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  • w54 1/12 pp. 180-185
  • Reparadores e restauradores da verdadeira religião

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  • Reparadores e restauradores da verdadeira religião
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1954
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  • O NOME DE JEOVÁ É A VERDADEIRA RELIGIÃO
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    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1954
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    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1969
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1954
w54 1/12 pp. 180-185

Reparadores e restauradores da verdadeira religião

“E os que de ti precederam edificarão as antigas ruínas; levantarás os fundamentos de muitas gerações; e serás chamado O reparador da brecha, O restaurador de veredas para morar.” —Isa 58:12, NA.

1. Que é religião verdadeira e religião falsa?

A VERDADEIRA religião é a adoração genuína de Jeová. A religião falsa abrange tudo o que é contrário à adoração de Jeová. A palavra “religião”, na sua forma mais simples e comum, significa “forma ou sistema de adoração”. Portanto, a palavra em si mesma não significa “verdade”. Falamos de religião pagã, bem como de religião cristã, de modo que qualquer forma ou sistema de adoração, não importa qual o seu motivo ou objetivo, é corretamente chamado religião. Não obstante a existência de muitos milhares de diferentes religiões, há apenas uma religião verdadeira e esta é a adoração do Deus Altíssimo, cujo nome é Jeová. Esta religião já tem sido restaurada para o povo.

2. Que tentativas se fizeram contra a verdadeira religião, e por que

2 A verdadeira religião é eterna e nunca poderá ser destruída. Através dos muitos séculos, inimigos tentaram derrubá-la e destruí-la, mas, as suas obras de maldade se provaram inúteis. Houve tempos em que a verdadeira religião ficou quase completamente fora da vista. Ela tem sido caluniada e os homens fizeram que fosse traição praticá-la. Deveras, durante os quase 6.000 anos da existência do homem na terra, houve muitas ocasiões em que a verdadeira religião mal sobreviveu aos assaltos terríveis que se fizeram contra ela. Mas, embora às vêzes ficasse quase em ruínas, contudo, Jeová sempre levantou homens fiéis para defender a sua causa e lutar pela sua existência, desconsiderando perdas pessoais ou mesmo o perigo da morte. Estes homens repararam as brechas e restauraram as veredas, para que o povo novamente pudesse adorar a Jeová Deus em espírito e em verdade. Vivemos hoje em exatamente tais tempos críticos.

3. De que modo existia a religião pura no Éden, e por que não continuou?

3 A religião pura existia no Éden, antes da desobediência de Adão, porque naquele tempo existia apenas a adoração de um só Deus, Jeová. Grandes bençãos acompanhavam o homem naquele estado puro, designando-se-lhe serviços bem agradáveis em relação à criação inferior, sobre a qual foi o propósito de Deus conceder-lhe domínio. Havia paz e tranqüilidade, nada interrompendo a serenidade daquele jardim de delícias. O homem não necessitava de mediador para se chegar a Deus, pois Jeová falava com o homem no fim do dia, provavelmente ao anoitecer. Mas, este estado paradisíaco não durou por muito tempo, pois Adão abandonou a verdadeira religião e adotou a falsa. Um ato deliberado de desobediência deitou a perder estas bençãos, e a relação feliz e bendita que ele gozava só podia ser reparada e transmitida aos seus descendentes por alguém que tivesse o poder e a autoridade para fazê-lo. A humanidade perdeu estas maravilhosas bênçãos e a própria vida, e tanto se desviou da verdadeira religião, que há multidões que nem mesmo sabem o que ela é. Tais ignorantes concluem que a sua religião de adoração de ídolos é a certa, desconsiderando inteiramente os frutos terríveis que ela tem produzido e quanto ela tem destruído a semelhança entre o Criador e as criaturas.

4. Declare brevemente o que acontece quando se perde a verdadeira religião.

4 O homem ter sido feito à “imagem de Deus” envolve a adoração pura de Jeová. Êle precisa agir segundo os mesmos princípios e regras de ação como seu Criador. Quando o homem cessa de adorar a Jeová, acaba imediatamente o reconhecimento da sua responsabilidade para com Deus. Ele perde o entendimento e mergulha na tolice e insânia espiritual, porque depois disso ele vai em procura de madeira, pedra ou metal, faz disso uma imagem, pinta-lhe um rosto e se inclina diante dela. Algumas criaturas se satisfazem em adorar outras criações, animadas ou inanimadas. A falsa religião cria ignorância, temor, superstição, ódio, fanatismo e insânia. A verdadeira religião produz bondade, gozo, paz, amor e vida. A esperança e a salvação da humanidade acham-se na restauração da verdadeira religião.

5. Quem é o criador da religião falsa e qual foi o seu plano para causar uma brecha entre Deus e o homem?

5 O criador da falsa religião é Satanás, pois ele deliberadamente causou a rebelião do homem no Éden, para abrir uma brecha entre Deus e o homem, e nisto ele teve êxito. Depois, Satanás começou a organizar a humanidade no seu modo de adoração. Ele sempre fez o máximo para impedir que a humanidade adquirisse conhecimento de Jeová. Para conseguir isso, ele fez que os homens começassem a adorar a criação de Deus, ao invés do Criador, e, assim, através dos séculos, os homens fizeram religião de tudo, desde o sol ate as coisas rastejantes na terra. O resultado foi uma confusão que abrange a terra. Paulo escreve: “Se, agora, as boas novas que declaramos são de fato veladas, são veladas entre os que perecem, entre os quais o deus deste sistema de coisas tem cegado as mentes dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a iluminação das gloriosas boas novas acerca do Cristo, que é a imagem de Deus ” (2 Cor. 4:3, 4, NM) O tempo virá em que Satanás não mais poderá enganar a humanidade com a religião falsa, pois se predisse de Jesus: “Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que mais não engane as nações, até que os mil anos se acabem.” — Apo. 20:2, 3, Al.

6. Explique a condição existente nos dias de Noé e de Paulo, e como resulta isso da religião falsa?

6 As condições corrutas que resultaram para a humanidade da perda da verdadeira religião são enfaticamente demonstradas pelo estado terrível em que caiu o povo nos dias de Noé: “Assim Deus viu a terra e, eis que estava arruinada, porque tôda a carne havia arruinado seu caminho sobre a terra. Depois disso Deus disse a Noé: ‘O fim de toda a carne é vindo perante mim, porque a terra está cheia de violência por causa deles, e eis-me aqui levando-os à ruína, juntamente com a terra.” (Gen. 6:12, 13, NM) Novamente, 2.000 anos depois, as condições eram iguais, pois Paulo declara: “Porque, embora conhecessem a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes se tornaram nulos em seus raciocínios. . . Embora afirmassem ser sábios, tornaram-se tolos e mudaram a glória do Deus incorrutível em algo à imagem do homem corrutível, e de aves, e de quadrúpedes, e de coisas rastejantes. . .E assim como não aprovaram ter um conhecimento acurado de Deus, Deus os entregou a um estado mental desaprovado, para fazerem coisas que não convêm, estando cheios de toda a injustiça, iniqüidade, avareza, maldade, cheios de inveja, homicídio, contenda, dolo, malignidade, sendo mexeriqueiros, detratores, aborrecedores de Deus.” (Rom. 1:21-31, NM) Paulo declarou, também, que as mesmas condições iniquas existiriam nos últimos dias deste sistema iniquo de coisas. —2 Tim. 3:1-7.

7. Que é necessário agora para a salvação de muitas pessoas, e está em progresso tal obra agora?

7 Os textos acima citados descrevem claramente a desolação, a condição decaída e a situação triste da humanidade. E absolutamente necessário que se empreenda agora uma obra de reparação e restauração, para que alguns da população agonizante do mundo possam ser remidos e salvos do completo desastre. Tal obra de reconstrução mundial já está em progresso, e, hoje em dia, centenas de milhares de criaturas humanas já derivaram disso grandes benefícios. Não que tais pessoas acharam uma nova religião, mas, antes, foram guiadas de volta às antigas veredas, levadas de volta á religião dos apóstolos e dos homens fiéis da antiguidade, tais como Noé, Abraão e outros. O bem que resultou para os que foram restaurados ao serviço fiel de Jeová tem sido imensurável. Chegaram a aprender que Jeová é o Deus Altíssimo, e o amor de Deus, aceso em seus corações e vidas, produziu obediência para a execução da sua vontade. A verdadeira religião desenvolveu nestes, de coração sincero e honesto, reverência, honra, gratidão, esperança e temor piedoso Atou-os seguramente ao Altíssimo, movendo-os a entregarem tudo de bom grado a Jeová.

8. Podemos limitar as bençãos decorrentes da verdadeira religião, e por que responde assim?

8 Isso envolve a relação pessoal, pois envolve a decisão da criatura de se sujeitar ao Criador. Tal ato é virtuoso, pois significa que a pessoa é continuamente movida a prestar a Deus a adoração e reverência que lhe pertencem de direito. É então que os verdadeiros adoradores encontram amorosa comunhão com o Criador e vem a conhecê-lo e a honrá-lo como seu Supremo Senhor, amando-o como Pai, encontrando completo descanso, felicidade e paz na Sua família e Seu serviço sagrado. Tão amplas são as bençãos da verdadeira religião que não podem ser limitadas, pois nasce uma esperança e as perspectivas de entrar na vida eterna tornam-se parte da vida da pessoa, tanto mais quanto a pessoa aprende a crer e confiar nas promessas de Jeová e de Cristo Jesus, nosso Senhor.

9. De que modo da esperança a verdadeira religião e com resultados?

9 A esperança produzida pela verdadeira religião transforma a vida. Reduz a nada os desapontamentos, as provas e os sofrimentos da atual existência debaixo deste sistema iníquo de coisas, enquanto que a ausência de esperança entorpece a mente e o coração. A esperança de vida para todo o sempre só nos pode ser dada por Jeová Deus, mediante Seu Filho. “Isto significa vida eterna, que adquiram conhecimento de ti, o único Deus verdadeiro, e daquele que tu enviaste, Jesus Cristo.” (João 17:3, NM) “Gozemos de paz com Deus por meio do nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual também ganhamos nossa aproximação, pela fé, a esta benignidade imerecida na qual estamos agora, e exultemos, baseados na esperança da glória de Deus. E não só isso, mas exultemos enquanto estamos em tribulações, visto que sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, por sua vez, uma condição aprovada; a condição aprovada, por sua vez, esperança, e a esperança não nos leva ao desapontamento; porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações por meio do espírito santo que nos foi dado ” (Rom 5:1-5, NM) Esta é a verdadeira religião.

10. Quais são os sinais de identificação dos que tem a verdadeira religião?

10 Alguns talvez nos perguntem: Como podem estar seguros de que esta é a religião verdadeira? A resposta é que tudo referente a ela precisa falar para a honra e o louvor de Jeová. Precisa engrandecer o coração e a mente para com ele. Precisa criar-se um desejo e uma esperança de ver seu nome exaltado acima de todo outro nome no universo. Sim, de ver seu nome Jeová resplandecer brilhantemente, cintilar gloriosamente, demonstrando proeminentemente sua grandiosidade e majestade perante o olhar de tôda a criação. Estes são alguns dos sinais da verdadeira religião. Ela não é formalismo, não é rito, não é função social. Não; não é algo para tentar mostrar-se respeitável, mas é um zelo vivo, que consome tudo, de adorar a Jeová com espírito e verdade. Precisa haver apego ao Criador e ela precisa ligar-nos em laços que não podem ser quebrados. Paulo foi um verdadeiro adorador, e ele disse: “Pois estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem os anjos, nem governos, nem coisas existentes, nem coisas vindouras, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem outra qualquer criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” —Rom. 8:38, 39, NM.

O NOME DE JEOVÁ É A VERDADEIRA RELIGIÃO

11. Explique a maneira em que Satanás pôs em dúvida a veracidade da palavra de Deus, e que resultou?

11 A substituição, feita por Satanás, da falsa religião em lugar da verdadeira adoração, lançou grande vitupério sôbre o nome de Jeová. No Éden, Satanás levantou dúvidas sôbre a veracidade da palavra de Deus, as obras de suas mãos e a honra do seu nome, sim, até sôbre seus bons propósitos para com o par humano. Está registrado: “Ora a serpente era mais astuta que qualquer animal do campo que Deus Jehovah tinha feito. Ella disse á mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? Respondeu a mulher á serpente: Do fructo das árvores do jardim podemos comer; mas do fructo da arvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis delle, nem nelle tocareis, para que não morraes. Então a serpente disse á mulher: Certamente não morrereis; porque Deus sabe que no dia em que comerdes do fructo, abrir-se-vos-ão os olhos, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal.” (Gên. 3:1-5) Estas poucas palavras revelam muito. Satanás pôs em dúvida a correção da ordem de Jeová. A enormidade deste crime pode ser entendida só quando consideramos os quase 6.000 anos de pecado, iniqüidade, doença, tristeza, sofrimento e morte que trouxe sôbre a raça humana. Quão desprezivelmente egoísta e rebelde ao extremo de lançar a mínima dúvida sôbre a palavra do Criador! Essas palavras sinistras: “É assim que Deus disse” — parte interrogativas, parte simulando surpresa — destinavam-se a criar suspeita e desconfiança no Criador. Sim, aqui se revelam as profundezas da iniquidade de Satanás. Sua rebelião contra a lei e ordem divina é demonstrada pela difamação do nome do Altíssimo. Foi nisso que pela primeira vez se profanou e difamou o nome de Jeová. O plano de ação de Satanás era cortar os laços que ligavam o casal humano a Jeová, a fim de causar uma brecha que seria impossível de reparar e restaurar à sua solidez original.

12. Que significa o texto: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome de Jehovah“?

12 Foi no terceiro século da história humana, durante a vida de Enós, filho de Set, que o homem começou abertamente a profanar o nome de Jeová. Está escrito: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome de Jehovah.” (Gên. 4:26) Os homens não estavam arrependidos, procurando servir a Jeová em humildade. Eruditos do hebraico sustentam que este texto devia rezar “começaram profanamente”, ou, “então começou a profanação”. É verdade que o mesmo verbo hebraico é traduzido “profanarão” na Versão Brasileira, em Levítico 21:6, mas ali o verbo está numa conjugação, formação ou espécie diferente. Esta vez, porém, foi um tempo de idolatria extrema. Neste respeito note êstes comentários pertinentes: “Nos dias de Enós, os filhos de Adão erravam com grande êrro, e o conselho dos sábios daquela época tornou-se embrutecido, e o próprio Enós foi (um) dos que erravam; e seu êrro foi êste disseram: Visto que Deus criou estas estrelas e esferas para governar o mundo, e as estabeleceu no alto, e deu-lhes honra, e são ministros que ministram diante dêle; convém que os homens as louvem, e glorifiquem, e lhes dêem honra começaram a construir templos para as estrelas, e oferecer sacrifícios a elas . . . para que, na sua opinião iniqua, obtivessem o favor do Criador; e esta foi a raiz da idolatria, etc. . . . De modo que, com o decorrer do tempo, o nome glorioso e temível (de Deus) foi esquecido da bôca de todos os viventes, e do seu conhecimento, e não o reconheceram.” (Citado de Treatise on Idolatry, de Maimónides) Isto mostra o ponto de vista judeu sôbre Gênesis 4:26, como sendo um plano sutil de Satanás.

13. De que modo desafiou Nemrod a Jeová e como trabalhou êle pela falsa religião?

13 Nemrod, o rebelde, desprezou os adoradores de Jeová, pois, sem dúvida, Noé e Sem pregavam à humanidade os mandamentos de Jeová, inclusive a proibição contra o derramamento desenfreado de sangue. Nemrod desafiou a Jeová e fêz-se regente sôbre o povo. “Ele demonstrou-se poderoso caçador em oposição a Jeová. É por isso que há um ditado: ’Igual a Nemrod, poderoso caçador em oposição a Jeová.” (Gên. 10:9, NM) O Jerusalem Targum diz: “Ele foi um poderoso caçador [ou, poderoso na caça] e em pecado perante Deus, pois era um caçador dos filhos dos homens nas suas línguas, e lhes disse: ’Apartai-vos da religião de Sem e apegai-vos aos estatutos de Nemrod.’” Seu propósito foi o de destruir a verdadeira religião. O princípio do seu reino foi Babel. (Gên. 10:10) Quando se construiu a grande torre e a cidade de Babel, isso desagradou a Jeová. O registro diz: “Disse Jehovah: Eis que o povo é um só, e todos elles teem uma só linguagem. Isto é o que começam a fazer: . . .  Assim Jehovah os espalhou dalli sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade.” (Gen. 11:5-8) Esta cidade e torre foram construídas para apagar o nome de Jeová e, em desafio, fazer um nome para êles mesmos.

14, 15. (a) O desafio de Faraó contra Jeová resultou em que louvor para Jeová? (b) Explique a brecha que ameaçava nos dias de Moisés e de Elias.

14 Nos dias de Moisés, Faraó desafiou a Jeová, exaltando-se perante o mundo como sendo maior. Jeová destruiu o poder dêste poderoso regente do mundo, derrubou seus ídolos e estabeleceu-se como Altíssimo. O aviso de Deus a Faraó foi: “Mas deveras para isso te hei mantido em pé, para te mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja annunciado em toda a terra.” (Êxo. 9:16) Por toda a vida de Moisés e de seu sucessor Josué tornou-se necessário apresentar sem equívoco perante o povo a escolha de aderir á verdadeira religião ou de se afastar do favor divino por adotar a religião falsa. O povo de Israel foi vez após vez salvo da destruição. Numa ocasião Moisés intercedeu junto a Jeová, para que os salvasse por causa do Seu próprio nome; Deus ouviu, e esta brecha foi fechada. “Pois que Elle falava em destruil-os, se Moysés seu escolhido se não pozesse em pé na brecha diante delle, para desviar o seu furor, que não os destruísse.” —Sal. 106:23, Tr.

15 Outra séria brecha foi sanada nos dias de Elias. Sucedeu devido à repugnância de Jeová pela apostasia do Rei Acab à religião pagã. Jezabel, sua rainha, era a filha real de um ex-sacerdote de Astarté e Baal, de Sidon, na terra dos fenícios, onde viviam os descendentes de Canaã. Acab não devia ter casado com esta infiel odiadora da pura religião. Ela organizou seu próprio sacerdócio, do qual se registrou que 450 eram sustentados à sua mesa, o que, naturalmente, significava às custas do país. Alguns anos antes, Samuel havia abolido a religião falsa, mas, Jezabel a importou de novo. Chegou o tempo de decisão para o povo de Israel, quanto a quem serviriam, a Jeová ou a Baal.

16. Declare o que aconteceu naquela prova entre a religião verdadeira e a falsa.

16 A verdadeira religião achava-se naquele tempo numa condição de decadência. Entretanto, Elias foi usado por Jeová para edificar aquilo que havia caído e restaurar a verdadeira religião, pois êle exaltava o nome de Jeová. O Rei Acab acusou Elias de perturbar a Israel, mas a resposta destemida do profeta foi: “Eu não tenho perturbado a Israel; mas tu e a casa de teu pae, por terdes deixado os mandamentos de Jehovah, e por teres tu seguido os Baalins.” Elias comandou a Israel que se reunisse no monte Carmelo e também os 450 sacerdotes falsos de Baal. Elias disse então: “Até quando claudicareis para duas partes? se Jehovah é Deus, segui-o; se, porém, Baal o é, segui-o.” Seguiu-se então a prova, conforme descrita em 1 Reis 18:17-40. Note a incapacidade e o estado desesperador de Baal enquanto os fanáticos clamavam e praticavam atos repugnantes de licenciosidade, segundo seus ritos pagãos, esperando aplacar seu deus. Leia o relato e tente imaginar toda a excitação, a louca frenesi. Depois, quando não veio resposta, e seus ritos religiosos tornaram-se mais insensatos e vergonhosos (pois a adoração de Baal era de grande obscenidade), estes adoradores dementes do Diabo começaram a esfaquear-se e o sangue jorrava abundante temente. Todo o dia isso continuou, até que ficaram exaustos. Que exibição de religião demoníaca para os que observavam, os que deviam ter adorado a Jeová em santa formação!

17. Em que contraste esteve a atitude de Elias com a dos profetas de Baal?

17 Agora, observe Elias. Calma e reverentemente, sem qualquer indevida exibição de emoção, êle ofereceu oração, com dignidade e solenidade, em contraste com a loucura lasciva dos falsos profetas. “Ó Jehovah, Deus de Abrahão, de Isaac e de Israel, seja manifestado hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e que por tua ordem tenho feito toda estás cousas. Responde-me, Jehovah responde-me para que este povo conheça que tu, Jehovah, és Deus, porque fizeste voltar para traz o seu coração.” Quão claramente se pode entender tal oração e como ela revela o profundo amor de Elias por Jeová e por Israel, pois derramava seu coração a Jeová nesta oração! Ele tinha forte fé e não desejava que a maldição de Jeová caísse sobre o seu povo. De modo que ele orou para que o coração deste povo voltasse às antigas veredas seguras e que abandonasse a religião falsa, egoísta e devastadora de Baal, que excitava as paixões.

18, 19. (a) Como reparou e restaurou Elias a verdadeira religião? (b) Mostre como Jeová respondeu à oração, e o resultado. (c) Por que causou Jeová uma brecha nos dias de Jeremias?

18 Elias honrou e exaltou a Jeová, recusando usar o altar de Baal, mas, antes, reparou, ele próprio, o altar de Jeová, que havia caído ao chão por causa de abandono e desprezo. Tomando as doze pedras, êle reconstruiu o altar. Elias havia anunciado de antemão o que aconteceria, e sua fé era completa. Ele estava defendendo o nome de Jeová e restaurando a religião verdadeira a Israel, reparando o que havia decaído da verdadeira adoração. É provável que a sua oração tomasse só alguns minutos, mas imediatamente depois veio a resposta de Jeová. Vendo êste fogo instantâneo do céu consumir o sacrifício, os espectadores não mais duvidavam quem era Deus. “O que tendo visto todo o povo, prostraram-se com o rosto em terra e disseram: Jehovah é o Deus; Jehovah é o Deus. Disse-lhes Elias: Agarrae os prophetas de Baal; que nenhum delles escape. Agarraram-n-os. Elias fel-os descer á torrente de Kishon, e ali os matou.” —1 Reis 18:39, 40.

19 Foi um dia de triunfo para Elias, visto que ele fora usado para reparar a brecha e restaurar a verdadeira religião, e para exaltar o nome de Jeová. Êle havia arriscado sua vida em protesto contra tôda esta profanidade, esta religião bestial e falsa que desonrava a Deus, mas Elias era zeloso por Jeová. O próprio Jeová é Deus zeloso, e, portanto não podia tolerar rival. O conceito que Elias tinha do Deus Altíssimo era tão elevado, que completamente excluía todos os outros deuses e objetos de adoração. Esta prova no Carmelo é uma das melhores jamais registradas. Entretanto, essa decisão não terminou a prova para sempre, pois o invisível Satanás ocupou-se logo outra vez em derrubar a obra que Elias edificara, e em tirar de Israel a verdadeira religião. Depois veio uma brecha que durou setenta anos, durante os quais Jerusalém e as cidades da Judéia ficaram em ruínas. Jeremias admoestara Israel vez após vez contra a sua religião falsa, e uma das suas mensagens foi: “Povo insensato e sem entendimento; que tendes olhos, e não vêdes; que tendes ouvidos, e não ouvis: Acaso não me temeis? diz Jehovah; não tremereis deante de mim? . . .Mas este povo tem um coração refractario e rebelde; já se rebellaram e se foram. Nem dizem no seu coração: Temamos a Jehovah, nosso Deus, que no tempo próprio nos dá a chuva. . . Cousa espantosa e horrenda tem-se feito na terra: os prophetas prophetizam falsamente, e os sacerdotes dominam por meio delles; e o meu povo assim o quer. Que fareis no fim disto?” —Jer 5:21-31.

20. Por que gritaram os falsos religiosos “Paz” desagradou Jeová?

20 Jeová disse. “Desde o menor até o maior delles cada um se entrega á cobiça; e desde o propheta até o sacerdote, cada um procede perfidamente. Também curam superficialmente o mal do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz.” A ira de Jeová forçosamente tinha de vir e nenhuma pacificação por parte dos falsos profetas podia impedi-la. Êstes falsos religiosos agiram traiçoeiramente perante Jeová por contrariar e contra-ordenar os mandamentos de Jeová, o Altíssimo, o verdadeiro rei de Israel. Procuraram sabotar a obediência leal do fiel embaixador de Jeová. “Assim diz Jehovah: Ponde-vos nos caminhos, vêde e perguntae pelas antigas veredas, onde está o bom caminho; andae nelle, e achareis descanso para as vossas almas. Não disseram: Não andaremos nelle.” E novamente: “Derramem os meus olhos lágrimas de noite e de dia, e não cessem de chorar; porque a virgem filha do meu povo sofreu uma grande brecha, e foi mui gravemente ferida.” Esta brecha era tão larga que levou o povo de Deus ao cativeiro por mais de setenta anos. Precisavam aprender que havia só um modo de adoração e êste era o modo certo. “Porventura fará um homem para si deuses, que comtudo não são deuses? Portanto eis que os farei conhecer, sim desta vez os farei conhecer a minha mão e o meu poder; e saberão que o meu nome é Jehovah.” —Jer. 6:13-19; 14:17; 16:20, 21.

21. Como predissera Isaías que viria esta grande brecha?

21 O profeta Isaías, muitos anos antes dos dias de Jeremias, avisara Israel da vindoura brecha entre êles e Jeová, mas êles recusaram ouvir. “Pois é um povo rebelde, são filhos mentirosos, filhos que não querem ouvir a instrucção de Jehovah. Elles dizem aos videntes: Não vejaes; e aos prophetas: Não nos prophetizeis cousas rectas, falas-nos cousas aprazíveis, prophetizae ilusões; apartae-vos do caminho, desviaevos da vereda, fazei que o Santo de lsrael desappareça de deante de nós. Por isso assim diz o Santo de Israel: Porquanto rejeitaes esta palavra, confiaes na oppressão e perversidade e sobre ellas vos estribaes; portanto esta iniqüidade vos será como uma brecha . . . prestes a cahir.” — Isa. 30:9-14.

22. Qual foi a razão que os falsos religiosos afastaram de si o nome de Jeová?

22 Israel não quis a verdade e a pura religião. Instaram com os profetas e os induziram a dizer-lhes apenas “cousas aprazíveis”. A verdade dura era demais para suas mentes culpadas e temerosas. Queriam ter certeza dos seus próprios profetas de que êstes julgamentos da parte de Jeová não viriam. Exigiram que Isaías desistisse de mesmo mencionar o nome de Jeová. Disseram: “Fazei que o Santo de Israel desappareça de deante de nós.” Seu desafio ao Criador foi completo. Tão endurecidos estavam que tentaram morder a mão que os alimentara. Viraram-se em ira colérica contra a mãe que os deu à luz. Quão terrível foi a situação em que estavam, mais uma vez mostrando proeminentemente quão dementes e embrutecidas as pessoas chegam a ser pela falsa religião! Queriam eliminar o nome de Jeová de sua memória. ‘Não o queremos!’ disseram. Mas, o fiel profeta nem mesmo pensou em desistir de falar em o nome de Jeová. Nunca jamais hesitará o servo fiel em pregar o nome e declarar a mensagem de Jeová, e nunca jamais serão os verdadeiros adoradores achados culpados de esconder o nome de Jeová debaixo de tais títulos gerais como “Senhor” ou “Deus“, para fazer a sua Palavra mais aceitável aos povos nas diversas partes do mundo. Os que o escondem, envergonham-se dêle e têm mêdo dos juízos procedentes dêle.

23, 24. Quando se anda por veredas proibidas, que resulta? Quando fêz Jeová que se cumprisse a profecia de Amós?

23 Por meio de Jeremias transmitiu-se a seguinte mensagem: “Pois meu povo esqueceu-se de mim, queimaram incenso a falsos deuses; e êstes os fizeram tropeçar nos seus caminhos, nas veredas antigas, para andarem por atalhos, em caminho não feito.” (Jer. 18:15, NA) Abandonar a Jeová automaticamente significava abandonar a vereda antiga. Israel afastou-se do infinitamente glorioso Jeová em troca de ídolos sem valor, insensíveis e mudos, fazendo seu povo tropeçar. Ilegalmente invadiram veredas proibidas e a mercê de sedutores, e, certamente arranjaram uma porção de dificuldades por abandonar a estrada do Rei. Desprezaram o aviso de Jeová e não puderam nem suportar ouvir o nome temeroso de Jeová. Não, não puderam ficar de pé diante da sua infinita santidade.

24 Após setenta anos de desolação exerceu-se a favor de Israel a benignidade imerecida, e êles foram trazidos de volta á sua própria terra e à pura adoração de Jeová. Reconstruíram então o templo sob a liderança de Zorobabel e mais tarde se construíram os muros e se executou um grande programa de reconstrução em todo o país. O profeta Amós havia profetizado destas coisas quando escreveu: “Naquelle dia levantarei o tabernáculo de David que cahiu, e repararei as suas brechas, levantarei as suas ruínas e o reedificarei como nos dias antigos,. . . Tornarei a trazer o captiveiro do meu povo de Israel; reedificarão as cidades assoladas, e as habitarão.” (Amós 9:11-15) Não só teve esta profecia um cumprimento literal, mas se destinava a um cumprimento adicional em escala maior e mais ampla. O artigo que segue discutirá o cumprimento adicional desta profecia.

fracassaram?

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