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  • Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências
Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências
Atos dos Apóstolos

Atos dos Apóstolos

1 O primeiro relato, ó Teófilo,+ eu compus a respeito de todas as coisas que Jesus principiou tanto a fazer como a ensinar,+ 2 até o dia em que foi tomado para cima,+ depois de ter dado mandamento, por intermédio de espírito santo, aos apóstolos que escolhera.+ 3 A estes mostrou-se também vivo, por meio de muitas provas positivas, depois de ter sofrido,+ sendo visto por eles durante quarenta dias, e contando as coisas a respeito do reino de Deus.+ 4 E, reunindo-se com eles, deu-lhes as ordens: “Não vos retireis de Jerusalém,+ mas persisti em esperar por aquilo que o Pai tem prometido,+ a respeito do qual me ouvistes [falar]; 5 porque João, deveras, batizou com água, mas vós sereis batizados em espírito santo,+ não muitos dias depois disso.”

6 Tendo-se eles então reunido, perguntavam-lhe: “Senhor,* é neste tempo que restabeleces o reino+ a Israel?” 7 Disse-lhes ele: “Não vos cabe obter conhecimento dos tempos ou das épocas*+ que o Pai tem colocado sob a sua própria jurisdição;*+ 8 mas, ao chegar sobre vós o espírito santo, recebereis poder+ e sereis testemunhas*+ de mim tanto em Jerusalém+ como em toda a Judéia e Samaria,+ e até à parte mais distante* da terra.”+ 9 E, depois de dizer estas coisas, enquanto olhavam, foi elevado+ e uma nuvem o arrebatou para cima, fora da vista deles.+ 10 E, enquanto fitavam os olhos no céu, durante a partida dele,+ eis que havia também dois homens em roupas brancas*+ em pé ao lado deles, 11 e estes disseram: “Homens da Galiléia, por que estais parados aí olhando para o céu? Este Jesus, que dentre vós foi acolhido em cima, no céu, virá assim da mesma maneira+ em que o observastes ir para o céu.”*

12 Voltaram+ então a Jerusalém, do monte chamado Monte das Oliveiras, que está perto de Jerusalém, à distância da jornada de um sábado.*+ 13 Assim, tendo entrado, subiram para o quarto de andar superior+ onde ficavam, tanto Pedro como João, e Tiago, e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, [filho] de Alfeu, e Simão, o zeloso,* e Judas, [filho] de Tiago.+ 14 De comum acordo, todos eles persistiam em oração,+ junto com algumas mulheres+ e Maria, a mãe de Jesus, e com os irmãos dele.+

15 Ora, durante esses dias, Pedro levantou-se no meio dos irmãos e disse (a multidão* de pessoas era ao todo de cerca de cento e vinte): 16 “Homens, irmãos, era necessário que se cumprisse a escritura,+ que o espírito santo+ predissera pela boca de Davi a respeito de Judas,+ que se tornou guia dos que prenderam a Jesus,+ 17 porque tinha sido contado entre nós+ e obtivera uma parte neste ministério.+ 18 (Este mesmo homem, portanto, comprou+ um campo com o salário da injustiça,+ e, jogando-se de cabeça para baixo,*+ rebentou ruidosamente pelo meio e se derramaram todos os seus intestinos. 19 Também todos os habitantes de Jerusalém ficaram sabendo disso, de modo que aquele campo foi chamado na língua deles Acéldama, isto é: Campo de Sangue.) 20 Pois, está escrito no livro dos Salmos: ‘Fique desolada a sua pousada e não haja nela morador’,+ e: ‘Tome outro seu cargo de superintendência.’*+ 21 Portanto, é necessário que dentre os homens que se reuniam conosco durante todo o tempo em que o Senhor Jesus entrava e saía* entre nós,+ 22 principiando com o seu batismo por João+ e até o dia em que dentre nós foi acolhido em cima,+ um destes homens se torne testemunha conosco de sua ressurreição.”+

23 Propuseram assim dois: José, chamado Barsabás, cognominado Justo, e Matias. 24 E oraram e disseram: “Ó Jeová,* tu que conheces os corações de todos,+ indica qual destes dois homens tens escolhido 25 para tomar o lugar deste ministério e apostolado,+ do qual Judas se desviou para ir para o seu próprio lugar.” 26 Lançaram assim sortes+ sobre eles, e a sorte caiu em Matias; e ele foi contado com os onze+ apóstolos.

2 Então, estando em progresso o dia [da festividade] de Pentecostes,+ todos eles estavam juntos no mesmo lugar, 2 e, repentinamente, ocorreu do céu um ruído, bem semelhante ao duma forte brisa impetuosa, e encheu toda a casa onde estavam sentados.+ 3 E línguas, como que de fogo,+ tornaram-se-lhes visíveis e se distribuíram, e sobre cada um deles assentou-se uma, 4 e todos eles ficaram cheios de espírito santo+ e principiaram a falar em línguas diferentes,+ assim como o espírito lhes concedia fazer pronunciação.

5 Acontece que moravam em Jerusalém judeus,+ homens reverentes,+ de toda nação das debaixo do céu. 6 Assim, ao ocorrer este som, a multidão ajuntou-se e estava desnorteada, porque cada um os ouvia falar no seu próprio idioma. 7 Deveras, ficaram assombrados e começaram a perguntar-se, dizendo: “Pois quê! não são galileus+ todos estes que estão falando? 8 E, no entanto, como é que ouvimos cada um de nós o seu próprio idioma em que nascemos? 9 Partos, e medos,+ e elamitas,+ e os habitantes de Mesopotâmia, e Judéia,+ e Capadócia,+ Ponto+ e [o distrito da] Ásia,+ 10 e Frígia,+ e Panfília,+ Egito e as partes da Líbia, do lado de Cirene, e os residentes temporários de Roma, tanto judeus como prosélitos,*+ 11 cretenses+ e árabes,+ nós os ouvimos falar em nossas línguas sobre as coisas magníficas de Deus.” 12 Sim, todos ficaram assombrados e estavam em perplexidade, dizendo um ao outro: “Que denota esta coisa?” 13 No entanto, diversos mofaram deles e começaram a dizer: “Estão cheios de vinho doce.”+

14 Mas, Pedro pôs-se de pé com os onze,+ levantou a sua voz e fez-lhes a seguinte pronunciação: “Homens da Judéia e todos vós, habitantes de Jerusalém,+ seja isso conhecido por vós e dai ouvidos às minhas declarações. 15 Estes, de fato, não estão embriagados,+ como supondes, pois é a terceira hora* do dia. 16 Ao contrário, isto é o que foi dito por intermédio do profeta Joel: 17 ‘“E nos últimos dias”, diz Deus, “derramarei do meu espírito*+ sobre toda sorte de carne,* e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, e os vossos jovens terão visões e os vossos anciãos* terão sonhos;+ 18 e até mesmo sobre os meus escravos e sobre as minhas escravas derramarei naqueles dias do meu espírito, e eles profetizarão.+ 19 E darei portentos em cima no céu e sinais em baixo na terra: sangue, e fogo, e fumaça brumosa;+ 20 o sol+ será transformado em escuridão e a lua em sangue, antes de chegar o grande e ilustre dia de Jeová.*+ 21 E todo aquele que invocar o nome de Jeová* será salvo.”’+

22 “Homens de Israel, ouvi estas palavras: Jesus, o nazareno,+ homem publicamente mostrado a vós por Deus, por intermédio de poderosas obras,+ e portentos, e sinais, que Deus fez por intermédio dele no vosso meio,+ conforme vós mesmos sabeis, 23 a este [homem], como alguém entregue pelo conselho resolvido e [pela] presciência de Deus,+ vós fixastes numa estaca pela mão de homens contrários à lei e [o] eliminastes.+ 24 Mas Deus o ressuscitou+ por afrouxar as ânsias da morte,+ porque não era possível que ele continuasse a ser segurado por ela.+ 25 Pois, Davi diz com respeito a ele: ‘Eu tinha constantemente a Jeová* diante dos meus olhos; porque ele está à minha direita, para que eu nunca seja abalado.+ 26 Por esta razão, meu coração ficou animado e a minha língua se alegrou muito. Além disso, até mesmo a minha carne residirá em esperança;+ 27 porque não deixarás a minha alma no Hades,* nem permitirás que aquele que te é leal veja a corrupção.+ 28 Fizeste-me saber os caminhos da vida, encher-me-ás de boa animação com o teu rosto.’+

29 “Homens, irmãos, é permissível falar-vos com franqueza a respeito do chefe de família Davi, que ele tanto faleceu+ como foi enterrado, e o seu túmulo está entre nós até o dia de hoje. 30 Portanto, visto que era profeta e sabia que Deus* lhe havia jurado com juramento que faria sentar um dos frutos dos seus lombos* sobre o seu trono,+ 31 previu e falou a respeito da ressurreição do Cristo, que ele nem foi abandonado no Hades, nem viu a sua carne a corrupção.+ 32 A este Jesus, Deus ressuscitou, fato de que todos nós somos testemunhas.+ 33 Portanto, visto que ele foi enaltecido à* direita de Deus+ e recebeu do Pai o prometido espírito santo,+ derramou isto que vedes e ouvis. 34 Realmente, Davi não ascendeu aos céus,+ mas ele mesmo diz: ‘Jeová* disse a meu Senhor: “Senta-te à minha direita,+ 35 até que eu ponha os teus inimigos como escabelo para os teus pés.”’+ 36 Portanto, que toda a casa de Israel saiba com certeza que Deus o fez tanto Senhor+ como Cristo, a este Jesus, a quem pregastes numa estaca.”*+

37 Ora, quando ouviram isso, ficaram compungidos no coração,+ e disseram a Pedro e aos demais apóstolos: “Homens, irmãos, o que havemos de fazer?”+ 38 Pedro [disse] a eles: “Arrependei-vos,+ e cada um de vós seja batizado+ no nome+ de Jesus Cristo, para o perdão+ de vossos pecados, e recebereis a dádiva gratuita+ do espírito santo. 39 Porque a promessa+ é para vós e para os vossos filhos, e para todos os que estão longe,+ tantos quantos Jeová,* nosso Deus, chamar a si.”+ 40 E dava cabalmente testemunho e os exortava com muitas outras palavras, dizendo: “Sede salvos desta geração pervertida.”+ 41 Portanto, os que abraçaram de coração a sua palavra foram batizados,+ e naquele dia acrescentaram-se cerca de três mil almas.+ 42 E eles continuavam a devotar-se ao ensino dos apóstolos e a partilhar [uns com os outros],*+ a tomar refeições*+ e a orações.+

43 Deveras, sobre cada alma começou a cair temor, e muitos portentos e sinais começaram a ocorrer por intermédio dos apóstolos.+ 44 Todos os que se tornavam crentes estavam unidos em terem todas as coisas em comum,+ 45 e foram vender as suas propriedades+ e bens, e distribuir a [receita] entre todos, conforme alguém tivesse necessidade.+ 46 E dia após dia assistiam constantemente no templo, de comum acordo,+ tomando as suas refeições em lares particulares* e participando do alimento com grande júbilo+ e sinceridade de coração, 47 louvando a Deus e achando favor [diante] de todo o povo.+ Ao mesmo tempo, Jeová* continuava a ajuntar-lhes+ diariamente os que estavam sendo salvos.+

3 Ora, Pedro e João estavam subindo ao templo para a hora da oração, a nona hora,*+ 2 e certo homem, coxo desde a madre de sua mãe,+ estava sendo carregado, e o punham diariamente perto da porta do templo, chamada Bela,+ a fim de pedir dádivas de misericórdia dos que entravam no templo.+ 3 Quando ele avistou Pedro e João entrando no templo, começou a solicitar, para obter dádivas de misericórdia.+ 4 Mas Pedro, junto com João, fitou os olhos+ nele e disse: “Olha para nós.” 5 De modo que ele fixou a sua atenção neles, esperando obter deles alguma coisa. 6 No entanto, Pedro disse: “Não possuo prata nem ouro, mas o que tenho é o que te dou:+ Em nome de Jesus Cristo, o nazareno,+ anda!”+ 7 Com isto o segurou pela mão direita+ e o levantou. As solas dos seus pés e os ossos dos seus tornozelos foram instantaneamente feitos firmes;+ 8 e, pulando,+ pôs-se em pé, e começou a andar, e entrou com eles no templo,+ andando, e pulando, e louvando a Deus. 9 E todo o povo+ avistava-o andando e louvando a Deus. 10 Além disso, começaram a reconhecê-lo, que este era o homem que costumava sentar-se [pedindo] dádivas de misericórdia no Portão Belo+ do templo, e ficaram cheios de assombro e de êxtase+ com o que lhe tinha acontecido.

11 Pois bem, sendo que o homem segurava Pedro e João, todo o povo, fora de si de surpresa, afluía a eles no que era chamado de colunata de Salomão.+ 12 Quando Pedro viu isso, ele disse ao povo: “Homens de Israel, por que vos admirais disso, ou por que estais fitando os olhos em nós como se nós o tivéssemos feito andar por intermédio de poder pessoal ou de devoção piedosa?+ 13 O Deus de Abraão, e de Isaque, e de Jacó,+ o Deus de nossos antepassados, glorificou+ o seu Servo,+ Jesus, a quem vós, da vossa parte, entregastes+ e repudiastes na face de Pilatos, quando ele tinha decidido livrá-lo.+ 14 Sim, vós repudiastes aquele santo e justo,+ e pedistes que um homem, um assassino,+ vos fosse concedido liberalmente, 15 ao passo que matastes o Agente Principal da vida.+ Mas, Deus levantou-o dentre os mortos, fato de que somos testemunhas.+ 16 Conseqüentemente, o seu nome, pela [nossa] fé no seu nome, tornou forte este homem que observais e conheceis, e a fé que é por intermédio dele tem dado ao homem esta saúde completa à vista de todos vós. 17 E agora, irmãos, sei que agistes em ignorância,+ assim como também fizeram vossos governantes.+ 18 Mas, deste modo Deus tem cumprido as coisas que ele anunciou de antemão por intermédio da boca de todos os profetas, que o seu Cristo havia de sofrer.+

19 “Arrependei-vos,+ portanto, e dai meia-volta,+ a fim de que os vossos pecados sejam apagados,+ para que venham épocas* de refrigério+ da parte da pessoa* de Jeová* 20 e para que ele envie o Cristo designado a vós, Jesus, 21 a quem o céu, deveras, tem de reter*+ até os tempos do restabelecimento+ de todas as coisas, das quais Deus falou por intermédio da boca dos seus santos profetas+ dos tempos antigos. 22 De fato, Moisés disse: ‘Jeová* Deus vos suscitará dentre os vossos irmãos um profeta semelhante a mim.+ A este tendes de escutar segundo todas as coisas que ele vos falar.+ 23 Deveras, toda alma* que não escutar esse Profeta será completamente destruída dentre o povo.’+ 24 E, de fato, todos os profetas, de Samuel+ em diante e os em sucessão, tantos quantos falaram, declararam também distintamente estes dias. 25 Vós sois os filhos+ dos profetas e do pacto que Deus celebrou com os vossos antepassados, dizendo a Abraão: ‘E em teu descendente* serão abençoadas todas as famílias da terra.’+ 26 Deus, depois de suscitar o seu Servo, enviou-o primeiro a vós,+ para vos abençoar, por desviar a cada um [de vós] das vossas ações iníquas.”

4 Então, enquanto os [dois]* estavam falando ao povo, sobrevieram-lhes os principais sacerdotes e o capitão do templo,+ e os saduceus,+ 2 aborrecidos porque estavam ensinando o povo e estavam declarando distintamente a ressurreição dentre os mortos, no caso de Jesus;+ 3 e deitaram mãos neles e os puseram em detenção até o dia seguinte,+ pois já era noitinha. 4 No entanto, muitos dos que tinham escutado o discurso creram,+ e o número dos homens chegou a cerca de cinco mil.+

5 No dia seguinte, ocorreu em Jerusalém um ajuntamento dos seus governantes, e anciãos,* e escribas+ 6 (também Anás,+ o principal sacerdote, e Caifás,+ e João, e Alexandre, e tantos quantos eram da parentela do principal sacerdote), 7 e postaram-nos no meio deles e começaram a indagar: “Com que poder ou em nome de quem fizestes isso?”+ 8 Então Pedro, cheio de espírito santo,+ disse-lhes:

“Governantes do povo e anciãos, 9 se estamos sendo examinados neste dia à base duma boa ação para com um homem adoentado,+ quanto a por quem este homem ficou bom,* 10 seja sabido de todos vós e de todo o povo de Israel, que é no nome de Jesus Cristo, o nazareno,+ a quem pregastes numa estaca,*+ mas a quem Deus levantou dentre os mortos,+ por esse* é que este homem está aqui são em pé diante de vós. 11 Esta é ‘a pedra que por vós, construtores, não foi levada em conta, que se tornou a principal do ângulo’.+ 12 Outrossim, não há salvação em nenhum outro, pois não há outro nome+ debaixo do céu, que tenha sido dado entre os homens, pelo qual tenhamos de ser salvos.”+

13 Ora, quando observaram a franqueza de Pedro e João, e perceberam que eles eram homens indoutos e comuns,+ ficaram admirados. E começaram a reconhecer a respeito deles que costumavam estar com Jesus;+ 14 e, olhando para o homem que tinha sido curado, parado [ali] com eles,+ não tinham nada a dizer em refutação.+ 15 Ordenaram-lhes, assim, que saíssem da sala do Sinédrio e começaram a consultar-se entre si, 16 dizendo: “Que havemos de fazer com estes homens?+ Porque, de fato, tem ocorrido um sinal notável por intermédio deles, manifesto a todos os habitantes de Jerusalém;+ e não o podemos negar. 17 Não obstante, a fim de que isso não se espalhe ainda mais entre o povo, digamos-lhes com ameaças que não falem mais a nenhum homem à base deste nome.”+

18 Com isso chamaram-nos e advertiram-nos que em nenhuma parte fizessem qualquer pronunciação, nem ensinassem à base do nome de Jesus. 19 Mas Pedro e João disseram-lhes, em resposta: “Se é justo, à vista de Deus, escutar antes a vós do que a Deus, julgai-o vós mesmos. 20 Mas, quanto a nós, não podemos parar de falar das coisas que vimos e ouvimos.”+ 21 Assim, tendo-os ameaçado ainda mais, livraram-nos, visto que não acharam nenhuma base para puni-los, e por causa do povo,+ porque todos estavam glorificando a Deus pelo que tinha ocorrido; 22 pois o homem em quem este sinal de cura tinha ocorrido tinha mais de quarenta anos.

23 Depois de terem sido livrados, foram para a sua própria gente+ e relataram as coisas que os principais sacerdotes e os anciãos lhes haviam dito. 24 Ouvindo isso, elevaram unanimemente as suas vozes a Deus+ e disseram:

“Soberano+ Senhor,* tu és Aquele que fez o céu e a terra, e o mar, e todas as coisas neles,+ 25 e quem, por intermédio de espírito santo, disse pela boca de nosso antepassado Davi,+ teu servo: ‘Por que se tumultuaram as nações e meditaram os povos coisas vãs?+ 26 Os reis da terra tomaram a sua posição e os governantes aglomeraram-se à uma contra Jeová* e contra o seu ungido.’*+ 27 Mesmo assim, tanto Herodes como Pôncio Pilatos,+ com [homens das] nações e com povos de Israel, ajuntaram-se realmente nesta cidade contra o teu santo+ servo Jesus, a quem ungiste,*+ 28 a fim de fazerem as coisas que a tua mão e conselho predeterminaram que ocorressem.+ 29 E agora, Jeová,* dá atenção às ameaças deles+ e concede aos teus escravos que persistam em falar a tua palavra com todo o denodo,+ 30 ao passo que estendes a tua mão para sarar e ao passo que ocorrem sinais e portentos+ por intermédio do nome+ de teu santo servo+ Jesus.”

31 E, quando haviam feito súplica, foi abalado o lugar onde estavam ajuntados;+ e todos juntos ficaram cheios de espírito santo+ e falaram a palavra de Deus com denodo.+

32 Ainda mais, a multidão dos que haviam crido era de um só coração e alma,+ e nem mesmo um só dizia que qualquer das coisas que possuía fosse a sua própria; mas eles tinham todas as coisas em comum.+ 33 Também os apóstolos continuavam com grande poder a dar testemunho a respeito da ressurreição do Senhor Jesus;+ e sobre todos eles havia benignidade imerecida em grande medida. 34 De fato, não havia nem mesmo um só necessitado entre eles;+ porque todos os que eram proprietários de campos ou de casas vendiam-nos, e traziam os valores das coisas vendidas 35 e os depositavam aos pés dos apóstolos.+ Por sua vez, fazia-se distribuição+ a cada um, conforme tivesse necessidade. 36 De modo que José, que pelos apóstolos era cognominado Barnabé,+ que traduzido significa Filho de Consolo, um levita, natural de Chipre, 37 possuindo um pedaço de terra, vendeu-o, trouxe o dinheiro e o depositou aos pés dos apóstolos.+

5 No entanto, certo homem, de nome Ananias, junto com Safira, sua esposa, vendeu uma propriedade 2 e reteve secretamente parte do preço, sabendo disso também a sua esposa, e trouxe apenas parte e a depositou aos pés dos apóstolos.+ 3 Mas Pedro disse: “Ananias, por que te afoitou* Satanás+ a trapacear+ o espírito santo+ e a reter secretamente parte do preço do campo? 4 Enquanto permanecia contigo, não permanecia teu, e depois de ter sido vendido, não continuou a estar sob o teu controle? Por que é que propuseste uma ação dessas no teu coração? Trapaceaste,+ não homens, mas a Deus.”+ 5 Ao ouvir estas palavras, Ananias caiu e expirou.+ E veio grande temor+ sobre todos os que ouviram isso. 6 Mas os homens mais jovens levantaram-se, enrolaram-no em panos+ e o levaram para fora, e o enterraram.

7 Ora, depois de um intervalo de cerca de três horas entrou a esposa dele, não sabendo o que tinha acontecido. 8 Pedro disse-lhe: “Dize-me, vendestes vós [dois] o campo por tanto?” Ela disse: “Sim, por tanto.” 9 Pedro [disse-]lhe então: “Por que concordastes entre vós [dois] fazer uma prova+ com o espírito de Jeová?* Eis que estão à porta os pés dos que enterraram teu marido, e eles te levarão para fora.” 10 Ela caiu instantaneamente aos pés dele e expirou.+ Quando os jovens entraram, acharam-na morta, e levaram-na para fora e a enterraram ao lado de seu marido. 11 Conseqüentemente, veio grande temor sobre toda a congregação* e sobre todos os que ouviram estas coisas.

12 Além disso, por intermédio das mãos dos apóstolos continuavam a ocorrer muitos sinais e portentos entre o povo;+ e todos eles estavam de comum acordo na colunata de Salomão.+ 13 Verdadeiramente, nem um só dos outros tinha a coragem de se juntar a eles;+ não obstante, o povo os afamava.+ 14 Mais do que isso, os crentes no Senhor continuavam a ser acrescidos, multidões [deles], tanto de homens como de mulheres;+ 15 de modo que traziam para fora os doentes, até mesmo às ruas largas, e os deitavam ali em pequenas camas e macas, a fim de que, quando Pedro estivesse passando, pelo menos a sua sombra caísse sobre alguns deles.+ 16 Também a multidão das cidades em volta de Jerusalém afluía, trazendo os doentes e os afligidos por espíritos impuros, e todos eles eram curados.

17 Mas, levantando-se o sumo sacerdote e todos os com ele, a então existente seita dos saduceus, ficaram cheios de ciúme,+ 18 e deitaram mãos nos apóstolos e os puseram no lugar público de detenção.+ 19 Mas, durante a noite, o anjo+ de Jeová* abriu as portas da prisão,+ trouxe-os para fora e disse: 20 “Ide embora, e, tendo tomado posição no templo, persisti em falar ao povo [sobre] todas as declarações a respeito desta vida.”+ 21 Depois de ouvirem isso, entraram no templo de madrugada e começaram a ensinar.

Ora, chegando o sumo sacerdote e os com ele, convocaram o Sinédrio e toda a assembléia dos anciãos* dos filhos de Israel,+ e mandaram trazê-los da cadeia. 22 Mas, ao chegarem lá os oficiais, não os acharam na prisão. Voltaram, assim, e relataram, 23 dizendo: “Encontramos a cadeia fechada com toda a segurança e os guardas postos às portas, mas, quando a abrimos, não achamos ninguém dentro.” 24 Ora, quando tanto o capitão do templo como os principais sacerdotes ouviram estas palavras, ficaram num aperto por causa destes assuntos, quanto a que se daria.+ 25 Mas, chegou certo homem e relatou-lhes: “Eis que os homens que pusestes na prisão estão no templo, em pé, e ensinando o povo.”+ 26 O capitão foi então com os seus oficiais e passou a trazê-los, mas sem violência, visto que tinham medo+ de ser apedrejados pelo povo.

27 Trouxeram-nos assim e os postaram na sala do Sinédrio. E o sumo sacerdote interrogou-os, 28 dizendo: “Nós vos ordenamos+ positivamente que não ensinásseis à base deste nome, e, ainda assim, eis que enchestes Jerusalém com o vosso ensino,+ e estais resolvidos a trazer sobre nós o sangue+ deste homem.” 29 Em resposta, Pedro e os [outros] apóstolos disseram: “Temos de obedecer a Deus como governante antes que aos homens.+ 30 O Deus de nossos antepassados levantou+ Jesus, a quem matastes por pendurá-lo num madeiro.*+ 31 Deus enalteceu a este, como Agente Principal+ e Salvador,+ para a sua direita,+ para dar a Israel arrependimento+ e perdão de pecados.+ 32 E nós somos testemunhas destes assuntos,+ e assim é também o espírito santo,+ que Deus tem dado aos que obedecem a ele como governante.”

33 Quando ouviram isso, sentiram-se profundamente feridos e queriam eliminá-los.+ 34 Mas, levantou-se certo homem no Sinédrio, um fariseu de nome Gamaliel,+ instrutor da Lei, estimado por todo o povo, e mandou que pusessem os homens para fora por um pouco de tempo.+ 35 E ele lhes disse: “Homens de Israel,+ prestai atenção a vós mesmos quanto ao que pretendeis fazer com respeito a estes homens. 36 Por exemplo, antes destes dias, levantou-se Teudas, dizendo ser alguém,+ e certo número de homens, cerca de quatrocentos, juntaram-se ao seu partido.+ Mas ele foi eliminado, e todos os que lhe obedeciam foram dispersos e redundaram em nada. 37 Depois dele levantou-se Judas, o galileu, nos dias do registro,+ e arrastou muitos após si. Contudo, esse homem pereceu, e todos os que lhe obedeciam foram espalhados. 38 E assim, na atual situação, digo-vos: Não vos metais com estes homens, mas deixai-os [em paz]; (porque, se este desígnio ou esta obra for de homens, será derrubada;+ 39 mas, se for de Deus,+ não podereis derrubá-los;)+ senão podereis talvez ser realmente achados como lutadores contra Deus.”+ 40 Em vista disso, atenderam-no e mandaram chamar os apóstolos, chibatearam-nos+ e ordenaram-lhes que parassem de falar à base do nome de Jesus,+ e soltaram-nos.

41 Estes, portanto, retiraram-se do Sinédrio, alegrando-se+ porque tinham sido considerados dignos de ser desonrados a favor do nome dele.+ 42 E cada dia, no templo e de casa em casa,*+ continuavam sem cessar a ensinar+ e a declarar as boas novas* a respeito do Cristo, Jesus.+

6 Ora, naqueles dias, aumentando os discípulos, surgiram resmungos da parte dos judeus que falavam grego*+ contra os judeus que falavam hebraico,* porque as suas viúvas estavam sendo passadas por alto na distribuição* diária.+ 2 De modo que os doze chamaram a si a multidão dos discípulos e disseram: “Não é agradável que deixemos a palavra de Deus para distribuir [comida]* às mesas.+ 3 Portanto, irmãos, procurai+ vós mesmos, dentre vós, sete homens acreditados, cheios de espírito e de sabedoria,+ para que os possamos designar para esta incumbência necessária; 4 mas, nós mesmos nos devotaremos à oração e ao ministério da palavra.”+ 5 E a palavra falada agradou a toda a multidão, e selecionaram Estêvão, homem cheio de fé e espírito santo,+ e Filipe,+ e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Pármenas, e Nicolau, prosélito de Antioquia; 6 e puseram-nos diante dos apóstolos, e, depois de terem orado, estes puseram as suas mãos+ sobre eles.

7 Conseqüentemente, a palavra de Deus crescia+ e o número dos discípulos multiplicava-se grandemente+ em Jerusalém; e uma grande multidão de sacerdotes+ começou a ser obediente+ à fé.

8 Ora, Estêvão, cheio de graça e de poder, realizava grandes portentos e sinais+ entre o povo. 9 Mas, levantaram-se certos homens da chamada Sinagoga dos Libertos,* e dos cireneus e alexandrinos,+ e dos de Cilícia+ e Ásia, para discutirem com Estêvão; 10 contudo, não podiam fazer face à sabedoria+ e ao espírito com que ele falava.+ 11 Induziram então secretamente uns homens a dizer:+ “Nós o ouvimos falar declarações blasfemas+ contra Moisés e Deus.” 12 E atiçaram o povo, e os anciãos,* e os escribas, e, vindo contra ele repentinamente, tomaram-no à força e o conduziram ao Sinédrio.+ 13 E apresentaram testemunhas falsas,+ que diziam: “Este homem não pára de falar coisas contra este santo lugar e contra a Lei.+ 14 Por exemplo, nós o ouvimos dizer que esse Jesus, o nazareno, derrubará este lugar e mudará os costumes que Moisés nos transmitiu.”

15 E, enquanto todos os sentados no Sinédrio fitavam os olhos nele,+ viram que o seu rosto era como o rosto dum anjo.+

7 Mas, o sumo sacerdote disse: “São assim estas coisas?” 2 Ele disse: “Homens, irmãos e pais, ouvi. O Deus da glória+ apareceu a nosso antepassado Abraão enquanto ele estava na Mesopotâmia, antes de fixar residência em Harã,+ 3 e disse-lhe: ‘Sai da tua terra e de teus parentes e vai para uma terra que eu te hei de mostrar.’+ 4 Ele saiu então da terra dos caldeus e fixou residência em Harã. E dali, depois de morrer seu pai,+ [Deus]* o fez mudar de residência para esta terra em que agora morais.+ 5 Contudo, não lhe deu nela nenhuma propriedade transmissível por herança, não, nem mesmo da largura de um pé;+ mas prometeu dar-lha como propriedade,+ e depois dele, ao seu descendente,*+ quando ainda não tinha filho.+ 6 Além disso, Deus falou neste sentido, que seu descendente seria residente forasteiro+ em terra estrangeira,+ e que o escravizariam e atribulariam por quatrocentos anos.+ 7 ‘E eu hei de julgar+ aquela nação para a qual trabalharão como escravos’, disse Deus, ‘e depois destas coisas sairão e me prestarão serviço sagrado* neste lugar.’+

8 “Deu-lhe também um pacto de circuncisão;+ e assim, ele se tornou pai de Isaque,+ e o circuncidou no oitavo dia,+ e Isaque, de Jacó, e Jacó, dos doze chefes de família.+ 9 E os chefes de família ficaram ciumentos+ de José e o venderam ao Egito.+ Mas Deus estava com ele+ 10 e o livrou de todas as suas tribulações, e deu-lhe graça e sabedoria à vista de Faraó, rei do Egito. E ele o designou para governar o Egito e toda a sua casa.+ 11 Mas, veio uma fome sobre todo o Egito e Canaã, sim, uma grande tribulação; e os nossos antepassados não achavam quaisquer provisões.+ 12 Mas Jacó ouviu que havia comestíveis no Egito+ e enviou os nossos antepassados pela primeira vez.+ 13 E na segunda vez, José se deu a conhecer aos seus irmãos;+ e a linhagem de José tornou-se manifesta a Faraó.+ 14 Assim, José enviou e chamou a Jacó, seu pai, e todos os seus parentes daquele lugar,+ no número de setenta e cinco almas.*+ 15 Jacó desceu ao Egito.*+ E ele faleceu;+ e assim também os nossos antepassados,+ 16 e foram transferidos para Siquém*+ e colocados no túmulo+ que Abraão havia comprado por certo preço, com dinheiro de prata, dos filhos de Emor,* em Siquém.+

17 “Justamente quando se aproximava o tempo [para o cumprimento] da promessa que Deus havia declarado abertamente a Abraão, o povo crescia e se multiplicava no Egito,+ 18 até que se levantou um rei diferente sobre o Egito, que não sabia nada sobre José.+ 19 Este usava de estadística contra a nossa raça*+ e injustamente obrigava os pais a exporem suas crianças, para que não fossem preservadas vivas.+ 20 Naquele mesmo tempo nasceu Moisés,+ e ele era divinamente belo.*+ E ele foi criado por três meses no lar de [seu] pai. 21 Mas, quando foi exposto, foi recolhido pela filha de Faraó e ela o criou como seu próprio filho.+ 22 Em conseqüência disso, Moisés foi instruído em toda a sabedoria+ dos egípcios. De fato, era poderoso nas suas palavras+ e ações.

23 “Então, quando se cumpriu o tempo de seu quadragésimo ano, veio-lhe ao coração fazer uma inspeção aos seus irmãos, os filhos de Israel.+ 24 E quando avistou que um certo [deles] estava sendo tratado injustamente, defendeu-o e executou vingança por aquele que estava sendo maltratado, abatendo o egípcio.+ 25 Supunha que os seus irmãos compreenderiam que Deus lhes estava dando salvação por sua mão,+ mas eles não [o] compreenderam. 26 E, no dia seguinte, apareceu-lhes quando estavam lutando, e tentou reuni-los novamente em paz,+ dizendo: ‘Homens, vós sois irmãos. Por que tratais um ao outro injustamente?’+ 27 Mas aquele que tratava seu próximo injustamente repeliu-o, dizendo: ‘Quem te designou governante e juiz sobre nós?+ 28 Será que queres eliminar-me da mesma maneira como eliminaste ontem o egípcio?’+ 29 Em vista desta palavra, Moisés fugiu e tornou-se residente forasteiro na terra de Midiã,+ onde se tornou pai de dois filhos.+

30 “E, ao se cumprirem quarenta anos, apareceu-lhe no ermo do Monte Sinai um anjo,* na chama ardente dum espinheiro.+ 31 Ora, quando Moisés viu isso, maravilhou-se do que via.+ Mas, ao se aproximar para investigar, veio a voz de Jeová:* 32 ‘Eu sou o Deus dos teus antepassados, o Deus de Abraão, e de Isaque, e de Jacó.’+ Tomado de tremor, Moisés não se atreveu a investigar mais. 33 Jeová* disse-lhe: ‘Tira as sandálias dos teus pés, pois o lugar em que estás parado é terreno santo.+ 34 Tenho certamente visto o tratamento injusto para com o meu povo que está no Egito,+ e tenho ouvido o seu gemido+ e tenho descido para livrá-los.+ E agora vem: Eu te enviarei ao Egito.’+ 35 A este Moisés, que eles repudiaram, dizendo: ‘Quem te designou governante e juiz?’,+ a este homem Deus enviou+ como governante e como libertador* pela mão do anjo que lhe apareceu no espinheiro. 36 Este homem os conduziu para fora,+ depois de fazer portentos e sinais no Egito,+ e no Mar Vermelho,+ e no ermo, por quarenta anos.+

37 “Este é o Moisés que disse aos filhos de Israel: ‘Deus* vos suscitará dentre os vossos irmãos um profeta semelhante a mim.’+ 38 Este é aquele+ que veio a estar entre a congregação+ no ermo, com o anjo+ que falou com ele no Monte Sinai e com os nossos antepassados, e ele recebeu proclamações sagradas,+ vivas, para dar a vós. 39 A ele os nossos antepassados se negaram a tornar-se obedientes, mas repeliram-no,+ e nos seus corações voltaram-se para o Egito,+ 40 dizendo a Arão: ‘Faze-nos deuses para irem na nossa frente. Quanto a este Moisés, que nos conduziu para fora da terra do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu.’+ 41 Fizeram, pois, naqueles dias, um bezerro+ e trouxeram um sacrifício ao ídolo, e começaram a regalar-se com as obras das suas mãos.+ 42 De modo que Deus se voltou e os entregou+ para prestarem serviço sagrado ao exército do céu, assim como está escrito no livro dos profetas:+ ‘Será que foi a mim que oferecestes vítimas e sacrifícios por quarenta anos no ermo, ó casa de Israel?+ 43 Mas, acolhestes para vós a tenda de Moloque+ e a estrela+ do deus Refã, as figuras que fizestes para adorá-las. Conseqüentemente, eu vos deportarei+ para além de Babilônia.’*

44 “Nossos antepassados tinham no ermo a tenda do testemunho,* assim como deu ordens quando falou a Moisés, para fazê-la segundo o modelo* que tinha visto.+ 45 E os nossos antepassados, que a tiveram em sucessão, também a trouxeram com Josué*+ para a terra possuída pelas nações+ que Deus expulsou de diante dos nossos antepassados.+ Ali ela permaneceu até os dias de Davi. 46 Ele achou favor+ à vista de Deus e pediu para [ter o privilégio de] prover* uma habitação+ para o Deus de Jacó. 47 No entanto, Salomão construiu uma casa para ele.+ 48 Não obstante, o Altíssimo não mora em casas* feitas por mãos;+ assim como diz o profeta: 49 ‘O céu é o meu trono+ e a terra é o meu escabelo.+ Que sorte de casa construireis para mim? diz Jeová.* Ou qual é o lugar para o meu descanso?+ 50 Não foi a minha mão que fez todas essas coisas?’+

51 “Homens obstinados* e incircuncisos nos corações+ e ouvidos, vós sempre resistis ao espírito santo; assim como fizeram os vossos antepassados, também vós fazeis.+ 52 A qual dos profetas foi que os vossos antepassados não perseguiram?+ Sim, mataram+ os que faziam anúncio antecipado a respeito da vinda do Justo,+ cujos traidores e assassinos vós vos tornastes agora,+ 53 vós, os que recebestes a Lei, conforme transmitida por anjos,*+ mas não a guardastes.”

54 Pois bem, quando ouviram estas coisas, sentiram-se feridos nos corações+ e começaram a ranger*+ os dentes contra ele. 55 Mas ele, cheio de espírito santo, fitou os olhos no céu e avistou a glória de Deus, e Jesus em pé à direita de Deus,+ 56 e disse: “Eis que eu observo o céu aberto+ e o Filho do homem+ em pé à direita de Deus.”+ 57 A isto eles clamaram ao máximo da sua voz e puseram as mãos sobre os ouvidos+ e arremeteram à uma contra ele. 58 E depois de o lançarem fora da cidade,+ começaram a atirar pedras nele.+ E as testemunhas+ deitaram as suas roupas exteriores aos pés dum jovem chamado Saulo.+ 59 E atiravam pedras em Estêvão, enquanto ele fazia apelo* e dizia: “Senhor Jesus, recebe meu espírito.”+ 60 Então, dobrando os joelhos, clamou com forte voz: “Jeová,* não lhes imputes este pecado.”+ E, dizendo isso, adormeceu [na morte].

8 Saulo, da sua parte, aprovava o assassínio dele.+

Naquele dia levantou-se grande perseguição+ contra a congregação que estava em Jerusalém; todos, exceto os apóstolos, foram espalhados+ através das regiões da Judéia e de Samaria. 2 Homens reverentes, porém, levaram Estêvão para o enterrarem,+ e fizeram grande lamentação+ sobre ele. 3 Saulo, porém, começou a tratar a congregação de modo ultrajante. Invadindo uma casa após outra, e, arrastando para fora tanto homens como mulheres, entregava-os à prisão.+

4 No entanto, os que tinham sido espalhados iam pelo país declarando as boas novas da palavra.+ 5 Quanto a Filipe, desceu à cidade de Samaria+ e começou a pregar-lhes o Cristo. 6 As multidões, de comum acordo, prestavam atenção às coisas ditas por Filipe, escutando e olhando para os sinais que ele realizava. 7 Pois havia muitos que tinham espíritos impuros,+ e estes clamavam com voz alta e saíam. Além disso, foram curados muitos paralíticos+ e coxos. 8 De modo que havia muita alegria naquela cidade.+

9 Ora, havia na cidade certo homem de nome Simão, o qual, antes disso, praticara as artes mágicas+ e pasmara a nação de Samaria, dizendo ser alguém grande.+ 10 E todos eles, desde o menor até o maior, prestavam-lhe atenção e diziam: “Este homem é o Poder de Deus, que pode ser chamado Grande.” 11 De modo que lhe prestavam atenção, por tê-los deixado pasmados por bastante tempo com as suas artes mágicas. 12 Mas, quando acreditaram em Filipe, que estava declarando as boas novas do reino de Deus+ e do nome de Jesus Cristo, passaram a ser batizados, tanto homens como mulheres.+ 13 O próprio Simão também se tornou crente, e, tendo sido batizado, assistia constantemente Filipe;+ e ele pasmava-se, observando a ocorrência de sinais e grandes obras poderosas.

14 Quando os apóstolos em Jerusalém ouviram que Samaria havia aceito a palavra de Deus,+ mandaram-lhes Pedro e João; 15 e estes desceram e oraram para que recebessem espírito santo.+ 16 Porque não tinha ainda caído sobre nenhum deles, mas eles tinham sido batizados apenas no nome do Senhor Jesus.+ 17 Impuseram-lhes então as suas mãos+ e eles começaram a receber espírito santo.

18 Ora, vendo Simão que o espírito era dado pela imposição das mãos dos apóstolos, ofereceu-lhes dinheiro,+ 19 dizendo: “Dai-me também esta autoridade, para que todo aquele a quem eu impuser as minhas mãos receba espírito santo.” 20 Mas Pedro disse-lhe: “Pereça contigo a tua prata, porque pensaste obter posse da dádiva gratuita de Deus+ por meio de dinheiro. 21 Não tens nem parte nem quinhão neste assunto, porque o teu coração não é reto à vista de Deus.+ 22 Arrepende-te, portanto, desta maldade tua, e suplica a Jeová,*+ para que, se possível, te seja perdoada esta astúcia do teu coração; 23 pois vejo que tu és um* fel venenoso+ e um laço de injustiça.”+ 24 Simão disse em resposta: “Fazei súplica a Jeová* por mim,+ para que nenhuma destas coisas que dissestes venha sobre mim.”

25 Portanto, tendo eles dado cabalmente testemunho e falado a palavra de Jeová,* voltaram a Jerusalém, e declaravam as boas novas a muitas aldeias dos samaritanos.+

26 No entanto, o anjo+ de Jeová* falou a Filipe, dizendo: “Levanta-te e vai para o sul, à estrada que desce de Jerusalém para Gaza.” (Esta é a estrada do deserto.) 27 Em vista disso, levantou-se e foi, e eis um eunuco+ etíope,+ homem de poder sob Candace, rainha dos etíopes, que estava sobre todo o tesouro dela. Tinha ido a Jerusalém para adorar,+ 28 mas regressava e estava sentado no seu carro, e lia em voz alta o profeta Isaías.+ 29 De modo que o espírito disse+ a Filipe: “Aproxima-te e junta-te a este carro.” 30 Filipe correu ao lado [dele] e ouviu-o lendo em voz alta Isaías, o profeta, e disse: “Sabes realmente o que estás lendo?” 31 Ele disse: “Realmente, como é que eu posso, a menos que alguém me guie?” E suplicou que Filipe subisse e se assentasse com ele. 32 Ora, a passagem da Escritura que estava lendo em voz alta era: “Como ovelha ele foi levado à matança e como cordeiro que está sem voz diante do seu tosquiador, assim não abre a sua boca.+ 33 Durante a sua humilhação foi-lhe tirado o julgamento.+ Quem contará os pormenores de sua geração?* Porque a sua vida lhe é tirada da terra.”+

34 Em resposta, o eunuco disse a Filipe: “Rogo-te: A respeito de quem diz isso o profeta? A respeito de si mesmo ou a respeito de outro homem?” 35 Filipe abriu a sua boca+ e, principiando com esta escritura,+ declarou-lhe as boas novas a respeito de Jesus. 36 Então, ao avançarem pela estrada, chegaram a certo corpo de água, e o eunuco disse: “Eis um corpo de água! O que me impede ser batizado?”+ 37* —— 38 Com isso mandou parar o carro, e ambos desceram à água, tanto Filipe como o eunuco; e ele o batizou. 39 Tendo eles saído da água, o espírito de Jeová* conduziu Filipe rapidamente dali,+ e o eunuco não o viu mais, pois seguiu caminho, alegrando-se. 40 Mas Filipe achou-se em Asdode,* e, passando pelo território, declarava+ as boas novas a todas as cidades, até chegar a Cesaréia.+

9 Saulo, porém, respirando ainda ameaça e assassínio+ contra os discípulos+ do Senhor, foi ao sumo sacerdote 2 e pediu-lhe cartas para as sinagogas em Damasco, a fim de trazer amarrados, para Jerusalém, quaisquer que achasse pertencendo ao Caminho,*+ tanto homens como mulheres.

3 Então, na viagem, aproximava-se de Damasco, quando repentinamente reluziu em volta dele uma luz do céu,+ 4 e ele caiu ao chão e ouviu uma voz dizer-lhe: “Saulo, Saulo, por que me persegues?”+ 5 Ele disse: “Quem és, Senhor?” Ele disse: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues.+ 6 Não obstante, levanta-te+ e entra na cidade, e ser-te-á dito o que tens de fazer.” 7 Ora, os homens que viajavam com ele+ ficaram parados sem fala,+ ouvindo, deveras, o som duma voz,+ mas não observando nenhum homem. 8 Saulo, porém, levantou-se do chão, e, embora se lhe abrissem os olhos, não via nada.+ De modo que o levaram pela mão e o conduziram a Damasco. 9 E ele não viu nada,+ por três dias, e não comeu nem bebeu.

10 Havia em Damasco certo discípulo de nome Ananias,+ e o Senhor disse-lhe numa visão: “Ananias!” Ele disse: “Eis-me aqui, Senhor.” 11 O Senhor disse-lhe: “Levanta-te, vai à rua chamada Direita, e procura na casa de Judas um homem de nome Saulo, de Tarso.+ Pois, eis que está orando, 12 e ele viu numa visão* um homem de nome Ananias entrar e pôr as suas mãos sobre ele, para que recuperasse a vista.”+ 13 Mas, Ananias respondeu: “Senhor, eu ouvi muitos [falar] deste homem, quantas coisas prejudiciais ele fez aos teus santos em Jerusalém. 14 E ele tem aqui autoridade dos principais sacerdotes para pôr em laços a todos os que invocam o teu nome.”+ 15 Mas o Senhor lhe disse: “Vai, porque este homem é para mim um vaso escolhido,+ para levar o meu nome às nações,+ bem como a reis+ e aos filhos de Israel. 16 Pois eu lhe mostrarei claramente quantas coisas ele tem de sofrer por meu nome.”+

17 Ananias foi, assim, e entrou na casa, e pôs as suas mãos sobre ele e disse: “Saulo, irmão, o Senhor, o Jesus que te apareceu na estrada pela qual vieste, enviou-me a fim de que recuperasses a vista e ficasses cheio de espírito santo.”+ 18 E imediatamente caíram-lhe dos olhos o que parecia escamas, e ele recuperou a vista; e, levantando-se, foi batizado, 19 e tomou alimento e ganhou força.+

Ele ficou alguns dias com os discípulos em Damasco+ 20 e começou imediatamente, nas sinagogas, a pregar Jesus,+ que Este é o Filho de Deus. 21 Mas todos os que o ouviam foram tomados de assombro e diziam: “Não é este o homem que devastava+ em Jerusalém os que invocavam este nome, e que viera para cá com o mesmo propósito, para levá-los amarrados aos principais sacerdotes?”+ 22 Mas, Saulo adquiria ainda mais poder e confundia os judeus que moravam em Damasco, ao provar logicamente que este é o Cristo.+

23 Decorrido um bom número de dias, os judeus realizaram entre si uma consulta para o eliminarem.+ 24 No entanto, Saulo ficou sabendo da sua conspiração contra ele. Mas, eles estavam também vigiando de perto os portões, tanto de dia como de noite, a fim de o eliminarem.+ 25 De modo que seus discípulos o tomaram e o arriaram de noite através duma abertura no muro, fazendo-o descer num cesto.+

26 Chegando a Jerusalém,+ fez esforços para se juntar aos discípulos; mas todos eles estavam com medo dele, porque não acreditavam que fosse discípulo. 27 Barnabé veio, assim, em seu auxílio+ e o conduziu aos apóstolos, e ele lhes contou em pormenores como tinha visto o Senhor+ na estrada e que este lhe tinha falado,+ e como em Damasco+ falara denodadamente no nome de Jesus. 28 E continuou com eles, entrando e saindo,* em Jerusalém, falando denodadamente no nome do Senhor;+ 29 e falava e discutia com os judeus que falavam grego.* Mas estes fizeram tentativas para o eliminarem.+ 30 Quando os irmãos perceberam isso, trouxeram-no para baixo a Cesaréia e o enviaram a Tarso.+

31 Deveras, a congregação+ através de toda a Judéia, e Galiléia, e Samaria, entrou então num período de paz, sendo edificada; e, como andava no temor de Jeová*+ e no consolo do espírito santo,+ multiplicava-se.

32 Então, passando Pedro através de todas [as partes], desceu também aos santos que moravam em Lida.+ 33 Ali ele achou certo homem de nome Enéias que já por oito anos jazia na sua maca, visto que era paralítico. 34 E Pedro disse-lhe:+ “Enéias, Jesus Cristo te sara.+ Levanta-te e arruma a tua cama.” E ele se levantou imediatamente. 35 E todos os que habitavam em Lida e [na planície de] Sarom*+ o viram, e estes se voltaram para o Senhor.+

36 Mas, havia em Jope+ certa discípula de nome Tabita, que, traduzido, significa Dorcas.* Ela abundava em boas ações+ e nas dádivas de misericórdia que fazia. 37 Mas, aconteceu que naqueles dias ela adoeceu e morreu. De modo que a banharam e deitaram num quarto de andar superior. 38 Ora, visto que Lida era perto de Jope,+ quando os discípulos ouviram que Pedro estava naquela cidade, mandaram a ele dois homens para [lhe] suplicarem: “Por favor, não hesites* em vir ter conosco.” 39 Em vista disso, Pedro levantou-se e foi com eles. E, ao chegar, conduziram-no para cima ao quarto de andar superior; e todas as viúvas apresentaram-se a ele chorando e mostrando muitas roupas interiores e roupas exteriores+ que Dorcas costumava fazer enquanto estava com elas.+ 40 Mas Pedro pôs a todos para fora,+ e, dobrando os joelhos, orou, e, voltando-se para o corpo, disse: “Tabita,* levanta-te!” Ela abriu os olhos, e, avistando Pedro, sentou-se.+ 41 Dando-lhe a mão, ele a levantou+ e chamou os santos, e as viúvas, e a apresentou viva.+ 42 Isto se tornou conhecido em toda a Jope, e muitos ficaram crentes no Senhor.+ 43 Ele ficou muitos dias em Jope+ com um certo Simão, [que era] curtidor.+

10 Havia então em Cesaréia certo homem de nome Cornélio, oficial do exército*+ do chamado destacamento italiano,+ 2 homem devoto+ e que temia+ a Deus, junto com toda a sua família, e ele fazia muitas dádivas de misericórdia ao povo+ e fazia continuamente súplica a Deus.+ 3 Cerca da nona hora*+ do dia, ele viu claramente numa visão+ um anjo+ de Deus entrar até ele e dizer-lhe: “Cornélio!” 4 O homem fitou os olhos nele, e, ficando amedrontado, disse: “O que é, Senhor?” Disse-lhe ele: “Tuas orações+ e dádivas de misericórdia têm ascendido como memória perante Deus.+ 5 Assim, envia agora homens a Jope e convoca certo Simão, que é cognominado Pedro. 6 Este homem está sendo hospedado por certo Simão, curtidor, que tem uma casa à beira do mar.”+ 7 Assim que o deixou o anjo que lhe falara, ele chamou dois dos seus servos domésticos e um soldado devoto dentre os que constantemente o assistiam,+ 8 e relatou-lhes tudo e mandou-os a Jope.+

9 No dia seguinte, enquanto prosseguiam na jornada e se aproximavam da cidade, Pedro subiu ao alto da casa+ para orar,+ perto da sexta hora.* 10 Mas, ele ficou com muita fome e queria comer. Enquanto faziam os preparativos, caiu em transe,+ 11 e observou o céu aberto+ e alguma sorte de vaso descendo, semelhante a um grande lençol de linho, sendo baixado pelas suas quatro extremidades para a terra; 12 e nele havia toda sorte de quadrúpedes e bichos rastejantes da terra, e aves do céu.+ 13 E veio a ele uma voz: “Levanta-te, Pedro, abate* e come!”+ 14 Mas Pedro disse: “Absolutamente não, Senhor, porque nunca comi nada aviltado e impuro.”+ 15 E a voz [falou] novamente com ele, pela segunda vez: “Pára de chamar de aviltadas+ as coisas que Deus purificou.” 16 Isto ocorreu pela terceira vez, e, imediatamente, o vaso foi recolhido ao céu.+

17 Ora, enquanto Pedro estava no íntimo em grande perplexidade quanto a que podia significar a visão que tinha visto, eis que os homens mandados por Cornélio haviam indagado acerca da casa de Simão e estavam parados ali no portão.+ 18 E eles clamaram e indagaram se ali se hospedava Simão, que era cognominado Pedro. 19 Enquanto Pedro repassava na mente a visão, o espírito+ disse: “Eis que três* homens estão-te buscando. 20 No entanto, levanta-te, desce e vai com eles, não duvidando nada, porque eu os mandei.”+ 21 Pedro desceu, assim, para junto dos homens e disse: “Eis que eu sou aquele a quem buscais. Qual é a causa de estardes aqui?” 22 Disseram: “Cornélio, oficial do exército, homem justo e temente a Deus,+ de boa reputação+ da parte de toda a nação dos judeus, recebeu instruções divinas* por meio dum santo anjo para te mandar buscar para a sua casa e para ouvir as coisas que tens a dizer.” 23 Portanto, ele os convidou a entrar e os hospedou.

No dia seguinte levantou-se e foi embora com eles, e alguns dos irmãos, que eram de Jope, foram com ele. 24 No dia seguinte entrou em Cesaréia. Cornélio, naturalmente, esperava-os e havia reunido seus parentes e amigos íntimos. 25 Quando Pedro entrou, Cornélio foi ao seu encontro, prostrou-se aos pés dele e prestou-lhe homenagem. 26 Mas Pedro ergueu-o, dizendo: “Levanta-te; eu mesmo também sou homem.”+ 27 E, conversando com ele, entrou e achou muitas pessoas reunidas, 28 e disse-lhes: “Vós bem sabeis quão ilícito é para um judeu juntar-se ou chegar-se a um homem de outra raça;+ contudo, Deus mostrou-me que eu não chamasse nenhum homem de aviltado ou impuro.+ 29 Por isso vim, realmente sem objeção, quando fui chamado. Portanto, indago a razão pela qual me mandastes chamar.”

30 Concordemente, Cornélio disse: “Há quatro dias, a contar desta hora, eu estava orando na minha casa, à nona hora,*+ quando, eis que um homem em roupa vistosa+ estava em pé na minha frente 31 e disse: ‘Cornélio, tua oração tem sido ouvida favoravelmente e as tuas dádivas de misericórdia têm sido lembradas diante de Deus.+ 32 Envia, portanto, a Jope e manda chamar Simão, que é cognominado Pedro.+ Este homem está sendo hospedado na casa de Simão, o curtidor, à beira do mar.’+ 33 Portanto enviei imediatamente a ti, e tu fizeste bem em vir para cá. E agora estamos aqui todos presentes perante Deus para ouvir todas as coisas que foste mandado dizer por Jeová.”*+

34 Em vista disso, Pedro abriu a boca e disse: “Certamente percebo que Deus não é parcial,+ 35 mas, em cada nação, o homem que o teme e que faz a justiça lhe é aceitável.+ 36 Ele enviou a palavra+ aos filhos de Israel, para declarar-lhes as boas novas de paz+ por intermédio de Jesus Cristo: Este é Senhor de todos [os demais].+ 37 Sabeis de que assunto se falava em toda a Judéia, principiando da Galiléia, depois do batismo pregado por João,+ 38 a saber, Jesus, que era de Nazaré, como Deus o ungiu com espírito santo+ e poder, e ele percorria o país, fazendo o bem e sarando a todos os oprimidos pelo Diabo;+ porque Deus estava com ele.+ 39 E nós somos testemunhas de todas as coisas que ele fez tanto no país dos judeus como em Jerusalém; mas eles também o eliminaram, pendurando-o num madeiro.*+ 40 Deus ressuscitou a Este no terceiro dia e lhe concedeu tornar-se manifesto,+ 41 não a todo o povo, mas a testemunhas designadas de antemão por Deus,+ a nós, os que comemos e bebemos com ele+ depois do seu levantamento dentre os mortos. 42 Também, ele nos ordenou que pregássemos+ ao povo e que déssemos um testemunho cabal de que Este é o decretado por Deus para ser juiz dos vivos e dos mortos.+ 43 Dele é que todos os profetas dão testemunho,+ de que todo aquele que deposita fé nele recebe perdão de pecados por intermédio de seu nome.”+

44 Enquanto Pedro ainda falava sobre estes assuntos, caiu o espírito santo sobre todos os que ouviam a palavra.+ 45 E os fiéis que tinham vindo com Pedro, que eram dos circuncisos, ficaram pasmados, porque a dádiva gratuita do espírito santo estava sendo derramada também sobre pessoas das nações.+ 46 Pois, ouviam-nos falar em línguas e magnificar a Deus.+ Pedro respondeu então: 47 “Pode alguém proibir a água, de modo que estes não sejam batizados,+ sendo que receberam o espírito santo assim como nós?” 48 Com isso mandou que fossem batizados no nome de Jesus Cristo.+ Solicitaram-lhe, então, que permanecesse alguns dias.

11 Ora, os apóstolos e os irmãos que estavam na Judéia ouviram que pessoas das nações+ também receberam a palavra de Deus. 2 De modo que, quando Pedro subiu a Jerusalém, os [patrocinadores] da circuncisão+ começaram a contender com ele, 3 dizendo que ele tinha ido à casa de homens incircuncisos e havia comido com eles. 4 Em vista disso, Pedro principiou e prosseguiu a explicar-lhes as circunstâncias, dizendo:

5 “Eu estava na cidade de Jope, orando, e tive num transe uma visão, alguma sorte de vaso descendo, como um grande lençol de linho sendo abaixado pelas suas quatro extremidades, desde o céu, e chegando-se a mim. 6 Fitando os olhos nele, fiz observações e vi quadrúpedes da terra, e feras, e bichos rastejantes, e aves do céu.+ 7 Ouvi também uma voz dizer-me: ‘Levanta-te, Pedro, abate e come!’+ 8 Mas eu disse: ‘Absolutamente não, Senhor, porque nunca entrou na minha boca nada aviltado ou impuro.’+ 9 Pela segunda vez, a voz do céu respondeu: ‘Pára de chamar de aviltadas as coisas que Deus purificou.’+ 10 Isto ocorreu pela terceira vez, e tudo foi novamente puxado para o céu.+ 11 Também, eis que naquele instante havia três homens parados junto à casa em que estávamos, tendo sido mandados a mim, desde Cesaréia.+ 12 O espírito+ me disse, assim, que eu fosse com eles, não duvidando nada. Mas, estes seis irmãos também foram comigo, e nós entramos na casa do homem.+

13 “Ele nos relatou como tinha visto um anjo em pé na sua casa e dizendo: ‘Manda homens a Jope e manda buscar Simão, que é cognominado Pedro,+ 14 e ele te falará aquelas coisas pelas quais podes ser salvo,+ tu e toda a tua família.’ 15 Mas, quando eu principiei a falar, caiu sobre eles o espírito santo, assim como tinha também caído sobre nós, no princípio.+ 16 Em vista disso lembrei-me da declaração do Senhor, como costumava dizer: ‘João, da sua parte, batizou com água,+ mas vós sereis batizados em espírito santo.’+ 17 Se Deus, portanto, deu a mesma dádiva gratuita a eles como também dera a nós, os que temos crido no Senhor Jesus Cristo,+ quem era eu para poder obstar a Deus?”+

18 Ora, quando ouviram estas coisas, assentiram,+ e glorificaram a Deus,+ dizendo: “Pois bem, Deus tem concedido também a pessoas das nações o arrependimento com a vida por objetivo.”+

19 Conseqüentemente, os que tinham sido espalhados+ pela tribulação que surgiu por causa de Estêvão foram até a Fenícia,+ e Chipre,+ e Antioquia, não falando a palavra a ninguém, senão a judeus.+ 20 No entanto, dentre eles havia alguns homens de Chipre e de Cirene, que vieram a Antioquia e começaram a falar ao povo que falava grego,*+ declarando as boas novas do Senhor Jesus.+ 21 Além disso, a mão de Jeová*+ estava com eles, e um grande número, tornando-se crentes, voltaram-se para o Senhor.+

22 O relato sobre eles chegou aos ouvidos da congregação que estava em Jerusalém, e eles enviaram Barnabé+ até Antioquia. 23 Quando ele chegou e viu a benignidade imerecida+ de Deus, alegrou-se+ e começou a encorajar todos a que continuassem no Senhor, [tendo isso] por objetivo do coração;+ 24 pois ele era homem bom e cheio de espírito santo e de fé. E uma multidão considerável foi acrescentada ao Senhor.+ 25 De modo que ele partiu para Tarso,+ a fim de fazer uma busca cabal por Saulo,+ 26 e, depois de o achar, trouxe-o a Antioquia. Aconteceu assim que por um ano inteiro se ajuntaram com eles na congregação e ensinaram uma considerável multidão, e foi primeiro em Antioquia que os discípulos, por providência divina, foram chamados* cristãos.*+

27 Ora, naqueles dias desceram profetas+ de Jerusalém para Antioquia. 28 Um deles, de nome Ágabo,+ levantou-se e passou a indicar, por intermédio do espírito, que uma grande fome estava para vir sobre toda a terra habitada,+ a qual, de fato, ocorreu no tempo de Cláudio. 29 Assim, os dos discípulos resolveram, cada um deles segundo o que podia,+ prover aos irmãos que moravam na Judéia uma subministração de socorros;+ 30 e isto fizeram, mandando-a aos anciãos,* pela mão de Barnabé e Saulo.+

12 Aproximadamente naquele mesmo tempo, Herodes,* o rei, pôs mãos [à obra] para maltratar+ alguns dos da congregação. 2 Eliminou Tiago, irmão de João,+ pela espada.+ 3 Ao ver que isso agradava aos judeus,+ prosseguiu em prender também Pedro. (Acontecia que aqueles eram os dias dos pães não fermentados.)+ 4 E, segurando-o, lançou-o na prisão,+ entregando-o a quatro turmas, de quatro soldados cada uma, para o guardarem, visto que pretendia apresentá-lo ao povo depois da páscoa.+ 5 Conseqüentemente, Pedro estava sendo guardado na prisão; mas a congregação fazia intensamente oração+ a Deus por ele.

6 Então, quando Herodes estava para apresentá-lo, naquela noite Pedro estava dormindo amarrado com duas cadeias, entre dois soldados, e guardas diante da porta estavam guardando a prisão. 7 Mas, eis que o anjo de Jeová* se pôs ao lado dele+ e uma luz brilhou na cela da prisão. Batendo no lado de Pedro, acordou-o,+ dizendo: “Levanta-te depressa!” E as suas cadeias caíram-lhe+ das mãos. 8 O anjo+ disse-lhe: “Cinge-te e amarra as tuas sandálias.” Ele fez isso. Finalmente, disse-lhe ele: “Põe a tua roupa exterior+ e vem seguir-me.” 9 E ele saiu e seguia-o, mas não sabia que era real aquilo que estava acontecendo por intermédio do anjo. De fato, supunha que estava tendo uma visão.+ 10 Passando pela primeira sentinela, e pela segunda, chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade, e este se lhes abriu por si mesmo.+ E, tendo saído, seguiam por uma rua, e, imediatamente, o anjo afastou-se dele. 11 E Pedro, caindo em si, disse: “Agora sei realmente que Jeová* enviou o seu anjo+ e me livrou+ da mão de Herodes, e de tudo o que o povo dos judeus estava esperando.”

12 E, depois de considerar isso, foi à casa de Maria, mãe de João, cognominado Marcos,+ onde muitos estavam ajuntados e orando. 13 Quando bateu na porta do portão de entrada, uma serva de nome Rode veio atender à chamada, 14 e, ao reconhecer a voz de Pedro, ela, cheia de alegria, não abriu o portão, mas correu para dentro e relatou que Pedro estava em pé diante do portão de entrada. 15 Disseram-lhe: “Estás louca.” Mas ela persistia em asseverar fortemente que era assim. Eles começaram a dizer: “É o seu anjo.”+ 16 Mas Pedro permanecia ali batendo. Quando abriram, viram-no e ficaram assombrados. 17 Mas ele lhes fez sinal+ com a mão para que ficassem calados e contou-lhes em pormenores como Jeová* o tirou da prisão, e disse: “Relatai estas coisas a Tiago+ e aos irmãos.” Com isto ele saiu e viajou para outro lugar.

18 Pois bem, quando ficou dia,+ não foi pouca a agitação entre os soldados quanto a que realmente tinha sido feito de Pedro. 19 Herodes+ procurou-o diligentemente, e, não o achando, examinou os guardas e mandou que fossem levados [à punição];+ e ele desceu da Judéia para Cesaréia e passou ali algum tempo.

20 Ele tinha então animosidade contra o povo de Tiro e de Sídon. Assim, de comum acordo, vieram ter com* ele, e, depois de persuadirem Blasto, que estava encarregado do quarto de dormir do rei, começaram a pedir termos de paz, porque o país deles estava sendo suprido de alimento+ pelo [país] do rei. 21 Mas, em determinado dia, Herodes vestiu-se da roupa real e se assentou na cadeira de juiz, e começou a fazer-lhes um discurso público. 22 O povo reunido, por sua vez, começou a gritar: “A voz de [um] deus e não de homem!”+ 23 O anjo de Jeová* o golpeou instantaneamente,+ porque não deu a glória a Deus;+ e, comido de vermes, expirou.

24 Mas a palavra+ de Jeová* crescia e se espalhava.+

25 Quanto a Barnabé+ e Saulo, depois de terem executado plenamente a subministração de socorros+ em Jerusalém, voltaram e tomaram consigo João,+ cognominado Marcos.

13 Ora, havia em Antioquia profetas+ e instrutores na congregação local, Barnabé, bem como Simeão, que era chamado Níger, e Lúcio+ de Cirene, e Manaém, que tinha sido educado com Herodes, o governante distrital,* e Saulo. 2 Enquanto ministravam publicamente+ a Jeová* e jejuavam, o espírito santo disse: “Dentre todas as pessoas, separai-me Barnabé e Saulo+ para a obra a que os chamei.” 3 Jejuaram então e oraram, e puseram as suas mãos+ sobre eles e os deixaram ir.

4 Concordemente, estes homens, enviados pelo espírito santo, desceram a Selêucia, e dali navegaram para Chipre. 5 E, tendo chegado a Salamina, começaram a publicar a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus. Tinham também João+ por assistente.

6 Tendo percorrido toda a ilha até Pafos, encontraram certo homem, feiticeiro, falso profeta,+ um judeu cujo nome era Barjesus, 7 e ele estava com o procônsul* Sérgio Paulo, homem inteligente. Chamando Barnabé e Saulo, este homem buscava seriamente ouvir a palavra de Deus. 8 Mas Elimas, o feiticeiro, (é assim, de fato, que se traduz o seu nome,) começou a opor-se a eles,+ buscando desviar da fé o procônsul. 9 Saulo, que é também Paulo,* ficando cheio de espírito santo, olhou para ele atentamente 10 e disse: “Ó homem cheio de toda sorte de fraude e de toda sorte de vilania, ó filho do Diabo,+ inimigo de tudo o que é justo, não cessarás de torcer os caminhos direitos de Jeová?* 11 Pois bem, eis que a mão de Jeová* está sobre ti e ficarás cego, não vendo a luz do sol por um período de tempo.” Densa névoa e escuridão caíram instantaneamente sobre ele, e ele andava em volta buscando homens para o conduzirem pela mão.+ 12 O procônsul,+ vendo então o que tinha acontecido, tornou-se crente, pois ficou assombrado com o ensino de Jeová.*

13 Os homens, junto com Paulo, fizeram-se então ao mar, partindo de Pafos, e chegaram a Perge, na Panfília.+ Mas João+ retirou-se deles e voltou+ para Jerusalém. 14 Eles, no entanto, seguiram de Perge e vieram a Antioquia, na Pisídia, e, entrando na sinagoga+ no dia de sábado, tomaram assento. 15 Depois da leitura pública da Lei+ e dos Profetas, os presidentes+ da sinagoga mandaram dizer-lhes: “Homens, irmãos, se tiverdes alguma palavra de encorajamento para o povo, dizei-a.” 16 Paulo levantou-se, assim, e, acenando+ com a mão, disse:

“Homens, israelitas e vós [outros] que temeis a Deus, ouvi.+ 17 O Deus deste povo de Israel escolheu os nossos antepassados e enalteceu o povo durante a sua residência como forasteiros na terra do Egito, e os tirou dela com braço erguido.+ 18 E, por um período de cerca de quarenta anos,+ suportou a sua maneira de agir no ermo. 19 Depois de destruir sete nações na terra de Canaã,+ distribuiu-lhes a terra por sorte: 20 tudo isso durante cerca de quatrocentos e cinqüenta anos.

“E, depois destas coisas,* deu-lhes juízes, até Samuel, o profeta.+ 21 Mas, dali em diante reclamaram um rei,+ e Deus lhes deu Saul, filho de Quis, homem da tribo de Benjamim,+ por quarenta anos. 22 E, depois de removê-lo,+ suscitou-lhes Davi como rei,+ a respeito de quem deu testemunho e disse: ‘Achei Davi, filho de Jessé,+ homem agradável ao meu coração,+ que fará todas as coisas que desejo.’+ 23 Da descendência+ deste [homem], segundo a sua promessa, Deus trouxe a Israel um salvador,+ Jesus, 24 depois de João,+ em antecipação da entrada Desse,+ ter pregado publicamente, a todo o povo de Israel, [o] batismo [em símbolo] de arrependimento. 25 Mas João, enquanto cumpria a sua carreira, dizia: ‘O que supondes que eu sou? Eu não sou aquele.* Mas, eis que depois de mim vem alguém, cujas sandálias não sou digno de desatar.’+

26 “Homens, irmãos, filhos da linhagem de Abraão, e aqueles [outros] entre vós que temeis a Deus, a nós nos foi enviada a palavra desta salvação.+ 27 Pois os habitantes de Jerusalém e os seus governantes não conheceram a Este,+ mas, ao agirem como juízes, cumpriram as coisas expressas pelos Profetas,+ coisas que são lidas em voz alta cada sábado, 28 e, embora não achassem causa para morte,+ reclamaram de Pilatos que fosse executado.+ 29 Quando, então, tinham efetuado todas as coisas escritas a respeito dele,+ tiraram-no do madeiro*+ e deitaram-no num túmulo memorial.+ 30 Mas Deus o levantou dentre os mortos;+ 31 e, durante muitos dias, ele se tornou visível aos que tinham subido com ele da Galiléia para Jerusalém, que agora são suas testemunhas junto ao povo.+

32 “E, assim, nós vos declaramos as boas novas concernentes à promessa feita aos antepassados,+ 33 que Deus a cumpriu inteiramente a nós, seus* filhos, por ter ressuscitado a Jesus;+ assim como está escrito no segundo salmo: ‘Tu és meu filho, hoje eu me tornei teu Pai.’+ 34 E este fato, de que o ressuscitou dentre os mortos, destinado a nunca mais voltar à corrupção, foi declarado por ele do seguinte modo: ‘Eu vos darei as benevolências para com Davi, que são fiéis.’+ 35 Por isso ele diz também em outro salmo: ‘Não permitirás que aquele que te é leal veja a corrupção.’+ 36 Pois Davi,+ por um lado, serviu à vontade expressa de Deus na sua própria geração e adormeceu [na morte], e foi deitado com os seus antepassados e viu a corrupção.+ 37 Por outro lado, aquele a quem Deus levantou não viu a corrupção.+

38 “Sabei, portanto, irmãos, que por intermédio Deste se publica a vós o perdão de pecados;+ 39 e que, de todas as coisas das quais não podíeis ser declarados inculpes por meio da lei de Moisés,+ todo aquele que crê é declarado inculpe por meio Deste.+ 40 Portanto, cuidai de que aquilo que se disse nos Profetas não venha sobre vós: 41 ‘Observai-o, desdenhadores, e admirai-vos disso, e desaparecei, porque estou fazendo uma obra nos vossos dias, uma obra que de modo algum acreditareis, mesmo que alguém a relatasse a vós em pormenores.’”+

42 Então, ao saírem, o povo começou a suplicar que se lhes falasse destes assuntos no sábado seguinte.+ 43 Assim, depois de se dissolver a reunião da sinagoga, muitos dos judeus e dos prosélitos que adoravam [a Deus]* seguiram a Paulo e Barnabé,+ os quais, falando com eles, começaram a instar+ com eles para que continuassem na benignidade imerecida de Deus.+

44 No sábado seguinte, quase toda a cidade se ajuntou para ouvir a palavra de Jeová.*+ 45 Quando os judeus chegaram a ver as multidões, ficaram cheios de ciúme+ e começaram a contradizer de modo blasfemo as coisas faladas por Paulo.+ 46 E assim, falando com denodo, Paulo e Barnabé disseram: “Era necessário que a palavra de Deus fosse falada primeiro a vós.+ Visto que a repelis+ e não vos julgais dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para as nações.+ 47 De fato, Jeová* nos tem imposto o mandamento nas seguintes palavras: ‘Eu te designei como luz das nações,+ para que sejas uma salvação até à extremidade* da terra.’”+

48 Quando os das nações ouviram isso, começaram a alegrar-se e a glorificar a palavra de Jeová,*+ e todos os corretamente dispostos para com a vida eterna tornaram-se crentes.+ 49 Outrossim, a palavra de Jeová* estava sendo levada através de todo o país.+ 50 Mas os judeus+ atiçaram as mulheres bem conceituadas, que adoravam [a Deus],* e os homens de destaque da cidade, e levantaram uma perseguição+ contra Paulo e Barnabé, e lançaram-nos fora dos seus termos. 51 Estes sacudiram contra eles o pó dos seus pés+ e foram para Icônio. 52 E os discípulos continuavam cheios de alegria+ e de espírito santo.

14 Ora, em Icônio+ entraram juntos na sinagoga+ dos judeus e falaram de tal maneira, que uma grande multidão, tanto de judeus como de gregos,+ se tornaram crentes. 2 Mas os judeus que não criam atiçavam+ e influenciavam injustamente as almas das pessoas das nações contra os irmãos.+ 3 Passaram, portanto, um tempo considerável falando com denodo pela autoridade de Jeová,* o qual dava testemunho da palavra de sua benignidade imerecida por conceder que ocorressem sinais e portentos por intermédio das mãos deles.+ 4 No entanto, a multidão da cidade estava dividida, e alguns eram a favor dos judeus, mas outros a favor dos apóstolos. 5 Então, ocorrendo uma tentativa violenta, tanto da parte das pessoas das nações como dos judeus com os seus governantes, para os tratarem com insolência e lhes jogarem pedras,+ 6 eles, informados disso, fugiram+ para as cidades da Licaônia, Listra e Derbe, e a região circunvizinha; 7 e declaravam ali as boas novas.+

8 Ora, em Listra estava sentado certo homem, incapacitado dos pés, coxo desde a madre de sua mãe,+ e ele nunca jamais tinha andado. 9 Este homem escutava Paulo falar, sendo que este, olhando para ele atentamente e vendo que tinha fé+ para ficar bom,* 10 disse com voz alta: “Ergue-te ereto sobre os teus pés.” E ele pulou e começou a andar.+ 11 E as multidões, vendo o que Paulo tinha feito, elevaram as suas vozes, dizendo na língua licaônica: “Os deuses+ tornaram-se iguais a humanos e desceram a nós!” 12 E passaram a chamar a Barnabé de Zeus,* mas a Paulo de Hermes,* visto que ele tomava a dianteira no falar. 13 E o sacerdote de Zeus, cujo [templo] estava diante da cidade,* trouxe touros e grinaldas até os portões, e estava desejando oferecer sacrifícios+ com as multidões.

14 No entanto, quando os apóstolos Barnabé e Paulo ouviram isso, rasgaram as suas roupas exteriores e pularam para o meio da multidão, clamando 15 e dizendo: “Homens, por que estais fazendo estas coisas? Nós também somos humanos,+ tendo os mesmos padecimentos+ que vós, e vos estamos declarando as boas novas, para que vos desvieis destas coisas vãs+ para o Deus vivente,+ que fez o céu+ e a terra, e o mar, e todas as coisas neles. 16 Ele permitiu, nas gerações passadas, que todas as nações andassem nos seus [próprios] caminhos,+ 17 embora, deveras, não se deixou sem testemunho, por fazer o bem,+ dando-vos chuvas+ do céu e estações frutíferas, enchendo os vossos corações plenamente de alimento e de bom ânimo.”+ 18 Contudo, por dizerem estas coisas, mal continham as multidões de lhes oferecerem sacrifícios.

19 Mas, chegaram judeus de Antioquia e de Icônio, e persuadiram as multidões,+ e apedrejaram Paulo e o arrastaram para fora da cidade, julgando-o morto.+ 20 No entanto, quando os discípulos o cercaram, ele se levantou e entrou na cidade. E no dia seguinte partiu com Barnabé para Derbe.+ 21 E depois de declararem as boas novas àquela cidade e fazerem não poucos discípulos,+ voltaram a Listra, e a Icônio, e a Antioquia, 22 fortalecendo as almas dos discípulos,+ encorajando-os a permanecerem na fé e [dizendo]: “Temos de entrar no reino de Deus através de muitas tribulações.”+ 23 Outrossim, designaram-lhes* anciãos+ em cada congregação, e, oferecendo orações com jejuns,+ encomendaram-nos a Jeová,*+ em quem se tinham tornado crentes.

24 E passando pela Pisídia, entraram na Panfília,+ 25 e, depois de falarem a palavra* em Perge, desceram a Atália. 26 E dali navegaram para Antioquia,+ onde tinham sido confiados à benignidade imerecida de Deus para a obra que tinham realizado plenamente.+

27 Tendo chegado e tendo ajuntado a congregação, passaram a relatar+ as muitas coisas que Deus tinha feito por meio deles, e que ele abrira às nações a porta da fé.+ 28 Passaram assim não pouco tempo com os discípulos.

15 Certos homens desceram então da Judéia+ e começaram a ensinar os irmãos: “A menos que sejais circuncidados,+ segundo o costume de Moisés,+ não podeis ser salvos.” 2 Mas, quando havia ocorrido não pouca dissensão e disputa com eles da parte de Paulo e Barnabé, providenciaram que Paulo e Barnabé, e alguns outros deles, subissem até os apóstolos+ e anciãos* em Jerusalém, com respeito a esta disputa.

3 Concordemente, depois de serem acompanhados parte do caminho pela congregação,+ estes homens continuaram viagem, tanto através da Fenícia como [através] de Samaria, relatando em pormenores a conversão* de pessoas das nações,+ e eles estavam causando grande alegria a todos os irmãos.+ 4 Chegando a Jerusalém, foram recebidos benevolamente+ pela congregação e pelos apóstolos e anciãos, e eles narraram as muitas coisas que Deus tinha feito por meio deles.+ 5 Contudo, alguns dos da seita dos fariseus, que haviam crido, levantaram-se dos seus assentos e disseram: “É necessário circuncidá-los+ e adverti-los que observem a lei de Moisés.”+

6 E os apóstolos e os anciãos ajuntaram-se para considerar esta questão.+ 7 Ora, tendo havido muita disputa,+ levantou-se Pedro e disse-lhes: “Irmãos, bem sabeis que desde os primeiros dias Deus fez entre vós a escolha de que por intermédio da minha boca as pessoas das nações ouvissem a palavra das boas novas e cressem;+ 8 e Deus, que conhece o coração,+ deu testemunho por dar-lhes o espírito santo,+ assim como dera também a nós. 9 E ele não fez nenhuma distinção entre nós+ e eles, mas purificou os corações deles pela fé.+ 10 Ora, portanto, por que estais pondo Deus à prova por impor no pescoço dos discípulos um jugo+ que nem os nossos antepassados nem nós somos capazes de levar?+ 11 Ao contrário, confiamos em ser salvos por intermédio da benignidade imerecida+ do Senhor Jesus, do mesmo modo como também essas pessoas.”+

12 Em vista disso, a multidão inteira ficou calada, e começaram a escutar Barnabé e Paulo relatando os muitos sinais e portentos que Deus fizera por intermédio deles entre as nações.+ 13 Depois de cessarem de falar, Tiago respondeu, dizendo: “Homens, irmãos, ouvi-me.+ 14 Simeão*+ tem relatado cabalmente como Deus, pela primeira vez, voltou a sua atenção para as nações, a fim de tirar delas um povo para o seu nome.+ 15 E com isso concordam as palavras dos Profetas, assim como está escrito: 16 ‘Depois destas coisas voltarei e reconstruirei a barraca* de Davi, que está caída; e reconstruirei as suas ruínas e a erguerei de novo,+ 17 a fim de que os remanescentes dos homens possam buscar seriamente a Jeová,* junto com pessoas de todas as nações, pessoas chamadas por meu nome,* diz Jeová,* que está fazendo estas coisas,+ 18 conhecidas desde a antiguidade.’*+ 19 Por isso, a minha decisão é não afligir a esses das nações, que se voltam para Deus,+ 20 mas escrever-lhes que se abstenham* das coisas poluídas por ídolos,+ e da fornicação,*+ e do estrangulado,*+ e do sangue.*+ 21 Pois, desde os tempos antigos,* Moisés tem tido em cidade após cidade os que o pregam, porque ele está sendo lido em voz alta nas sinagogas, cada sábado.”+

22 Então pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos,* junto com toda a congregação, enviar a Antioquia homens escolhidos dentre eles, junto com Paulo e Barnabé, a saber, Judas, que era chamado Barsabás,+ e Silas, homens de liderança entre os irmãos; 23 e escreveram por sua mão:

“Os apóstolos e os anciãos, irmãos, aos irmãos em Antioquia,+ e Síria, e Cilícia,+ que são das nações: Cumprimentos! 24 Sendo que ouvimos [falar] que alguns dentre nós vos causaram aflição com discursos,+ tentando subverter as vossas almas, embora não lhes déssemos nenhumas instruções,+ 25 chegamos a um acordo unânime*+ e pareceu-nos bem escolher homens para [os] enviar a vós, junto com Barnabé e Paulo, nossos amados,+ 26 homens que entregaram as suas almas* pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.+ 27 Mandamos, portanto, Judas e Silas,+ para que eles também possam relatar as mesmas coisas por palavra.+ 28 Pois, pareceu bem ao espírito santo+ e a nós mesmos não vos acrescentar nenhum fardo adicional,+ exceto as seguintes coisas necessárias: 29 de persistirdes em abster-vos de coisas sacrificadas a ídolos,+ e de sangue,+ e de coisas estranguladas,*+ e de fornicação.*+ Se vos guardardes cuidadosamente destas coisas,+ prosperareis. Boa saúde para vós!”*

30 Concordemente, quando estes homens foram despachados, desceram a Antioquia, e ajuntaram a multidão, e entregaram-lhes a carta.+ 31 Depois de a lerem, alegraram-se com o encorajamento.+ 32 E Judas e Silas, visto que eles mesmos também eram profetas,+ encorajaram os irmãos com muitas dissertações e os fortaleceram.+ 33 Assim, depois de passarem [ali] algum tempo, os irmãos os deixaram ir em paz+ para os que os tinham enviado. 34* —— 35 No entanto, Paulo e Barnabé continuaram a passar um tempo em Antioquia,+ ensinando e declarando, também com muitos outros, as boas novas da palavra de Jeová.*+

36 Então, depois de alguns dias, Paulo disse a Barnabé: “Acima de tudo, voltemos e visitemos os irmãos em cada uma das cidades em que publicamos a palavra de Jeová,* para ver como estão.”+ 37 Barnabé, da sua parte, estava resolvido a levar consigo também João, que se chamava Marcos.+ 38 Mas Paulo não achava correto que levassem consigo a este, visto que se tinha afastado deles desde Panfília+ e não tinha ido com eles à obra. 39 Em vista disso, houve um forte acesso de ira, de modo que se separaram um do outro; e Barnabé+ tomou consigo Marcos e navegou para Chipre.+ 40 Paulo selecionou Silas+ e partiu, depois de ter sido confiado pelos irmãos à benignidade imerecida de Jeová.*+ 41 Mas ele passou pela Síria e pela Cilícia, fortalecendo as congregações.+

16 Chegou assim a Derbe e também a Listra.+ E, eis que havia ali um certo discípulo de nome Timóteo,+ filho duma mulher judia crente, mas de pai grego, 2 e os irmãos em Listra e Icônio davam dele bom relato. 3 Paulo expressou o desejo de que este homem fosse com ele, e, tomando-o, circuncidou-o+ por causa dos judeus que havia naqueles lugares, pois todos eles sabiam que seu pai era grego. 4 Ora, enquanto viajavam através das cidades, entregavam aos que estavam ali, para a sua observância, os decretos decididos pelos apóstolos e anciãos,* que estavam em Jerusalém.+ 5 Portanto, as congregações continuavam deveras a ser firmadas na fé+ e a aumentar em número, dia a dia.

6 Ainda mais, passaram pela Frígia e pelo país da Galácia,+ porque* estavam proibidos pelo espírito santo de falar a palavra dentro [do distrito] da Ásia. 7 Outrossim, descendo a Mísia, fizeram esforços para entrar na Bitínia,+ mas o espírito de Jesus não lhes permitiu isso. 8 De modo que deixaram Mísia de lado e desceram a Trôade.+ 9 E, durante a noite, apareceu a Paulo uma visão:+ certo homem macedônio estava em pé, suplicando-lhe e dizendo: “Passa à Macedônia e ajuda-nos.” 10 Ora, assim que ele viu a visão, procuramos passar à Macedônia,+ tirando a conclusão de que Deus nos convocara para declarar-lhes as boas novas.*

11 Portanto, de Trôade fizemo-nos ao mar e fomos diretamente à Samotrácia, mas, no dia seguinte, a Neápolis, 12 e dali a Filipos,+ uma colônia, que é a cidade principal do distrito da Macedônia.+ Continuamos nesta cidade, passando [ali] alguns dias. 13 E, no dia de sábado, fomos para fora do portão, para junto dum rio, onde pensávamos haver um lugar de oração; e assentamo-nos e começamos a falar às mulheres que se haviam reunido. 14 E certa mulher, de nome Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira,+ e adoradora de Deus, estava escutando, e Jeová* abriu-lhe amplamente o coração+ para prestar atenção às coisas faladas por Paulo. 15 Então, quando ela e sua família foram batizadas,+ disse, suplicando: “Se vós me julgastes fiel a Jeová,* entrai na minha casa e ficai.”+ E ela simplesmente nos fez ir.+

16 E aconteceu que, quando íamos para o lugar de oração, veio-nos ao encontro certa serva com um espírito,+ um demônio de adivinhação.*+ Ela costumava fornecer muito ganho+ aos seus amos por praticar a arte do vaticínio. 17 Esta [moça] seguia Paulo e a nós, e clamava+ com as palavras: “Estes homens são escravos do Deus Altíssimo, que vos estão publicando o caminho da salvação.” 18 Ela fazia isso por muitos dias. Por fim, Paulo ficou cansado disso,+ e, voltando-se, disse ao espírito: “Ordeno-te em nome de Jesus Cristo que saias dela.”+ E saiu dela naquela mesma hora.+

19 Pois bem, quando os amos dela viram que acabara sua esperança de ganho,+ agarraram Paulo e Silas e os arrastaram para a feira,* perante os governantes,+ 20 e, conduzindo-os até os magistrados civis, disseram: “Estes homens estão perturbando+ muito a nossa cidade, sendo eles judeus, 21 e publicam costumes+ que não nos é lícito adotar ou praticar, por sermos romanos.” 22 E a multidão levantou-se toda contra eles; e os magistrados civis, depois de lhes arrancarem as roupas exteriores, mandaram que fossem espancados com varas.+ 23 Depois de lhes terem infligido muitos golpes,+ lançaram-nos na prisão, ordenando ao carcereiro que os mantivesse seguros.+ 24 Ele, por ter recebido tal ordem, lançou-os na prisão interior+ e prendeu os seus pés no tronco.+

25 Mas, pelo meio da noite,+ Paulo e Silas estavam orando e louvando a Deus com cântico;+ sim, os prisioneiros os ouviam. 26 Repentinamente, houve um grande terremoto, de modo que os alicerces da cadeia foram abalados. Ademais, abriram-se instantaneamente todas as portas e soltaram-se os laços de todos.+ 27 O carcereiro, acordando do sono e vendo abertas as portas da prisão, puxou a sua espada e estava prestes a acabar consigo,+ imaginando que os prisioneiros tinham escapado.+ 28 Mas Paulo clamou com voz alta, dizendo: “Não te faças dano,+ pois estamos todos aqui!” 29 Ele pediu assim luzes e pulou para dentro, e, tomado de tremor, prostrou-se+ diante de Paulo e Silas. 30 E ele os trouxe para fora e disse: “Senhores, o que tenho de fazer+ para ser salvo?” 31 Disseram: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo,+ tu e a tua família.”+ 32 E falaram a palavra de Jeová* a ele e a todos os na sua casa.+ 33 E ele os levou consigo naquela hora da noite e banhou os seus vergões; e todos juntos, ele e os seus, foram batizados+ sem demora. 34 E ele os trouxe à sua casa e pôs a mesa diante deles, e alegrou-se grandemente, com toda a sua família, agora que tinha crido em Deus.

35 Quando ficou dia, os magistrados civis+ mandaram os esbirros para dizer: “Livra estes homens.” 36 O carcereiro relatou assim as palavras deles a Paulo: “Os magistrados civis mandaram homens para que vós [dois] fôsseis livrados. Agora, portanto, saí e ide em paz.” 37 Mas Paulo disse-lhes: “Chibatearam-nos publicamente sem condenação, a homens que são romanos,+ e lançaram-nos na prisão; e agora nos lançam fora secretamente? Não, deveras, mas que venham eles mesmos e nos levem para fora.” 38 De modo que os esbirros relataram estas declarações aos magistrados civis. Estes ficaram temerosos quando ouviram que os homens eram romanos.+ 39 Conseqüentemente, vieram e suplicaram-lhes, e, depois de os trazerem para fora, solicitaram-lhes que partissem da cidade. 40 Mas eles saíram da prisão e foram ao lar de Lídia, e quando viram os irmãos, encorajaram-nos+ e partiram.

17 Viajaram então através de Anfípolis e Apolônia, e vieram a Tessalônica,+ onde havia uma sinagoga dos judeus. 2 Assim, segundo o costume de Paulo,+ ele entrou, indo ter com eles, e por três sábados raciocinou com eles à base das Escrituras,+ 3 explicando e provando com referências que era necessário que o Cristo sofresse+ e fosse levantado dentre os mortos,+ e [dizendo]: “Este é o Cristo,+ este Jesus, que eu vos publico.” 4 Em resultado, alguns deles tornaram-se crentes+ e associaram-se com Paulo e Silas,+ e assim fizeram também uma grande multidão dos gregos que adoravam [a Deus] e não poucas das mulheres de destaque.

5 Mas os judeus, ficando com ciúme,+ acolheram na sua companhia certos homens iníquos dos vadios da feira e formaram uma turba, e passaram a lançar a cidade num alvoroço.+ E eles assaltaram a casa de Jasão+ e buscavam trazê-los para fora à ralé. 6 Quando não os acharam, arrastaram Jasão e certos irmãos perante os governantes da cidade,* clamando: “Estes homens que têm subvertido+ a terra habitada estão também presentes aqui, 7 e Jasão recebeu-os com hospitalidade. E todos estes [homens] agem em oposição aos decretos+ de César,* dizendo que há outro rei,+ Jesus.” 8 Agitaram deveras a multidão e os governantes da cidade, quando ouviram estas coisas; 9 e, só depois de receberem suficiente fiança* de Jasão e dos outros, deixaram-nos ir.

10 Os irmãos enviaram imediatamente tanto Paulo como Silas, de noite,+ para Beréia, e estes, ao chegarem, entraram na sinagoga dos judeus. 11 Ora, estes últimos eram de mentalidade mais nobre do que os de Tessalônica, pois recebiam a palavra com o maior anelo mental, examinando+ cuidadosamente as Escrituras,+ cada dia, quanto a se estas coisas eram assim.+ 12 Portanto, muitos deles tornaram-se crentes, e assim também não poucas das mulheres gregas bem conceituadas+ e dos homens. 13 Mas, quando os judeus de Tessalônica souberam que a palavra de Deus estava sendo publicada por Paulo também em Beréia, foram também para lá incitar+ e agitar+ as massas. 14 Então, os irmãos mandaram Paulo imediatamente embora, para ir até o mar;+ mas tanto Silas como Timóteo permaneceram ali. 15 No entanto, os que acompanhavam Paulo levaram-no até Atenas, e, depois de receberem mandado para que Silas e Timóteo+ viessem ter com ele o mais depressa possível, partiram.

16 Ora, enquanto Paulo esperava por eles em Atenas, seu espírito, no seu íntimo, ficou irritado+ ao observar que a cidade estava cheia de ídolos. 17 Conseqüentemente, começou a raciocinar na sinagoga com os judeus+ e com as outras pessoas que adoravam [a Deus], e cada dia, na feira,+ com os que por acaso estivessem ali. 18 Mas, certos dos filósofos+ epicureus bem como dos estóicos passaram a conversar com ele polemicamente, e alguns diziam: “O que é que este paroleiro* quer contar?”+ Outros: “Ele parece ser publicador de deidades* estrangeiras.” Isto se deu porque ele declarava as boas novas de Jesus e a ressurreição.+ 19 Assim, agarraram-no e conduziram-no ao Areópago,* dizendo: “Podemos saber qual é este novo ensino+ de que falas? 20 Porque estás introduzindo algumas coisas que são estranhas aos nossos ouvidos. Portanto, desejamos saber o que denotam estas coisas.”+ 21 De fato, todos os atenienses e os estrangeiros residentes temporariamente ali gastavam seu tempo de folga em nada mais do que em contar algo ou escutar algo novo. 22 Paulo, pois, estando em pé no meio do Areópago,+ disse:

“Homens de Atenas, eu observei que em todas as coisas pareceis mais dados ao temor das deidades*+ do que os outros. 23 Por exemplo, passeando e observando cuidadosamente os vossos objetos de veneração, encontrei também um altar em que tinha sido escrito: ‘A um Deus Desconhecido.’ Portanto, aquilo a que sem o saber dais devoção piedosa, isso é o que eu vos publico. 24 O Deus que fez o mundo e todas as coisas nele, sendo, como Este é, Senhor do céu e da terra,+ não mora em templos* feitos por mãos,+ 25 nem é assistido por mãos humanas, como se necessitasse de alguma coisa,+ porque ele mesmo dá a todos vida,+ e fôlego,+ e todas as coisas. 26 E ele fez de um só [homem]+ toda nação+ dos homens, para morarem sobre a superfície inteira da terra,+ e decretou os tempos designados+ e os limites fixos da morada dos [homens],+ 27 para buscarem a Deus,+ se tateassem por ele e realmente o achassem,+ embora, de fato, não esteja longe de cada um de nós. 28 Pois, por meio dele* temos vida, e nos movemos, e existimos,+ assim como disseram certos* dos poetas+ entre vós: ‘Pois nós também somos progênie dele.’

29 “Visto, pois, que somos progênie de Deus,+ não devemos imaginar que o Ser Divino*+ seja semelhante a ouro, ou prata, ou pedra, semelhante a algo esculpido pela arte e inventividade do homem.+ 30 É verdade que Deus não tem tomado em conta os tempos de tal ignorância,+ no entanto, agora ele está dizendo à humanidade que todos, em toda a parte, se arrependam.+ 31 Porque ele fixou um dia em que se propôs julgar+ em justiça a terra habitada,* por meio dum homem a quem designou, e ele tem fornecido garantia* a todos os homens, visto que o ressuscitou+ dentre os mortos.”

32 Pois bem, quando ouviram [falar] duma ressurreição dos mortos, alguns começaram a mofar,+ enquanto outros diziam: “Nós te ouviremos sobre isso ainda outra vez.” 33 Paulo saiu, assim, do meio deles, 34 mas alguns homens juntaram-se a ele e se tornaram crentes, entre os quais havia também Dionísio, juiz do tribunal do Areópago,*+ e uma mulher de nome Dâmaris, e outros além deles.

18 Depois destas coisas, ele partiu de Atenas e chegou a Corinto. 2 E achou certo judeu de nome Áquila,+ natural de Ponto, que viera recentemente da Itália,+ e Priscila, sua esposa, por causa do fato de que Cláudio+ tinha ordenado que todos os judeus se afastassem de Roma. De modo que foi ter com eles, 3 e, em razão de serem da mesma profissão, ficou no lar deles, e trabalhavam,+ pois eram fabricantes de tendas por profissão. 4 No entanto, cada sábado, ele dava um discurso na sinagoga+ e persuadia judeus e gregos.*

5 Então, tendo descido tanto Silas+ como Timóteo+ da Macedônia, Paulo começou a ocupar-se intensamente com a palavra, testemunhando aos judeus para provar que Jesus é o Cristo.+ 6 Mas, quando persistiam em opor-se e em falar de modo ultrajante,+ sacudiu a sua roupa+ e disse-lhes: “O vosso sangue+ caia sobre as vossas cabeças. Eu estou limpo.+ Doravante irei às pessoas das nações.”+ 7 Concordemente, saiu dali e entrou na casa dum homem de nome Tício Justo, adorador de Deus, cuja casa era contígua à sinagoga. 8 Mas Crispo,+ o presidente da sinagoga, tornou-se crente no Senhor, e assim também todos os de sua família. E muitos dos coríntios, que tinham ouvido, começaram a crer e a ser batizados. 9 Ademais, o Senhor disse de noite a Paulo,+ por intermédio duma visão: “Não temas, mas persiste em falar e em não ficar calado, 10 porque eu estou contigo+ e nenhum homem te assaltará para fazer-te dano; porque tenho muito povo nesta cidade.” 11 Destarte, demorou ali um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus.

12 Então, enquanto Gálio era procônsul*+ da Acaia,* os judeus levantaram-se de comum acordo contra Paulo e levaram-no perante a cadeira de juiz,+ 13 dizendo: “Esta pessoa, contrário à lei, conduz+ os homens a outra persuasão na adoração de Deus.” 14 Mas, quando Paulo estava para abrir a sua boca, Gálio disse aos judeus: “Se se tratasse deveras de alguma injustiça ou dum ato iníquo de vilania, ó judeus, eu, com razão, vos suportaria pacientemente. 15 Mas, se se trata de controvérsias sobre palavras e nomes,+ e a lei+ entre vós, isso é convosco. Não quero ser juiz dessas coisas.” 16 Com isso os enxotou de diante da cadeira de juiz. 17 Agarraram assim Sóstenes,+ o presidente da sinagoga, e espancaram-no na frente da cadeira de juiz. Mas Gálio não se incomodava nada com estas coisas.

18 No entanto, depois de demorar-se mais alguns dias, Paulo despediu-se dos irmãos e passou a navegar para a Síria, e com ele Priscila e Áquila, visto que em Cencréia*+ cortara rente o cabelo+ de sua cabeça, pois tinha um voto. 19 Chegaram assim a Éfeso, e ele os deixou ali; ele mesmo, porém, entrou na sinagoga+ e raciocinou com os judeus. 20 Embora lhe solicitassem que permanecesse por mais tempo, não consentiu nisso, 21 mas despediu-se+ e disse-lhes: “Voltarei novamente a vós, se Jeová* quiser.”+ E, de Éfeso, fez-se ao mar 22 e desceu a Cesaréia. Subiu* e cumprimentou a congregação, e desceu a Antioquia.

23 E, tendo passado ali algum tempo, partiu e foi de lugar em lugar através do país da Galácia+ e da Frígia,+ fortalecendo+ todos os discípulos.

24 Ora, chegou a Éfeso certo judeu de nome Apolo,+ natural de Alexandria, homem eloqüente; e ele era bem versado nas Escrituras.+ 25 Este [homem] tinha sido oralmente instruído no caminho de Jeová,* e, visto que era fervoroso no espírito,+ falava e ensinava com precisão as coisas a respeito de Jesus, mas estava familiarizado apenas com o batismo+ de João. 26 E este [homem] principiou a falar denodadamente na sinagoga. Ouvindo-o Priscila e Áquila,+ acolheram-no na sua companhia e expuseram-lhe mais corretamente o caminho de Deus. 27 Além disso, já que ele desejava passar para a Acaia, os irmãos escreveram aos discípulos, exortando-os a que o recebessem benevolamente. Assim, chegando ele lá, ajudou+ grandemente os que tinham crido por causa da benignidade imerecida [de Deus];*+ 28 pois provava cabalmente, com intensidade e em público, que os judeus estavam errados, demonstrando pelas Escrituras+ que Jesus era o Cristo.+

19 No desenrolar dos eventos, enquanto Apolo+ estava em Corinto, Paulo passava pelas regiões interiores e desceu a Éfeso,+ e achou alguns discípulos; 2 e ele lhes disse: “Recebestes espírito santo,+ quando vos tornastes crentes?” Disseram-lhe: “Ora, nunca ouvimos [falar] que há espírito santo.”+ 3 E ele disse: “Então, em que fostes batizados?” Disseram: “No batismo de João.”+ 4 Paulo disse: “João batizava com o batismo [em símbolo] de arrependimento,+ dizendo ao povo que cressem naquele que vinha após ele,+ isto é, em Jesus.” 5 Ouvindo isso, foram batizados no nome do Senhor Jesus.+ 6 E, quando Paulo pôs as suas mãos+ sobre eles, veio sobre eles o espírito santo e começaram a falar em línguas e a profetizar.+ 7 Ao todo havia cerca de doze homens.

8 Entrando na sinagoga,+ falou com denodo, por três meses, proferindo discursos e usando de persuasão a respeito do reino+ de Deus. 9 Mas, quando alguns prosseguiam em endurecer-se e em não crer,+ falando injuriosamente sobre O Caminho+ perante a multidão, retirou-se deles+ e separou deles os discípulos,+ proferindo diariamente discursos no [auditório da] escola de Tirano.* 10 Isto se deu por dois anos,+ de modo que todos os que habitavam [no distrito da] Ásia,+ tanto judeus como gregos, ouviram a palavra do Senhor.

11 E Deus realizava obras extraordinárias de poder por intermédio das mãos de Paulo,+ 12 de modo que se levavam aos doentios até mesmo panos e aventais do seu corpo,+ e as moléstias os abandonavam e os espíritos iníquos saíam.+ 13 Mas, certos dos judeus itinerantes, que praticavam a expulsão dos demônios,+ também empreenderam usar por nome o nome do Senhor Jesus+ para com os que tinham espíritos iníquos, dizendo: “Eu vos advirto+ solenemente por Jesus, a quem Paulo prega.” 14 Ora, havia sete filhos dum certo Ceva, principal sacerdote judaico, que faziam isso. 15 Mas, o espírito iníquo disse-lhes, em resposta: “Eu sei de Jesus+ e estou familiarizado com Paulo;+ mas quem sois vós?” 16 Com isso, o homem em quem estava o espírito iníquo pulou sobre eles,+ dominou um após outro* e prevaleceu contra eles, de modo que fugiram nus e feridos daquela casa. 17 Isto se tornou conhecido a todos, tanto aos judeus como aos gregos que moravam em Éfeso; e sobre todos eles caiu temor,+ e o nome do Senhor Jesus era magnificado.+ 18 E muitos dos que se tinham tornado crentes vinham e confessavam,+ e relatavam abertamente as suas práticas. 19 Deveras, um número considerável dos que haviam praticado artes mágicas+ trouxeram os seus livros e os queimaram diante de todos. E calcularam os preços deles e acharam que valiam cinqüenta mil moedas de prata. 20 A palavra de Jeová* crescia e prevalecia assim de modo poderoso.+

21 Ora, tendo sido completadas estas coisas, Paulo propôs-se no seu espírito que, depois de passar pela Macedônia+ e Acaia, viajaria para Jerusalém,+ dizendo: “Depois de chegar lá, terei de ver também Roma.”+ 22 Mandou assim à Macedônia dois daqueles que lhe ministravam, Timóteo+ e Erasto,+ mas ele mesmo se demorou algum tempo no [distrito da] Ásia.

23 Naquele mesmo tempo surgiu uma perturbação+ nada pequena a respeito do Caminho.*+ 24 Pois um certo homem, de nome Demétrio, prateiro, fabricando santuários* de prata para Ártemis,* fornecia não pouco lucro aos artífices;+ 25 e ele os ajuntou, bem como os que trabalhavam em tais coisas,+ e disse: “Homens, bem sabeis que a nossa prosperidade vem deste negócio.+ 26 Também, observais e ouvis como não somente em Éfeso,+ mas em quase todo o [distrito da] Ásia, este Paulo tem persuadido uma multidão considerável, voltando-os para outra opinião, dizendo que não são deuses os feitos por mãos.+ 27 Ainda mais, não somente existe o perigo de que esta ocupação nossa venha a cair em descrédito, mas também que o templo da grande deusa Ártemis+ venha a ser estimado em nada, e que até mesmo a sua magnificência, que todo o [distrito da] Ásia e a terra habitada adora, esteja prestes a ser reduzida a nada.” 28 Ouvindo isso e ficando cheios de ira, os homens começaram a clamar, dizendo: “Grande é a Ártemis dos efésios!”

29 A cidade ficou assim cheia de confusão, e arremeteram de comum acordo ao teatro, arrastando consigo Gaio e Aristarco,+ macedônios, companheiros de viagem de Paulo. 30 Paulo, da sua parte, estava disposto a entrar para ir ter com o povo, mas os discípulos não lhe permitiram [isso]. 31 Até mesmo alguns dos promotores de festividades e jogos,* que lhe tinham amizade, enviaram e começaram a implorar-lhe que não se arriscasse no teatro. 32 O fato é que alguns estavam clamando uma coisa e outros outra;+ pois a assembléia estava em confusão, e a maioria deles nem sabia a razão por que se tinham reunido. 33 Juntos trouxeram assim Alexandre para fora da multidão, empurrando-o os judeus na sua frente; e Alexandre, acenando com a mão, queria fazer a sua defesa perante o povo. 34 Mas, quando reconheceram que ele era judeu, levantou-se um só grito da parte de todos, gritando eles por cerca de duas horas: “Grande+ é a Ártemis dos efésios!”

35 Quando, por fim, o escrivão da cidade tinha feito calar+ a multidão, ele disse: “Homens de Éfeso, quem há realmente na humanidade que não saiba que a cidade dos efésios é a guardiã do templo da grande Ártemis e da imagem que caiu do céu?* 36 Portanto, visto que estas coisas são indisputáveis, convém que vos mantenhais calmos e que não atueis irrefletidamente.+ 37 Pois trouxestes esses homens, que não são nem salteadores de templos nem blasfemadores de nossa deusa. 38 Portanto, se Demétrio+ e os artífices com ele tiverem um caso contra alguém, há audiências+ e há procônsules;+ que levantem acusações uns contra os outros. 39 Se, porém, estais procurando algo mais do que isso, tem de ser* decidido numa assembléia regular. 40 Porque nós estamos realmente em perigo de ser acusados de sedição pela questão de hoje, não existindo nem uma única causa que nos permita apresentar uma razão para esta turba desordenada.” 41 E depois de dizer isso,+ dissolveu a assembléia.+

20 Então, tendo diminuído o alvoroço, Paulo mandou chamar os discípulos, e, tendo-os encorajado e despedindo-se deles,+ saiu a fim de viajar para a Macedônia.+ 2 Depois de percorrer aquelas regiões e encorajar com muitas palavras+ os que havia ali, foi à Grécia. 3 E, tendo passado ali três meses, visto que os judeus formavam uma conspiração+ contra ele quando estava para navegar para a Síria, resolveu voltar pela Macedônia. 4 Acompanhava-o Sópater,+ filho de Pirro, de Beréia, Aristarco+ e Segundo, dos tessalonicenses, e Gaio, de Derbe, e Timóteo,+ e, [do distrito] da Ásia, Tíquico+ e Trófimo.+ 5 Estes foram adiante e esperaram por nós em Trôade,+ 6 mas nós nos fizemos ao mar, de Filipos, depois dos dias dos pães não fermentados,+ e em cinco dias fomos ter com eles em Trôade;+ e passamos ali sete dias.

7 No primeiro dia+ da semana, quando estávamos ajuntados para uma refeição,* Paulo começou a dissertar para eles, visto que ia partir no dia seguinte; e ele prolongou as suas palavras até à meia-noite. 8 De modo que havia várias lâmpadas no quarto de andar superior+ onde estávamos ajuntados. 9 Certo jovem, de nome Êutico, sentado à janela, foi tomado de sono profundo enquanto Paulo falava, e, caindo durante o sono, despenhou-se do terceiro pavimento e foi apanhado morto. 10 Mas Paulo desceu, lançou-se sobre ele,+ e, abraçando-o, disse: “Parai de levantar um clamor, pois a sua alma* está nele.”+ 11 Ele subiu então e começou a refeição* e tomou alimento, e, tendo conversado por bastante tempo, até à madrugada, partiu por fim. 12 De modo que levaram o rapaz vivo e foram consolados além de medida.

13 Fomos então na frente até o barco e navegamos para Assos, onde pretendíamos tomar Paulo a bordo, porque, depois de ter dado instruções neste sentido, ele mesmo pretendia ir a pé. 14 Assim, quando nos alcançou em Assos, nós o tomamos a bordo e fomos a Mitilene; 15 e, navegando dali no dia seguinte, chegamos defronte de Quios, mas no dia seguinte tocamos em Samos, e no dia seguinte chegamos a Mileto. 16 Pois Paulo tinha decidido navegar ao largo de Éfeso,+ a fim de não gastar tempo no [distrito da] Ásia; porque ele se apressava em chegar a Jerusalém,+ se possível, no dia [da festividade] de Pentecostes.

17 No entanto, de Mileto ele enviou a Éfeso e chamou os anciãos*+ da congregação. 18 Quando foram ter com ele, disse-lhes: “Bem sabeis como, desde o primeiro dia em que pisei no [distrito da] Ásia,+ eu estive convosco todo o tempo,+ 19 trabalhando como escravo+ para o Senhor, com a maior humildade mental,+ e com lágrimas e provações, que me sobrevieram pelas conspirações+ dos judeus; 20 ao passo que não me refreei de vos falar coisa alguma que fosse proveitosa, nem de vos ensinar+ publicamente e de casa em casa.*+ 21 Mas, eu dei cabalmente testemunho,+ tanto a judeus como a gregos, do arrependimento+ para com Deus e da fé em nosso Senhor Jesus. 22 E agora, eis que, amarrado no espírito,+ viajo para Jerusalém, embora sem saber o que me acontecerá nela, 23 exceto que o espírito santo,+ de cidade em cidade, me dá repetidamente testemunho, dizendo que me aguardam laços e tribulações.+ 24 Não obstante, não levo a minha alma* em conta como estimada por mim,+ desde que eu possa terminar a minha carreira+ e o ministério+ que recebi+ do Senhor Jesus, para dar testemunho cabal das boas novas da benignidade imerecida de Deus.+

25 “E agora, eis que sei que todos vós, entre os quais eu estive pregando* o reino,* não vereis mais o meu rosto. 26 Por isso, eu vos chamo como testemunhas, no dia de hoje, de que estou limpo do sangue+ de todos os homens, 27 pois não me refreei de falar a todos vós todo o conselho+ de Deus. 28 Prestai atenção+ a vós mesmos+ e a todo o rebanho,+ entre o qual o espírito santo vos designou superintendentes*+ para pastorear a congregação de Deus,*+ que ele comprou com o sangue+ do seu próprio [Filho].* 29 Sei que depois de eu ter ido embora entrarão no meio de vós lobos opressivos+ e eles não tratarão o rebanho com ternura, 30 e dentre vós mesmos surgirão homens e falarão coisas deturpadas,+ para atrair a si os discípulos.+

31 “Portanto, mantende-vos despertos e lembrai-vos de que por três anos,+ noite e dia, não cessei de admoestar+ a cada um de vós, com lágrimas. 32 E agora eu vos encomendo a Deus*+ e à palavra de sua benignidade imerecida, [palavra] que vos pode edificar+ e [que vos pode] dar a herança entre todos os santificados.+ 33 De ninguém cobicei a prata, ou o ouro, ou a vestimenta.+ 34 Vós mesmos sabeis que estas mãos têm cuidado das minhas necessidades,+ bem como das daqueles que estavam comigo. 35 Eu vos exibi em todas as coisas que, por labutardes+ assim, tendes de auxiliar os que são fracos+ e tendes de ter em mente as palavras do Senhor Jesus, quando ele mesmo disse: ‘Há mais felicidade em dar+ do que há em receber.’”

36 E, dizendo estas coisas, ajoelhou-se+ com todos eles e orou. 37 Deveras, irrompeu muito choro entre eles todos, e lançaram-se ao pescoço+ de Paulo e o beijaram+ ternamente, 38 porque estavam especialmente condoídos por causa da palavra que ele falara, de que não mais iam ver o seu rosto.+ Passaram assim a acompanhá-lo+ até o barco.

21 Então, tendo-nos separado deles a muito custo e feito ao mar, tomamos um rumo direto e chegamos a Cós, mas no [dia] seguinte a Rodes, e dali a Pátara. 2 E, quando achamos um barco que ia cruzar para a Fenícia, embarcamos e zarpamos. 3 Tendo avistado a [ilha de] Chipre,+ deixamo-la atrás, pela esquerda, e navegamos para a Síria+ e tocamos em Tiro, pois o barco ia desembarcar [a sua] carga.+ 4 Procurando, achamos os discípulos e permanecemos ali sete dias. Mas eles, por intermédio do espírito,+ disseram repetidas vezes a Paulo que não pusesse pé em Jerusalém. 5 Assim, ao completarmos os dias, partimos e iniciamos a viagem; todos eles, porém, junto com as mulheres e os filhos, acompanharam-nos para fora da cidade. E, ajoelhados+ na praia, fizemos oração 6 e nos despedimos+ uns dos outros, e subimos ao barco, mas eles voltaram para os seus lares.

7 Completamos então a viagem desde Tiro e chegamos a Ptolemaida, e cumprimentamos os irmãos e ficamos um dia com eles. 8 No dia seguinte partimos e chegamos a Cesaréia,+ e entramos na casa de Filipe, o evangelizador,* que era um dos sete homens,+ e ficamos com ele. 9 Este homem tinha quatro filhas, virgens, que profetizavam.+ 10 Mas, ao permanecermos ali muitos dias, desceu da Judéia certo profeta de nome Ágabo,+ 11 e ele veio ter conosco e tomou o cinto de Paulo, amarrou os seus próprios pés e mãos, e disse: “Assim diz o espírito santo: ‘Ao homem a quem pertence este cinto, os judeus amarrarão+ desta maneira em Jerusalém e o entregarão+ às mãos de pessoas das nações.’” 12 Ora, quando ouvimos isso, tanto nós como os daquele lugar começamos a suplicar-lhe que não subisse+ a Jerusalém. 13 Paulo respondeu então: “Que estais fazendo, chorando+ e enfraquecendo o meu coração?+ Ficai certos de que estou pronto não só para ser amarrado, mas também para morrer+ em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus.” 14 Quando ele não se deixou dissuadir, assentimos com as palavras: “Realize-se a vontade+ de Jeová.”*

15 Então, depois daqueles dias, preparamo-nos para a viagem e começamos a subir a Jerusalém.+ 16 Alguns dos discípulos de Cesaréia,+ porém, foram também conosco, para nos levar ao homem em cujo lar íamos ser hospedados, certo Mnáson, de Chipre, antigo discípulo. 17 Ao chegarmos a Jerusalém,+ os irmãos nos receberam de bom grado.+ 18 Mas no [dia] seguinte, Paulo foi conosco ter com Tiago;+ e todos os anciãos estavam presentes.* 19 E ele cumprimentou-os e começou a dar em pormenores um relato+ das coisas que Deus fizera entre as nações por intermédio do ministério dele.+

20 Ouvindo isso, começaram a glorificar a Deus, e disseram-lhe: “Observas, irmão, quantos milhares* de crentes há entre os judeus; e todos eles são zelosos da Lei.+ 21 Mas eles ouviram rumores a respeito de ti, de que tens ensinado a todos os judeus entre as nações uma apostasia* contra Moisés,+ dizendo-lhes que não circuncidem+ os seus filhos nem andem nos costumes [solenes]. 22 O que se há de fazer, então, a respeito disso? Em qualquer caso, eles vão ouvir que chegaste. 23 Faze, portanto, o que te vamos dizer: Há conosco quatro homens que têm um voto sobre si. 24 Toma contigo estes homens+ e purifica-te cerimonialmente junto com eles, e toma conta das despesas deles,+ para que se lhes rape a cabeça.+ E todos saberão assim que não há nada nos rumores que se contavam acerca de ti, mas que estás andando ordeiramente, guardando também tu mesmo a Lei.+ 25 Quanto aos crentes dentre as nações, já avisamos,* dando a nossa decisão, de que se guardem do que é sacrificado a ídolos,+ bem como do sangue+ e do estrangulado,*+ e da fornicação.”+

26 Paulo tomou então consigo os homens, no dia seguinte, e purificou-se cerimonialmente junto com eles,+ e entrou no templo, notificando os dias a serem cumpridos+ para a purificação cerimonial, até se apresentar+ a oferta+ para cada um deles.

27 Ora, quando os sete+ dias estavam para se concluir, os judeus da Ásia, observando-o no templo, começaram a lançar toda a multidão em confusão,+ e deitaram mãos nele, 28 clamando: “Homens de Israel, acudi! Este é o homem que ensina a todos em toda a parte contra o povo,+ e a Lei, e este lugar, e, ainda mais, ele até mesmo trouxe gregos ao templo e aviltou este santo lugar.”+ 29 Porque previamente tinham visto Trófimo,+ o efésio, na cidade com ele, mas estavam imaginando que Paulo o havia trazido ao templo. 30 E toda a cidade ficou em alvoroço+ e houve uma afluência do povo; e agarraram Paulo e o arrastaram para fora do templo.+ E fecharam-se imediatamente as portas. 31 E enquanto buscavam matá-lo, o comandante* do destacamento recebeu informação de que toda a Jerusalém estava em confusão;+ 32 e ele tomou imediatamente soldados e oficiais do exército,* e desceu correndo até eles.+ Quando avistaram o comandante militar+ e os soldados, deixaram de espancar Paulo.

33 O comandante militar chegou-se então perto, agarrou-o e mandou que fosse amarrado com duas cadeias;+ e passou a indagar quem ele era e o que tinha feito. 34 Mas alguns da multidão começaram a gritar uma coisa e outros outra.+ Assim, não podendo por si mesmo saber nada de certo, por causa do tumulto, mandou que fosse levado ao quartel.+ 35 Mas, quando ele subia as escadas, a situação ficou tal, que estava sendo carregado pelos soldados, por causa da violência da multidão; 36 pois a multidão do povo seguia, clamando: “Fora com ele!”*+

37 E, quando estava para ser levado para dentro do quartel, Paulo disse ao comandante militar: “É-me permitido dizer-te algo?” Ele disse: “Sabes falar grego? 38 Não és tu realmente o egípcio que antes destes dias atiçou uma sedição+ e levou quatro mil faquistas* para o ermo?” 39 Paulo disse então: “Sou, de fato, judeu,+ de Tarso,+ na Cilícia, cidadão duma cidade nada obscura. Rogo-te, portanto, que me permitas falar ao povo.” 40 Tendo-lhe ele dado permissão, Paulo, de pé na escadaria, fez sinal+ com a mão para o povo. Quando se fez um grande silêncio, dirigiu-se a eles no idioma hebraico,+ dizendo:

22 “Homens, irmãos+ e pais, ouvi agora a minha defesa+ perante vós.” 2 (Pois bem, quando ouviram que se dirigia a eles no idioma hebraico,+ ficaram ainda mais calados, e ele disse:) 3 “Eu sou judeu,+ nascido em Tarso da Cilícia,+ mas educado nesta cidade, aos pés de Gamaliel,+ instruído segundo o rigor+ da Lei ancestral, zeloso+ por Deus, assim como todos vós sois neste dia. 4 E eu perseguia este Caminho até à morte,+ amarrando e entregando às prisões+ tanto homens como mulheres, 5 conforme tanto o sumo sacerdote como toda a assembléia dos anciãos*+ me podem dar testemunho. Fui também obter deles cartas+ para os irmãos em Damasco, e eu estava em caminho para trazer amarrados a Jerusalém também os que havia ali, para serem punidos.

6 “Mas, enquanto eu viajava e chegava perto de Damasco, por volta do meio-dia, reluziu repentinamente do céu uma grande luz toda em volta de mim,+ 7 e eu caí ao chão e ouvi uma voz dizer-me: ‘Saulo, Saulo, por que me persegues?’+ 8 Eu respondi: ‘Quem és, Senhor?’ E ele me disse: ‘Eu sou Jesus, o nazareno, a quem persegues.’+ 9 Ora, os homens que estavam comigo+ deveras observaram a luz, mas não ouviram* a voz daquele que falava comigo.+ 10 A isto eu disse: ‘Que devo* fazer,+ Senhor?’ O Senhor me disse: ‘Levanta-te, vai a Damasco, e ali te será dito tudo o que te foi designado fazer.’+ 11 Mas, visto que eu não podia ver nada, por causa da glória daquela luz, cheguei a Damasco levado pela mão daqueles que estavam comigo.+

12 “Então, certo Ananias, homem reverente segundo a Lei, de boa reputação+ entre todos os judeus que moravam ali, 13 veio a mim, e, parando ao meu lado, disse-me: ‘Saulo, irmão, tem novamente a tua visão!’*+ E naquela mesma hora olhei para ele. 14 Ele disse: ‘O Deus de nossos antepassados+ escolheu-te+ para que venhas a saber a sua vontade e a ver+ o Justo,+ e a ouvir a voz de sua boca,+ 15 porque tu hás de ser testemunha dele, perante todos os homens, das coisas que viste e ouviste.+ 16 E agora, por que demoras? Levanta-te, sê batizado+ e lava+ os teus pecados por invocares* o seu nome.’+

17 “Mas, tendo eu voltado a Jerusalém+ e estando a orar no templo, caí em transe*+ 18 e o vi dizer-me: ‘Apressa-te e sai ligeiro de Jerusalém, porque não concordarão+ com o teu testemunho a respeito de mim.’ 19 E eu disse: ‘Senhor, eles mesmos bem sabem que eu costumava encarcerar+ e chibatear, numa sinagoga após outra, os que criam em ti;+ 20 e quando se derramava o sangue de Estêvão,+ tua testemunha, eu mesmo também estava parado ali e aprovava+ [isso], e guardava as roupas exteriores dos que o eliminavam.’ 21 Contudo, ele me disse: ‘Vai, porque eu hei de enviar-te a nações longínquas.’”+

22 Ora, eles o escutaram até esta palavra, e elevaram as suas vozes, dizendo: “Tira tal [homem] da terra, pois não é apto para viver!”+ 23 E, visto que clamavam e lançavam em volta as suas roupas exteriores, e atiravam poeira ao ar,+ 24 o comandante militar* mandou que fosse trazido ao quartel e disse que devia ser examinado sob açoites, a fim de que soubesse plenamente por que causa eles estavam gritando+ dessa maneira contra ele. 25 Mas, quando o tinham esticado para a chicotada,* Paulo disse ao oficial do exército* parado ali: “É lícito que açoiteis um homem que é romano+ e que não está condenado?” 26 Pois bem, ouvindo isso o oficial do exército, foi ter com o comandante militar e fez um relatório, dizendo: “Que pretendes fazer? Ora, este homem é romano.” 27 De modo que o comandante militar se chegou e lhe disse: “Diz-me: És tu romano?”+ Ele disse: “Sim.” 28 O comandante militar respondeu: “Eu comprei estes direitos de cidadão* por grande soma [de dinheiro].” Paulo disse: “Mas eu até nasci+ [com eles].”*

29 Portanto, os homens que estavam prestes a examiná-lo com tortura retiraram-se dele imediatamente; e o comandante militar ficou com medo ao averiguar que ele era romano+ e que o havia amarrado.

30 Portanto, no dia seguinte, querendo saber ao certo exatamente por que ele estava sendo acusado pelos judeus, soltou-o e mandou que se reunissem os principais sacerdotes e todo o Sinédrio. E ele trouxe Paulo para baixo e o postou no meio deles.+

23 Olhando atentamente para o Sinédrio, Paulo disse: “Homens, irmãos, eu me comportei perante Deus com uma consciência perfeitamente limpa,+ até o dia de hoje.” 2 Em vista disso, o sumo sacerdote Ananias mandou que os que estavam em pé junto dele lhe batessem+ na boca. 3 Paulo disse-lhe então: “Deus te baterá, parede caiada.+ Assentas-te tu ao mesmo tempo para me julgar segundo a Lei,+ e, transgredindo a Lei,+ mandas que me batam?” 4 Os parados ali disseram: “Injurias tu o sumo sacerdote de Deus?” 5 E Paulo disse: “Irmãos, eu não sabia que era o sumo sacerdote. Pois está escrito: ‘Não deves falar injuriosamente dum governante do teu povo.’”+

6 Ora, quando Paulo notou que uma parte era dos saduceus,+ mas a outra dos fariseus, passou a clamar no Sinédrio: “Homens, irmãos, eu sou fariseu,+ filho de fariseus. É por causa da esperança da ressurreição+ dos mortos que estou sendo julgado.”+ 7 Por dizer isso, surgiu uma dissensão+ entre fariseus e saduceus, e a multidão ficou dividida. 8 Pois os saduceus+ dizem não haver nem ressurreição,+ nem anjo, nem espírito, mas os fariseus declaram publicamente todos estes.* 9 Irrompeu assim uma grande gritaria,+ e alguns dos escribas do partido dos fariseus se levantaram e começaram a contender ferozmente, dizendo: “Não achamos nada de errado neste homem;+ mas, se um espírito ou um anjo falou com ele+ —.” 10 Ora, tornando-se grande a dissensão, o comandante militar ficou com medo de que Paulo fosse dilacerado por eles e mandou a força de soldados+ descer e arrancá-lo do meio deles, para o levarem ao quartel.+

11 Mas, na noite seguinte, o Senhor estava em pé ao lado dele+ e disse: “Tem coragem!+ Pois assim como tens dado testemunho cabal+ em Jerusalém concernente às coisas a respeito de mim, terás de dar também testemunho em Roma.”+

12 Então, ficando dia, os judeus formaram uma conspiração+ e obrigaram-se com uma maldição,+ dizendo que nem comeriam nem beberiam até matarem Paulo.+ 13 Foram mais de quarenta homens que formaram esta conspiração juramentada; 14 e eles foram ter com os principais+ sacerdotes e os anciãos,* e disseram: “Obrigamo-nos solenemente com uma maldição, de não tomarmos nem um bocado de alimento até matarmos Paulo. 15 Assim, portanto, vós, junto com o Sinédrio, tornai claro ao comandante militar por que ele devia trazê-lo para baixo a vós, como se pretendêsseis resolver mais exatamente os assuntos que o envolvem.+ Mas, antes de ele chegar perto, estaremos prontos para eliminá-lo.”+

16 No entanto, o filho da irmã de Paulo soube que estavam de tocaia,+ e veio e entrou no quartel, e relatou isso a Paulo. 17 Paulo chamou, assim, um dos oficiais do exército e disse: “Conduze este jovem ao comandante militar, pois tem algo para lhe relatar.” 18 Portanto, este homem o tomou e conduziu ao comandante militar, e disse: “O prisioneiro Paulo chamou-me e solicitou-me que conduzisse este jovem a ti, visto que ele tem algo para dizer-te.” 19 O comandante militar tomou-o+ pela mão e se retirou, e começou a interrogá-lo em particular: “Que é que tens para relatar-me?” 20 Ele disse: “Os judeus concordaram em solicitar-te que tragas Paulo para baixo ao Sinédrio, amanhã, como se pretendessem inteirar-se de algo mais exato a respeito dele.+ 21 Acima de tudo, não os deixes persuadir-te, pois mais de quarenta homens deles estão de tocaia+ contra ele, e eles se obrigaram com uma maldição, de nem comerem nem beberem, até que o tenham eliminado;+ e eles estão agora prontos, aguardando a tua promessa.” 22 Portanto, o comandante militar deixou o jovem ir embora, depois de lhe ordenar: “Não dês com a língua nos dentes para com ninguém, de que me esclareceste estas coisas.”

23 E ele convocou certos dois dos oficiais do exército e disse: “Aprontai duzentos soldados para marcharem até Cesaréia, também setenta cavaleiros e duzentos lanceiros, para a terceira hora* da noite. 24 Também, provede animais de carga, para que façam Paulo cavalgar e o transportem a salvo até Félix, o governador.” 25 E ele escreveu uma carta, na seguinte forma:

26 “Cláudio Lísias, à Sua Excelência, o Governador Félix:+ Cumprimentos! 27 Os judeus apoderaram-se deste homem e ele estava prestes a ser eliminado por eles, mas eu vim repentinamente com uma força de soldados e o resgatei,+ porque fiquei sabendo que ele era romano.+ 28 E, querendo averiguar a causa pela qual o acusavam, levei-o para baixo ao Sinédrio+ deles.* 29 Verifiquei que estava sendo acusado por questões da Lei+ deles, mas não foi acusado de nem uma única coisa que merecesse a morte ou laços.+ 30 Mas, porque me foi exposta uma conspiração+ que se fazia contra o homem, envio-o imediatamente a ti e mando que os acusadores falem perante ti contra ele.”+

31 Portanto, estes soldados+ tomaram Paulo, segundo as suas ordens, e o trouxeram de noite a Antipátride. 32 No dia seguinte, permitiram que os cavaleiros prosseguissem com ele, e voltaram para o quartel. 33 Os [cavaleiros] entraram em Cesaréia+ e entregaram a carta ao governador e apresentaram-lhe também Paulo. 34 Ele a leu, assim, e indagou de que província ele era, e averiguou+ que era da Cilícia.+ 35 “Eu te darei uma audiência cabal”, disse ele, “ao chegarem também os teus acusadores”.+ E mandou que fosse mantido sob guarda, no palácio pretoriano de Herodes.

24 Cinco dias depois desceu o sumo sacerdote Ananias,+ com alguns dos anciãos e um orador público, certo Tértulo, e deram ao governador+ informação+ contra Paulo. 2 Ao ser chamado, Tértulo começou a acusá-lo, dizendo:

“Visto que por intermédio de ti gozamos de grande paz+ e que se realizam nesta nação reformas por intermédio de tua previdência, 3 Excelência,+ Félix, recebemos isso em todas as ocasiões e também em todos os lugares com grande gratidão. 4 Mas, a fim de não te obstar mais, imploro-te que nos ouças brevemente na tua indulgência. 5 Pois nós achamos que este homem é uma peste+ e atiça sedições+ entre todos os judeus, por toda a terra habitada, e que é ponta-de-lança* da seita* dos nazarenos,+ 6 um que tentou também profanar o templo+ e de quem nos apoderamos. 7* —— 8 Tu mesmo podes descobrir dele, por exame, todas estas coisas de que o acusamos.”

9 Com isso, os judeus juntaram-se ao ataque, asseverando que todas estas coisas eram assim. 10 E Paulo, quando o governador lhe acenou para falar, respondeu:

“Bem sabendo que esta nação te tem tido como juiz por muitos anos, falo prontamente em minha defesa+ as coisas a meu respeito, 11 visto que estás em condições de descobrir que, quanto a mim, não faz mais de doze dias desde que subi para adorar+ em Jerusalém; 12 e eles não me acharam no templo+ argumentando com alguém, nem causando que se formasse uma turba,+ tampouco nas sinagogas ou em toda a cidade. 13 Nem podem provar-te+ as coisas de que me estão agora acusando. 14 Mas, eu admito o seguinte a ti, que, segundo o caminho que eles chamam de ‘seita’, desta maneira eu presto serviço sagrado* ao Deus dos meus antepassados,+ crendo em todas as coisas expostas na Lei+ e escritas nos Profetas; 15 e eu tenho esperança+ para com Deus, esperança que estes mesmos [homens] também alimentam, de que há de haver uma ressurreição*+ tanto de justos+ como de injustos.+ 16 Neste respeito, deveras, exercito-me continuamente para ter a consciência+ de não ter cometido ofensa contra Deus e homens. 17 Assim, depois de certo número de anos, cheguei para trazer dádivas de misericórdia à minha nação, e ofertas.+ 18 Enquanto eu cuidava destes assuntos, acharam-me cerimonialmente limpo no templo,+ mas não com uma multidão ou com tumulto. Mas, havia certos judeus [do distrito] da Ásia, 19 que deviam estar presentes perante ti e acusar-me, se tiverem algo contra mim.+ 20 Ou, que os [homens] aqui digam de si mesmos o que acharam de errado, quando eu estava perante o Sinédrio, 21 exceto com respeito a esta única pronunciação que clamei enquanto estava diante deles: ‘É por causa da ressurreição dos mortos que hoje estou sendo julgado diante de vós!’”+

22 No entanto, sabendo Félix+ com bastante exatidão os assuntos referentes a este Caminho,+ começou a livrar-se dos [homens] com evasivas e disse: “Quando Lísias,+ o comandante militar,* descer, decidirei estes assuntos que vos envolvem.” 23 E ele ordenou ao oficial do exército* que o homem fosse guardado e que houvesse algum abrandamento [da detenção], e que não proibisse a nenhum do seu povo que o servisse.+

24 Alguns dias depois, Félix+ chegou com Drusila, sua esposa, que era judia,+ e mandou buscar Paulo e o escutou sobre a crença em Cristo Jesus.+ 25 Mas, quando ele falava sobre a justiça+ e o autodomínio,+ e o julgamento+ por vir, Félix ficou amedrontado e respondeu: “Por ora vai-te embora, mas, quando eu tiver um tempo oportuno, mandarei buscar-te novamente.” 26 Ao mesmo tempo, porém, esperava que Paulo lhe desse dinheiro.+ Por esta razão mandava buscá-lo com mais freqüência ainda e conversava com ele.+ 27 Mas, decorridos dois anos, Félix foi sucedido por Pórcio Festo; e, visto que Félix desejava ganhar o favor+ dos judeus, deixou Paulo preso.

25 Festo, portanto, depois de assumir+ o [governo da] província,* subiu três dias mais tarde de Cesaréia+ a Jerusalém; 2 e os principais sacerdotes e os homens de destaque dos judeus deram-lhe informação+ contra Paulo. De modo que começaram a suplicar-lhe, 3 pedindo para si mesmos como favor contra o [homem], que mandasse buscá-lo para vir a Jerusalém, visto que estavam armando uma emboscada,+ para o eliminarem ao longo da estrada. 4 No entanto, Festo respondeu que Paulo seria mantido em Cesaréia e que ele mesmo estava partindo para lá em breve. 5 “Portanto”, disse ele, “desçam comigo os que estão em poder entre vós e o acusem,+ se há algo de condenável nesse homem”.

6 Assim, não tendo passado mais de oito ou dez dias entre eles, desceu a Cesaréia, e no dia seguinte assentou-se na cadeira de juiz+ e mandou que se trouxesse Paulo. 7 Quando ele chegou, os judeus que tinham descido de Jerusalém ficaram de pé em volta dele, lançando contra ele muitas acusações sérias,+ para as quais não podiam mostrar evidência.

8 Mas Paulo disse em defesa: “Nem contra a Lei dos judeus, nem contra o templo,+ nem contra César* cometi qualquer pecado.”+ 9 Festo, desejoso de ganhar o favor+ dos judeus, disse a Paulo, em resposta: “Desejas subir a Jerusalém e ser julgado ali diante de mim a respeito dessas coisas?”+ 10 Mas Paulo disse: “Estou perante a cadeira de juiz de César,+ onde devo ser julgado. Não tenho feito nenhuma injustiça aos judeus,+ como tu mesmo estás descobrindo muito bem. 11 Se, por um lado, sou realmente delinqüente+ e tenho cometido algo que mereça a morte,+ não me escuso de morrer; se, por outro lado, não existe nenhuma dessas coisas de que estes [homens] me acusam, nenhum homem me pode entregar a eles como favor. Apelo para César!”+ 12 Então Festo, depois de falar com a assembléia dos conselheiros, replicou: “Para César apelaste, para César irás.”

13 Ora, havendo passado alguns dias, chegaram a Cesaréia Agripa,* o rei, e Berenice,* para uma visita de cortesia a Festo. 14 Assim, visto que passavam ali alguns dias, Festo apresentou ao rei os assuntos concernentes a Paulo, dizendo:

“Há um certo homem deixado prisioneiro por Félix, 15 e quando estive em Jerusalém, os principais sacerdotes e os anciãos* dos judeus trouxeram-me informação+ a respeito dele, pedindo um julgamento de condenação contra ele. 16 Mas eu lhes repliquei que não é procedimento romano entregar qualquer homem como favor, antes de o acusado enfrentar face a face os seus acusadores+ e obter a oportunidade de falar em sua defesa a respeito da queixa. 17 Portanto, quando se ajuntaram aqui, não demorei, mas no dia seguinte assentei-me na cadeira de juiz e mandei que trouxessem o homem para dentro. 18 Tomando o posto, os acusadores não forneceram nenhuma acusação+ das coisas iníquas que eu supusera a respeito dele. 19 Eles simplesmente tinham certas disputas com ele concernentes à sua própria adoração+ da deidade* e concernente a certo Jesus, que estava morto, mas que Paulo asseverava estar vivo.+ 20 Assim, estando perplexo quanto à disputa sobre estes assuntos, passei a perguntar se ele gostaria de ir a Jerusalém e ser julgado ali concernente a estes assuntos.+ 21 Mas, quando Paulo apelou+ para ser guardado para a decisão do Augusto,* mandei que fosse guardado até que eu o enviasse a César.”

22 Então, Agripa [disse] a Festo: “Eu mesmo também gostaria de ouvir o homem.”+ “Amanhã o ouvirás”, disse ele. 23 Portanto, no dia seguinte, Agripa e Berenice vieram com muita pompa+ e entraram na sala de audiências, junto com os comandantes militares* e também os homens eminentes da cidade, e, quando Festo deu a ordem, trouxeram Paulo. 24 E Festo disse: “Rei Agripa e todos os homens que estais presentes conosco, observais este homem a respeito de quem toda a multidão dos judeus junta se dirigiu a mim, tanto em Jerusalém como aqui, gritando que ele não mais devia viver.+ 25 Mas eu percebi que ele não tinha cometido nada que merecesse a morte.+ Assim, quando este [homem] mesmo apelou+ para o Augusto, decidi mandá-lo. 26 Mas não tenho nada de certo para escrever acerca dele a [meu] Senhor.* Portanto, eu o apresentei a vós, e especialmente a ti, Rei Agripa, a fim de que, depois de se fazer o exame judicial,+ eu obtenha algo para escrever. 27 Pois me parece desarrazoado enviar um prisioneiro e não indicar também as acusações contra ele.”

26 Agripa+ disse a Paulo: “Tens permissão de falar em teu favor.” Paulo estendeu então a mão+ e passou a dizer em sua defesa:+

2 “Concernente a todas as coisas de que sou acusado+ pelos judeus, Rei Agripa, considero-me feliz de que é diante de ti que hoje devo fazer a minha defesa, 3 especialmente visto que tu és perito em todos os costumes+ bem como nas controvérsias entre os judeus. Portanto, rogo-te que me ouças pacientemente.

4 “Deveras, quanto à minha maneira de viver+ desde a mocidade, desde [o] princípio, entre a minha nação e em Jerusalém, todos os judeus 5 que já me conheciam desde o início, se quiserem dar testemunho, sabem que vivi como fariseu,+ segundo a seita mais estrita+ da nossa forma de adoração.* 6 Contudo, agora estou sendo chamado a julgamento pela esperança+ da promessa+ que Deus fizera aos nossos antepassados, 7 ao passo que as nossas doze tribos estão esperando alcançar o cumprimento desta promessa por lhe prestarem intensamente serviço sagrado,* noite e dia.+ Concernente a esta esperança estou sendo acusado+ pelos judeus, ó rei.

8 “Por que se julga incrível entre vós que Deus levante os mortos?+ 9 Eu, da minha parte, realmente pensei no meu íntimo que devia cometer muitos atos de oposição contra o nome de Jesus, o nazareno, 10 o que, de fato, fiz em Jerusalém, e a muitos dos santos encerrei em prisões,+ visto que eu tinha recebido autoridade dos principais sacerdotes;+ e quando eles estavam para ser executados, eu lançava o meu voto* contra eles. 11 E, punindo-os muitas vezes, em todas as sinagogas,+ tentei obrigá-los a fazer uma retratação; e, visto que eu estava extremamente enfurecido contra eles, fui ao ponto de persegui-los até mesmo nas cidades de fora.

12 “No meio destes esforços viajava eu para Damasco,+ com autoridade e comissão da parte dos principais sacerdotes, quando 13 vi ao meio-dia, na estrada, ó rei, uma luz, além do brilho do sol, reluzir do céu em volta de mim e em volta dos que viajavam comigo.+ 14 E caindo todos nós ao chão, ouvi uma voz dizer-me no idioma hebraico: ‘Saulo, Saulo, por que me persegues? Duro te é persistir em dar pontapés contra as aguilhadas.’+ 15 Mas eu disse: ‘Quem és, Senhor?’ E o Senhor disse: ‘Eu sou Jesus, a quem tu persegues.+ 16 Não obstante, levanta-te e fica de pé.+ Pois, para este fim me tornei visível a ti, a fim de te escolher como assistente e testemunha,+ tanto das coisas que viste como das coisas que eu te farei ver com respeito a mim; 17 ao passo que eu te livro [deste] povo e das nações às quais te envio,+ 18 para abrires os seus olhos,+ para os desviares da escuridão+ para a luz+ e da autoridade de Satanás+ para Deus, a fim de que recebam perdão de pecados+ e uma herança+ entre os santificados+ pela [sua] fé em mim.’

19 “Portanto, Rei Agripa, não me tornei desobediente à visão celestial,+ 20 mas, tanto aos em Damasco,+ primeiro, como aos em Jerusalém,+ e por todo o país da Judéia, e às nações,+ fui levar a mensagem de que se arrependessem e se voltassem para Deus por fazerem obras próprias de arrependimento.*+ 21 Por esta razão se apoderaram de mim os judeus no templo e tentaram matar-me.+ 22 No entanto, visto que obtive a ajuda+ que vem de Deus, continuo até o dia de hoje a dar testemunho tanto a pequenos como a grandes, mas, sem dizer nada exceto as coisas que os Profetas,+ bem como Moisés,+ declararam que iam ocorrer, 23 que o Cristo havia de sofrer,+ e que, como primeiro a ser ressuscitado*+ dentre os mortos, ele ia publicar luz+ tanto a este povo como às nações.”+

24 Ora, ao dizer estas coisas em sua defesa, Festo disse em voz alta: “Estás ficando louco,+ Paulo! A grande erudição está-te levando à loucura!” 25 Mas Paulo disse: “Não estou ficando louco, Excelência, Festo, mas estou proferindo declarações de verdade e de bom juízo. 26 Na realidade, o rei a quem estou falando com franqueza bem sabe estas coisas; pois estou persuadido de que nem uma única destas coisas lhe passou despercebida, porque esta coisa não se fez a um canto.+ 27 Crês tu nos Profetas, Rei Agripa? Sei que crês.”+ 28 Mas Agripa disse a Paulo: “Em pouco tempo me persuadirias a tornar-me cristão.”* 29 A isso Paulo disse: “Quisera eu, perante Deus, quer em pouco tempo quer com muito tempo, que não somente tu, mas também todos os que hoje me ouvem se tornassem homens tais como também eu sou, com a exceção destes laços.”

30 E o rei se levantou, e o mesmo fizeram o governador e Berenice, e os homens sentados com eles. 31 Mas, ao se retirarem, começaram a falar entre si, dizendo: “Este homem não pratica nada que mereça a morte+ ou laços.” 32 Além disso, Agripa disse a Festo: “Este homem podia ter sido livrado, se não tivesse apelado+ para César.”*

27 Ora, visto que se decidiu que navegássemos para a Itália,+ passaram a entregar tanto Paulo como certos outros prisioneiros a um oficial do exército,* de nome Júlio, do destacamento de Augusto. 2 Subindo a bordo dum barco de Adramítio, que estava prestes a navegar para lugares ao longo da costa [do distrito] da Ásia, fizemo-nos à vela, estando conosco Aristarco,+ um macedônio de Tessalônica. 3 E no dia seguinte tocamos em Sídon, e Júlio tratou Paulo com humanitarismo*+ e lhe permitiu que visitasse seus amigos e usufruísse o cuidado [deles].+

4 E fazendo-nos ao mar, navegamos dali sob o [abrigo de] Chipre, porque os ventos eram contrários; 5 e navegamos através do mar aberto ao longo de Cilícia e Panfília, e aportamos em Mirra, na Lícia. 6 Ali, porém, o oficial do exército achou um barco* de Alexandria,+ que ia navegar para a Itália, e ele nos fez embarcar nele. 7 Então, depois de navegarmos vagarosamente por muitos dias e chegarmos com dificuldade a Cnido, visto que o vento não nos deixava prosseguir, navegamos sob o [abrigo de] Creta, na altura de Salmone, 8 e, costeando com dificuldade, chegamos a certo lugar chamado Bons Portos, perto do qual estava a cidade de Laséia.

9 Visto que já passara um tempo considerável e já era então perigoso navegar, porque até mesmo o jejum [do dia da expiação]*+ já passara, Paulo fez uma recomendação, 10 dizendo-lhes: “Homens, percebo que a navegação vai ser com dano e com grande perda, não só da carga e do barco, mas também de nossas almas.”*+ 11 No entanto, o oficial do exército dava mais ouvidos ao piloto e ao dono do navio do que às coisas ditas por Paulo. 12 Então, visto que o porto era inconveniente para invernar, a maioria aconselhou que se fizessem dali à vela, para ver se de algum modo podiam chegar a Fênix, um porto de Creta, que dá para o nordeste e para o sudeste,* para invernar.

13 Além disso, sendo que o vento sulino soprava brandamente, pensavam que seu objetivo já estava praticamente alcançado, e levantaram âncora e costeavam o litoral de Creta. 14 Não muito tempo depois, porém, abateu-se sobre ela um vento tempestuoso,+ chamado Euro-aquilão.* 15 Visto que o barco foi apanhado com violência e não podia manter a proa contra o vento, cedemos e fomos impelidos. 16 Passamos então sob [o abrigo de] certa ilha pequena chamada Cauda, contudo, quase não pudemos apossar-nos do bote+ [na popa]. 17 Mas, depois de o içarem para bordo, começaram a usar de recursos para cingir o barco; e, temendo encalhar em Sirte,* arriaram os aparelhos e eram assim impelidos. 18 Contudo, visto que estávamos sendo violentamente sacudidos pela tempestade, começaram no [dia] seguinte a aliviar+ o navio; 19 e no terceiro [dia] alijaram com as suas próprias mãos a armação do barco.

20 Não havendo então aparecido nem o sol nem estrelas por muitos dias, e não sendo pequena a tempestade+ que se abatia sobre nós, começou finalmente a dissipar-se toda a esperança de sermos salvos. 21 E, tendo havido uma longa abstinência de comida, Paulo levantou-se então no meio deles+ e disse: “Homens, certamente devíeis ter aceito o meu conselho e não vos ter feito ao mar, de Creta, sofrendo tal dano e perda.+ 22 Ainda assim, recomendo-vos que tenhais bom ânimo, pois nem uma única alma* se perderá, mas apenas o barco. 23 Porque esta noite se pôs ao meu lado um anjo+ do Deus a quem pertenço e a quem presto serviço sagrado,*+ 24 dizendo: ‘Não temas, Paulo. Tens de comparecer perante César,+ e, eis que Deus te doou todos os que navegam contigo.’ 25 Portanto, homens, tende bom ânimo; pois eu acredito em Deus,+ que será exatamente assim como me foi dito. 26 No entanto, temos de ser lançados numa certa ilha.”+

27 Ora, quando veio a décima quarta noite e nós estávamos sendo jogados de um lado para outro no [mar de] Ádria,* à meia-noite, os marujos começaram a suspeitar que estávamos chegando perto de alguma terra. 28 E sondando a profundidade, acharam-na de vinte braças;* passaram assim uma curta distância e fizeram de novo sondagem, e acharam-na de quinze braças. 29 E por temerem que fôssemos lançados em alguma parte contra os rochedos, lançaram quatro âncoras da popa e começaram a querer que ficasse dia. 30 Mas, quando os marujos procuravam escapar do barco e arriaram o bote ao mar, sob o pretexto de quererem deitar âncoras da proa, 31 Paulo disse ao oficial do exército e aos soldados: “A menos que estes homens permaneçam no barco, não podeis ser salvos.”+ 32 Os soldados cortaram então as cordas do bote+ e o deixaram cair.

33 Então, quando estava para amanhecer, Paulo começou a encorajar a todos juntos para que tomassem algum alimento, dizendo: “Hoje é o décimo quarto dia que tendes estado de vigília e continuais sem alimento, não tendo tomado nada para vós mesmos. 34 Portanto, encorajo-vos a tomardes algum alimento, pois isso é no interesse da vossa segurança; porque nem um único cabelo+ da vossa cabeça perecerá.” 35 Depois de dizer isso, tomou também um pão, deu graças+ a Deus perante todos eles e partiu-o, e principiou a comer. 36 Todos ficaram assim animados e começaram também a tomar alimento. 37 Ora, ao todo éramos no barco duzentas e setenta e seis* almas.* 38 Quando se saciaram do alimento, passaram a aliviar+ o barco, lançando o trigo ao mar.

39 Finalmente, quando ficou dia, não puderam reconhecer a terra, mas observavam certa baía com uma praia, e estavam resolvidos, se pudessem, a arremessar+ o navio ali. 40 Cortando assim as âncoras, deixaram-nas cair no mar; soltando ao mesmo tempo as amarras dos remos do leme, e, içando o traquete ao vento, dirigiram-se para a praia. 41 Quando deram num banco de areia banhado em ambos os lados pelo mar, encalharam o navio, e a proa se encravou e ficou imóvel, mas a popa começou a ser violentamente despedaçada.+ 42 Em vista disso, os soldados tomaram a resolução de matar os prisioneiros, para que ninguém escapasse nadando. 43 Mas o oficial do exército desejava manter Paulo a salvo e os conteve no propósito deles. E ele mandou que os que soubessem nadar se lançassem ao mar primeiro e chegassem à terra, 44 e que o resto o fizesse, alguns em tábuas e outros em certos objetos do barco. E assim aconteceu que todos atingiram terra a salvo.+

28 Uma vez a salvo, soubemos que a ilha se chamava Malta.*+ 2 E o povo de língua estrangeira* teve conosco extraordinário humanitarismo,*+ pois acenderam um fogo e acolheram-nos a todos prestimosamente, por causa da chuva que caía e por causa do frio.+ 3 Mas, quando Paulo reuniu certo feixe de gravetos e o deitou no fogo, saiu uma víbora, por causa do calor, e se prendeu à mão dele. 4 Quando o povo de língua estrangeira avistou a bicha venenosa pendendo da mão dele, começaram a dizer uns aos outros: “Certamente este homem é assassino, e, embora se salvasse do mar, a justiça vingativa não permitiu que permanecesse vivo.” 5 No entanto, ele sacudiu a bicha venenosa para dentro do fogo e não sofreu dano.+ 6 Mas eles esperavam que fosse inchar com uma inflamação ou cair repentinamente morto. Depois de terem esperado por muito tempo e terem observado que nada nocivo lhe acontecia, mudaram de idéia e começaram a dizer que ele era [um] deus.+

7 Ora, na vizinhança daquele lugar havia terras pertencentes ao homem de destaque da ilha, de nome Públio; e ele nos acolheu hospitaleiramente e nos hospedou bondosamente por três dias. 8 Mas, aconteceu que o pai de Públio estava de cama, afligido por febre e disenteria, e Paulo entrou até ele e orou, deitou as suas mãos+ sobre ele e o sarou.+ 9 Ocorrendo isso, os demais do povo da ilha, com doenças, começaram também a vir e a ser curados.+ 10 E honraram-nos também com muitas dádivas, e, quando nos fizemos à vela, carregaram-nos de coisas para as nossas necessidades.

11 Três meses depois fizemo-nos à vela num barco de Alexandria,+ que invernara na ilha, e que tinha por figura de proa “Filhos de Zeus”.* 12 E, aportando em Siracusa, permanecemos [ali] três dias, 13 donde, costeando, chegamos a Régio. E um dia depois se levantou um vento sulino e alcançamos Putéoli,* no segundo dia. 14 Ali achamos irmãos, e suplicaram-nos que ficássemos com eles sete dias; e assim nos aproximamos de Roma. 15 E os irmãos de lá, quando ouviram a notícia a nosso respeito, vieram ao nosso encontro até a Feira de Ápio* e as Três Tavernas,* e, avistando-os, Paulo agradeceu a Deus e tomou coragem.+ 16 Quando por fim entramos em Roma, permitiu-se+ a Paulo que ficasse sozinho com um soldado para guardá-lo.

17 No entanto, três dias depois, convocou todos os homens de destaque dos judeus. Quando se tinham reunido, passou a dizer-lhes: “Homens, irmãos, embora eu não tivesse feito nada contrário ao povo ou aos costumes de nossos antepassados,+ fui entregue como prisioneiro, de Jerusalém, às mãos dos romanos.+ 18 E estes, depois de feito um exame,+ desejavam livrar-me,+ visto que não havia em mim nenhuma causa para a morte.+ 19 Mas, quando os judeus persistiam em falar contra isso, fiquei compelido a apelar+ para César,* mas não como se tivesse algo para acusar a minha nação. 20 Realmente, por esta razão supliquei para vos ver e falar, pois tenho estas cadeias em volta de mim+ por causa da esperança+ de Israel.” 21 Disseram-lhe: “Nós tampouco temos recebido cartas da Judéia a respeito de ti, nem tem qualquer dos irmãos que chegaram relatado ou falado algo iníquo a teu respeito. 22 Mas, achamos correto ouvir de ti quais os teus pensamentos, porque, deveras, quanto a esta seita,+ é sabido por nós que em toda a parte se fala contra ela.”+

23 Combinaram assim um dia com ele e vieram em maior número ter com ele na sua pousada. E ele lhes explicou o assunto por dar cabalmente testemunho a respeito do reino de Deus+ e por usar de persuasão para com eles concernente a Jesus, tanto pela lei de Moisés+ como pelos Profetas,+ de manhã até à noite. 24 E alguns começaram a acreditar+ nas coisas ditas; outros não queriam acreditar.+ 25 Assim, visto haver desacordo entre eles, começaram a retirar-se, fazendo Paulo este único comentário:

“O espírito santo falou aptamente por intermédio de Isaías, o profeta, a vossos antepassados, 26 dizendo: ‘Vai a este povo e dize: “Ouvindo ouvireis, mas de modo algum entendereis; e, olhando olhareis, mas de modo algum vereis.+ 27 Pois o coração deste povo tem ficado embotado* e com os seus ouvidos têm ouvido sem reação, e eles têm fechado os olhos; para que nunca vissem com os olhos, nem ouvissem com os ouvidos, nem entendessem com o coração e se voltassem, e eu os sarasse.”’+ 28 Seja, portanto, sabido por vós que este, o meio pelo qual Deus salva,* tem sido enviado às nações;+ elas certamente o escutarão.”+ 29* ——

30 Permaneceu assim por dois anos inteiros na sua própria casa alugada+ e recebia benevolamente a todos os que vinham vê-lo, 31 pregando-lhes* o reino de Deus e ensinando com a maior franqueza no falar+ as coisas concernentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento.

Ou “Amo”.

Ou “dos tempos designados”. Gr.: kai·roús.

Lit.: “autoridade”. Gr.: e·xou·sí·ai.

“Testemunhas.” Gr.: már·ty·res; lat.: té·stes.

“Parte mais distante.” Ou “extremidade”. Gr.: e·skhá·tou; J17,18,22(hebr.): qetséh. Veja Jer 25:31, 33 n. Compare isso com Mt 12:42 n.

Ou “brilhantes”.

“Céu”. Gr.: ou·ra·nón; lat.: caé·lum; J17(hebr.): hash·sha·má·yemah, “em direção ao céu”.

Segundo fontes rabínicas, baseadas em Jos 3:4, esta era de cerca de 2.000 côvados (890 m).

“O zeloso.” Veja Lu 6:15 n.

Ou “ao número”.

Ou “e, inchando”.

“Cargo de superintendência.” Gr.: e·pi·sko·pén; J17,18(hebr.): u·fequd·da·thóh, “e . . . seu cargo de superintendência”. Veja 2Rs 11:18 n.

Ou “se desincumbia de suas atividades”.

Veja Ap. 1D.

Ou “conversos”.

Isto é, por volta das 9 horas da manhã, contada desde o nascer do sol.

Ou “força ativa”. Gr.: pneú·ma·tos; lat.: Spí·ri·tu; J17,18,22(hebr.): ru·hhí, “meu espírito”. Veja Gên 1:2 n.: “ativa”.

Ou “sobre toda a carne”. Gr.: e·pí pá·san sár·ka; lat.: cár·nem; J17,18,22(hebr.): ba·sár.

“Anciãos.” Gr.: pre·sbý·te·roi.

Veja Ap. 1D.

Veja Ap. 1D.

Veja Ap. 1D.

“Hades”, אAB; J7,8,11-18,22: “Seol”. Veja Ap. 4B.

“Deus”, אAB; J7,8,10: “Jeová”.

Ou “um de sua prole”.

Ou “pela”.

Veja Ap. 1D.

Ou “fixastes numa estaca (poste)”. Veja Ap. 5C.

Veja Ap. 1D.

Ou “associar-se”.

Lit.: “a partir pão”.

Ou “de casa em casa”. Gr.: kat’ oí·kon. Veja5:42 n.: “casa”.

Veja Ap. 1D.

Isto é, por volta das 15 horas, contada desde o nascer do sol.

Ou “tempos designados”. Gr.: kai·roí.

Lit.: “da face”.

Veja Ap. 1D.

Ou “receber”.

“Jeová”, J7,8,10-18,20,22-24,28 e LXXP. Fºuad Inv. 266 em De 18:15; gr.: Ký·ri·os. Veja Ap. 1D.

Ou “cada alma”.

Ou “prole”.

Lit.: “enquanto eles”.

“Anciãos.” Gr.: tous pre·sby·té·rous.

Ou “foi salvo”.

Ou “fixastes numa estaca (poste)”. Veja Ap. 5C.

Ou “neste nome”.

“Soberano Senhor.” Gr.: Dé·spo·ta; lat.: Dó·mi·ne; J17,18(hebr.): ’Adho·naí. Veja Ap. 1E.

Veja Ap. 1D.

Ou “seu Cristo”.

Ou “fizeste Cristo”. Gr.: é·khri·sas.

Veja Ap. 1D.

Lit.: “te encheu o coração”. Veja Est 7:5; Ec 8:11.

Veja Ap. 1D.

Lit.: “eclésia”. Gr.: ek·kle·sí·an; lat.: ec·clé·si·a; J17,18(hebr.): haq·qa·hál, “a congregação”.

Veja Ap. 1D.

Ou “e todo o Senado”.

Ou “árvore”. Gr.: xý·lou; J22(hebr.): ‛ets. Veja 2:36 n.

Lit.: “segundo [a] casa”. Gr.: kat’ oí·kon. Aqui, ka·tá é usado com o acusativo sing. no sentido distributivo. R. C. H. Lenski, na sua obra The Interpretation of The Acts of the Apostles, Minneapolis, EUA (1961), fez o seguinte comentário sobre At 5:42: “Os apóstolos nem por um instante pararam a sua bendita obra. ‘Cada dia’ eles continuavam, e isto abertamente, ‘no Templo’, onde o Sinédrio e a polícia do Templo podiam vê-los e ouvi-los, e, naturalmente, também κατ’ οἵκον, que é distributivo, ‘de casa em casa’, e não meramente adverbial, ‘em casa’.”

Ou “declarar o evangelho”. Gr.: eu·ag·ge·li·zó·me·noi; lat.: e·van·ge·li·zán·tes, “evangelizar”.

Lit.: “dos helenistas”. Gr.: ton Hel·le·ni·stón; lat.: Grae·có·rum.

Lit.: “os hebreus”. Gr.: tous E·braí·ous; lat.: He·braé·os.

Ou “na ministração”. Gr.: en tei di·a·ko·ní·ai; lat.: in mi·ni·sté·ri·o.

Ou “para ministrar”. Gr.: di·a·ko·neín; lat.: mi·ni·strá·re.

Lit.: “Libertos; Alforriados.” Arm: “Líbios”.

“Anciãos.” Gr.: pre·sby·té·rous.

Lit.: “Ele”, referindo-se ao “Deus da glória”, no v. 2.

Ou “prole; posteridade”.

“Prestarão serviço sagrado.” Gr.: la·treú·sou·sin; J17,18,22(hebr.): weya·‛av·dhú·ni, “e me servirão (adorarão)”. Veja Êx 3:12 n.

Veja Gên 46:20, 27 n.

“Ao Egito.” B omite isso.

“Siquém”, SyhJ17,18,22; אAB: “Sychem”.

Lit.: “Hemor”.

“Raça.” Gr.: gé·nos; diferente de ge·ne·á, “geração”, como em Mt 24:34.

Ou “extremamente belo”. Lit.: “belo para o Deus”. Gr.: a·steí·os toi The·oí. Veja Jon 3:3 n.: “grande”.

“Um anjo”, P74אABCVg; DSyp: “um anjo de [o] Senhor”; J7,8,10-17,28: “o anjo de Jeová”.

Veja Ap. 1D.

Veja Ap. 1D.

Ou “e . . . resgatador (redentor)”. Gr.: kai ly·tro·tén; lat.: et re·dem·ptó·rem; J17(hebr.): wegho·’él.

“Deus”, אABVg; CSyp: “O Senhor Deus”; J7,8,10-17: “Jeová, vosso Deus”; J28: “Jeová Deus.”

Gr.: Ba·by·ló·nos; J17,18,22(hebr.): me·há·le’ah leVa·vél, “além de Babel”.

Ou “o tabernáculo do testemunho”.

Ou “tipo”. Gr.: tý·pon.

“Jeosué”, J17,18,22; אAB: “Jesus”.

Ou “achar”.

Ou “coisas; lugares”.

Veja Ap. 1D.

Ou “teimosos”.

Lit.: “a Lei como transmissões de anjos”. J17: “a Lei das mãos de comissões de anjos”; lat.: lé·gem in dis·po·si·ti·ó·nem an·ge·ló·rum, “a Lei pela disposição de anjos”. Em 2Cr 23:18, a Vg usa iúx·ta dis·po·si·ti·ó·nem na versão de “pelas mãos de”.

Ou “rilhar; cerrar”.

Ou “invocação; oração”.

Veja Ap. 1D.

“Jeová”, J18,22,23; gr.: tou Ky·rí·ou; VgSyp: “Deus”. Veja Ap. 1D.

“Estás num”, D°Vg.

“Jeová”, J7,8,10,13,15-18,22,23; אAB(gr.): ton Ký·ri·on; DVgmss.Syh,p: “Deus”. Veja Ap. 1D.

“De Jeová”, J7,8,10,17,18; אBCD(gr.): tou Ky·rí·ou; P74ASyp: “de Deus”. Veja Ap. 1D.

Veja Ap. 1D.

Ou “seu modo de vida”.

P45,74אABCVgSyp omitem o v. 37; ItVgcArm: “Filipe disse-lhe: ‘Se crês de todo o coração, é permissível.’ Em resposta ele disse: ‘Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.’”

Veja Ap. 1D.

“Asdode”, J17,18,22; אAB: “Azoto”.

“Ao Caminho.” Gr.: tes ho·doú.

“Numa visão”, BCSyh,pArm; P74אAVg omitem isso.

Ou “levando a sua vida cotidiana”.

Lit.: “os helenistas”. J17: “os judeus gregos”.

Veja Ap. 1D.

“Sarona”, J17,18,22; אAB: “Sarom”.

“Dorcas” (gr.), correspondente a “Tabita” (aram.); ambos os nomes significam “Gazela”.

Ou “não demores”.

Veja v. 36 n.

Ou “centurião”, comandante de 100 soldados.

Isto é, por volta das 15 horas, contada desde o nascer do sol.

Isto é, por volta do meio-dia, contado desde o nascer do sol.

Ou “sacrifica”.

“Três”, P74אACVgSyp; B: “dois”.

“Recebeu instruções divinas”, אAB; J18: “recebeu ordem de Jeová”.

Veja v. 3 n.

“Jeová”, J17,18,23; P45אABC(gr.): tou Ky·rí·ou; P74DSyp: “Deus”. Veja Ap. 1D.

Ou “árvore”. Veja Ap. 5C.

“Povo que falava grego.” Lit.: “helenistas”. AD°: “gregos”.

Veja Ap. 1D.

Ou “denominados”.

“Cristãos.” Gr.: Khri·sti·a·noús; lat.: Chri·sti·á·ni; J17,18,22(hebr.): Meshi·hhi·yím, “messianistas”.

“Anciãos.” Gr.: pre·sby·té·rous.

Isto é, Herodes Agripa I.

Veja Ap. 1D.

Veja Ap. 1D.

Veja Ap. 1D.

Ou “começaram a apresentar-se”. Lit.: “estavam ao lado”.

Veja Ap. 1D.

“De Jeová”, J7,8,10,23; B(gr.): tou Ky·rí·ou; P74אADSyp: “de Deus”. Veja Ap. 1D.

Lit.: “o tetrarca”, o príncipe territorial agindo pelo imperador.

Veja Ap. 1D.

Governador provincial agindo pelo Senado romano.

Possivelmente significando “Pouco; Pequeno”. Gr.: Paú·los.

Veja Ap. 1D.

Veja Ap. 1D.

Veja Ap. 1D.

“Durante cerca de quatrocentos e cinqüenta anos. E, depois destas coisas”, P74אABCVg.

Ou: “O que supondes que eu sou, eu não sou.”

Ou “árvore”. Veja Ap. 5C.

“A nós, seus”, Syp; P74אABC°DVg: “a nossos”.

“Que adoravam (temiam) a Deus”, SyP; J18: “que temiam a Jeová”.

“De Jeová”, J17,22; P74אABc(gr.): tou Ky·rí·ou; B°CSyh,p: “de Deus”. Veja Ap. 1D.

Veja Ap. 1D.

“Extremidade.” Ou “parte mais distante”. Gr.: e·skhá·tou. Veja 1:8 n.: “distante”.

“De Jeová”, J7,8,10,13,15-17,22,23; P45,74אAC(gr.): tou Ky·rí·ou; BD: “de Deus”. Veja Ap. 1D.

Veja Ap. 1D.

“Que adoravam (temiam) a Deus”, Syp; J7,8,10,18: “que temiam a Jeová”.

Veja Ap. 1D.

Ou “para ser salvo”.

Ou “Júpiter”. Gr.: Dí·a; lat.: Ió·vem.

Ou “Mercúrio”. Gr.: Her·mén; lat.: Mer·cú·ri·um.

Lit.: “(que) estava diante da cidade”.

Lit.: “tendo designado [por mão estendida]”.

Veja Ap. 1D.

“Palavra”, BD; אACVgSyp: “palavra do Senhor”; P74: “palavra de Deus”; J17,28: “palavra de Jeová”.

“Anciãos.” Gr.: pre·sby·té·rous; J17,18,22(hebr.): wehaz·zeqe·ním, “e os anciãos”. Veja Núm 11:25 n.: “anciãos”.

Lit.: “reviravolta”. Gr.: e·pi·stro·fén; lat.: con·ver·si·ó·nem.

Uma forma hebr. do nome Simão (Pedro). Veja Mt 10:2 n.

Ou “a tenda”.

Veja Ap. 1D.

Ou “sobre quem tem sido invocado meu nome”.

Veja Ap. 1D.

Ou “que tem tornado essas coisas (18) conhecidas desde a antiguidade”.

“Que se abstenham.” Gr.: a·pé·khe·sthai; lat.: ab·stí·ne·ant.

“Fornicação.” Gr.: por·neí·as; lat.: for·ni·ca·ti·ó·ne. Veja Ap. 5A.

Ou “do que é morto sem ser sangrado”.

“Sangue.” Gr.: haí·ma·tos; lat.: sán·gui·ne; J17,18,22(hebr.): u·min-had·dám, “e do sangue”.

Lit.: “das gerações originais”.

Veja v. 2 n.

Lit.: “unanimemente”. Gr.: ho·mo·thy·ma·dón; lat.: in ú·num, “em união (unidade)”.

Ou “vidas”. Gr.: psy·khás; lat.: á·ni·mas; J17,18,22(hebr.): naf·shám, “suas almas”.

Veja v. 20 n.: “estrangulado”.

Veja Ap. 5A.

Ou: “Passai bem!” J22(hebr.): sha·lóhm la·khém, “A paz esteja convosco!”

P74אAB omitem o v. 34; CDVgc acrescentam, com variações: “Mas pareceu bem a Silas permanecer ainda ali; todavia, Judas partiu sozinho para Jerusalém.”

“De Jeová”, J17,18,22,23; gr.: tou Ky·rí·ou; SyP: “de Deus”. Veja Ap. 1D.

“De Jeová”, J7,8,10,17,18,22,23; gr.: tou Ky·rí·ou; Syp: “de Deus”. Veja Ap. 1D.

“De Jeová”, J17,18,22; gr.: tou Ky·rí·ou; Vgc,sSyp: “de Deus”. Veja Ap. 1D.

“Anciãos.” Veja 15:2 n.

Ou “e”.

“Declarar . . . as boas novas.” Gr.: eu·ag·ge·lí·sa·sthai; lat.: e·van·ge·li·zá·re.

Veja Ap. 1D.

“A Jeová”, J7,8,10; אAB(gr.): toi Ky·rí·oi; D: “a Deus”. Veja Ap. 1D.

Lit.: “com um espírito de píton”, termo associado com o oráculo de Delfos. Gr.: é·khou·san pneú·ma pý·tho·na.

Ou “foro”. Gr.: a·go·rán; lat.: fó·rum. Lugar de reuniões públicas.

“De Jeová”, J7,8,10,17,18,22,23,28; P45,74אcAC(gr.): tou Ky·rí·ou; א°B: “de Deus”. Veja Ap. 1D.

Lit.: “poliarcas”. Gr.: po·li·tár·khas, governadores dos cidadãos.

Ou “do imperador”. Gr.: Kaí·sa·ros.

“Suficiente fiança.” Lat.: sá·tis, “bastante”.

Lit.: “apanhador de sementes”.

Lit.: “demônios”. Gr.: dai·mo·ní·on.

Ou “Colina de Ares; Colina de Marte”. Gr.: Á·rei·on Pá·gon; lat.: A·ri·ó·pa·gum.

“Mais dados ao temor das deidades.” Lit.: “ter mais pavor dos demônios”. Gr.: dei·si·dai·mo·ne·sté·rous; lat.: su·per·sti·ti·o·si·ó·res. Os demônios eram considerados pelos gregos como deidades, boas ou más. Veja 25:19 n.

Ou “habitações (moradas) divinas”. Gr.: na·oís; J17,22(hebr.): beheh·kha·lóhth, “em palácios (templos)”.

Ou “nele”.

“Certos”, a saber, Arato e Cleanto. Paulo cita Os Fenômenos, de Arato, e o Hino a Zeus, de Cleanto.

“Ser Divino.” Gr.: Theí·on, relacionado com The·ós, “Deus”; lat.: Di·ví·num.

“Terra habitada.” Lit.: “habitada”. Gr.: oi·kou·mé·nen, fem. sing., referindo-se à terra; lat.: ór·bem, “círculo”, isto é, da terra. Veja Is 13:11 n.: “produtivo”.

Ou “fé”.

Ou “Dionísio, areopagita”.

Lit.: “helenos”. Gr.: Hél·le·nas.

Governador provincial agindo pelo Senado romano.

A província romana do sul da Grécia, cuja capital era Corinto.

O porto de Corinto para pontos orientais.

Veja Ap. 1D.

Evidentemente a Jerusalém.

Veja Ap. 1D.

Lit. só “da benignidade imerecida”.

DItmss. acrescentam: “desde a quinta hora até a décima”, isto é, desde cerca das 11 horas até por volta das 16 horas.

Lit.: “ambos”.

“De Jeová”, J7,8,10,13,15-18,23; gr.: tou Ky·rí·ou; VgSyp: “de Deus”. Veja Ap. 1D.

“Do Caminho”, אAB; Vgc: “do caminho do Senhor”; Syp: “do caminho de Deus”; J17,18: “do caminho de Jeová”.

Ou “habitações (moradas) divinas”. Gr.: na·oús; J17(hebr.): heh·khelóhth, “palácios; templos”.

Ou “Diana”. Gr.: Ar·té·mi·dos; lat.: Di·á·nae.

Literalmente: “alguns dos asiarcas”.

“Que caiu do céu.” Lit.: “caída de Zeus (Júpiter)”.

Ou “será”.

Lit.: “para partir pão”.

Ou “vida”. Veja Ap. 4A.

Lit.: “tendo partido o pão”.

“Anciãos.” Em gr.: pre·sby·té·rous.

Ou “e em casas particulares”. Lit.: “e segundo casas”. Gr.: kai kat’ oí·kous. Aqui, ka·tá é usado com o acusativo pl. no sentido distributivo. Veja 5:42 n.: “casa”.

Ou “vida”.

Ou “proclamando”. Gr.: ke·rýs·son; lat.: praé·di·cans. Veja Da 5:29 n.: “proclamaram”.

“Reino”, אAB; VgSyp: “reino de Deus”; J17: “reino de Jeová”.

“Superintendentes.” Gr.: e·pi·skó·pous; J17(hebr.): lif·qi·dhím, “para superintendentes”. Veja Ne 11:9 n.

“Deus”, אBVg; AD: “do Senhor”.

Veja Ap. 6C para um exame mais detido de “o sangue do seu próprio [Filho]”.

“Deus”, אADVgSypJ8,17,18,22; B: “ao Senhor”.

Ou “missionário”. Gr.: eu·ag·ge·li·stoú; lat.: e·van·ge·lí·stae.

Veja Ap. 1D.

Ou “compareceram”.

Lit.: “miríades; dezenas de milhares”.

“Uma apostasia.” Gr.: a·po·sta·sí·an (do verbo a·fí·ste·mi, “apartar-se de”). O substantivo tem o sentido de deserção, abandono ou rebeldia (rebelião). Veja Jos 22:22; 2Cr 29:19; 2Te 2:3.

Lit.: “enviamos”, BD; P74אAVg: “escrevemos”.

Ou “do que é morto sem ser sangrado”.

Lit.: “quiliarca”, comandante de 1.000 soldados.

Lit.: “centuriões”, oficiais comandantes de 100 soldados.

Ou: “Mata-o!”

Lit.: “sicários; assassinos”. Gr.: si·ka·rí·on.

“Assembléia dos anciãos”, ou: “presbitério”. Gr.: pre·sby·té·ri·on.

Ou “ouviram com entendimento”, assim como Paulo, no v. 7.

Ou “tenho de”.

Ou: “irmão, olha para cima!”

Ou “lava os teus pecados e invoca”.

“Caí em transe”, אAB; J13,14,17,22: “a mão de Jeová estava sobre mim”; J18: “o espírito de Jeová me revestiu”.

Lit.: “quiliarca”, comandante de 1.000 soldados.

Ou “o tinham esticado com as correias”.

Lit.: “centurião”, comandante de 100 soldados.

Ou “comprei esta cidadania”.

Ou “[nela]”.

Lit.: “ambas (as coisas)”.

“Anciãos.” Em gr.: pre·sby·té·rois.

Isto é, por volta das 21 horas, contada desde o pôr-do-sol.

“Levei-o para baixo ao Sinédrio deles”, P74אAVgSyp; B° omite isso.

Ou “chefe principal”.

“Seita.” Gr.: hai·ré·se·os; lat.: séc·tae.

P74אABVg omitem o seguinte dos vv. 6-8 , que rezam, segundo VgcSyh,pArm: “e queríamos julgar segundo a nossa Lei. (7) Mas Lísias, o comandante militar, subiu e tirou-o com muita força das nossas mãos, (8) ordenando que seus acusadores se apresentassem a ti.”

“Eu presto serviço sagrado.” Gr.: la·treú·o; J17,18(hebr.): ’aní ‛o·védh, “eu sirvo (adoro)”. Veja Êx 3:12 n.

“Ressurreição.” Gr.: a·ná·sta·sin, “levantar-se; erguer-se” (de a·ná, “para cima”, e stá·sis, “estar de pé”); lat.: re·sur·rec·ti·ó·nem.

Lit.: “o quiliarca”, comandante de 1.000 soldados.

Lit.: “ao centurião”, comandante de 100 soldados.

Isto é, da Judéia, servindo Cesaréia de residência para o governador.

Ou “o imperador”.

Isto é, Herodes Agripa II.

A irmã de Herodes Agripa II, mas vivendo incestuosamente com ele.

“Anciãos.” Gr.: pre·sbý·te·roi.

“Adoração da deidade.” Lit.: “pavor dos demônios”. Gr.: dei·si·dai·mo·ní·as; lat.: su·per·sti·ti·ó·ne; J17,18: “serviço de seu Deus”. Veja 17:22 n.

“Augusto”; ou “o imperador”. Gr.: Se·ba·stoú; lat.: Au·gú·sti. Era o título do Nero César, quarto na sucessão desde Otaviano, que foi o primeiro a ter este título.

Lit.: “com quiliarcas”.

Ou “ao Senhor”.

Ou “seita de nossa religião”. Lat.: séc·tam nó·strae re·li·gi·ó·nis.

Lit.: “prestarem . . . serviço sagrado” (sem “lhe”). J13-17: “servirem (adorarem) . . . a Jeová”.

Lit.: “seixo [de votação]”. Gr.: psé·fon. Veja Re 2:17 n.: “seixo”.

Lit.: “mudança de idéia”. Gr.: me·ta·noí·as.

Lit.: “primeiro dentre a ressurreição”.

“Cristão.” Gr.: Khri·sti·a·nón; lat.: Chri·sti·á·num.

Ou “o imperador”.

 Ou “ao centurião”, comandante de 100 soldados.

Lit.: “com afeição humana”. Gr.: fi·lan·thró·pos.

Uma embarcação de cereais.

Ou “jejum [outonal]”. J22(hebr.): yohm hak·kip·pu·rím, “dia da expiação”.

Ou “vidas”.

Ou “que olha na direção do vento sudoeste e na direção do vento noroeste”.

“Euro-aquilão.” Gr.: Eu·ra·ký·lon; lat.: eu·ro·á·qui·lo; vento nordeste.

Dois grandes golfos rasos, cheios de bancos movediços de areia, na costa da Líbia, na África do Norte.

Ou “vida”.

Lit.: “estou prestando serviço sagrado”. Gr.: la·treú·o; J17(hebr.): ’aní ‛o·védh, “sirvo (adoro)”. Veja Êx 3:12 n.

Incluindo naquele tempo o que agora é o Mar Adriático, o Mar Jônio e a parte do Mar Mediterrâneo que fica entre a Sicília e Creta.

“Braças.” Gr.: or·gui·ás. A braça costuma ser considerada como tendo quatro côvados (c. 1,8 m).

“Duzentas e setenta e seis”, אItmss.VgSyh,p; A: “duzentas e setenta e cinco”; B: “cerca de setenta e seis”. Em WH, a palavra gr. ὡς (hos, “cerca de”) é assinalada com meios-colchetes superiores, e na margem aparece a palavra gr. di·a·kó·si·ai, “duzentas”. O copista do B evidentemente cometeu um engano por combinar o Ômega final, ῳ (oi), da palavra gr. precedente, πλοίῳ (ploí·oi), com a letra seguinte, Sigma, ς (s), que representa 200, para formar a palavra gr. ὡς (hos, “cerca de”). Portanto, o número correto é 276, em vez de 76.

Ou “pessoas”.

“Melita”, אAB.

Ou “os bárbaros”.

Lit.: “afeição pela humanidade”. Gr.: fi·lan·thro·pí·an. Veja Tit 3:4 n.

Ou “Dióscuros”, os irmãos gêmeos Castor e Pólux.

Agora chamada Pozzuoli.

Ou “Foro de Ápio”. Lat.: Áp·pi·i Fó·rum.

“Três Tavernas.” Vgc(lat.): tres Ta·bér·nas.

Ou “o imperador”.

Lit.: “engrossado (engordado)”.

Ou “esta salvação [da parte] de Deus”.

אAB omitem o v. 29; Itmss.Vgc: “E depois de dizer isso, os judeus foram embora, tendo entre si muita disputa.”

Ou “proclamando-lhes”. Gr.: ke·rýs·son; lat.: praé·di·cans. Veja Da 5:29 n.: “proclamaram”.

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