Referências Para o Manual de Atividades da Reunião Vida e Ministério
5 A 11 DE AGOSTO
TESOUROS DA PALAVRA DE DEUS | 2 TIMÓTEO 1-4
“Deus Não Nos Deu Um Espírito de Cobardia”
(2 Timóteo 1:7) Pois Deus não nos deu um espírito de cobardia, mas de poder, de amor e de bom senso.
Jovens – tornem manifesto o vosso progresso
9 Para ajudar Timóteo, mais tarde, Paulo lembrou-lhe: “Deus não nos deu um espírito de covardia, mas de poder, e de amor, e de bom juízo.” (2 Tim. 1:7) “Bom juízo” envolve saber pensar e ponderar de modo sensato. Inclui a capacidade de encararmos as coisas como elas são, não como gostaríamos que fossem. Alguns jovens imaturos manifestam certo “espírito de covardia” e, mentalmente, tentam escapar de situações stressantes por dormirem muito, verem televisão em excesso, abusarem de drogas ou de álcool, irem constantemente a festas ou praticarem imoralidade sexual. Os cristãos precisam de ‘repudiar a impiedade e os desejos mundanos, viver com bom juízo, justiça e devoção piedosa no meio deste atual sistema’. — Tito 2:12.
(2 Timóteo 1:8) Assim, não te envergonhes do testemunho sobre o nosso Senhor, nem de mim, prisioneiro por causa dele. Porém, confiante no poder de Deus, participa em suportar sofrimentos pelas boas novas.
‘Seja corajoso e forte!’
7 Ao escrever a Timóteo, Paulo disse: “Deus não nos deu um espírito de covardia, mas de poder [...]. Portanto, não te envergonhes do testemunho a respeito de nosso Senhor.” (2 Timóteo 1:7, 8; Marcos 8:38) Quando lemos estas palavras, podemos perguntar-nos: ‘Tenho vergonha da minha fé, ou sou corajoso? Digo aos meus colegas de trabalho ou de escola que sou Testemunha de Jeová, ou procuro esconder isso? Sinto vergonha de ser diferente dos outros, ou sinto orgulho de me destacar por causa do meu relacionamento com Jeová?’ Quando alguém tem sentimentos negativos a respeito de pregar as boas novas ou receia ser impopular, deve lembrar-se do conselho que Jeová deu a Josué: “Sê corajoso e forte.” Nunca se esqueça de que o que importa não é a opinião dos nossos colegas de trabalho ou de escola, mas o ponto de vista de Jeová e de Jesus Cristo. — Gálatas 1:10.
Em Busca de Pérolas Espirituais
(2 Timóteo 2:3, 4) Como bom soldado de Cristo Jesus, participa em suportar sofrimento. 4 Ninguém que serve como soldado se envolve nos assuntos comerciais da vida civil, a fim de agradar àquele que o alistou como soldado.
Sentinela 07/17 p. 10 § 13
Use as suas riquezas de um modo que agrade a Deus
13 Timóteo era um homem de fé. Paulo chamou-lhe “bom soldado de Cristo Jesus” e disse: “Ninguém que serve como soldado se envolve nos assuntos comerciais da vida civil, a fim de agradar àquele que o alistou como soldado.” (2 Tim. 2:3, 4) Hoje, os seguidores de Jesus, incluindo mais de um milhão de irmãos que estão no serviço de tempo integral, são como soldados de Cristo. Eles fazem tudo o que podem para seguir o conselho de Paulo, apesar da pressão que o mundo faz para que as pessoas comprem cada vez mais. Também se lembram do que a Bíblia diz: “Quem pede emprestado é escravo de quem empresta.” (Pro. 22:7) Satanás tem prazer quando usamos o nosso tempo e as nossas forças no sistema económico do mundo. Algumas decisões podem tornar-nos escravos deste sistema por muitos anos. Por exemplo, para comprarem uma casa ou para pagarem as propinas da universidade, alguns contraem dívidas muito altas. Outros passam anos a pagar uma festa de casamento ou as prestações de um carro. Mas nós tentamos simplificar a vida, diminuir as despesas e acabar com as nossas dívidas. Assim, ficamos livres para ser escravos de Deus, e não do sistema económico. — 1 Tim. 6:10.
(2 Timóteo 2:23) Além disso, rejeita debates tolos e sem sentido, pois sabes que eles geram conflitos.
O povo de Jeová ‘renuncia à injustiça’
10 Hoje, não é comum o povo de Jeová enfrentar apostasia dentro da congregação. Ainda assim, quando nos deparamos com algum ensino antibíblico, devemos rejeitá-lo firmemente, não importa de onde venha. Não seria sábio envolvermo-nos em debates com apóstatas, quer pessoalmente, quer por meio da Internet ou qualquer outro meio de comunicação. Mesmo que a intenção seja ajudar a pessoa, esse contacto seria contrário à orientação bíblica que acabámos de considerar. Antes, como povo de Jeová, evitamos completamente, sim, rejeitamos, a apostasia.
12 A 18 DE AGOSTO
TESOUROS DA PALAVRA DE DEUS | TITO 1 – FILÉMON
“Designações de Anciãos”
(Tito 1:5-9) Deixei-te em Creta para que corrigisses as coisas que precisavam de ser endireitadas e fizesses designações de anciãos em cada cidade, conforme as instruções que te dei: 6 o ancião deve estar livre de acusação, ser marido de uma só esposa e ter filhos crentes que não sejam acusados de devassidão nem de rebeldia. 7 Porque, como administrador designado por Deus, um superintendente tem de estar livre de acusação, não deve ser obstinado, nem alguém que se ire com facilidade, nem beberrão, nem violento, nem ávido de ganho desonesto, 8 mas deve ser hospitaleiro, amar o que é bom, ser sensato, justo, leal, ter autodomínio, 9 apegar-se firmemente à palavra fiel com respeito à sua arte de ensino, para que possa encorajar por meio do ensinamento sadio, assim como repreender os que o contradizem.
Perguntas dos Leitores
Embora as Escrituras não descrevam em detalhes o processo da designação daquela época, podemos ter uma ideia de como isso era feito. Quando estavam a voltar para casa depois da sua primeira viagem missionária, Paulo e Barnabé “designaram [...] anciãos em cada congregação, e, oferecendo orações com jejuns, encomendaram-nos a Jeová, em quem se tinham tornado crentes”. (Atos 14:23) Alguns anos mais tarde, Paulo escreveu a Tito, o seu companheiro de viagem: “[Eu] te deixei em Creta, para que corrigisses as coisas defeituosas e fizesses designações de anciãos numa cidade após outra, conforme te dei ordens.” (Tito 1:5) Timóteo, que fez muitas viagens com o apóstolo Paulo, pelos vistos, também tinha essa autoridade. (1 Tim. 5:22) Fica claro, então, que essas designações eram feitas pelos superintendentes viajantes, não pelos apóstolos e anciãos em Jerusalém.
Com base nesse precedente bíblico, o Corpo Governante das Testemunhas de Jeová ajustou a maneira de se designar anciãos e servos ministeriais. A partir de 1 de setembro de 2014, as designações passam a ser feitas da seguinte maneira: o superintendente de circuito analisa com atenção as recomendações feitas no seu circuito. Durante as suas visitas às congregações, ele procura conhecer os irmãos recomendados, trabalhando com eles no ministério sempre que possível. Depois de considerar as recomendações com o corpo de anciãos local, o superintendente de circuito tem a responsabilidade de designar os anciãos e os servos ministeriais nas congregações no seu circuito. Dessa forma, aproximamo-nos mais do procedimento-padrão do primeiro século.
Qual é a função de cada um dos envolvidos nesse processo? Como sempre, “o escravo fiel e discreto” tem a responsabilidade principal de alimentar os domésticos. (Mat. 24:45-47) Isso inclui pesquisar as Escrituras, com a ajuda do espírito santo, a fim de discernir princípios bíblicos que indicam como a congregação mundial deve estar organizada. Depois, o escravo fornece orientações sobre como esses princípios devem ser aplicados. O escravo fiel também designa todos os superintendentes de circuito e membros da Comissão de Filial. Cada filial, por sua vez, fornece ajuda para que as orientações sejam aplicadas. Já o corpo de anciãos tem o sério dever de analisar cuidadosamente se os irmãos que eles recomendam preenchem as qualificações bíblicas para receber uma designação na congregação de Deus. Cada superintendente de circuito tem a pesada responsabilidade de considerar com atenção e oração as recomendações feitas pelos anciãos e, então, designar os irmãos que se qualificam.
Em Busca de Pérolas Espirituais
(Tito 1:12) Um deles, o seu próprio profeta, disse: “Os cretenses são sempre mentirosos, animais ferozes, glutões preguiçosos.”
Sentinela 15/05/89 p. 31 § 5
Perguntas dos Leitores
Ele certamente não estava a concordar com uma generalizada crítica racial ou étnica contra os cretenses. Podemos ter a certeza disso, pois Paulo sabia que em Creta havia excelentes cristãos a quem Deus aprovara e ungira com o Seu espírito santo. (Atos 2:5, 11, 33) Havia suficientes cristãos devotados para formar congregações numa “cidade após outra”. Embora tais cristãos não fossem humanos perfeitos, podemos estar certos de que não eram mentirosos e glutões preguiçosos; se assim não fosse, eles não continuariam a ter a aprovação de Jeová. (Filipenses 3:18, 19; Revelação [Apocalipse] 21:8) E como se dá hoje em todas as nações, provavelmente, havia em Creta pessoas sinceras entristecidas por causa dos baixos padrões de moral que os cercavam e prontas para acolher a mensagem cristã. — Ezequiel 9:4; compare com Atos 13:48.
(Filémon 15, 16) Talvez tenha sido realmente por isso que ele se afastou por um momento, para que tu o tivesses de volta para sempre, 16 não como escravo, mas como mais do que escravo, como irmão amado, especialmente para mim, no entanto, mais ainda para ti, tanto na relação humana como no Senhor.
Sentinela 15/10/08 p. 31 § 5
Destaques das cartas a Tito, a Filémon e aos hebreus
15, 16 — Porque é que Paulo não pediu a Filémon que libertasse Onésimo? Paulo queria apegar-se estritamente à sua missão de ‘pregar o reino de Deus e ensinar as coisas concernentes ao Senhor Jesus Cristo’. Portanto, ele preferiu não se envolver em questões sociais, como a escravidão. — Atos 28:31.
19 A 25 DE AGOSTO
TESOUROS DA PALAVRA DE DEUS | HEBREUS 1-3
“Ame a Justiça e Odeie o Que É Contra a Lei”
(Hebreus 1:8) Mas a respeito do Filho ele diz: “Deus é o seu trono para todo o sempre, e o cetro do seu Reino é o cetro da retidão.
Dê honra a Cristo, o glorioso Rei!
8 Jeová entronizou o seu Filho como seu Rei messiânico no céu em 1914. Visto que ‘o cetro do seu reinado é um cetro de retidão’, é garantido que haverá justiça e igualdade no seu governo. A sua autoridade é legítima, pois ‘Deus é o seu trono’. Por outras palavras, Jeová é a base do seu reinado. Além disso, o trono de Jesus durará “por tempo indefinido, para todo o sempre”. Não sente orgulho de servir a Jeová sob o governo de um Rei tão poderoso, designado por Deus?
(Hebreus 1:9) O senhor amou a justiça e odiou o que é contra a lei. É por isso que Deus, o seu Deus, o ungiu com óleo de alegria mais do que aos seus companheiros.”
Sentinela 15/02/14 pp. 4-5 § 7
Dê honra a Cristo, o glorioso Rei!
7 Leia Salmo 45:6, 7. Por causa do grande amor de Jesus pela justiça e do seu ódio por qualquer coisa que pudesse desonrar o seu Pai, Jeová ungiu-o como Rei do Reino messiânico. Jesus foi ungido “com óleo de exultação” mais do que os seus “associados”, os reis de Judá da linhagem de David. Como assim? Primeiro, Jesus foi ungido pelo próprio Jeová. Segundo, Jeová ungiu-o como Rei e como Sumo Sacerdote. (Sal. 2:2; Heb. 5:5, 6) Terceiro, Jesus não foi ungido com óleo, mas com espírito santo, e o seu reinado não é terrestre, mas celestial.
Em Busca de Pérolas Espirituais
(Hebreus 1:3) Ele é o reflexo da glória de Deus e a representação exata do seu ser, e sustenta todas as coisas pela sua poderosa palavra. E, depois de ter feito uma purificação dos nossos pecados, sentou-se à direita da Majestade nas alturas.
Perspicaz vol. 2 p. 382 § 1
Imagem (estátua)
Será que Jesus sempre refletiu a semelhança do seu Pai no mesmo grau?
O Filho primogénito de Deus, que, mais tarde, se tornou o homem Jesus, é a imagem do seu Pai. (2Co 4:4) Uma vez que esse Filho era, obviamente, aquele a quem Deus falara ao dizer: “Façamos o homem à nossa imagem”, essa semelhança do Filho com o seu Pai, o Criador, existia desde que o Filho fora criado. (Gén 1:26; Jo 1:1-3; Col 1:15, 16) Quando na terra, qual homem perfeito, ele refletia as qualidades e a personalidade do seu Pai no máximo grau possível, dentro das limitações humanas, de modo que podia dizer: “Quem me tem visto, tem visto também o Pai.” (Jo 14:9; 5:17, 19, 30, 36; 8:28, 38, 42) Esta semelhança, contudo, foi certamente ressaltada no tempo da ressurreição de Jesus à vida espiritual, e ao ser-lhe concedida “toda a autoridade no céu e na terra” pelo seu Pai, Jeová Deus. (1Pe 3:18; Mt 28:18) Visto que Deus exaltou assim Jesus a “uma posição superior”, o Filho de Deus refletia então a glória do seu Pai num grau ainda maior do que refletira antes de deixar os céus para vir à terra. (Fil 2:9; He 2:9) Ele é agora a “representação exata do [...] próprio ser [Deus]”. — He 1:2-4.
(Hebreus 1:10-12) E: “Ó Senhor, no princípio lançaste os alicerces da terra, e os céus são obra das tuas mãos. 11 Eles deixarão de existir, mas tu permanecerás; eles hão de gastar-se como uma peça de roupa, 12 e tu hás de enrolá-los assim como um manto, como uma peça de roupa, e serão trocados. Tu, porém, és o mesmo, e os teus anos nunca chegarão ao fim.”
Perspicaz vol. 1 p. 491 § 2
Céu, I
As palavras do Salmo 102:25, 26, aplicam-se a Jeová Deus, mas o apóstolo Paulo cita-as com referência a Jesus Cristo. Isto dá-se porque o Filho unigénito de Deus era o Agente pessoal de Deus usado na criação do universo físico. Paulo contrasta a permanência do Filho com a da criação física, a qual Deus, se intencionasse isso, poderia ‘enrolá-la assim como uma capa’ e pôr de lado. — He 1:1, 2, 8, 10-12; compare isso com 1Pe 2:3, nota.
26 DE AGOSTO A 1 DE SETEMBRO
TESOUROS DA PALAVRA DE DEUS | HEBREUS 4-6
“Faça o Máximo Para Entrar no Descanso de Deus”
(Hebreus 4:1) Portanto, visto que ainda resta uma promessa de entrar no seu descanso, tenhamos cuidado para que nenhum de vocês seja considerado indigno dela.
(Hebreus 4:4) Porque em certa passagem ele disse o seguinte sobre o sétimo dia: “E Deus descansou no sétimo dia de todas as suas obras”,
Sentinela 15/07/11 pp. 24-25 §§ 3-5
O descanso de Deus – de que se trata?
3 Duas evidências levam-nos a concluir que o sétimo dia ainda estava em curso no primeiro século da EC. Primeiro, note as palavras de Jesus aos opositores que o criticavam por realizar curas no sábado, o que eles consideravam ser um tipo de trabalho. O Senhor disse-lhes: “Meu Pai tem estado trabalhando até agora e eu estou trabalhando.” (João 5:16, 17) Qual era o argumento? Jesus estava a ser acusado de trabalhar no sábado. Ao contestá-los, dizendo “meu Pai tem estado trabalhando”, ele refutou essa acusação. Jesus estava, na verdade, a dizer aos críticos: ‘O meu Pai e eu estamos empenhados no mesmo tipo de trabalho. Visto que o meu Pai tem trabalhado no seu sábado de milénios de duração, é perfeitamente permissível que eu trabalhe, mesmo no sábado.’ Assim, Jesus deu a entender que, com relação à Terra, o grande sábado de descanso de Deus, o sétimo dia, ainda não tinha terminado nos seus dias.
4 Uma segunda evidência é fornecida pelo apóstolo Paulo. Ao citar Génesis 2:2 a respeito do descanso de Deus, ele escreveu sob inspiração: “Nós, os que exercemos fé, entramos no descanso.” (Heb. 4:3, 4, 6, 9) Portanto, o sétimo dia ainda estava em curso nos dias de Paulo. Quanto tempo mais duraria esse dia de descanso?
5 Para responder a essa pergunta, temos de nos lembrar do objetivo do sétimo dia. Génesis 2:3 explica qual é: “Deus passou a abençoar o sétimo dia e a fazê-lo sagrado.” Esse dia foi ‘feito sagrado’ – santificado, ou colocado à parte, por Jeová – para concretizar o Seu propósito. Esse propósito é que a Terra seja habitada por homens e mulheres obedientes que tomarão conta da Terra e de todas as suas formas de vida. (Gén. 1:28) É na realização desse propósito que tanto Jeová Deus como Jesus Cristo, o “Senhor do sábado”, têm “estado trabalhando até agora”. (Mat. 12:8) O dia de descanso de Deus prosseguirá até que o Seu objetivo com relação a esse descanso tenha sido plenamente alcançado no fim do Reinado Milenar de Cristo.
(Hebreus 4:6) Portanto, visto que ainda falta a alguns entrarem nele, e aqueles a quem as boas novas foram declaradas primeiro não entraram por causa da desobediência,
O descanso de Deus – de que se trata?
6 Deus explicou de modo claro a Adão e Eva qual era o seu propósito, mas eles não cooperaram para a sua realização. Naturalmente, Adão e Eva foram apenas os primeiros humanos a preferir a desobediência. Desde então, tem havido milhões de outros. Até mesmo o povo escolhido de Deus, a nação de Israel, frequentemente lhe desobedecia. E é digno de nota que Paulo tenha alertado os cristãos do primeiro século de que mesmo alguns deles poderiam cair na armadilha em que caíram os israelitas antigos. Ele escreveu: “Façamos, portanto, o máximo para entrar naquele descanso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.” (Heb. 4:11) Note que Paulo relaciona desobedecer com não entrar no descanso de Deus. O que significa isso para nós? Se de alguma maneira nos rebelarmos contra o propósito de Deus, será que correremos o risco de não entrar no descanso de Deus? Obviamente, a resposta a esta pergunta é muito importante, e mais adiante vamos considerá-la. Por agora, vejamos o que mais nos ensina o péssimo exemplo dos israelitas sobre entrar no descanso de Deus.
(Hebreus 4:9-11) Assim, resta um descanso sabático para o povo de Deus. 10 Porque o homem que entrou no descanso de Deus também descansou das suas próprias obras, assim como Deus descansou das suas. 11 Portanto, façamos o máximo para entrar nesse descanso, para que ninguém caia no mesmo padrão de desobediência.
Sentinela 15/07/11 p. 28 §§ 16-17
O descanso de Deus – de que se trata?
16 Poucos cristãos hoje insistiriam em seguir algum preceito da Lei mosaica a fim de ganhar a salvação. As palavras inspiradas de Paulo aos efésios são muito claras: “Por esta benignidade imerecida é que fostes salvos por intermédio da fé; e isto não se deve a vós, é dádiva de Deus. Não, não se deve a obras, a fim de que nenhum homem tenha base para jactância.” (Efé. 2:8, 9) Então, como é que os cristãos podem entrar no descanso de Deus? Jeová reservou o sétimo dia – o seu dia de descanso – para levar o seu propósito com relação à Terra a um glorioso cumprimento. Podemos entrar, ou participar, no descanso de Jeová por trabalharmos obedientemente em harmonia com o seu propósito progressivo, ao passo que este nos é revelado por meio da sua organização.
17 Por outro lado, desconsiderarmos os conselhos bíblicos da classe do escravo fiel e discreto, preferindo seguir um proceder independente, significaria resistirmos ao desenrolar do propósito de Deus. Isso poria em risco a nossa relação pacífica com Jeová. No próximo artigo, veremos algumas situações comuns que podem afetar o povo de Deus. Também, veremos como as nossas decisões – obedecer ou adotar um espírito independente – podem determinar se realmente entrámos no descanso de Deus.
Em Busca de Pérolas Espirituais
(Hebreus 4:12) Porque a palavra de Deus é viva e exerce poder, e é mais afiada do que qualquer espada de dois gumes, e penetra a ponto de fazer divisão entre a alma e o espírito, e entre as juntas e a medula, e é capaz de discernir os pensamentos e as intenções do coração.
Sentinela 09/16 p. 13
Perguntas dos Leitores
De acordo com Hebreus 4:12, o que é “a palavra de Deus” que “é viva e exerce poder”?
▪ O contexto mostra que o apóstolo Paulo estava a falar da mensagem de Deus sobre o seu propósito. Isso inclui tanto o que está escrito na Bíblia como outras coisas que Deus disse, mas que não foram registadas.
As nossas publicações, muitas vezes, mencionam Hebreus 4:12 para mostrar que a Bíblia tem poder para mudar a vida das pessoas. E é correto entender assim. Mas é interessante analisar o contexto, ou seja, o que Paulo disse antes e depois dessas palavras. Paulo estava a incentivar os cristãos hebreus a cooperarem com os propósitos de Deus. Muitos desses propósitos foram registados nos escritos sagrados. Paulo usou como exemplo os israelitas que tinham sido libertados do Egito. Eles podiam entrar na ‘terra que manava leite e mel’. Nessa terra, eles poderiam ter verdadeiro descanso. — Êxo. 3:8; Deut. 12:9, 10.
Isso fazia parte do propósito de Deus. Só que os israelitas foram rebeldes e não demonstraram fé; por isso, a maioria deles não entrou naquele descanso. (Núm. 14:30; Jos. 14:6-10) Mas Paulo disse que ainda havia ‘uma promessa de entrar no descanso de Deus’. (Heb. 3:16-19; 4:1) Para mostrar que essa promessa vinha das Escrituras, Paulo citou partes de Génesis 2:2 e do Salmo 95:11. Essa promessa é uma parte da mensagem de Deus sobre o seu propósito. Assim como os cristãos hebreus, podemos aprender sobre esse propósito e cooperar com ele.
Ficamos felizes por saber que ‘ainda resta uma promessa de entrar no descanso de Deus’. Confiamos na promessa da Bíblia de que é realmente possível entrar nesse descanso. Nós já demos os passos para fazer isso, não por seguir a Lei mosaica nem por simplesmente fazer coisas boas, mas por demonstrar fé em Deus e cooperar com o seu propósito. Além de nós, milhares de pessoas em todo o mundo estão a estudar a Bíblia e a descobrir o que Deus revelou sobre o seu propósito. Muitos sentem-se motivados a fazer mudanças na vida, demonstrar fé e ser batizados. Tudo isso prova que “a palavra de Deus é viva e exerce poder”. O que Deus revelou na Bíblia sobre o seu propósito mudou a nossa vida e vai continuar a ter poder sobre ela.
(Hebreus 6:17, 18) Da mesma maneira, quando Deus decidiu demonstrar mais claramente aos herdeiros da promessa que o seu propósito era imutável, ele garantiu-o com um juramento, 18 para que, por meio de duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, nós, os que fugimos para o refúgio, recebamos forte encorajamento para nos apegarmos firmemente à esperança que nos é apresentada.
Sentinela 15/10/12 p. 24 § 7
Obedeça a Deus e beneficie-se das suas promessas juramentadas
7 Porque é que Deus jurou a Abraão que as Suas promessas se cumpririam? Era para reforçar a confiança e fortalecer a fé dos que se tornariam co-herdeiros de Cristo, como parte secundária do prometido “descendente”. (Leia Hebreus 6:13-18; Gál. 3:29) Como o apóstolo Paulo explicou, Jeová “interveio com um juramento, a fim de que, por duas coisas imutáveis [a sua promessa e o seu juramento], nas quais é impossível que Deus minta, nós [...] tenhamos forte encorajamento para nos apegar à esperança que se nos apresenta”.
Perspicaz vol. 2 p. 24 § 5
Esperança
Esta esperança de vida eterna e de incorrupção daqueles que são “participantes da chamada celestial” (He 3:1) tem base sólida e é algo em que se pode confiar. É apoiada por duas coisas, nas quais é impossível que Deus minta, a saber, a sua promessa e o seu juramento, e a esperança está em Cristo, que, agora, é imortal nos céus. Por isso, fala-se desta esperança como “âncora para a alma, tanto segura como firme, e ela penetra até o interior da cortina [assim como o sumo sacerdote entrava no Santíssimo no Dia da Expiação], onde um precursor entrou a nosso favor, Jesus, que se tornou sumo sacerdote para sempre à maneira de Melquisedeque”. — He 6:17-20.