Perguntas dos Leitores
● Quais são as obrigações de pais cristãos para com um filho retardado mentalmente? — M. L., E.U.A.
Primeira Timóteo 5:8 (ALA) é bem específica e inconfundível ao dizer: “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos de sua própria casa, tem negado a fé, e é pior do que o descrente.” Portanto os pais estão sob a obrigação de sustentar os filhos, mesmo que sejam retardados, dentro de suas possibilidades. Lembrem-se, tal retardamento mental não é culpa da criança, mas, antes, das circunstâncias, tais como um nascimento infeliz, queda ou a imperfeição dos pais.
A obrigação dos pais inclui prover não sòmente as necessidades materiais, mas também as espirituais. Os pais cristãos não devem desconsiderar as instruções escritas em Deuteronômio 6:4-7, acêrca de como o pai deve falar sobre a lei de Deus com seu filho, não importa onde estejam. Não se pode desconsiderar também o mandamento em Efésios 6:4, sobre criar filhos na disciplina e no conselho autoritativo de Jeová. Se a criança for internada numa instituição do estado, certamente não poderá receber a instrução que leva à vida, que pais amorosos podem dar, em obediência à obrigação bíblica de cristão dedicado.
Fazendo com que a criança receba a disciplina e a admoestação de Jeová, o pai cuida da salvação eterna da criança. A obrigação de ajudar outros à salvação requer em primeiro lugar que ajude os membros de sua própria família, especialmente o pai de filhos ainda menores e dependentes de sua instrução, orientação e ajuda religiosa. Seria sensato tentar ajudar os estranhos ganharem a salvação, negligenciando ao mesmo tempo um filho dependente, que é sua própria carne e sangue?
A quantidade de tempo que dedica ao ministério não é desculpa para passar adiante esta responsabilidade. No entanto, se a criança for muito retardada e incapaz de receber qualquer alimento espiritual ou conhecimento para exercer fé e ganhar a salvação, isto pode determinar se os pais devam confiá-la aos cuidados de outros, tais como o estado ou instituições de beneficência social. Mesmo assim, não se pode esquecer que a criança sob o cuidado do estado, embora visitada regularmente pelos pais, pode estar sujeita a perigos espirituais provenientes de transfusões de sangue, de celebração de feriados pagãos ou nacionais, e assim por diante. Estas são também algumas das coisas que os pais precisam considerar.
É verdade que ter um filho retardado no lar pode ser um fardo bem pesado para os outros da família. Mas se for possível, em especial se se puder beneficiar a criança espiritualmente no lar cristão, então deve-se carregar esse fardo. Com isso, os pais fazem a coisa correta; procedem de acordo com os requisitos bíblicos e têm a aprovação e a bênção de Deus. No fim, este provará ser o melhor proceder, especialmente se todos os membros da família ajudarem.
Em tais casos deve-se pensar que cuidar duma criança retardada é um desafio, especialmente quanto a manifestar o fruto do espírito. (Gál. 5:22, 23) Certa fidedigna obra moderna diz o seguinte a respeito das crianças retardadas: “São afetuosas . . . e a miúdo amadas pela mãe e pelas outras crianças . . . Em muitos casos é possível serem cuidadas no lar, uma solução muito mais feliz do que interná-las em hospícios. Se este for o caso, então, a mãe deve aceitar a situação e não esperar que a criança se [torne normal]. Ela precisa amar a criança, mas não negligenciar os outros filhos, ou sentir-se culpada.” — Neo-Natal Pediatrics, W. R. F. Collis.
Se certos medicamentos são bons ou não para crianças retardadas é duvidoso; mas em alguns casos, com o uso de ácido glutâmico, houve melhoramento. Concernente ao ácido glutâmico a Modern Drug Encyclopedia and Therapeutic Index (Enciclopédia de Drogas Modernas e índice Terapêutico) (Oitava Edição de 1961) diz: “As observações clínicas sugerem o possível valor do ácido glutâmico natural para melhoramento da personalidade e funcionamento intelectual de crianças e adultos retardados.” A ajuda de tal produto pode depender de fatores hereditários e sexuais bem como de ser a criança cuidada pelos pais ou não. — Science News Letter de 12 de janeiro de 1952.
Cada caso tem de ser determinado segundo seus próprios méritos, a seriedade da situação, a habilidade de a família cuidar da criança e os benefícios que a criança pode derivar por estar em casa com outros membros amorosos da família. — 1 Cor. 13:4-8.