A moral cristã
“A mentalidade segundo a carne significa morte, mas a mentalidade segundo o espírito significa vida e paz.” — Rom. 8:6
1. Ao enviar o seu próprio Filho amado à terra, que grande mudança instituiu Jeová, e por quê?
EM VIRTUDE de os descendentes naturais de Abraão se afastarem continuamente da norma justa que Ele estabeleceu para governar a conduta deles, Jeová os rejeitou como a Sua possessão especial, e passou a ajuntar aqueles que haviam de formar uma nova nação para o Seu louvor. Não foi por meio de um servo humano comum como Moisés que reuniu a nova nação de seus adoradores, mas, desta vez, enviou do céu o seu próprio Filho “na semelhança da carne pecaminosa”. (Rom. 8:3) Em Jesus, forneceu os meios de resgatar do poder do pecado e da morte aos homens, bem como um modelo perfeito em cujas pisadas outros homens pudessem seguir. — 1 Ped. 2:21.
2. O que significava ser Jesus “na semelhança, da carne pecaminosa”, e por que isto era apropriado ao propósito de Deus?
2 Ser o seu Filho “na semelhança da carne pecaminosa” não significa que “os dois princípios absolutamente opostos da ignorância e imperfeição humanas, e da onisciência e perfeição divinas” se tenham encontrado em Cristo Jesus, conforme afirmado pelo católico-romano Tomás de Aquino. Não, pois Jesus não era Deus-homem. “Ele se esvaziou e assumiu a forma de escravo, vindo a ser na semelhança dos homens”, mas, como tal, segundo se nos assegura, era “cândido, imaculado, separado dos pecadores”. (Fil. 2:7; Heb. 7:26) Como humano perfeito, Jesus estava em posição de ser submetido ao mesmo teste de obediência e integridade a que foram submetidos Adão e Eva. O proceder que seguiria iria demonstrar sua atitude para com a norma justa de Jeová.
3. Antes de Jesus surgir, sob que tipo de domínio estava sujeita a humanidade?
3 Quando Jesus surgiu, a raça humana há muito estava sob o domínio despótico do pecado. ‘O pecado domina qual rei em seus corpos mortais’, é a forma de se expressar do apóstolo cristão, Paulo. (Rom. 6:12) E, dificilmente se precisa provar que os corpos mortais, com seus sentimentos ou sensações, podem e realmente dominam o pensamento e as ações da maioria dos humanos. Pense apenas na poderosa influência sobre as vidas humanas que é exercida pelos órgãos dos sentidos que governam o tato, o paladar, o olfato, a visão e a audição!
4. Como é que as sensações carnais tiranizam os humanos imperfeitos?
4 As sensações carnais, quando se lhes dá plena liberdade, são capazes de produzir o glutão, o beberrão, e o amante da luxúria e do ócio. Há o olho invejoso que deseja tudo o que vê e que arrasta seu dono qual escravo para a vereda do materialismo. (Ecl. 4:8) O sentido do tato, se lhe for permitido dominar nosso pensamento, pode levar-nos a práticas lascivas e imundas. (Mat. 5:30) Até o ouvido pode enganar-nos por procurar apenas os sons agradáveis e fechar-se às mais duras notas que talvez venham sob a forma de sóbrio conselho e saudável disciplina. — Zac. 7:11.
5. Qual era o propósito de Deus em fornecer tais poderes sensórios às suas criações humanas?
5 Naturalmente, o Criador todo-sábio não nos equipou de tais poderes sensórios a fim de que ditassem o curso de nossas vidas. Reconhecendo plenamente a influência poderosa que seria exercida pelas sensações carnais sobre os homens e as mulheres, Jeová fez provisão para que a inteligência, nutrida de sabedoria divina, agisse como contrapeso. Assim, em sua Palavra, aconselha-nos: “Meu filho, atende à minha sabedoria, presta atenção à minha razão a fim de conservar o sentido das coisas, e de guardares a ciência em teus lábios.” — Pro. 5:1, 2, CBC.
JESUS LIDERA NA DIREÇÃO CORRETA
6. (a) Tendo presente a que experiência anterior é que o Tentador se aproximaria do homem perfeito, Jesus? (b) Qual foi o resultado?
6 Satanás, o tentador, bem sabia como as criaturas humanas podiam ser influenciadas por meio de seus sentidos carnais, e, assim, ao procurar fazer que Jesus rompesse sua integridade para com seu Deus, sugeriu ao faminto Filho de Deus que fizesse uso do poder miraculoso de seu Pai para a satisfação de seu apetite. Será que Jesus se importaria então com a carne, isto é, prestaria atenção às suas exigências tendo em vista obedecer a ela? Ou, será que se importaria com o espírito, isto é, prestaria atenção à orientação espiritual da parte de seu Pai no céu? Para despeito de Satanás, preferiu este último proceder, declarando: “O homem tem de viver, não somente de pão, mas de cada pronunciação procedente da boca de Jeová.” (Mat. 4:4) Jesus se submeteu à correta norma moral.
7. Como foi que Jesus mostrou seu entendimento exato da fraqueza humana?
7 Mostrando ter consciência da perigosa influência que os membros e os órgãos de nossos corpos humanos podem ter em nossas vidas, avisou Jesus: “Eu vos digo que todo aquele que persiste em olhar para uma mulher, ao ponto de ter paixão por ela, já cometeu no coração adultério com ela. Se, pois, aquele olho direito teu te faz tropeçar, arranca-o e lança-o para longe de ti. Porque é mais proveitoso para ti que percas um dos teus membros, do que ser todo o teu corpo lançado na Geena [da qual não poderá haver ressurreição]. Também, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a para longe de ti. Porque é mais proveitoso que percas um dos teus membros, do que todo o teu corpo acabar na Geena.” — Mat. 5:28-30.
8. Por que podemos estar seguros de que Jesus não ensinava aqui a automutilação?
8 Manifestamente, Jesus não estava aqui ensinando a automutilação, algo que estaria em oposição aos princípios da lei de Deus fornecida aos judeus. Mas, sabia que o olho é capaz de avivar o espírito cobiçoso e a mão pode ser usada para manipular assuntos para a gratificação egoísta. Ao mesmo tempo, Jesus sabia que o olho e a mão são úteis para muitas atividades piedosas quando controlados pela mente nutrida do ensino piedoso. Ao invés de os membros carnais dirigirem o pensamento, a mente deve ter sob controle a tais membros.
9. Em outra ocasião, como foi que Jesus identificou os piores tipos de aviltamento e sua fonte?
9 Em outra ocasião, Jesus assegurou a seus seguidores que “não o que entra pela boca é o que avilta o homem; mas o que sai da boca é o que avilta o homem”. (Mat. 15:11) Em resposta à pergunta deles de elucidar isto, explicou Jesus: “Não percebeis que tudo o que entra pela boca passa para os intestinos e é eliminado para o esgoto? No entanto, as coisas procedentes da boca saem do coração, e estas coisas aviltam o homem. Por exemplo, do coração vêm raciocínios iníquos, assassínios, adultérios, fornicações, ladroagens, falsos testemunhos, blasfêmias. Estas são as coisas que aviltam o homem.” — Mat. 15:17-20.
10. Como é que as coisas ruins chegam a existir no coração, e com que resultado terrível?
10 As coisas ruins, por sua vez, vêm a existir no coração e na mente do homem por meio de seus órgãos sensórios, o olho, a mão, a língua, e assim por diante. Não que tais órgãos sejam maus em si mesmos, mas, antes, usurpam o controle das faculdades de raciocínio e eliminam da mente o excelente conselho de Deus. Então, a criatura é provavelmente levada a um proceder imoral, um proceder em desafio à lei, pois “a mentalidade segundo a carne significa inimizade com Deus, visto que não está em sujeição à lei de Deus”. — Rom. 8:7.
11. Como é que o escritor bíblico Tiago explica o processo que leva à morte, e o que, por conseguinte, se torna vital para toda pessoa que teme a Deus?
11 Tiago, um dos escritores da Bíblia inspirados por Deus, delineia o processo que leva a este proceder anárquico e mortífero: “Cada um é provado por ser provocado e engodado pelo seu próprio desejo. Então o desejo, tendo-se tornado fértil, dá à luz o pecado; o pecado, por sua vez, tendo sido consumado, produz a morte.” (Tia. 1:14, 15) Assim, o mal encontra sua raiz no coração (sede da afeição) influenciado pelos membros do corpo que amam as sensações. Quão vital, então, é guardarmos nossos corações e nutri-los com os preciosos pensamentos de nosso Deus, pensamentos estes que ele generosamente tornou disponível para nós em sua Palavra escrita!
OS APÓSTOLOS MANTÊM O ENSINO DE JESUS
12. Qual é o conselho do apóstolo Paulo, e, em vista de que inclinações da carne?
12 Para aqueles que hão de manter-se livres das corrupções e das imoralidades que tanto grassam neste mundo, o apóstolo Paulo recomendou que enchessem a mente com coisas boas, inclusive com “todas as [coisas] que são castas”. (Fil. 4:8) Isto por certo significa dedicar cada vez mais tempo ao estudo da Bíblia, pois é o conteúdo desse Livro ímpar que é ‘proveitoso para ensinar, para repreender, para endireitar as coisas, para disciplinar em justiça’. (2 Tim. 3:16) Em vista das más inclinações da carne, todos precisamos de tal repreensão e disciplina aplicadas continuamente.
13. Em que sentido é apropriado sermos bebês, mas, em que sentido é preferível sermos adultos?
13 Indicando novamente a necessidade da mente bem nutrida, o apóstolo oferece este excelente conselho: “Irmãos, não vos torneis criancinhas na capacidade de entendimento, mas sede pequeninos quanto à maldade; contudo, ficai plenamente desenvolvidos na capacidade de entendimento.” (1 Cor. 14:20) É verdade que nascemos neste mundo com o empecilho da imperfeição e inconstância herdadas de nossos ancestrais, mas, não precisamos crescer à idade adulta nos modos de agir deste mundo perverso. Podemos ser desmamados dos modos de agir do mundo por aceitarmos a orientação da Palavra de Deus, cheia de seu espírito.
14. A respeito de quem avisou o apóstolo Paulo aos concristãos, e por quê?
14 O apóstolo estava também cônscio do efeito que as associações teriam em orientar-nos quer para “a mentalidade segundo a carne” quer para “a mentalidade segundo o espírito”. Avisou aos concristãos: “Não sejais desencaminhados. Más associações estragam hábitos úteis.” (1 Cor. 15:33) Quão verdadeiro isto é, quer estejamos na companhia física de pessoas cujo deus é seu ventre, quer estejamos em companhia deles por meio da página impressa ou da tela de cinema! (Fil. 3:19) Por certo, se formos obedientes à exortação de deixar de associar-nos com aqueles cujo apetite da gratificação carnal se tornou seu deus, então, não podemos ler o que têm a dizer nem observar suas ações, receando vir a adquirir parte de seu modo de pensar.
15. Expliquem porque é perigoso considerar-se suficientemente forte para expor-se às más associações.
15 Nem devemos jamais entreter a idéia de que somos espiritualmente fortes o suficiente para expor-nos sem perigo às associações mundanas. Os apóstolos não apenas avisaram os concristãos mais jovens para fugir da idolatria e das cobiças da juventude, mas eles próprios evitaram tais perigos, e avisou o apóstolo Paulo: “Quem pensa estar de pé, acautele-se para que não caia.” (1 Cor. 10:12) Até mesmo na madureza, o apóstolo ainda reconhecia suas próprias limitações, e, falando da recompensa pela fidelidade, afirma: “Irmãos, não me considero ainda como o tendo obtido.” Não, ele mesmo tinha de estar cônscio dos estímulos à infidelidade e à imoralidade. — Fil. 3:13.
16. Que conselho oferece o apóstolo Pedro, suscitando que perguntas pertinentes?
16 Pedro, outro dos apóstolos de Jesus, experimentara o fato de que a pessoa que determina na mente submeter-se à orientação do espírito de Deus antes que à da carne e seus desejos se tornará como um estranho para as pessoas de mentalidade carnal. Assim, podia apropriadamente exortar os co-adoradores de Deus “como a forasteiros e residentes temporários a que vos abstenhais dos desejos carnais, que são os que travam um combate contra a alma”. (1 Ped. 2:11) Os desejos carnais, por conseguinte, têm sempre de ficar sob suspeita. Será que colidem com os princípios justos? Será que obstruem seu serviço a Jeová? Será que criam incentivo para a devassidão sexual? Para a nossa própria proteção, é preciso manter tais desejos sob estrita vigilância.
17. O que se quer dizer com “obter posse do seu próprio vaso”, e deixar de fazê-lo resulta no quê?
17 Obter controle dos membros do corpo e dirigir o corpo da pessoa em harmonia com a correta norma de conduta estabelecida por Deus é também mencionado como “obter posse do seu próprio vaso”. Assim, Paulo relembra fervorosamente àqueles que hão de continuar como genuínos seguidores de Cristo: “Isto é o que Deus quer, a vossa santificação [irmãos e irmãs], que vos abstenhais de fornicação; que cada um de vós saiba obter posse do seu próprio vaso em santificação e honra, não em cobiçoso apetite sexual, tal como também têm as nações que não conhecem a Deus.” (1 Tes. 4:3-5) Deixar de ter presente tal conselho orientado pelo espírito tem deixado a maioria dos homens expostos às astutas táticas do Diabo, que procura controlá-los, assim como procurou controlar Jesus, por apelar para os desejos carnais deles.
AS NAÇÕES ZOMBAM DA MORAL CRISTÃ
18. Em que insistem as nações ímpias, e qual é o fruto de tal proceder?
18 Em todo o mundo, nas últimas décadas, o crime e a imoralidade aumentaram consideravelmente. O fruto se evidencia no grande incremento da doença social, da mentira, do roubo, do assassinato, e da perversão sexual. Assim como nos dias dos apóstolos, os homens das nações procediam “em ações de conduta desenfreada, em concupiscências, em excessos com vinho, em festanças, em competições no beber e em idolatrias ilegais”, e caíam no que o apóstolo Pedro denominou de “antro vil da devassidão”. (1 Ped. 4:3, 4) Até mesmo uma multidão de pessoas em muitos países que professam ser cristãos tomam parte no desafio geral à norma justa de Deus. Insistem em fazer o que lhes agrada. Desejam ficar livres do que consideram ser padrões antiquados de moral.
19-21. Como é influenciada a geração crescente de rapazes e moças pela atitude deste mundo para com a moral cristã?
19 Entrevistas recentes feitas a um grupo típico de rapazes e moças britânicas revelaram que um de cada cinco rapazes e uma de cada dez moças tiveram experiência sexual por volta dos quinze anos. Numa cidade do norte da Inglaterra relatou-se que 700 moças sofriam de gonorréia. Numa grande área industrial do país, a doença venérea aumentara na última década 58 por cento nos rapazes e 346 por cento nas moças. Por toda a Grã-Bretanha, dois terços de todos os bebês nascidos de moças com menos de vinte anos são concebidos fora do matrimônio.
20 Na Suécia, certos estudos indicam que cerca de 80 por cento dos rapazes e 67 por cento das moças com menos de dezoito anos tiveram relações sexuais, e quase a metade de todos os primogênitos nasceram fora do matrimônio. Em praticamente 90 por cento da sociedade sueca é agora aceito que o noivado inclui o privilégio de intimidade sexual. Na Tchecoslováquia, um de cada três primogênitos é concebido antes do casamento. Na Alemanha Ocidental e na Dinamarca se relata que a estatística é de um de cada dois. Nos Estados Unidos, segundo as melhores estatísticas nacionais disponíveis, de 40 a 65 por cento de todas as moças têm relações sexuais antes de se casarem.
21 Em muitos países, grande número de filhos ilegítimos são impedidos por abortos. Na Hungria, os abortos legais realmente ultrapassam o número de nativivos. Em partes da Grécia, calcula-se que o índice seja tão alto quanto 50 abortos por 100 nativivos. No Japão, um milhão de mães cada ano interrompem gravidezes indesejadas por meio de abortos legalizados. Nos Estados Unidos, mais de 1.200.000 abortos ou tentativas de abortos são feitos anualmente.
22-24. O que fazem os clérigos da cristandade em relação ao agravamento das condições morais entre as nações?
22 Burlar a norma moral cristã não se limita aos ateus confessos do Oriente e do Ocidente. Isso é até mesmo incentivado e promovido pelos clérigos e outros profissionais que professam ser cristãos. Há, por exemplo, o ministro unitário nos Estados Unidos que afirma que “o estado não deve proibir ou punir as relações sexuais pré-maritais voluntárias entre pessoas que já atingiram a idade legal de dar consentimento”. Daí, há o professor de ética numa faculdade teológica episcopal que declara: “Nenhum ato sexual entre pessoas competentes para dar o consentimento mútuo deve ser proibido, exceto quando envolve quer a sedução de menores quer uma ofensa contra a ordem pública.”
23 Um grupo de estudo do Conselho Britânico de Igrejas fez um relatório especial sobre o “Sexo e a Moral”, no decorrer do qual recusaram condenar o adultério e adotaram o conceito de que o sexo casual pode ser “trivialmente agradável ou moderadamente terapêutico”. Sobre o assunto de masturbação, declaram no mesmo relatório: “De forma alguma se torna claro para nós que possa causar algum prejuízo quando usada, na ausência de outros meios, como alívio para as tensões físicas.”
24 Na Suécia, o editor de certa revista religiosa declarou que “há muitos casais jovens ainda não casados que vivem juntos e não agem de forma imoral” e, ao mesmo tempo, indicou que não teria objeção ao que chamou de “monogamia pré-marital”, que é, com efeito, viver como marido e mulher sem o benefício do casamento.
25. De que modos os homens suprimem a verdade de modo injusto, e com que resultado para si mesmos?
25 Em todas as nações, atualmente, a verdade a respeito da norma moral limpa e justa de Deus está sendo suprimida de uma forma ou de outra. Por alguns, é ridicularizada como sendo antiquada, imprática para esta era moderna. Por outros, é envolta nas tradições religiosas que tendem a desacreditá-la. Em ainda outros países, é completamente rejeitada como guia de peso. É por isso, declara o apóstolo Paulo, que a ira de Deus paira sobre tais “homens que suprimem a verdade de modo injusto”. Paulo afirma ainda: “É por isso que Deus os entregou a ignominiosos apetites sexuais, pois tanto as suas fêmeas trocaram o uso natural de si mesmas por outro contrário à natureza; e, igualmente, até os varões abandonaram o uso natural da fêmea e ficaram violentamente inflamados na sua concupiscência de uns para com os outros.” — Rom. 1:18, 26, 27.
26. “A mentalidade segundo a carne”, então, está levando as nações para o quê?
26 Todas essas nações preferiram ‘atender à carne’ antes que ‘atender ao espírito’ e assim têm de preparar-se para perder a vida e a paz. A morte é o seu destino final. Por seguirem aos ditames da carne, colocam-se em inimizade com Deus, a única fonte de vida e paz. Esgota-se o tempo de Deus tolerar as suas práticas imundas e degradadas. A destruição de uma geração imoral pelo grande dilúvio dos dias de Noé se destaca como norma do que Jeová fará à devassa geração hodierna.
ASSEGURANDO-NOS DA VIDA E DA PAZ
27. Que proceder errôneo devem agora evitar completamente todos os aprovados de Jeová, e como podem ser ajudados a fazer isso?
27 Quão vital é, então, separar-nos das atitudes e práticas imorais daquelas nações condenadas! Esse é o único modo de evitar partilhar em sua calamidade. E significa que temos de limpar a mente de quaisquer idéias insalubres que costumávamos compartilhar com as pessoas de mentalidade carnal do mundo. O apóstolo Paulo sabia que muitos que foram convertidos ao Cristianismo ‘andaram outrora segundo o sistema de coisas deste mundo’ e, anteriormente, praticaram vícios sexuais e outros pecados. Agora, exorta ele, “sede transformados por reformardes a vossa mente, a fim de provardes a vós mesmos a boa, e aceitável, e perfeita vontade de Deus”. — Efé. 2:2; Rom. 12:2.
28. Sobre que excelente exemplo podem pausar e considerar em toda situação e sob cada circunstância?
28 Como seguidores de Cristo, temos de seguir de perto as suas pisadas, agindo, falando e pensando como ele fez quando estava aqui na terra. À medida que se nos apresente cada situação difícil, à medida que cada questão exija de nossa parte uma decisão correta, o caminho do êxito é perguntar: “Como agiria Jesus? O que decidiria?” Por exemplo, quando falava a mensagem confortadora do Reino à mulher em Sicar, será que encobriu ou minimizou o fracasso dela em viver uma vida casta? Não, colocou-se firmemente em favor da norma justa de Deus. — João 4:16-18.
29. Como foi que Jesus expressou sem rodeios os requisitos de Jeová para as pessoas casadas?
29 Note, também, quão positivamente falou Jesus a respeito das pessoas casadas como ‘não sendo mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus pôs sob o mesmo jugo, não o separe o homem’. Não há lugar aqui para tentar achar desculpas para o divórcio. “Eu vos digo que todo aquele que se divorciar de sua esposa, exceto em razão de fornicação, e se casar com outra, comete adultério.” (Mat. 19:6-9) Ademais, diz Jesus, “quem se casar com uma mulher divorciada do marido [por qualquer outra razão diferente da fornicação], comete adultério”. (Luc. 16:18) De nenhuma forma favoreceu Jesus sequer qualquer atenuação da justa norma de fidelidade marital de Jeová.
30. Como se pode aderir aos dois grandes mandamentos para a vida?
30 Resumindo o conjunto da lei mosaica e os ensinos dos profetas de Deus, Jesus frisou a guarda dos dois grandes mandamentos: “Tens de amar a Jeová, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua mente. . . . Tens de amar o teu próximo como a ti mesmo.” (Mat. 22:37, 39) O meio de amar a Deus e demonstrar tal amor não é ignorando e violando sua norma justa para a conduta humana. Não, antes, é por aderir estritamente ao modo de vida exemplificado por Cristo Jesus. É por prestar mais atenção à orientação do espírito santo de Deus do que aos desejos de nossa carne imperfeita.
31. Como podemos determinar quem é nosso próximo?
31 E, a fim de que, de algum modo, não adquiramos um conceito limitado demais de quem constitui nosso próximo, Jesus deu a ilustração do Bom Samaritano. Em sua conclusão, fez a pergunta pertinente: “Qual destes três te parece ter-se feito [o] próximo do homem que caiu entre os salteadores?” (Luc. 10:36) Assim, é uma questão de nos tornar o próximo de todas as nossas concriaturas, todas as quais estão em necessidade de nossa ajuda de uma forma ou de outra. Por praticarmos a fornicação ou o adultério, que tipo de próximo somos para o pai, ou o irmão, ou o marido de alguém? E, que tipo de próximo nos fazemos para a pessoa a quem roubamos o auto-respeito por meio de tais ilícitas relações sexuais? Certamente as respostas são óbvias.
32. Será que pode haver alguma dúvida a respeito da verdadeira norma moral para os cristãos?
32 O próprio Filho de Deus, quando estava na carne, demonstrou pela sua maneira de viver a norma moral a ser observada por seus seguidores. É inútil alguém se chamar “cristão” e seguir um proceder diferente. Ele só faz de si mesmo um hipócrita. Ensinar e praticar o que é contrário ao ensino que Jesus recebeu de seu Pai celeste é fazer-se inimigo de Deus, e apenas a morte pode ser o fim de tal proceder.
33. Como é que os seguidores de Jesus se tornam santos, assim como seu Deus é santo?
33 Por outro lado, se chegamos a conhecer a mente de Deus e de Cristo, devemos sabiamente dar ouvidos à fervorosa exortação: “Deixai de ser modelados segundo os desejos que tínheis anteriormente na vossa ignorância, mas, de acordo com o santo que vos chamou, vós, também, tornai-vos santos em toda a vossa conduta, porque está escrito: ‘Tendes de ser santos, porque eu sou santo.’ (1 Ped. 1:14-16) Apesar de nossa herança de pecado de Adão e a fraqueza de nossa carne, podemos tornar-nos santos. Deus não exige de nós o impossível. E, se, com sua ajuda, continuarmos a ‘atender ao espírito’, podemos usufruir a paz com Deus agora e obter a vida e a paz em sua Nova Ordem.
[Foto na página 439]
O Dilúvio, amostra do que Deus fará a esta geração imoral.