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  • g73 8/2 pp. 24-26
  • O desastre aquoso assola a cidade de rapid

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  • O desastre aquoso assola a cidade de rapid
  • Despertai! — 1973
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  • “Como Zona de Guerra”
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Despertai! — 1973
g73 8/2 pp. 24-26

O desastre aquoso assola a cidade de Rapid

“A PROBABILIDADE de tanta chuva e dessas condições de tempo só podem ser esperadas uma vez em cem anos”, disse Elroy Balke, hidrologista do Escritório de Meteorologia da Cidade de Kansas. Mas, tais condições climatéricas ocorreram em 9 de junho de 1972, e o improvável se tornou realidade para os cidadãos da Cidade de Rapid, Dacota do Sul, EUA.

O tempo naquela manhã não mostrava sinais do desastre impendente. Estava quente e abafado. Não havia sinais de chuva, mas a chuva não era incomum nessa época do ano. Assim, as pessoas executavam seus afazeres como de costume.

O Improvável Acontece

Próximo da noitinha, um vento rasteiro que soprava para o oeste foi de encontro a nuvens que vinham do nordeste. Por algum tempo, a turbulência resultante permaneceu estacionária sobre a cidade. Daí, a turbulência mudou de rumo, para o oeste da cidade. Ali começou a chover aos cântaros.

Correntes normalmente plácidas se transformaram em torrentes espumantes e violentas. Dentro em pouco, de 127 a 178 milímetros de chuva caíam em certos lugares. Toda ela tinha de escorrer para o riacho que serpenteia pela Cidade de Rapid. Isto significava dificuldades. O riacho cresceu, transbordando, e várias pontes foram arrastadas.

Esta situação perigosa piorou quando a tempestade começou a mover-se de novo numa direção normal, virando para Leste, por trás da cidade de Rapid. Adicionou mais 76 milímetros de chuva.

Cede a Represa

A Represa “Canyon Lake”, situada a oeste da cidade, ficou, no ínterim, sob grande pressão devido à tempestade. Restolho ficou preso em suas comportas e obstruiu seus vertedouros. O nível da água começou a subir ominosamente.

A represa fora inspecionada regularmente pelas autoridades. Declararam-na segura. Mas, isso era sob condições normais. Agora, as coisas eram diferentes, perigosamente diferentes! Das áreas sobre a represa, desceram duas ondas. A represa suportou a primeira. Mas, a segunda foi desastrosa!

A água começou a fluir pelo topo gramado da represa. Ao fazê-lo, comeu o aterro da encosta da represa, enfraquecendo-o. À meia-noite, um pedaço do tamanho de um campo de futebol americano se despregou.

Em baixo da represa moravam muitas pessoas. Suas casas receberam a plena força da água que agora se abatia sobre elas. Automóveis, carros-reboques, máquinas, casas e árvores foram levadas de roldão, à medida que a torrente ganhava ímpeto como um trem de carga sobre a Cidade de Rapid. Sua trilha de destruição se estendia por quase treze quilômetros.

Estações de rádio e de televisão ficaram mudas, ao deixar de funcionar a energia elétrica. Isto acabou com a fonte de comunicações que, até aquele momento, informava as pessoas sobre o envolvente desastre aquoso que assolava a comunidade.

Mas, o rompimento da represa não pegou as pessoas inteiramente desprevenidas. Um senhor não-identificado, a uns 29 quilômetros a oeste da cidade, telefonou ao prefeito, e disse: “Sr. Prefeito, parece-me que o Sr. dispõe de 20 minutos.” De imediato, enviou-se ordem para avisar às pessoas que moravam junto ao riacho para que abandonassem seus lares. Policiais e soldados da Guarda Nacional visitaram os lares dos ameaçados. Também, foram desviados os carros que iam para a zona de perigo. Muitas vidas foram assim salvas, segundo relatado, graças aos esforços dos homens que enfrentaram a enxurrada.

“Como Zona de Guerra”

Calculava-se que o fluxo da água que vinha do Riacho Rapid inundado era dez vezes superior ao auge prévio. O riacho normalmente tem uma descarga de uns 6,5 bilhões de litros de água por dia, mas, à uma da madrugada o fluxo foi calculado em uns 72 bilhões de litros!

Por volta do tempo em que a chuva parou, na manhã seguinte, um total de mais de 254 milímetros tinha caído sobre a área. As águas da enchente então começaram a baixar. A Cidade de Rapid era uma cena de devastação e de carnificina. Incêndios irrompiam descontrolados. O cheiro de gás propano pairava no ar fortemente, proveniente das casas móveis e de vários caminhões de gás propano que haviam sido esmagados pela força da água.

Um repórter de jornal, presente à cena, observou: “É como uma zona de guerra. Há incêndios por todo lugar, e não se pode fazer nada porque a cidade foi cortada ao meio pela enchente do Riacho Rapid.” Na tarde do dia seguinte a maioria destes incêndios ficaram sob controle.

O Times de Nova Iorque, de 12 de junho de 1972, noticiou que o prefeito disse que “300 casas foram arrancadas de seus alicerces e não podiam mais ser usadas, que três parques da cidade estavam destruídos, 80 blocos de pavimentação da rua estavam destruídos, sete das nove pontes sobre o Riacho Rapid foram demolidas, quase 9 quilômetros de trilhos ferroviários foram levados pela corrente, e centenas de prédios estavam cheios de lama e água.”

O dano causado às propriedades ascendia a 120 milhões de dólares (Cr$ 720 milhões). Mais de 225 pessoas perderam a vida.

Atemorizantes Experiências

Muitos tiveram atemorizantes experiências. Certo homem andou até uma ponte próxima. Viu uma massa de água de 1,20 metros descendo o riacho com uma casa móvel azul em sua crista como se fosse um prancha de surf. Outro senhor disse: “Eu olhava pela janela quando vi a água descer pela margem do riacho. Agarrei minha esposa e corremos dali.”

Num campo de casas móveis, duzentas casas foram varridas. O único carro-reboque que ficou nesse campo foi levado para mais de doze metros de distância e virou. “Eu e minha mãe só conseguimos sair com as roupas do corpo”, observou o dono dele.

Uma das testemunhas de Jeová se estava aprontando para ir deitar-se. Subitamente observou que sua casa móvel começava a balançar. Ela correu para fora e viu a água que subia. Rápido, fugiu para uma área mais elevada onde observou a torrente levar de roldão sua casa móvel e seu carro e arrastá-los corrente abaixo.

Uma senhora já adormecida acordou com as sirenas que tocavam na cidade. Ela se dirigiu à próxima porta e pegou uma senhora idosa que morava ali, levando-a para sua casa. Daí, as duas, e seu cachorro, subiram em uma escrivaninha de tampa corrediça de 1,80 metros para esperar socorro. Uma lanterna que estava na gaveta da escrivaninha ajudou a salvar a sua vida. Ficaram acendendo e apagando a lanterna até que alguém do lado de fora viu a luz e veio socorrê-las.

Preocupação com Outros

O público se juntou às autoridades em fornecer bondosa ajuda a muitas outras pessoas em angústia. Muitos demonstraram preocupar-se com outros por participar nos esforços de socorrer pessoas dos telhados das casas, de árvores e de outros lugares de refúgio. E as vítimas do desastre foram alojadas nos prédios municipais, escolas, e no Depósito de Armas da Guarda Nacional. Contribuíram-se alimentos e roupas. E muitos ofereceram receber famílias de vários tamanhos em suas próprias casas.

Os ministros que superintendiam a congregação local das testemunhas de Jeová mostraram grande preocupação com as pessoas sob seus cuidados. Tentaram entrar em contato com elas por telefone, para ver como estavam. Mas, as linhas estavam ocupadas. Tinha-se de esperar até dez minutos para conseguir ouvir o sinal para ligar. Assim, tais ministros desenvolveram um sistema para relatar o que verificavam ao ministro-presidente. Seu telefone estava aberto para receber chamadas nos primeiros trinta minutos de cada hora, e nos trinta minutos finais, era sua vez de dar telefonemas. Assim, soube-se como cada um na congregação estava passando. Qualquer pessoa que precisava de ajuda imediata recebia pronta atenção.

Mas, o que dizer dos que não podiam receber telefonemas? Foram pessoalmente visitados. Assim, soube-se que apenas uma pessoa da congregação estava hospitalizada, e que cinco famílias de Testemunhas perderam suas casas e todos os seus bens. O restante estava a salvo, embora várias pessoas tivessem experiências angustiantes.

As Testemunhas masculinas adultas se dirigiam aos lares danificados de várias Testemunhas a fim de ajudá-las a salvar alguns pertences. Isto exigiu esforço, mas valeu a pena. Não só isso, mas as Testemunhas preocupadas em Pensilvânia, Flórida, Califórnia e de outros estados telefonaram nesse ínterim, oferecendo sua ajuda.

Que Se Pode Aprender Disso?

Há muito que se pode aprender das experiências dos apanhados num desastre. Primeiro, há a necessidade de ficar alerta e de prever possíveis desastres. Também, a importância de acatar os avisos de policiais, de autoridades municipais ou de quaisquer outras pessoas que estejam em posição de saber das coisas. Algumas pessoas da Cidade de Rapid morreram porque se recusaram a acatar os avisos que lhes foram dados.

E, se sobreviver a um desastre, será bondoso de sua parte se entrar em contato com seus entes queridos assim que for possível. Isto os poupará de desnecessária preocupação e ansiedade.

Aproxima-se o dia em que desastres tais como o que assolou a Cidade de Rapid serão coisa do passado. O gênero humano viverá seguramente sob um governo divino cujas autoridades zelarão de seus cidadãos e de seus entes queridos. Essa é a mensagem confortadora das testemunhas de Jeová. Acha-se em sua própria Bíblia! — Rev. 21:4.

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