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  • Seja razoável ao negociar o preço de noiva
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1998
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1998
w98 15/9 pp. 24-27

Seja razoável ao negociar o preço de noiva

HOJE em dia, como nos tempos bíblicos, algumas culturas exigem que se pague um preço de noiva antes dum homem se casar. “Estou disposto a servir-te sete anos por Raquel, tua filha mais moça”, disse Jacó para Labão, seu futuro sogro. (Gênesis 29:18) Visto que amava Raquel, Jacó ofereceu um preço de noiva elevado, o equivalente ao salário de sete anos. Labão aceitou a oferta, mas logrou Jacó por fazer com que ele se casasse primeiro com a filha mais velha, Léia. Posteriormente, Labão continuou a usar de astúcia com Jacó. (Gênesis 31:41) Labão era tão ávido de lucro material, que suas filhas acabaram perdendo o respeito por ele. “Não somos realmente consideradas como estrangeiras por ele, visto que nos vendeu, de modo que ele está comendo continuamente até mesmo do dinheiro que se deu por nós?”, perguntaram. — Gênesis 31:15.

Infelizmente, no mundo materialista de hoje, muitos pais são como Labão. E alguns são até piores. Segundo certo jornal africano, alguns casamentos são negociados “por pais gananciosos, visando simplesmente o lucro”. Também, devido a pressões econômicas, alguns pais se sentem tentados a encarar as filhas como um meio de aliviar uma crise financeira.a

Alguns pais impedem as filhas de se casar à espera do lance mais alto. Isso pode causar problemas graves. Um repórter, enviado de um jornal à África Oriental, escreveu: “Os jovens preferem fugir de casa para escapar dos dotes exorbitantes exigidos por parentes insistentes.” Um dos problemas que surge devido a se exigirem preços de noiva muito altos é a imoralidade sexual. Além disso, alguns jovens conseguem comprar uma esposa, mas ficam muito endividados. “Os pais devem ser razoáveis”, incentivou um assistente social da África do Sul. “Não devem pedir quantias muito elevadas. O casal recém-casado precisa viver . . . Assim, por que levar à falência o jovem marido?”

Como os pais cristãos podem dar um exemplo de razoabilidade ao negociar o pagamento ou recebimento dum preço de noiva? Esse é um assunto sério, pois a Bíblia ordena: “Seja a vossa razoabilidade conhecida de todos os homens.” — Filipenses 4:5.

Princípios bíblicos razoáveis

Se os pais cristãos negociarão um preço de noiva ou não, isso é uma questão pessoal. Se decidirem fazê-lo, essas negociações devem ser conduzidas em harmonia com os princípios bíblicos. “Vossa maneira de viver esteja livre do amor ao dinheiro”, diz a Palavra de Deus. (Hebreus 13:5) Se não agir em harmonia com esse princípio nas negociações para o casamento, o pai cristão estará dando um mau exemplo. Os homens com posições de responsabilidade na congregação cristã devem ser ‘razoáveis’, ‘não amantes do dinheiro’ nem “ávidos de ganho desonesto”. (1 Timóteo 3:3, 8) Um cristão que, de modo ganancioso e impenitente, extorque um preço de noiva muito alto pode ser desassociado da congregação. — 1 Coríntios 5:11, 13; 6:9, 10.

Devido aos problemas causados pela ganância, alguns governos promulgaram leis que estabelecem um limite máximo para o preço de noiva. Por exemplo, uma lei em Togo, país da África Ocidental, determina que o preço de noiva “pode ser pago em mercadorias ou em dinheiro, ou de ambos os modos”. A lei acrescenta: “Em nenhuma hipótese a quantia deve passar de 10.000 F CFA (US$20,00).” A Bíblia ordena várias vezes que os cristãos sejam cidadãos obedientes às leis. (Tito 3:1) Mesmo que o governo não faça vigorar uma lei dessas, o cristão verdadeiro a obedecerá. Manterá assim uma boa consciência perante Deus e não será causa de tropeço para outros. — Romanos 13:1, 5; 1 Coríntios 10:32, 33.

Quem é responsável pelas negociações?

Em algumas culturas, o modo como o preço de noiva é negociado talvez se choque com outro princípio importante. Segundo a Bíblia, o pai é responsável pelos assuntos da família. (1 Coríntios 11:3; Colossenses 3:18, 20) De modo que os que têm posição de responsabilidade na congregação devem ser homens que ‘presidem de maneira excelente aos filhos e às suas próprias famílias’. — 1 Timóteo 3:12.

Mas na comunidade talvez seja comum as negociações importantes sobre casamento serem deixadas nas mãos dos parentes do chefe de família. E esses parentes talvez queiram uma comissão sobre o preço de noiva. Isso resulta em provas para famílias cristãs. Por causa da tradição, alguns chefes de família permitem que parentes descrentes exijam um preço de noiva muito alto. Em resultado disso, já aconteceu de uma moça cristã se casar com descrente. Isto é contrário à admoestação de que os cristãos se casem “somente no Senhor”. (1 Coríntios 7:39) Um chefe de família que permite que parentes descrentes tomem decisões que se mostram prejudiciais para o bem-estar espiritual dos filhos não pode ser encarado como ‘presidindo de maneira excelente à sua própria família’. — 1 Timóteo 3:4.

E se um pai cristão não tomar parte direta nas negociações do casamento de um dos filhos, como se deu no caso do patriarca Abraão, que temia a Deus? (Gênesis 24:2-4) Se outra pessoa for designada como negociador, o pai cristão deve certificar-se de que ela siga instruções que estejam em harmonia com os princípios razoáveis da Bíblia. Além disso, antes de se fazer qualquer tentativa de negociar um preço de noiva, os pais cristãos devem analisar cuidadosamente o assunto e não se deixar levar por tradições ou exigências desarrazoadas. — Provérbios 22:3.

Evite atitudes não-cristãs

A Bíblia condena o orgulho e a “ostentação dos meios de vida da pessoa”. (1 João 2:16; Provérbios 21:4) Contudo, algumas pessoas associadas à congregação cristã têm demonstrado essas atitudes ao negociar um casamento. Imitando o mundo, alguns fazem ostentação do pagamento ou recebimento de um preço de noiva elevado. Por outro lado, uma das filiais africanas da Sociedade Torre de Vigia (EUA) relata: “Alguns maridos têm mostrado falta de respeito quando a família faz exigências razoáveis, e encaram a esposa como tendo sido comprada pelo preço de um ‘bode’.”

Alguns cristãos, dominados pela ganância, pediram um preço de noiva elevado e isso teve resultados trágicos. Por exemplo, um relatório de outra filial da Sociedade Torre de Vigia (EUA) menciona: “Em geral, é difícil para irmãos solteiros se casarem ou para irmãs encontrarem um cônjuge. Em conseqüência disso, tem havido um aumento nos casos de desassociação por imoralidade sexual. Alguns irmãos vão trabalhar nas minas, procurando ouro ou diamantes para vender e ter dinheiro suficiente para se casar. Isso talvez leve um, dois ou mais anos e eles usualmente ficam fracos em sentido espiritual, pois se afastam do companheirismo com os irmãos e da congregação.”

Para evitar essas conseqüências tristes, os pais cristãos devem seguir o exemplo de irmãos maduros na congregação. Embora não fosse pai, o apóstolo Paulo era razoável nos tratos com concrentes. Fez questão de não impor fardos dispendiosos a ninguém. (Atos 20:33) Por certo, os pais cristãos devem levar em conta o exemplo abnegado dele ao começar a negociar um preço de noiva. De fato, Paulo foi inspirado por Deus a escrever: “Tornai-vos unidamente imitadores meus, irmãos, e ficai observando os que estão andando dum modo que está de acordo com o exemplo que tendes em nós.” — Filipenses 3:17.

Exemplos de razoabilidade

Muitos pais cristãos têm dado um bom exemplo de razoabilidade ao negociar um casamento. Veja o caso de José e sua esposa, Marta, que servem como evangelizadores de tempo integral.b Eles moram em uma das ilhas Salomão, onde às vezes surgem problemas ao se negociar o preço de noiva. Para evitarem dificuldades, José e Marta providenciaram que sua filha, Helena, se casasse numa ilha vizinha. Fizeram o mesmo para outra filha, Ester. José permitiu também que seu genro, Pedro, pagasse um preço de noiva bem abaixo do razoavelmente aceitável. Quando lhe perguntaram por que fizera isso, José explicou: “Eu não queria dificultar as coisas para o meu genro, que é pioneiro.”

Muitas Testemunhas de Jeová na África também têm dado um bom exemplo de razoabilidade. Em algumas regiões os parentes em geral esperam receber uma quantia elevada antes das negociações do preço de noiva propriamente dito. E para garantir a noiva, o noivo talvez tenha de prometer que no futuro pagará o preço de noiva para um irmão mais novo da noiva.

Em contraste, veja o exemplo de Kossi e sua esposa, Mara. Sua filha, Beboko, casou-se recentemente com um superintendente viajante das Testemunhas de Jeová. Antes do casamento, os parentes pressionaram muito os pais para receber uma parte dum preço de noiva elevado. Mas o casal ficou firme e recusou essas exigências. Em vez disso, negociou diretamente com o futuro genro, pedindo um valor mínimo pela filha e depois devolvendo metade da quantia para que o casal a usasse a fim de preparar o casamento.

Outro exemplo do mesmo país é o de uma Testemunha jovem, chamada Itongo. De início, a família dela pediu um preço de noiva razoável. Mas os parentes exigiram que a quantia fosse aumentada. A atmosfera estava tensa e parecia que os parentes levariam a melhor. Embora seja por natureza tímida, Itongo se levantou e disse respeitosamente que estava decidida a casar-se com um cristão zeloso chamado Sanze, segundo o trato original. Daí, disse corajosamente: “Mbi ke” (que significa, “o assunto está encerrado”) e sentou-se. Sua mãe, Sambeko, que também é cristã, a apoiou. Não houve mais discussões e eles se casaram conforme originalmente planejado.

Pais cristãos amorosos se preocupam muito mais com outras coisas do que com os benefícios pessoais do preço de noiva. Um marido, em Camarões, explica: “Minha sogra aproveita toda oportunidade para me dizer que eu devo usar o dinheiro que lhe queria dar como preço de noiva para cuidar das necessidades materiais da filha dela.” Pais amorosos também se preocupam com o bem-estar espiritual dos filhos. Por exemplo, veja o caso de Farai e Rudo, que moram no Zimbábue e gastam muito tempo na obra de pregar as boas novas do Reino de Deus. Embora não recebam salário, eles deram as suas duas filhas em casamento por uma fração do preço normalmente pedido. A razão? Queriam que suas filhas se beneficiassem de se casar com homens que realmente amam a Jeová. “O que consideramos mais importante foi a espiritualidade, tanto das nossas filhas como dos nossos genros”, explicaram. Que bela atitude! Os parentes que mostram preocupação amorosa pelo bem-estar espiritual e material dos filhos casados são dignos de elogios.

Benefícios da razoabilidade

José e Marta, das ilhas Salomão, foram abençoados por cuidar do casamento das filhas de forma generosa e meticulosa. Com isso, seus genros não ficaram endividados. Antes, ambos os casais têm estado há muitos anos no serviço de tempo integral, divulgando a mensagem do Reino. Em retrospecto, José diz: “As decisões que eu e minha família tomamos resultaram em muitas bênçãos. É verdade que às vezes houve muita pressão da parte dos que não entendiam, mas tenho uma consciência tranqüila e contentamento de ver minhas filhas ocupadas e fortes no serviço de Jeová. Elas estão felizes; eu e minha esposa muito mais.”

Outro benefício tem sido o bom relacionamento entre os parentes. Por exemplo, Zondai e Sibusiso servem como voluntários junto com as respectivas esposas, que são irmãs carnais, na filial da Sociedade Torre de Vigia (EUA) em Zimbábue. Seu sogro, Dakarai, é evangelizador de tempo integral e não recebe salário. Durante as negociações para o preço de noiva, ele disse que aceitaria o que eles pudessem pagar. “Nós amamos muito nosso sogro”, dizem Zondai e Sibusiso, “e faremos tudo ao nosso alcance para ajudá-lo se ele passar por dificuldades”.

De fato, ser razoável nas negociações para o preço de noiva contribui para a felicidade familiar. Por exemplo, os recém-casados não ficarão endividados, facilitando para eles se adaptar à vida de casados. Isso permite que muitos casais jovens sigam um proceder que resulta em bênçãos espirituais, talvez servindo por tempo integral na obra urgente de pregar e fazer discípulos. Por sua vez, isso dá glória ao amoroso Originador do casamento, Jeová Deus. — Mateus 24:14; 28:19, 20.

[Nota(s) de rodapé]

a Em algumas culturas, ocorre o contrário. Os parentes esperam que os pais da noiva dêem um dote.

b Usamos nomes fictícios nesse artigo.

[Quadro na página 27]

ELES DEVOLVERAM O PREÇO DE NOIVA

Em algumas comunidades, a noiva e os pais dela são desprezados se o preço de noiva for baixo. Assim, às vezes a família pede um preço elevado por orgulho e desejo de exibir o seu status. Uma família em Lagos, Nigéria, é um ótimo contraste. O genro, Dele, explica:

“A família da minha esposa me isentou de muitas despesas relacionadas com a cerimônia de preço de noiva tradicional, como comprar peças caras de roupas. Até mesmo quando minha família apresentou o preço de noiva a eles, seu porta-voz perguntou: ‘Querem levar essa moça como esposa ou como filha?’ Minha família respondeu junta: ‘Queremos levá-la como filha.’ Depois disso, o pagamento pelo preço de noiva foi-nos devolvido no mesmo envelope.

“Até hoje eu aprecio o modo como a família da minha esposa tratou do nosso casamento. Isso me fez ter muita admiração por eles. Seu excelente ponto de vista espiritual me faz encará-los como parentes muito achegados. Teve também um grande efeito sobre o modo como encaro minha esposa. Desenvolvi um apreço profundo por ela devido ao modo como fui tratado pela sua família. Quando temos um desentendimento, não permito que isso se torne um problema. Quando me lembro da família em que foi criada, o desentendimento é minimizado.

“Minha família e a dela ficaram muito amigas. Até hoje, dois anos depois do nosso casamento, meu pai ainda envia presentes e alimentos para a família da minha esposa.”

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