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  • Cristianismo — onde opostos se reúnem
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1964
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1964
w64 15/5 pp. 293-295

Cristianismo — Onde Opostos se Reúnem

A verdadeira adoração de Deus tanto é bem equilibrada como inclusiva. É a sua religião desta espécie?

ERA o outono de 1961. O ar estava tenso em certa cidade de certa colônia britânica da África Ocidental. Esperando o pior porque uma mudança de govêrno estava iminente, os inglêses cercaram a cidade com milhares de tropas. Todos os europeus receberam ordens de deixar a cidade, especialmente as mulheres. Todavia, um casal de missionários, para o desgôsto das autoridades, não viam motivo para deixar a cidade. Eventualmente a tempestade passou, a transferência foi realizada sem qualquer violência.

Por que foi que o casal não considerou ser uma tolice temerária permanecer? Por causa do seu trabalho altruísta entre os africanos, êle tinha verdadeiros amigos entre êles. Para êle os africanos eram irmãos, e os africanos aos quais êle tinha ministrado consideravam os missionários como irmãos, apesar da diferença da côr da pele. Não é preciso dizer que a permanência dêles gerou muitos comentários favoráveis entre os africanos. Êste é apenas um pequeno incidente, mas um bem típico do verdadeiro cristianismo, que não faz distinção de raça e que, também neste sentido, se pode dizer que se encontra o que alguns chamam de opostos, brancos e prêtos.

Deveras, esta reunião de opostos no cristianismo se dá em tôdas as esferas das relações humanas. Por exemplo, quanto à instrução, no cristianismo os opostos se reúnem na mesma base. Então, o mui instruído fariseu, o apóstolo Paulo, cooperou com homens “indoutos e comuns”, tais como Pedro e João, assim como hoje, nas assembléias de cristãos dedicados, professôres universitários servem lado a lado ou se sentam com os que começaram a aprender a ler e a escrever quando entraram em contato com a sociedade do Nôvo Mundo das testemunhas de Jeová. Os grandemente instruídos não desprezam os que têm pouca instrução formal nem êstes desprezam aquêles como se fôssem os “tais”. — Atos 4:13; Pro. 14:17; Atos 17:34; 22:3.

De nôvo, o verdadeiro cristianismo une nacionalidades que há muito têm antipatia umas para com as outras, tais como os irlandeses da Irlanda e os irlandeses de Ulster. Para os cristãos “não há nem judeu nem grego, não há nem escravo nem homem livre, não há nem macho nem fêmea”. O mesmo também se aplica a fatores divisivos tais como riqueza e cultura, não que ambas andem necessàriamente juntas. Mas é atendido o conselho do discípulo Tiago: “O irmão humilde, porém, exulte sôbre o seu enaltecimento, e o rico, sôbre a sua humilhação”, assim ambos chegam a um nível comum. — Gál. 3:28; Tia. 1:9, 10.

No verdadeiro cristianismo nem mesmo há segregação segundo a idade, não há jardins de infância religiosos, nem escolas dominicais, mas todos se reúnem juntos conforme fizeram os israelitas da antiguidade em obediência ao seguinte mandamento: “Convoca o povo, os homens, e as mulheres, e os pequeninos, . . . a fim de que ouçam e a fim de que aprendam.” Os jovens respeitam o que a madureza e a experiência dos anos têm para oferecer e os idosos apreciam a veemência dos jovens. Segundo umas Testemunhas brasileiras gostam de dizer: “Não temos idosos entre nós, apenas que alguns têm sido jovens há mais tempo do que outros.” — Deu. 31:12.

QUALIDADES OPOSTAS SE REÚNEM

No verdadeiro cristianismo não sòmente pessoas de características diferentes se reúnem, mas também o que geralmente se considera como qualidades opostas se encontram no mesmo indivíduo cristão. Como assim? No sentido de produzirem personalidade equilibrada. Por exemplo, em geral não se associam qualidades tais como meiguice, brandura, mansidão e docilidade com uma personalidade convincente, corajosa, destemida e dinâmica. Todavia, no verdadeiro cristianismo estas qualidades opostas se encontram no indivíduo.

Não foi outro senão o próprio Jesus Cristo quem estabeleceu o padrão sôbre isto. Corajosa, destemida e dinamicamente êle não mediu palavras ao apresentar seus argumentos às multidões reunidas nem aos seus inimigos. “Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu próprio ôlho, e depois verás claramente como tirar o argueiro do olho do teu irmão.” “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! . . . Serpentes, descendência de víboras, como haveis de fugir do julgamento da Geena?” E como homem de ação êle, por duas vêzes, “expulsou do templo a todos com as ovelhas e o gado, e derramou as moedas dos cambistas e derrubou as suas mesas”. — Mat. 7:5; 23:29-33; 21:12; João 2:15.

Todavia, êle tinha em si mesmo a manifestação de bondade, mansidão e compaixão. “Vendo as multidões, sentia compaixão delas, porque andavam esfoladas e empurradas dum lado para outro como ovelhas sem pastor.” Aos tais êle apresentou o convite: “Vinde a mim, todos os que estais labutando e que estais sobrecarregados, e eu vos reanimarei. Tomai sôbre vós o meu jugo e tornai-vos meus discípulos, pois sou de temperamento brando e humilde de coração, e achareis revigoramento para as vossas almas. Pois meu jugo é benévolo e minha carga é leve.” — Mat. 9:36; 11:28-30.

Daquele capacitado imitador de Jesus Cristo, o apóstolo Paulo, o mesmo pode ser dito. Tanto no livro de Atos como em suas cartas lemos a respeito de sua destemida firmeza; pôs-se destemidamente ao lado da verdade, expressando-a a despeito de quem quer que atingisse, quer fôsse um co-apóstolo quer outros cristãos, quer fôssem motins quer governadores e reis, e êle manejou a todos sem dificuldade conforme a ocasião exigia. — Atos 13:9-11; 14:19; 15:39; 17:23-32; 21:30-40; 24:10; 25:8-11; Gál. 2:11-14.

Ao mesmo tempo Paulo podia escrever referente a si mesmo: “Tornamo-nos meigos entre vós, como a mãe lactante que acalenta os seus próprios filhos. Tendo assim terna afeição por vós, de bom grado não só vos conferimos as boas novas de Deus, mas também as nossas próprias almas, porque viestes a ser amados por nós.” Assim como o pai faz com os seus filhos, nós exortávamos a cada um de vós, e vos confortávamos e vos dávamos testemunho.” Sim, no apóstolo Paulo bem como em Jesus Cristo se encontraram as qualidades de um rijo soldado e de um meigo pastor, a saber, intrépido destemor e justa indignação com ternura, mansidão e bondade. — 1 Tes. 2:7, 8, 11.

Sendo assim, era de esperar-se que os cristãos fôssem aconselhados a cultivar estas qualidades opostas nêles mesmos, e assim o deparamos: “Ficai despertos, mantende-vos firmes na fé, procedei como homens, tornai-vos poderosos.” “Finalmente, prossegui adquirindo poder no Senhor e na potência da sua fôrça.” “Como soldado excelente de Cristo Jesus, participa em sofrer o mal.” — 1 Cor. 16:13; Efé. 6:10; 2 Tim. 2:3.

Ao mesmo tempo lemos também: “Tornai-vos benignos uns para com os outros, ternamente compassivos, perdoando-vos liberalmente uns aos outros, assim como também Deus vos perdoou liberalmente por Cristo.” “Se há, pois, algum encorajamento em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma partilha do espírito, se quaisquer ternas afeições e compaixões, tornai plena a minha alegria por serdes da mesma mentalidade e terdes o mesmo amor, conjuntados em alma, tendo um só pensamento na mente.” — Efé. 4:32; Fil. 2:1, 2.

A MENSAGEM DE OPOSTOS

As boas novas do reino de Deus que o cristianismo publica também podem ser consideradas um exemplo onde os opostos se reúnem. Assim, o mandamento profético que Jesus citou, quando voltou a Nazaré, continha uma dupla incumbência contrastante: “Jeová me ungiu para dizer boas novas aos mansos. Enviou-me para curar os quebrantados de coração, para proclamar liberdade aos que foram tomados cativos e a ampla abertura dos olhos até mesmo dos presos; para proclamar o ano de boa vontade da parte de Jeová e o dia da vingança da parte de nosso Deus; para consolar a todos os pesarosos.” Assim como Jesus mesmo fêz ambas as coisas enquanto estêve na terra, assim também seus seguidores hodiernos fazem o mesmo — pregam as boas novas de um paraíso em tôda a terra e dão aviso do Armagedom, a guerra do grande dia do Deus Todo-poderoso. — Isa. 61:1, 2; Apo. 16:14, 16; 21:4.

Note com que fôrça êste ponto é apresentado na profecia de Miquéias 5:7, 8, que se cumpre em nossos dias: “E o restante de Jacó se tornará no meio de muitos povos como orvalho da parte de Jeová, como chuveiros copiosos sôbre a vegetação que não espera pelo homem nem espera pelos filhos do homem terreno. E o restante de Jacó se tornará entre as nações, no meio de muitos povos como leão entre os animais da floresta, como um leãozinho de juba entre rebanhos de ovelhas, o qual, quando realmente passa, certamente tanto pisará como despedaçará; e não há quem livre.”

Sem dúvida, difi̇̀cilmente se poderia imaginar um conjunto maior de contrastes. O que cai mais suavemente e mais refrescantemente do que o orvalho e a chuva copiosa, que são tão refrescantes, especialmente na terra da Palestina, onde foram escritas aquelas palavras? E o que é mais destrutivo do que um leão nôvo no meio de um rebanho de ovelhas indefesas? Os verdadeiros cristãos preenchem ambos os papéis. Para as pessoas de boa vontade para com Deus, êles têm uma mensagem refrescante e vitalizadora. Mas, para os inimigos da verdade, a mensagem dos verdadeiros cristãos é como um devastador leão nôvo por causa da devastação que causam nas falsas doutrinas que êles retalham, falando-se figurativamente, com a “espada do espírito”, a Palavra de Deus. — Efé. 6:17.

Por que se reúnem êstes opostos no cristianismo? Porque se trata da religião do único Deus verdadeiro, Jeová, que é imparcial e cujas qualidades são perfeitamente equilibradas. Por causa do seu poder e sua justiça êle é um “fogo consumidor” dos iníquos, mas, para os que amam a justiça, êle mostra a outra face. “É pelos atos de benevolência de Jeová que não chegamos ao nosso fim, porque as suas misericórdias certamente não chegarão a um término. Renovam-se cada manhã.” — Heb. 12:29; Lam. 3:22, 23.

O verdadeiro cristianismo se recomenda a todos os que amam a verdade e a justiça. Pois tendo “a sabedoria de cima” é ‘primeiramente casto, depois pacífico, razoável, pronto para obedecer, cheio de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, sem hipocrisia’. — Tia. 3:17.

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