Jó
1 Aconteceu haver na terra de Uz+ um homem* cujo nome era Jó;*+ e este homem mostrava ser inculpe+ e reto,+ e temia a Deus+ e desviava-se do mal.+ 2 E vieram nascer-lhe sete filhos e três filhas.+ 3 E seu gado+ chegou a ser de sete mil ovelhas,* e três mil camelos, e quinhentas juntas de gado vacum, e quinhentas jumentas, junto com um grande corpo de servos; e este homem veio a ser o maior de todos os orientais.*+
4 E seus filhos foram e realizaram um banquete+ na casa de cada um* [deles] no seu próprio dia; e mandaram convidar suas três irmãs para comerem e beberem com eles. 5 E dava-se que, tendo os dias de banquete completado o ciclo, Jó mandava santificá-los;+ e ele se levantava de manhã cedo e oferecia sacrifícios queimados+ segundo o número de todos eles; pois, dizia Jó, “meus filhos talvez tenham pecado e amaldiçoado*+ a Deus no seu coração”.+ Assim Jó fazia sempre.+
6 Ora, veio a ser o dia em que os filhos* do [verdadeiro] Deus*+ entraram para tomar sua posição perante Jeová,+ e até mesmo Satanás*+ passou a entrar no meio deles.+
7 Jeová disse então a Satanás: “Donde vens?” A isto respondeu Satanás a Jeová e disse: “De percorrer a terra+ e de andar nela.”+ 8 E Jeová prosseguiu, dizendo a Satanás: “Fixaste teu coração no meu servo Jó, que não há ninguém igual a ele na terra,+ homem inculpe+ e reto,+ temendo a Deus+ e desviando-se do mal?”+ 9 Então respondeu Satanás a Jeová e disse: “Acaso é por nada que Jó teme a Deus?+ 10 Não puseste tu mesmo uma sebe em volta dele,+ e em volta da sua casa, e em volta de tudo o que ele tem? Abençoaste o trabalho das suas mãos,+ e o próprio gado dele se tem espalhado pela terra. 11 Mas, ao invés disso, estende tua mão, por favor, e toca em tudo o que ele tem, [e vê] se não te amaldiçoará* na tua própria face.”+ 12 Por conseguinte, Jeová disse a Satanás: “Eis que tudo o que ele tem está na tua mão. Somente contra ele próprio não estendas a tua mão!” De modo que Satanás saiu de diante da pessoa* de Jeová.+
13 Ora, veio a ser o dia em que seus filhos e suas filhas comiam e bebiam vinho na casa de seu irmão, o primogênito.+ 14 E um mensageiro+ chegou a Jó e passou a dizer: “Aconteceu que o próprio gado vacum estava arando+ e as jumentas estavam pastando ao lado dele, 15 quando os sabeus*+ vieram fazer um assalto e os tomaram, e aos ajudantes golpearam com o fio da espada; e consegui escapar, somente eu sozinho, para te contar+ [isso].”
16 Falando ainda este, chegou outro e passou a dizer: “O próprio fogo de Deus caiu dos céus+ e passou a arder entre as ovelhas e os ajudantes, e foi consumi-los; e consegui escapar, somente eu sozinho, para te contar [isso].”
17 Falando ainda este, chegou outro e passou a dizer: “Os caldeus+ constituíram três bandos e foram investir contra os camelos e tomá-los, e aos ajudantes golpearam com o fio da espada; e consegui escapar, somente eu sozinho, para te contar [isso].”
18 Falando ainda este, chegou ainda outro e passou a dizer: “Teus filhos e tuas filhas estavam comendo e bebendo vinho+ na casa de seu irmão, o primogênito. 19 E eis que veio um grande vento*+ desde a região do ermo e passou a golpear os quatro cantos da casa, de modo que ela caiu sobre a gente moça e eles morreram. E consegui escapar, somente eu sozinho, para te contar [isso].”
20 E Jó passou a levantar-se e a rasgar+ a sua túnica sem mangas, e a raspar+ a cabeça, e a lançar-se por terra,+ e a curvar-se,+ 21 e passou a dizer:
“Nu saí do ventre de minha mãe+
E nu voltarei para lá.+
O próprio Jeová deu+ e o próprio Jeová tirou.+
Continue a ser abençoado o nome de Jeová.”+
22 Em tudo isso Jó não pecou, nem atribuiu a Deus algo impróprio.+
2 Depois veio a ser o dia em que os filhos* do [verdadeiro] Deus entraram para tomar a sua posição perante Jeová, e também Satanás* passou a entrar no meio deles para tomar a sua posição perante Jeová.+
2 Jeová disse então a Satanás: “Donde é que vens?” Então Satanás respondeu a Jeová e disse: “De percorrer a terra e de andar nela.”+ 3 E Jeová prosseguiu, dizendo a Satanás: “Fixaste teu coração no meu servo Jó,+ que não há ninguém igual a ele na terra, homem inculpe e reto,+ temendo a Deus+ e desviando-se do mal?+ Ele ainda se agarra à sua integridade,+ embora me instigues+ contra ele para tragá-lo sem causa.”+ 4 Mas, Satanás+ respondeu a Jeová e disse: “Pele por pele, e tudo o que o homem tem dará pela sua alma.*+ 5 Ao invés disso, estende agora tua mão, por favor, e toca-lhe até o osso e a carne, [e vê] se não te amaldiçoará* na tua própria face.”+
6 Por conseguinte, Jeová disse a Satanás: “Eis que está na tua mão! Somente cuida da própria alma* dele!” 7 Portanto, Satanás saiu de diante da pessoa* de Jeová+ e golpeou a Jó com um furúnculo+ maligno, desde a sola de seu pé até o alto da sua cabeça. 8 E este passou a tomar para si um caco para se raspar com ele; e estava sentado no meio de cinzas.+
9 Finalmente, sua esposa lhe disse: “Ainda te aferras à tua integridade?+ Amaldiçoa* a Deus e morre!” 10 Mas ele lhe disse: “Como fala uma das mulheres insensatas,+ também tu falas. Devemos aceitar apenas o que é bom da parte do [verdadeiro] Deus e não aceitar também o que é mau?”+ Em tudo isso não pecou Jó com os seus lábios.+
11 E três companheiros de Jó chegaram a ouvir toda esta calamidade que viera sobre ele e passaram a chegar, cada um de seu próprio lugar: Elifaz, o temanita,+ e Bildade, o suíta,+ e Zofar, o naamatita.+ Encontraram-se, pois, por combinação+ para chegarem e se compadecerem dele, e o consolarem.+ 12 Quando de longe levantaram os olhos, então não o reconheceram. E passaram a levantar a sua voz e a chorar, e a rasgar+ cada um a sua túnica sem mangas, e a atirar pó para os céus sobre as suas cabeças.+ 13 E ficaram sentados+ com ele na terra por sete dias e sete noites, e ninguém lhe falava uma palavra, pois viram que a dor+ era muito grande.
3 Foi depois disso que Jó abriu a boca e começou a invocar o mal sobre o seu dia.+ 2 Jó respondeu então e disse:
3 “Pereça o dia em que vim a nascer,+
Também a noite em que alguém disse: ‘Foi concebido um varão vigoroso!’*
4 Quanto àquele dia, torne-se ele escuridão.
Não olhe Deus* para ele, de cima,
Nem reluza sobre ele a luz do dia.
5 Reivindiquem-no a escuridão e a sombra tenebrosa.*
Resida sobre ele uma nuvem de chuva.
Apavorem-no as coisas que escurecem o dia.+
6 Aquela noite — levem-na as trevas;+
Não se regozije entre os dias do ano;
Não entre no meio do número dos meses lunares.
9 Escureçam-se as estrelas do seu crepúsculo;
Aguarde ela a luz e não haja nenhuma;
E não veja ela os raios da alva.
13 Pois agora eu já estaria deitado para ter sossego;+
Então dormiria; estaria descansando+
14 Com reis e conselheiros da terra,+
Os que constroem para si lugares desolados,*+
15 Ou com príncipes que têm ouro,
Os que enchem as suas casas de prata;
16 Ou, igual a um aborto+ encoberto, não teria vindo à existência,
Como crianças que não viram a luz.+
18 Juntos, os próprios prisioneiros estão despreocupados;
Realmente não ouvem a voz de alguém os compelindo a trabalhar.+
21 Por que há os que esperam a morte, e ela não vem,+
Embora cavem por ela mais do que por tesouros escondidos?
24 Pois, antes do meu alimento vem o meu suspiro,+
E meus bramidos se derramam como as águas;+
25 Porque tive pavor de uma coisa pavorosa, e ela está vindo sobre mim;+
E aquilo de que estou amedrontado vem a mim.
26 Não estive despreocupado, nem tive sossego,
Nem descansei, e ainda assim vem a agitação.”
4 E Elifaz,+ o temanita, passou a responder e a dizer:
2 “Se alguém experimentar uma palavra* contigo, ficarás fatigado?
Mas quem pode restringir as palavras?
5 Mas esta vez chega a ti, e ficas fatigado;
Toca até mesmo a ti, e ficas perturbado.
6 Não é a tua reverência [a base da] tua confiança?
Não está a tua esperança na integridade+ dos teus caminhos?
8 Segundo o que vi, os que projetam o que é prejudicial
E os que semeiam desgraça são os que a ceifarão.+
9 Perecem pelo sopro de Deus
E têm seu fim pelo espírito da Sua ira.
10 Há o bramido dum leão* e a voz dum leãozinho,
Mas os dentes dum leão novo jubado deveras se quebram.
12 Ora, falou-se-me furtivamente uma palavra,
E meu ouvido passou a captar um sussurro dela,+
13 Em pensamentos inquietantes das visões da noite,
Quando o sono profundo cai sobre os homens,
14 Veio sobre mim um pavor e um tremor,
E encheu a multidão dos meus ossos de pavor.
15 E mesmo um espírito passou sobre a minha face;
O pêlo da minha carne começou a eriçar-se.
16 Começou a parar,
Mas não reconheci seu aspecto;
Havia uma figura diante dos meus olhos;
Houve uma calmaria e eu ouvi então uma voz:
17 ‘O homem mortal* — pode ele ser mais justo do que o próprio Deus?*
Ou pode o varão vigoroso ser mais puro do que Aquele que o fez?’
19 Quanto mais com os que moram em casas de barro,
Cujo alicerce está no pó!+
São esmigalhados* mais depressa do que uma traça.
20 São esmiuçados desde a manhã até a noitinha;
Sem que alguém o tome [a peito], perecem para sempre.
21 Não foi retirada sua corda de tenda do seu íntimo?
Morrem por falta de sabedoria.
2 Pois ao tolo matará o vexame
E ao facilmente engodado fará morrer a inveja.
5 O que ele ceifa,* o faminto come;
E é tirado até mesmo dos ganchos do açougueiro,*
E uma armadilha realmente abocanha os seus meios de subsistência.*
6 Pois o que é prejudicial não sai do mero pó,
E a desgraça não surge do mero solo.
8 No entanto, eu mesmo me dirigiria a Deus*
E poria minha causa* diante de Deus,*+
9 Aquele que faz grandes coisas inescrutáveis,*
Inúmeras coisas maravilhosas;+
10 Aquele que dá chuva à superfície da terra+
E envia águas sobre os descampados;+
11 Aquele que coloca os rebaixados em lugar alto,+
De modo que os entristecidos se acham elevados em salvação;
12 Aquele que frustra os ardis dos arguciosos,+
De modo que suas mãos não trabalham com eficiência;
13 Aquele que apanha os sábios na sua própria astúcia,+
De modo que o conselho dos astutos se precipita;+
14 Encontram escuridão até mesmo de dia
E andam às apalpadelas ao meio-dia como se fosse noite;+
15 E Aquele que salva da espada que lhes sai da boca
E da mão do forte, ao pobre,+
16 De modo que vem a haver esperança para o de condição humilde,+
Mas a injustiça fecha realmente a boca.+
18 Pois ele mesmo causa dor, mas pensa [a ferida];
Ele despedaça, mas as suas próprias mãos curam.
22 Tu te rirás da assolação e da fome,
E não precisarás ter medo da fera da terra.
23 Pois o teu pacto será com as pedras do campo
E se fará que a própria fera do campo viva em paz contigo.+
24 E certamente saberás que a própria paz está na tua tenda,
E forçosamente irás e verás o teu pastio, e não terás carência.
25 E hás de saber que a tua descendência é numerosa+
E teus descendentes são como a vegetação da terra.+
27 Eis que foi isto o que investigamos. Assim é.
Ouve-o, e tu — saiba-o tu mesmo.”
6 E Jó passou a responder e a dizer:
2 “Se tão-somente se pesasse cabalmente o meu vexame+
E ao mesmo tempo se pusesse na própria balança a minha adversidade!
3 Pois agora ela é mais pesada do que mesmo as areias dos mares.
Por isso é que as minhas próprias palavras foram conversa irrefletida.+
6 Comer-se-ão coisas insípidas sem sal,
Ou há sabor na seiva viscosa da altéia?
7 Minha alma se negou a tocar [quaisquer coisas].
São como moléstia no meu alimento.
10 Mesmo assim seria meu consolo;
E eu pularia [de alegria]+ por causa das [minhas] dores de parto,
[Embora] ele não tivesse compaixão, pois não ocultei as declarações+ do Santo.+
11 Qual é meu poder, que eu deva continuar a esperar?+
E qual é meu fim, que eu deva prolongar a minha alma?*
12 É meu poder o poder das pedras?
Ou é a minha carne de cobre?
13 Acaso não há em mim auxílio próprio,
E foi afugentado de mim o trabalho eficiente?
14 Quem recusar ao seu próximo a benevolência,*+
Abandonará também o próprio temor do Todo-poderoso.+
15 Meus próprios irmãos agiram traiçoeiramente,+ iguais a uma torrente hibernal,
Como o rego das torrentes hibernais que estão passando.
16 Turvas por causa do gelo,
Oculta-se sobre elas a neve.
18 As veredas do seu caminho são desviadas;
Sobem ao lugar deserto e perecem.
22 É porque eu disse: ‘Dai-me [algo],
Ou dai-me um presente do vosso poder;
23 E salvai-me da mão dum adversário,+
E deveis remir-me da mão de tiranos’?+
26 É para repreender palavras que estais maquinando,
Sendo que as declarações dum desesperado+ são apenas para o vento?+
30 Há injustiça na minha língua
Ou não discerne o meu próprio paladar a adversidade?
7 “Não há trabalho compulsório+ para o homem mortal na terra,
E não são os seus dias como os dias dum trabalhador contratado?+
2 Como o escravo ele está suspirando pela sombra,+
E como o trabalhador contratado aguarda ele a sua remuneração.+
4 Ao deitar-me, eu disse também: ‘Quando me levantarei?’+
E [quando] a noitinha realmente completou a sua medida, eu também me fartei de desassossego até o crepúsculo matutino.
5 Minha carne ficou revestida de gusanos+ e de pó encrostado;+
Minha própria pele tem formado crostas e se dissolve.+
6 Os meus próprios dias ficaram mais velozes+ do que a lançadeira do tecelão
E se acabam sem esperança.+
8 O olho daquele que me vê não me avistará;
Teus olhos estarão [fixos] em mim, mas eu não existirei.+
11 Tampouco eu refrearei a minha boca.
Vou falar na aflição do meu espírito;*
Vou ocupar-me com a amargura da minha alma!+
13 Quando eu disse: ‘Meu divã me consolará,
Minha cama ajudará a carregar a minha preocupação’,
14 Tu até mesmo me aterrorizaste com sonhos,
E por meio de visões me assustas,
15 De modo que a minha alma escolhe a sufocação,
A morte+ em vez de meus ossos.
16 Eu rejeitei [isso];+ não viveria por tempo indefinido.
Deixa-me, porque os meus dias são uma exalação.+
17 Que é o homem mortal,+ que o faças crescer,*
E que fixes nele teu coração,
18 E cada manhã voltes a atenção para ele,
Para o provares+ a cada instante?
20 Se pequei, que posso conseguir contra ti, o Observador da humanidade?*+
Por que me tomaste por teu alvo, para que eu me tornasse uma carga para ti?*
21 E por que não me perdoas a transgressão+
E passas por alto o meu erro?
Pois agora me deitarei no pó;+
E certamente estarás à minha procura, mas não existirei.”
8 E Bildade, o suíta,+ passou a responder e a dizer:
2 “Até quando enunciarás estas coisas,+
Visto que as declarações da tua boca são apenas um forte vento?+
4 Se os teus próprios filhos pecaram contra ele,
De modo que ele os deixa cair na mão da sua revolta,
5 Se tu mesmo estivesses à procura de Deus+
E do Todo-poderoso implorasses favor,
Ele já teria agora despertado para ti*
E certamente te restauraria teu justo lugar de permanência.
7 Também, teu princípio talvez se tenha mostrado uma coisa pequena,
Mas o teu próprio fim posterior se tornaria muito grande.+
8 Deveras, pergunta, por favor, à geração anterior,+
E dirige [tua atenção] às coisas esquadrinhadas por seus pais.+
13 Assim são as veredas* de todos os que se esquecem de Deus,*+
E perecerá a própria esperança do apóstata,*+
14 Cuja absoluta confiança é cortada,
15 Encostar-se-á na sua casa, mas ela não ficará de pé;
Agarrar-se-á a ela, mas ela não durará.
17 Num montão de pedras se entrelaçam as suas raízes,
Ele observa uma casa de pedras.
20 Eis que o próprio Deus* não rejeitará o inculpe,
Nem agarrará a mão de malfeitores,
21 Até encher tua boca de riso
E teus lábios de gritos de alegria.
9 E Jó passou a responder e a dizer:
5 Ele transfere montes,+ de modo que as pessoas nem sabem [deles],
Ele é quem os subverteu na sua ira.+
7 Ele diz ao sol* que não raie,
E põe selo em volta das estrelas,+
E pisando nas ondas altas* do mar;+
9 Fazendo a constelação de Ás,* a constelação de Quesil,*
E a constelação de Quima,*+ e os quartos interiores do Sul;*
10 Fazendo grandes coisas inescrutáveis+
E inúmeras coisas maravilhosas.+
13 O próprio Deus* não fará voltar a sua ira;+
Abaixo dele têm de encurvar-se os ajudadores dum arremetedor.*+
14 Quanto mais caso eu mesmo lhe respondesse!
Vou escolher as minhas palavras para com ele,+
15 A quem eu não responderia, mesmo que realmente tivesse razão.+
Eu imploraria o favor de meu oponente.+
16 Se eu o chamasse, acaso me responderia?+
Não acredito que dê ouvidos à minha voz;
17 Aquele que me esmaga com uma tempestade
E certamente multiplica os meus ferimentos por razão alguma.+
19 Se há alguém forte em poder, ei[-lo]!*+
E se há [alguém forte] em justiça, tomara que eu seja convocado!
20 Se eu tivesse razão, minha própria boca* me pronunciaria iníquo;
Se eu fosse inculpe, então ele me declararia pervertido.
21 Se eu fosse inculpe, eu não reconheceria a minha alma;
Eu recusaria a minha vida.
24 A própria terra foi entregue na mão do iníquo;+
Ele encobre a face dos seus juízes.
Se não [ele], então quem?
25 Também os meus próprios dias ficaram mais velozes do que um corredor;+
Fugiram; certamente não verão o que é bom.
26 Passaram adiante como barcos de canas,
Como a águia que se lança velozmente de um lado para outro [em busca] de algo para comer.+
27 Quando eu disse: ‘Vou esquecer-me da minha preocupação,+
Vou alterar meu semblante+ e ser risonho’,
30 Se eu realmente me lavasse em água de neve
E realmente limpasse as minhas mãos* em potassa,+
31 Então me mergulharias numa cova,
E meus mantos certamente me detestariam.
35 Vou falar e não ter medo dele,
Pois não estou disposto a isso no meu íntimo.
10 “Minha alma certamente se enfada da minha vida.+
Vou externar a minha preocupação comigo mesmo.*
Vou falar na amargura da minha alma!
3 É bom para ti fazeres o errado,+
Rejeitares [o fruto da] labuta das tuas mãos,*+
E realmente reluzires sobre o conselho dos iníquos?
5 São os teus dias como os dias do homem mortal,+
Ou os teus anos iguais aos dias dum varão vigoroso,
6 Que tentes achar o meu erro
E continues a procurar o meu pecado?+
8 As tuas próprias mãos me modelaram, de modo que me fizeram+
Em inteireza, em toda a volta, e ainda assim me tragarias.
13 E estas coisas escondeste no teu coração.
Bem sei que estas coisas estão contigo.
14 Se pequei e tu me estavas vigiando,+
E do meu erro não me tens por inocente;+
15 Se realmente estou errado, ai de mim!+
E [se] realmente tenho razão, não posso levantar minha cabeça,+
Empanturrado de desonra e saturado de tribulação.+
16 E [se] ela agir altaneiramente,+ tu me caçarás como leãozinho+
E te mostrarás novamente maravilhoso no meu caso.
17 Produzirás novas testemunhas* tuas na minha frente
E farás maior teu vexame comigo;
Trabalhos e mais trabalhos estão comigo.*
18 Portanto, por que me fizeste sair da madre?+
Se pudesse ter expirado,* que nem mesmo um olho me pudesse ter visto,
19 Aí eu me teria tornado como se não tivesse vindo a existir;
Teria sido levado do ventre à sepultura.’
20 Não são poucos os meus dias?+ Que desista de mim,
Que deixe de atentar para mim, a fim de que eu fique um pouco risonho+
21 Antes de ir-me embora — e não voltarei+ —
Para a terra de escuridão e de sombra tenebrosa,*+
22 Para a terra de obscuridade igual às trevas, de sombra tenebrosa
E de desordem, onde não reluz mais do que as trevas [reluzem].”
11 E Zofar, o naamatita,+ passou a responder e a dizer:
3 Acaso teu palavrório oco fará os homens* calar-se,
E continuarás a caçoar sem que alguém [te] reprove?+
6 Então te comunicaria os segredos da sabedoria,
Porque são múltiplas* as coisas da sabedoria prática.
Também saberias* que Deus permite que seja esquecida parte do teu erro.+
7 Acaso podes descobrir as coisas profundas de Deus,+
Ou podes descobrir o próprio limite do Todo-poderoso?
8 É mais alta do que o céu. Que podes tu conseguir?
É mais profunda do que o Seol.+ Que podes tu saber?
9 É mais extensa do que a terra em medida
E mais larga do que o mar.
10 Se ele passa adiante e entrega [alguém],
E convoca um tribunal, então quem lhe pode resistir?
11 Pois ele mesmo conhece muito bem os homens* que não são verazes.+
Quando vê o que é prejudicial, não se mostrará também atento?
12 Até mesmo o homem* [de cabeça] oca terá bom motivo
Assim que uma zebra asinina nascer como homem.*
13 Se tu mesmo realmente preparares teu coração
E realmente estenderes as palmas das tuas mãos para ele,+
14 Se houver na tua mão o que é prejudicial, ponha-o para longe,
E não deixes nenhuma injustiça morar nas tuas tendas.
16 Pois tu — tu te esquecerás da própria desgraça;
Lembrar-te-ás [dela] como que de águas que passaram adiante.
17 E mais clara que o meio-dia surgirá a duração da [tua] vida;+
A escuridão se tornará igual à própria manhã.+
18 E forçosamente terás confiança porque há esperança;
E hás de olhar cuidadosamente em volta — deitar-te-ás em segurança.+
19 E tu te espicharás sem que alguém [te] faça tremer.
E muitos certamente te farão ficar com disposição branda;*+
20 E falharão os próprios olhos dos iníquos;+
E perecerá deles o lugar de refúgio,+
E sua esperança será a expiração da alma.”+
12 E Jó passou a responder e a dizer:
4 Torno-me* [alguém que é] alvo de riso para o seu próximo,+
Invocando a Deus* para que lhe responda.+
O justo, o inculpável, é alvo de riso.
5 Em pensamento, o despreocupado tem desprezo pela extinção;+
Ela é preparada para os que têm pés vacilantes.+
7 No entanto, pergunta, por favor, aos animais domésticos, e eles te instruirão;+
Também às criaturas aladas dos céus, e elas te informarão.+
9 Qual entre todos estes não sabe muito bem
Que a própria mão de Jeová* fez isso,+
16 Com ele há força e sabedoria prática;+
A ele pertence quem comete engano e quem transvia;+
17 Faz os conselheiros ir descalços,*+
E faz os próprios juízes endoidecer.
19 Faz os sacerdotes andar descalços,+
E transtorna os assentados permanentemente;*+
E tira de homens idosos a sensatez;
21 Derrama desprezo sobre os nobres,+
E realmente enfraquece a cinta dos potentes;
22 Da escuridão desvenda coisas profundas,+
E traz à luz a sombra tenebrosa;
23 Fazendo as nações tornar-se grandes, para as destruir;+
Estendendo as nações, para levá-las embora;
24 Retirando o coração dos cabeças do povo da terra,
Para fazê-los vagar num lugar deserto+ onde não há caminho.
13 “Eis que meu olho viu tudo isto,
Meu ouvido o ouviu e o considera.
3 No entanto, eu, da minha parte, falaria ao próprio Todo-poderoso,+
E me agradaria em argumentar com Deus.*
4 Por outro lado, vós sois homens que besuntam com falsidade;+
Todos vós sois médicos sem valor algum.+
9 Porventura seria bom que ele vos sondasse?+
Ou o ludibriareis assim como se ludibria o homem mortal?
10 Ele decididamente vos repreenderá+
Se tentardes às escondidas ser parciais;*+
11 Não vos assustará a sua própria dignidade,
E não cairá sobre vós o próprio pavor dele?+
12 Vossas declarações memoráveis são provérbios de cinzas;
13 Calai-vos diante de mim, para que eu mesmo fale,
Então venha sobre mim o que vier!
14 Por que carrego a minha carne nos meus dentes
15 Mesmo que me matasse, não esperaria eu?*+
Eu apenas argumentaria à sua face em prol dos meus próprios caminhos.
20 Apenas não me faças* duas coisas;
Neste caso não me esconderei só por tua causa;+
21 Põe longe de mim a tua própria mão,
E não me apavore o horror de ti.+
22 Ou chama para que eu mesmo responda,
Ou fale eu, e replica-me tu.
23 De que modo tenho erros e pecados?
Faze-me saber a minha própria revolta e o meu próprio pecado.
25 Farás estremecer a mera folha impelida [pelo vento]
Ou irás no encalço de mero restolho seco?
26 Pois continuas a escrever contra mim coisas amargas+
E me fazes possuir [as conseqüências dos] erros da minha mocidade.+
27 Manténs também meus pés no tronco,+
E vigias todas as minhas veredas;
Traças a tua própria linha para a planta* dos meus pés.
5 Se os seus dias estiverem determinados,+
Há contigo o número dos seus meses;
Fizeste para ele um decreto para que não vá além.
6 Deixa de atentar nele para que descanse,*+
Até que ache prazer, como o trabalhador contratado no seu dia.
7 Pois até mesmo para uma árvore há esperança.
Se for decepada, brotará novamente,*+
E seu próprio rebento não deixará de existir.
8 Caso a sua raiz envelheça na terra
E morra no pó o seu toco,
9 Ao cheiro da água florescerá,+
E certamente produzirá um ramo como planta nova.+
13 Quem dera que me escondesses no Seol,*+
Que me mantivesses secreto até que a tua ira recuasse,
Que me fixasses um limite+ de tempo e te lembrasses de mim!+
14 Morrendo o varão vigoroso,* pode ele viver novamente?+
Esperarei todos os dias do meu trabalho compulsório,+
Até vir a minha substituição.+
18 No entanto, o próprio monte, caindo, se desvanecerá,
E até mesmo a rocha será mudada do seu lugar.
19 A água certamente desgasta até mesmo as pedras;
Suas enxurradas levam embora o pó da terra.
Assim destruíste a própria esperança do homem mortal.*
20 Tu o levas de vencida para sempre, de modo que ele se vai embora;+
Desfiguras-lhe a face, mandando-o embora.
21 Seus filhos são honrados, mas ele não [o] sabe;+
E tornam-se insignificantes, mas ele não os considera.
22 Apenas a sua própria carne, enquanto estiver nele, continuará a sentir dores,
E a sua própria alma, enquanto estiver nele, continuará a prantear.”*
15 E Elifaz, o temanita, passou a responder e a dizer:
2 “Responderá o próprio sábio com conhecimento ventoso,*+
Ou encherá seu ventre com o vento oriental?+
3 De nada aproveitará apenas repreender com uma palavra,
E meras expressões, sozinhas, não serão de proveito.
4 Contudo, tu mesmo fazes que o temor [diante de Deus] não tenha força,
E reduzes qualquer preocupação perante Deus.*
12 Por que te arrebata teu coração,
E por que lampejam teus olhos?
13 Porque voltas teu espírito contra o próprio Deus,
E fizeste sair palavras da tua própria boca.
15 Eis que não confia nem nos seus santos,+
E os próprios céus não são realmente puros aos seus olhos.+
17 Eu to declararei. Escuta-me!+
Até mesmo isto eu observei, portanto, deixa-me relatá-lo,
18 O que os próprios sábios+ contam
E que não ocultaram, [por proceder] dos seus pais.
19 Só a eles foi dada a terra,
E nenhum estranho passou pelo seu meio.
20 Todos os seus dias é atormentado o iníquo,
Sim, o mesmo número de anos que foram reservados para o tirano.
21 O som de coisas pavorosas está nos seus ouvidos;
Durante a paz virá sobre ele o próprio assolador.+
23 Está vagando em busca de pão* — onde está?+
Bem sabe que o dia da escuridão+ está preparado, à sua mão.
25 Porque estende a mão contra o próprio Deus,*
E tenta mostrar-se superior ao Todo-poderoso;+
26 [Porque] corre contra ele com nuca dura,
Com os umbigos grossos dos seus escudos;
27 Pois, realmente cobre a sua face com a sua gordura
E desenvolve gordura sobre os seus lombos,+
28 Apenas reside em cidades que vão ser eliminadas;
Em casas em que as pessoas não ficarão morando,
Que certamente mostrarão ser destinadas a ficar montões de pedras.
30 Não se desviará da escuridão;
Uma chama ressecará seu rebento,
31 Não deposite ele fé na futilidade, sendo levado a andar perdido,
Pois o que recebe em troca mostrará ser mera futilidade;
32 Cumprir-se-á antes do seu dia.*
E o próprio rebento dele não crescerá frondosamente.+
33 Repelirá as suas uvas verdes, como a vide,
E lançará fora suas flores, como a oliveira.
34 Pois a assembléia dos apóstatas é estéril,+
E o próprio fogo terá de consumir as tendas do suborno.+
16 E Jó passou a responder e a dizer:
4 Também eu poderia muito bem falar como vós fazeis.
Se tão-somente as vossas almas estivessem onde a minha alma está,
Seria eu brilhante em palavras* contra vós,+
E menearia a minha cabeça contra vós?+
5 Eu vos fortificaria com as palavras da minha boca,+
E o consolo dos meus próprios lábios refrearia . . .
6 Se deveras falo, não se refreia a minha própria dor,+
E se deveras deixo de fazer assim, o que vai embora de mim?
7 Somente que agora ele me fez ficar fatigado;+
Fez desolados a todos os reunidos comigo em assembléia.
8 Também me pegas. Isso se tornou uma testemunha,+
De modo que a minha magreza se levanta contra mim. Testifica na minha face.
9 Sua própria ira [me] dilacerou e ele me tem rancor.+
Realmente range os dentes contra mim.+
Meu próprio adversário aguça seus olhos contra mim+.
10 Escancararam a sua boca contra mim,+
Deram-me bofetadas com vitupério,
Aglomeram-se contra mim+ em grande número.
12 Eu tinha ficado tranqüilo, mas ele passou a sacudir-me;+
E segurou-me pela nuca e passou a despedaçar-me,
E põe-me por alvo para si.
Fende meus rins+ e não tem compaixão;
Derrama na terra a minha vesícula biliar.
16 Minha própria face ficou vermelha de choro,+
E sobre as minhas pálpebras há sombra tenebrosa,*+
17 Embora não haja violência nas palmas das minhas mãos,
E minha oração seja pura.+
19 Agora, também, eis que há nos céus um que dá testemunho a meu respeito,
21 E a decisão que se irá fazer é entre um varão vigoroso e Deus,
17 “Meu próprio espírito* foi quebrantado,+ meus próprios dias foram extintos;
O cemitério é para mim.+
3 Por favor, coloca deveras meu penhor junto de ti.+
Quem mais apertará as mãos+ comigo em compromisso?
5 Talvez informe os companheiros para que tomem seu quinhão,
Mas os próprios olhos dos seus filhos falharão.+
8 Pessoas retas olham assombradas para isso,
E até mesmo o inocente fica agitado por causa do apóstata.
10 No entanto, podeis todos recomeçar. Portanto, vinde, por favor,
Visto que não acho nenhum sábio entre vós.+
11 Meus próprios dias passaram adiante,+ romperam-se os meus próprios planos,+
Os desejos do meu coração.
13 Se eu ficar aguardando, o Seol será a minha casa;+
Terei de estender na escuridão+ o meu leito [de repouso].
18 E Bildade, o suíta, passou a responder e a dizer:
2 “Até quando levareis para pôr fim às palavras?
Deveis entender, para depois falarmos.
4 Ele dilacera a sua alma na sua ira.
Por tua causa, acaso será abandonada a terra,
Ou uma rocha mudada do seu lugar?
10 Uma corda para ele está encoberta na terra,
E uma laçada para ele na [sua] senda.
15 Na sua tenda residirá algo que não é seu;
Espalhar-se-á enxofre+ sobre o seu próprio lugar de permanência.
19 Não terá progênie nem posteridade entre o seu povo,+
E não haverá sobrevivente no seu lugar de residência como forasteiro.
20 O povo no Ocidente deveras olhará assombrado para o seu dia,
E certamente se apoderará um arrepio até mesmo do povo no Oriente.
21 Somente estes são os tabernáculos dum contraventor,
E este é o lugar de alguém que não conhece a Deus.”*
19 E Jó passou a responder e a dizer:
5 Se é de fato contra mim que assumis ares de grandeza,+
E mostrais que o vitupério contra mim é próprio,+
6 Sabei, então, que o próprio Deus* me desencaminhou,
E sua rede para caçar se fechou sobre mim.+
7 Eis que estou clamando: ‘Violência!’ mas não obtenho resposta;+
Estou clamando por ajuda, mas não há justiça.+
8 A própria vereda me tem sido bloqueada com um muro de pedras,+ e não posso passar;
E ele põe a própria escuridão sobre as minhas sendas.+
10 Demole-me por todos os lados e eu me vou embora;
E arranca a minha esperança como a uma árvore.
12 Suas tropas chegam unidas e aterram seu caminho contra mim,+
E acampam-se ao redor da minha tenda.
14 Meus conhecidos íntimos* deixaram de existir,+
E os que eu conheço esqueceram-se de mim,
15 Os que residem como forasteiros na minha casa;+ e as minhas próprias escravas me consideram como estranho;
Tornei-me um verdadeiro estrangeiro aos seus olhos.
16 Chamei o meu servo, mas ele não responde.
Com a minha própria boca imploro-lhe compaixão.
17 Meu próprio hálito* se tornou nojento para minha esposa,+
E eu me tornei fedorento para os filhos do ventre de minha [mãe].
20 Meus ossos realmente se apegam à minha pele e à minha carne,+
E eu escapo com a pele dos meus dentes.*
22 Por que continuais a perseguir-me assim como Deus* faz,+
E não ficais satisfeitos com a minha própria carne?
23 Quem dera agora que as minhas palavras fossem assentadas por escrito!
Quem dera que fossem inscritas num livro!
25 E eu mesmo bem sei que meu redentor*+ está vivo,
E que, vindo depois [de mim], levantar-se-á+ sobre [o] pó.
26 E depois da minha pele, [que] esfolaram — isto!
Ainda que reduzido na minha carne,* observarei a Deus,*
27 A quem até mesmo eu observarei,+
E [a quem] os meus próprios olhos hão de ver, mas não algum estranho.
Meus rins falharam no meu íntimo.
28 Pois vós dizeis: ‘Por que continuamos a persegui-lo?’+
Quando a própria raiz da questão se acha em mim.*
20 E Zofar, o naamatita, passou a responder e a dizer:
2 “Por isso me respondem os meus próprios pensamentos inquietantes,
Sim, por causa da minha agitação íntima.
3 Ouço uma exortação insultante para mim;
E um espírito sem a compreensão que eu tenho me responde.
4 Soubeste esta mesma coisa todo o tempo,
Desde que o homem* foi posto na terra,+
5 Que é curto o grito jubiloso dos iníquos,+
E que a alegria dum apóstata é só por um instante?
6 Ainda que a sua excelência ascenda até o próprio céu+
E a sua cabeça atinja as nuvens,
7 Perecerá para sempre, assim como as suas fezes;+
Os mesmos que o vêem dirão: ‘Onde está ele?’+
10 Seus próprios filhos buscarão o favor dos de condição humilde,
E suas próprias mãos restituirão as suas coisas valiosas.+
12 Se aquilo que é ruim tiver sabor doce na sua boca,
Se ele o deixar dissolver debaixo da sua língua,
13 Se tiver compaixão dele e não o abandonar,
E se o retiver no meio do seu paladar,
14 Seu próprio alimento se transformará nos seus próprios intestinos;
Será dentro dele o fel de najas.
18 Restituirá a [sua] propriedade adquirida e não [a] engolirá;
Como a riqueza proveniente do seu intercâmbio, mas com a qual não se regalará.+
19 Pois tem esmagado, tem abandonado os de condição humilde;
Tem arrebatado a própria casa que não passara a construir.+
20 Porque certamente não conhecerá tranqüilidade no seu ventre;
Não escapará por meio das suas coisas desejáveis.+
21 Não lhe sobra nada para devorar;
Por isso é que não perdurará seu bem-estar.
22 Enquanto a sua fartura está no auge, sentir-se-á aflito;+
Todo o poder* do próprio infortúnio virá contra ele.
23 Ocorra então que, para encher-lhe o ventre,
Envie sua ira ardente sobre ele+
E [a] faça chover sobre ele, para dentro das suas vísceras.
25 Uma arma de arremesso* até mesmo lhe sairá pelas costas,
E uma arma lampejante,* pelo fel;+
Objetos aterradores irão contra ele.+
26 Toda a escuridão será reservada para as suas coisas entesouradas;
Será consumido por um fogo que ninguém abanou;+
Irá mal ao sobrevivente na sua tenda.
29 Este é o quinhão do homem* iníquo, da parte de Deus,*+
Sim, a sua herança declarada da parte de Deus.”*
21 E Jó passou a responder e a dizer:
2 “Escutai atentamente a minha palavra,
E torne-se isto a vossa consolação.
4 Quanto a mim, acaso [expresso] a minha preocupação ao homem?
Ou por que é que meu espírito não fica impaciente?
6 E quando me lembrei, também fiquei perturbado,
E um estremecimento se apoderou da minha carne.
7 Por que é que os próprios iníquos continuam vivendo,+
Têm envelhecido, também se tornaram superiores em riqueza?+
8 Sua descendência está firmemente estabelecida com eles à sua vista,
E seus descendentes, diante dos seus olhos.
10 Seu próprio touro realmente fecunda e não desperdiça sêmen;
Sua vaca tem cria+ e não sofre aborto.
11 Continuam enviando seus garotos iguais a um rebanho,
E seus próprios meninos estão saltitando.
12 Continuam a elevar [a sua voz] com o pandeiro e a harpa,+
E prosseguem alegrando-se ao som do pífaro.
14 E eles dizem ao [verdadeiro] Deus: ‘Desvia-te de nós!+
E não nos agradamos no conhecimento dos teus caminhos.+
15 Que é o Todo-poderoso, para que o sirvamos,*+
E que nos aproveita termos entrado em contato com ele?’+
16 Eis que seu bem-estar não está no seu próprio poder.*+
O próprio conselho dos iníquos se manteve longe de mim.+
17 Quantas vezes se apaga a lâmpada dos iníquos,+
E [quantas vezes] vem sobre eles o seu desastre?
Na sua ira, [quantas vezes] reparte ele a destruição?+
19 O próprio Deus* guardará o prejudicial [do homem] para os próprios filhos dele;+
Recompensá-lo-á para que saiba [isso].+
21 Pois, qual será seu agrado na sua casa depois dele,
Quando o número dos seus meses será realmente cortado em dois?+
23 Ele mesmo morrerá durante a sua plena auto-suficiência,+
Quando estiver inteiramente despreocupado e tranqüilo;
24 [Quando] as suas próprias coxas tiverem ficado cheias de gordura,
E o próprio tutano dos seus ossos for mantido úmido.
27 Eis que conheço bem os vossos pensamentos
E os desígnios com que pretendeis agir violentamente contra mim.+
29 Não perguntastes aos que viajam pelas estradas?
E não inspecionais cuidadosamente os próprios sinais deles,
30 Que no dia de desastre se poupa o mau,+
Que ele é liberto* no dia da fúria?
31 Quem o informará na sua própria face sobre o seu caminho?+
E quem o recompensará pelo que ele mesmo fez?+
33 Para ele, os torrões de terra dum vale de torrente certamente se tornarão doces,+
E arrastará atrás de si toda a humanidade,*+
E os antes dele foram inúmeros.
34 Portanto, quão inutilmente tentais consolar-me,+
E as vossas próprias réplicas deveras permanecem como infidelidade!”
22 E Elifaz, o temanita, passou a responder e a dizer:
2 “Pode um varão vigoroso* ser de utilidade para o próprio Deus,*+
Que alguém com perspicácia lhe seja útil?
3 É do agrado do Todo-poderoso que sejas justo,+
Ou tem ele lucro em que faças teu caminho ser imaculado?+
9 As viúvas mandaste embora de mãos vazias,
10 Por isso há armadilhas de pássaros em volta de ti,+
E te perturba o pavor repentino;
11 Ou a escuridão, [de modo que] não podes ver,
E te cobre a massa movimentada da própria água.
14 As nuvens lhe são um esconderijo, de modo que não vê nada,
E ele anda sobre a abóbada do céu.’
15 Manter-te-ás no próprio caminho de há muito tempo,
Pisado por homens prejudiciais,*
16 [Homens] que foram arrebatados antes do seu tempo,+
Cujo alicerce+ é despejado como se fosse um rio,
17 Os quais dizem ao [verdadeiro] Deus:* ‘Desvia-te de nós!+
E que pode o Todo-poderoso conseguir contra nós?’*
18 Contudo, ele mesmo encheu-lhes as casas de coisas boas;+
E o próprio conselho dos iníquos se manteve longe de mim.+
20 ‘Deveras, foram eliminados os nossos antagonistas;*
E o que sobra deles há de ser devorado por um fogo.’
21 Por favor, familiariza-te com ele e mantém a paz;
Assim virão a ti coisas boas.
23 Se retornares ao Todo-poderoso,+ serás edificado;
[Se] mantiveres a injustiça longe da tua tenda,
24 E [se] se puser minério precioso no pó
E ouro de Ofir+ na rocha de vales de torrente,
25 Também o Todo-poderoso deveras se tornará teus minérios preciosos
E prata, a mais seleta, para ti.+
29 Pois tem de haver rebaixamento quando falas arrogantemente;+
Mas o que abaixar os olhos será salvo.+
23 E Jó passou a responder e a dizer:
2 “Até mesmo hoje, meu estado de preocupação+ é rebeldia;
Minha própria mão está pesada por causa do meu suspiro.
4 Eu apresentaria diante* dele uma causa jurídica,
E encheria a minha boca de contra-argumentos;
5 Eu saberia as palavras com que me responderia,
E consideraria o que ele tem para dizer-me.+
7 Ali o próprio reto certamente resolverá as questões com ele,
E eu ficaria a salvo do meu juiz* para sempre.
8 Eis que vou para o oriente, e ele não está lá;
E volto novamente, e não o posso discernir;+
9 Para a esquerda, onde ele está trabalhando, mas não [o] posso observar;
Ele se vira* para a direita, mas eu não [o] vejo.
10 Pois conhece muito bem o caminho que tomo.+
[Depois] de ele me ter provado, sairei como o próprio ouro.+
12 Não me afasto do mandamento dos seus lábios.+
Entesourei os dizeres da sua boca+ mais do que me é prescrito.
13 E ele é de um só [pensamento], e quem lhe pode resistir?+
E a sua própria alma tem um almejo, e ele [o] fará.+
17 Pois, não fui silenciado por causa da escuridão,
Nem porque as trevas cobriram a minha própria face.
24 “Por que é que os tempos não foram guardados pelo próprio Todo-poderoso,+
E os próprios que o conhecem não observaram os seus dias?+
4 Apartam os pobres do seu caminho;+
Ao mesmo tempo, os atribulados da terra se mantiveram escondidos.
5 Eis que, [quais] zebras+ no ermo,
Saíram na sua atividade à procura de algo para comer.
A planície desértica [dá] a cada um pão para os rapazes.
6 No campo ceifam a sua forragem,
E despojam rapidamente o vinhedo do iníquo.
11 Passam o meio-dia* entre os muros do terraço;
Precisam pisar os lagares, e ainda assim passam sede.+
12 De dentro da cidade estão gemendo os moribundos,
E a alma dos mortalmente feridos clama por ajuda;+
13 Quanto a eles, mostraram estar entre os rebeldes contra a luz;+
Não reconheceram os caminhos dela,
Nem moraram nas suas sendas.
15 Quanto ao olho do adúltero,+ ficou à espreita do crepúsculo vespertino,+
Dizendo: ‘Nenhum olho me avistará!’+
E põe uma cobertura sobre a sua face.
16 Na escuridão penetra cavando nas casas;
De dia precisam manter-se encerrados.
Não conheceram a luz do dia.+
17 Pois a manhã é para eles igual à sombra tenebrosa,+
Porque reconhecem quais são os terrores repentinos da sombra tenebrosa.
18 Ele é ligeiro na superfície das águas.
O lote de terreno deles será amaldiçoado na terra.+
Ele não se virará para o caminho dos vinhedos.
19 A seca, bem como o calor, arrebatam as águas da neve;
Assim faz também o Seol com os que pecaram!+
20 A madre se esquecerá dele, o gusano saboreará a sua doçura,+
Não mais será lembrado.+
E a injustiça será destroçada como uma árvore.+
22 E certamente arrastará gente possante com o seu poder;
Ele se levantará e não estará seguro da sua vida.*
23 Conceder-lhe-á tornar-se confiante+ para que se ampare;
E seus olhos estarão sobre os caminhos deles.+
24 Por um pouco ficaram elevados, depois não são mais,+
E foram abaixados;+ são arrancados como os demais,
E são cortados como o topo duma espiga.
25 Por conseguinte, quem me fará de mentiroso
Ou reduzirá a nada a minha palavra?”
25 E Bildade,+ o suíta, passou a responder e a dizer:
3 Acaso têm número as suas tropas?
E sobre quem não se levanta a sua luz?
4 Então, como pode o homem mortal* ter razão diante de Deus,*+
Ou como pode ser puro aquele que nasceu de mulher?+
5 Eis que há mesmo a lua, e ela não é luminosa;
E as próprias estrelas não se mostraram puras aos seus olhos.
26 E Jó passou a responder e a dizer:
3 Quanto aconselhaste aquele que não tem sabedoria,+
E deste a conhecer a própria sabedoria prática à multidão!
7 Ele estende o norte sobre o vazio,+
Suspende a terra sobre o nada;
8 Embrulha as águas nas suas nuvens,+
Para que a massa de nuvens não se parta debaixo delas;
11 As próprias colunas do céu estremecem
E estão pasmadas por causa da sua censura.
14 Eis que estas são as beiradas dos seus caminhos,+
E que sussurro sobre o assunto se tem ouvido dele!
Mas quem pode mostrar ter entendimento do seu poderoso trovão?”+
27 E Jó passou a encetar novamente seu dito proverbial+ e prosseguiu, dizendo:
2 “Assim como vive Deus,*+ que tirou de mim o julgamento,+
E assim como [vive] o Todo-poderoso, que amargurou a minha alma,+
3 Enquanto estiver ainda em mim todo o meu fôlego,
E o espírito de Deus* estiver em minhas narinas,+
4 Meus lábios não falarão injustiça
E minha própria língua não murmurará dolo!
5 É inconcebível da minha parte declarar-vos justos!+
Até eu expirar não removerei de mim a minha integridade!+
6 Agarrei a minha justeza e não a largarei;+
Meu coração não escarnecerá [de mim] por qualquer dos meus dias.+
7 Torne-se meu inimigo de todo modo um homem iníquo,+
E o que se revolta contra mim, realmente um contraventor.
10 Ou deleitar-se-á no Todo-poderoso?
Clamará a Deus todo o tempo?
13 Este é o quinhão do homem* iníquo, da parte de Deus;+
E a herança dos tiranos, eles receberão do próprio Todo-poderoso.
14 Se os seus filhos se tornarem muitos, será para a espada;+
E seus próprios descendentes não terão bastante alimento.*
15 Seus próprios sobreviventes serão enterrados durante uma praga mortífera,*
E as próprias viúvas deles não chorarão.+
16 Se ele amontoasse prata como o próprio pó
E preparasse vestuário como se fosse barro,
17 Ele prepararia, mas o justo seria quem se vestiria,+
E o inocente partilharia na prata.
28 “Deveras, há um lugar para se achar prata
E um lugar para o ouro que se refina;+
2 O ferro mesmo é tirado do próprio pó,+
E [da] pedra se funde o cobre.
3 Ele pôs fim à escuridão;
E esquadrinha em todos os limites+
A pedra nas trevas e na sombra tenebrosa.
4 Abriu um poço de mina longe de onde residem [pessoas] como forasteiros,+
Lugares esquecidos, longe do pé;
Alguns dos homens mortais* desceram suspensos, ficaram balançando.
9 Ele estendeu a mão sobre a pederneira;
Subverteu montes desde a [sua] raiz;
10 Dentro das rochas canalizou galerias cheias de água,+
E seu olho viu todas as coisas preciosas.
17 Ouro* e vidro não podem ser comparados com ela,
Nem é qualquer vaso de ouro refinado alguma troca por ela.
18 Os próprios corais+ e o cristal de rocha nem se mencionarão,
Mas uma bolsa cheia de sabedoria vale mais do que [uma de] pérolas.+
19 O topázio+ de Cus* não pode ser comparado com ela;
Ela não pode ser paga nem mesmo com o ouro na sua pureza.
21 Foi ocultada mesmo dos olhos de qualquer vivente+
E foi escondida das criaturas voadoras dos céus.
23 Deus* é quem entendeu os seus caminhos,+
E ele mesmo sabia seu lugar,
24 Pois ele mesmo olha até as próprias extremidades da terra;+
Vê debaixo dos céus inteiros,*
25 Para fazer um peso para o vento,*+
Ao passo que proporcionou as próprias águas por medida;+
26 Quando fez um regulamento para a chuva+
E um caminho para a trovejante nuvem de temporal,
27 Então ele viu [a sabedoria]* e passou a falar sobre ela;
Ele a preparou e também a esquadrinhou.
28 E prosseguiu, dizendo ao homem:*
‘Eis o temor de Jeová* — isso é sabedoria,+
E desviar-se do mal é compreensão.’”+
29 E Jó passou a encetar novamente seu dito proverbial e prosseguiu, dizendo:
2 “Quem me dera estar nos meses lunares de outrora,+
Como nos dias em que Deus* cuidava de mim;+
3 Quando fez a sua lâmpada brilhar sobre a minha cabeça,
[Quando] eu andava [através da] escuridão pela sua luz;+
4 Assim como vim a estar nos dias do meu vigor,+
Quando havia intimidade com Deus na minha tenda;+
5 Quando o Todo-poderoso ainda estava comigo,
[Quando] meus ajudantes estavam ao redor de mim!
6 Quando eu lavava os meus passos em manteiga,
E a rocha despejava correntes de azeite para mim;*+
7 Quando eu saía ao portão junto à vila,+
Eu preparava meu assento na praça pública!+
11 Pois o próprio ouvido escutava e passava a chamar-me feliz,
E o próprio olho via e passava a dar testemunho por mim.
12 Pois eu salvava ao atribulado que clamava por ajuda,+
E ao menino órfão de pai e a qualquer que não tinha ajudador.+
14 Vestia-me de justiça e ela me revestia.+
Meu juízo era como uma túnica sem mangas — e um turbante.
16 Eu era um verdadeiro pai para os pobres;+
E a causa jurídica de alguém que eu não conhecia — eu a examinava.+
18 E eu costumava dizer: ‘Expirarei dentro do meu ninho*+
E multiplicarei os [meus] dias como os grãos da areia.+
20 Nova é a minha glória comigo,
E meu arco na minha mão atirará repetidamente.’
25 Eu lhes escolhia o caminho e ficava sentado como cabeça;
E residia como um rei entre as [suas] tropas,+
Como quem consola os que pranteiam.+
3 Por causa da carência e da fome são estéreis,
Roendo uma região árida+
[Onde] ontem havia tempestade e desolação.
4 Arrancavam a erva salgada junto aos arbustos
E a raiz das giestas-das-vassouras era seu alimento.
6 [Têm de] residir na própria encosta dos vales de torrente,
Em buracos de pó e nas penhas.
7 Bramavam entre os arbustos;
Conchegavam-se debaixo das urtigas.
8 Filhos do insensato,+ também filhos daquele que não tem nome,
Foram enxotados da terra a chicotadas.
11 Pois ele soltou [minha] própria corda de arco e passou a humilhar-me,
E por minha causa deixaram solto o freio.
12 Levantam-se à minha direita como uma laia;
Soltaram os meus pés,
Mas passaram a aterrar contra mim as suas desastrosas barreiras.+
13 Desfizeram as minhas sendas;
Só foram de proveito para aquilo que me é adverso,+
Sem que tivessem ajudador.
14 Passaram a vir como que por uma larga brecha;
Rolaram adiante sob uma tempestade.
15 Terrores repentinos foram voltados contra mim;
Meu porte nobre é perseguido como pelo vento,*
E como uma nuvem passou a minha salvação.
17 À noite, os próprios ossos+ meus foram furados [e caíram] de mim,
E [as dores] que me estão roendo não folgam.+
18 Minha vestimenta muda pela abundância de poder;
Cinge-me como a gola da minha veste comprida.
19 Ele me fez descer ao barro,
De modo que mostro ser semelhante a pó e cinzas.
22 Levantas-me ao vento, fazes-me cavalgá-lo;
Depois me dissolves com um estrondo.
24 Somente que ninguém estende a sua mão contra um mero monte de escombros,+
Nem se faz durante a decadência um clamor por ajuda a respeito de tais coisas.
27 Meus próprios intestinos foram postos a ferver e não ficaram quietos;
Confrontaram-me dias de tribulação.
28 Andei em volta triste+ quando não havia luz do sol;*
Levantei-me na congregação,* continuei a clamar por ajuda.
30 Minha própria pele ficou preta+ [e caiu] de mim,
E meus próprios ossos ficaram candentes por causa da sequidão.
31 E minha harpa ficou apenas para o pranto,
E meu pífaro, para a voz dos que choram.
5 Se eu tiver andado com [homens de] inveracidade,+
E meu pé se apressar para o engano,+
7 Se os meus passos se apartarem do caminho,+
Ou meu coração apenas tiver andado atrás dos meus olhos,+
Ou qualquer defeito se tiver apegado às palmas das minhas próprias mãos,+
8 Lance eu semente e coma outro,+
E sejam desarraigados os meus próprios descendentes.
9 Se meu coração tiver sido engodado referente a uma mulher+
E tiver ficado de emboscada+ à própria entrada do meu companheiro,
10 Moa a minha esposa para outro homem,+
E ajoelhe-se sobre ela outro homem.
11 Pois isso seria conduta desenfreada
E esta seria um erro, para [receber a atenção dos] magistrados.+
13 Se eu costumava recusar o julgamento do meu escravo
Ou da minha escrava na sua causa comigo,
14 Então o que posso fazer quando Deus* se levanta?
E quando demanda uma prestação de contas, que lhe posso responder?+
15 Não foi ele feito por Aquele que me fez no ventre+
E não foi apenas Um que passou a preparar-nos na madre?
16 Se eu costumava negar aos de condição humilde o [seu] agrado+
E fiz fraquejar os olhos da viúva,+
17 E costumava comer meu bocado sozinho,
Não comendo dele o menino órfão de pai;+
18 (Pois desde a minha mocidade cresceu comigo como que com um pai,
E desde o ventre de minha mãe eu a guiava;)
19 Se eu costumava ver alguém perecer por não ter vestimenta+
Ou que o pobre não tinha cobertura;
20 Se os seus lombos não me abençoaram,+
Nem ele se aquecia com a lã+ tosquiada dos meus carneirinhos;
21 Se sacudi a mão para lá e para cá contra o menino órfão de pai,+
Quando via [a necessidade do] meu auxílio no portão,+
22 Que caia a minha própria omoplata do seu ombro
E se quebre o meu próprio braço desde o seu osso superior.
23 Porque o desastre da parte de Deus* era para mim um pavor,
E contra a sua dignidade+ eu nada podia.
25 Se eu costumava alegrar-me por ter muita propriedade+
E porque a minha mão tinha achado muitas coisas;+
26 Se eu costumava ver a luz quando ela brilhava
Ou a preciosa lua andando,+
27 E meu coração começou a ser engodado às escondidas,+
E minha mão passou a beijar a minha boca,*
28 Isto também seria um erro a [receber a atenção dos] magistrados,
Pois eu teria renegado o [verdadeiro] Deus de cima.
29 Se eu costumava alegrar-me com a extinção daquele que me odiava intensamente,+
Ou se fiquei agitado* porque o atingiu o mal —
30 E não permiti que o meu palato pecasse,
Pedindo uma imprecação contra a sua alma.+
31 Se os homens da minha tenda não disseram:
‘Quem pode apresentar alguém que não se saciasse da sua comida?’*+—
32 Nenhum residente forasteiro passava a noite lá fora;+
Mantive as minhas portas abertas para a vereda.*
33 Se encobri as minhas transgressões+ como um homem terreno,*
Escondendo meu erro no bolso da minha camisa —
34 Porque eu me assustava diante duma grande massa de gente,
Ou me aterrorizava o próprio desprezo das famílias,
E eu ficava quieto, não saía da entrada.
35 Quem me dera que eu tivesse alguém para escutar-me,+
Que o próprio Todo-poderoso me respondesse+ segundo a minha assinatura!*
Ou que a pessoa* em litígio comigo tivesse escrito um documento!
36 Por certo o carregaria sobre o meu ombro;
Eu o enrolaria em volta de mim como a uma grandiosa coroa.
38 Se o meu próprio solo clamasse contra mim por socorro
E seus próprios sulcos chorassem juntos;
39 Se comi os seus frutos* sem dinheiro+
E fiz ofegar a alma dos seus donos,+
40 Produza-se planta espinhosa em vez de trigo,+
E erva malcheirosa em vez de cevada.”
As palavras de Jó chegaram ao fim.
32 Portanto, estes três homens cessaram de responder a Jó, pois era justo aos seus* próprios olhos.+ 2 Acendeu-se, porém, a ira de Eliú,* filho de Baraquel, o buzita,+ da família de Rão. Sua ira se acendeu contra Jó por ele declarar justa a sua própria alma em vez de a Deus.*+ 3 Sua ira se acendeu também contra os três companheiros dele pelo fato de que não acharam resposta, mas passaram a pronunciar Deus* iníquo.+ 4 E o próprio Eliú tinha esperado por Jó com palavras, porque eram mais velhos em dias do que ele.+ 5 E Eliú viu gradualmente que não havia resposta na boca+ dos três homens, e sua ira se acendeu ainda mais. 6 E Eliú, filho de Baraquel, o buzita, passou a responder e a dizer:
“Sou jovem em dias,
E vós sois idosos.+
Por isso recuei* e tive medo
De vos declarar o meu conhecimento.
9 Não são apenas os abundantes em dias que se mostram sábios,+
Nem somente os idosos que entendem o juízo.+
10 Por isso eu disse: ‘Escuta-me deveras.
Declararei o meu conhecimento, sim, eu.’
11 Eis que esperei as vossas palavras,
Dei ouvidos aos vossos raciocínios,+
Até que descobrísseis palavras [para dizer].
12 E mantive voltada a minha atenção para vós,
E eis que não há quem repreenda a Jó,
Nenhum de vós responde às suas declarações,
13 Para que não digais: ‘Achamos sabedoria;+
É Deus* quem o põe em debandada, não o homem.’
14 Visto que ele não enfileirou palavras contra mim,
Não lhe replicarei, pois, com as vossas declarações.
15 Ficaram aterrorizados, não responderam mais;
As palavras se mudaram deles.
16 E eu esperei, pois não continuaram a falar;
Porque ficaram parados, não responderam mais.
17 Eu darei a minha parte em resposta, sim, eu;
Eu declararei meu conhecimento, sim, eu;
18 Pois fiquei cheio de palavras;
Espírito exerce pressão+ no meu ventre.
21 Por favor, não mostre eu parcialidade para com um homem;*+
E não darei título a um homem terreno;*+
22 Pois certamente não sei como posso dar título;
Aquele que me fez+ carregaria facilmente comigo.
3 Minhas declarações são a retidão de meu coração,+
E conhecimento é o que meus lábios enunciam sinceramente.+
5 Se puderes, replica-me,
Enfileira [palavras] diante de mim; toma deveras a tua posição.
7 Eis que nenhuma terribilidade minha te apavorará
E nenhuma pressão+ da minha parte pesará sobre ti.
8 Apenas tu disseste aos meus ouvidos,
E eu ouvia o som das [tuas] palavras:
9 ‘Sou puro, sem transgressão;+
Estou limpo, não tenho erro.+
E duas vezes+ — embora não se repare nisso —
15 Num sonho,+ numa visão+ da noite,
Quando profundo sono cai sobre os homens
Durante os cochilos sobre a cama.+
16 É então que ele destapa o ouvido dos homens+
E apõe seu selo à exortação [dada] a eles,
19 E ele é deveras repreendido com dor sobre a sua cama,
E a altercação dos seus ossos é contínua.
21 Sua carne se definha diante da vista
E seus ossos que não se viam certamente ficam expostos.
23 Se há para ele um mensageiro,*
Um porta-voz,* um dentre mil,
Para contar ao homem a sua retidão,*
24 Então ele o favorece e diz:
‘Isenta-o de descer à cova!+
26 Suplicará a Deus* para que tenha prazer nele,+
E verá a sua face com gritos de alegria,
E Ele restituirá a Sua justiça ao homem mortal.*
27 Cantará para os homens e dirá:
‘Pequei;+ e perverti o que era reto
E certamente isso não era próprio para mim.
29 Eis que todas estas são as coisas que Deus* realiza,
Duas vezes, três vezes, no caso dum varão vigoroso,
31 Presta atenção, ó Jó! Escuta-me!
Cala-te, e eu mesmo continuarei a falar.
32 Se houver quaisquer palavras [para dizer], replica-me;
Fala, pois me agradei da tua justiça.
34 E Eliú continuou a responder e a dizer:
2 “Escutai, vós sábios, as minhas palavras;
E vós sabedores, dai-me ouvidos.
4 Escolhemos para nós o julgamento;
Saibamos entre nós mesmos o que é bom.
6 Acaso digo mentiras contra o meu próprio julgamento?
Meu ferimento sério é incurável, embora não haja transgressão.’+
8 E ele certamente está a caminho do companheirismo com os que praticam o que é prejudicial
E de andar com homens de iniqüidade.+
10 Portanto, vós homens de coração,+ escutai-me.
Longe está do [verdadeiro] Deus* agir ele iniquamente,+
E do Todo-poderoso agir injustamente!+
11 Pois [é segundo] a atuação do homem terreno* que ele o recompensará,+
E segundo a vereda do homem* que o fará vir sobre ele.
12 Sim, de fato, o próprio Deus* não age iniquamente,+
E o próprio Todo-poderoso não perverte o juízo.+
14 Se ele fixar seu coração em alguém,
[Se] ajuntar a si o espírito e o fôlego do tal,+
15 Toda a carne expirará juntamente,
16 Portanto, se [tiveres] compreensão, escuta deveras isto;
Dá ouvidos ao som das minhas palavras.
17 Realmente, exercerá controle aquele que odeia a justiça,+
E se alguém forte for justo, acaso [o] pronunciarás iníquo?+
19 [Há Um] que não tem mostrado parcialidade para com príncipes
E não tem dado mais consideração ao nobre do que ao de condição humilde,+
Porque todos eles são trabalho das suas mãos.+
20 Morrem num instante,+ sim, no meio da noite;+
O povo sacode-se e falece,
E os possantes somem sem mão alguma.+
22 Não há escuridão nem sombra tenebrosa
Para nelas se esconderem os que praticam o que é prejudicial.+
25 Por isso reconhece como são as obras deles,+
E ele deveras [os] subverte de noite, e ficam esmigalhados.+
26 Sendo eles iníquos, bate neles
No lugar dos espectadores;+
27 Visto que se desviaram de segui-lo+
E não consideraram nenhum dos seus caminhos,+
28 De modo a fazer chegar a ele o clamor do de condição humilde;
E por isso ele ouve o clamor dos atribulados.+
29 Quando ele mesmo faz que haja sossego, então, quem pode condenar?
E quando ele esconde a face,+ quem o pode avistar,
Sendo a mesma coisa quer para com uma nação+ quer para com um homem?*
31 Pois, dirá alguém realmente ao próprio Deus:
‘Suportei [isso], embora não agisse de modo corrupto;+
32 Embora eu não observe nada, instrui-me tu mesmo;
Se cometi qualquer injustiça,
Não [a] farei de novo’?+
33 Acaso fará compensação por ela, do teu ponto de vista, por deveras recusares [o julgamento],
Por tu mesmo escolheres, e não eu?
Fala, sim, aquilo que tu bem sabes.
34 Os próprios homens de coração+ me dirão —
Sim, um varão vigoroso, sábio, que me escuta:
35 ‘O próprio Jó fala sem conhecimento+
E suas palavras são sem [ele] ter perspicácia.’
37 Pois acrescenta ao seu pecado a revolta;+
Bate [palmas] entre nós e multiplica as suas declarações contra o [verdadeiro] Deus!”*+
35 E Eliú continuou a responder e a dizer:
6 Se realmente pecares, que conseguirás contra ele?+
E [se] as tuas revoltas realmente aumentarem, que lhe fazes?
9 Por causa da multidão de opressões eles clamam por socorro;+
Clamam por ajuda por causa do braço dos grandes.+
10 E no entanto, ninguém disse: ‘Onde está Deus,* o Grandioso que me fez,*+
Aquele que dá melodias na noite?’+
11 É ele quem nos ensina+ mais do que aos animais* da terra,+
E nos faz mais sábios do que mesmo as criaturas voadoras dos céus.
14 Quanto menos, então, quando dizes que não reparas nele!+
A causa jurídica está perante ele, e por isso devias esperá-lo ansiosamente.+
15 E agora, visto que a sua ira não exigiu uma prestação de contas,+
Ele tampouco tomou nota do extremo arrojo.+
16 E o próprio Jó abre muito a sua boca simplesmente por nada;
Sem conhecimento, multiplica apenas palavras.”+
36 E Eliú passou a dizer mais:
2 “Tem mais um pouco de paciência comigo e eu te declararei
Que há ainda palavras [a dizer] por Deus.*
4 Pois as minhas palavras, de fato, não são falsidade;
Aquele que é perfeito em conhecimento+ está contigo.
5 Eis que Deus* é forte+ e não rejeitará [a ninguém];
[Ele é] forte em poder de coração;*
6 Não preservará vivo a alguém iníquo,+
Mas dará o julgamento dos atribulados.+
7 Não tirará os olhos de alguém justo;+
Mesmo aos reis no trono+ —
Ele também os assentará para sempre e eles estarão enaltecidos.
9 Então os informará sobre a atuação deles
E sobre suas transgressões, porque assumem ares de superioridade.
12 Mas, se não obedecerem, falecerão+ por causa duma arma de arremesso+
E expirarão sem conhecimento.
13 E os apóstatas no coração são os que acumularão ira.+
Não devem clamar por ajuda porque ele os prendeu.
14 Sua alma morrerá na própria infância,+
E sua vida entre os homens que se prostituem no serviço dum templo.+
15 Ele socorrerá o atribulado na sua tribulação
E destapará seu ouvido na opressão.
16 E certamente te engodará [para longe] da boca da aflição!+
Um lugar mais amplo,+ não o aperto, haverá em seu lugar,
E o consolo da tua mesa será cheio de gordura.+
17 Certamente serás enchido com a sentença judicial contra o iníquo;+
A sentença judicial e o juízo é que segurarão.
18 Pois [cuida de] que o furor+ não te engode a bater palmas [por despeito],
E não te deixes desencaminhar por um grande resgate.+
21 Guarda-te de não te virares para o que é prejudicial,+
Pois escolheste isso em vez de tribulação.+
23 Quem demandou dele uma prestação de contas sobre o seu caminho,+
E quem disse: ‘Cometeste injustiça’?+
26 Eis que Deus é mais sublime do que podemos saber;+
Em número, os seus anos estão além de esquadrinhamento.+
27 Pois ele puxa para cima as gotas de água;+
Filtram como chuva para a sua neblina,
28 De modo que as nuvens pingam,+
Destilam abundantemente sobre a humanidade.
4 Depois brame um som;
Ele troveja+ com o som da sua superioridade,+
E não os refreia quando se ouve a sua voz.+
6 Porque ele diz à neve: ‘Cai para a terra’,+
E [à] precipitação da chuva, sim, [à] precipitação das suas fortes chuvas.+
7 Apõe um selo à mão de todo homem terreno,
Para que cada mortal conheça o seu trabalho.
11 Sim, carrega de umidade a nuvem,
Sua luz+ espalha a massa de nuvens,
12 E ela está sendo revolvida por ele [dar-lhes] diretrizes para a sua atuação
Aonde quer que as ordene+ sobre a face do solo produtivo* da terra.
19 Deixa-nos saber o que lhe devemos dizer;
Não podemos produzir [palavras] por causa da escuridão.
21 E agora, eles realmente não vêem a luz;
Ela está brilhando no céu nublado
Quando o próprio vento* passou e procedeu a limpá-lo.
24 Portanto, temam-no os homens.*+
Ele não considera a nenhuns que sejam sábios no [seu próprio] coração.”+
38 E Jeová passou a responder a Jó de dentro do vendaval+ e a dizer:
5 Quem lhe pôs as medidas, caso tu o saibas,
Ou quem estendeu sobre ela o cordel de medir?
6 Em que se fundaram seus pedestais+ de encaixe
Ou quem lançou a sua pedra angular,
8 E [quem] bloqueou com portas* o mar,+
Que começou a sair quando irrompeu da madre;
9 Quando lhe* pus a nuvem por vestimenta
E as densas trevas como suas faixas,
10 E passei a fragmentar* meu regulamento sobre ele
E a pôr-lhe tranca e portas,+
11 E prossegui, dizendo: ‘Até aqui podes chegar, e não mais adiante;+
E aqui se limitam as tuas vagas orgulhosas’?+
12 Foi dos teus dias em diante que deste ordens à manhã?+
Fizeste tu a alva saber o seu lugar,
14 Ela se transforma como o barro+ debaixo dum selo,
E as coisas* tomam a sua posição como na vestimenta.
19 Onde, então, está o caminho que leva à residência da luz?+
Quanto à escuridão, onde, então, é seu lugar,
20 Para a levares ao seu termo
E para compreenderes as sendas à sua casa?
22 Acaso entraste nos depósitos da neve,+
Ou vês mesmo os depósitos da saraiva,+
23 Que reservei para o tempo de aflição,
Para o dia de peleja e de guerra?+
24 Onde, então, está o caminho pelo qual se distribui a luz*
[E] o vento oriental+ se espalha pela terra?
25 Quem abriu um canal para a inundação
E um caminho para a trovejante nuvem de temporal,+
26 Para fazer chover sobre a terra onde não há homem,*+
[Sobre] o ermo em que não há homem terreno,*
27 Para fartar lugares tempestuosos e desolados
E para fazer brotar o rebento da relva?+
30 As próprias águas ficam escondidas como que por uma pedra,
E a própria superfície da água de profundeza se torna compacta.+
31 Podes atar as cadeias da constelação de Quima,*
Ou podes soltar as próprias cordas da constelação de Quesil?*+
32 Podes fazer sair a constelação de Mazarote* no seu tempo fixado?
E quanto à constelação de Ás* ao lado dos seus filhos, acaso podes guiá-los?
34 Acaso podes elevar a tua voz mesmo até a nuvem,
Para que te cubra a massa movimentada da própria água?+
35 Acaso podes enviar relâmpagos para que vão
E te digam: ‘Aqui estamos!’?
37 Quem pode contar exatamente as nuvens em sabedoria,
Ou as talhas de água do céu — quem [as] pode entornar,+
38 Quando o pó se despeja como dentro duma massa fundida
E os próprios torrões de terra aderem um ao outro?
39 Acaso podes caçar a presa para o próprio leão
E podes satisfazer* o vivo apetite dos leões novos,+
40 Quando se agacham nos esconderijos+
[Ou] estão deitados na guarida para uma emboscada?
41 Quem prepara para o corvo o seu alimento+
Quando seus próprios filhotes clamam a Deus* por ajuda,
Vagueando por não haver nada para comer?
39 “Ficaste conhecendo o tempo fixo de parirem as cabras-montesas do rochedo?+
Observas tu exatamente quando é que as corças têm cria+ com dores?
2 Contas tu os meses lunares que cumprem
Ou vieste saber o tempo fixo de parirem?
4 Seus filhotes se tornam robustos, crescem no campo aberto;
Deveras saem e não retornam a elas.
5 Quem pôs em liberdade a zebra,+
E quem soltou as próprias ligaduras do jumento selvagem,
6 Ao qual designei por casa a planície desértica
E por sua moradia a terra salgada?+
10 Acaso atarás o touro selvagem ao sulco, com as suas cordas,
Ou gradará+ ele as baixadas atrás de ti?
11 Confiarás nele por ser abundante em poder
E deixarás para ele a tua labuta?
12 Acaso te fiarás nele, que te traga de volta a tua semente
E que ajunte à tua eira?
13 Acaso a asa da fêmea de avestruz bateu alegremente,
Ou [tem ela] as plumas duma cegonha+ e a plumagem?
14 Pois ela deixa seus ovos na própria terra
E os mantém quentes no pó,
15 E se esquece que algum pé pode esmagá-los
Ou mesmo uma fera do campo pode trilhá-los.
16 Trata rudemente os seus filhotes, como se não fossem seus+ —
Sua labuta é em vão, [porque não tem] pavor.
18 No tempo em que bate [as asas] alto
Ela se ri do cavalo e do seu cavaleiro.
23 Sobre ele chocalha a aljava,
A lâmina duma lança e um dardo.
24 Com retumbo e agitação devora a terra,
E não acredita que seja o som duma buzina.
25 Assim que toca a buzina diz: Eia!
E de longe cheira a batalha,
26 É devido à tua compreensão que esvoaça o falcão,
Que ele estende suas asas ao vento sulino?
27 Ou é às tuas ordens que a águia+ voa para cima
E que constrói o seu ninho no alto,+
28 Que ela reside num rochedo e passa a noite
No pico dum rochedo e num lugar inacessível?
40 E Jeová passou a responder a Jó e a dizer:
3 E Jó passou a responder a Jeová e a dizer:
5 Falei uma vez, e não vou responder;
E duas vezes, e não vou acrescentar nada.”
6 E Jeová prosseguiu, respondendo a Jó de dentro do vendaval+ e dizendo:
9 Ou acaso tens um braço igual ao do [verdadeiro] Deus,*+
E podes fazer trovejar com uma voz igual à sua?+
Pensa as suas próprias faces no lugar encoberto,
14 E eu, sim eu, te elogiarei,
Porque a tua direita pode salvar-te.
16 Eis que seu poder está nas suas ancas
E sua energia dinâmica+ nos cordões musculares do seu ventre.
17 Deixa pender a sua cauda como um cedro;
Os tendões das suas coxas estão entrelaçados.
18 Seus ossos são tubos de cobre;
Seus ossos fortes são como barras de ferro forjado.
20 Porque os próprios montes lhe produzem os seus produtos,+
E todas as feras do campo divertem-se ali.*
22 Os lódãos espinhosos mantêm-no bloqueado com a sua sombra;
Cercam-no os choupos do vale da torrente.
23 Quando o rio fica turbulento, não corre tomado de pânico.
Mantém-se confiante, mesmo que o Jordão+ irrompa contra a sua boca.
41 “Acaso podes puxar para fora o leviatã*+ com um anzol
Ou podes manter-lhe a língua abaixada com uma corda?
3 Far-te-á muitos rogos
Ou dir-te-á palavras suaves?
4 Concluirá contigo um pacto
Para que o tomes como escravo por tempo indefinido?
5 Divertir-te-ás com ele como se fosse um pássaro,
Ou o atarás para as tuas moças?
9 Eis que certamente ficará desapontada a expectativa que se tem dele.
Também se é arremessado para baixo à mera vista dele.
12 Não me calarei sobre as suas partes
Ou sobre a questão da [sua] potência e da graça das suas proporções.
15 Leiras de escamas são a sua altivez,
Fechadas como que por um selo apertado.
16 Uma se ajusta bem à outra,
E nem mesmo o ar pode penetrar entre elas.
18 Seus próprios espirros fazem brilhar a luz
E seus olhos são como os raios da alva.
19 Lampejos procedem da sua boca,
Sim, faíscas de fogo escapam.
20 Das suas narinas sai fumaça,
Igual a uma fornalha acesa com juncos.
23 As dobras da sua carne se apegam uma à outra;
Estão como que fundidas sobre ele, imóveis.
24 Seu coração é fundido como pedra,
Sim, fundido como a mó inferior.
26 Ao alcançá-lo, a própria espada não se mostra à altura,
Nem tampouco a lança, o dardo ou a ponta da flecha.+
30 Suas partes de baixo são como cacos pontiagudos;*
Estende sobre a lama um instrumento de debulhar.+
31 Faz as profundezas ferver como panela;
Faz o próprio mar igual a um pote de ungüento.
33 Sobre o pó não há quem lhe seja igual,
Alguém feito para não ter terror.
42 E Jó passou a responder a Jeová e a dizer:
3 ‘Quem é este que está obscurecendo o conselho sem conhecimento?’+
Por isso falei, mas não estava entendendo
Coisas maravilhosas demais para mim, as quais não conheço.+
7 E sucedeu que, depois de Jeová ter falado estas palavras a Jó, Jeová passou a dizer a Elifaz, o temanita:
“Minha ira se acendeu contra ti e contra os teus dois companheiros,+ pois não falastes a verdade+ a meu respeito assim como fez meu servo Jó. 8 E agora, tomai para vós sete novilhos e sete carneiros,+ e ide ao meu servo Jó,+ e tereis de oferecer um sacrifício queimado em vosso próprio favor; e o próprio Jó, meu servo, orará por vós.+ Somente aceitarei a face dele, para não cometer uma ignominiosa insensatez convosco, pois não falastes a verdade a meu respeito assim como fez meu servo Jó.”+
9 Por conseguinte, Elifaz, o temanita, e Bildade, o suíta, [e] Zofar, o naamatita, foram e fizeram assim como Jeová lhes falara; e, assim, Jeová aceitou a face de Jó.
10 E o próprio Jeová fez recuar a condição cativa de Jó+ quando ele orou a favor dos seus companheiros,+ e, adicionalmente, Jeová começou a dar em dobro+ tudo o que fora de Jó. 11 E foram ter com ele todos os seus irmãos e todas as suas irmãs, e todos os que antes o conheciam,+ e começaram a comer pão com ele+ na sua casa, e a compadecer-se dele, e a consolá-lo por toda a calamidade que Jeová deixara vir sobre ele; e passaram, cada um, a dar-lhe uma peça de dinheiro,* e, cada um, uma argola de ouro.
12 Quanto a Jeová, ele abençoou+ o fim posterior de Jó mais do que seu princípio,+ de modo que veio a ter quatorze mil ovelhas,* e seis mil camelos, e mil juntas de gado vacum, e mil jumentas. 13 Veio a ter também sete filhos e três filhas.+ 14 E ele foi chamar a primeira pelo nome de Jemima, e a segunda pelo nome de Quezia, e a terceira pelo nome de Querém-Hapuque. 15 E não se achavam em todo o país mulheres mais bonitas do que as filhas de Jó, e seu pai passou a dar-lhes uma herança entre os seus irmãos.+
16 Depois disso Jó continuou a viver por cento e quarenta anos,*+ e chegou a ver seus filhos e seus netos+ — quatro gerações. 17 E por fim morreu Jó, velho e saciado de dias.*+
“Homem.” Hebr.: ’ish.
“Jó.” Hebr.: ’I·yóhv, significando “Objeto de Hostilidade”. Não é o mesmo que weYóhv, “e Ió”, em Gên 46:13.
Ou “gado miúdo”, incluindo ovelhas e cabritos.
Lit.: “filhos do Oriente”.
Ou “cada um”. Hebr.: ’ish.
“Tenham . . . amaldiçoado” era a versão original. O texto foi mudado para rezar “tenham . . . abençoado”. LXX: “imaginado coisas más contra”; Sy: “injuriado”; Vg: “bendito”. Veja Ap. 2B.
“Filhos do.” Hebr.: benéh; LXX: “anjos”.
“Do [verdadeiro] Deus.” Hebr.: ha·’Elo·hím, com o artigo definido ha, “o”, precedendo ao título ’Elo·hím. Veja Ap. 1F.
Hebr.: has·Sa·tán, “o Opositor”. Usado nos capítulos 1 e 2. Esta é a primeira ocorrência de has·Sa·tán no M, embora sa·tán, “opositor”, sem o artigo definido ha, ocorra nove vezes antes disso, começando em Núm 22:22. Gesenius’ Hebrew Grammar (GK), sec. 126 d e e, declara: “O artigo, de modo geral, é empregado para determinar um substantivo sempre que seja exigido pelo grego e pelo inglês; assim: . . . (d) Quando termos que se aplicam a classes inteiras são restritos (simplesmente pelo uso) a determinados indivíduos . . . ou a coisas, ex. שָׂטָן adversário, הַשטָן o adversário, Satanás (Satã) . . .”
Veja v. 5 n.
Lit.: “face”. Veja 2Sa 17:11 n.: “pessoa”.
Lit.: “Sabá”.
“Vento.” Hebr.: rú·ahh. Veja Gên 1:2 n.: “ativa”.
“Os anjos”, LXX.
Veja 1:6 n.: “Satanás”.
“Sua alma (vida).” Hebr.: naf·shóh; gr.: psy·khés; lat.: á·ni·ma. Veja Ap. 4A.
Veja 1:5 n.
Veja v. 4 n.
Veja 1:12 n.
Veja 1:5 n.
“Um varão vigoroso.” Hebr.: ghá·ver.
“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah, sing. de ’Elo·hím. ’Elóh·ah ocorre 41 vezes em Jó e 16 vezes em outros livros do M. Veja De 32:15 n.: “Deus”.
Lit.: “sombra da morte”.
“Leviatã”, MSyVg; LXX: “o grande monstro marinho”.
“Pirâmides”, mediante uma correção.
“Do seu amo.” Hebr.: me·’adho·náv, pl. de ’a·dhóhn, para denotar excelência.
“Junto a um monte de pedras”, mediante uma ligeira correção do M, para corresponder à “sepultura” no mesmo v.
“Ao varão vigoroso.” Hebr.: leghé·ver. Veja v. 3 n.
Veja v. 4 n.
“Palavra.” Hebr.: dha·vár, usada 20 vezes em Jó.
“Tuas palavras.” Hebr.: mil·leí·kha, usada 34 vezes em Jó e apenas 4 vezes em outros livros.
Hebr.: ’ar·yéh. O leão africano.
Hebr.: la·ví’. O leão asiático.
“O homem mortal.” Hebr.: ha·’enóhsh. Veja 8:3 n.
“Do que . . . Deus.” Hebr.: me·’Elóh·ah.
Ou “anjos”.
Ou: “Esmigalham-se.”
“Qual dos santos anjos”, LXX.
Lit.: “Que [é] sua ceifa.”
Ou “até mesmo dos espinhos”.
“E [os] sedentos deveras [lhe] tiram seu leite”, mediante uma correção do M.
Ou “homem terreno”. Hebr.: ’a·dhám.
Lit.: “os filhos da chama”.
Ou “ao Divino”. Hebr.: ’El; LXX: “Jeová”.
Ou “pleito”.
“Deus.” Hebr.: ’Elo·hím, pl. de ’Elóh·ah, para denotar excelência e majestade; LXX: “Jeová”.
Lit.: “e não se pode escrutá[-las]”.
Ou “homem mortal”, como em 4:17. Hebr.: ’enóhsh.
“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.
Lit.: “mãos”.
“Jeová”, LXXVg.
“Expulsam-me do contato social”, mediante a transposição de duas letras no M.
“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.
Ou “onagro; jumento selvagem”.
“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.
Ou “minha vida [como alma]”. Hebr.: naf·shí; gr.: psy·khé.
Ou “amor leal”.
Lit.: “Sabá”.
“Repreensão.” No hebr., este é um verbo no infinitivo absoluto, indefinido quanto ao tempo e impessoal.
“Meu espírito.” Hebr.: ru·hhí; lat.: spí·ri·tus.
Ou “faças muito [caso] dele”.
Isto é, não estar nem por um instantinho sozinho. Veja Núm 4:20 n.
“Humanidade.” Hebr.: ha·’a·dhám.
“Ti”, LXX e o texto original hebr.; M: “mim”. Esta é uma das Dezoito Emendas feitas pelos soferins judaicos. Veja Ap. 2B.
“Deus.” Hebr.: ha·’Él. Aqui, ha é uma partícula interrogatória que introduz uma pergunta.
Segundo M; LXX: “ele escutará a tua súplica”.
“To dirão”, LXX; M: “te dirão”.
“Veredas”, M; LXX: “as coisas derradeiras (o resultado); o fim posterior”.
“Deus.” Hebr.: ’El; LXX: “Jeová”.
Ou “ímpio (profano)”; ou: “alguém apartado de Deus”.
Ou “teia”.
“Deus.” Hebr.: ’El.
“Deus.” Hebr.: ’El; LXX: “Jeová”.
“Ao sol.” Hebr.: la·hhé·res; gr.: he·lí·oi; lat.: só·li.
Lit.: “nos altos”.
“A constelação de Ás.” Hebr.: ‛Ash. Considerada por alguns como sendo a constelação da Ursa Maior.
“A constelação de Quesil.” Hebr.: Kesíl. Considerada por alguns como sendo a constelação de Órion (Caçador).
“E a constelação de Quima.” Hebr.: weKhi·máh. Considerada por alguns como sendo as Plêiades na constelação do Touro.
“Aquele que fez as Plêiades, e o Héspero, e Arcturo, e os depósitos do Sul”, LXX; Vg: “que faz Arcturo, e Órion, e as Híades e os quartos interiores do Sul”. Entende-se que os quartos interiores do Sul sejam as constelações abaixo do equador, no hemisfério sul.
“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah. Veja 3:4 n.
“Arremetedor.” Hebr.: rá·hav. Veja 26:12 n.
“Estar tomando.” No hebr., este é um verbo no infinitivo absoluto, indefinido quanto ao tempo, sendo usado aqui como objeto do verbo “conceder”.
“Ei-lo!” T; M: “Eis!”
“Minha própria boca”, MLXXSyVg; mediante uma correção do M: “sua própria boca”.
“Flagelo”, mediante outra derivação da palavra hebr.
Ou “palmas”.
“Não há”, MVg; LXX: “Se tão-somente houvesse.”
Ou “mediador”. Gr.: me·sí·tes, como em 1Ti 2:5.
“Comigo mesmo”, MVg; LXX: “com ele”.
“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.
Ou “palmas”.
Ou “amor leal”.
“Meu espírito (fôlego).” Hebr.: ru·hhí; gr.: pneú·ma; lat.: spí·ri·tum.
“Testemunhas”, MVg; LXX: “testes”; Sy: “armas”.
Ou “um turno de trabalho compulsório após outro está comigo”.
Ou: “Expire eu.”
Lit.: “sombra da morte”.
Lit.: “homem de lábios”.
“Homens.” Hebr.: methím, varões adultos.
Lit.: “dobradas”.
Lit.: “E sabe”, imperativo.
Veja v. 3 n.
“Até mesmo o homem.” Hebr.: we’ísh.
Ou “homem terreno”. Hebr.: ’a·dhám.
Lit.: “abrandarão tua face”.
Lit.: “Não caio atrás de vós.”
“Torno-me”, MVg; LXXSy: “Torna-se”.
“A Deus.” Hebr.: le·’Elóh·ah.
“Deus.” Hebr.: ’El.
“Um deus.” Hebr.: ’elóh·ah.
Ou: “Ou fala refletidamente à terra.” Mediante uma correção: “Ou aos répteis [ou: às feras] da terra.”
“Jeová”, MLXXSyVg; T(aram.): Yai.
“E o espírito (fôlego) de.” Hebr.: werú·ahh; gr.: pneú·ma; sir.: weru·hha’; lat.: spí·ri·tus.
“Homem.” Hebr.: ’ish.
Ou: “E não significa entendimento a extensão de dias?”
“Aquele que leva cativos os conselheiros”, LXX; Vg: “ele leva os conselheiros a um fim tolo”.
Mediante a mudança dos sinais vocálicos. Lit.: “disciplina”.
Ou “e faz rios perenes secar-se”.
Lit.: “lábio”.
Veja 12:3 n.
“Deus.” Hebr.: ’El.
“Ser parciais”, M; TSyVg: “tratá-lo com parcialidade”.
Ou “vossos parapeitos”.
“E . . . a minha própria alma.” Hebr.: wenaf·shí; gr.: psy·khén; lat.: á·ni·mam. Veja Jz 12:3; 1Sa 19:5.
Ou “eu não esperaria”, M; MmargemTSyVg: “por ele eu esperaria”.
Ou: “Isso”.
“Faças.” O verbo hebr. está no sing. para concordar com “tu”, “teu”, “tua” e “ti”, falando-se a Deus, nos vv. 20-27.
Lit.: “raízes dos”.
“Ele.” Isto é, Jó.
“Algo podre (podridão)”, MVg; LXX: “odre”; Sy: “bolsa de couro”.
Ou “homem terreno”. Hebr.: ’a·dhám.
Lit.: “se mantém de pé”. Veja Êx 9:16 n.: “existência”.
“Me”, M; LXXSyVg: “o”.
Ou: “Ninguém pode.”
Ou “deixe de existir”, como no v. 7.
Lit.: “ainda mudará”.
“Mas o varão vigoroso.” Hebr.: weghé·ver.
“O homem terreno.” Hebr.: ’a·dhám.
“Onde está ele?” MVg; LXXSy: “ele não existe mais”.
Lit.: “E homem.” Hebr.: we’ísh.
“Não acordará, nem despertará do seu sono”, Vg e mediante uma ligeira correção do M.
“No Seol.” Hebr.: bish·’óhl; gr.: haí·dei; sir.: ba·shiul; lat.: in·fér·no; isto é, a sepultura comum da humanidade. Veja Ap. 4B.
“O varão vigoroso.” Hebr.: gé·ver.
“Homem mortal.” Hebr.: ’enóhsh.
Ou: “Apenas a sua própria parentela (parentes carnais) continuará a penar por ele, e seus próprios escravos (almas adquiridas) continuarão a pranteá-lo.” Para contrastar “parentes carnais” com “almas adquiridas”, compare Gên 37:27 e Is 58:7 com Gên (12:5; 14:21; 36:6); Ez 27:13; Re 18:13 n.: “almas humanas”.
Lit.: “conhecimento de vento”. Hebr.: dha·‛ath-rú·ahh.
“Deus.” Hebr.: ’El.
Ou “tua boca ensina teu erro”. LXX: “tu és culpado pelas palavras da tua boca”; Sy: “tua boca ensina pecado”.
“Homem.” Hebr.: ’a·dhám.
“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.
“Deus.” Hebr.: ’El.
“Homem mortal.” Hebr.: ’enóhsh.
Ou “alimento”.
“Deus.” Hebr.: ’El.
“Adquisição.” O significado no M é incerto; LXX: “sombra”; Vg: “raiz”.
“Por um sopro de.” Hebr.: berú·ahh.
Lit.: “não no seu dia”.
Lit.: “dói [ofende]”.
“Junte eu palavras”, segundo outra derivação do verbo.
“Deus.” Hebr.: ’El.
Lit.: “um garoto”, M; LXXVg: “um injusto”.
Lit.: “sombra da morte”.
“E minha testemunha.” Hebr.: wesa·hadhí, considerado como estrangeirismo aram. Veja Gên 31:47 n.: “Jegar-Saaduta.”
“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.
“Homem.” Hebr.: ’a·dhám.
“Apenas anos contados”, LXX.
Ou “fôlego”. Veja 12:10 n.: “espírito”.
“Elas”, hebr. fem., referindo-se à “esperança”, mencionada duas vezes no v. 15.
“Seol.” Hebr.: she’ól; gr.: haí·den; lat.: in·fér·num. Veja Ap. 4B.
Ou “poder mágico”.
“Sua pele será consumida pela doença”, mediante uma ligeira correção do M.
“O primogênito da morte”, isto é, a doença mais mortífera.
“E . . . do solo produtivo.” Hebr.: u·mit·te·vél; lat.: et de ór·be, “e do círculo [terrestre]”.
“Deus.” Hebr.: ’El.
LXX acrescenta: “por dizer algo que não era necessário, e minhas declarações (pronunciações) estão enganadas (erram) e não são oportunas (a propósito)”.
“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah, sing. de ’Elo·hím.
Ou: “Meus parentes.”
“Meu . . . hálito (espírito).” Hebr.: ru·hhí; lat.: há·li·tum.
“E minha carne fica calva nos meus dentes”, mediante outra derivação do verbo e com algumas correções do M. Veja 13:14.
“De Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.
“Deus.” Hebr.: ’El.
“Meu redentor (resgatador).” Ampliando-se a idéia: “meu vingador (vindicador)”. Hebr.: gó·’ali; lat.: re·dém·ptor. Veja Núm 35:21; Sal 19:14; Pr 23:11; Is 63:16; Je 50:34.
Lit.: “Ainda que fora da minha carne”, ou: “Ainda à parte da minha carne.”
“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.
Segundo M; LXX: “acharemos nele”.
“Há um juiz”, T, e mediante sinais vocálicos diferentes no M (veja 1Sa 24:15); outros lhe dão a versão: “há um Todo-poderoso”.
Ou “Adão”. Hebr.: ’a·dhám.
“Deus.” Hebr.: ’El.
Lit.: “mão”.
“Arma de arremesso”, mediante uma correção; M: “Alguém puxou [duma arma].”
“Uma arma lampejante.” Lit.: “relâmpago (lampejo)”.
Ou: “O aumento de sua casa sumirá de roldão.”
Ou “homem terreno”. Hebr.: ’a·dhám.
“Da parte de Deus.” Hebr.: me·’Elo·hím.
“Da parte de Deus.” Hebr.: me·’El.
“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah. Veja 3:4 n.
Ou “que o adoremos (lhe prestemos serviço sagrado)”. Hebr.: na·‛av·dhén·nu.
Lit.: “mão”.
“Vento.” Hebr.: rú·ahh; gr.: a·né·mou; lat.: vén·ti.
“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.
“Até mesmo a Deus.” Hebr.: hal·’Él. Veja 22:2 n.: “Deus”.
“Ele é liberto”, mediante uma correção; M: “levado”, como no v. 32.
Ou “monte de feixes”.
Ou “todo homem terreno”. Hebr.: kol-’a·dhám.
“Um varão vigoroso.” Hebr.: gá·ver.
“Para . . . Deus.” Hebr.: hal·’Él. Aqui, ha é uma partícula interrogatória que introduz uma pergunta.
“Quanto ao homem.” Hebr.: we’ísh.
Lit.: “braço”.
“Estão esmigalhados”, M; TLXXSyVg: “esmigalhas”.
“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.
“Vê”, imperativo, M; LXXSy: “Ele vê”.
Ou “a cabeça das estrelas”, isto é, a estrela mais alta.
“Deus.” Hebr.: ’El.
Lit.: “homens [causadores] de prejuízo”. Hebr.: metheh-’á·wen.
“Ao [verdadeiro] Deus.” Hebr.: la·’Él; LXX: “Jeová”. Veja Ap. 1G.
“Contra nós”, LXXSy; M: “contra ele”.
“Nossos antagonistas”, M; mediante uma correção: “a propriedade deles”.
“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.
Possivelmente: “Deus socorrerá o inocente.” Lit.: “Socorrerá aquele que não é inocente.” M parece aqui defeituoso.
Lit.: “palmas”.
Ou “contra”. Veja Gên 10:9 n.: “oposição a”.
Ou “do meu adversário em juízo”, mediante uma correção.
“Eu me desvio”, SyVg.
“Passo”, M; LXX: “ordens”.
“Até mesmo . . . Deus.” Hebr.: we’Él.
“Junto com seu pastor”, LXX.
Ou “extraem azeite”.
“E . . . Deus.” Hebr.: we·’Elóh·ah.
Ou “ele vai como arrombador”.
“Sua vida”, LXXVg e três mss. hebr.; M: “vida”.
“Homem mortal.” Hebr.: ’enóhsh.
“Deus.” Hebr.: ’El.
Ou “homem terreno”. Hebr.: ’a·dhám.
“E o fôlego de quem.” Em hebr.: wenish·math-mí.
“Os impotentes na morte.” Hebr.: hor·fa·’ím; em ocorrências anteriores foi traduzido por “os refains”; LXXVg: “gigantes”.
“[O lugar de] destruição.” Hebr.: la·’avad·dóhn, “Abadon”, esta é a primeira ocorrência desta palavra hebr.; gr.: a·po·leí·ai; lat.: per·di·ti·ó·ni. Veja “Apolion” em Re 9:11 e as n. ali.
“Do trono.” Mediante sinais vocálicos diferentes: “de sua lua cheia”.
“Estende.” No hebr., a forma mista deste verbo é entendida como estando no infinitivo absoluto, indefinido quanto ao tempo e impessoal.
“O arremetedor.” Hebr.: rá·hav. Possivelmente um monstro marinho.
“Pelo seu vento (espírito).” Hebr.: beru·hhóh; lat.: spí·ri·tus.
“Deus.” Em hebr.: ’El.
“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.
“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.
“Deus.” Hebr.: ’El.
Ou “homem terreno”. Hebr.: ’a·dhám.
Ou “pão”.
Lit.: “morte”.
Ou “ele não será ajuntado”, M; LXXSy: “ele nada acrescentará”.
“Quais águas.” Ou: “Durante o dia”, mediante uma correção.
Ou “[alguém passando] pelo seu lugar assobiará contra este”.
“Alguns dos homens mortais.” Hebr.: me·’enóhsh.
Lit.: “os filhos do orgulho (da dignidade)”.
“Valor”, MSyVg; LXX: “caminho”.
Ou “águas empoladas”. Hebr.: tehóhm, como em Gên 1:2; gr.: á·bys·sos; lat.: a·býs·sus.
“Com ouro.” Hebr.: bekhé·them, um estrangeirismo egípcio.
“Ouro.” Hebr.: za·háv.
“Cus”, M(hebr.: Kush)Sy; LXXVg: “Etiópia”.
“Destruição.” Hebr.: ’avad·dóhn. Veja 26:6 n.
“Deus.” Hebr.: ’Elo·hím.
“Debaixo dos céus inteiros”, MSy; LXXVg: “tudo debaixo dos céus”.
“Para o vento.” Hebr.: la·rú·ahh; gr.: a·né·mon, pl.; lat.: vén·tis, pl.
Lit.: “a ela”, hebr. fem., referindo-se à sabedoria.
Ou “ao homem terreno”. Hebr.: la·’a·dhám.
Uma das 134 mudanças de YHWH para ’Adho·naí feitas pelos escribas. Veja Ap. 1B.
“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.
Lit.: “estava sendo despejada como correntes de azeite comigo”.
“Arrancava”, mediante uma ligeira correção; M: “arremetia”.
“Dentro do meu ninho.” Possivelmente: “Na minha velhice”, para concordar com LXX.
“Como pelo vento.” Hebr.: ka·rú·ahh. Veja Gên 1:2 n.: “ativa”.
“Luz do sol”, M; mediante uma correção: “consolo”.
“Na congregação.” Hebr.: vaq·qa·hál; gr.: ek·kle·sí·ai.
“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah; gr.: ho The·ós.
Lit.: “em balança de justiça”.
“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah; LXX: “Jeová”.
“Destruição.” Hebr.: ’avad·dóhn. Veja 26:6 n.
“Deus.” Hebr.: ’El.
“Deus.” Hebr.: ’El; gr.: Ky·rí·ou, “Jeová”.
“Ouro.” Hebr.: za·háv.
“Ou . . . ao ouro.” Hebr.: welak·ké·them. Veja 28:16 n.
Pelo visto, é uma alusão a se lançar um beijo com a mão, numa prática idólatra. Beijar ídolos é mencionado em 1Rs 19:18; Os 13:2.
“Fiquei agitado”, M; T: “fiz um barulho alegre”.
Lit.: “carne”.
“Vereda”, M; TLXXSyVg: “viajante”.
“Como um homem terreno (Adão; homem).” Hebr.: khe’a·dhám, possivelmente: “de homem; entre homens”.
Lit.: “sinal”, evidentemente por escrito, confirmando um documento legal.
Lit.: “homem”. Hebr.: ’ish.
Lit.: “seu poder”. Hebr.: ko·hháh.
“Seus”, isto é, “dele”, M; LXXSy: “seus”, isto é, “deles”.
Significando “Meu Deus É Ele”.
“Em vez de a Deus.” Hebr.: me·’Elo·hím; LXX: “Jeová”.
Originalmente: “Deus”. M: “Jó”. Os soferins judaicos mudaram no texto original “Deus” para “Jó”. Esta é uma das Dezoito Emendas. Veja Ap. 2B.
Ou “temi”. Hebr.: za·hhál·ti.
“Deus.” Hebr.: ’El.
“Homem.” Hebr.: ’ish.
“Homem terreno.” Hebr.: ’a·dhám.
“Minhas palavras.” Hebr.: mil·laí.
Lit.: “[todas as] minhas palavras”. Hebr.: deva·raí.
Lit.: “O . . . espírito de Deus.” Hebr.: ru·ahh-’Él.
“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.
“Deus.” Hebr.: ’El.
Ou “o homem terreno”. Hebr.: ’a·dhám.
“Do varão vigoroso.” Hebr.: mig·gé·ver.
“De desaparecer por meio duma arma de arremesso.” BHK propõe correções que fariam isso rezar: “de passar para o Seol”, paralelizando assim com “cova” na primeira parte do v.
“Aos que infligem a morte.” Mediante uma correção do M: “aos mortos”, ou: “ao lugar dos mortos”.
Ou “um anjo”. Lat.: án·ge·lus.
Ou “um intérprete”.
“Sua retidão”, M; LXX: “sua própria culpa. Ele mostrará a sua falta de entendimento”.
Ou “cobertura”. Hebr.: khó·fer.
“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah; LXX: “Jeová”.
“Ao homem mortal.” Hebr.: le·’enóhsh.
“Minha”, MLXXSy; MmargemTVg: “sua”.
“Deus.” Hebr.: ’El.
Segundo M; Sy: “para ver a luz”.
“Mas . . . Deus.” Hebr.: we’Él.
“Varão vigoroso.” Hebr.: ghé·ver.
“Deus.” Hebr.: ’Elo·hím; LXX: “Jeová”.
“Do [verdadeiro] Deus.” Hebr.: la·’Él; LXX: “Jeová”. Veja Ap. 1G.
“Homem terreno.” Hebr.: ’a·dhám.
“Homem.” Hebr.: ’ish.
“Deus.” Hebr.: ’El; LXX: “Jeová”.
“Solo produtivo.” Hebr.: te·vél; lat.: ór·bem, “círculo”, isto é, da terra.
“E o . . . homem terreno.” Hebr.: we’a·dhám.
“Dir-se-á.” No hebr., este verbo está no infinitivo construto, indefinido quanto ao tempo e impessoal.
Lit.: “rei: ‘Belial!’?”
Ou “de cada um”. Hebr.: ’ish, como no v. 23.
“Deus.” Hebr.: ’El.
Ou “um homem terreno”. Hebr.: ’a·dhám.
Ou: “Oh! que Jó seja provado.”
“Contra o [verdadeiro] Deus.” Hebr.: la·’Él. Veja Ap. 1G.
“Maior do que a de Deus.” Hebr.: me·’Él; LXX: “Jeová”.
“Companheiros”, M; LXX: “três amigos”.
“Contra um homem.” Hebr.: le’ísh.
“Homem terreno.” Hebr.: ’a·dhám.
“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.
“O Grandioso que . . . fez”, pl. no M, para denotar excelência e grandiosidade, embora “Deus” esteja no sing.
Ou “aos animais domésticos”.
“Deus.” Hebr.: ’El.
“Por Deus.” Hebr.: le·’Elóh·ah.
Ou “e . . . Àquele Que me Fez”. Hebr.: u·leFol·‛alí.
“Deus.” Hebr.: ’El.
Ou “boa motivação”. Veja 34:34.
Ou “pelo [descanso] da noite”.
“Deus.” Hebr.: ’El.
“Humanidade.” Hebr.: ’a·dhám.
Lit.: “luz”. Hebr.: ’ohr, o mesmo substantivo que no v. 30.
Lit.: “asas”.
“Deus.” Hebr.: ’El.
“Deus.” Hebr.: ’El.
Ou “está congelada”.
“Solo produtivo da”, M(hebr.: the·vél)T; lat.: ór·bis, “círculo”, isto é, da terra.
Simbolizando correção ou castigo.
Ou “amor leal”.
“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.
Ou “quando a terra sossega”.
“Quando o . . . vento.” Hebr.: werú·ahh. Veja Gên 1:2 n.: “ativa”.
Lit.: “ouro”. Hebr.: za·háv.
“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.
“Homens.” Hebr.: ’ana·shím, pl. de ’ish.
“Filhos de Deus.” Ou “semelhantes a Deus”. Hebr.: benéh ’Elo·hím; T: “os grupos de anjos”; LXX: “meus anjos”.
Ou “portas duplas”, como em 2Cr 14:7.
Isto é, ao mar.
“Fragmentar”, M; LXX: “pôr”.
Lit.: “asas”.
“Os iníquos.” Aqui, no M, a letra hebr. Aine )(ע acha-se suspensa como inserção, para indicar que a palavra deveria rezar “iníquos”, em vez de “pobres”. Veja Jz 18:30 n.: “Moisés”.
Lit.: “eles”.
Veja v. 13 n.: “iníquos”.
Ou “terreno arenoso”.
Ou “águas empoladas”. Veja 28:14 n.
Lit.: “sombra da morte”, M; LXX: “Hades”, isto é, a sepultura comum; T: “morte de Geena”.
“Geada”, LXX.
“Homem.” Hebr.: ’ish.
“Homem terreno.” Hebr.: ’a·dhám. Veja Gên 1:26 n.: “homem”.
Veja 9:9 n.: “constelação de Quima”.
Veja 9:9 n.: “constelação de Quesil”.
“A constelação de Mazarote.” Hebr.: Maz·za·róhth; gr.: Ma·zou·róth (como em 2Rs 23:5, onde a palavra foi traduzida por “constelações do zodíaco”); Sy: “constelação do Carro”; lat.: lu·cí·fe·rum, “portador de luz”.
Veja 9:9 n.: “constelação de Ás”.
“Nas camadas de nuvens.” Hebr.: bat·tu·hhóhth, cujo significado é incerto.
“Ao fenômeno celeste.” Hebr.: las·sékh·wi, cujo significado é incerto, mas parece referir-se a algum fenômeno celestial.
Lit.: “encher (saciar)”.
“Deus.” Hebr.: ’El.
Ou “soltando seus fetos”.
“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.
“Crina farfalhante”, M; T: “força”.
“Escarva”, LXXSyVg; M: “Escarvam.”
Lit.: “príncipes”. Hebr.: sa·rím.
“Acaso devia haver contenda.” No hebr., isto é um verbo no infinitivo absoluto, indefinido quanto ao tempo e impessoal.
“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.
“Imaginas que te tratei de outro modo senão que parecesses justo?”, LXX.
“Igual ao do [verdadeiro] Deus.” Hebr.: ka·’Él. Veja De 33:26 n.: “Deus”.
Ou “hipopótamo”. Hebr.: vehe·móhth, pl. de behe·máh (veja Gên 1:24 n.: “doméstico”); gr.: the·rí·a, “feras”; lat.(v. 10): Be·hé·moth.
“Deus.” Hebr.: ’El.
“Ele proporcionou alegria às criaturas quadrúpedes na profundeza [gr.: en toi tar·tá·roi, “no tártaro”]”, LXX. Veja Ap. 4D.
MLXX continuam este capítulo por mais oito vv.
“Leviatã”, M(hebr.: liw·ya·thán)Vg; LXX: “um dragão”.
Ou “o festejarão”.
Lit.: “cananeus”. Hebr.: kena·‛aním.
MLXX terminam aqui o capítulo 40.
Lit.: “freio”, M; LXX: “armadura imbricada [cota de malha]”.
“Face”, M; Sy: “boca”.
Lit.: “ao seu irmão”.
“Alma dele.” Hebr.: naf·shóh; gr.: psy·khé.
“Pula o desespero”, M; LXX: “corre a destruição”.
Lit.: “Um filho de arco.”
Ou “os cacos mais pontiagudos (afiados)”, segundo a expressão idiomática hebr.
“E a parte mais inferior da profundeza [gr.: ton de tár·ta·ron tes a·býs·sou, “o tártaro do abismo”] como cativo”, LXX. Veja Ap. 4D.
“Como cãs”, M; LXX: “como lugar para se andar”; Sy: “como a terra seca”.
Lit.: “todos os filhos de orgulho (dignidade)”.
Ou: “Num relato para o ouvido.”
Ou “deploro”.
Lit.: “dar-lhe um qesitah”. Moeda de valor desconhecido.
Veja 1:3 n.: “ovelhas”.
“Mas Jó viveu depois da praga cento e setenta anos; todos os [anos] que ele viveu foram duzentos e quarenta e oito [LXX,אB omitem “oito”] anos”, LXX.
LXX acrescenta: “E escreveu-se que ele se levantará de novo junto com aqueles que Jeová levantar. Este [homem] é descrito no livro siríaco como residindo na terra de Ausitis [Uz], nas fronteiras da Iduméia e da Arábia. E seu nome era anteriormente Jobabe. Depois de tomar uma esposa árabe, tornou-se pai dum filho cujo nome era Enom. Mas ele mesmo era filho de seu pai Zare, filho dos filhos de Esaú, mas [filho] de sua mãe Bosorra, de modo que era o quinto [na linhagem] de Abraão. E estes são os reis que reinavam em Edom, país de que ele também era governante: primeiro, Balaque, filho de Beor, e o nome de sua cidade era Denaba; mas depois de Balaque, Jobabe, o chamado Jó; mas depois deste, Asom, era governador desde o país de Taimanitis; mas depois deste, Adade, filho de Barade, que decepou Madiã na planície de Moabe, e o nome de sua cidade era Getaim. Mas os amigos que vieram a ele [eram] Elifaz, dos filhos de Esaú, rei dos taimanitas; Bildade, governante absoluto dos saucaianos; Zofar, rei dos minaianos.”