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  • g70 8/7 pp. 15-17
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  • Domando o Níger
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Despertai! — 1970
g70 8/7 pp. 15-17

Domando o Níger

Do correspondente de “Despertai!” na Nigéria

OBSERVAR um forte garanhão selvático galopar livre como a brisa do vento é uma vista inspirada. Também um rio poderoso é uma coisa bela. Mas assim como o garanhão selvático é de pouca utilidade para o homem, assim também um rio não domado.

Por isso, em 1964, a Nigéria formou um plano arrojado para domar o Níger, o terceiro rio mais comprido do continente africano. O Níger corre através de cinco países da África ocidental. Começa na Guiné, serpenteia através de Máli e da República do Níger, passa ao longo da fronteira setentrional de Daomé e corre centenas de quilômetros através da Nigéria antes de desembocar no Oceano Atlântico.

O objetivo principal era o aproveitamento do potencial hidrelétrico do rio, visto que outras fontes de energia, tais como as usinas a vapor e a diesel, não podiam acompanhar a crescente demanda de energia da Nigéria. Portanto, após muita investigação, decidiu-se construir uma represa na ilha Kainji, no Níger, a uns mil quilômetros da costa do Atlântico, rio acima. Em 20 de fevereiro de 1960, o contrato foi concedido a Impregilo, uma firma construtora italiana. Esta chegou ao local em março de 1964, e o trabalho começou imediatamente.

Muitos se perguntaram se a guerra civil, iniciada na Nigéria em 6 de julho de 1967, afetaria a construção. Mas, visto que o projeto já estava bastante avançado, naquele tempo, e visto que todo o trabalho se achava fora da zona de guerra, a construção continuou conforme planejada.

Calculou-se o custo deste projeto em 221.200.000 dólares. Quem pagaria esta grande conta? A Nigéria estava em condições de pagar mais de um terço do custo. O Banco Mundial concordou em prover uma quantia quase igual, e a Itália, a Grã-Bretanha, os Estados Unidos e a Holanda concordaram em financiar o resto. Portanto, o projeto resultou em ser realmente internacional. O Canadá proveu ajuda técnica. E a maquinaria e os materiais de construção vieram da Suécia, da Áustria, da Noruega, da Grã-Bretanha e da Itália.

Construção

Com o tempo, o número dos que trabalharam na represa aumentou a 5.700. Estabeleceu-se um acampamento a uns 15 quilômetros do local de construção e este aumentou a uma população de 20.000, uma verdadeira cidade! Estava bem equipada com escolas, lojas, centros recreativos, iluminação de rua, rede de água e esgotos, e também com um hospital.

O setor principal da represa é de estrutura de concreto. Tem 550 metros de comprimento e 65 metros de altura acima do alicerce, o que corresponde aproximadamente à altura dum edifício de vinte andares! Neste setor se encontra o vertedouro, que tem quatro gigantescas comportas de uns quinze por quinze metros, operadas hidraulicamente. São usadas para soltar o excesso de água e para regular o curso inferior do rio.

Junto à base da represa, rio abaixo, há a usina de força. Doze túneis de admissão canalizam a água do reservatório até esta usina. Ali a água faz girar enormes turbinas, cada uma das quais gera 110.000 cavalos-força. A eletricidade produzida é levada por cabos aéreos até a estação de controle situada a pouca distância da represa, rio abaixo. Dali é enviada para satisfazer as necessidades de energia elétrica da Nigéria.

Em ambos os lados da represa de concreto, de 550 metros de comprimento, há enormes barragens de rocha e terra. A da direita tem 245 metros de comprimento e a similar à margem esquerda tem 122 metros de comprimento. Estas completam o setor principal da represa. No entanto, além do setor da margem esquerda há uma barragem baixa que tem o comprimento total de 4.400 metros.

Para a represa principal inclusive o vertedouro, usaram-se 611.600 metros cúbicos de cimento. A usina geradora exigiu outros 134.000 metros cúbicos. As barragens consumiram 6.880.000 metros cúbicos de material. Se este fosse espalhado sobre uma superfície de um quilômetro quadrado, faria um monte de terra de quase sete metros de altura!

A primeira energia elétrica produzida pela represa foi recebida em 22 de dezembro de 1968, e a quarta turbina foi instalada em fins de fevereiro de 1969. Portanto, em menos de cinco anos depois de se iniciar a construção, a represa foi inaugurada oficialmente em 15 de fevereiro de 1969. Com o tempo se instalarão ali doze turbinas, e a energia produzida será mais de o dobro da quantidade produzida na Nigéria antes da construção da represa!

Outros Benefícios

O lago de 1.243 quilômetros quadrados criado pela represa garante um bom suprimento de água para irrigação. Também, as terras rio abaixo, antes inúteis por causa das inundações, serão agora recuperadas para a agricultura. Outro possível benefício é a indústria da pesca, que espera por fim colher cerca de 9.000 toneladas de peixes por ano.

A represa Kainji será também de grande vantagem para a navegação. Construiu-se um canal lateral com duas comportas para permitir a navegação acima da represa. E a represa permite também a regulagem e a melhora da corrente do rio mais abaixo, aumentando assim em muito o período de navegação. Isto deve tornar possível que diversos produtos do norte da Nigéria cheguem mais facilmente ao oceano e sejam enviados aos mercados do mundo.

Existe também a perspectiva de que o turismo seja outro benefício do lago. Há poucos lagos internos na África, e numa região tão distante do oceano e de grandes corpos de água, o lago será certamente um atrativo.

Projetos Futuros

Com o aumento da demanda de eletricidade planejaram-se dois projetos futuros, que serão coordenados com a represa de Kainji.

O primeiro é uma barragem localizada perto de Jebba, a cerca de cem quilômetros abaixo da represa de Kainji. Sua capacidade hidrelétrica será de pouco mais da metade do recém-inaugurado projeto. O lago que produzirá se estenderá para trás até a represa de Kainji.

Depois há planos para uma represa na garganta de Shiroro, no rio Kaduna, mais acima de onde o Kaduna se encontra com o Níger. Esta produzirá quase a mesma quantidade de energia elétrica que a projetada barragem de Jebba. Uma vez concluídas estas represas, planeja-se executar um sistema integrado, engenhoso, que produza o ano inteiro grande quantidade de eletricidade.

Tais projetos devem ser de grande vantagem para a economia nigeriana.

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