BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • w63 15/6 pp. 376-381
  • Tomando o lado de Jeová na grande questão em litígio

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Tomando o lado de Jeová na grande questão em litígio
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1963
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • DECISÃO PESSOAL
  • CASAMENTO MISTO, NÃO
  • A VIDA NUM LAR DE BETEL
  • OS ANOS DE GUERRA
  • VIAJANTES
  • PESAR
  • AINDA DO LADO DE JEOVÁ
  • ‘Ascendi com asas qual águia’
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1990
  • Muito pelo qual ser grato
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1962
  • Um passeio na primavera conduz ao serviço de Betel
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1964
  • Passo a passo com a organização fiel
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1963
Veja mais
A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1963
w63 15/6 pp. 376-381

Tomando o Lado de Jeová na Grande Questão em Liti̇́gio

Conforme relatado por LILIAN RUETIMANN

EU ERA uma menina, de seis anos de Idade quando os aviões passavam com grande estrondo por cima das nossas cabeças nas tardes quentes de agosto de 1914. No agradável jardim inglês apoiava-me nos joelhos de meu pai e ouvia os adultos falar sobre a guerra que acabava de estourar.

Meu pai era membro ativo do Partido Liberal e gerente de uma filial da Sociedade Cooperativa em nossa aldeia rural, na Inglaterra. Mamãe era professora, e interessava-se por todas as atividades educativas. Ela havia comprado um livro chamado “O Divino Plano das Eras”. Meus pais o leram com avidez e daí começaram a tomar parte em um estudo bíblico com dois outros casais. Na primavera de 1916, minha mãe e meu pai foram batizados em símbolo de sua decisão de fazer a vontade de Jeová.

Iniciaram com os filhos um estudo bíblico e todos nós quatro tínhamos de assistir às reuniões com os cristãos que hoje se chamam testemunhas de Jeová. Uníamos os esforços com os poucos da mesma crença nas cidades vizinhas e realizávamos conferências bíblicas nas cidades ribeirinhas, numa extensão de mais de sessenta e quatro quilômetros, até à embocadura do Tâmisa, a leste de Londres.

No outono de 1916, meu pai tomou uma posição firme de neutralidade para com a guerra. Isto provocou muita agitação na nossa, pequena cidade onde ele antes tinha estado politicamente ativo. Não só houve caso no tribunal, junto com publicidade, mas também nós, os filhos, tivemos de defender a nossa crença na escola. Papai foi finalmente isento por motivo de saúde e recebeu a designação de trabalhar na junta de racionamento.

A nossa casa na aldeia estava à disposição dos nossos conhecidos que estavam cansados da cidade, mas nada foi tão emocionante como visitar Londres e assistir a uma “grande” reunião. Vi ali o “Foto-Drama da Criação”, dos Estudantes da Bíblia, o que foi uma bela explicação da Bíblia por meio de slides, discursos gravados e música, apropriada. Durante uma dessas visitas a Londres, chegaram notícias emocionantes do congresso agora histórico da Torre de Vigia, em Cedar Point, Oaio; em 1922.

DECISÃO PESSOAL

A obra de pregação estava então em progresso, sob o lema: “Milhões que agora vivem jamais morrerão!” Meu irmão mais velho foi para a Índia e minha irmã foi batizada. Eu olhava tudo isso com indiferença até que, em 1924, um cristão maduro, conhecido meu, fez-me ver meus privilégios individuais. Percebi subitamente que a pessoa não cresce na fé de modo automático, mas precisa fazer decisão individual. Poderia eu fazer isso?

Desde os dias da minha infância eu vinha esperando o Milênio, quando o leão e o urso se deitariam junto com. o boi, e uma criancinha os guiaria. Naturalmente, desejava fazer a vontade de Jeová, mas a Sua vontade, segundo entendíamos então, era reunir os últimos membros da noiva de Cristo para a vida celestial. Significava renunciar a todas as esperanças terrestres e com o tempo morrer. Meus pais aconselharam-me a calcular cuidadosamente o custo. Sendo fiel, veria a Jeová e a Cristo Jesus. Esta esperança magnífica foi decisiva. Pouco antes de ter dezessete anos fui batizada em Londres, em janeiro de 1925.

A pregação de casa em casa era um constante estímulo e educação para mim. Naqueles dias estávamos apenas iniciando, mas alguns trabalhadores de tempo integral, que vieram dar uma ajuda em nosso território, deram-me muitos bons conselhos. Aprofundava-se cada vez mais no meu coração a apreciação pela verdade.

O congresso no Palácio de Alexandra, em Londres, em 1926, foi um evento notável. Acho que jamais esquecerei a emoção quando foi lançado o livro Libertação. O discurso público no Royal Albert Hall, “Por Que as Potências Mundiais Estão Cambaleando — O Remédio”, levou o congresso á um ponto culminante, e regressamos para casa, a fim de distribuir o folheto O Estandarte Para o Povo, durante o restante das nossas férias. Simplesmente devorei o livro Libertação com o seu magnífico tema acerca da grande questão entre Jeová e Satanás, bom como a vindoura vindicação do nome de Jeová. A apreciação desta questão em litígio era como fogo nos meus ossos. Daquele dia em diante, todos os sábados à tarde, quando estava livre do trabalho no escritório, enchia a minha pasta, montava na bicicleta e pregava nos arredores da cidade, e nos domingos pela manhã reunia-me com meus pais e com a pequena congregação para o serviço de casa em casa.

Minha irmã iniciou-se na obra de pregação de tempo integral em fevereiro de 1927, e eu fiquei com o meu irmão como os únicos membros jovens da nossa pequena congregação. Era uma região plana que dava para a embocadura do Tâmisa, e às vezes ansiava viajar e ver lugares bonitos, mas logo eliminei esse anseio, raciocinando que, sendo tão curto o tempo que resta a este sistema de coisas era melhor não perder tempo. Eu veria tudo melhor lá do céu. Jeová observou o meu anseio e mais tarde me abençoou muito além dos meus sonhos.

CASAMENTO MISTO, NÃO

Estava tornando-me adulta, uma moça impetuosa e entusiasta, com muita vitalidade, mas havia navegado com segurança pelas diversas fases do crescimento. Estava então profundamente enamorada. Infelizmente o rapaz não aceitou a fé e eu percebi que este era um dos custos que eu tinha de calcular. Sabia que nunca poderia estar plenamente do lado de Jeová na questão em litígio se alimentasse esta afeição e fiz um voto solene a Jeová de que nunca me casaria fora da fé. Esta foi a minha grande proteção. Comecei a erradicar isto do meu coração. É possível fazer isso se a pessoa puser em primeiro lugar os interesses do Reino.

Um incidente daquele tempo me permanece bem nítido na memória e tem sido como farol de luz em minha vida. Foi uma tarde memorável nas zonas rurais. Diversas pessoas haviam sido .muito rudes para comigo, e certa senhora, doente e acamada, me havia pedido para orar com ela. Ponderei sobre a grande questão em litígio suscitada por Satanás e meu coração transbordava ao passo que pensava sobre os efeitos da rebelião de Satanás. Quando o sol se punha ao oeste montei na bicicleta para voltar para casa. Havia longa ladeira íngreme por mais de um quilômetro e meio. Soltei os freios e deixei o vento fazer meus cabelos voar e assobiar nos meus ouvidos. De dentes cerrados repetia: “Rechaçarei o Diabo até morrer!” Em tempos de crise aquele cenário da tardinha me vinha à mente e agia como estimulante nas minhas veias. Jamais esmoreça! Lute do lado de Jeová na grande questão em litígio!

Na primavera de 1930; numa estação de veraneio perto da minha casa justo ao Tâmisa, assistimos a um dos pequenos congressos, ou a um “esforço conjugado de serviço”, como creio que os chamávamos então. Muitos vieram de Londres, visto que levava apenas uma hora de viagem. Foi um evento alegre para mim, quando pude conhecer outros da geração mais nova. Foi enquanto admirávamos a praia, depois de nos empenharmos no ministério, que conheci um rapaz suíço muito calado. Ouvi o sotaque estrangeiro dele e mencionei que eu estava aprendendo alemão. Alfred era cortês, quieto e absorto nos estudos, mas parecia um pouco solitário. Parecia sentir-se fora de lugar na nossa família jovial e brincalhona.

Os antecedentes de Alfred haviam sido muito diferentes dos meus. Ele fora criado num bondoso lar suíço e depois de terminar os cursos secundário e comercial e de fazer estágio, partira para a Bélgica para se concentrar em estudar línguas e contabilidade. Antes de partir, ele havia visto o Foto-Drama da Criação e obtido alguma literatura da Sociedade Torre de Vigia. Enquanto estava na Bélgica ajudando na obra social da igreja suíça, surgiram-lhe muitas perguntas que o ministro não pôde responder. Ele se lembrou então do livro O Plano Divino das Eras, e ao voltar à Suíça em férias, gastou grande parte do seu tempo de folga, estudando-o, bem como lendo outras publicações sobre o assunto. Após visitar a filial local da Sociedade, ele retornou à Bélgica, onde se encontrou com um irmão da Holanda nos primórdios da obra da Sociedade na Bélgica. Quando o famoso financista Leowenstein, seu empregador, caiu de avião sobre o Canal da Mancha, Alfred foi convidado a Londres para trabalhar com um financista suíço. E foi assim que as nossas veredas se cruzaram.

Passamos um ano muito feliz e muito ocupado e então, em maio de 1931, nos casamos no Tabernáculo de Londres e fomos pára a Suíça. Vi então com os meus próprios olhos este lindo pais, que tornou meu lar. Mais tarde fomos ao congresso em Paris, onde Alfred interpretou alguns dos discursos. Fomos então convidados pelo presidente da Sociedade, o irmão Rutherford, a trabalhar na filial da Sociedade em Paris. Reconheci nisto a vontade de Jeová, e, quando meu marido quis saber a minha opinião a respeito, não levei nem um segundo para decidir. Portanto, voltamos para a Inglaterra para nos desfazermos da casa que acabávamos de mobiliar e preparar juntos uma nova vida.

A VIDA NUM LAR DE BETEL

Na filial de Paris tive de enfrentar duas barreiras de idiomas, o alemão em casa, fora de casa, o francês. Não foi fácil para mim, e muitas vezes me sentia solitária. Daí descobri que ia ser mamãe. Alfred alegrou-se muito, visto que poderíamos continuar a nossa vida em Betel. Havia muito trabalho de tradução para fazer, a fim de prover literatura para o grupo entusiástico de ministros pioneiros ingleses e suíços que trabalhava na França.

Daí veio o golpe no Betel de Paris. A nossa obra havia perturbado o bispo que morava na vizinhança, e nós, os estrangeiros, fomos ordenados a deixar o país dentro de poucos dias. Isto significou que cinco de Betel e cerca de uma dúzia de pioneiros tínhamos de buscar novos lugares para servir a Jeová. Certa madrugada, eu e Alfred partimos com uma irmã americana para a Suíça.

E sucedeu que a nossa filhinha nasceu dez dias mais tarde na Suíça. Quando ela tinha alguns meses, mudamo-nos para o lar de Betel em Berna e concentramos em servir o lado de Jeová na grande questão em litígio. Mas não pensem que a vida depois disso foi um mar de rosas. Meu marido estava completamente absorto na sua obra, sem poupar as suas energias, e eu tinha uma filhinha para criar além dos meus deveres em Bethel. Agastava-me muitas vezes com a disciplina de Betel, com horário rígido, em contraste com a minha infância despreocupada. Às vezes me sentia frustrada como um pássaro preso numa gaiola. Algumas vezes me sentia desanimada e as ondas ameaçavam engolfar-me. Pensava então na grande questão em debate.

Aos poucos comecei a aprender todos os deveres da casa, ‘a lavar e passar, a cozinhar e remendar. A nossa família de Betel, em Berna, era composta naquele tempo de uns sessenta membros. O zunido e o zumbido, os que vinham e os que iam quebravam a monotonia das pilhas de pratos e louças para enxugar diariamente e as cestas sem fim de meias para remendar — como um abismo sem fundo! As estações vinham e se iam com a limpeza geral da casa na primavera, o enlatamento e engarrafamento de frutas e legumes em conserva e o acondicionamento de maçãs no porão. Sim, aprendi a estimar profundamente o privilégio de servir a família de Betel aqui e de atendê-la quando doente. E aprendi a apreciar as excelentes mulheres com quem trabalhei. Assim passaram os primeiros dez anos.

OS ANOS DE GUERRA

Um evento daquele tempo jamais esqueci. Alfred fora enviado à Tchecoslováquia para cuidar dos interesses dos nossos irmãos ali. Os alemães estavam restes a entrar em Sudetenlândia. Quando as tropas alemãs entraram e o povo se dispersou ás pressas, meu marido viajou para lá. A nossa filhinha se achava com os avós na Inglaterra antes de ir para a escola e eu iria buscá-la mais tarde. A guerra estava iminente e a nossa pequena família se achava em três países diferentes. Veio então Chamberlain com o seu guarda-chuva; Hitler foi aplacado por um pouco de tempo e a guerra ficou obstada. A nossa família foi reunida com segurança.

Mas a guerra era inevitável. Eu estava no hospital, sendo operada, quando a França caiu nas mãos dos alemães em 1940. Mal acabava de voltar para casa e Betel foi ocupado pelas autoridades militares e foi vasculhado. Mais tarde, instaurou-se um grande processo jurídico contra a Sociedade, e meu marido foi sentenciado a três meses numa penitenciária por causa de sua neutralidade. A nossa família de Betel diminuiu para cerca de vinte e cinco a trinta, e eu cozinhei para eles por algum tempo. Alfred saiu da prisão em tempo de poder assistir ao congresso em Zurique, onde a nossa filha foi batizada em símbolo de sua dedicação e decisão ao lado de Jeová na grande questão em litígio.

Com o tempo a guerra estava chegando ao fim. Ao passo que os alemães recuavam, começaram’ a vir notícias ‘de países que anteriormente se achavam sob a jurisdição da Filial da Europa Central da Sociedade, e todos esses relatórios tinham de ser traduzidos. Fui gradualmente atraída a essa nova esfera de atividade e me lancei nela com muita alegria. A guerra terminou e nós entramos na fase mais emocionante da atividade teocrática. Mal acabava de se abrirem as fronteiras quando o novo presidente da Sociedade, o irmão Knorr, e seu secretário, o irmão Henschel, chegaram com relatórios de primeira mão sobre o que se passava em outras partes do mundo.

VIAJANTES

Começou para meu marido o período mais interessante e mais emocionante da sua vida. Como intérprete foi com o irmão Knorr visitando diversos países, encontrando novamente amigos muito queridos e sabendo como haviam passado durante aqueles terríveis anos de guerra: Nesse ínterim, a nossa oficina gráfica em Betel estava ativa novamente, ficando em dia com as últimas publicações. Em 1946, a primeira pessoa de nossa crescente família de Betel viajou para a Clevelândia, Oaio, para assistir ao congresso ali e cursou a Escola Bíblica de Gilead da Torre de Vigia. E não me atrevia a pensar, que pudesse algum dia ir a Gilead, e, foi uma imensa alegria quando o irmão Knorr nos convidou, bem como a nossa filha, a cursá-la. Em janeiro de 1950 viajamos para Nova Iorque para cursar na décima quinta classe de Gilead. Foi uma experiência maravilhosa. A formatura de nossa pequena família foi no Estádio Ianque, no congresso de 1950. Eu e Alfred voltamos para o; Betel de Berna; a nossa filha foi para a Itália para se unir a um pequeno grupo de publicadores do Reino ali.

O pequeno período de liberdade que se usufruía nos países orientais quando libertos da, opressão nazista terminou quando o comunismo tomou o controle e esmagou a nossa obra. Às viagens do meu marido se tornaram menos freqüentes e mais perigosas. Essa década foi de trabalho sempre crescente em servir os nossos irmãos, intercalada com uma grande assembléia internacional após outra em diferentes países. Alfred estava completamente absorto no seu trabalho de tradução. No grande congresso de Nova Iorque, em 1958, ele apresentou um relatório sobre a obra atrás da Cortina de Ferro, tocando inclusive uma gravação de um cântico do Reino entoado por irmãos naquela parte do mundo.

Ocorreu uma grande mudança na minha vida em 1956 quando o departamento de tradução para o idioma alemão foi transferido para Wiesbaden, para produção aerodinâmica. Da noite para o dia, os meus colegas e a minha preciosa obra partiram: Mas sempre há o que fazer em Betel. Fui logo iniciada no Departamento de Revistas, onde encontrei uma profunda satisfação em servir meus irmãos no campo e em sentir o pulso da obra de pregação bater em todo o globo, para a minha contínua admiração e entusiasmo.

PESAR

Parece que a resistência de Alfred diminuía sob a constante tensão emocional e física da sua obra. Para agravar o seu estado, teve influenza pouco antes de fazer uma importante viagem na primavera de 1959 e não se recuperou tão bem quanto o deveria. Quando regressou da sua viagem, parecia muito acabado e estava calado, mas contente. Sentimo-nos felizes por assistir à assembléia de circuito juntos no fim de abril. Não era tarde quando voltamos para casa e tivemos o raro prazer de uma hora tranqüila juntos no ‘nosso castelo”, conforme Alfred gostava de chamar o nosso lar.

Enquanto saboreávamos o pequeno jantar que eu preparara, Alfred tomou o seu caderno de apontamentos e começou a escrever vários eventos a vir, entre os quais a esperada visita do irmão Knorr. Rimos em antecipação alegre. Olhando para essas datas, eu exclamei: “O que quer que aconteça no futuro, Alfred, passamos bons e ricos anos juntos no serviço, não é verdade, querido?” Com profunda gratidão prezei aquele último momento tranqüilo de reflexão, pois na noite seguinte ele ficou doente e algumas horas mais tarde morreu de insuficiência cardíaca — tendo-se gastado totalmente no serviço fiel. Acometida de choque e pesar, caí de joelhos ao lado da cama e expressei a minha profunda convicção: “Meu querido! Sei que serás ressuscitado em breve.” Minha mãe morreu alguns meses mais tarde. Experimentei quão grande inimigo é a morte.

Nas semanas e nos meses que se seguiram, ocupada nos meus muitos deveres, trabalhava como autômato, estranhamente desprendida e à parte, olhando para Jeová como meu sustentáculo. Vivi no seio desta querida família e partilhei da sua bondade e consideração. Servir outros é a maior cura. Aos poucos me fui recuperando e me conformei. A lacuna permanece, mas estou aprendendo a me conciliar com ela. ‘Cantar com júbilo’ a Jeová é a nossa grande proteção quando as ondas do pesar ameaçam a soprepujar-nos em tal ocasião.

AINDA DO LADO DE JEOVÁ

Agora sou avó e meus cabelos estão ficando brancos. Quando vejo o meu neto, quão confortante é ouvi-lo pedir-me: “Vovó, venha contar-me uma história da Bíblia!”

Muitos vieram è se foram nos trinta anos em que tenho sido membro, deste lar de Betel, e amei-os a todos. Nesta colméia de trabalhadores ocupados, onde a vida é ordenada com o tocar de uma campainha, aprende-se a respeitar as características individuais de cada um, a ser amigo de todos, mas não íntimo demais de pessoa alguma, a ser imparcial e adaptável, respeitando a vida privativa que cada um gosta de usufruir. Sim, a vida em Betel é uma vida boa, uma vida rica.

No momento em que estou terminando a minha história chega-me uma carta com o convite para acompanhar uma querida amiga da Califórnia nos congressos mundiais ao redor dó mundo a começarem em breve. Inclino humildemente a cabeça em profunda gratidão por esta imerecida bondade de Jeová, que nos abençoa “infinitamente mais do que tudo quanto pedimos, ou pensamos”. Resplandece no, meu coração a mesma esperança viva que foi decisiva para mim há muitos anos atrás, de ver a Jeová e a Cristo. Jesus e de participar na vindicação do nome de Jeová. Com gratidão levanto a ‘minha voz junto com a grande multidão de louvadores, confiante do resultado triunfante dá grande questão em litígio.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar