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  • Jó
  • Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências
Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências
Jó

Jó

1 Aconteceu haver na terra de Uz+ um homem* cujo nome era Jó;*+ e este homem mostrava ser inculpe+ e reto,+ e temia a Deus+ e desviava-se do mal.+ 2 E vieram nascer-lhe sete filhos e três filhas.+ 3 E seu gado+ chegou a ser de sete mil ovelhas,* e três mil camelos, e quinhentas juntas de gado vacum, e quinhentas jumentas, junto com um grande corpo de servos; e este homem veio a ser o maior de todos os orientais.*+

4 E seus filhos foram e realizaram um banquete+ na casa de cada um* [deles] no seu próprio dia; e mandaram convidar suas três irmãs para comerem e beberem com eles. 5 E dava-se que, tendo os dias de banquete completado o ciclo, Jó mandava santificá-los;+ e ele se levantava de manhã cedo e oferecia sacrifícios queimados+ segundo o número de todos eles; pois, dizia Jó, “meus filhos talvez tenham pecado e amaldiçoado*+ a Deus no seu coração”.+ Assim Jó fazia sempre.+

6 Ora, veio a ser o dia em que os filhos* do [verdadeiro] Deus*+ entraram para tomar sua posição perante Jeová,+ e até mesmo Satanás*+ passou a entrar no meio deles.+

7 Jeová disse então a Satanás: “Donde vens?” A isto respondeu Satanás a Jeová e disse: “De percorrer a terra+ e de andar nela.”+ 8 E Jeová prosseguiu, dizendo a Satanás: “Fixaste teu coração no meu servo Jó, que não há ninguém igual a ele na terra,+ homem inculpe+ e reto,+ temendo a Deus+ e desviando-se do mal?”+ 9 Então respondeu Satanás a Jeová e disse: “Acaso é por nada que Jó teme a Deus?+ 10 Não puseste tu mesmo uma sebe em volta dele,+ e em volta da sua casa, e em volta de tudo o que ele tem? Abençoaste o trabalho das suas mãos,+ e o próprio gado dele se tem espalhado pela terra. 11 Mas, ao invés disso, estende tua mão, por favor, e toca em tudo o que ele tem, [e vê] se não te amaldiçoará* na tua própria face.”+ 12 Por conseguinte, Jeová disse a Satanás: “Eis que tudo o que ele tem está na tua mão. Somente contra ele próprio não estendas a tua mão!” De modo que Satanás saiu de diante da pessoa* de Jeová.+

13 Ora, veio a ser o dia em que seus filhos e suas filhas comiam e bebiam vinho na casa de seu irmão, o primogênito.+ 14 E um mensageiro+ chegou a Jó e passou a dizer: “Aconteceu que o próprio gado vacum estava arando+ e as jumentas estavam pastando ao lado dele, 15 quando os sabeus*+ vieram fazer um assalto e os tomaram, e aos ajudantes golpearam com o fio da espada; e consegui escapar, somente eu sozinho, para te contar+ [isso].”

16 Falando ainda este, chegou outro e passou a dizer: “O próprio fogo de Deus caiu dos céus+ e passou a arder entre as ovelhas e os ajudantes, e foi consumi-los; e consegui escapar, somente eu sozinho, para te contar [isso].”

17 Falando ainda este, chegou outro e passou a dizer: “Os caldeus+ constituíram três bandos e foram investir contra os camelos e tomá-los, e aos ajudantes golpearam com o fio da espada; e consegui escapar, somente eu sozinho, para te contar [isso].”

18 Falando ainda este, chegou ainda outro e passou a dizer: “Teus filhos e tuas filhas estavam comendo e bebendo vinho+ na casa de seu irmão, o primogênito. 19 E eis que veio um grande vento*+ desde a região do ermo e passou a golpear os quatro cantos da casa, de modo que ela caiu sobre a gente moça e eles morreram. E consegui escapar, somente eu sozinho, para te contar [isso].”

20 E Jó passou a levantar-se e a rasgar+ a sua túnica sem mangas, e a raspar+ a cabeça, e a lançar-se por terra,+ e a curvar-se,+ 21 e passou a dizer:

“Nu saí do ventre de minha mãe+

E nu voltarei para lá.+

O próprio Jeová deu+ e o próprio Jeová tirou.+

Continue a ser abençoado o nome de Jeová.”+

22 Em tudo isso Jó não pecou, nem atribuiu a Deus algo impróprio.+

2 Depois veio a ser o dia em que os filhos* do [verdadeiro] Deus entraram para tomar a sua posição perante Jeová, e também Satanás* passou a entrar no meio deles para tomar a sua posição perante Jeová.+

2 Jeová disse então a Satanás: “Donde é que vens?” Então Satanás respondeu a Jeová e disse: “De percorrer a terra e de andar nela.”+ 3 E Jeová prosseguiu, dizendo a Satanás: “Fixaste teu coração no meu servo Jó,+ que não há ninguém igual a ele na terra, homem inculpe e reto,+ temendo a Deus+ e desviando-se do mal?+ Ele ainda se agarra à sua integridade,+ embora me instigues+ contra ele para tragá-lo sem causa.”+ 4 Mas, Satanás+ respondeu a Jeová e disse: “Pele por pele, e tudo o que o homem tem dará pela sua alma.*+ 5 Ao invés disso, estende agora tua mão, por favor, e toca-lhe até o osso e a carne, [e vê] se não te amaldiçoará* na tua própria face.”+

6 Por conseguinte, Jeová disse a Satanás: “Eis que está na tua mão! Somente cuida da própria alma* dele!” 7 Portanto, Satanás saiu de diante da pessoa* de Jeová+ e golpeou a Jó com um furúnculo+ maligno, desde a sola de seu pé até o alto da sua cabeça. 8 E este passou a tomar para si um caco para se raspar com ele; e estava sentado no meio de cinzas.+

9 Finalmente, sua esposa lhe disse: “Ainda te aferras à tua integridade?+ Amaldiçoa* a Deus e morre!” 10 Mas ele lhe disse: “Como fala uma das mulheres insensatas,+ também tu falas. Devemos aceitar apenas o que é bom da parte do [verdadeiro] Deus e não aceitar também o que é mau?”+ Em tudo isso não pecou Jó com os seus lábios.+

11 E três companheiros de Jó chegaram a ouvir toda esta calamidade que viera sobre ele e passaram a chegar, cada um de seu próprio lugar: Elifaz, o temanita,+ e Bildade, o suíta,+ e Zofar, o naamatita.+ Encontraram-se, pois, por combinação+ para chegarem e se compadecerem dele, e o consolarem.+ 12 Quando de longe levantaram os olhos, então não o reconheceram. E passaram a levantar a sua voz e a chorar, e a rasgar+ cada um a sua túnica sem mangas, e a atirar pó para os céus sobre as suas cabeças.+ 13 E ficaram sentados+ com ele na terra por sete dias e sete noites, e ninguém lhe falava uma palavra, pois viram que a dor+ era muito grande.

3 Foi depois disso que Jó abriu a boca e começou a invocar o mal sobre o seu dia.+ 2 Jó respondeu então e disse:

 3 “Pereça o dia em que vim a nascer,+

Também a noite em que alguém disse: ‘Foi concebido um varão vigoroso!’*

 4 Quanto àquele dia, torne-se ele escuridão.

Não olhe Deus* para ele, de cima,

Nem reluza sobre ele a luz do dia.

 5 Reivindiquem-no a escuridão e a sombra tenebrosa.*

Resida sobre ele uma nuvem de chuva.

Apavorem-no as coisas que escurecem o dia.+

 6 Aquela noite — levem-na as trevas;+

Não se regozije entre os dias do ano;

Não entre no meio do número dos meses lunares.

 7 Eis aquela noite — fique ela estéril;

Não entre nela nenhum grito jubiloso.+

 8 Maldigam-na praguejadores* do dia,

Os que estão prontos para despertar o leviatã.*+

 9 Escureçam-se as estrelas do seu crepúsculo;

Aguarde ela a luz e não haja nenhuma;

E não veja ela os raios da alva.

10 Pois não fechou as portas do ventre de minha [mãe],+

Escondendo assim dos meus olhos a desgraça.

11 Por que não passei a morrer desde a madre?+

[Por que não] saí do próprio ventre, expirando então?

12 Por que fui confrontado por joelhos,

E por que por peitos,+ para que eu mamasse?

13 Pois agora eu já estaria deitado para ter sossego;+

Então dormiria; estaria descansando+

14 Com reis e conselheiros da terra,+

Os que constroem para si lugares desolados,*+

15 Ou com príncipes que têm ouro,

Os que enchem as suas casas de prata;

16 Ou, igual a um aborto+ encoberto, não teria vindo à existência,

Como crianças que não viram a luz.+

17 Ali os próprios iníquos deixaram da agitação,+

E ali descansam os cansados de poder.+

18 Juntos, os próprios prisioneiros estão despreocupados;

Realmente não ouvem a voz de alguém os compelindo a trabalhar.+

19 Pequeno e grande são ali iguais,+

E o escravo está livre do seu amo.*

20 Por que dá ele luz ao que está em apuros

E vida aos de alma amargurada?+

21 Por que há os que esperam a morte, e ela não vem,+

Embora cavem por ela mais do que por tesouros escondidos?

22 Os que se alegram até o júbilo*

Exultam por terem achado uma sepultura.

23 [Por que dá ele luz] ao varão vigoroso,* cujo caminho está escondido,+

E a quem Deus* cerca ao redor?+

24 Pois, antes do meu alimento vem o meu suspiro,+

E meus bramidos se derramam como as águas;+

25 Porque tive pavor de uma coisa pavorosa, e ela está vindo sobre mim;+

E aquilo de que estou amedrontado vem a mim.

26 Não estive despreocupado, nem tive sossego,

Nem descansei, e ainda assim vem a agitação.”

4 E Elifaz,+ o temanita, passou a responder e a dizer:

 2 “Se alguém experimentar uma palavra* contigo, ficarás fatigado?

Mas quem pode restringir as palavras?

 3 Eis que corrigiste a muitos,+

E costumavas fortalecer as mãos fracas.+

 4 Tuas palavras* levantavam a quem tivesse tropeçado;+

E firmavas os joelhos que se dobravam.+

 5 Mas esta vez chega a ti, e ficas fatigado;

Toca até mesmo a ti, e ficas perturbado.

 6 Não é a tua reverência [a base da] tua confiança?

Não está a tua esperança na integridade+ dos teus caminhos?

 7 Lembra-te, por favor: Que inocente jamais pereceu?

E onde é que os retos+ foram eliminados?

 8 Segundo o que vi, os que projetam o que é prejudicial

E os que semeiam desgraça são os que a ceifarão.+

 9 Perecem pelo sopro de Deus

E têm seu fim pelo espírito da Sua ira.

10 Há o bramido dum leão* e a voz dum leãozinho,

Mas os dentes dum leão novo jubado deveras se quebram.

11 O leão perece por não haver presa

E os filhotes de leão* são separados um do outro.

12 Ora, falou-se-me furtivamente uma palavra,

E meu ouvido passou a captar um sussurro dela,+

13 Em pensamentos inquietantes das visões da noite,

Quando o sono profundo cai sobre os homens,

14 Veio sobre mim um pavor e um tremor,

E encheu a multidão dos meus ossos de pavor.

15 E mesmo um espírito passou sobre a minha face;

O pêlo da minha carne começou a eriçar-se.

16 Começou a parar,

Mas não reconheci seu aspecto;

Havia uma figura diante dos meus olhos;

Houve uma calmaria e eu ouvi então uma voz:

17 ‘O homem mortal* — pode ele ser mais justo do que o próprio Deus?*

Ou pode o varão vigoroso ser mais puro do que Aquele que o fez?’

18 Eis que ele não tem fé nos seus servos,

E a seus mensageiros* acusa de defeito.

19 Quanto mais com os que moram em casas de barro,

Cujo alicerce está no pó!+

São esmigalhados* mais depressa do que uma traça.

20 São esmiuçados desde a manhã até a noitinha;

Sem que alguém o tome [a peito], perecem para sempre.

21 Não foi retirada sua corda de tenda do seu íntimo?

Morrem por falta de sabedoria.

5 “Chama, por favor! Há quem te responda?

E para qual dos santos* te virarás?

 2 Pois ao tolo matará o vexame

E ao facilmente engodado fará morrer a inveja.

 3 Eu mesmo vi o tolo arraigar-se,+

Mas repentinamente comecei a maldizer seu lugar de permanência.

 4 Seus filhos permanecem longe da salvação+

E são esmigalhados no portão sem que alguém [os] livre.

 5 O que ele ceifa,* o faminto come;

E é tirado até mesmo dos ganchos do açougueiro,*

E uma armadilha realmente abocanha os seus meios de subsistência.*

 6 Pois o que é prejudicial não sai do mero pó,

E a desgraça não surge do mero solo.

 7 Porque o próprio homem* nasce para a desgraça,

Como as próprias faíscas* voam para cima.

 8 No entanto, eu mesmo me dirigiria a Deus*

E poria minha causa* diante de Deus,*+

 9 Aquele que faz grandes coisas inescrutáveis,*

Inúmeras coisas maravilhosas;+

10 Aquele que dá chuva à superfície da terra+

E envia águas sobre os descampados;+

11 Aquele que coloca os rebaixados em lugar alto,+

De modo que os entristecidos se acham elevados em salvação;

12 Aquele que frustra os ardis dos arguciosos,+

De modo que suas mãos não trabalham com eficiência;

13 Aquele que apanha os sábios na sua própria astúcia,+

De modo que o conselho dos astutos se precipita;+

14 Encontram escuridão até mesmo de dia

E andam às apalpadelas ao meio-dia como se fosse noite;+

15 E Aquele que salva da espada que lhes sai da boca

E da mão do forte, ao pobre,+

16 De modo que vem a haver esperança para o de condição humilde,+

Mas a injustiça fecha realmente a boca.+

17 Eis que feliz é o homem* a quem Deus* repreende;+

E não rejeites a disciplina do Todo-poderoso!

18 Pois ele mesmo causa dor, mas pensa [a ferida];

Ele despedaça, mas as suas próprias mãos curam.

19 Em seis aflições te livrará,+

E em sete, nada de nocivo te tocará.+

20 Durante a fome ele certamente te remirá da morte,+

E durante a guerra, do poder* da espada.

21 Do chicote da língua ficarás escondido,+

E não terás medo da assolação, quando vier.

22 Tu te rirás da assolação e da fome,

E não precisarás ter medo da fera da terra.

23 Pois o teu pacto será com as pedras do campo

E se fará que a própria fera do campo viva em paz contigo.+

24 E certamente saberás que a própria paz está na tua tenda,

E forçosamente irás e verás o teu pastio, e não terás carência.

25 E hás de saber que a tua descendência é numerosa+

E teus descendentes são como a vegetação da terra.+

26 Chegarás em vigor à sepultura,+

Como quando os feixes se empilham no seu tempo.

27 Eis que foi isto o que investigamos. Assim é.

Ouve-o, e tu — saiba-o tu mesmo.”

6 E Jó passou a responder e a dizer:

 2 “Se tão-somente se pesasse cabalmente o meu vexame+

E ao mesmo tempo se pusesse na própria balança a minha adversidade!

 3 Pois agora ela é mais pesada do que mesmo as areias dos mares.

Por isso é que as minhas próprias palavras foram conversa irrefletida.+

 4 Porque estão comigo as flechas do Todo-poderoso,*+

Sendo sua peçonha sorvida por meu espírito;+

Enfileiram-se contra mim* os terrores da parte de Deus.*+

 5 Zurrará a zebra*+ por causa da relva,

Ou mugirá o touro por causa da sua forragem?

 6 Comer-se-ão coisas insípidas sem sal,

Ou há sabor na seiva viscosa da altéia?

 7 Minha alma se negou a tocar [quaisquer coisas].

São como moléstia no meu alimento.

 8 Quem me dera que chegasse o que pedi

E que Deus* me concedesse mesmo a minha esperança!

 9 E que Deus se resolvesse e me esmigalhasse.

Que soltasse a sua mão e desse cabo de mim!+

10 Mesmo assim seria meu consolo;

E eu pularia [de alegria]+ por causa das [minhas] dores de parto,

[Embora] ele não tivesse compaixão, pois não ocultei as declarações+ do Santo.+

11 Qual é meu poder, que eu deva continuar a esperar?+

E qual é meu fim, que eu deva prolongar a minha alma?*

12 É meu poder o poder das pedras?

Ou é a minha carne de cobre?

13 Acaso não há em mim auxílio próprio,

E foi afugentado de mim o trabalho eficiente?

14 Quem recusar ao seu próximo a benevolência,*+

Abandonará também o próprio temor do Todo-poderoso.+

15 Meus próprios irmãos agiram traiçoeiramente,+ iguais a uma torrente hibernal,

Como o rego das torrentes hibernais que estão passando.

16 Turvas por causa do gelo,

Oculta-se sobre elas a neve.

17 No tempo devido ficam sem água,+ foram silenciadas;

Quando esquenta, secam-se do seu lugar.+

18 As veredas do seu caminho são desviadas;

Sobem ao lugar deserto e perecem.

19 As caravanas de Tema+ olharam,

A companhia viajante de sabeus*+ as aguardou.

20 Certamente estão envergonhados por terem confiado;

Chegaram até o lugar e ficaram desapontados.+

21 Pois agora viestes a ser nada;+

Vedes terror e ficais com medo.+

22 É porque eu disse: ‘Dai-me [algo],

Ou dai-me um presente do vosso poder;

23 E salvai-me da mão dum adversário,+

E deveis remir-me da mão de tiranos’?+

24 Instruí-me, e eu, da minha parte, ficarei calado;+

E fazei-me entender que engano cometi.+

25 As declarações de retidão — elas não foram penosas!+

Mas o que repreende a repreensão* da vossa parte?+

26 É para repreender palavras que estais maquinando,

Sendo que as declarações dum desesperado+ são apenas para o vento?+

27 Quanto mais lançareis sortes sobre o órfão de pai+

E regateareis o vosso companheiro!+

28 E agora, prossegui, prestai atenção a mim

E [vede] se vou mentir+ na vossa própria face.

29 Voltai, por favor — não surja injustiça —

Sim, voltai — ainda há nisso a minha justiça.+

30 Há injustiça na minha língua

Ou não discerne o meu próprio paladar a adversidade?

7 “Não há trabalho compulsório+ para o homem mortal na terra,

E não são os seus dias como os dias dum trabalhador contratado?+

 2 Como o escravo ele está suspirando pela sombra,+

E como o trabalhador contratado aguarda ele a sua remuneração.+

 3 Assim se fez que eu tivesse meses lunares fúteis,+

E proporcionaram-me noites de desgraça.+

 4 Ao deitar-me, eu disse também: ‘Quando me levantarei?’+

E [quando] a noitinha realmente completou a sua medida, eu também me fartei de desassossego até o crepúsculo matutino.

 5 Minha carne ficou revestida de gusanos+ e de pó encrostado;+

Minha própria pele tem formado crostas e se dissolve.+

 6 Os meus próprios dias ficaram mais velozes+ do que a lançadeira do tecelão

E se acabam sem esperança.+

 7 Lembra-te de que a minha vida é vento;+

Que meu olho não verá mais o que é bom.

 8 O olho daquele que me vê não me avistará;

Teus olhos estarão [fixos] em mim, mas eu não existirei.+

 9 A nuvem certamente acaba e vai embora;

Assim não subirá aquele que desce ao Seol.+

10 Não mais retornará à sua casa,

E seu lugar não mais o reconhecerá.+

11 Tampouco eu refrearei a minha boca.

Vou falar na aflição do meu espírito;*

Vou ocupar-me com a amargura da minha alma!+

12 Sou eu algum mar ou um monstro marinho,

Que ponhas uma guarda+ sobre mim?

13 Quando eu disse: ‘Meu divã me consolará,

Minha cama ajudará a carregar a minha preocupação’,

14 Tu até mesmo me aterrorizaste com sonhos,

E por meio de visões me assustas,

15 De modo que a minha alma escolhe a sufocação,

A morte+ em vez de meus ossos.

16 Eu rejeitei [isso];+ não viveria por tempo indefinido.

Deixa-me, porque os meus dias são uma exalação.+

17 Que é o homem mortal,+ que o faças crescer,*

E que fixes nele teu coração,

18 E cada manhã voltes a atenção para ele,

Para o provares+ a cada instante?

19 Por que não deixas de atentar em mim,+

Nem me deixas sozinho até eu engolir a minha saliva?*

20 Se pequei, que posso conseguir contra ti, o Observador da humanidade?*+

Por que me tomaste por teu alvo, para que eu me tornasse uma carga para ti?*

21 E por que não me perdoas a transgressão+

E passas por alto o meu erro?

Pois agora me deitarei no pó;+

E certamente estarás à minha procura, mas não existirei.”

8 E Bildade, o suíta,+ passou a responder e a dizer:

 2 “Até quando enunciarás estas coisas,+

Visto que as declarações da tua boca são apenas um forte vento?+

 3 Perverteria o próprio Deus* o juízo,+

Ou perverteria o próprio Todo-poderoso a justiça?+

 4 Se os teus próprios filhos pecaram contra ele,

De modo que ele os deixa cair na mão da sua revolta,

 5 Se tu mesmo estivesses à procura de Deus+

E do Todo-poderoso implorasses favor,

 6 Se fosses puro e reto,+

Ele já teria agora despertado para ti*

E certamente te restauraria teu justo lugar de permanência.

 7 Também, teu princípio talvez se tenha mostrado uma coisa pequena,

Mas o teu próprio fim posterior se tornaria muito grande.+

 8 Deveras, pergunta, por favor, à geração anterior,+

E dirige [tua atenção] às coisas esquadrinhadas por seus pais.+

 9 Pois somos apenas de ontem+ e não sabemos nada,

Porque os nossos dias na terra são uma sombra.+

10 Não te instruirão eles mesmos, não to dirão,*

E não farão sair palavras do seu coração?

11 Acaso o papiro+ cresce alto sem brejo?

Acaso a cana se torna grande sem água?

12 Ainda em gomo, não arrancado,

Secar-se-á mesmo antes que toda outra erva.+

13 Assim são as veredas* de todos os que se esquecem de Deus,*+

E perecerá a própria esperança do apóstata,*+

14 Cuja absoluta confiança é cortada,

E cuja confiança é uma casa* de aranha.+

15 Encostar-se-á na sua casa, mas ela não ficará de pé;

Agarrar-se-á a ela, mas ela não durará.

16 Ele está cheio de viço diante do sol,

E no seu jardim sai o seu próprio rebento.+

17 Num montão de pedras se entrelaçam as suas raízes,

Ele observa uma casa de pedras.

18 Se alguém o tragar do seu lugar,+

Certamente o negará então, [dizendo:] ‘Não te vi.’+

19 Eis que assim se dissolve o seu caminho;+

E do pó surgem outros.

20 Eis que o próprio Deus* não rejeitará o inculpe,

Nem agarrará a mão de malfeitores,

21 Até encher tua boca de riso

E teus lábios de gritos de alegria.

22 Os mesmos que te odeiam serão revestidos de vergonha,+

E a tenda dos iníquos não existirá.”

9 E Jó passou a responder e a dizer:

 2 “De fato, sei que é assim.

Mas como pode o homem mortal ter razão num caso com Deus?*+

 3 Caso se agrade em contender com ele,+

Não lhe poderá responder uma vez em mil.

 4 Ele é sábio de coração e forte em poder.+

Quem pode ser obstinado com ele e sair ileso?+

 5 Ele transfere montes,+ de modo que as pessoas nem sabem [deles],

Ele é quem os subverteu na sua ira.+

 6 Faz a terra sair abalada do seu lugar,

De modo que estremecem as suas próprias colunas.+

 7 Ele diz ao sol* que não raie,

E põe selo em volta das estrelas,+

 8 Estendendo sozinho os céus+

E pisando nas ondas altas* do mar;+

 9 Fazendo a constelação de Ás,* a constelação de Quesil,*

E a constelação de Quima,*+ e os quartos interiores do Sul;*

10 Fazendo grandes coisas inescrutáveis+

E inúmeras coisas maravilhosas.+

11 Eis que ele passa por mim e eu não [o] vejo,

E passa adiante e eu não o discirno.+

12 Eis que ele arrebata. Quem lhe pode resistir?

Quem lhe dirá: ‘Que estás fazendo?’+

13 O próprio Deus* não fará voltar a sua ira;+

Abaixo dele têm de encurvar-se os ajudadores dum arremetedor.*+

14 Quanto mais caso eu mesmo lhe respondesse!

Vou escolher as minhas palavras para com ele,+

15 A quem eu não responderia, mesmo que realmente tivesse razão.+

Eu imploraria o favor de meu oponente.+

16 Se eu o chamasse, acaso me responderia?+

Não acredito que dê ouvidos à minha voz;

17 Aquele que me esmaga com uma tempestade

E certamente multiplica os meus ferimentos por razão alguma.+

18 Não me concederá estar tomando* novo fôlego,+

Pois me farta de coisas amargas.

19 Se há alguém forte em poder, ei[-lo]!*+

E se há [alguém forte] em justiça, tomara que eu seja convocado!

20 Se eu tivesse razão, minha própria boca* me pronunciaria iníquo;

Se eu fosse inculpe, então ele me declararia pervertido.

21 Se eu fosse inculpe, eu não reconheceria a minha alma;

Eu recusaria a minha vida.

22 Uma coisa há. Por isso é que deveras digo:

‘Ao inculpe, também ao iníquo, ele leva ao seu fim.’+

23 Se uma enxurrada* causasse repentinamente a morte,

Ele caçoaria do próprio desespero do inocente.

24 A própria terra foi entregue na mão do iníquo;+

Ele encobre a face dos seus juízes.

Se não [ele], então quem?

25 Também os meus próprios dias ficaram mais velozes do que um corredor;+

Fugiram; certamente não verão o que é bom.

26 Passaram adiante como barcos de canas,

Como a águia que se lança velozmente de um lado para outro [em busca] de algo para comer.+

27 Quando eu disse: ‘Vou esquecer-me da minha preocupação,+

Vou alterar meu semblante+ e ser risonho’,

28 Fiquei amedrontado com todas as minhas dores;+

Sei deveras que não me terás por inocente.

29 Eu mesmo hei de tornar-me iníquo.

Por que é que labuto apenas em vão?+

30 Se eu realmente me lavasse em água de neve

E realmente limpasse as minhas mãos* em potassa,+

31 Então me mergulharias numa cova,

E meus mantos certamente me detestariam.

32 Pois ele não é homem+ igual a mim [para] eu lhe responder,

Para entrarmos juntos em julgamento.

33 Não há* pessoa para decidir* entre nós,+

Que ponha a mão em nós dois.

34 Remova ele de mim a sua vara,+

E não me apavore a sua terribilidade.

35 Vou falar e não ter medo dele,

Pois não estou disposto a isso no meu íntimo.

10 “Minha alma certamente se enfada da minha vida.+

Vou externar a minha preocupação comigo mesmo.*

Vou falar na amargura da minha alma!

 2 Direi a Deus:* ‘Não me pronuncies iníquo.

Faze-me saber por que é que contendes comigo.

 3 É bom para ti fazeres o errado,+

Rejeitares [o fruto da] labuta das tuas mãos,*+

E realmente reluzires sobre o conselho dos iníquos?

 4 Acaso tens olhos+ de carne,

Ou vês assim como o homem mortal vê?+

 5 São os teus dias como os dias do homem mortal,+

Ou os teus anos iguais aos dias dum varão vigoroso,

 6 Que tentes achar o meu erro

E continues a procurar o meu pecado?+

 7 Isso apesar de saberes que não estou em erro,+

E não há quem livre da tua própria mão?+

 8 As tuas próprias mãos me modelaram, de modo que me fizeram+

Em inteireza, em toda a volta, e ainda assim me tragarias.

 9 Lembra-te, por favor, de que me fizeste de barro+

E ao pó me farás voltar.+

10 Não passaste a despejar-me como o próprio leite

E a coalhar-me como o queijo?+

11 De pele e carne passaste a vestir-me,

E com ossos e tendões passaste a tecer-me.+

12 Vida e benevolência* fizeste comigo;+

E teu próprio cuidado+ guardou meu espírito.*

13 E estas coisas escondeste no teu coração.

Bem sei que estas coisas estão contigo.

14 Se pequei e tu me estavas vigiando,+

E do meu erro não me tens por inocente;+

15 Se realmente estou errado, ai de mim!+

E [se] realmente tenho razão, não posso levantar minha cabeça,+

Empanturrado de desonra e saturado de tribulação.+

16 E [se] ela agir altaneiramente,+ tu me caçarás como leãozinho+

E te mostrarás novamente maravilhoso no meu caso.

17 Produzirás novas testemunhas* tuas na minha frente

E farás maior teu vexame comigo;

Trabalhos e mais trabalhos estão comigo.*

18 Portanto, por que me fizeste sair da madre?+

Se pudesse ter expirado,* que nem mesmo um olho me pudesse ter visto,

19 Aí eu me teria tornado como se não tivesse vindo a existir;

Teria sido levado do ventre à sepultura.’

20 Não são poucos os meus dias?+ Que desista de mim,

Que deixe de atentar para mim, a fim de que eu fique um pouco risonho+

21 Antes de ir-me embora — e não voltarei+ —

Para a terra de escuridão e de sombra tenebrosa,*+

22 Para a terra de obscuridade igual às trevas, de sombra tenebrosa

E de desordem, onde não reluz mais do que as trevas [reluzem].”

11 E Zofar, o naamatita,+ passou a responder e a dizer:

 2 “Ficará a multidão de palavras sem resposta,

Ou terá razão o mero bazofiador?*

 3 Acaso teu palavrório oco fará os homens* calar-se,

E continuarás a caçoar sem que alguém [te] reprove?+

 4 Também, dizes: ‘Meu ensinamento+ é puro

E mostrei ser realmente limpo+ aos teus olhos.’

 5 No entanto, se tão-somente o próprio Deus falasse

E abrisse seus lábios para contigo!+

 6 Então te comunicaria os segredos da sabedoria,

Porque são múltiplas* as coisas da sabedoria prática.

Também saberias* que Deus permite que seja esquecida parte do teu erro.+

 7 Acaso podes descobrir as coisas profundas de Deus,+

Ou podes descobrir o próprio limite do Todo-poderoso?

 8 É mais alta do que o céu. Que podes tu conseguir?

É mais profunda do que o Seol.+ Que podes tu saber?

 9 É mais extensa do que a terra em medida

E mais larga do que o mar.

10 Se ele passa adiante e entrega [alguém],

E convoca um tribunal, então quem lhe pode resistir?

11 Pois ele mesmo conhece muito bem os homens* que não são verazes.+

Quando vê o que é prejudicial, não se mostrará também atento?

12 Até mesmo o homem* [de cabeça] oca terá bom motivo

Assim que uma zebra asinina nascer como homem.*

13 Se tu mesmo realmente preparares teu coração

E realmente estenderes as palmas das tuas mãos para ele,+

14 Se houver na tua mão o que é prejudicial, ponha-o para longe,

E não deixes nenhuma injustiça morar nas tuas tendas.

15 Pois então levantarás a tua face sem defeito+

E certamente ficarás estabelecido, e não temerás.

16 Pois tu — tu te esquecerás da própria desgraça;

Lembrar-te-ás [dela] como que de águas que passaram adiante.

17 E mais clara que o meio-dia surgirá a duração da [tua] vida;+

A escuridão se tornará igual à própria manhã.+

18 E forçosamente terás confiança porque há esperança;

E hás de olhar cuidadosamente em volta — deitar-te-ás em segurança.+

19 E tu te espicharás sem que alguém [te] faça tremer.

E muitos certamente te farão ficar com disposição branda;*+

20 E falharão os próprios olhos dos iníquos;+

E perecerá deles o lugar de refúgio,+

E sua esperança será a expiração da alma.”+

12 E Jó passou a responder e a dizer:

 2 “De fato, vós sois o povo,

E a sabedoria morrerá convosco!+

 3 Também eu tenho um coração+ igual a vós.

Não sou inferior a vós,*+

E com quem não há coisas como estas?

 4 Torno-me* [alguém que é] alvo de riso para o seu próximo,+

Invocando a Deus* para que lhe responda.+

O justo, o inculpável, é alvo de riso.

 5 Em pensamento, o despreocupado tem desprezo pela extinção;+

Ela é preparada para os que têm pés vacilantes.+

 6 As tendas dos assoladores estão despreocupadas,+

E os que enfurecem a Deus* têm a segurança

Pertencente àquele que trouxe um deus* na sua mão.+

 7 No entanto, pergunta, por favor, aos animais domésticos, e eles te instruirão;+

Também às criaturas aladas dos céus, e elas te informarão.+

 8 Ou mostra à terra a tua preocupação,* e ela te instruirá;+

E os peixes do mar+ to declararão.

 9 Qual entre todos estes não sabe muito bem

Que a própria mão de Jeová* fez isso,+

10 Tendo ele na mão a alma+ de todo o vivente

E o espírito* de toda a carne de homem?*+

11 Não faz o próprio ouvido a prova das palavras+

Assim como o paladar+ saboreia a comida?

12 Não há sabedoria entre os idosos+

E entendimento [na] extensão dos dias?*

13 Com ele há sabedoria e potência;+

Ele tem conselho e entendimento.+

14 Eis que ele derruba para que não se construa;+

Fecha-o ao homem para que não se abra.+

15 Eis que ele retém as águas e elas se secam;+

E envia-as, e elas transformam a terra.+

16 Com ele há força e sabedoria prática;+

A ele pertence quem comete engano e quem transvia;+

17 Faz os conselheiros ir descalços,*+

E faz os próprios juízes endoidecer.

18 Solta realmente as ligaduras* de reis,+

E prende um cinto sobre os seus quadris.

19 Faz os sacerdotes andar descalços,+

E transtorna os assentados permanentemente;*+

20 Remove dos fiéis a fala,*

E tira de homens idosos a sensatez;

21 Derrama desprezo sobre os nobres,+

E realmente enfraquece a cinta dos potentes;

22 Da escuridão desvenda coisas profundas,+

E traz à luz a sombra tenebrosa;

23 Fazendo as nações tornar-se grandes, para as destruir;+

Estendendo as nações, para levá-las embora;

24 Retirando o coração dos cabeças do povo da terra,

Para fazê-los vagar num lugar deserto+ onde não há caminho.

25 Andam às apalpadelas na escuridão+ onde não há luz,

Para que ele os faça vagar como um bêbedo.+

13 “Eis que meu olho viu tudo isto,

Meu ouvido o ouviu e o considera.

 2 O que vós sabeis, eu também sei muito bem;

Não sou inferior a vós.*+

 3 No entanto, eu, da minha parte, falaria ao próprio Todo-poderoso,+

E me agradaria em argumentar com Deus.*

 4 Por outro lado, vós sois homens que besuntam com falsidade;+

Todos vós sois médicos sem valor algum.+

 5 Se tão-somente ficásseis absolutamente calados,

Para que mostrasse ser sabedoria da vossa parte!+

 6 Ouvi, por favor, os meus contra-argumentos,+

E prestai atenção ao pleitear dos meus lábios.

 7 Acaso falareis injustiça para com o próprio Deus,

E falareis dolo+ para ele?

 8 Sereis parciais+ com ele,

Ou contendereis em juízo pelo [verdadeiro] Deus?

 9 Porventura seria bom que ele vos sondasse?+

Ou o ludibriareis assim como se ludibria o homem mortal?

10 Ele decididamente vos repreenderá+

Se tentardes às escondidas ser parciais;*+

11 Não vos assustará a sua própria dignidade,

E não cairá sobre vós o próprio pavor dele?+

12 Vossas declarações memoráveis são provérbios de cinzas;

Os umbigos dos vossos escudos* são umbigos de barro.+

13 Calai-vos diante de mim, para que eu mesmo fale,

Então venha sobre mim o que vier!

14 Por que carrego a minha carne nos meus dentes

E coloco a minha própria alma* na palma da minha mão?+

15 Mesmo que me matasse, não esperaria eu?*+

Eu apenas argumentaria à sua face em prol dos meus próprios caminhos.

16 Ele* seria também a minha salvação,+

Pois nenhum apóstata entrará diante dele.+

17 Ouvi cabalmente a minha palavra,+

E tende nos ouvidos a minha declaração.

18 Por favor, eis que apresentei um pleito judicial;+

Bem sei que eu é que tenho razão.

19 Quem contenderá comigo?+

Pois, se eu ficasse agora calado, simplesmente expiraria!

20 Apenas não me faças* duas coisas;

Neste caso não me esconderei só por tua causa;+

21 Põe longe de mim a tua própria mão,

E não me apavore o horror de ti.+

22 Ou chama para que eu mesmo responda,

Ou fale eu, e replica-me tu.

23 De que modo tenho erros e pecados?

Faze-me saber a minha própria revolta e o meu próprio pecado.

24 Por que escondes a tua própria face+

E me consideras teu inimigo?+

25 Farás estremecer a mera folha impelida [pelo vento]

Ou irás no encalço de mero restolho seco?

26 Pois continuas a escrever contra mim coisas amargas+

E me fazes possuir [as conseqüências dos] erros da minha mocidade.+

27 Manténs também meus pés no tronco,+

E vigias todas as minhas veredas;

Traças a tua própria linha para a planta* dos meus pés.

28 E ele* é como algo podre* que se gasta;+

Como roupa que a traça realmente consome.+

14 “O homem,* nascido de mulher,+

É de vida curta+ e está empanturrado de agitação.+

 2 Como a flor, ele brota e é cortado,+

E foge como a sombra+ e não permanece em existência.*

 3 Sim, sobre este abriste teu olho,

E me* levas a juízo+ contigo.

 4 Quem pode, de alguém impuro, produzir alguém puro?+

Nem sequer um.*

 5 Se os seus dias estiverem determinados,+

Há contigo o número dos seus meses;

Fizeste para ele um decreto para que não vá além.

 6 Deixa de atentar nele para que descanse,*+

Até que ache prazer, como o trabalhador contratado no seu dia.

 7 Pois até mesmo para uma árvore há esperança.

Se for decepada, brotará novamente,*+

E seu próprio rebento não deixará de existir.

 8 Caso a sua raiz envelheça na terra

E morra no pó o seu toco,

 9 Ao cheiro da água florescerá,+

E certamente produzirá um ramo como planta nova.+

10 Mas o varão vigoroso* morre e jaz prostrado;

E o homem terreno* expira, e onde está ele?*+

11 As águas deveras desaparecem do mar,

E o próprio rio se escoa e seca.+

12 O homem também* tem de deitar-se e não se levanta.+

Não acordarão até que não haja mais céu,+

Nem serão despertados do seu sono.*+

13 Quem dera que me escondesses no Seol,*+

Que me mantivesses secreto até que a tua ira recuasse,

Que me fixasses um limite+ de tempo e te lembrasses de mim!+

14 Morrendo o varão vigoroso,* pode ele viver novamente?+

Esperarei todos os dias do meu trabalho compulsório,+

Até vir a minha substituição.+

15 Tu chamarás e eu mesmo te responderei.+

Terás saudades do trabalho das tuas mãos.

16 Porque agora estás contando até os meus passos;+

De nada cuidas senão do meu pecado.+

17 Minha revolta está selada numa bolsa,+

E passas cola sobre o meu erro.

18 No entanto, o próprio monte, caindo, se desvanecerá,

E até mesmo a rocha será mudada do seu lugar.

19 A água certamente desgasta até mesmo as pedras;

Suas enxurradas levam embora o pó da terra.

Assim destruíste a própria esperança do homem mortal.*

20 Tu o levas de vencida para sempre, de modo que ele se vai embora;+

Desfiguras-lhe a face, mandando-o embora.

21 Seus filhos são honrados, mas ele não [o] sabe;+

E tornam-se insignificantes, mas ele não os considera.

22 Apenas a sua própria carne, enquanto estiver nele, continuará a sentir dores,

E a sua própria alma, enquanto estiver nele, continuará a prantear.”*

15 E Elifaz, o temanita, passou a responder e a dizer:

 2 “Responderá o próprio sábio com conhecimento ventoso,*+

Ou encherá seu ventre com o vento oriental?+

 3 De nada aproveitará apenas repreender com uma palavra,

E meras expressões, sozinhas, não serão de proveito.

 4 Contudo, tu mesmo fazes que o temor [diante de Deus] não tenha força,

E reduzes qualquer preocupação perante Deus.*

 5 Porque teu erro treina a tua boca,*

E escolhes a língua dos arguciosos.

 6 Tua boca te pronuncia iníquo, e não eu;

E teus próprios lábios respondem contra ti.+

 7 Foste tu o primeiro homem* a nascer,+

Ou foste produzido com dores de parto antes dos morros?+

 8 Acaso escutas a palestra confidencial de Deus,*+

E limitas a sabedoria a ti mesmo?

 9 O que sabes realmente que nós não saibamos?+

Que é que entendes que também não esteja conosco?

10 Conosco estão tanto o grisalho como o idoso,+

Aquele que é maior em dias do que teu pai.

11 Não te bastam as consolações de Deus*

Ou a palavra [falada] suavemente contigo?

12 Por que te arrebata teu coração,

E por que lampejam teus olhos?

13 Porque voltas teu espírito contra o próprio Deus,

E fizeste sair palavras da tua própria boca.

14 Que é o homem mortal,* que seja puro,+

Ou que alguém nascido de mulher tenha razão?

15 Eis que não confia nem nos seus santos,+

E os próprios céus não são realmente puros aos seus olhos.+

16 Quanto menos ainda quando alguém é detestável e corrupto,+

Um homem que bebe injustiça como água!

17 Eu to declararei. Escuta-me!+

Até mesmo isto eu observei, portanto, deixa-me relatá-lo,

18 O que os próprios sábios+ contam

E que não ocultaram, [por proceder] dos seus pais.

19 Só a eles foi dada a terra,

E nenhum estranho passou pelo seu meio.

20 Todos os seus dias é atormentado o iníquo,

Sim, o mesmo número de anos que foram reservados para o tirano.

21 O som de coisas pavorosas está nos seus ouvidos;

Durante a paz virá sobre ele o próprio assolador.+

22 Não acredita que retornará da escuridão,+

E está reservado à espada.

23 Está vagando em busca de pão* — onde está?+

Bem sabe que o dia da escuridão+ está preparado, à sua mão.

24 Apavoram-no aflição e angústia;+

Levam-no de vencida como um rei pronto para o ataque.

25 Porque estende a mão contra o próprio Deus,*

E tenta mostrar-se superior ao Todo-poderoso;+

26 [Porque] corre contra ele com nuca dura,

Com os umbigos grossos dos seus escudos;

27 Pois, realmente cobre a sua face com a sua gordura

E desenvolve gordura sobre os seus lombos,+

28 Apenas reside em cidades que vão ser eliminadas;

Em casas em que as pessoas não ficarão morando,

Que certamente mostrarão ser destinadas a ficar montões de pedras.

29 Não enriquecerá, nem se acumulará a sua riqueza,

Nem estenderá sua adquisição* sobre a terra.+

30 Não se desviará da escuridão;

Uma chama ressecará seu rebento,

E ele será desviado por um sopro* de Sua boca.+

31 Não deposite ele fé na futilidade, sendo levado a andar perdido,

Pois o que recebe em troca mostrará ser mera futilidade;

32 Cumprir-se-á antes do seu dia.*

E o próprio rebento dele não crescerá frondosamente.+

33 Repelirá as suas uvas verdes, como a vide,

E lançará fora suas flores, como a oliveira.

34 Pois a assembléia dos apóstatas é estéril,+

E o próprio fogo terá de consumir as tendas do suborno.+

35 Concebe-se a desgraça e dá-se à luz o que é prejudicial,+

E seu próprio ventre prepara o engano.”

16 E Jó passou a responder e a dizer:

 2 “Ouvi muitas coisas como estas.

Todos vós sois consoladores funestos!+

 3 Não há fim de palavras ventosas?+

Ou o que te penaliza,* que respondes?

 4 Também eu poderia muito bem falar como vós fazeis.

Se tão-somente as vossas almas estivessem onde a minha alma está,

Seria eu brilhante em palavras* contra vós,+

E menearia a minha cabeça contra vós?+

 5 Eu vos fortificaria com as palavras da minha boca,+

E o consolo dos meus próprios lábios refrearia . . .

 6 Se deveras falo, não se refreia a minha própria dor,+

E se deveras deixo de fazer assim, o que vai embora de mim?

 7 Somente que agora ele me fez ficar fatigado;+

Fez desolados a todos os reunidos comigo em assembléia.

 8 Também me pegas. Isso se tornou uma testemunha,+

De modo que a minha magreza se levanta contra mim. Testifica na minha face.

 9 Sua própria ira [me] dilacerou e ele me tem rancor.+

Realmente range os dentes contra mim.+

Meu próprio adversário aguça seus olhos contra mim+.

10 Escancararam a sua boca contra mim,+

Deram-me bofetadas com vitupério,

Aglomeram-se contra mim+ em grande número.

11 Deus* me entrega a garotos,*

E me lança vertiginosamente nas mãos dos iníquos.+

12 Eu tinha ficado tranqüilo, mas ele passou a sacudir-me;+

E segurou-me pela nuca e passou a despedaçar-me,

E põe-me por alvo para si.

13 Seus arqueiros+ me cercam;

Fende meus rins+ e não tem compaixão;

Derrama na terra a minha vesícula biliar.

14 Prossegue irrompendo através de mim com brecha após brecha;

Corre contra mim como um poderoso.+

15 Costurei serapilheira+ sobre a minha pele,

E enfiei meu chifre+ no próprio pó.

16 Minha própria face ficou vermelha de choro,+

E sobre as minhas pálpebras há sombra tenebrosa,*+

17 Embora não haja violência nas palmas das minhas mãos,

E minha oração seja pura.+

18 Ó terra, não encubras o meu sangue!+

E não venha haver lugar para o meu clamor!

19 Agora, também, eis que há nos céus um que dá testemunho a meu respeito,

E minha testemunha* está nas alturas.+

20 Meus companheiros são porta-vozes contra mim;+

Meu olho tem passado em claro olhando para Deus.*+

21 E a decisão que se irá fazer é entre um varão vigoroso e Deus,

Assim como entre o filho do homem* e seu próximo.+

22 Pois virão apenas poucos anos,*

E irei embora na vereda pela qual não voltarei.+

17 “Meu próprio espírito* foi quebrantado,+ meus próprios dias foram extintos;

O cemitério é para mim.+

 2 Certamente se mofa de mim,+

E meu olho se hospeda no meio do seu comportamento rebelde.

 3 Por favor, coloca deveras meu penhor junto de ti.+

Quem mais apertará as mãos+ comigo em compromisso?

 4 Porque fechaste seu coração à discrição.+

Por isso não os exaltas.

 5 Talvez informe os companheiros para que tomem seu quinhão,

Mas os próprios olhos dos seus filhos falharão.+

 6 E ele me apresentou como ditado+ dos povos,

De modo que me torno alguém em cuja face se cospe.+

 7 E meu olho turva-se de vexame+

E meus membros são todos eles como sombra.

 8 Pessoas retas olham assombradas para isso,

E até mesmo o inocente fica agitado por causa do apóstata.

 9 O justo prende-se ao seu caminho,+

E quem tem mãos limpas+ está aumentando em força.+

10 No entanto, podeis todos recomeçar. Portanto, vinde, por favor,

Visto que não acho nenhum sábio entre vós.+

11 Meus próprios dias passaram adiante,+ romperam-se os meus próprios planos,+

Os desejos do meu coração.

12 Estão pondo a noite pelo dia:+

‘A luz está perto por causa da escuridão.’

13 Se eu ficar aguardando, o Seol será a minha casa;+

Terei de estender na escuridão+ o meu leito [de repouso].

14 Terei de clamar à cova:+ ‘Tu és meu pai!’

Ao gusano:+ ‘Minha mãe e minha irmã!’

15 Então, onde está a minha esperança?+

E minha esperança — quem é que a avista?

16 Elas* descerão às barras do Seol,*

Quando juntos tivermos de descer ao próprio pó.”+

18 E Bildade, o suíta, passou a responder e a dizer:

 2 “Até quando levareis para pôr fim às palavras?

Deveis entender, para depois falarmos.

 3 Por que deveríamos ser considerados como animais+

[E] tomados por impuros aos vossos olhos?

 4 Ele dilacera a sua alma na sua ira.

Por tua causa, acaso será abandonada a terra,

Ou uma rocha mudada do seu lugar?

 5 Também será apagada a luz dos iníquos,+

E não resplandecerá a faísca do seu fogo.

 6 A própria luz se há de escurecer na sua tenda,+

E nela a sua própria lâmpada se apagará.

 7 Seus passos de vigor* ficarão tolhidos.

Até mesmo seu conselho o lançará fora.+

 8 Pois, deveras se deixará que entre com os pés numa rede de caça,

E ele pisará numa rede.+

 9 Uma armadilha [o] segurará pelo calcanhar;+

Uma esparrela+ o detém.

10 Uma corda para ele está encoberta na terra,

E uma laçada para ele na [sua] senda.

11 Em todo o redor, terrores repentinos certamente o assustarão+

E deveras lhe acossarão os pés.

12 Seu vigor fica faminto,

E o desastre+ está pronto para fazê-lo mancar.

13 Comerá os pedaços da sua pele;*

O primogênito da morte* comerá os seus membros.

14 Sua confiança será arrancada da sua própria tenda+

E o fará marchar até o rei dos terrores.

15 Na sua tenda residirá algo que não é seu;

Espalhar-se-á enxofre+ sobre o seu próprio lugar de permanência.

16 Embaixo se secarão as suas próprias raízes,+

E em cima, seu ramo murchará.

17 A própria menção dele há de perecer da terra,+

E ele não terá nome lá fora na rua.

18 Empurrá-lo-ão da luz para a escuridão,

E afugentá-lo-ão do solo produtivo.*

19 Não terá progênie nem posteridade entre o seu povo,+

E não haverá sobrevivente no seu lugar de residência como forasteiro.

20 O povo no Ocidente deveras olhará assombrado para o seu dia,

E certamente se apoderará um arrepio até mesmo do povo no Oriente.

21 Somente estes são os tabernáculos dum contraventor,

E este é o lugar de alguém que não conhece a Deus.”*

19 E Jó passou a responder e a dizer:

 2 “Até quando ficareis irritando a minha alma+

E esmigalhando-me com palavras?+

 3 Estas dez vezes passastes a reprovar-me;

Não vos envergonhais de me tratar tão duramente.+

 4 E admitindo-se que eu tenha cometido um engano,+

É comigo que se hospedará meu engano.*

 5 Se é de fato contra mim que assumis ares de grandeza,+

E mostrais que o vitupério contra mim é próprio,+

 6 Sabei, então, que o próprio Deus* me desencaminhou,

E sua rede para caçar se fechou sobre mim.+

 7 Eis que estou clamando: ‘Violência!’ mas não obtenho resposta;+

Estou clamando por ajuda, mas não há justiça.+

 8 A própria vereda me tem sido bloqueada com um muro de pedras,+ e não posso passar;

E ele põe a própria escuridão sobre as minhas sendas.+

 9 Despiu-me da minha própria glória,+

E tira-me a coroa da cabeça.

10 Demole-me por todos os lados e eu me vou embora;

E arranca a minha esperança como a uma árvore.

11 Também a sua ira se acende contra mim,+

E ele me considera como seu adversário.

12 Suas tropas chegam unidas e aterram seu caminho contra mim,+

E acampam-se ao redor da minha tenda.

13 A meus próprios irmãos ele pôs longe de mim,+

E até os que me conhecem se alhearam de mim.

14 Meus conhecidos íntimos* deixaram de existir,+

E os que eu conheço esqueceram-se de mim,

15 Os que residem como forasteiros na minha casa;+ e as minhas próprias escravas me consideram como estranho;

Tornei-me um verdadeiro estrangeiro aos seus olhos.

16 Chamei o meu servo, mas ele não responde.

Com a minha própria boca imploro-lhe compaixão.

17 Meu próprio hálito* se tornou nojento para minha esposa,+

E eu me tornei fedorento para os filhos do ventre de minha [mãe].

18 Também os próprios garotos me rejeitaram;+

Basta eu me levantar, e começam a falar contra mim.

19 Todos os homens do meu grupo íntimo me detestam,+

E os que eu amava se viraram contra mim.+

20 Meus ossos realmente se apegam à minha pele e à minha carne,+

E eu escapo com a pele dos meus dentes.*

21 Mostrai-me um pouco de favor, mostrai-me um pouco de favor, companheiros meus,+

Porque a própria mão de Deus* me tocou.+

22 Por que continuais a perseguir-me assim como Deus* faz,+

E não ficais satisfeitos com a minha própria carne?

23 Quem dera agora que as minhas palavras fossem assentadas por escrito!

Quem dera que fossem inscritas num livro!

24 Com um estilo de ferro+ e [com] chumbo,

Que fossem talhadas na rocha para sempre!

25 E eu mesmo bem sei que meu redentor*+ está vivo,

E que, vindo depois [de mim], levantar-se-á+ sobre [o] pó.

26 E depois da minha pele, [que] esfolaram — isto!

Ainda que reduzido na minha carne,* observarei a Deus,*

27 A quem até mesmo eu observarei,+

E [a quem] os meus próprios olhos hão de ver, mas não algum estranho.

Meus rins falharam no meu íntimo.

28 Pois vós dizeis: ‘Por que continuamos a persegui-lo?’+

Quando a própria raiz da questão se acha em mim.*

29 Amedrontai-vos por causa duma espada,+

Porque a espada significa furor contra os erros,

A fim de que saibais que há um juiz.”*+

20 E Zofar, o naamatita, passou a responder e a dizer:

 2 “Por isso me respondem os meus próprios pensamentos inquietantes,

Sim, por causa da minha agitação íntima.

 3 Ouço uma exortação insultante para mim;

E um espírito sem a compreensão que eu tenho me responde.

 4 Soubeste esta mesma coisa todo o tempo,

Desde que o homem* foi posto na terra,+

 5 Que é curto o grito jubiloso dos iníquos,+

E que a alegria dum apóstata é só por um instante?

 6 Ainda que a sua excelência ascenda até o próprio céu+

E a sua cabeça atinja as nuvens,

 7 Perecerá para sempre, assim como as suas fezes;+

Os mesmos que o vêem dirão: ‘Onde está ele?’+

 8 Voará como um sonho, e não o acharão;

E será afugentado como uma visão da noite.+

 9 O olho que o avistou, não mais [o verá],+

E seu lugar não o avistará mais.+

10 Seus próprios filhos buscarão o favor dos de condição humilde,

E suas próprias mãos restituirão as suas coisas valiosas.+

11 Seus próprios ossos estiveram cheios de seu vigor juvenil,

Mas com ele se deitará no mero pó.+

12 Se aquilo que é ruim tiver sabor doce na sua boca,

Se ele o deixar dissolver debaixo da sua língua,

13 Se tiver compaixão dele e não o abandonar,

E se o retiver no meio do seu paladar,

14 Seu próprio alimento se transformará nos seus próprios intestinos;

Será dentro dele o fel de najas.

15 Engoliu riqueza, mas ele a vomitará;

Deus* a desalojará do próprio ventre dele.

16 Sugará o veneno das najas;

A língua duma víbora o matará.+

17 Nunca verá os cursos de água,+

Os rios torrenciais de mel e manteiga.

18 Restituirá a [sua] propriedade adquirida e não [a] engolirá;

Como a riqueza proveniente do seu intercâmbio, mas com a qual não se regalará.+

19 Pois tem esmagado, tem abandonado os de condição humilde;

Tem arrebatado a própria casa que não passara a construir.+

20 Porque certamente não conhecerá tranqüilidade no seu ventre;

Não escapará por meio das suas coisas desejáveis.+

21 Não lhe sobra nada para devorar;

Por isso é que não perdurará seu bem-estar.

22 Enquanto a sua fartura está no auge, sentir-se-á aflito;+

Todo o poder* do próprio infortúnio virá contra ele.

23 Ocorra então que, para encher-lhe o ventre,

Envie sua ira ardente sobre ele+

E [a] faça chover sobre ele, para dentro das suas vísceras.

24 Fugirá+ do armamento de ferro;

Um arco de cobre o retalhará.

25 Uma arma de arremesso* até mesmo lhe sairá pelas costas,

E uma arma lampejante,* pelo fel;+

Objetos aterradores irão contra ele.+

26 Toda a escuridão será reservada para as suas coisas entesouradas;

Será consumido por um fogo que ninguém abanou;+

Irá mal ao sobrevivente na sua tenda.

27 O céu revelará o seu erro+

E a terra estará em revolta contra ele.

28 Um forte aguaceiro levará a sua casa de roldão;*

Derramar-se-ão coisas no dia da sua ira.+

29 Este é o quinhão do homem* iníquo, da parte de Deus,*+

Sim, a sua herança declarada da parte de Deus.”*

21 E Jó passou a responder e a dizer:

 2 “Escutai atentamente a minha palavra,

E torne-se isto a vossa consolação.

 3 Suportai-me, e eu mesmo falarei;

E depois de eu falar, [cada um de vós] pode caçoar.+

 4 Quanto a mim, acaso [expresso] a minha preocupação ao homem?

Ou por que é que meu espírito não fica impaciente?

 5 Virai as vossas faces para mim e olhai assombrados,

E ponde a mão sobre a boca.+

 6 E quando me lembrei, também fiquei perturbado,

E um estremecimento se apoderou da minha carne.

 7 Por que é que os próprios iníquos continuam vivendo,+

Têm envelhecido, também se tornaram superiores em riqueza?+

 8 Sua descendência está firmemente estabelecida com eles à sua vista,

E seus descendentes, diante dos seus olhos.

 9 Suas casas são a própria paz, livres de pavor,+

E a vara de Deus* não está sobre eles.

10 Seu próprio touro realmente fecunda e não desperdiça sêmen;

Sua vaca tem cria+ e não sofre aborto.

11 Continuam enviando seus garotos iguais a um rebanho,

E seus próprios meninos estão saltitando.

12 Continuam a elevar [a sua voz] com o pandeiro e a harpa,+

E prosseguem alegrando-se ao som do pífaro.

13 Passam bem os seus dias,+

E num instante baixam ao Seol.

14 E eles dizem ao [verdadeiro] Deus: ‘Desvia-te de nós!+

E não nos agradamos no conhecimento dos teus caminhos.+

15 Que é o Todo-poderoso, para que o sirvamos,*+

E que nos aproveita termos entrado em contato com ele?’+

16 Eis que seu bem-estar não está no seu próprio poder.*+

O próprio conselho dos iníquos se manteve longe de mim.+

17 Quantas vezes se apaga a lâmpada dos iníquos,+

E [quantas vezes] vem sobre eles o seu desastre?

Na sua ira, [quantas vezes] reparte ele a destruição?+

18 Ficam eles como palha diante do vento,*+

E como a pragana furtada pelo tufão?

19 O próprio Deus* guardará o prejudicial [do homem] para os próprios filhos dele;+

Recompensá-lo-á para que saiba [isso].+

20 Seus olhos verão a sua decadência,

E beberá do furor do Todo-poderoso.+

21 Pois, qual será seu agrado na sua casa depois dele,

Quando o número dos seus meses será realmente cortado em dois?+

22 Ensinará ele conhecimento até mesmo a Deus,*+

Quando é Este quem julga os elevados?+

23 Ele mesmo morrerá durante a sua plena auto-suficiência,+

Quando estiver inteiramente despreocupado e tranqüilo;

24 [Quando] as suas próprias coxas tiverem ficado cheias de gordura,

E o próprio tutano dos seus ossos for mantido úmido.

25 E este outro morrerá com alma amargurada,

Não tendo comido de coisas boas.+

26 Juntos se deitarão no pó,+

E os próprios gusanos formarão uma coberta sobre eles.+

27 Eis que conheço bem os vossos pensamentos

E os desígnios com que pretendeis agir violentamente contra mim.+

28 Pois dizeis: ‘Onde está a casa do nobre,

E onde está a tenda, os tabernáculos dos iníquos?’+

29 Não perguntastes aos que viajam pelas estradas?

E não inspecionais cuidadosamente os próprios sinais deles,

30 Que no dia de desastre se poupa o mau,+

Que ele é liberto* no dia da fúria?

31 Quem o informará na sua própria face sobre o seu caminho?+

E quem o recompensará pelo que ele mesmo fez?+

32 Quanto a ele, será levado ao cemitério,+

E se fará vigília sobre um túmulo.*

33 Para ele, os torrões de terra dum vale de torrente certamente se tornarão doces,+

E arrastará atrás de si toda a humanidade,*+

E os antes dele foram inúmeros.

34 Portanto, quão inutilmente tentais consolar-me,+

E as vossas próprias réplicas deveras permanecem como infidelidade!”

22 E Elifaz, o temanita, passou a responder e a dizer:

 2 “Pode um varão vigoroso* ser de utilidade para o próprio Deus,*+

Que alguém com perspicácia lhe seja útil?

 3 É do agrado do Todo-poderoso que sejas justo,+

Ou tem ele lucro em que faças teu caminho ser imaculado?+

 4 Repreender-te-á pela tua reverência,

Entrará contigo em julgamento?+

 5 Não é já demais a tua própria maldade,+

E não haverá fim dos teus erros?

 6 Pois, sem causa tomas um penhor dos teus irmãos,+

E despes de roupa até mesmo gente nua.

 7 Não dás de beber água ao cansado,

E negas o pão ao faminto.+

 8 Quanto ao homem* de força,* a terra é dele,+

E quem é tratado com parcialidade é que mora nela.

 9 As viúvas mandaste embora de mãos vazias,

E os braços de meninos órfãos de pai estão esmigalhados.*+

10 Por isso há armadilhas de pássaros em volta de ti,+

E te perturba o pavor repentino;

11 Ou a escuridão, [de modo que] não podes ver,

E te cobre a massa movimentada da própria água.

12 Não é Deus* a altura do céu?+

Vê* também a soma total das estrelas,*+ que elas estão altas.

13 Contudo, disseste: ‘O que é que Deus* realmente sabe?

Pode ele julgar através de densas trevas?

14 As nuvens lhe são um esconderijo, de modo que não vê nada,

E ele anda sobre a abóbada do céu.’

15 Manter-te-ás no próprio caminho de há muito tempo,

Pisado por homens prejudiciais,*

16 [Homens] que foram arrebatados antes do seu tempo,+

Cujo alicerce+ é despejado como se fosse um rio,

17 Os quais dizem ao [verdadeiro] Deus:* ‘Desvia-te de nós!+

E que pode o Todo-poderoso conseguir contra nós?’*

18 Contudo, ele mesmo encheu-lhes as casas de coisas boas;+

E o próprio conselho dos iníquos se manteve longe de mim.+

19 Os justos verão e se alegrarão,+

E o próprio inocente caçoará deles:

20 ‘Deveras, foram eliminados os nossos antagonistas;*

E o que sobra deles há de ser devorado por um fogo.’

21 Por favor, familiariza-te com ele e mantém a paz;

Assim virão a ti coisas boas.

22 Por favor, toma a lei procedente da sua própria boca,

E põe as suas declarações no teu coração.+

23 Se retornares ao Todo-poderoso,+ serás edificado;

[Se] mantiveres a injustiça longe da tua tenda,

24 E [se] se puser minério precioso no pó

E ouro de Ofir+ na rocha de vales de torrente,

25 Também o Todo-poderoso deveras se tornará teus minérios preciosos

E prata, a mais seleta, para ti.+

26 Pois então te deleitarás no Todo-poderoso+

E levantarás a tua face para o próprio Deus.*+

27 Far-lhe-ás súplicas, e ele te ouvirá;+

E pagarás os teus votos.+

28 E decidirás algo, e ficará de pé para ti;

E certamente resplandecerá luz sobre os teus caminhos.+

29 Pois tem de haver rebaixamento quando falas arrogantemente;+

Mas o que abaixar os olhos será salvo.+

30 Ele salvará ao homem inocente,*+

E certamente serás salvo pela limpeza das tuas mãos.”*+

23 E Jó passou a responder e a dizer:

 2 “Até mesmo hoje, meu estado de preocupação+ é rebeldia;

Minha própria mão está pesada por causa do meu suspiro.

 3 Quem dera que eu realmente soubesse onde achá-lo!+

Eu iria até o seu lugar fixo.+

 4 Eu apresentaria diante* dele uma causa jurídica,

E encheria a minha boca de contra-argumentos;

 5 Eu saberia as palavras com que me responderia,

E consideraria o que ele tem para dizer-me.+

 6 Acaso ele, com uma abundância de poder, contenderia comigo?

Oh! não. Decerto me atenderia.+

 7 Ali o próprio reto certamente resolverá as questões com ele,

E eu ficaria a salvo do meu juiz* para sempre.

 8 Eis que vou para o oriente, e ele não está lá;

E volto novamente, e não o posso discernir;+

 9 Para a esquerda, onde ele está trabalhando, mas não [o] posso observar;

Ele se vira* para a direita, mas eu não [o] vejo.

10 Pois conhece muito bem o caminho que tomo.+

[Depois] de ele me ter provado, sairei como o próprio ouro.+

11 Meu pé se prendeu aos seus passos;*

Guardei o seu caminho e não me aparto+ [dele].

12 Não me afasto do mandamento dos seus lábios.+

Entesourei os dizeres da sua boca+ mais do que me é prescrito.

13 E ele é de um só [pensamento], e quem lhe pode resistir?+

E a sua própria alma tem um almejo, e ele [o] fará.+

14 Pois executará completamente o que me prescreveu.+

E de tais coisas há muitas com ele.

15 Por isso me sinto perturbado por causa dele;

Mostro-me atento e tenho pavor dele.+

16 Até mesmo o próprio Deus* me fez o coração tímido+

E o próprio Todo-poderoso me perturbou.+

17 Pois, não fui silenciado por causa da escuridão,

Nem porque as trevas cobriram a minha própria face.

24 “Por que é que os tempos não foram guardados pelo próprio Todo-poderoso,+

E os próprios que o conhecem não observaram os seus dias?+

 2 Há os que recuam os marcos divisórios;+

Arrebataram uma grei, a fim de [a] apascentarem.*

 3 Levam até mesmo o jumento dum menino órfão de pai;

Tomam em penhor o touro da viúva.+

 4 Apartam os pobres do seu caminho;+

Ao mesmo tempo, os atribulados da terra se mantiveram escondidos.

 5 Eis que, [quais] zebras+ no ermo,

Saíram na sua atividade à procura de algo para comer.

A planície desértica [dá] a cada um pão para os rapazes.

 6 No campo ceifam a sua forragem,

E despojam rapidamente o vinhedo do iníquo.

 7 Passam a noite nus, sem vestimenta,+

E sem qualquer cobertura no frio.+

 8 São ensopados pelo temporal dos montes,

E por não haver abrigo,+ precisam abraçar uma rocha.

 9 Arrebatam o menino órfão de pai mesmo do peito,+

E tomam em penhor o que há sobre o atribulado.+

10 Têm de andar nus, sem vestimenta,

E famintos têm de carregar as espigas ceifadas.+

11 Passam o meio-dia* entre os muros do terraço;

Precisam pisar os lagares, e ainda assim passam sede.+

12 De dentro da cidade estão gemendo os moribundos,

E a alma dos mortalmente feridos clama por ajuda;+

E o próprio Deus* não considera [isso] algo impróprio.+

13 Quanto a eles, mostraram estar entre os rebeldes contra a luz;+

Não reconheceram os caminhos dela,

Nem moraram nas suas sendas.

14 O assassino levanta-se ao clarear o dia,

Passa a matar o atribulado e o pobre;+

E durante a noite torna-se um verdadeiro ladrão.*+

15 Quanto ao olho do adúltero,+ ficou à espreita do crepúsculo vespertino,+

Dizendo: ‘Nenhum olho me avistará!’+

E põe uma cobertura sobre a sua face.

16 Na escuridão penetra cavando nas casas;

De dia precisam manter-se encerrados.

Não conheceram a luz do dia.+

17 Pois a manhã é para eles igual à sombra tenebrosa,+

Porque reconhecem quais são os terrores repentinos da sombra tenebrosa.

18 Ele é ligeiro na superfície das águas.

O lote de terreno deles será amaldiçoado na terra.+

Ele não se virará para o caminho dos vinhedos.

19 A seca, bem como o calor, arrebatam as águas da neve;

Assim faz também o Seol com os que pecaram!+

20 A madre se esquecerá dele, o gusano saboreará a sua doçura,+

Não mais será lembrado.+

E a injustiça será destroçada como uma árvore.+

21 Ele tem tratos com uma mulher estéril que não dá à luz,

E com uma viúva,+ a quem não faz bem.

22 E certamente arrastará gente possante com o seu poder;

Ele se levantará e não estará seguro da sua vida.*

23 Conceder-lhe-á tornar-se confiante+ para que se ampare;

E seus olhos estarão sobre os caminhos deles.+

24 Por um pouco ficaram elevados, depois não são mais,+

E foram abaixados;+ são arrancados como os demais,

E são cortados como o topo duma espiga.

25 Por conseguinte, quem me fará de mentiroso

Ou reduzirá a nada a minha palavra?”

25 E Bildade,+ o suíta, passou a responder e a dizer:

 2 “Com ele estão o domínio e o pavor;+

Ele faz paz nas suas alturas.

 3 Acaso têm número as suas tropas?

E sobre quem não se levanta a sua luz?

 4 Então, como pode o homem mortal* ter razão diante de Deus,*+

Ou como pode ser puro aquele que nasceu de mulher?+

 5 Eis que há mesmo a lua, e ela não é luminosa;

E as próprias estrelas não se mostraram puras aos seus olhos.

 6 Quanto menos ainda o homem mortal, que é um gusano,

E o filho do homem,* que é um verme!”+

26 E Jó passou a responder e a dizer:

 2 “Oh! de quanta ajuda foste àquele que não tem poder!

Oh! [como] salvaste um braço sem força!+

 3 Quanto aconselhaste aquele que não tem sabedoria,+

E deste a conhecer a própria sabedoria prática à multidão!

 4 A quem comunicaste palavras,

E o fôlego de quem* saiu de ti?

 5 Os impotentes na morte* continuam a tremer

Debaixo das águas, e os que residem nelas.+

 6 O Seol está nu diante dele,+

E [o lugar de] destruição* não tem cobertura.

 7 Ele estende o norte sobre o vazio,+

Suspende a terra sobre o nada;

 8 Embrulha as águas nas suas nuvens,+

Para que a massa de nuvens não se parta debaixo delas;

 9 Enclausura a face do trono,*

Estende* sobre ele a sua nuvem.+

10 Ele demarcou um círculo sobre a face das águas,+

Até onde a luz acaba na escuridão.

11 As próprias colunas do céu estremecem

E estão pasmadas por causa da sua censura.

12 Agitou o mar pelo seu poder,+

E despedaçou+ o arremetedor*+ com o seu entendimento.

13 Pelo seu vento* ele poliu o próprio céu,+

Sua mão furou a serpente deslizadora.+

14 Eis que estas são as beiradas dos seus caminhos,+

E que sussurro sobre o assunto se tem ouvido dele!

Mas quem pode mostrar ter entendimento do seu poderoso trovão?”+

27 E Jó passou a encetar novamente seu dito proverbial+ e prosseguiu, dizendo:

 2 “Assim como vive Deus,*+ que tirou de mim o julgamento,+

E assim como [vive] o Todo-poderoso, que amargurou a minha alma,+

 3 Enquanto estiver ainda em mim todo o meu fôlego,

E o espírito de Deus* estiver em minhas narinas,+

 4 Meus lábios não falarão injustiça

E minha própria língua não murmurará dolo!

 5 É inconcebível da minha parte declarar-vos justos!+

Até eu expirar não removerei de mim a minha integridade!+

 6 Agarrei a minha justeza e não a largarei;+

Meu coração não escarnecerá [de mim] por qualquer dos meus dias.+

 7 Torne-se meu inimigo de todo modo um homem iníquo,+

E o que se revolta contra mim, realmente um contraventor.

 8 Pois qual é a esperança dum apóstata caso ele der cabo [dele],+

Caso Deus* lhe tire a sua alma?+

 9 Ouvirá Deus* seu clamor

Caso venha sobre ele a aflição?+

10 Ou deleitar-se-á no Todo-poderoso?

Clamará a Deus todo o tempo?

11 Eu vos instruirei pela mão de Deus;

Não ocultarei+ aquilo que está com o Todo-poderoso.

12 Eis que vós mesmos, todos, tivestes visões;

Então por que vos mostrais inteiramente vãos?+

13 Este é o quinhão do homem* iníquo, da parte de Deus;+

E a herança dos tiranos, eles receberão do próprio Todo-poderoso.

14 Se os seus filhos se tornarem muitos, será para a espada;+

E seus próprios descendentes não terão bastante alimento.*

15 Seus próprios sobreviventes serão enterrados durante uma praga mortífera,*

E as próprias viúvas deles não chorarão.+

16 Se ele amontoasse prata como o próprio pó

E preparasse vestuário como se fosse barro,

17 Ele prepararia, mas o justo seria quem se vestiria,+

E o inocente partilharia na prata.

18 Construiu a sua casa como alguma traça,

E como a guarita+ construída pela sentinela.

19 Deitar-se-á rico, mas nada será ajuntado;*

Abre os olhos, mas não há nada.+

20 Quais águas* o alcançarão terrores repentinos;+

Durante a noite o furtará um tufão.

21 Um vento oriental carregará com ele+ e ele se irá,

E de roldão o levará do seu lugar.+

22 E lançar-se-á sobre ele e não terá compaixão;+

E ele, sem falta, tentará fugir do seu poder.+

23 Bater-se-ão palmas contra ele+

E assobiar-se-á+ contra ele do seu lugar.*

28 “Deveras, há um lugar para se achar prata

E um lugar para o ouro que se refina;+

 2 O ferro mesmo é tirado do próprio pó,+

E [da] pedra se funde o cobre.

 3 Ele pôs fim à escuridão;

E esquadrinha em todos os limites+

A pedra nas trevas e na sombra tenebrosa.

 4 Abriu um poço de mina longe de onde residem [pessoas] como forasteiros,+

Lugares esquecidos, longe do pé;

Alguns dos homens mortais* desceram suspensos, ficaram balançando.

 5 Quanto à terra, dela procede o alimento;+

Mas por baixo, ela foi revirada como que por fogo.

 6 Suas pedras são o lugar da safira,+

E tem pó de ouro.

 7 Uma senda — nenhuma ave de rapina+ a conheceu,

Nem a avistou o olho do milhafre-preto.+

 8 Não a pisaram as feras majestosas;*

Nem a percorreu o leãozinho,

 9 Ele estendeu a mão sobre a pederneira;

Subverteu montes desde a [sua] raiz;

10 Dentro das rochas canalizou galerias cheias de água,+

E seu olho viu todas as coisas preciosas.

11 Represou os lugares donde escorreram os rios+

E traz à luz a coisa oculta.

12 Mas a sabedoria — onde pode ser achada,+

E onde, então, é o lugar da compreensão?

13 O homem mortal não veio a conhecer o seu valor,*+

E ela não é encontrada na terra dos viventes.

14 A própria água de profundeza* disse:

‘Não está em mim!’

Também o mar disse: ‘Não está comigo!’+

15 Não se pode dar por ela ouro puro+

E não se pode pesar prata como seu preço.

16 Não pode ser paga com ouro* de Ofir,+

Com a rara pedra de ônix, nem com a safira.

17 Ouro* e vidro não podem ser comparados com ela,

Nem é qualquer vaso de ouro refinado alguma troca por ela.

18 Os próprios corais+ e o cristal de rocha nem se mencionarão,

Mas uma bolsa cheia de sabedoria vale mais do que [uma de] pérolas.+

19 O topázio+ de Cus* não pode ser comparado com ela;

Ela não pode ser paga nem mesmo com o ouro na sua pureza.

20 Mas a própria sabedoria — donde vem,+

E onde, então, é o lugar da compreensão?

21 Foi ocultada mesmo dos olhos de qualquer vivente+

E foi escondida das criaturas voadoras dos céus.

22 A destruição* e a morte é que disseram:

‘Com os nossos ouvidos ouvimos notícias dela.’

23 Deus* é quem entendeu os seus caminhos,+

E ele mesmo sabia seu lugar,

24 Pois ele mesmo olha até as próprias extremidades da terra;+

Vê debaixo dos céus inteiros,*

25 Para fazer um peso para o vento,*+

Ao passo que proporcionou as próprias águas por medida;+

26 Quando fez um regulamento para a chuva+

E um caminho para a trovejante nuvem de temporal,

27 Então ele viu [a sabedoria]* e passou a falar sobre ela;

Ele a preparou e também a esquadrinhou.

28 E prosseguiu, dizendo ao homem:*

‘Eis o temor de Jeová* — isso é sabedoria,+

E desviar-se do mal é compreensão.’”+

29 E Jó passou a encetar novamente seu dito proverbial e prosseguiu, dizendo:

 2 “Quem me dera estar nos meses lunares de outrora,+

Como nos dias em que Deus* cuidava de mim;+

 3 Quando fez a sua lâmpada brilhar sobre a minha cabeça,

[Quando] eu andava [através da] escuridão pela sua luz;+

 4 Assim como vim a estar nos dias do meu vigor,+

Quando havia intimidade com Deus na minha tenda;+

 5 Quando o Todo-poderoso ainda estava comigo,

[Quando] meus ajudantes estavam ao redor de mim!

 6 Quando eu lavava os meus passos em manteiga,

E a rocha despejava correntes de azeite para mim;*+

 7 Quando eu saía ao portão junto à vila,+

Eu preparava meu assento na praça pública!+

 8 Os rapazes me viam e se escondiam,

E até mesmo os idosos se levantavam, ficavam de pé.+

 9 Os próprios príncipes reprimiam as palavras

E punham a palma da mão sobre a sua boca.+

10 A voz dos próprios líderes se escondia,

E a própria língua deles se apegava ao céu da sua boca.+

11 Pois o próprio ouvido escutava e passava a chamar-me feliz,

E o próprio olho via e passava a dar testemunho por mim.

12 Pois eu salvava ao atribulado que clamava por ajuda,+

E ao menino órfão de pai e a qualquer que não tinha ajudador.+

13 A bênção+ daquele prestes a perecer vinha sobre mim.

E eu alegrava o coração da viúva.+

14 Vestia-me de justiça e ela me revestia.+

Meu juízo era como uma túnica sem mangas — e um turbante.

15 Tornei-me olhos para o cego;+

E eu era pés para o coxo.

16 Eu era um verdadeiro pai para os pobres;+

E a causa jurídica de alguém que eu não conhecia — eu a examinava.+

17 E quebrava as mandíbulas do contraventor,+

Dos seus dentes eu arrancava* a presa.

18 E eu costumava dizer: ‘Expirarei dentro do meu ninho*+

E multiplicarei os [meus] dias como os grãos da areia.+

19 Minha raiz está aberta para as águas,+

E o próprio orvalho pernoitará sobre o meu ramo.

20 Nova é a minha glória comigo,

E meu arco na minha mão atirará repetidamente.’

21 Escutavam-me; e esperavam,

E silenciavam pelo meu conselho.+

22 Após as minhas palavras não falavam mais,

E sobre eles gotejava a minha palavra.+

23 E esperavam-me como a chuva+

E escancaravam a sua boca à chuva da primavera.+

24 Eu sorria para eles — eles não [o] acreditavam —

E não lançavam [de si] a luz da minha face.+

25 Eu lhes escolhia o caminho e ficava sentado como cabeça;

E residia como um rei entre as [suas] tropas,+

Como quem consola os que pranteiam.+

30 “E agora se riram de mim,+

Os que são mais jovens do que eu,+

Cujos pais eu teria recusado

Pôr com os cães do meu rebanho.

 2 Mesmo o poder das suas mãos — que me adiantou?

Pereceu neles o vigor.+

 3 Por causa da carência e da fome são estéreis,

Roendo uma região árida+

[Onde] ontem havia tempestade e desolação.

 4 Arrancavam a erva salgada junto aos arbustos

E a raiz das giestas-das-vassouras era seu alimento.

 5 Estavam sendo expulsos da comunidade;+

Gritava-se contra eles como contra um ladrão.

 6 [Têm de] residir na própria encosta dos vales de torrente,

Em buracos de pó e nas penhas.

 7 Bramavam entre os arbustos;

Conchegavam-se debaixo das urtigas.

 8 Filhos do insensato,+ também filhos daquele que não tem nome,

Foram enxotados da terra a chicotadas.

 9 E agora eu me tornei até mesmo o assunto da sua canção,+

E sou para eles um rifão.+

10 Detestaram-me, mantiveram-se longe de mim;+

E não se refrearam de cuspir-me na face.+

11 Pois ele soltou [minha] própria corda de arco e passou a humilhar-me,

E por minha causa deixaram solto o freio.

12 Levantam-se à minha direita como uma laia;

Soltaram os meus pés,

Mas passaram a aterrar contra mim as suas desastrosas barreiras.+

13 Desfizeram as minhas sendas;

Só foram de proveito para aquilo que me é adverso,+

Sem que tivessem ajudador.

14 Passaram a vir como que por uma larga brecha;

Rolaram adiante sob uma tempestade.

15 Terrores repentinos foram voltados contra mim;

Meu porte nobre é perseguido como pelo vento,*

E como uma nuvem passou a minha salvação.

16 E agora se derramou a minha alma dentro de mim;+

Apoderam-se de mim dias de tribulação.+

17 À noite, os próprios ossos+ meus foram furados [e caíram] de mim,

E [as dores] que me estão roendo não folgam.+

18 Minha vestimenta muda pela abundância de poder;

Cinge-me como a gola da minha veste comprida.

19 Ele me fez descer ao barro,

De modo que mostro ser semelhante a pó e cinzas.

20 Clamo a ti por ajuda, mas não me respondes;+

Fiquei de pé, para que atentasses em mim.

21 Transformas-te para ficar cruel comigo;+

Com a plena força da tua mão me tens rancor.

22 Levantas-me ao vento, fazes-me cavalgá-lo;

Depois me dissolves com um estrondo.

23 Pois sei muito bem que me farás recuar à morte+

E à casa de reunião para todo o vivente.

24 Somente que ninguém estende a sua mão contra um mero monte de escombros,+

Nem se faz durante a decadência um clamor por ajuda a respeito de tais coisas.

25 Eu certamente chorei por aquele que teve um dia árduo;+

Minha alma se penalizou pelo pobre.+

26 Embora eu aguardasse o bem, chegou o mal;+

E eu esperava a luz, mas chegaram as trevas.

27 Meus próprios intestinos foram postos a ferver e não ficaram quietos;

Confrontaram-me dias de tribulação.

28 Andei em volta triste+ quando não havia luz do sol;*

Levantei-me na congregação,* continuei a clamar por ajuda.

29 Tornei-me irmão de chacais

E companheiro das filhas de avestruzes.+

30 Minha própria pele ficou preta+ [e caiu] de mim,

E meus próprios ossos ficaram candentes por causa da sequidão.

31 E minha harpa ficou apenas para o pranto,

E meu pífaro, para a voz dos que choram.

31 “Concluí um pacto com os meus olhos.+

Portanto, como poderia mostrar-me atento a uma virgem?+

 2 E que porção há da parte do Deus* de cima,+

Ou que herança da parte do Todo-poderoso desde o alto?

 3 Não há desastre para um contraventor+

E infortúnio para os que praticam o que é prejudicial?

 4 Acaso não vê ele os meus caminhos+

E conta até mesmo todos os meus passos?

 5 Se eu tiver andado com [homens de] inveracidade,+

E meu pé se apressar para o engano,+

 6 Ele me pesará em balança exata,*+

E Deus* chegará a saber a minha integridade.+

 7 Se os meus passos se apartarem do caminho,+

Ou meu coração apenas tiver andado atrás dos meus olhos,+

Ou qualquer defeito se tiver apegado às palmas das minhas próprias mãos,+

 8 Lance eu semente e coma outro,+

E sejam desarraigados os meus próprios descendentes.

 9 Se meu coração tiver sido engodado referente a uma mulher+

E tiver ficado de emboscada+ à própria entrada do meu companheiro,

10 Moa a minha esposa para outro homem,+

E ajoelhe-se sobre ela outro homem.

11 Pois isso seria conduta desenfreada

E esta seria um erro, para [receber a atenção dos] magistrados.+

12 Pois é um fogo que consumiria até à destruição,*+

E se arraigaria entre todos os meus produtos.

13 Se eu costumava recusar o julgamento do meu escravo

Ou da minha escrava na sua causa comigo,

14 Então o que posso fazer quando Deus* se levanta?

E quando demanda uma prestação de contas, que lhe posso responder?+

15 Não foi ele feito por Aquele que me fez no ventre+

E não foi apenas Um que passou a preparar-nos na madre?

16 Se eu costumava negar aos de condição humilde o [seu] agrado+

E fiz fraquejar os olhos da viúva,+

17 E costumava comer meu bocado sozinho,

Não comendo dele o menino órfão de pai;+

18 (Pois desde a minha mocidade cresceu comigo como que com um pai,

E desde o ventre de minha mãe eu a guiava;)

19 Se eu costumava ver alguém perecer por não ter vestimenta+

Ou que o pobre não tinha cobertura;

20 Se os seus lombos não me abençoaram,+

Nem ele se aquecia com a lã+ tosquiada dos meus carneirinhos;

21 Se sacudi a mão para lá e para cá contra o menino órfão de pai,+

Quando via [a necessidade do] meu auxílio no portão,+

22 Que caia a minha própria omoplata do seu ombro

E se quebre o meu próprio braço desde o seu osso superior.

23 Porque o desastre da parte de Deus* era para mim um pavor,

E contra a sua dignidade+ eu nada podia.

24 Se pus no ouro* a minha confiança

Ou disse ao ouro:* ‘Em ti confio!’+

25 Se eu costumava alegrar-me por ter muita propriedade+

E porque a minha mão tinha achado muitas coisas;+

26 Se eu costumava ver a luz quando ela brilhava

Ou a preciosa lua andando,+

27 E meu coração começou a ser engodado às escondidas,+

E minha mão passou a beijar a minha boca,*

28 Isto também seria um erro a [receber a atenção dos] magistrados,

Pois eu teria renegado o [verdadeiro] Deus de cima.

29 Se eu costumava alegrar-me com a extinção daquele que me odiava intensamente,+

Ou se fiquei agitado* porque o atingiu o mal —

30 E não permiti que o meu palato pecasse,

Pedindo uma imprecação contra a sua alma.+

31 Se os homens da minha tenda não disseram:

‘Quem pode apresentar alguém que não se saciasse da sua comida?’*+—

32 Nenhum residente forasteiro passava a noite lá fora;+

Mantive as minhas portas abertas para a vereda.*

33 Se encobri as minhas transgressões+ como um homem terreno,*

Escondendo meu erro no bolso da minha camisa —

34 Porque eu me assustava diante duma grande massa de gente,

Ou me aterrorizava o próprio desprezo das famílias,

E eu ficava quieto, não saía da entrada.

35 Quem me dera que eu tivesse alguém para escutar-me,+

Que o próprio Todo-poderoso me respondesse+ segundo a minha assinatura!*

Ou que a pessoa* em litígio comigo tivesse escrito um documento!

36 Por certo o carregaria sobre o meu ombro;

Eu o enrolaria em volta de mim como a uma grandiosa coroa.

37 Comunicar-lhe-ia o número dos meus passos;+

Como líder me chegaria a ele.

38 Se o meu próprio solo clamasse contra mim por socorro

E seus próprios sulcos chorassem juntos;

39 Se comi os seus frutos* sem dinheiro+

E fiz ofegar a alma dos seus donos,+

40 Produza-se planta espinhosa em vez de trigo,+

E erva malcheirosa em vez de cevada.”

As palavras de Jó chegaram ao fim.

32 Portanto, estes três homens cessaram de responder a Jó, pois era justo aos seus* próprios olhos.+ 2 Acendeu-se, porém, a ira de Eliú,* filho de Baraquel, o buzita,+ da família de Rão. Sua ira se acendeu contra Jó por ele declarar justa a sua própria alma em vez de a Deus.*+ 3 Sua ira se acendeu também contra os três companheiros dele pelo fato de que não acharam resposta, mas passaram a pronunciar Deus* iníquo.+ 4 E o próprio Eliú tinha esperado por Jó com palavras, porque eram mais velhos em dias do que ele.+ 5 E Eliú viu gradualmente que não havia resposta na boca+ dos três homens, e sua ira se acendeu ainda mais. 6 E Eliú, filho de Baraquel, o buzita, passou a responder e a dizer:

“Sou jovem em dias,

E vós sois idosos.+

Por isso recuei* e tive medo

De vos declarar o meu conhecimento.

 7 Eu disse: ‘Falem os próprios dias,

E que a multidão dos anos dê a conhecer a sabedoria.’+

 8 Decerto é o espírito nos homens mortais

E o fôlego do Todo-poderoso [que] lhes dá entendimento.+

 9 Não são apenas os abundantes em dias que se mostram sábios,+

Nem somente os idosos que entendem o juízo.+

10 Por isso eu disse: ‘Escuta-me deveras.

Declararei o meu conhecimento, sim, eu.’

11 Eis que esperei as vossas palavras,

Dei ouvidos aos vossos raciocínios,+

Até que descobrísseis palavras [para dizer].

12 E mantive voltada a minha atenção para vós,

E eis que não há quem repreenda a Jó,

Nenhum de vós responde às suas declarações,

13 Para que não digais: ‘Achamos sabedoria;+

É Deus* quem o põe em debandada, não o homem.’

14 Visto que ele não enfileirou palavras contra mim,

Não lhe replicarei, pois, com as vossas declarações.

15 Ficaram aterrorizados, não responderam mais;

As palavras se mudaram deles.

16 E eu esperei, pois não continuaram a falar;

Porque ficaram parados, não responderam mais.

17 Eu darei a minha parte em resposta, sim, eu;

Eu declararei meu conhecimento, sim, eu;

18 Pois fiquei cheio de palavras;

Espírito exerce pressão+ no meu ventre.

19 Eis que meu ventre é como o vinho sem respiradouro;

Como odres novos, quer rebentar.+

20 Deixai-me falar, para que me dê alívio.

Abrirei meus lábios para responder.+

21 Por favor, não mostre eu parcialidade para com um homem;*+

E não darei título a um homem terreno;*+

22 Pois certamente não sei como posso dar título;

Aquele que me fez+ carregaria facilmente comigo.

33 “Agora, porém, ó Jó, por favor, ouve as minhas palavras,*

E dá ouvidos a tudo o que eu falar.*

 2 Por favor, eis que tenho de abrir minha boca;

Minha língua com meu palato+ tem de falar.

 3 Minhas declarações são a retidão de meu coração,+

E conhecimento é o que meus lábios enunciam sinceramente.+

 4 O próprio espírito de Deus* me fez+

E o fôlego do próprio Todo-poderoso passou a fazer-me viver.+

 5 Se puderes, replica-me,

Enfileira [palavras] diante de mim; toma deveras a tua posição.

 6 Eis que sou para o [verdadeiro] Deus exatamente o que tu és;+

Também eu fui moldado do barro.+

 7 Eis que nenhuma terribilidade minha te apavorará

E nenhuma pressão+ da minha parte pesará sobre ti.

 8 Apenas tu disseste aos meus ouvidos,

E eu ouvia o som das [tuas] palavras:

 9 ‘Sou puro, sem transgressão;+

Estou limpo, não tenho erro.+

10 Eis que ele acha ensejo para oposição contra mim,

Toma-me por inimigo seu.+

11 Põe os meus pés no tronco,+

Vigia todas as minhas veredas.’+

12 Eis que nisto não tiveste razão,+ respondo-te eu;

Porque Deus* é muito mais do que um homem mortal.+

13 Por que é que contendeste com ele,+

Porque não responde a todas as tuas palavras?+

14 Porque Deus* fala uma vez

E duas vezes+ — embora não se repare nisso —

15 Num sonho,+ numa visão+ da noite,

Quando profundo sono cai sobre os homens

Durante os cochilos sobre a cama.+

16 É então que ele destapa o ouvido dos homens+

E apõe seu selo à exortação [dada] a eles,

17 Para desviar o homem* do seu ato+

E para encobrir do varão vigoroso* o próprio orgulho.+

18 Refreia a sua alma de [ir à] cova+

E sua vida de desaparecer por meio duma arma de arremesso.*+

19 E ele é deveras repreendido com dor sobre a sua cama,

E a altercação dos seus ossos é contínua.

20 E sua vida certamente torna o pão repugnante+

E a sua própria alma, comida desejável.

21 Sua carne se definha diante da vista

E seus ossos que não se viam certamente ficam expostos.

22 E sua alma se chega à cova+

E sua vida aos que infligem a morte.*

23 Se há para ele um mensageiro,*

Um porta-voz,* um dentre mil,

Para contar ao homem a sua retidão,*

24 Então ele o favorece e diz:

‘Isenta-o de descer à cova!+

Achei um resgate!*+

25 Torne-se a sua carne mais fresca do que na infância;+

Volte ele aos dias do seu vigor juvenil.’+

26 Suplicará a Deus* para que tenha prazer nele,+

E verá a sua face com gritos de alegria,

E Ele restituirá a Sua justiça ao homem mortal.*

27 Cantará para os homens e dirá:

‘Pequei;+ e perverti o que era reto

E certamente isso não era próprio para mim.

28 Ele remiu a minha* alma de passar para a cova,+

E a minha própria vida verá a luz.’

29 Eis que todas estas são as coisas que Deus* realiza,

Duas vezes, três vezes, no caso dum varão vigoroso,

30 Para fazer a sua alma recuar da cova,+

Para que fique esclarecido com a luz* dos viventes.+

31 Presta atenção, ó Jó! Escuta-me!

Cala-te, e eu mesmo continuarei a falar.

32 Se houver quaisquer palavras [para dizer], replica-me;

Fala, pois me agradei da tua justiça.

33 Se não houver nenhuma, escuta-me tu mesmo;+

Cala-te, e eu te ensinarei sabedoria.”

34 E Eliú continuou a responder e a dizer:

 2 “Escutai, vós sábios, as minhas palavras;

E vós sabedores, dai-me ouvidos.

 3 Pois o próprio ouvido prova as palavras+

Assim como o paladar saboreia quando se come.+

 4 Escolhemos para nós o julgamento;

Saibamos entre nós mesmos o que é bom.

 5 Porque Jó disse: ‘Eu certamente tenho razão,+

Mas o próprio Deus* é que desviou meu julgamento.+

 6 Acaso digo mentiras contra o meu próprio julgamento?

Meu ferimento sério é incurável, embora não haja transgressão.’+

 7 Que varão vigoroso* é como Jó,+

[Que] ingere a caçoada como água?+

 8 E ele certamente está a caminho do companheirismo com os que praticam o que é prejudicial

E de andar com homens de iniqüidade.+

 9 Pois ele disse: ‘De nada aproveita+ ao varão vigoroso

Ter prazer em Deus.’*

10 Portanto, vós homens de coração,+ escutai-me.

Longe está do [verdadeiro] Deus* agir ele iniquamente,+

E do Todo-poderoso agir injustamente!+

11 Pois [é segundo] a atuação do homem terreno* que ele o recompensará,+

E segundo a vereda do homem* que o fará vir sobre ele.

12 Sim, de fato, o próprio Deus* não age iniquamente,+

E o próprio Todo-poderoso não perverte o juízo.+

13 Quem o encarregou da terra

E quem [lhe] designou o solo produtivo,* sim, todo ele?

14 Se ele fixar seu coração em alguém,

[Se] ajuntar a si o espírito e o fôlego do tal,+

15 Toda a carne expirará juntamente,

E o próprio homem terreno* retornará mesmo ao pó.+

16 Portanto, se [tiveres] compreensão, escuta deveras isto;

Dá ouvidos ao som das minhas palavras.

17 Realmente, exercerá controle aquele que odeia a justiça,+

E se alguém forte for justo, acaso [o] pronunciarás iníquo?+

18 Dir-se-á* ao rei: ‘Não prestas para nada’?*

Aos nobres: ‘Sois iníquos’?+

19 [Há Um] que não tem mostrado parcialidade para com príncipes

E não tem dado mais consideração ao nobre do que ao de condição humilde,+

Porque todos eles são trabalho das suas mãos.+

20 Morrem num instante,+ sim, no meio da noite;+

O povo sacode-se e falece,

E os possantes somem sem mão alguma.+

21 Pois os seus olhos estão sobre os caminhos do homem*+

E ele vê todos os seus passos.

22 Não há escuridão nem sombra tenebrosa

Para nelas se esconderem os que praticam o que é prejudicial.+

23 Porque ele não fixa um tempo designado para o homem

Ir a Deus* em julgamento.

24 Quebranta os fortes+ sem investigação

E faz outros ficar de pé em lugar deles.+

25 Por isso reconhece como são as obras deles,+

E ele deveras [os] subverte de noite, e ficam esmigalhados.+

26 Sendo eles iníquos, bate neles

No lugar dos espectadores;+

27 Visto que se desviaram de segui-lo+

E não consideraram nenhum dos seus caminhos,+

28 De modo a fazer chegar a ele o clamor do de condição humilde;

E por isso ele ouve o clamor dos atribulados.+

29 Quando ele mesmo faz que haja sossego, então, quem pode condenar?

E quando ele esconde a face,+ quem o pode avistar,

Sendo a mesma coisa quer para com uma nação+ quer para com um homem?*

30 Para que não reine um homem apóstata,+

Nem haja laços+ do povo.

31 Pois, dirá alguém realmente ao próprio Deus:

‘Suportei [isso], embora não agisse de modo corrupto;+

32 Embora eu não observe nada, instrui-me tu mesmo;

Se cometi qualquer injustiça,

Não [a] farei de novo’?+

33 Acaso fará compensação por ela, do teu ponto de vista, por deveras recusares [o julgamento],

Por tu mesmo escolheres, e não eu?

Fala, sim, aquilo que tu bem sabes.

34 Os próprios homens de coração+ me dirão —

Sim, um varão vigoroso, sábio, que me escuta:

35 ‘O próprio Jó fala sem conhecimento+

E suas palavras são sem [ele] ter perspicácia.’

36 Meu pai, seja Jó provado* até o limite

Pelas suas réplicas entre homens prejudiciais.+

37 Pois acrescenta ao seu pecado a revolta;+

Bate [palmas] entre nós e multiplica as suas declarações contra o [verdadeiro] Deus!”*+

35 E Eliú continuou a responder e a dizer:

 2 “É isto o que consideraste como juízo?

Disseste: ‘Minha justiça é maior do que a de Deus.’*+

 3 Pois dizes: ‘Que te aproveita isso?+

Que proveito maior tenho do que por eu pecar?’+

 4 Eu mesmo replicarei a ti

E aos teus companheiros*+ contigo.

 5 Olha para o céu+ e vê,

E repara nas nuvens,+ [que] elas são deveras mais altas do que tu.

 6 Se realmente pecares, que conseguirás contra ele?+

E [se] as tuas revoltas realmente aumentarem, que lhe fazes?

 7 Se realmente tens razão, o que lhe dás,

Ou o que recebe ele da tua própria mão?+

 8 Tua iniqüidade talvez seja contra um homem* igual a ti,+

E tua justiça para com um filho de homem terreno.*+

 9 Por causa da multidão de opressões eles clamam por socorro;+

Clamam por ajuda por causa do braço dos grandes.+

10 E no entanto, ninguém disse: ‘Onde está Deus,* o Grandioso que me fez,*+

Aquele que dá melodias na noite?’+

11 É ele quem nos ensina+ mais do que aos animais* da terra,+

E nos faz mais sábios do que mesmo as criaturas voadoras dos céus.

12 Ali continuam a clamar, mas ele não responde,+

Por causa do orgulho+ dos maus.

13 Somente a inveracidade é que Deus* não ouve,+

E o próprio Todo-poderoso não repara nela.+

14 Quanto menos, então, quando dizes que não reparas nele!+

A causa jurídica está perante ele, e por isso devias esperá-lo ansiosamente.+

15 E agora, visto que a sua ira não exigiu uma prestação de contas,+

Ele tampouco tomou nota do extremo arrojo.+

16 E o próprio Jó abre muito a sua boca simplesmente por nada;

Sem conhecimento, multiplica apenas palavras.”+

36 E Eliú passou a dizer mais:

 2 “Tem mais um pouco de paciência comigo e eu te declararei

Que há ainda palavras [a dizer] por Deus.*

 3 Transportarei o meu conhecimento de longe

E atribuirei justiça ao meu Formador.*+

 4 Pois as minhas palavras, de fato, não são falsidade;

Aquele que é perfeito em conhecimento+ está contigo.

 5 Eis que Deus* é forte+ e não rejeitará [a ninguém];

[Ele é] forte em poder de coração;*

 6 Não preservará vivo a alguém iníquo,+

Mas dará o julgamento dos atribulados.+

 7 Não tirará os olhos de alguém justo;+

Mesmo aos reis no trono+ —

Ele também os assentará para sempre e eles estarão enaltecidos.

 8 E se estiverem presos em grilhões,+

Estão cativos em cordas de tribulação.

 9 Então os informará sobre a atuação deles

E sobre suas transgressões, porque assumem ares de superioridade.

10 E destapará seu ouvido à exortação+

E dirá que devem recuar do que é prejudicial.+

11 Se obedecerem e servirem,

Acabarão os seus dias no que é bom

E seus anos no agradável.+

12 Mas, se não obedecerem, falecerão+ por causa duma arma de arremesso+

E expirarão sem conhecimento.

13 E os apóstatas no coração são os que acumularão ira.+

Não devem clamar por ajuda porque ele os prendeu.

14 Sua alma morrerá na própria infância,+

E sua vida entre os homens que se prostituem no serviço dum templo.+

15 Ele socorrerá o atribulado na sua tribulação

E destapará seu ouvido na opressão.

16 E certamente te engodará [para longe] da boca da aflição!+

Um lugar mais amplo,+ não o aperto, haverá em seu lugar,

E o consolo da tua mesa será cheio de gordura.+

17 Certamente serás enchido com a sentença judicial contra o iníquo;+

A sentença judicial e o juízo é que segurarão.

18 Pois [cuida de] que o furor+ não te engode a bater palmas [por despeito],

E não te deixes desencaminhar por um grande resgate.+

19 Terá efeito teu clamor por ajuda?+ Não, nem na aflição

Todos os [teus] poderosos esforços.+

20 Não fiques suspirando pela noite,*

Para que os povos retrocedam [de] onde estão.

21 Guarda-te de não te virares para o que é prejudicial,+

Pois escolheste isso em vez de tribulação.+

22 Eis que o próprio Deus* age de modo elevado com o seu poder;

Que instrutor há semelhante a ele?

23 Quem demandou dele uma prestação de contas sobre o seu caminho,+

E quem disse: ‘Cometeste injustiça’?+

24 Lembra-te de que deves magnificar a sua atuação+

Decantada pelos homens.+

25 Todos os da humanidade* a contemplaram;

O próprio homem mortal está olhando de longe.+

26 Eis que Deus é mais sublime do que podemos saber;+

Em número, os seus anos estão além de esquadrinhamento.+

27 Pois ele puxa para cima as gotas de água;+

Filtram como chuva para a sua neblina,

28 De modo que as nuvens pingam,+

Destilam abundantemente sobre a humanidade.

29 Deveras, quem pode entender as camadas de nuvens,

Os estrondos desde a sua barraca?+

30 Eis que estendeu sobre ela a sua luz+

E cobriu as raízes do mar.

31 Porque por estes [meios] pleiteia a causa dos povos;+

Dá comida em abundância.+

32 Nas suas mãos encobriu o raio*

E dá-lhe ordem contra o assaltante.+

33 Seu retumbo+ informa a respeito dele,

Também o gado, a respeito daquele que sobe.

37 “Deveras, por causa disso, meu coração começa a tremer+

E salta do seu lugar.

 2 Escutai atentamente o ribombar da sua voz+

E o rosnar que lhe sai da boca.

 3 Solta-o debaixo dos céus inteiros,

E seu raio+ vai às extremidades* da terra.

 4 Depois brame um som;

Ele troveja+ com o som da sua superioridade,+

E não os refreia quando se ouve a sua voz.+

 5 Deus* troveja com a sua voz+ de modo maravilhoso,

Fazendo grandes coisas que não podemos saber.+

 6 Porque ele diz à neve: ‘Cai para a terra’,+

E [à] precipitação da chuva, sim, [à] precipitação das suas fortes chuvas.+

 7 Apõe um selo à mão de todo homem terreno,

Para que cada mortal conheça o seu trabalho.

 8 E a fera entra na emboscada

E mora nos seus esconderijos.+

 9 Do quarto interior+ vem o tufão

E dos ventos do norte, o frio.+

10 Pelo fôlego de Deus* se dá o gelo,+

E a largura das águas fica sob aperto.*+

11 Sim, carrega de umidade a nuvem,

Sua luz+ espalha a massa de nuvens,

12 E ela está sendo revolvida por ele [dar-lhes] diretrizes para a sua atuação

Aonde quer que as ordene+ sobre a face do solo produtivo* da terra.

13 Quer para uma vara,*+ quer para a sua terra,+

Quer por benevolência,*+ ele a faz produzir resultados.

14 Dá deveras ouvidos a isto, ó Jó;

Fica parado e mostra-te atento às obras maravilhosas de Deus.+

15 Sabes quando Deus* lhes impôs uma ordenança+

E quando fez a luz da sua nuvem reluzir?

16 Conheces os pairos da nuvem,+

As obras maravilhosas Daquele que é perfeito em conhecimento?+

17 Como é que as tuas vestes estão quentes

Quando a terra mostra ter sossego* do sul?+

18 Podes junto com ele achatar o céu nublado,+

Duro como um espelho fundido?

19 Deixa-nos saber o que lhe devemos dizer;

Não podemos produzir [palavras] por causa da escuridão.

20 Deve-se relatar-lhe que eu falaria?

Ou disse algum homem que isso seria transmitido?+

21 E agora, eles realmente não vêem a luz;

Ela está brilhando no céu nublado

Quando o próprio vento* passou e procedeu a limpá-lo.

22 Do norte vem resplendor dourado.*

Em Deus,* a dignidade+ é atemorizante.

23 Quanto ao Todo-poderoso, não o descobrimos;+

Ele é sublime em poder,+

E não depreciará+ o juízo+ e a abundância da justiça.+

24 Portanto, temam-no os homens.*+

Ele não considera a nenhuns que sejam sábios no [seu próprio] coração.”+

38 E Jeová passou a responder a Jó de dentro do vendaval+ e a dizer:

 2 “Quem é este que está obscurecendo o conselho

Por meio de palavras sem conhecimento?+

 3 Por favor, cinge os teus lombos como um varão vigoroso

E deixa-me perguntar-te, e faze-me saber.+

 4 Onde vieste a estar quando fundei a terra?+

Informa-me, se deveras conheces a compreensão.

 5 Quem lhe pôs as medidas, caso tu o saibas,

Ou quem estendeu sobre ela o cordel de medir?

 6 Em que se fundaram seus pedestais+ de encaixe

Ou quem lançou a sua pedra angular,

 7 Quando as estrelas da manhã+ juntas gritavam de júbilo

E todos os filhos de Deus*+ começaram a bradar em aplauso?

 8 E [quem] bloqueou com portas* o mar,+

Que começou a sair quando irrompeu da madre;

 9 Quando lhe* pus a nuvem por vestimenta

E as densas trevas como suas faixas,

10 E passei a fragmentar* meu regulamento sobre ele

E a pôr-lhe tranca e portas,+

11 E prossegui, dizendo: ‘Até aqui podes chegar, e não mais adiante;+

E aqui se limitam as tuas vagas orgulhosas’?+

12 Foi dos teus dias em diante que deste ordens à manhã?+

Fizeste tu a alva saber o seu lugar,

13 Para segurar as extremidades* da terra,

A fim de que os iníquos* fossem sacudidos dela?+

14 Ela se transforma como o barro+ debaixo dum selo,

E as coisas* tomam a sua posição como na vestimenta.

15 E dos iníquos* se retém a luz+

E se quebra o próprio braço erguido.+

16 Chegaste aos mananciais* do mar

Ou andaste+ em busca da água de profundeza?*+

17 Revelaram-se a ti os portões da morte+

Ou podes ver os portões da sombra tenebrosa?*+

18 Consideraste inteligentemente os espaços amplos da terra?+

Informa se chegaste a conhecer tudo.

19 Onde, então, está o caminho que leva à residência da luz?+

Quanto à escuridão, onde, então, é seu lugar,

20 Para a levares ao seu termo

E para compreenderes as sendas à sua casa?

21 Acaso [o] sabes porque nasceste naquele tempo,+

E [porque] os teus dias são muitos em número?

22 Acaso entraste nos depósitos da neve,+

Ou vês mesmo os depósitos da saraiva,+

23 Que reservei para o tempo de aflição,

Para o dia de peleja e de guerra?+

24 Onde, então, está o caminho pelo qual se distribui a luz*

[E] o vento oriental+ se espalha pela terra?

25 Quem abriu um canal para a inundação

E um caminho para a trovejante nuvem de temporal,+

26 Para fazer chover sobre a terra onde não há homem,*+

[Sobre] o ermo em que não há homem terreno,*

27 Para fartar lugares tempestuosos e desolados

E para fazer brotar o rebento da relva?+

28 Acaso existe um pai para a chuva,+

Ou quem deu à luz as gotas do orvalho?+

29 Do ventre de quem sai realmente o gelo,

E quanto à geada+ do céu, quem é que a dá à luz?

30 As próprias águas ficam escondidas como que por uma pedra,

E a própria superfície da água de profundeza se torna compacta.+

31 Podes atar as cadeias da constelação de Quima,*

Ou podes soltar as próprias cordas da constelação de Quesil?*+

32 Podes fazer sair a constelação de Mazarote* no seu tempo fixado?

E quanto à constelação de Ás* ao lado dos seus filhos, acaso podes guiá-los?

33 Chegaste a conhecer os estatutos dos céus,+

Ou poderias estabelecer a sua autoridade na terra?

34 Acaso podes elevar a tua voz mesmo até a nuvem,

Para que te cubra a massa movimentada da própria água?+

35 Acaso podes enviar relâmpagos para que vão

E te digam: ‘Aqui estamos!’?

36 Quem pôs sabedoria+ nas camadas de nuvens*

Ou deu compreensão+ ao fenômeno celeste?*

37 Quem pode contar exatamente as nuvens em sabedoria,

Ou as talhas de água do céu — quem [as] pode entornar,+

38 Quando o pó se despeja como dentro duma massa fundida

E os próprios torrões de terra aderem um ao outro?

39 Acaso podes caçar a presa para o próprio leão

E podes satisfazer* o vivo apetite dos leões novos,+

40 Quando se agacham nos esconderijos+

[Ou] estão deitados na guarida para uma emboscada?

41 Quem prepara para o corvo o seu alimento+

Quando seus próprios filhotes clamam a Deus* por ajuda,

Vagueando por não haver nada para comer?

39 “Ficaste conhecendo o tempo fixo de parirem as cabras-montesas do rochedo?+

Observas tu exatamente quando é que as corças têm cria+ com dores?

 2 Contas tu os meses lunares que cumprem

Ou vieste saber o tempo fixo de parirem?

 3 Dobram-se para ter suas crias,

Livrando-se das suas dores cruciantes.*

 4 Seus filhotes se tornam robustos, crescem no campo aberto;

Deveras saem e não retornam a elas.

 5 Quem pôs em liberdade a zebra,+

E quem soltou as próprias ligaduras do jumento selvagem,

 6 Ao qual designei por casa a planície desértica

E por sua moradia a terra salgada?+

 7 Ri-se do tumulto da vila;

Não ouve os ruídos do batedor.+

 8 Explora os montes pelo seu pasto+

E busca toda sorte de planta verde.+

 9 Acaso quererá servir-te o touro selvagem,+

Ou pernoitará ele junto à tua manjedoura?

10 Acaso atarás o touro selvagem ao sulco, com as suas cordas,

Ou gradará+ ele as baixadas atrás de ti?

11 Confiarás nele por ser abundante em poder

E deixarás para ele a tua labuta?

12 Acaso te fiarás nele, que te traga de volta a tua semente

E que ajunte à tua eira?

13 Acaso a asa da fêmea de avestruz bateu alegremente,

Ou [tem ela] as plumas duma cegonha+ e a plumagem?

14 Pois ela deixa seus ovos na própria terra

E os mantém quentes no pó,

15 E se esquece que algum pé pode esmagá-los

Ou mesmo uma fera do campo pode trilhá-los.

16 Trata rudemente os seus filhotes, como se não fossem seus+ —

Sua labuta é em vão, [porque não tem] pavor.

17 Porque Deus* a fez esquecer a sabedoria

E não lhe deu parte na compreensão.+

18 No tempo em que bate [as asas] alto

Ela se ri do cavalo e do seu cavaleiro.

19 Podes dar potência ao cavalo?+

Podes vestir seu pescoço com uma crina farfalhante?*

20 Podes fazê-lo pular como um gafanhoto?

A dignidade do seu resfôlego é aterradora.+

21 Escarva*+ na baixada e exulta em poder;

Sai para enfrentar armamento.+

22 Ri-se do pavor e não está aterrorizado;+

Nem retrocede por causa duma espada.

23 Sobre ele chocalha a aljava,

A lâmina duma lança e um dardo.

24 Com retumbo e agitação devora a terra,

E não acredita que seja o som duma buzina.

25 Assim que toca a buzina diz: Eia!

E de longe cheira a batalha,

A algazarra dos chefes* e o grito de guerra.+

26 É devido à tua compreensão que esvoaça o falcão,

Que ele estende suas asas ao vento sulino?

27 Ou é às tuas ordens que a águia+ voa para cima

E que constrói o seu ninho no alto,+

28 Que ela reside num rochedo e passa a noite

No pico dum rochedo e num lugar inacessível?

29 De lá tem de ir em busca de alimento;+

Seus olhos olham para longe.

30 E seus próprios filhotes sorvem sangue;

E onde há os que foram mortos, ali está ela.”+

40 E Jeová passou a responder a Jó e a dizer:

 2 “Acaso devia haver contenda* da parte do caturra com o Todo-poderoso?+

Responda a isto o próprio repreendedor de Deus.”*+

3 E Jó passou a responder a Jeová e a dizer:

 4 “Eis que me tornei de pouca importância.+

Que te replicarei?

Pus a minha mão sobre a boca.+

 5 Falei uma vez, e não vou responder;

E duas vezes, e não vou acrescentar nada.”

6 E Jeová prosseguiu, respondendo a Jó de dentro do vendaval+ e dizendo:

 7 “Por favor, cinge os teus lombos como um varão vigoroso;+

Eu te perguntarei e tu mo farás saber.+

 8 Realmente, invalidarás tu a minha justiça?

Pronunciar-me-ás iníquo, a fim de teres razão?*+

 9 Ou acaso tens um braço igual ao do [verdadeiro] Deus,*+

E podes fazer trovejar com uma voz igual à sua?+

10 Por favor, atavia-te com superioridade+ e eminência;+

E veste-te com dignidade+ e esplendor.+

11 Dá vazão aos acessos de fúria da tua ira,+

E vê todo o altivo e rebaixa-o.

12 Vê todo o altivo, humilha-o,+

E calca os iníquos lá mesmo onde estão.

13 Encobre-os juntos no pó,+

Pensa as suas próprias faces no lugar encoberto,

14 E eu, sim eu, te elogiarei,

Porque a tua direita pode salvar-te.

15 Eis aqui o beemote* que eu fiz tanto quanto a ti.

Come erva verde+ assim como o touro.

16 Eis que seu poder está nas suas ancas

E sua energia dinâmica+ nos cordões musculares do seu ventre.

17 Deixa pender a sua cauda como um cedro;

Os tendões das suas coxas estão entrelaçados.

18 Seus ossos são tubos de cobre;

Seus ossos fortes são como barras de ferro forjado.

19 É o princípio dos caminhos de Deus;*

Aquele que o fez+ pode levar perto a sua espada.

20 Porque os próprios montes lhe produzem os seus produtos,+

E todas as feras do campo divertem-se ali.*

21 Deita-se debaixo dos lódãos espinhosos,

No esconderijo de canas+ e no brejo.+

22 Os lódãos espinhosos mantêm-no bloqueado com a sua sombra;

Cercam-no os choupos do vale da torrente.

23 Quando o rio fica turbulento, não corre tomado de pânico.

Mantém-se confiante, mesmo que o Jordão+ irrompa contra a sua boca.

24 Pode alguém tomá-lo diante dos seus olhos?

Pode alguém furar-lhe o nariz com laços?*

41 “Acaso podes puxar para fora o leviatã*+ com um anzol

Ou podes manter-lhe a língua abaixada com uma corda?

 2 Podes pôr-lhe um junco nas narinas+

Ou furar-lhe a queixada com um espinho?

 3 Far-te-á muitos rogos

Ou dir-te-á palavras suaves?

 4 Concluirá contigo um pacto

Para que o tomes como escravo por tempo indefinido?

 5 Divertir-te-ás com ele como se fosse um pássaro,

Ou o atarás para as tuas moças?

 6 Acaso o regatearão* sócios?

Acaso o dividirão entre os comerciantes?*

 7 Porventura encherás a sua pele de arpões+

Ou a sua cabeça de chuços de pesca?

 8 Põe tua mão sobre ele.

Lembra-te da batalha. Não o faças de novo.*

 9 Eis que certamente ficará desapontada a expectativa que se tem dele.

Também se é arremessado para baixo à mera vista dele.

10 Ninguém é tão audaz que o incite.

E quem é que se pode manter firme diante de mim?+

11 Quem me deu primeiro alguma coisa, que eu o deva recompensar?+

Debaixo dos céus inteiros, é meu.+

12 Não me calarei sobre as suas partes

Ou sobre a questão da [sua] potência e da graça das suas proporções.

13 Quem expôs a face da sua vestimenta?

Quem entrará na sua queixada dupla?*

14 Quem abriu as portas da sua face?*

Seus dentes em redor são aterradores.

15 Leiras de escamas são a sua altivez,

Fechadas como que por um selo apertado.

16 Uma se ajusta bem à outra,

E nem mesmo o ar pode penetrar entre elas.

17 Cada uma é apegada à outra;*

Agarram-se uma à outra e não podem ser separadas.

18 Seus próprios espirros fazem brilhar a luz

E seus olhos são como os raios da alva.

19 Lampejos procedem da sua boca,

Sim, faíscas de fogo escapam.

20 Das suas narinas sai fumaça,

Igual a uma fornalha acesa com juncos.

21 A própria alma* dele incendeia carvões,

E até mesmo uma chama sai da sua boca.

22 No seu pescoço hospeda-se a força,

E diante dele pula o desespero.*

23 As dobras da sua carne se apegam uma à outra;

Estão como que fundidas sobre ele, imóveis.

24 Seu coração é fundido como pedra,

Sim, fundido como a mó inferior.

25 Por ele se levantar, amedrontam-se os fortes;+

Por causa da consternação, ficam confusos.

26 Ao alcançá-lo, a própria espada não se mostra à altura,

Nem tampouco a lança, o dardo ou a ponta da flecha.+

27 Considera o ferro+ apenas como palha,

O cobre apenas como pau podre.

28 Uma flecha* não o põe em fuga;

As pedras de funda+ foram transformadas para ele em mero restolho.

29 O cacete foi considerado [por ele] como mero restolho,+

E ri-se do retinir do dardo.

30 Suas partes de baixo são como cacos pontiagudos;*

Estende sobre a lama um instrumento de debulhar.+

31 Faz as profundezas ferver como panela;

Faz o próprio mar igual a um pote de ungüento.

32 Atrás de si faz luzir a senda;*

Considerar-se-ia a água de profundeza como cãs.*

33 Sobre o pó não há quem lhe seja igual,

Alguém feito para não ter terror.

34 Vê tudo o que é alto.

É rei sobre todas as feras majestosas.”*

42 E Jó passou a responder a Jeová e a dizer:

 2 “Fiquei sabendo que és capaz de fazer todas as coisas,+

E não há idéia que te seja inalcançável.+

 3 ‘Quem é este que está obscurecendo o conselho sem conhecimento?’+

Por isso falei, mas não estava entendendo

Coisas maravilhosas demais para mim, as quais não conheço.+

 4 ‘Ouve, por favor, e eu mesmo falarei.

Eu te perguntarei e tu mo farás saber.’+

 5 Em rumores* ouvi a teu respeito,

Mas agora é o meu próprio olho que te vê.

 6 Por isso faço uma retratação

E deveras me arrependo*+ em pó e cinzas.”

7 E sucedeu que, depois de Jeová ter falado estas palavras a Jó, Jeová passou a dizer a Elifaz, o temanita:

“Minha ira se acendeu contra ti e contra os teus dois companheiros,+ pois não falastes a verdade+ a meu respeito assim como fez meu servo Jó. 8 E agora, tomai para vós sete novilhos e sete carneiros,+ e ide ao meu servo Jó,+ e tereis de oferecer um sacrifício queimado em vosso próprio favor; e o próprio Jó, meu servo, orará por vós.+ Somente aceitarei a face dele, para não cometer uma ignominiosa insensatez convosco, pois não falastes a verdade a meu respeito assim como fez meu servo Jó.”+

9 Por conseguinte, Elifaz, o temanita, e Bildade, o suíta, [e] Zofar, o naamatita, foram e fizeram assim como Jeová lhes falara; e, assim, Jeová aceitou a face de Jó.

10 E o próprio Jeová fez recuar a condição cativa de Jó+ quando ele orou a favor dos seus companheiros,+ e, adicionalmente, Jeová começou a dar em dobro+ tudo o que fora de Jó. 11 E foram ter com ele todos os seus irmãos e todas as suas irmãs, e todos os que antes o conheciam,+ e começaram a comer pão com ele+ na sua casa, e a compadecer-se dele, e a consolá-lo por toda a calamidade que Jeová deixara vir sobre ele; e passaram, cada um, a dar-lhe uma peça de dinheiro,* e, cada um, uma argola de ouro.

12 Quanto a Jeová, ele abençoou+ o fim posterior de Jó mais do que seu princípio,+ de modo que veio a ter quatorze mil ovelhas,* e seis mil camelos, e mil juntas de gado vacum, e mil jumentas. 13 Veio a ter também sete filhos e três filhas.+ 14 E ele foi chamar a primeira pelo nome de Jemima, e a segunda pelo nome de Quezia, e a terceira pelo nome de Querém-Hapuque. 15 E não se achavam em todo o país mulheres mais bonitas do que as filhas de Jó, e seu pai passou a dar-lhes uma herança entre os seus irmãos.+

16 Depois disso Jó continuou a viver por cento e quarenta anos,*+ e chegou a ver seus filhos e seus netos+ — quatro gerações. 17 E por fim morreu Jó, velho e saciado de dias.*+

“Homem.” Hebr.: ’ish.

“Jó.” Hebr.: ’I·yóhv, significando “Objeto de Hostilidade”. Não é o mesmo que weYóhv, “e Ió”, em Gên 46:13.

Ou “gado miúdo”, incluindo ovelhas e cabritos.

Lit.: “filhos do Oriente”.

Ou “cada um”. Hebr.: ’ish.

“Tenham . . . amaldiçoado” era a versão original. O texto foi mudado para rezar “tenham . . . abençoado”. LXX: “imaginado coisas más contra”; Sy: “injuriado”; Vg: “bendito”. Veja Ap. 2B.

“Filhos do.” Hebr.: benéh; LXX: “anjos”.

“Do [verdadeiro] Deus.” Hebr.: ha·’Elo·hím, com o artigo definido ha, “o”, precedendo ao título ’Elo·hím. Veja Ap. 1F.

Hebr.: has·Sa·tán, “o Opositor”. Usado nos capítulos 1 e 2. Esta é a primeira ocorrência de has·Sa·tán no M, embora sa·tán, “opositor”, sem o artigo definido ha, ocorra nove vezes antes disso, começando em Núm 22:22. Gesenius’ Hebrew Grammar (GK), sec. 126 d e e, declara: “O artigo, de modo geral, é empregado para determinar um substantivo sempre que seja exigido pelo grego e pelo inglês; assim: . . . (d) Quando termos que se aplicam a classes inteiras são restritos (simplesmente pelo uso) a determinados indivíduos . . . ou a coisas, ex. שָׂטָן adversário, הַשטָן o adversário, Satanás (Satã) . . .”

Veja v. 5 n.

Lit.: “face”. Veja 2Sa 17:11 n.: “pessoa”.

Lit.: “Sabá”.

“Vento.” Hebr.: rú·ahh. Veja Gên 1:2 n.: “ativa”.

“Os anjos”, LXX.

Veja 1:6 n.: “Satanás”.

“Sua alma (vida).” Hebr.: naf·shóh; gr.: psy·khés; lat.: á·ni·ma. Veja Ap. 4A.

Veja 1:5 n.

Veja v. 4 n.

Veja 1:12 n.

Veja 1:5 n.

“Um varão vigoroso.” Hebr.: ghá·ver.

“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah, sing. de ’Elo·hím. ’Elóh·ah ocorre 41 vezes em Jó e 16 vezes em outros livros do M. Veja De 32:15 n.: “Deus”.

Lit.: “sombra da morte”.

“Praguejadores do.” Hebr.: ’o·reréh; não é a mesma palavra que em 1:5, 11; 2:5, 9.

“Leviatã”, MSyVg; LXX: “o grande monstro marinho”.

“Pirâmides”, mediante uma correção.

“Do seu amo.” Hebr.: me·’adho·náv, pl. de ’a·dhóhn, para denotar excelência.

“Junto a um monte de pedras”, mediante uma ligeira correção do M, para corresponder à “sepultura” no mesmo v.

“Ao varão vigoroso.” Hebr.: leghé·ver. Veja v. 3 n.

Veja v. 4 n.

“Palavra.” Hebr.: dha·vár, usada 20 vezes em Jó.

“Tuas palavras.” Hebr.: mil·leí·kha, usada 34 vezes em Jó e apenas 4 vezes em outros livros.

Hebr.: ’ar·yéh. O leão africano.

Hebr.: la·ví’. O leão asiático.

“O homem mortal.” Hebr.: ha·’enóhsh. Veja 8:3 n.

“Do que . . . Deus.” Hebr.: me·’Elóh·ah.

Ou “anjos”.

Ou: “Esmigalham-se.”

“Qual dos santos anjos”, LXX.

Lit.: “Que [é] sua ceifa.”

Ou “até mesmo dos espinhos”.

“E [os] sedentos deveras [lhe] tiram seu leite”, mediante uma correção do M.

Ou “homem terreno”. Hebr.: ’a·dhám.

Lit.: “os filhos da chama”.

Ou “ao Divino”. Hebr.: ’El; LXX: “Jeová”.

Ou “pleito”.

“Deus.” Hebr.: ’Elo·hím, pl. de ’Elóh·ah, para denotar excelência e majestade; LXX: “Jeová”.

Lit.: “e não se pode escrutá[-las]”.

Ou “homem mortal”, como em 4:17. Hebr.: ’enóhsh.

“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.

Lit.: “mãos”.

“Jeová”, LXXVg.

“Expulsam-me do contato social”, mediante a transposição de duas letras no M.

“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.

Ou “onagro; jumento selvagem”.

“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.

Ou “minha vida [como alma]”. Hebr.: naf·shí; gr.: psy·khé.

Ou “amor leal”.

Lit.: “Sabá”.

“Repreensão.” No hebr., este é um verbo no infinitivo absoluto, indefinido quanto ao tempo e impessoal.

“Meu espírito.” Hebr.: ru·hhí; lat.: spí·ri·tus.

Ou “faças muito [caso] dele”.

Isto é, não estar nem por um instantinho sozinho. Veja Núm 4:20 n.

“Humanidade.” Hebr.: ha·’a·dhám.

“Ti”, LXX e o texto original hebr.; M: “mim”. Esta é uma das Dezoito Emendas feitas pelos soferins judaicos. Veja Ap. 2B.

“Deus.” Hebr.: ha·’Él. Aqui, ha é uma partícula interrogatória que introduz uma pergunta.

Segundo M; LXX: “ele escutará a tua súplica”.

“To dirão”, LXX; M: “te dirão”.

“Veredas”, M; LXX: “as coisas derradeiras (o resultado); o fim posterior”.

“Deus.” Hebr.: ’El; LXX: “Jeová”.

Ou “ímpio (profano)”; ou: “alguém apartado de Deus”.

Ou “teia”.

“Deus.” Hebr.: ’El.

“Deus.” Hebr.: ’El; LXX: “Jeová”.

“Ao sol.” Hebr.: la·hhé·res; gr.: he·lí·oi; lat.: só·li.

Lit.: “nos altos”.

“A constelação de Ás.” Hebr.: ‛Ash. Considerada por alguns como sendo a constelação da Ursa Maior.

“A constelação de Quesil.” Hebr.: Kesíl. Considerada por alguns como sendo a constelação de Órion (Caçador).

“E a constelação de Quima.” Hebr.: weKhi·máh. Considerada por alguns como sendo as Plêiades na constelação do Touro.

“Aquele que fez as Plêiades, e o Héspero, e Arcturo, e os depósitos do Sul”, LXX; Vg: “que faz Arcturo, e Órion, e as Híades e os quartos interiores do Sul”. Entende-se que os quartos interiores do Sul sejam as constelações abaixo do equador, no hemisfério sul.

“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah. Veja 3:4 n.

“Arremetedor.” Hebr.: rá·hav. Veja 26:12 n.

“Estar tomando.” No hebr., este é um verbo no infinitivo absoluto, indefinido quanto ao tempo, sendo usado aqui como objeto do verbo “conceder”.

“Ei-lo!” T; M: “Eis!”

“Minha própria boca”, MLXXSyVg; mediante uma correção do M: “sua própria boca”.

“Flagelo”, mediante outra derivação da palavra hebr.

Ou “palmas”.

“Não há”, MVg; LXX: “Se tão-somente houvesse.”

Ou “mediador”. Gr.: me·sí·tes, como em 1Ti 2:5.

“Comigo mesmo”, MVg; LXX: “com ele”.

“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.

Ou “palmas”.

Ou “amor leal”.

“Meu espírito (fôlego).” Hebr.: ru·hhí; gr.: pneú·ma; lat.: spí·ri·tum.

“Testemunhas”, MVg; LXX: “testes”; Sy: “armas”.

Ou “um turno de trabalho compulsório após outro está comigo”.

Ou: “Expire eu.”

Lit.: “sombra da morte”.

Lit.: “homem de lábios”.

“Homens.” Hebr.: methím, varões adultos.

Lit.: “dobradas”.

Lit.: “E sabe”, imperativo.

Veja v. 3 n.

“Até mesmo o homem.” Hebr.: we’ísh.

Ou “homem terreno”. Hebr.: ’a·dhám.

Lit.: “abrandarão tua face”.

Lit.: “Não caio atrás de vós.”

“Torno-me”, MVg; LXXSy: “Torna-se”.

“A Deus.” Hebr.: le·’Elóh·ah.

“Deus.” Hebr.: ’El.

“Um deus.” Hebr.: ’elóh·ah.

Ou: “Ou fala refletidamente à terra.” Mediante uma correção: “Ou aos répteis [ou: às feras] da terra.”

“Jeová”, MLXXSyVg; T(aram.): Yai.

“E o espírito (fôlego) de.” Hebr.: werú·ahh; gr.: pneú·ma; sir.: weru·hha’; lat.: spí·ri·tus.

“Homem.” Hebr.: ’ish.

Ou: “E não significa entendimento a extensão de dias?”

“Aquele que leva cativos os conselheiros”, LXX; Vg: “ele leva os conselheiros a um fim tolo”.

Mediante a mudança dos sinais vocálicos. Lit.: “disciplina”.

Ou “e faz rios perenes secar-se”.

Lit.: “lábio”.

Veja 12:3 n.

“Deus.” Hebr.: ’El.

“Ser parciais”, M; TSyVg: “tratá-lo com parcialidade”.

Ou “vossos parapeitos”.

“E . . . a minha própria alma.” Hebr.: wenaf·shí; gr.: psy·khén; lat.: á·ni·mam. Veja Jz 12:3; 1Sa 19:5.

Ou “eu não esperaria”, M; MmargemTSyVg: “por ele eu esperaria”.

Ou: “Isso”.

“Faças.” O verbo hebr. está no sing. para concordar com “tu”, “teu”, “tua” e “ti”, falando-se a Deus, nos vv. 20-27.

Lit.: “raízes dos”.

“Ele.” Isto é, Jó.

“Algo podre (podridão)”, MVg; LXX: “odre”; Sy: “bolsa de couro”.

Ou “homem terreno”. Hebr.: ’a·dhám.

Lit.: “se mantém de pé”. Veja Êx 9:16 n.: “existência”.

“Me”, M; LXXSyVg: “o”.

Ou: “Ninguém pode.”

Ou “deixe de existir”, como no v. 7.

Lit.: “ainda mudará”.

“Mas o varão vigoroso.” Hebr.: weghé·ver.

“O homem terreno.” Hebr.: ’a·dhám.

“Onde está ele?” MVg; LXXSy: “ele não existe mais”.

Lit.: “E homem.” Hebr.: we’ísh.

“Não acordará, nem despertará do seu sono”, Vg e mediante uma ligeira correção do M.

“No Seol.” Hebr.: bish·’óhl; gr.: haí·dei; sir.: ba·shiul; lat.: in·fér·no; isto é, a sepultura comum da humanidade. Veja Ap. 4B.

“O varão vigoroso.” Hebr.: gé·ver.

“Homem mortal.” Hebr.: ’enóhsh.

Ou: “Apenas a sua própria parentela (parentes carnais) continuará a penar por ele, e seus próprios escravos (almas adquiridas) continuarão a pranteá-lo.” Para contrastar “parentes carnais” com “almas adquiridas”, compare Gên 37:27 e Is 58:7 com Gên (12:5; 14:21; 36:6); Ez 27:13; Re 18:13 n.: “almas humanas”.

Lit.: “conhecimento de vento”. Hebr.: dha·‛ath-rú·ahh.

“Deus.” Hebr.: ’El.

Ou “tua boca ensina teu erro”. LXX: “tu és culpado pelas palavras da tua boca”; Sy: “tua boca ensina pecado”.

“Homem.” Hebr.: ’a·dhám.

“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.

“Deus.” Hebr.: ’El.

“Homem mortal.” Hebr.: ’enóhsh.

Ou “alimento”.

“Deus.” Hebr.: ’El.

“Adquisição.” O significado no M é incerto; LXX: “sombra”; Vg: “raiz”.

“Por um sopro de.” Hebr.: berú·ahh.

Lit.: “não no seu dia”.

Lit.: “dói [ofende]”.

“Junte eu palavras”, segundo outra derivação do verbo.

“Deus.” Hebr.: ’El.

Lit.: “um garoto”, M; LXXVg: “um injusto”.

Lit.: “sombra da morte”.

“E minha testemunha.” Hebr.: wesa·hadhí, considerado como estrangeirismo aram. Veja Gên 31:47 n.: “Jegar-Saaduta.”

“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.

“Homem.” Hebr.: ’a·dhám.

“Apenas anos contados”, LXX.

Ou “fôlego”. Veja 12:10 n.: “espírito”.

“Elas”, hebr. fem., referindo-se à “esperança”, mencionada duas vezes no v. 15.

“Seol.” Hebr.: she’ól; gr.: haí·den; lat.: in·fér·num. Veja Ap. 4B.

Ou “poder mágico”.

“Sua pele será consumida pela doença”, mediante uma ligeira correção do M.

“O primogênito da morte”, isto é, a doença mais mortífera.

“E . . . do solo produtivo.” Hebr.: u·mit·te·vél; lat.: et de ór·be, “e do círculo [terrestre]”.

“Deus.” Hebr.: ’El.

LXX acrescenta: “por dizer algo que não era necessário, e minhas declarações (pronunciações) estão enganadas (erram) e não são oportunas (a propósito)”.

“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah, sing. de ’Elo·hím.

Ou: “Meus parentes.”

“Meu . . . hálito (espírito).” Hebr.: ru·hhí; lat.: há·li·tum.

“E minha carne fica calva nos meus dentes”, mediante outra derivação do verbo e com algumas correções do M. Veja 13:14.

“De Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.

“Deus.” Hebr.: ’El.

“Meu redentor (resgatador).” Ampliando-se a idéia: “meu vingador (vindicador)”. Hebr.: gó·’ali; lat.: re·dém·ptor. Veja Núm 35:21; Sal 19:14; Pr 23:11; Is 63:16; Je 50:34.

Lit.: “Ainda que fora da minha carne”, ou: “Ainda à parte da minha carne.”

“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.

Segundo M; LXX: “acharemos nele”.

“Há um juiz”, T, e mediante sinais vocálicos diferentes no M (veja 1Sa 24:15); outros lhe dão a versão: “há um Todo-poderoso”.

Ou “Adão”. Hebr.: ’a·dhám.

“Deus.” Hebr.: ’El.

Lit.: “mão”.

“Arma de arremesso”, mediante uma correção; M: “Alguém puxou [duma arma].”

“Uma arma lampejante.” Lit.: “relâmpago (lampejo)”.

Ou: “O aumento de sua casa sumirá de roldão.”

Ou “homem terreno”. Hebr.: ’a·dhám.

“Da parte de Deus.” Hebr.: me·’Elo·hím.

“Da parte de Deus.” Hebr.: me·’El.

“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah. Veja 3:4 n.

Ou “que o adoremos (lhe prestemos serviço sagrado)”. Hebr.: na·‛av·dhén·nu.

Lit.: “mão”.

“Vento.” Hebr.: rú·ahh; gr.: a·né·mou; lat.: vén·ti.

“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.

“Até mesmo a Deus.” Hebr.: hal·’Él. Veja 22:2 n.: “Deus”.

“Ele é liberto”, mediante uma correção; M: “levado”, como no v. 32.

Ou “monte de feixes”.

Ou “todo homem terreno”. Hebr.: kol-’a·dhám.

“Um varão vigoroso.” Hebr.: gá·ver.

“Para . . . Deus.” Hebr.: hal·’Él. Aqui, ha é uma partícula interrogatória que introduz uma pergunta.

“Quanto ao homem.” Hebr.: we’ísh.

Lit.: “braço”.

“Estão esmigalhados”, M; TLXXSyVg: “esmigalhas”.

“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.

“Vê”, imperativo, M; LXXSy: “Ele vê”.

Ou “a cabeça das estrelas”, isto é, a estrela mais alta.

“Deus.” Hebr.: ’El.

Lit.: “homens [causadores] de prejuízo”. Hebr.: metheh-’á·wen.

“Ao [verdadeiro] Deus.” Hebr.: la·’Él; LXX: “Jeová”. Veja Ap. 1G.

“Contra nós”, LXXSy; M: “contra ele”.

“Nossos antagonistas”, M; mediante uma correção: “a propriedade deles”.

“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.

Possivelmente: “Deus socorrerá o inocente.” Lit.: “Socorrerá aquele que não é inocente.” M parece aqui defeituoso.

Lit.: “palmas”.

Ou “contra”. Veja Gên 10:9 n.: “oposição a”.

Ou “do meu adversário em juízo”, mediante uma correção.

“Eu me desvio”, SyVg.

“Passo”, M; LXX: “ordens”.

“Até mesmo . . . Deus.” Hebr.: we’Él.

“Junto com seu pastor”, LXX.

Ou “extraem azeite”.

“E . . . Deus.” Hebr.: we·’Elóh·ah.

Ou “ele vai como arrombador”.

“Sua vida”, LXXVg e três mss. hebr.; M: “vida”.

“Homem mortal.” Hebr.: ’enóhsh.

“Deus.” Hebr.: ’El.

Ou “homem terreno”. Hebr.: ’a·dhám.

“E o fôlego de quem.” Em hebr.: wenish·math-mí.

“Os impotentes na morte.” Hebr.: hor·fa·’ím; em ocorrências anteriores foi traduzido por “os refains”; LXXVg: “gigantes”.

“[O lugar de] destruição.” Hebr.: la·’avad·dóhn, “Abadon”, esta é a primeira ocorrência desta palavra hebr.; gr.: a·po·leí·ai; lat.: per·di·ti·ó·ni. Veja “Apolion” em Re 9:11 e as n. ali.

“Do trono.” Mediante sinais vocálicos diferentes: “de sua lua cheia”.

“Estende.” No hebr., a forma mista deste verbo é entendida como estando no infinitivo absoluto, indefinido quanto ao tempo e impessoal.

“O arremetedor.” Hebr.: rá·hav. Possivelmente um monstro marinho.

“Pelo seu vento (espírito).” Hebr.: beru·hhóh; lat.: spí·ri·tus.

“Deus.” Em hebr.: ’El.

“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.

“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.

“Deus.” Hebr.: ’El.

Ou “homem terreno”. Hebr.: ’a·dhám.

Ou “pão”.

Lit.: “morte”.

Ou “ele não será ajuntado”, M; LXXSy: “ele nada acrescentará”.

“Quais águas.” Ou: “Durante o dia”, mediante uma correção.

Ou “[alguém passando] pelo seu lugar assobiará contra este”.

“Alguns dos homens mortais.” Hebr.: me·’enóhsh.

Lit.: “os filhos do orgulho (da dignidade)”.

“Valor”, MSyVg; LXX: “caminho”.

Ou “águas empoladas”. Hebr.: tehóhm, como em Gên 1:2; gr.: á·bys·sos; lat.: a·býs·sus.

“Com ouro.” Hebr.: bekhé·them, um estrangeirismo egípcio.

“Ouro.” Hebr.: za·háv.

“Cus”, M(hebr.: Kush)Sy; LXXVg: “Etiópia”.

“Destruição.” Hebr.: ’avad·dóhn. Veja 26:6 n.

“Deus.” Hebr.: ’Elo·hím.

“Debaixo dos céus inteiros”, MSy; LXXVg: “tudo debaixo dos céus”.

“Para o vento.” Hebr.: la·rú·ahh; gr.: a·né·mon, pl.; lat.: vén·tis, pl.

Lit.: “a ela”, hebr. fem., referindo-se à sabedoria.

Ou “ao homem terreno”. Hebr.: la·’a·dhám.

Uma das 134 mudanças de YHWH para ’Adho·naí feitas pelos escribas. Veja Ap. 1B.

“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.

Lit.: “estava sendo despejada como correntes de azeite comigo”.

“Arrancava”, mediante uma ligeira correção; M: “arremetia”.

“Dentro do meu ninho.” Possivelmente: “Na minha velhice”, para concordar com LXX.

“Como pelo vento.” Hebr.: ka·rú·ahh. Veja Gên 1:2 n.: “ativa”.

“Luz do sol”, M; mediante uma correção: “consolo”.

“Na congregação.” Hebr.: vaq·qa·hál; gr.: ek·kle·sí·ai.

“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah; gr.: ho The·ós.

Lit.: “em balança de justiça”.

“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah; LXX: “Jeová”.

“Destruição.” Hebr.: ’avad·dóhn. Veja 26:6 n.

“Deus.” Hebr.: ’El.

“Deus.” Hebr.: ’El; gr.: Ky·rí·ou, “Jeová”.

“Ouro.” Hebr.: za·háv.

“Ou . . . ao ouro.” Hebr.: welak·ké·them. Veja 28:16 n.

Pelo visto, é uma alusão a se lançar um beijo com a mão, numa prática idólatra. Beijar ídolos é mencionado em 1Rs 19:18; Os 13:2.

“Fiquei agitado”, M; T: “fiz um barulho alegre”.

Lit.: “carne”.

“Vereda”, M; TLXXSyVg: “viajante”.

“Como um homem terreno (Adão; homem).” Hebr.: khe’a·dhám, possivelmente: “de homem; entre homens”.

Lit.: “sinal”, evidentemente por escrito, confirmando um documento legal.

Lit.: “homem”. Hebr.: ’ish.

Lit.: “seu poder”. Hebr.: ko·hháh.

“Seus”, isto é, “dele”, M; LXXSy: “seus”, isto é, “deles”.

Significando “Meu Deus É Ele”.

“Em vez de a Deus.” Hebr.: me·’Elo·hím; LXX: “Jeová”.

Originalmente: “Deus”. M: “Jó”. Os soferins judaicos mudaram no texto original “Deus” para “Jó”. Esta é uma das Dezoito Emendas. Veja Ap. 2B.

Ou “temi”. Hebr.: za·hhál·ti.

“Deus.” Hebr.: ’El.

“Homem.” Hebr.: ’ish.

“Homem terreno.” Hebr.: ’a·dhám.

“Minhas palavras.” Hebr.: mil·laí.

Lit.: “[todas as] minhas palavras”. Hebr.: deva·raí.

Lit.: “O . . . espírito de Deus.” Hebr.: ru·ahh-’Él.

“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.

“Deus.” Hebr.: ’El.

Ou “o homem terreno”. Hebr.: ’a·dhám.

“Do varão vigoroso.” Hebr.: mig·gé·ver.

“De desaparecer por meio duma arma de arremesso.” BHK propõe correções que fariam isso rezar: “de passar para o Seol”, paralelizando assim com “cova” na primeira parte do v.

“Aos que infligem a morte.” Mediante uma correção do M: “aos mortos”, ou: “ao lugar dos mortos”.

Ou “um anjo”. Lat.: án·ge·lus.

Ou “um intérprete”.

“Sua retidão”, M; LXX: “sua própria culpa. Ele mostrará a sua falta de entendimento”.

Ou “cobertura”. Hebr.: khó·fer.

“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah; LXX: “Jeová”.

“Ao homem mortal.” Hebr.: le·’enóhsh.

“Minha”, MLXXSy; MmargemTVg: “sua”.

“Deus.” Hebr.: ’El.

Segundo M; Sy: “para ver a luz”.

“Mas . . . Deus.” Hebr.: we’Él.

“Varão vigoroso.” Hebr.: ghé·ver.

“Deus.” Hebr.: ’Elo·hím; LXX: “Jeová”.

“Do [verdadeiro] Deus.” Hebr.: la·’Él; LXX: “Jeová”. Veja Ap. 1G.

“Homem terreno.” Hebr.: ’a·dhám.

“Homem.” Hebr.: ’ish.

“Deus.” Hebr.: ’El; LXX: “Jeová”.

“Solo produtivo.” Hebr.: te·vél; lat.: ór·bem, “círculo”, isto é, da terra.

“E o . . . homem terreno.” Hebr.: we’a·dhám.

“Dir-se-á.” No hebr., este verbo está no infinitivo construto, indefinido quanto ao tempo e impessoal.

Lit.: “rei: ‘Belial!’?”

Ou “de cada um”. Hebr.: ’ish, como no v. 23.

“Deus.” Hebr.: ’El.

Ou “um homem terreno”. Hebr.: ’a·dhám.

Ou: “Oh! que Jó seja provado.”

“Contra o [verdadeiro] Deus.” Hebr.: la·’Él. Veja Ap. 1G.

“Maior do que a de Deus.” Hebr.: me·’Él; LXX: “Jeová”.

“Companheiros”, M; LXX: “três amigos”.

“Contra um homem.” Hebr.: le’ísh.

“Homem terreno.” Hebr.: ’a·dhám.

“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.

“O Grandioso que . . . fez”, pl. no M, para denotar excelência e grandiosidade, embora “Deus” esteja no sing.

Ou “aos animais domésticos”.

“Deus.” Hebr.: ’El.

“Por Deus.” Hebr.: le·’Elóh·ah.

Ou “e . . . Àquele Que me Fez”. Hebr.: u·leFol·‛alí.

“Deus.” Hebr.: ’El.

Ou “boa motivação”. Veja 34:34.

Ou “pelo [descanso] da noite”.

“Deus.” Hebr.: ’El.

“Humanidade.” Hebr.: ’a·dhám.

Lit.: “luz”. Hebr.: ’ohr, o mesmo substantivo que no v. 30.

Lit.: “asas”.

“Deus.” Hebr.: ’El.

“Deus.” Hebr.: ’El.

Ou “está congelada”.

“Solo produtivo da”, M(hebr.: the·vél)T; lat.: ór·bis, “círculo”, isto é, da terra.

Simbolizando correção ou castigo.

Ou “amor leal”.

“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.

Ou “quando a terra sossega”.

“Quando o . . . vento.” Hebr.: werú·ahh. Veja Gên 1:2 n.: “ativa”.

Lit.: “ouro”. Hebr.: za·háv.

“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.

“Homens.” Hebr.: ’ana·shím, pl. de ’ish.

“Filhos de Deus.” Ou “semelhantes a Deus”. Hebr.: benéh ’Elo·hím; T: “os grupos de anjos”; LXX: “meus anjos”.

Ou “portas duplas”, como em 2Cr 14:7.

Isto é, ao mar.

“Fragmentar”, M; LXX: “pôr”.

Lit.: “asas”.

“Os iníquos.” Aqui, no M, a letra hebr. Aine )‏(ע‏ acha-se suspensa como inserção, para indicar que a palavra deveria rezar “iníquos”, em vez de “pobres”. Veja Jz 18:30 n.: “Moisés”.

Lit.: “eles”.

Veja v. 13 n.: “iníquos”.

Ou “terreno arenoso”.

Ou “águas empoladas”. Veja 28:14 n.

Lit.: “sombra da morte”, M; LXX: “Hades”, isto é, a sepultura comum; T: “morte de Geena”.

“Geada”, LXX.

“Homem.” Hebr.: ’ish.

“Homem terreno.” Hebr.: ’a·dhám. Veja Gên 1:26 n.: “homem”.

Veja 9:9 n.: “constelação de Quima”.

Veja 9:9 n.: “constelação de Quesil”.

“A constelação de Mazarote.” Hebr.: Maz·za·róhth; gr.: Ma·zou·róth (como em 2Rs 23:5, onde a palavra foi traduzida por “constelações do zodíaco”); Sy: “constelação do Carro”; lat.: lu·cí·fe·rum, “portador de luz”.

Veja 9:9 n.: “constelação de Ás”.

“Nas camadas de nuvens.” Hebr.: bat·tu·hhóhth, cujo significado é incerto.

“Ao fenômeno celeste.” Hebr.: las·sékh·wi, cujo significado é incerto, mas parece referir-se a algum fenômeno celestial.

Lit.: “encher (saciar)”.

“Deus.” Hebr.: ’El.

Ou “soltando seus fetos”.

“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.

“Crina farfalhante”, M; T: “força”.

“Escarva”, LXXSyVg; M: “Escarvam.”

Lit.: “príncipes”. Hebr.: sa·rím.

“Acaso devia haver contenda.” No hebr., isto é um verbo no infinitivo absoluto, indefinido quanto ao tempo e impessoal.

“Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.

“Imaginas que te tratei de outro modo senão que parecesses justo?”, LXX.

“Igual ao do [verdadeiro] Deus.” Hebr.: ka·’Él. Veja De 33:26 n.: “Deus”.

Ou “hipopótamo”. Hebr.: vehe·móhth, pl. de behe·máh (veja Gên 1:24 n.: “doméstico”); gr.: the·rí·a, “feras”; lat.(v. 10): Be·hé·moth.

“Deus.” Hebr.: ’El.

“Ele proporcionou alegria às criaturas quadrúpedes na profundeza [gr.: en toi tar·tá·roi, “no tártaro”]”, LXX. Veja Ap. 4D.

MLXX continuam este capítulo por mais oito vv.

“Leviatã”, M(hebr.: liw·ya·thán)Vg; LXX: “um dragão”.

Ou “o festejarão”.

Lit.: “cananeus”. Hebr.: kena·‛aním.

MLXX terminam aqui o capítulo 40.

Lit.: “freio”, M; LXX: “armadura imbricada [cota de malha]”.

“Face”, M; Sy: “boca”.

Lit.: “ao seu irmão”.

“Alma dele.” Hebr.: naf·shóh; gr.: psy·khé.

“Pula o desespero”, M; LXX: “corre a destruição”.

Lit.: “Um filho de arco.”

Ou “os cacos mais pontiagudos (afiados)”, segundo a expressão idiomática hebr.

“E a parte mais inferior da profundeza [gr.: ton de tár·ta·ron tes a·býs·sou, “o tártaro do abismo”] como cativo”, LXX. Veja Ap. 4D.

“Como cãs”, M; LXX: “como lugar para se andar”; Sy: “como a terra seca”.

Lit.: “todos os filhos de orgulho (dignidade)”.

Ou: “Num relato para o ouvido.”

Ou “deploro”.

Lit.: “dar-lhe um qesitah”. Moeda de valor desconhecido.

Veja 1:3 n.: “ovelhas”.

“Mas Jó viveu depois da praga cento e setenta anos; todos os [anos] que ele viveu foram duzentos e quarenta e oito [LXX‏,אB omitem “oito”] anos”, LXX.

LXX acrescenta: “E escreveu-se que ele se levantará de novo junto com aqueles que Jeová levantar. Este [homem] é descrito no livro siríaco como residindo na terra de Ausitis [Uz], nas fronteiras da Iduméia e da Arábia. E seu nome era anteriormente Jobabe. Depois de tomar uma esposa árabe, tornou-se pai dum filho cujo nome era Enom. Mas ele mesmo era filho de seu pai Zare, filho dos filhos de Esaú, mas [filho] de sua mãe Bosorra, de modo que era o quinto [na linhagem] de Abraão. E estes são os reis que reinavam em Edom, país de que ele também era governante: primeiro, Balaque, filho de Beor, e o nome de sua cidade era Denaba; mas depois de Balaque, Jobabe, o chamado Jó; mas depois deste, Asom, era governador desde o país de Taimanitis; mas depois deste, Adade, filho de Barade, que decepou Madiã na planície de Moabe, e o nome de sua cidade era Getaim. Mas os amigos que vieram a ele [eram] Elifaz, dos filhos de Esaú, rei dos taimanitas; Bildade, governante absoluto dos saucaianos; Zofar, rei dos minaianos.”

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