no texto inspirado do original hebraico, tal qual o apóstolo Mateus foi obrigado a fazer. Assim todas essas traduções hebraicas registaram o nome divino Jeová nos escritos cristãos desde Mateus até Apocalipse; e as objeções de todos os tradutores modernos são inúteis. As referências ao pé da página na Tradução do Novo Mundo mostram onde ela tem apoio de todas as 19 versões hebraicas.

19. Em que outra traduções recentes aparece o nome divino?

19 Ademais, o nome divino se acha, não somente em tais traduções hebraicas, mas também na forma vernácula em muitas traduções feitas por missionários durante os dois séculos passados. O Prefácio da comissão alista 38 traduções dessas das Escrituras Gregas Cristãs nas quais o nome Jeová ocorre em vinte formas vernáculas além das traduções hebraicas e inglesas. E tanto quanto essas traduções têm o apoio das Escrituras Hebraicas, elas usam corretamente o nome divino Jeová (Yahweh) ao invés do título indefinido “Senhor”, conforme é a prática da Versão Rei Jaime.

[Notas de Rodapé]

a O “Pentateuco Samaritano” anterior era principalmente uma transliteração do hebraico em caracteres samaritanos.

b “O bispo de Alexandria cada ano escrevia uma carta às congregações a seu cargo para as informar sobre a data da “Páscoa”. Na 39ª dessas cartas pascais, escrita em 367 E. C., Atanásio deu uma lista dos livros do “Velho e Novo Testamentos”. Essa parte de sua carta, traduzida do grego, reza :

“Não se hesita em mencionar outra vez os livros do Novo Testamento, pois são os seguintes: Os quatro evangelhos segundo Mateus, segundo Marcos, segundo Lucas e João; em seguida a estes os Atos dos Apóstolos e as sete assim-chamadas cartas gerais dos apóstolos como segue: Uma de Tiago, duas de Pedro, daí três de João e depois destas uma de Judas. Além destas há catorze cartas de Paulo o apóstolo, escritas na seguinte ordem: A primeira aos romanos, daí duas aos coríntios, e, em seguida a estas, aos gálatas e depois aos efésios, daí aos filipenses e aos colossenses e duas aos tessalonicenses e uma aos hebreus; e então duas a Timóteo, porém uma só a Tito. E uma última a Filemom; e outra vez de João uma Revelação.”

Este é o primeiro exemplo do catálogo dos livros das Escrituras Gregas Cristãs conforme os temos atualmente. Esta lista publicada, conhecida por “Cânon de Atanásio”, assim precedeu por 30 anos a lista publicada pelo Concílio ou Sínodo de Cartago, África, em 397 (E C.).

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