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  • g87 8/12 pp. 4-7
  • A controvérsia sobre as creches

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  • A controvérsia sobre as creches
  • Despertai! — 1987
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  • ‘Casas das Crianças’
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Despertai! — 1987
g87 8/12 pp. 4-7

A controvérsia sobre as creches

É um local agradável. As salas de recreação acham-se pintadas de cores alegres e estão enfeitadas com pôsteres e amostras da arte das criancinhas. Brinquedos e jogos acham-se bem arrumados em prateleiras. E o local ressoa com o barulho das crianças.

“Cuidamos de cerca de 130 crianças”, afirma Bernice Spence, a senhora de aspecto maternal que dirige esta creche. E exatamente de onde provêm tais crianças? “Na maior parte, são filhos de pessoas que trabalham fora e que residem por perto. E a nossa equipe? Várias pessoas são professores formados.”

UMA creche bem administrada, cuja equipe é formada de pessoas competentes e que se importam, deveras deixa uma ótima impressão. Os pais se sentem seguros quando seus filhos são cuidados em tal lugar. Todavia, as creches são o foco das atuais controvérsias. Por que razão? Por um lado, creches de qualidade nem sempre são a norma. Algumas carecem de manutenção, são mal dirigidas, têm falta de pessoal habilitado, e amontoam as crianças como se fossem pacotes.

As creches mantidas por fundos públicos, em Nova Iorque, EUA, são geralmente de boa qualidade. Mas elas custarão à cidade US$ 201 milhões em 1987 — mais de US$ 4.800 [uns Cz$ 290.000] para cada criança! Em países como a Suécia, onde os governos alocam generosos recursos para creches, ministram-se igualmente cuidados de alta qualidade. Mas no Terceiro Mundo, e até mesmo em algumas comunidades dos EUA, são inadequados os fundos destinados às creches. Com que resultado? As crianças talvez recebam cuidados inferiores.

Em Leilão o Cuidado das Crianças

Isto acontece até mesmo com creches de fins lucrativos. É certo que muitas são excelentes. Algumas creches, porém, reduzem os custos por contratar menos funcionárias para maior número de crianças. Ou cortam despesas por contratar funcionárias que só ganham pouco acima do salário mínimo — o que afasta as profissionais mais qualificadas.

Na verdade, muitas funcionárias de creches aceitam salários baixos porque simplesmente amam as crianças. Mas o que pode acontecer quando inexiste tal dedicação? Samuel e sua esposa logo descobriram. Juntos, dirigiam uma creche em Lagos, na Nigéria — até que se viram obrigados a fechá-la. Relembra Samuel: “Sempre que minha esposa tinha de fazer compras, ou ausentar-se por outros motivos, ela descobria, ao voltar, que as assistentes não tinham cuidado das crianças.” — Veja a página 6.

Nos Estados Unidos, creches com fins lucrativos têm de sobreviver à fiscalização das agências governamentais que autorizam seu funcionamento. Mas a revista Newsweek informa: “A maioria das exigências para funcionamento são mínimas, e as agências do Estado não dispõem dos recursos ou do pessoal para controlar a indústria de creches.”

‘Casas das Crianças’

Similares às creches são as ‘casas das crianças’, órgãos particulares em que se cuidam de pequenos grupos de crianças. Menos custosas do que as creches, os day-care homes são imensamente populares nos EUA, cuidando por volta de três quartos das crianças que recebem cuidados fora do lar. A ‘tia’ que cuida das crianças em geral também tem seus próprios filhos.

Para a criança, uma ‘casa da criança’ pode oferecer um ambiente mais parecido a um lar, uma senhora que se importa em cuidar dela, e a companhia de um pequeno grupo de crianças. Mas, muitas vezes, pouco é feito para fiscalizar suas instalações. O jornal Globe and Mail, de Toronto, Canadá, informa assim que a qualidade das ‘casas das crianças’ no Canadá varia de “excelente a imensuravelmente ruim”. Dez por cento de tais ‘casas’ foram consideradas inseguras para as crianças.

Centros de Cuidados Infantis — Como Influem nas Crianças?

Uma vez que os centros de cuidados infantis abrangem tão amplo espectro de qualidade, os pesquisadores têm tido dificuldade em determinar como eles realmente influem nas crianças. Na verdade, alguns proponentes de tais centros demonstram grande otimismo. Afirma Alison Clarke-Stewart, em seu livro Daycare (Centros de Cuidados Infantis): “As boas novas que vêm de todos estes estudos — feitos no Canadá, na Inglaterra, na Suécia, na Tchecoslováquia, nos Estados Unidos — são de que os cuidados ministrados num centro adequado não produzem quaisquer efeitos prejudiciais evidentes sobre o desenvolvimento intelectual das crianças.” Alguns estudos até mesmo indicam que as crianças de famílias de baixa renda beneficiam-se dos estímulos intelectuais de tais centros!

No entanto, os pesquisadores Belsky e Steinberg acautelam: “Num grau sobrepujante, a pesquisa sobre os centros de cuidados infantis tem sido feita em creches situadas em universidades ou ligadas a universidades, com elevado índice de funcionárias em relação às crianças, e programas bem elaborados. . . . Todavia, a maioria das creches disponíveis aos pais nesta nação certamente não são deste tipo e talvez não apresentem esta qualidade.” Como, então, estão passando as crianças em ambientes mais típicos de creches? Concluíram Belsky e Steinberg: “Sabemos terrivelmente pouco sobre o impacto que as creches exercem sobre as crianças.” — Revista Child Development, Volume 49, páginas 929-30.

Sabe-se ainda menos dos efeitos das ‘casas das crianças’ — responsáveis pela maior parte de tais cuidados. Parece, todavia, que a ‘tia’ de tais ‘casas’ talvez faça muito pouco no sentido de estimular o crescimento intelectual e emocional da criança; sua preocupação talvez se limite mais a alimentá-la e impedir que ela se meta em dificuldades, até que sua mãe volte. Verifica-se, assim, que as crianças nessas ‘casas’ amiúde são largadas em frente a uma TV.

Pouco se sabe também sobre como as creches influem no vínculo emocional entre mãe e filho, ou até que ponto as crianças se tornam apegadas demais às funcionárias que cuidam delas. Alguns testes, contudo, demonstram que, quando confrontadas com a escolha entre a mãe e a funcionária da creche, a maioria das crianças ainda prefere a mãe.

Os Problemas do Contato com Coleguinhas

Um dos benefícios das creches e similares é que as crianças aprendem a dar-se melhor com os coleguinhas. Há outra questão envolvida nisso, contudo. Diz um adágio bíblico: “Más associações estragam hábitos úteis.” (1 Coríntios 15:33) A pesquisa feita nos Estados Unidos e na Europa mostra que as crianças cuidadas por creches e similares tendem a ser ‘mais agressivas, menos cooperadoras com os adultos, mais confiantes em si, menos conformadas com as coisas, e menos impressionadas com o castigo do que as crianças criadas no seu lar’.

Alison Clarke-Stewart afirma que tal comportamento realmente “reflete maior maturidade e competência social, em vez de ser algo com que se preocupar”. Mas, isto talvez pouco conforto traga aos pais que observam um filho pequeno, anteriormente brando, proferir nomes feios, especialmente se tais genitores estiverem empenhados em instilar os princípios da Bíblia em seu filho. — Efésios 4:29.

Riscos Para a Saúde

Creches e órgãos similares também apresentam riscos para a saúde. Os CDC (Centros de Controle de Moléstias, dos EUA) mencionam “crescente necessidade de controlar as doenças infecciosas que freqüentemente atingem as crianças nas creches e similares”. As chamadas doenças transmitidas em creches e similares incluem a hepatite tipo-A, a shigelose (grave distúrbio intestinal), e Haemophilus influenzae tipo-B (uma infecção bacteriana). A diarréia e a febre são sintomas comuns. Tais doenças são muitas vezes o resultado de se apinhar criancinhas num ambiente, pois elas tendem a pôr tudo na boca e não estão habituadas ao uso correto do vaso sanitário.

Um bom centro, porém, leva a sério as precauções de saúde. “Ensinamos as crianças a lavar as mãos depois de usarem o vaso sanitário”, explicou Delores Alexander, consultora de assuntos de cuidados de crianças. “E não aceitamos conscientemente crianças doentes.” Acrescentou Bernice Spence, diretora da “Willoughby House”: “Se a criança adoece num dia, muitas vezes telefonamos para sua mãe, e mandamos que a leve para casa.” Exames médicos regulares da equipe e das crianças também constituem importantes medidas preventivas.

Todavia, a pesquisadora Clarke-Stewart admite: “As crianças nas creches contraem mais gripes, exantemas, resfriados e tosse do que as crianças em casa . . . O nariz escorrendo da criança pode ser o preço que as mães se dispõem a pagar para ter seus filhos numa creche, enquanto elas trabalham.” Mas, em vista do precedente, parece que as creches e órgãos similares poderiam envolver riscos de maior conseqüência do que um nariz escorrendo. O que tudo isso significa, então, para as mães que decidem que precisam trabalhar?

[Foto na página 5]

Como é que os cuidados fora do lar influem no vínculo existente entre a mãe e a criança?

[Quadro na página 6]

As Creches e os Abusos Sexuais

Recentemente se fez muita publicidade nos EUA sobre escândalos de abusos sexuais de menores, envolvendo funcionários de creches. Serão tais creches um abrigo para pedófilos e pornógrafos infantis?

Tal pergunta provoca fortes emoções da parte de alguns funcionários de creches. “Fico realmente irada com isso”, disse Bernice Spence, administradora duma creche. “Simplesmente detesto ver as creches adquirirem tão má fama. A maioria das pessoas que conheço, do setor de cuidados de crianças, compõe-se de pessoas dedicadas — elas se importam com as crianças.”

Administradores responsáveis, porém, têm tomado medidas firmes. Despertai! conversou com Doby Flowers, vice-diretora da Agência de Desenvolvimento do Menor, de Nova Iorque, EUA. Mais de 40.000 crianças estão alistadas em programas de creches sob sua supervisão. Disse a Srta. Flowers: “Fazemos cabal seleção para formar nossas equipes de creches. Verificamos se as pessoas têm ficha criminal ou de abuso sexual de menores. E, desde 1984, tiram-se as impressões digitais de todos os funcionários das creches.”

Será que os que cometem abusos sexuais de menores visam o trabalho em creches? A Srta. Flowers respondeu: “Temos pedófilos nas ordens religiosas, no sistema judiciário, e no educativo. O perfil do pedófilo abrange todas as fronteiras financeiras, ocupacionais, raciais e étnicas.” No entanto, como se expressa o Dr. Roland Summit, psiquiatra que se especializou em tratar de crianças que sofreram abusos sexuais: “O aumento do risco de exploração duma criança é diretamente proporcional à distância que a criança fica dos cuidados de sua mãe biológica.”

O que então devem fazer os pais que têm filhos em creches e órgãos similares? “Ouça seu filho!”, afirma Doby Flowers. “Sente-se e converse com seu filho. Observe mudanças no comportamento ou sinais de angústia, tais como urinar na cama ou a súbita relutância de ir para a creche.” A vigilância e a educação parentais dos filhos são as melhores armas contra o abuso de menores. — Veja Despertai! de 8 de junho de 1985, “O Abuso Sexual de Crianças — Poderá Proteger Seus Filhos”.

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