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  • Errando o alvo de integridade

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  • Errando o alvo de integridade
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1955
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1955
w55 1/1 pp. 3-7

Errando o alvo de integridade

“Pois todos pecaram e estão longe da glória de Deus”— Rom. 3:23, NM.

1. Que espécie de Deus é Jeová, e com quem se associa?

JEOVÁ nosso Deus é um Deus santo, onisciente, um Rei da mais grandiosa majestade. Ele é absolutamente puro, limpo, reto, incorrutível e inteiramente devotado à justiça. Ele aborrece completamente a impureza, a imundície, a corrução e os que se devotam a fazer o que é contrário à lei. Este Deus, absolutamente santo e puro, só se pode associar com os que estiverem limpos, santos e que mantêm integridade para com ele. (Sal. 41:11, 12) Só ele é de direito digno de exclusiva devoção, amor e serviço. Disse ele a Israel: “Pois eu sou Jeová, vosso Deus, e vós tendes de santificar-vos e tendes de provar-vos santos, porque eu sou santo.” Davi disse: “Pois tu não és Deus que se compraza na maldade. O mau não poderá assistir contigo.” — Lev. 11:44, NM; Sal. 5:4.

2. É Jeová capaz de abençoar e fazer feliz? Por que responde sim, ou não?

2 Este santo Deus-Rei é também um Deus feliz. (1 Tim. 1:11, NM) Ele está continuamente num estado de completa felicidade. Portanto, este Majestoso é a própria fonte da verdadeira felicidade. Dele provem toda a benção e toda a dádiva perfeita. Como “Pai das luzes celestiais”, Jeová está sempre no auge das suas forças para trazer felicidade e bençãos a seus associados. Com ele não há aumento até o máximo de poder, nem há qualquer decréscimo desse zênite. Esse “Pai das luzes celestiais” é dessemelhante ao nosso sol físico que produz uma variação da sombra sôbre o relógio de sol, ao passar o sol da sua posição ascendente no oriente até o seu zênite ou ponto mais alto nos céus acima, declinando depois até o ocaso no ocidente. Tiago escreveu do poder máximo e absoluto de Jeová de abençoar e fazer feliz, e que podemos ter tôda a confiança na sua capacidade de fazê-lo: “Toda boa dádiva e todo presente perfeito vem de cima, pois desce do Pai das luzes celestiais, e nele não há variação da deflexão da sombra.” - Tia. 1:17, NM.

3. A quem concede Jeová reconhecimento legal, e por quê?

3 O Deus feliz e santo é também um Deus amical, um ajudador leal. Sim, ele é deveras um amigo de todos os que são santos e justos em relação a ele. Ele é o amigo em que se pode ter a máxima confiança. Trata somente com os que permanecem seus amigos. Seus amigos se caracterizam pela fidelidade, exclusiva devoção e integridade para com ele pessoalmente e para com ele como Rei. Aos seus amigos provados, Jeová concede reconhecimento teocrático legal, favores e bençãos como sendo associados na sua organização feliz. (Rom. 11:2) Notamos o caso de Abraão que recebeu reconhecimento legal como amigo provado de Deus e assim justificado pela fé. “Abraão exerceu fé em Jeová, e isso lhe foi contado como justiça”, e ele veio a ser chamado ‘amigo de Jeová’.” Israel, como nação, era feliz enquanto Jeová era seu ajudador amical. “Feliz és tu, ó Israel; quem é semelhante a ti? Um povo salvo por Jehovah, escudo do teu socorro, espada da tua dignidade.” -Tia. 2:23, NM; Deu. 33:29.

4. Qual é o propósito de Jeová para com seus amigos? Queira descrevê-lo.

4 Qual é o propósito do Deus de amizade teocrática? Este maior dos amigos propõe o bem, aquilo que produz interminável felicidade e prazer a ele como Deus-Rei e a todos os em santa união e harmonia com ele. O santo Deus expressa seu propósito de fazer o bem para com seus servos por fornecer-lhes as oportunidades de sentir os progressivos estados de felicidade, de um período de existência alegre a outro. Em qualquer período de tempo, o verdadeiro estado de felicidade usufruído é a condição de pleno contentamento, prazer e exultação sôbre a abundância de coisas boas, sempre produzidas de novo pelo Deus feliz, para o prazer e a satisfação daqueles que são seus amigos, em união legal com ele. “Sabemos que aos que amam a Deus, todas as cousas lhes cooperam para o bem, a saber, aos que são chamados segundo o seu propósito.” - Rom. 8:28.

UM GUIA AO LIVRE ARBÍTRIO

5. De que modo se manifesta Jeová como Pai amoroso, e por quê?

5 O Deus santo é também um pai amoroso. Como o primeiro e maior dos pais, êle sabe melhor como dirigir sua organização, que é semelhante a uma família, composta de filhos amicais obedientes. Todas as criaturas espirituais e o primeiro homem, Adão, tornaram filhos de Jeová ao serem criados perfeitos. Feitos à imagem e semelhança de Deus, cada um dêles recebeu extraordinário dom do livre arbítrio. Esta faculdade do livre arbítrio foi algo sagrado confiado a êles, para ser usado sabiamente. A criatura individual, angélica humana, podia usar o livre arbítrio de modo bom, para resultar em contínua santidade e vida eterna, ou ela podia usá-lo de modo mau, que resultasse em corrução, impureza e, finalmente, em extinção na morte. Desde o princípio, o Criador-Pai tomou as medidas para dirigir seus filhos, de posse do livre arbítrio, no caminho desejável que continua em perfeita felicidade. Pois, se tivessem voluntariamente seguido um proceder de integridade, de seu livre arbítrio, as criaturas teriam mantido um propósito, estado alegres e intimamente relacionadas com o Deus santo, a própria fonte felicidade e bondade. - Sal. 25:21; Pro. 11:3; Luc. 3:38; Gên 1:26.

6. Que medidas tomou Jeová para dirigir o caminho certo dos seus inferiores?

6 Que medidas tomou, então, o Deus de absoluta liberdade, para dirigir no caminho certo seus inferiores com livre arbítrio? Estabeleceu um alvo de integridade, um alvo que indicasse se a pessoa estava prestando devoção exclusiva ao seu supremo benfeitor, seu Deus-Rei, ou não, um alvo que colocasse um limite legal sôbre certas ações, além do qual não era divinamente aconselhável a criatura se aventurar no exercício dos seus poderes de livre arbítrio. Certamente Jeová, como Deus Todo-poderoso, teve o direito absoluto de definir os limites seguros da liberdade relativa dos seus inferiores criados. Depois, também, tais limites legalmente publicados, constantemente lembrariam à criatura sua relação de inferior, que era de dependência, que sempre devia estar cônscia de averiguar a vontade divina do seu superior soberano, assim como Jesus Cristo o fêz quando estêve na terra. (Mat. 26:39) Além disso, tais restrições legais não causavam dificuldade às criaturas de Deus por lhes negar as coisas essenciais para a sua imediata existência feliz. Ademais, Deus não estava retendo nada dos seus filhos ao qual tivessem direito legal. E, finalmente, Jeová tinha direito de provar seus amigos quanto ao fazer o bem, assim como a amizade de Abraão foi experimentada ao lhe pedir que sacrificasse seu único filho, o que representava a coisa boa que Jeová faria por oferecer seu próprio Filho em resgate. - Gên. 22:1-14.

7. Como precisam respeitar os servos de Deus Seu duplo cargo? Como manifestam a glória de Deus?

7 Para todos na sua organização Jeová é tanto Deus Santo como Rei Absoluto. Em virtude dêste cargo duplo, êle tem o direito de exigir devoção exclusiva, obediência perfeita e serviço perito. Tal ação exclusiva para com êle é integridade completa. Com o respeito que as criaturas mostram pelo alvo legal de integridade, estabelecido pelo Deus-Rei, elas demonstram sua lealdade e fidelidade a êste verdadeiro Santo. Por atingirem êste alvo estabelecido do que Deus considera a manifestação de amizade, elas têm uma posição legal perante êle. Visto que é do propósito de Deus produzir criaturas que, de livre e espontânea vontade, desejem amorosamente fazer a vontade de Jeová, os que seguem êste padrão divinamente designado produzem assim louvor e gloria para Êle. De modo que, por alcançar o alvo de integridade, pode-se dizer bíblicamente, também, que a criatura fiel manifesta a glória de Deus em devoção exclusiva. (1 Reis 9:4; Sal. 26:1-11, 12) Em apoio disto, Josué exprimiu a verdade, “êle é um Deus que reclama para si devoção exclusiva”. - Jos. 24:19, NM.

PECADO

8, 9. Que é pecado? Qual é o significado básico da palavra “pecado” no grego e no hebraico?

8 Que acontece quando se viola o alvo de devoção exclusiva, perfeita obediência e de guardar a integridade? Isto significa errar o alvo. Torna-se uma flagrante violação da lei de Deus. Resulta em ficar longe da glória de Deus. Acima de tudo, torna-se traição ao Deus-Rei. Tudo isso é chamado pecado. Tudo isso merece a pena capital, a morte, assim como a traição dentro das nações hoje em dia traz a máxima sanção, a morte, ao traidor. Em tal situação, a de não sermos santos, todos nós nos encontramos hoje. Paulo disse corretamente: “Pois todos pecaram e estão longe da glória de Deus.” - Rom. 3:23, NM.

9 No idioma grego, no qual o apóstolo falava aos ouvintes de língua grega, a palavra pecado (em grego, hamartía) originalmente significava errar, como, por exemplo, errar o caminho. Depois chegou a significar deixar de fazer alguma coisa, fracassar num propósito, não atingir o ponto, proceder errado. Ora, Paulo era hebreu, e na parte hebraica da Biblia que êle lia o verbo pecar (em hebraico, חטא , hhata’) também significava originalmente errar, ou seja, fracassar. Por exemplo, em Juízes 20:16 lemos: “Entre todo este povo havia setecentos homens escolhidos que usavam da mão esquerda em vez da direita; cada um podia dar tiros de funda num cabelo sem errar.” Também Provérbios 19:2 diz: “Não é bom proceder sem refletir; e erra o alvo quem é precipitado.” Note também Provérbios 8:36: “Mas, aquêle que erra contra mim [a sabedoria] prejudica a si mesmo, todos os que me odeiam amam amorte.” (TA) O pecado, portanto, é errar ou deixar de fazer a vontade e lei de Deus. “Todo aquêle que pratica o pecado, também transgride a lei: porque o pecado é a transgressão da lei.” “Toda injustiça é pecado.” - 1 João 3:4; 5:17, ARA

10. Há qualquer evidência de que os anjos foram experimentados? Se houver, quando e como?

10 Há qualquer evidência bíblica de que os anjos foram provados com a perfeita integridade por alvo? Sim. Pedro menciona anjos que “pecaram”, ou erraram o alvo, nos dias de Noé e que Deus não deixou de puni-los por sua transgressão da lei. (2 Ped. 2:4, 5) Que caminho de livre arbítrio seguiram êsses anjos que ultrapassou o limite duma aparente proibição quanto à sua carreira de vida e refletiu mal sôbre sua devoção exclusiva? A Bíblia nos responde a isso. “Quando os homens começaram a multiplicar-se sobre a terra e lhes nasceram filhas, viram os filhos de Deus [os anjos] que as filhas dos homens eram formosas, e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. (Gên. 6:1, 2) Anos depois, Jesus revelou parte daquilo que deve ter constituído as limitações razoáveis que Deus impôs aos anjos. Jesus disse que os fiéis anjos santos no céu não se casam, nem se dão em casamento. (Mat. 22:30) De modo que todos os anjos, antes do dilúvio dos dias de Noé que coabitaram com as filhas dos homens, erraram o alvo de perfeita obediência. Estes anjos dispostos ao mal não se provaram amigos fiéis de Deus, e junto com seu caudilho, Satanás, o Diabo, foram lançados fora da casa celestial de Jeová como inimigos. Adotaram, assim, de livre arbítrio, um caminho de maldade que lhes trouxe infelicidade e terminará na sua completa aniquilação. — Luc. 8:31.

O ALVO DE INTEGRIDADE NO ÉDEN

11. Qual foi o alvo de integridade que Deus estabeleceu no Éden?

11 Mas, que se pode dizer do homem perfeito, original? Qual foi o alvo legal de integridade estabelecido diante dele para dirigir seu proceder de modo sábio perante seu Amigo e Benfeitor Divino, Jeová Deus? Foi uma lei clara e específica, cuja violação Deus consideraria como ato de inimizade, traição, e assim pecado, e essa lei foi definidamente estabelecida perante o perfeito Adão e sua bela espôsa. “E Jeová Deus também impôs ao homem êste mandamento: ‘De tôda árvore do jardim podes comer à vontade. Mas, quanto à árvore do conhecimento do bem e do mal, não deves comer dela, pois no dia em que dela comeres, positivamente morrerás.’” Não havia nada de vago quanto a êste alvo. Era fácil de entender. Era fácil de guardar. As conseqüências de errar êste alvo também foram anunciadas claramente, a saber, que por tal ato traiçoeiro o homem ‘positivamente morreria’. — Gên. 2:16, 17, NM.

12, 13. Por que estava Deus justificado em estabelecer tal alvo diante de Adão e Eva?

12 Jeová Deus tinha o absoluto direito de estabelecer êste alvo de integridade para o bem do homem. Ele conhecia melhor o homem do que o próprio homem se conhecia, porque Jeová era o criador do homem. Jeová sabia que era para o bem do homem ser êle lembrado por êste alvo constante de que era um inferior que dependia do seu Criador-Superior. De fato, Jeová manifestou verdadeiro amor, como Deus do amor, por arranjar tal marco indicador entre Deus e o homem. Esta restrição legal não causava dificuldade a Adão e sua espôsa, visto que não lhes negava nada de essencial para a sua vida feliz no jardim paradisíaco. Tiveram o direito legal de comer das outras árvores, mas êste direito lhes foi negado quanto a esta árvore especial.

13 Reservara-se para Adão uma dádiva valiosíssima, se se tivesse provado digno. Jeová Deus colocara Adão e Eva num vasto terreno na parte oriental duma seção da terra chamada Éden. Este grande terreno havia sido trazido a um alto grau de cultivação, ideado e planejado por Deus como belo parque-jardim paradisíaco. Em adição a isto, êste terreno estava bem suprido de animais amigáveis de tôdas as espécies de famílias. Estava também bem plantado de árvores frutíferas e plantas de tôdas as variedades. Em realidade, êste terreno era apenas o início duma possessão extensa do globo inteiro, cheio de inumeráveis recursos minerais. Ali, num ambiente de inspiradora beleza, paz e harmonia, e no meio de grande riqueza natural, Adão e Eva encontraram um lar feliz. O grande Deus de tôda a dádiva perfeita certamente tinha o direito de experimentar Adão antes de dar posse permanente de tais direitos valiosos a um amigo provado. Quem, hoje em dia, entregaria livremente a preciosa dádiva de uma propriedade a um inimigo? Ninguém no seu juízo perfeito. Assim também é no caso de Deus. O homem precisa primeiro provar-se amigo leal e fidedigno do Deus-Rei. De acôrdo com êste princípio, Jeová Deus, mais tarde, provou Jesus aqui na terra, quanto a ser êle idôneo e digno de ser o Rei do novo mundo. — Gên. 2:8; Heb. 2:18.

14. Por que razão adicional experimentou Jeová a Adão e sua esposa?

14 Adão e Eva foram originalmente colocados neste estupendo terreno sem limite de vida estabelecido. Parece que tôdas as outras formas de vida animal, que floresciam na terra, receberam a concessão de uma vida limitada. (2 Ped. 2:12) Cada espécie de animal viveria os anos que lhes foram determinados, para fazer uma contribuição à crescente riqueza da terra, concluindo depois a sua existência na morte, sua prole continuando a obra vitalícia designada a essa raça ou espécie de criaturas. (Incidentalmente, observar Adão o término da existência dos animais adicionou pêso à palavra “morte”, que Jeová usou ao anunciar-lhe a penalidade se falhasse em observar o alvo de integridade.) Mas, quanto a Adão, Jeová Deus não definiu o limite da sua vida. Antes, os têrmos do limite da sua vida foram deixados abertos, dependendo da observação do alvo legal de lealdade. Não obstante, o organismo do homem foi originalmente feito para capacitá-lo a viver para sempre. Dêste modo, Deus teve o direito adicional de provar Adão e sua descendência quanto ao seu merecimento de gozar a maior das dádivas, a saber, a vida ilimitada, vida eterna. Esta dádiva ainda maior se ligava a outro marco indicador legal no jardim, conhecido como a “árvore da vida”. — Gên. 3:24.

O BEM E O MAL

15, 16.(a) Aparentemente, de que natureza era este alvo de integridade, e por quê? (b) Que exemplos há de outros símbolos legais?

15 Que parece ser indicado pela ligação daquele alvo de integridade com uma “árvore do conhecimento do bem e do mal”? Parece que não resultava nenhum benefício ou dano físico ao se literalmente tocar a árvore proibida ou se comer dela. Antes, tocar esta árvore parece ter afetado a consciência. Notamos que depois, quando Adão e Eva comeram do fruto desta árvore, a Bíblia não registra qualquer reação física, mas indica que suas consciências imediatamente registravam culpa. “Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus.” (Gên. 3:7, Al) A abertura dos seus olhos não se podia ter referido a seus olhos físicos, pois êstes devem ter estado bem abertos ao praticarem o ato ilegal. Portanto, foram os ‘olhos do seu coração’ ou a consciência que reagiu, não que êles recebessem capacidade mental fisicamente aumentada, cheia de sabedoria divina. (Efé. 1:18) Outro fato interessante — é sempre um regente que “conhece” ou julga o que é certo e errado, bom e mau. Isto se observa na declaração de Deus acêrca da expulsão de Adão do jardim, onde se infere que Adão decidirá tornar-se seu próprio juiz para “conhecer” o que é o “bem” e o “mal”. Por fazer isso êle rejeitou as Autoridades Superiores celestiais. “Disse Deus Jehovah: Eis que o homem se tem tornado como um de nós, conhecendo o bem e o mal.” Estas observações fazem concluir que a árvore serviu de sinal ou símbolo legal, como marco indicador, entre o Deus-Rei e o homem nos seus tratos governamentais mútuos. — Gên. 3:22.

16 Quanto à qualidade de marco indicador desta árvore, temos algo de significado similar no caso do montão de testemunho ou pilha de pedras erigida em Galaad, como sinal legal entre Labão e Jacó, que governou a conduta legal de um para com o outro. (Gên. 31:48-53) Eis aí outro exemplo, um moderno. Quando um documento legal de grande importância é colocado num envelope e êste selado com um sêlo oficial impresso em lacre, a exclusividade dêste documento é violada se uma pessoa desautorizada quebrar o selo. Não é a quebra física do lacre que é criminoso, mas sim, a tentativa ilegal de passar além do sêlo proibido que apenas é símbolo ou barreira legal àquilo que está dentro do envelope, isso é criminoso.

17, 18.(a) Qual é a definição de “bem“ e de “mal“? (b) Quem determina o que é bom? Qual é a confirmação disso?

17 A seguir perguntamos: O que é o “bem” e o que é o “mal”? O bem é aquilo que é direito, completo e em harmonia com as regras e princípios de Jeová quanto à conduta correta. O mal é diametralmente oposto. É aquilo que é errado e em desarmonia com as regras e princípios de boa conduta. Deus, como Criador, pronunciou e julgou os resultados de vários dias criativos como ‘bons’ (Gên. 1:10, 12, 18, 21, 25) Será que alguém imaturo ou uma criança está em condições de estabelecer regras de boa conduta, assim definindo o que é bom e o que é mau? Não, naturalmente que não. Por esta razão os pais terrestres precisam disciplinar seus filhos para mantê-los dentro das normas do que é bom, conforme definido por uma autoridade superior. (Heb. 12:7-11) Não é o inferior quem determina as regras do que é bom, mas é o superior legislador quem o faz. Jeová Deus é quem é o juiz e regente final para realmente determinar o que é bom e o que é mau.

18 Certo homem veio a Jesus perguntar o que é bom. Jesus deu-lhe a resposta certa, mostrando que Jeová Deus é o único que determina o bom e as criaturas precisam seguir o que Deus ordena, porque Deus sempre ordena o que é certo. “E eis que alguém, aproximando-se, lhe perguntou: Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: Por que me perguntas acêrca do que é bom? Bom, só existe um. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos.” - Mat. 19:16, 17, ARA.

19, 20.(a) Como se introduziu o pecado nesta terra? (b) Por que não envolveu o pecado original a relação ilícita entre os sexos?

19 O direito que Jeová Deus possui de determinar o que é bom foi basicamente estabelecido como debate no Éden, por Satanás o Diabo, há cêrca de seis mil anos atrás. Ele transmitiu o pensamento errado a Eva e incitou nela, como inferior, o desejo errado de desafiar o soberano regente, Jeová, e, antes, julgar por si mesma o que era bom e mau. “Pois Deus sabe que no mesmo dia em que comerdes dêle, vossos olhos forçosamente terão de ser abertos e forçosamente tereis de ser como Deus, conhecendo o bem e o mal.” Este desejo em Eva tornou-se fértil e ela agiu, comendo da árvore proibida. “Conseqüentemente a mulher viu que o fruto da árvore era bom para comer e que era uma delícia para os olhos, sim, a árvore dava prazer em ver. De modo que ela começou a tomar do seu fruto e comê-lo. Depois ela deu também um pouco a seu marido, ao estar junto dela, e êle começou a comê-lo.” Ali, para a sua eterna vergonha, Adão e Eva erraram o alvo de perfeita obediência e integridade estabelecido por Deus. Daquela mesma hora em diante, entraram numa carreira de infelicidade, transgressão da lei, impureza e, finalmente, da morte. Haviam desafiado a regra e palavra da própria Soberana Majestade e assim - praticado um ato de alta traição. — Gên. 3:5, 6, NM; Tia. 1:14, 15.

20 Neste ponto precisa-se observar que o pecado original de Adão não envolvia alguma relação ilícita, conforme pretendem certas seitas da Cristandade. A relação sexual não era o ponto em questão, não era isto o que estava envolvido no alvo estabelecido para o homem, pois se havia tornado legal pelo anterior mandamento para que o marido e a mulher tivessem relações sexuais. (Veja-se Gênesis 1:28.) O pecado original de Adão foi seu ato mau em errar o alvo estabelecido, foi a sua rejeição traiçoeira do Deus-Rei Jeová, por aceitar outra forma de regra quanto ao que era bom e mau.

CONSEQUÊNCIAS ÍMPIAS

21, 22. Quais foram as conseqüências do pecado de Adão? Que é incapacidade familiar?

21 As conseqüências dêste único ato traiçoeiro de pecado deliberado provaram-se devastadoras, não só para Adão, mas de modo global, para a subseqüente família adâmica, “assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, visto que todos pecaram”. (Rom. 5:12) Adão, agora quebrantador da lei e inimigo do seu anterior Deus-Rei, foi prontamente intimado por Jeová a comparecer em juízo, foi achado culpado, junto com a mulher e a serpente controlada por Satanás, e foi sentenciado. Adão e sua espôsa, Eva, foram imediatamente lançados fora da organização santa de Deus, como traidores. O homem foi expulso do perfeito jardim do Éden, deu-se-lhe uma existência limitada de vida que terminaria na morte e êle se viu forçado de residir na parte não cultivada da terra, para ganhar o seu pão no suor do seu rosto. (Gên. 3:16-19) Jeová Deus não mais era seu amigo amoroso e sábio conselheiro, e já que estavam fora da união com a organização de Deus, Adão e Eva se viam forçados a decidir por si mesmos, segundo seu próprio juízo imaturo e inexperiente. A tensão e o pêso do trabalho árduo os desapontamentos e mágoas da organização feita pelo homem, e mesmo a pura tragédia de ver o primeiro homem morto, seu próprio filho morto por um irmão assassino, enraivecido — tôdas estas provações tendiam a desequilibrar as funções do anteriormente perfeito organismo humano. Desenvolveram-se doenças e finalmente, resultou a morte. Lembre-se de como a tensão terrível sobre o sistema nervoso do perfeito homem Jesus, ao estar pendurado no madeiro, apressou a sua morte.

22 Os filhos herdam as vantagens e desvantagens dos seus pais. Visto que Adão morreu como ímpio, como proscrito traiçoeiro, alguém que não havia adquirido os direitos da posse do lindo parque-jardim do Éden e como alguém que não havia obtido qualquer direito a uma vida ilimitada, estas incapacidades ou desvantagens recaíram sôbre seus descendentes. E assim, como rebelde, o cabeça patriarcal, Adão, trouxe incapacidade familiar sôbre toda a raça humana.

23, 24.(a) Que espécie de registro estabeleceu o pecado durante os primeiros 1.600 anos? (b) Que achou Jeová dêstes resultados?

23 Tendo êle de se estribar num juízo ímpio e imperfeito acêrca do que era bom e mau, depois da sua expulsão, os anos restantes dos 930 da vida de Adão seriam gastos em errar mais e mais o alvo original da verdadeira integridade estabelecido por Deus. Esta tendência decadente para a corrução levaria a maior degradação dos seus filhos, geração após geração. Finalmente, após cêrca de 1.600 anos, o homem tornou-se tão ímpio e degradado, errando o alvo de perfeita integridade de tal maneira, que Jeová sentiu pena de ter feito o homem na terra e sentiu lástima no seu coração. Sòmente Noé provou-se justo em maior escala. Noé não se havia degradado tanto como seus contemporâneos, embora também errasse o alvo original de perfeição estabelecido por Deus, pois havia nascido pecador. — Sal. 51:5.

24 “Conseqüentemente, Jeová viu que a maldade do homem se havia tornado grande na terra e tôda inclinação dos pensamentos do seu coração era só má, todo o tempo. E Jeová sentiu pena de haver feito o homem na terra e sentiu lástima no coração. De modo que Jeová disse: ‘Eu vou eliminar os homens que criei da face da terra, desde o homem até o animal doméstico, até o animal rastejante e a criatura que voa nos céus, porque lastimo de tê-los feito.’ Mas, Noé achou favor aos olhos de Jeová. . . . Noé era homem justo. Provou-se imaculado no meio dos seus contemporâneos. Noé andou com o Deus.” (Gên. 6:5-9, NM) Alguns perguntarão: Já que Deus destruiu a todos, com exceção de oito pessoas boas, no dilúvio dos dias de Noé, quais têm sido, depois disso, as perspectivas da elevação do homem à perfeição? Queira ver a resposta a esta pergunta no artigo que segue.

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